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Origens da consultoria empresarial P1
O conceito de consultoria, embora possa parecer relacionado à Modernidade, remonta aos primórdios de nossa história. 
A atividade de consultoria representa uma das mais antigas profissões, como os conselheiros de monarcas. Há séculos, pessoas têm doado seu auxílio e opiniões, sendo sua principal recompensa de caráter psíquico: a sensação de utilidade e o sentido de benemerência.
Diversos registros antropológicos apontam a adoção de guias e conselheiros como um ponto em comum entre as mais antigas e diversas sociedades humanas. Esses guias advertiam e aconselhavam suas respectivas comunidades acerca de várias questões como caça, agricultura, guerra e relacionamentos.
É apenas no começo do século XX que a consultoria evolui para a atividade profissional bem definida e caracterizada como hoje a conhecemos. Na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, ao longo das décadas de 1940 e 1950, pudemos observar grandes avanços na organização do trabalho da consultoria, que passa a se basear em práticas técnicas e científicas em busca de soluções práticas. Podemos, assim, concluir que a consultoria corresponde ao emprego da experiência e do conhecimento de um indivíduo em benefício de um objetivo humano. No âmbito empresarial, a consultoria é o serviço de suporte a administradores ou proprietários de empresas, visando auxiliar no processo de tomada de decisões que apresentam grande influência sobre os resultados da corporação.
O grande objetivo da consultoria é definir a alternativa de ação mais apropriada em um ambiente corporativo com diversos riscos, competidores e incertezas.
Tendências da consultoria
O ramo da consultoria empresarial vem se desenvolvendo muito intensamente em todo o mundo. No Brasil, podemos observar a expansão desse setor a partir dos anos 1960, motivada, principalmente, pelo crescimento empresarial no país e pela demanda de profissionais especializados diante da concorrência crescente entre as corporações, decorrente da globalização econômica. Os avanços da consultoria empresarial constituem um processo irreversível e constante. Para obter êxito nesse mercado auspicioso, contudo, é fundamental conhecer algumas das mais relevantes tendências da consultoria empresarial. Vamos analisá-las separadamente a seguir.
Crescimento da consultoria ocasionado pela necessidade de inovações e novas informações em um cenário econômico cada vez mais globalizado
Diante de uma economia globalizada, as empresas buscam investir na chamada tecnologia do conhecimento, atentando ao processo de solidificação de inovações. Podemos definir inovação como a habilidade de notar, planejar, organizar e lidar com novas realidades. Esse processo é essencial para as corporações que vivenciam a globalização econômica.
As empresas precisam se manter conectadas às novas técnicas e operações administrativas do meio empresarial, e isso gera a necessidade de contar com bons consultores para guiá-las nesse novo contexto.
Constantes e rápidos avanços tecnológicos, que forçam a corporação a adaptar-se continuamente.
Elaboração do futuro, que obriga a empresa a apresentar negócios, mercadorias, serviços e processos em geral cada vez mais dinâmicos e desenvolvidos.
Globalização, levando a entidade a aprimorar sua qualidade técnica, operacional e administrativa.
Conhecimento sustentado, que é um fator de forte demanda empresarial por ser uma grande vantagem competitiva, caso a empresa seja capaz de perceber, alcançar e empregar tal conhecimento.
Responsabilidades sociais e ambientais, que levam a empresa a manter-se sempre atualizada a respeito dos vários elementos que a cercam.
Crescimento da demanda de consultoria para as corporações estabelecerem suas vantagens competitivas
Podemos definir vantagem competitiva como determinado atributo de uma mercadoria ou serviço que faz consumidores e mercado adquiri-lo, deixando a concorrência para trás. Uma vantagem competitiva deve apresentar os seguintes atributos:
Sustentação, relacionando-se com os demais sistemas administrativos da entidade e apresentando alto padrão de qualidade.
Durabilidade, perpetuando-se para gerar uma personalidade à corporação e seus serviços, negócios e produtos.
Realidade, sendo reconhecida pelo mercado consumidor.
Estabelecer e fortalecer uma vantagem competitiva de determinada empresa é o mais importante desafio de um consultor.
Consultoria e terceirização estratégica
O atual ambiente empresarial, caracterizado pela crescente competição e por clientes cada vez mais exigentes quanto à qualidade, à tecnologia e ao preço dos produtos e serviços, leva os gestores à busca de novos métodos e práticas que auxiliem no complexo gerenciamento organizacional. Surge, assim, a terceirização estratégica, com as empresas tendendo a se concentrar cada vez mais em suas atividades básicas.
As corporações têm, cada vez mais, recorrido à terceirização como meio de delegar tarefas consideradas periféricas a seu principal negócio, dedicando, assim, maior energia e tempo aos fatores que agregam valor a seus serviços e mercadorias. 
A terceirização representa, portanto, a delegação a terceiros de tarefas que não pertencem ao núcleo tecnológico dos serviços e produtos da empresa.
Diante desse novo cenário, cabe ao profissional de consultoria orientar a empresa-cliente nesse processo, auxiliando-a a decidir quando e quais serviços devem ser terceirizados, sempre visando reduzir custos, aumentar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, otimizar o tempo empregado nas atividades e alcançar maior competitividade no mercado.
Ter Crescimento da demanda de consultoria, buscando uma melhoria contínua sustentada
A chamada melhoria contínua sustentada representa um esforço em aprimorar o processo operacional e administrativo, tornando-o cada vez mais competente e estimulador dos resultados corporativos, otimizando o emprego dos recursos existentes.
Todo serviço de consultoria deve focar o estabelecimento de um processo de qualidade total na empresa em questão. 
Assim sendo, a consultoria precisa adotar os seguintes princípios básicos de controle de qualidade empresarial:
atenção ao mercado consumidor;
desenvolvimento e gestão de pessoal;
planejamento e administração de processos;
pesquisa e identificação de negócios novos relevantes para a empresa-cliente;
auxílio determinante para que a empresa-cliente alcance os objetivos delineados;
fornecimento de informações e participação ativa no processo de análise, tomada de decisão, execução e avaliação de todas as atividades da empresa-cliente;
efetivação das lideranças empresariais;
relação com elementos estratégicos e colaboração com o processo de planejamento estratégico.
A consultoria e o apoio à fusão empresarial
Há alguns anos vem se observando uma tendência de grandes fusões entre empresas de consultoria, especialmente entre aquelas que se dedicam ao setor de auditoria. Esse fato tem gerado dúvidas e questionamentos de mercado a respeito dos benefícios efetivos para as empresas-cliente, cabendo a tais megaempresas, então, demonstrar as vantagens que podem oferecer.
Mundial
Consultoria internacionalizada
A globalização econômica que o mundo atual vivência tem gerado um constante aumento de abertura de novas empresas de consultoria em vários países. O intercâmbio de tecnologias entre profissionais de diversas nações, oriundo dessa nova realidade, possibilita a promoção profissional dos consultores, aprimorando, ainda, a qualidade dos serviços de consultoria. Essa interação, entretanto, pode ser prejudicada por choques culturais e dificuldades de compreensão do contexto social e econômico de cada país.
Crescimento da quantidade de universidades e professores que oferecem serviços de consultoria
Apesar da distância existente entre instituições de ensino superior – especialmente as de administração – e o meio empresarial, há uma importante tendência nesse sentido.
Hoje, muitas dessas instituições oferecem às empresas-cliente
relevantes serviços relativos a pesquisa e treinamento, embora em um ambiente embrionário.
O perfil do consultor de empresa
O Consultor empresarial pode ser definido como um profissional que analisa uma empresa e seu meio, sendo capaz de influenciar positivamente seus resultados. Ele deve auxiliar funcionários e diretores no processo de tomada de decisão, embora não detenha o poder efetivo de escolha.
Características básicas do consultor
Ao analisar sua vocação (ou a falta dela) para a profissão de consultor empresarial, é importante observar os seguintes grupos de características básicas que um bom consultor deve apresentar:
Características de habilidade: correspondem ao grau de flexibilidade de que o consultor dispõe para gerar os melhores resultados possíveis diante de situações diversas, instáveis ou adversas.
Características de conhecimento: levam em conta o preparo que o consultor deve ter para garantir resultados satisfatórios.
Características comportamentais: 
dizem respeito às reações do consultor diante de situações novas ou inesperadas.
Características de habilidade
Manter uma postura inovadora
Cooperar no processo decisório e na definição de prioridades
Ter autocontrole estratégico e administrativo
Pensar estrategicamente
Ser intuitivo
Promover mudanças
Demonstrar uma atitude confiante e otimista
Trabalhar em equipe
Ser realista
Observar os aspectos qualitativos e quantitativos
Ser respeitável
Assumir responsabilidade
Solucionar conflitos
Ter uma visão abrangente
Ser ético
Características de conhecimento
Especialização:
Ter um alto grau de conhecimento em sua especialização em consultoria
Ser reconhecido como o melhor em sua especialidade confere ao consultor empresarial uma grande vantagem competitiva.
Administração:
Deter conhecimentos da área de administração
É interessante que o consultor tenha boas noções de administração (organização, gestão de pessoas, planejamento, controle e direção).
Prazos:
Ter visão de curto e longo prazos
O consultor empresarial deve ser capaz de mensurar o impacto de suas propostas tanto em curto quanto longo prazo, planejando-as e estruturando-as com base nessa visão.
Pensar grande:
Pensar grande
Pensar grande e de maneira adequada ao contexto em que está inserido é uma das virtudes que um consultor empresarial deve apresentar.
Especialista e generalista:
Ser especialista e generalista simultaneamente
O consultor empresarial precisa ser generalista, uma vez que seu trabalho interage e impacta diretamente a equipe e a rotina da empresa-cliente, mas deve, também, ser especialista, por necessitar de grande conhecimento quanto aos métodos e às técnicas relativos ao objeto de sua consultoria.
Demandas de mercado:
Atentar às demandas do mercado
O consultor precisa estar contínua e permanentemente ligado ao mercado, enxergando e aproveitando oportunidades.
Raciocínio lógico:
Raciocinar logicamente
O consultor empresarial deve ter raciocínio lógico e coerente para auxiliar a empresa-cliente no processo decisório.
Inteligência empresarial:
 Apresentar inteligência empresarial
Podemos definir inteligência empresarial como uma série de processos analíticos a partir dos quais informações e dados constituem conhecimento estratégico útil e específico para o entendimento do ambiente competitivo de determinada empresa.
Política e economia: 
Ter conhecimentos de política internacional e economia
Uma vez que o consultor empresarial se direciona para o mundo, é fundamental que ele 
tenha conhecimentos econômicos e de política internacional.
Gostar de fazer:
Gerar meios que tornem o trabalho recompensador, não somente no aspecto financeiro
Sabe-se que o consultor empresarial deve ser capaz de gerar um clima empresarial em que todos os funcionários de consultoria atuem naquilo que gostam de fazer.
Características comportamentais
Postura interativa
racionalidade
Fazer parte do mundo
Bom relacionamento
Interesse pelos negócios
Diálogo
Foco nas pessoas
Administrar os erros
Lealdade
Principais funções de um consultor empresarial eficiente
As empresas-cliente geralmente buscam consultores com as capacidades listadas a seguir.
Visão mais abrangente do negócio
Equilíbrio de riscos
Capacidade de questionar a realidade empresarial
Capacidade de expressão
Solução de problemas
Relação de confiança com a empresa-cliente
Determinar um preço justo
Compreensão e interação com a cultura e o modo de
operação da empresa-cliente
Independência
Aplicação do endomarketing
Paciência
Disciplina de atuação
Dedicação aos estudos
Capacidade de realizar consultoria em si mesmo
Administração do conhecimento da empresa-cliente
Visão mais abrangente do negócio
Por estarem envolvidos com uma rotina de trabalho bastante tumultuada e cansativa, é frequente que os executivos das empresas- cliente não tenham tempo ou disposição para desenvolver uma visão mais interativa dos problemas enfrentados. Além disso, por estarem diretamente envolvidos com eles, esses executivos, muitas vezes, acostumam-se com a nova realidade, não conseguindo sequer notar os problemas.
Cabe, portanto, ao consultor empresarial apontar as falhas, auxiliando os executivos por meio da aplicação de técnicas administrativas e metodologias apropriadas.
Equilíbrio de riscos
Toda atividade empresarial é obrigada a lidar com certo nível de risco, sendo dever dos consultores auxiliar os executivos das empresas-cliente no processo de tomada de decisão.
Capacidade de questionar a realidade empresarial
O consultor deve ajudar os executivos das empresas em que atua a realizar um profundo questionamento dos problemas vividos pela corporação. É importante, ainda, avaliar, nesse processo, os motivos dessas dificuldades, tornando possível eliminá-los o quanto antes.
Capacidade de expressão
No contexto empresarial, é fundamental que as informações sejam assimiladas prontamente pelos executivos e funcionários. Para tanto, o consultor deve buscar expressar-se da forma mais clara e didática possível.
Relação de confiança com a empresa-cliente
O consultor deve procurar desenvolver uma relação de confiança com sua empresa-cliente, observando os seguintes pontos:
Demonstrar confiança no cliente.
Agir sempre com honestidade.
Só prometer o que puder ser cumprido.
Estabelecer uma relação formal e profissional com o cliente.
Não recorrer a manipulações ou truques.
Determinar um preço justo
O valor do serviço de consultoria deve se situar na média do mercado, não constituindo vantagem ou desvantagem competitiva.
Compreensão e interação com a cultura e o modo de operação da empresa-cliente
O consultor deve conhecer e respeitar os princípios da empresa-cliente e de seus profissionais, interagindo adequadamente com eles.
Independência
O consultor deve manter sua independência profissional, não dependendo de uma só empresa-cliente.
Aplicação do endomarketing
O consultor precisa ser capaz de estabelecer um processo de endomarketing, ou marketinginterno, na empresa-cliente, mantendo, assim, a produtividade e satisfação dos colaboradores.
aciência
O consultor deve saber esperar pelos resultados de suas propostas, especialmente as mercadológicas. É importante, ainda, que ele saiba administrar seu tempo entre empresas-cliente, relações comerciais e estudos.
Disciplina de atuação
O consultor deve ser um profissional focado, centrado em suas atividades. É importante evitar ao máximo a dispersão, selecionando criteriosamente clientes e trabalhos.
Dedicação aos estudos
É fundamental que o consultor empresarial se mantenha atualizado em sua área de especialização, absorvendo continuamente novos métodos, técnicas e tecnologias.
Capacidade de realizar consultoria em si mesmo
Ser consultor de si próprio é, frequentemente, uma tarefa muito mais complicada do que auxiliar profissionais e executivos de uma empresa-cliente. Nesse processo, o consultor deve se enxergar como uma empresa-cliente, analisando seus problemas
e metas e propondo soluções eficientes.
Administração do conhecimento da empresa-cliente
O consultor empresarial deve empregar a técnica da administração do conhecimento, visando aprimorar a utilização de suas propostas de soluções na empresa-cliente. Podemos definir administração do conhecimentocomo o processo de captar, administrar e disseminar o conhecimento, a especialização e a experiência dos colaboradores e executivos, buscando melhorar a performance da empresa-cliente.
A importância de uma adequada administração do conhecimento
Imagine um setor de uma empresa que dependa única e exclusivamente de uma pessoa e de todo o conhecimento que ela adquiriu em 20 anos de trabalho. De repente, essa pessoa sai da empresa. Existe mais alguém na empresa que conheça o serviço dela? Não. E agora? Caos total!
Por isso, é importante que o conhecimento seja bem gerenciado na empresa, incentivando a troca de experiências, vivências e o compartilhamento de informações relevantes para a empresa, criando, assim, um sistema em que o conhecimento não seja monopolizado 
por uma ou duas pessoas.
Regulamentação da função de consultor
Dependendo das atividades desempenhadas pelo consultor, seja pessoa jurídica (sociedade simples) ou física (autônomo), pode ser necessária habilitação profissional para regularizar sua condição. Profissionais que oferecem consultoria em áreas específicas, como a jurídica, financeira, marketing, engenharia etc., precisam ser graduados na respectiva área em curso de ensino superior reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). É importante ressaltar, ainda, que a regulamentação é prevista na legislação brasileira.
Formas de atuação no campo da consultoria
O profissional de consultoria pode trabalhar sozinho ou com um ou mais sócios. Caso opte pela primeira possibilidade, ele deve se registrar como autônomo. Se decidir, porém, por empreender com sócios, deve estabelecer uma sociedade simples.
O registro como autônomo deve ser realizado na prefeitura local e na Previdência Social como contribuinte individual. O registro da sociedade simples, por sua vez, deve ser efetuado no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas.
Trabalhando como autônomo, o consultor tem total autonomia para decidir os rumos do negócio. 
No entanto, a responsabilidade pelos compromissos assumidos pelo autônomo é ilimitada, ou seja, caso o profissional não disponha de recursos para pagar compromissos com fisco, empregados, bancos, fornecedores etc., seus bens particulares podem ser utilizados para abater dívidas.
Atuando em sociedade, todos os sócios devem investir recursos suficientes para formar uma sociedade simples. Há três tipos de sociedades previstas em lei: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade limitada. Para pequenos empreendimentos, as mais apropriadas são a sociedade limitada e a sociedade simples (pura), uma vez que elas oferecem maior proteção aos sócios, impedindo a utilização de seus bens pessoais para quitar dívidas da empresa.
Algo Maisse encontrar legalmente impedido.
IMPORTANTE
Na sociedade simples pura, para que o patrimônio pessoal dos sócios não seja abalado em caso de incapacidade da empresa de pagar suas dívidas, deve constar no contrato social a seguinte cláusula: "Nos termos do art. 997, VII, do Código Civil Brasileiro, os sócios não respondem subsidiariamente pelas obrigações sociais".
Habilitação profissional
Como já sabemos, de acordo com as atividades desempenhadas pela consultoria, há necessidade de habilitação do profissional para que possa atuar regularmente. Existem leis federais que organizam e regulamentam diversas profissões, determinando padrões de conduta e de ética aos profissionais. 
Estas leis estabelecem, ainda, os Conselhos Regionais e Federais de cada profissão, que visam controlar o registro e atuação dos profissionais atuantes em cada área geográfica. A habilitação desses profissionais, portanto, é restrita àqueles que possuírem carteira do Conselho Federal ou Regional correspondente à categoria profissional.
Os estabelecimentos devem contar, além desses registros, com licença de funcionamento ou alvará de funcionamento expedido pelo município local. Para isso, deve-se conferir se o município em questão tem restrições a determinadas atividades em certas áreas.
Código de Defesa do Consumidor
Para adequar-se ao CDC, a consultoria deve observar regras quanto ao modo correto de expor e oferecer produtos à venda, ao fornecimento de orçamento prévio dos serviços a executar, aos prazos mínimos de garantia, à maneira correta de cobrar dívidas, à responsabilidade por defeitos dos produtos comercializados etc.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi criado pela Lei n. 8.078, em 11 de setembro de 1990, visando reequilibrar a relação de consumo no Brasil. Seu maior objetivo consiste em inibir práticas abusivas por parte do fornecedor, protegendo os direitos do comprador.
O CDC é aplicado em qualquer operação comercial, ou seja, quando uma pessoa física ou jurídica compra produtos ou serviços como destinatário final. Operações não classificadas como relação de consumo não são protegidas pelo CDC, como no caso de aquisição de produtos para revenda por uma consultoria. Isso ocorre porque a compra em questão é voltada à revenda, e não ao consumo final da consultoria. Operações desse tipo são reguladas pelo Código Civil Brasileiro e legislações comerciais específicas.
Tipos de serviços de consultoria
Formas de atuação em consultoria
Como vimos, consultoria corresponde a um serviço de suporte aos proprietários e gestores de empresas, auxiliando-os no processo de tomada de decisões estratégicas, ou seja, que têm impactos significativos sobre o desempenho organizacional atual e futuro.
Assim, a consultoria tem como principal objetivo determinar a alternativa de ação mais adequada diante de um ambiente corporativo repleto de riscos, incertezas e competição. Há duas formas de atuação em consultoria: a consultoria interna e a consultoria externa.
Consultoria interna
O consultor interno é aquele vinculado a uma empresa específica, dedicando-se totalmente a ela. Normalmente, é um funcionário da empresa-cliente, integrando a estrutura organizacional e inserido em sua cultura e valores. Para esse tipo de atuação, os aspectos mais importantes são:
Vantagens:
Por ser funcionário da organização, conhece melhor suas questões informais.
Conta com poder formal, por integrar a estrutura hierárquica da entidade.
Participa ativamente da avaliação e do monitoramento do processo do trabalho realizado.
Tem mais fácil acesso a indivíduos e grupos de interesse.
Está presente constantemente no cotidiano da empresa.
Desvantagens:
Normalmente, conta com menos experiência.
Em geral, sua atuação é menos imparcial, uma vez que estabelece relacionamentos pessoais com os funcionários da empresa.
Tem menos liberdade de ação e expressão.
Suas propostas são geralmente menos aceitas pelo alto escalão da empresa.
Consultoria externa
O consultor externo é um consultor autônomo ou um profissional de uma empresa de consultoria. Os principais aspectos desse tipo de atuação são:
Vantagens:
Mais bem-visto e aceito pela alta administração da empresa, uma vez que o consultor externo é contratado pelo alto escalão da entidade.
Mais experiente, por fazer o mesmo serviço em diversas organizações.
Pode assumir riscos.
Mais imparcial, por não estar envolvido no cotidiano da empresa-cliente.
Desvantagens:
Não conhece tão bem as questões informais da organização.
Não conta com poder formal, por não integrar a estrutura hierárquica da entidade.
Em geral, não atua diariamente na empresa-cliente.
Tem menor acesso informal a indivíduos e grupos de interesse.
Como vimos, geralmente as vantagens do consultor interno correspondem, de certo modo, às desvantagens do consultor externo e vice-versa. Assim, o ideal é que a organização possa contar com a colaboração desses dois tipos de consultoria simultaneamente, visando assegurar
o melhor que cada um deles pode oferecer.
da Indústria 
Tipos de consultoria empresarial
Podemos classificar os principais tipos de consultoria empresarial de acordo com dois parâmetros: quanto à estrutura e à amplitude.
Quanto à estrutura
Aqui, classificamos as empresas de consultoria como consultoria de pacote ou consultoria artesanal.
Consultoria de Pacote:
Consultoria Artesanal:
Quanto à amplitude
Consultoria especializada
A consultoria especializada é focada em um processo ou área específica dentro de um campo de conhecimento. 
É o tipo de consultoria que mais vem se expandindo recentemente, podendo, ainda, tornar-se consultoria total. 
Sua contratação geralmente se dá na média administração, nível em que encontramos a maior parte de especializações de uma organização; sua negociação costuma demorar e a resistência a esse tipo de consultoria normalmente é baixa. 
A implementação do projeto de consultoria especializada envolve, também, funcionários da baixa administração, com pouca negociação e resistência.
Os serviços de consultoria especializada podem trazer os seguintes benefícios à empresa-cliente:
qualidade superior nos serviços;
mais interação com outros sistemas da empresa-cliente;
serviços de consultoria mais rápidos e baratos;
mais treinamento em tempo real e na tarefa.
Devem ser tomadas algumas precauções ao contratar uma consultoria especializada:
Adequada definição do assunto da consultoria especializada, em que é importante determinar corretamente o foco básico do problema da empresa.
Verificar se o consultor é, de fato, especialista no assunto em questão, avaliando-o com base nos seguintes aspectos: sua sustentação conceitual sobre o assunto tratado, seu domínio de métodos e técnicas relacionadas ao assunto abordado, sua experiência profissional e sua postura de atuação.
Consultoria total
De acordo com Oliveira D.P.R.(2014), consultoria total é aquela que atua em praticamente todas as atividades da empresa-cliente. Esse tipo de abordagem tem sido objeto de muitos questionamentos e restrições das empresas-cliente por poder estar dedicando-se a diversos problemas de modo descoordenado, desperdiçando recursos e esforços da empresa-cliente. Uma abordagem mais organizada e estruturada desse tipo de consultoria é a consultoria total integrada, com atuação interativa e integrada em todas as tarefas da empresa-cliente. A grande diferença entre a consultoria total e a consultoria total integrada é que, nesta última, as várias metodologias e técnicas administrativas são interativas e integradas, gerando sinergia entre os trabalhos de consultoria entre si e em relação aos sistemas atuantes na empresa-cliente.
A consultoria total integrada é, geralmente, contratada na alta administração da empresa-cliente, com baixa resistência e breve processo de negociação. O desenvolvimento desse tipo de consultoria envolve contato constante com a média administração; nesta etapa, a negociação torna-se mais difícil e a resistência maior. 
Sua implementação se dá por meio de contatos com toda a estrutura empresarial, com ampla negociação e resistência ainda elevada.
Para Oliveira D.P.R.(2014), esse tipo de consultoria apresenta as seguintes vantagens:
maior abrangência e atuação facilitada dos vários sistemas da empresa;
otimização do nível de treinamento;
menor investimento da empresa-cliente.
Algumas das principais precauções que devem ser tomadas ao contratar esse tipo de consultoria são:
ter metodologias interligadas;
contar com especialista no assunto.
Segundo Oliveira D.P.R.(2014), consultores associados são especialistas em determinados assuntos que completam a amplitude ideal dos serviços de consultoria em uma empresa-cliente. Trata-se de profissionais contratados, em projetos específicos, para fazer levantamentos e tarefas mais básicas dos serviços de consultoria. Contam com grande experiência e especialização em determinados assuntos, desenvolvendo suas atividades em interação com outros consultores, sendo todos coordenados por uma empresa de consultoria.
Já uma cooperativa de consultores é uma empresa coletiva e administrada de modo democrático, fundamentada no trabalho conjunto de vários consultores – especializados em diversos assuntos ou direcionados a um determinado assunto –, que compartilham despesas em busca de um resultado geral comum. Pode ser considerada uma evolução dos consultores associados, embora, na cooperativa, os consultores trabalhem como sócios cooperados.
Segundo a legislação brasileira, cooperativas de consultores devem ter, no mínimo, 20 consultores cooperados. Elas têm forma e natureza jurídica próprias, são de natureza civil e não estão sujeitas à falência. Diferenciam-se das demais sociedades pelos seguintes aspectos:
ingresso voluntário de associados ou consultores cooperados;
capital social estabelecido em quotas-partes (uma quota para cada consultor cooperado);
quotas intransferíveis para indivíduos de fora da cooperativa;
um voto para cada consultor;
quórum deliberativo fundamentado na quantidade de consultores cooperados;
direcionamento de lucros aos consultores cooperados;
fundos de assistência técnica, de reserva, social e educacional indivisíveis;
ausência de discriminação social, racial e religiosa, além de posicionamento político neutro;
serviço de assistência aos consultores cooperados.
Consultoria globalizada
Consultoria globalizada, ou global, é aquela que realiza serviços em organizações globalizadas, com campo de atuação em diversos países. Esse tipo de consultoria pode proporcionar interações entre organizações de diversos países, facilitando processos de aquisições e alianças entre empresas. A contratação desse tipo de consultoria ocorre na alta administração empresarial, com ampla negociação e, geralmente, pouca resistência. Pode haver contato com a média administração no desenvolvimento do projeto – nesse caso, a negociação é prolongada e a resistência costuma aumentar. A implementação do projeto de consultoria costuma apresentar as mesmas características da etapa de desenvolvimento do mesmo. Uma análise aprofundada e cuidadosa dos diversos tipos de consultoria empresarial é fundamental para que os executivos da empresa-cliente selecionem o tipo de consultoria mais adequado ao contexto e às necessidades de sua organização.
O papel do consumidor
Mudanças no ambiente organizacional
Nas últimas décadas, mudanças constantes e drásticas no ambiente empresarial vêm ocorrendo. As organizações precisam adaptar-se a diversas transformações, como novas exigências políticas e sociais, rápido avanço tecnológico, frequentes inovações nas comunicações globais, novos comportamentos de consumo e mercados globais instáveis.
Tais mudanças geram a necessidade de obter novos conhecimentos aos profissionais, bem como novos públicos a considerar no processo decisório. A tendência a uma complexidade cada vez maior aumenta consideravelmente o risco relacionado às decisões empresariais, ressaltando, ainda mais, a importância de qualquer empresa ter acesso a informações sólidas sobre o mercado em que atua e seus diversos aspectos.
Para que o processo de adequação da empresa a esse cenário de mudanças seja bem-sucedido, é fundamental que ele seja elaborado de forma planejada e participativa. Os membros da organização devem reavaliar suas suposições e crenças, redefinindo suas aspirações e criando novos métodos para alcançá-las, integrando-se à nova situação vigente no mercado. A organização, por sua vez, deve promover uma maior integração entre seus colaboradores, gerando, assim, o compartilhamento de conhecimento, fator essencial para a adaptação da empresa às transformações ambientais.
O que é um agente de mudanças
Agente de mudanças ou agente de desenvolvimento organizacional é o profissional que gera novos processos, comportamentos e atitudes que permitem à empresa-cliente relacionar-se de forma interativa com os vários elementos constituintes do campo corporativo.
O consultor empresarial, seja ele interno
ou externo, deve atuar como um agente de mudanças na empresa-cliente. Precisa comprometer- se em servir adequadamente a seus clientes e a todos que são direta ou indiretamente afetados por seu trabalho.
Como agente de mudanças, cabe ao consultor orientar ou conduzir o processo de transformação em um ambiente organizacional. É o consultor quem deve iniciar o processo e monitorá-lo, fazendo a mudança de fato acontecer.
Atuar como agente de mudanças exige, ainda, que o consultor desenvolva um comportamento fundamentado em princípios éticos e morais, assumindo o compromisso de preservar a vida e a dignidade humana acima de quaisquer outros interesses.
É, portanto, fundamental que o consultor empresarial tenha consciência do panorama socioeconômico de seu local de atuação, conhecendo as regras e leis que regem sua comunidade. Somente assim o consultor poderá avaliar adequadamente os impactos de seu trabalho.
Agente de mudanças interno versus agente de mudanças externo
O agente de mudanças pode ser interno ou externo à empresa. 
O agente interno, apesar de estar fora do sistema empresarial, integra a equipe de colaboradores da empresa. Já o agente de mudanças externo está fora do sistema empresarial e da própria empresa, sendo contratado por determinado período para desenvolver um projeto ou ajudar a empresa a resolver um problema específico. Deve-se observar, também, que o consultor externo conta com uma área de atuação muito mais abrangente do que o consultor interno, tendo, consequentemente, chances de êxito significativamente maiores.
O papel do agente de mudanças em implementações de projetos
Gerir os aspectos humanos e emocionais em cenários de mudanças organizacionais tornou-se um fator crítico de sucesso para as implementações de projetos. Garantir a adaptação às mudanças e o alcance dos resultados esperados significa conseguir engajamento e compromisso de toda a estrutura organizacional. Um processo de mudança organizacional, que tem sua origem no topo da organização, a partir do alcance de uma intenção estratégica, pode estar fadado ao fracasso, pois seu êxito compreende coletivizar e comprometer pessoas com as novas ideias.
O papel do agente – termo utilizado para se referir aos que facilitam o processo de mudança – é um dos mais difundidos nas metodologias de GMO (Gestão de Mudanças Organizacionais). Eles podem ser externos – no papel de consultores – ou internos: profissionais das áreas de gestão de pessoas, gestores e equipes de projeto, lideranças organizacionais ou, ainda, pessoas que exerçam o poder na organização pela influência dos seus pares.
Portanto, se estes atores internos serão também os facilitadores das mudanças organizacionais, deverão estar preparados e engajados para a condução do processo.
Como, então, facilitar o engajamento desses atores? A prática de GMO vem mostrando que a formação de agentes de mudança internos é uma construção que pode se consolidar, ou não, ao longo do projeto, e que envolve diversos fatores, tais como patrocínio e maturidade organizacional em gestão de pessoas.
Um dos aspectos críticos em projetos é a mobilização dos agentes de mudanças internos (lideranças e equipes de recursos humanos) quanto aos seus papéis e responsabilidades. O que inclui, além de responsabilidades técnicas, comportamentos que facilitem a mudança na base da organização não envolvida diretamente com o projeto e suas definições estratégicas. Inclui, também, o compromisso com atividades vinculadas à gestão dos aspectos humanos: reuniões e fóruns de mapeamento de impactos organizacionais, planejamento de estratégias de comunicação e treinamentos, facilitação de fóruns de discussão, reuniões de lições aprendidas, entre outros.
Isto significa que, como líderes, serão os responsáveis por informar e dialogar com as equipes quanto aos aspectos da mudança (o que efetivamente muda, os impactos desta mudança e os benefícios que se pretende alcançar), viabilizar aos grupos a capacitação para operar no novo cenário e tomar decisões assumindo riscos para o negócio.
É comum, também, que as áreas vinculadas a pessoas e processos não entendam o seu próprio papel como "donas" do processo de gestão dos aspectos humanos nas mudanças organizacionais, adotando postura de distanciamento do projeto e da realidade das equipes envolvidas, tendo como uma das consequências a falta de preparo para facilitar a consolidação da mudança após o término do projeto.
Percebe-se, então, que suportar e facilitar o processo de transição organizacional perpassa por aspectos subjetivos, como a mobilização de agentes de mudança internos. Este é um processo contínuo para a construção e o amadurecimento diante das etapas de implementação do projeto. Formá-los pressupõe, principalmente, dar-lhes condições de apropriação deste papel. Este é o papel do consultor, como facilitador externo do processo de mudança.
Ética do consultor empresarial
O consultor, seja ele pessoa jurídica, física ou autônomo, deve observar determinados aspectos que podem auxiliar ou prejudicar a aceitação de suas propostas e a qualidade do relacionamento com a empresa-cliente e seus funcionários. A seguir, listaremos alguns desses fatores, descrevendo como deve ser a postura do consultor em cada um deles.
Relacionamento com o cliente
Visando manter uma relação harmoniosa com a empresa-cliente, o consultor empresarial deve apresentar propostas completas e claras. Nelas, as metas devem estar diretamente relacionadas às demandas, havendo, ainda, duração estimada e datas, além de detalhamento dos honorários. O consultor e o cliente devem estabelecer uma relação de independência e parceria, sempre com objetividade e clareza na transmissão de informações.
É fundamental, ainda, que o consultor mantenha confidencialidade e discrição em relação aos projetos das empresas-cliente. Caso preste serviços para empresas concorrentes, deve obter autorização expressa de ambas, com acordos de sigilo bem determinados. Se não houver acordo, deverá haver um período adequado de quarentena, de forma que seja preservada a tranquilidade e segurança de todos. Isso abrange, ainda, todos os empregados e associados que atuem com o consultor na empresa em questão.
Durante o período de interação com a empresa-cliente, é comum que o consultor tenha acesso a informações que podem ser tidas como privilegiadas. Tais informações nunca devem ser utilizadas em benefício próprio ou de qualquer pessoa. Um claro exemplo disso é o acesso ao valor de uma ação da empresa no mercado, enquanto o consultor estiver ciente de que ocorrerá uma nova aquisição ou fusão em breve, eventos que certamente causariam uma alta nos preços dessas ações. O consultor empresarial deve sempre estar afastado dessas situações, não favorecendo jamais a si próprio ou a terceiros.
Frequentemente, o consultor empresarial faz recomendações ou indicações à empresa-cliente. Nesse processo, o consultor deve atentar unicamente para o benefício da indicação ao cliente, devendo qualquer recomendação ser precedida pela informação sobre eventuais relacionamentos entre o indicado e o consultor.
Por fim, o consultor deve, periodicamente, analisar os procedimentos e ética do cliente, verificando se estes são compatíveis com seus próprios padrões éticos e profissionais.
Relacionamento com a comunidade
O consultor empresarial precisa zelar por sua boa imagem na comunidade em que atua, seguindo sempre as normas morais desta e a legislação. Ele deve, ainda, buscar desenvolver sua cidadania, observando questões como a preservação ambiental e os avanços tecnológicos. Ao prestar serviços a órgãos do poder público, o consultor deve cuidar para que suas propostas atendam simultaneamente às necessidades e aos anseios de seu cliente e da sociedade, exercendo responsabilidade pública e social.
Relacionamento com a categoria profissional
O consultor deve sempre colocar seus pontos de vista em nome próprio, nunca representando toda a sua categoria profissional – salvo em caso de autorização prévia
e expressa. Utilizando técnicas e metodologias desenvolvidas por terceiros, cabe ao consultor indicar seus autores, respeitando a propriedade intelectual.
O papel do cliente no contexto ético da consultoria
O cliente também precisa seguir algumas normas éticas, além das já amplamente divulgadas. 
Vamos analisar algumas delas:
Pagamento: o consultor empresarial deve ser visto como parceiro ou fornecedor, tendo seus honorários pagos sem atrasos.
Objetivo do contrato: ao contratar os serviços de um consultor, o cliente deve explicitar todos os aspectos envolvidos e suas reais intenções, não ocultando nenhuma informação.
Tempo do consultor: utilizar o tempo do consultor para consultas ou orçamentos com respeito, não abrindo propostas de um consultor para outro ou tentando obter qualquer tipo de assistência gratuitamente.
Assistência: é comum que a empresa-cliente designe um assistente para intermediar suas relações com o consultor e auxiliá-lo. É importante, contudo, que todas as partes compreendam a função desse assistente, evitando eventuais atrasos e problemas ao longo dos trabalhos.
A consultoria no mercado Brasileiro
O rápido crescimento do setor de serviços
A estrutura básica da economia global está em transformação. Sendo assim, uma das principais mudanças é sua nova dinâmica, cada vez mais baseada no mercado de serviços.
O aumento do consumo e o estilo de vida cada vez mais urbano, inclusive nos países emergentes, levam à mudança demográfica e à redução do ciclo de vida de bens e serviços. Simultaneamente, há alterações significativas na organização e nas tecnologias de produção, com as cadeias globais de valor ganhando destaque.
Tudo isso tem levado a uma rápida expansão do setor de serviços, ou setor terciário – que já equivale a 75% das economias da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e, nos Estados Unidos, já ultrapassou 80%, enquanto nas economias de renda média já corresponde a 54%.
De fato, os serviços representam a maior parte do valor adicionado aos bens manufaturados – nos países industrializados, a relação já alcança os 65%. Do preço final do iPad, por exemplo, 93% do valor é relativo a marcas, licenças e comercialização, enquanto apenas 7% é referente a peças e montagem. Por exemplo, o iPad: 93% de seu valor está relacionado a marcas, licenças e comercialização.
Os serviços integram a indústria por meio de dois grupos de funções. O primeiro corresponde às funções que influenciam custos de produção e de comercialização, como serviços de infraestrutura, manutenção, logística, viagens, financeiros, comercialização, distribuição etc. O segundo grupo diz respeito às funções que agregam valor, distinguem e personalizam produtos, o que, consequentemente, aumenta o preço de mercado do bem e eleva a produtividade do trabalho e o retorno do investimento. O serviço de consultoria inclui-se nesse grupo, junto com softwares, serviços avançados de tecnologia da informação, projetos, branding, serviços técnicos especializados, marketing, entre outros.
Setor de serviços brasileiro
Seguindo a tendência mundial, o setor de serviços no Brasil já responde por 67,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e espera-se que essa participação cresça ainda mais nos próximos anos. Veja a participação dos serviços no PIB.
Dessa forma, o setor terciário mostra crescente relevância na economia brasileira, evoluindo com o aumento da renda e o desenvolvimento econômico e social verificados nos últimos anos e representando setor fundamental de expansão das atividades empresariais.
A composição do PIB brasileiro vem sendo significativamente impactada pelo setor terciário. O crescimento anual dos serviços mostra-se, geralmente, em linha com o do PIB, mas, em vários momentos, a expansão dos serviços foi essencial para minimizar uma queda geral da economia, como em 2009 (2,1% dos serviços diante de –0,3% do PIB) e 2012 (1,9% dos serviços diante de 1,0% do PIB). De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o setor de serviços (que engloba o comércio), de 2003 a 2013, passou de 64,7% para 69,4% do valor adicionado do PIB. Desde 2004, os serviços vêm se tornando cada vez mais influentes no PIB. O comércio, particularmente, demonstra também relevante expansão, ao passar de 10,6% em 2003 para 12,7% do valor adicionado do PIB em 2013.
A expansão do mercado de consultoria no Brasil
No Brasil, o mercado de consultoria iniciou seu desenvolvimento na década de 1960, acompanhando a intensificação da atividade industrial, e vem crescendo desde então, tanto por meio de consultorias nacionais como estrangeiras. 
No começo dos anos 1990, com a abertura comercial e maior competitividade promovidas pelo plano Collor, o país passou a interagir mais com o mercado global. Simultaneamente, diversas companhias estatais eram privatizadas, como a Telesp, exigindo uma reformulação de sua estrutura organizacional. Essa nova dinâmica da economia brasileira coloca a atividade de consultoria em evidência, tornando-a mais conhecida e divulgada no país.
De acordo com dados da Kennedy Consulting Research & Advisory (apud MERCADO DE CONSULTORIA..., 2015), o mercado de consultoria brasileiro é o mais denso da América Latina, apresentando a maior faixa de crescimento absoluto para o período compreendido entre 2009 e 2013, com $0,72 bilhões dos $1,67 bilhões da receita total em consultoria contabilizada em toda a América Latina.
A maior penetração econômica é um dos grandes responsáveis por esses números. O país torna-se visado por investidores e consultorias graças a seu significativo crescimento regional e global entre as multinacionais latinas. Isso ocasiona uma grande afluência de inovação de produtos e serviços focada na classe média em expansão, gerando relevantes avanços no desenvolvimento e na liderança.
Nesse contexto, é importante analisar, também, a questão cultural brasileira, sendo essencial que o mercado conheça e seja capaz de avaliar os serviços de consultoria existentes. Tais serviços devem ser oferecidos somente por empresas de consultoria ou consultores autônomos, capacitados e experientes na área, para que os problemas organizacionais da empresa-cliente sejam corretamente diagnosticados e adequadamente solucionados.
Os desafios da carreira em consultoria
A atividade de consultoria é repleta de desafios, especialmente em decorrência da grande diversidade de realidades empresariais existentes no universo corporativo. Frequentemente, os consultores são considerados uma "ameaça" às realidades preestabelecidas nas empresas. Afinal, tudo o que envolve mudança costuma ser visto com desconfiança e receio. Para ser eficiente e alcançar resultados satisfatórios na empresa-cliente, o consultor deve superar os seguintes desafios:
Percepção da realidade: não existem duas empresas iguais, logo, além de examinar os aspectos gerais da empresa-cliente, o consultor deve, também, conhecê-la de perto, para descobrir quem detém o poder informal nela.
Conhecer as aspirações: se, por um lado, as pessoas reagem com medo quando se trata de mudança, geralmente, elas também têm consciência prévia do que precisa ser alterado. Assim, o consultor empresarial deve buscar perceber quais são os desejos dos funcionários, atuando com base neles.
Diagnóstico: para realizar uma intervenção bem-sucedida, é fundamental que o consultor faça um levantamento das causas dos problemas encontrados e perceba com clareza o que de fato existe.
Proposta de soluções: muitas medidas de consultoria falham por serem baseadas unicamente em teorias, desprezando a prática cotidiana da empresa-cliente e suas reais necessidades.
Acompanhamento: para um monitoramento eficaz da implementação das medidas propostas, o consultor não deve se limitar a encontros mensais na sala de reuniões da empresa-cliente. É fundamental que o consultor trabalhe frequentemente no terreno empresarial, observando de perto os progressos feitos e sugerindo ajustes em tempo real.
Principais competências do consultor
A seguir, listaremos
alguns dos atributos indispensáveis que um consultor deve apresentar para desempenhar adequadamente suas funções, auxiliando na solução de problemas das empresas-cliente:
Capacidade de liderança: saber liderar equipes relacionadas à consultoria, da etapa de diagnóstico à realização das correções.
Sistêmico: o consultor deve ser capaz de enxergar a empresa globalmente, sem se limitar a departamentos ou setores específicos.
Imparcialidade: qualidade fundamental de um bom consultor, que não pode sofrer influência de questões pessoais, poder, amizade, entre outros.
Multidisciplinaridade: um dos principais atributos que um consultor deve ter é a multidisciplinaridade, isto é, conhecimentos em várias áreas relacionadas à gestão empresarial, como administração, economia, contabilidade e direito.
Flexibilidade: um consultor eficiente deve saber aliar técnicas e conhecimentos teóricos em geral com habilidades interpessoais e pessoais, como empatia, saber ouvir e dar pareceres.
Principais causas de rejeição
Vários motivos podem aumentar a resistência dos empresários à contratação de serviços de consultoria. São alguns deles:
Custos elevados: Custos tidos como muito elevados – geralmente, os empresários veem as despesas com consultoria como despesas muito altas e receiam onerar demais a empresa. Isso ocorre, sobretudo, nas micro e pequenas empresas.
Medo do fracasso: Medo de fracasso – recorrer aos serviços de um consultor representa, para muitos empresários, atestar a própria incapacidade de administrar o próprio negócio.
Relação com os concorrentes: Receio em relação aos concorrentes – medo de que informações internas da empresa vazem para a concorrência.
Receio em relação ao fisco: Receio em relação ao fisco – medo de que o consultor, ao obter acesso às informações da empresa, abra esses dados ao fisco.
Receio de admissão do consultor: Receio de admissão de consultor – percebe-se que os empresários ficam inseguros quanto à disparidade entre o consultor técnico que vendeu o serviço de consultoria e o profissional
Cetiscismo: Ceticismo da empresa-cliente quanto às promessas da consultoria – é frequente a existência de dúvidas na empresa contratante quanto à concretização dos resultados operacionais (como otimização do processo produtivo) e financeiros (aumento de 20% das vendas, por exemplo) prometidos pelo consultor.
Como ser o administrador da empresa
A administração geral da empresa é responsável pelo desempenho organizacional, mensurado por meio dos resultados financeiros. 
Para assumir a função de administrador, o empreendedor deve se aprimorar, passando da etapa de fundação da empresa para o plano administrativo desta. De acordo com Maximiano (2006), administrar é um processo de tomar decisões quanto à utilização de recursos, visando possibilitar a realização de objetivos. Um administrador deve assumir três funções básicas: tomar decisões, trabalhar com pessoas e processar informações.
Tomar Decisões
Decisões são escolhas realizadas a partir da avaliação de opções, oriundas da análise de oportunidades e obstáculos.
Existem vários tipos de decisões, administrativas ou gerenciais, ligadas a diversas áreas da organização e da atividade do empreendedor:
Futuro e objetivos: as decisões quanto ao futuro da organização são chamadas decisões de planejamento. Elas abrangem o futuro próximo e o longo prazo.
Administração de recursos: envolve atividades de planejamento e organização do trabalho e de outros recursos para a operação da empresa. São exemplos de decisões sobre recursos, a delegação de responsabilidades entre os funcionários, a formação de uma grade de fornecedores ou o modo de atendimento ao consumidor. Definem-se, ainda, na administração de recursos, os procedimentos e as políticas da organização para aplicação automática, ou seja, sem exigir novas consultas.
Resolução de problemas: problemas são imprevistos que podem provocar prejuízo e incômodo. Lidar com eles, porém, faz parte da rotina de todo empreendedor. Para ser um bom administrador, é essencial identificar e compreender os problemas que afetam a empresa, enxergando suas origens, pensando criticamente e imaginando saídas criativas.
Trabalhar com pessoas
Saber trabalhar com pessoas é uma característica essencial da função de administrador. Relacionamentos interpessoais harmoniosos promovem um clima organizacional saudável, elevando a confiança dos funcionários e reduzindo conflitos. Cabe ao administrador, portanto, estimular e direcionar comportamentos cooperativos entre os colaboradores da empresa. Isso se reflete diretamente no rendimento da equipe, simplificando o gerenciamento de pessoas e facilitando o alcance das metas organizacionais.
Processar informações
As informações são elementos fundamentais para tomar decisões acertadas e avaliar a performance dos indivíduos e da organização como um todo. Trabalhar com informações abrange:
Buscar e conseguir informações. É importante, também, ser seletivo, escolhendo o que é realmente relevante entre as diversas informações disponíveis.
Processar informações, procurando interpretar, compreender e examinar a informação, avaliando como ela pode colaborar no processo decisório.
Compartilhar informações com a equipe, promovendo uma divisão de trabalho eficiente e um menor grau de dependência dos demais funcionários em relação ao administrador.
Definindo seu foco em consultoria
Há diversas áreas de atuação em consultoria e, a seguir, analisaremos as principais delas: áreas comercial, de produção, de suprimentos e logística, administrativa/financeira e de marketing.
Além do preço e da qualidade do produto ou serviço, um relacionamento adequado com clientes é um fator fundamental, sendo viabilizado por meio da atuação de vendedores, representantes e outros.
A consultoria comercial deve permitir que a empresa esteja pronta para alinhar demandas e oportunidades, visando concretizar resultados rentáveis, ampliar a rede de relacionamentos e a marca da organização.
Principais etapas da consultoria na área comercial
1. Compreensão das características do negócio e alinhamentode expectativas.
2. Observação do ambiente interno e externo, detectando forças,
fraquezas, ameaças e oportunidades da área comercial.
3. Identificação dos canais de comercialização por meio do mapeamento de mercados e segmentos potenciais.
4. Identificação dos canais de comunicação.
5. Abordagem da estrutura da força de vendas para atender ao mercado.
6. Estabelecimento de metas e indicadores.
7. Elaboração de um plano de ação para definir funções, procedimentos, responsabilidades e prazos para os funcionários da área.
Benefícios da consultoria na área comercial
plano de negócios aliado a ações comerciais eficazes;
estabelecimento de rotas assertivas para aumentar as vendas;
mais possibilidades de negócio e, consequentemente, mais vendas;
aproveitamento adequado das oportunidades comerciais.
Consultoria na área de produção
A consultoria na área de produção dedica-se a auxiliar a empresa a otimizar os processos produtivos.
Principais etapas da consultoria na área de produção
1. Estudo de layout.
2. Mapeamento e remodelagem de processos.
3. Planejamento e controle da produção.
4. Análise de movimentos e tempos.
5. Segurança no trabalho.
6. Lean manufacturing.
7. Monitoramento dos resultados.
Benefícios da consultoria na área de produção
Execução de serviços mais eficiente.
Melhor utilização do tempo dos funcionários, máquinas e equipamentos.
Redução do desperdício de insumos.
Aumento da lucratividade empresarial.
Aumento na competitividade.
Maturidade empresarial quanto ao planejamento, execução e controle de atividades processuais.
Consultoria na área de suprimentos e logística
Um plano de consultoria em uma área de suprimentos e logística tem como principal objetivo a gestão eficiente dos estoques da organização, otimizando os processos logísticos na cadeia de suprimentos. Na Figura abaixo há uma representação de uma
cadeia de suprimentos com suas atividades logísticas.
Principais etapas da consultoria na área de suprimentos e logística
1. Plano de fabricação e plano de vendas.
2. Planejamento de compras.
3. Gestão de estoques (giro de estoque, ponto de pedido, estoque de segurança, estoque mínimo etc.).
4. Apropriado layout dos estoques.
5. Fluxos de armazenagem, mensuração e transporte.
6. Meios de transporte empregados.
7. Indicadores de gestão.
Benefícios da consultoria na área de suprimentos e logística
redução de custos;
crescimento das vendas;
utilização otimizada das instalações;
redução de perdas e retrabalho.
Consultoria na área administrativa/financeira
A atividade de consultoria na área administrativa/financeira tem como principal objetivo a racionalização de processos e a diminuição de custos, aumentando, desta forma, a produtividade da mão de obra desses setores.
Principais etapas da consultoria na área administrativa/financeira
1. Levantamento de informações básicas e sobre o sistema de gestão administrativo financeiro da empresa.
2. Observação direta das equipes e atividades por meio de estudos de campo.
3. Implementação de um grupo de racionalização para examinar e criticar o fluxo de procedimento.
4. Estabelecimento de um Programa de Oportunidade de Melhoria, visando diagnosticar os principais problemas (oportunidades de melhoria), eliminando-os.
Benefícios da consultoria na área administrativa/Financeira
reforço de uma cultura empresarial guiada pela direção;
implementação de um modelo que vise ao benefício coletivo, gerando mudanças comportamentais;
fluxo de informações mais eficiente, eliminando desperdícios e atividades duplicadas;
melhorias empresariais pela facilitação e coleta de ideias, sugestões e reivindicações.
Consultoria na área de marketing
A consultoria na área de marketing visa melhorar a posição competitiva da empresa-cliente, propondo estratégias e táticas de vendas e marketing. Para isso, é realizado um trabalho de imersão no setor comercial para pesquisar, propor e desenvolver ações que alterem o rumo atual, gerando condições ideais para o crescimento das vendas e da lucratividade.
Principais etapas da consultoria na área de marketing
1.Alinhamento de expectativas e compreensão das práticas de marketing realizadas.
2. Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats) do negócio – levantamento de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do negócio.
3. Avaliação da concorrência e identificação de parcerias.
4. Avaliação das opiniões, expectativas e perfis dos clientes.
5. Estabelecimento das metas de marketing em sinergia com a política da organização.
6. Definições estratégicas de marketing; posicionamento da marca, públicos e segmentos de mercado.
7. Estruturação do marketing mix, ou seja, das políticas de produto/serviço, preço, distribuição/comercialização e comunicação.
8. Elaboração do orçamento para as ações de marketing.
9. Desenvolvimento de indicadores quantitativos e qualitativos.
10. Definição dos planos de ação com prazos, responsabilidades e tarefas.
Benefícios da consultoria na área de marketing
Formação de uma estratégia concisa e integrada de comunicação com o mercado.
Diferenciação perante a concorrência.
Fortalecimento da marca.
Engajamento dos clientes às iniciativas da organização.
Como ingressar no mercado como consultor
Com o contínuo processo de globalização e a concorrência cada vez mais acirrada em praticamente todos os setores do comércio, o mercado de consultoria encontra-se bastante aquecido.
As organizações vêm buscando auxílio do profissional consultor para sobreviver, ter destaque e conquistar uma fatia maior do mercado consumidor.
As várias oportunidades nessa carreira são, porém, acompanhadas de grandes desafios. A seguir, analisaremos o conceito de empreendedorismo, descobrindo as particularidades do mercado empresarial, área de atuação do consultor.
Consultoria e empreendedorismo
Empreendedor é um termo derivado do verbo "empreender", o qual, por sua vez, é oriundo do latim imprendere e significa "decidir realizar tarefa difícil e laboriosa" (HOUAISS; VILLAR, 2001) ou "pôr em prática" (EMPREENDER, 2015). Tem significado semelhante ao da palavra francesa entrepreneur, que originou a inglesa intrepreneurship.
O conceito de espírito empreendedor relaciona-se a indivíduos dotados de grande iniciativa e dispostos a assumir riscos para estabelecer um negócio. 
Embora existam empreendedores em todos os campos de atividade humana, analisaremos, aqui, a abordagem de empreendedor como alguém que cria uma empresa.
Empreender é, antes de tudo, assumir riscos, uma vez que o novo empresário investe capital, tempo e trabalho sem qualquer garantia de retorno. Nessa empreitada, o auxílio de um consultor profissional pode ser decisivo para a sobrevivência e o sucesso do negócio.
Empreendedorismo e geração de riqueza
Os empreendedores geram e distribuem riqueza por meio do pagamento de impostos, salários, juros, suprimentos e aluguéis. Dessa forma, eles contribuem para a elevação do padrão de vida e da qualidade de vida da sociedade em que atuam.
IMPORTANTE
Segundo Maximiano (2006), padrão de vida corresponde à quantidade de serviços e bens que as pessoas podem adquirir com o capital que possuem. Já o conceito de qualidade de vida diz respeito ao bem-estar da sociedade como um todo, sendo avaliado por meio de fatores como segurança, saúde, educação, lazer etc.
Isso explica por que as sociedades com alto grau de empreendedorismo apresentam, também, alto padrão e qualidade de vida elevados.
Abordagem econômica do empreendedorismo
Há duas principais abordagens sobre o tema empreendedorismo: a econômica e a comportamentalista. A primeira relaciona o empreendedor ao desenvolvimento da economia, enquanto a segunda valoriza características psicológicas como a intuição, a criatividade e a aceitação de riscos. São três os principais economistas que se dedicaram ao estudo do empreendedorismo:
1. 
Say: economista francês do final do século XIX, Jean-Baptiste Say defendeu, em sua obra Tratado de economia política, de 1888, que os empreendedores têm a capacidadede transformar os recursos econômicos de uma região improdutiva, tornando-a altamente produtiva e lucrativa. De acordo com Say, eles geram valor a partir da exploração de variantes ou novidades nos setores de materiais, preços e tecnologia.
2. 
Cantillon: o economista e empreendedor Richard Cantillon foi pioneiro no estudo da importância econômica do empreendedorismo, em Ensaio sobre a natureza do comércio em geral, de 1755. Segundo Cantillon, o empreendedor é um indivíduo que aceita riscos ao adquirir produtos ou serviços por um preço certo para renegociá-los posteriormente a um valor incerto.
3. 
Schumpeter: no ano de 1942, Joseph A. Schumpeter explorou e desenvolveu a definição de empreendedorismo em seu livro Capitalismo, socialismo e democracia. De acordo com Schumpeter, os empreendedores promovem inovações não somente por meio de invenções, mas também pelo uso de novos produtos, meios de produção e formas de organização. Dessa forma, o empreendedor realiza a chamada "destruição criativa", tornando os recursos existentes ultrapassados e renovando o mercado.
Abordagem comportamentalista do empreendedorismo
No campo comportamental, diversas pesquisas têm sido feitas sobre o perfil do empreendedor, mostrando algumas de suas principais características. Vamos analisá-las a seguir:
Criatividade e capacidade de implementação – um empreendedor geralmente é alguém que alia habilidades de idealização e de execução de novidades.
Disposição para assumir riscos – começar o próprio negócio envolve uma série de custos com aluguéis, instalações, salários, taxas e impostos, no entanto, não há qualquer garantia de retorno do capital investido. Assim, habilidade para lidar com incertezas e assumir riscos é um traço de personalidade fundamental em um empreendedor.
Independência – empreendedor é um indivíduo que opta por trabalhar
para si mesmo, em vez de para terceiros. Valoriza muito a autonomia e tem elevada autoconfiança.
Otimismo e perseverança – um empreendedor tem consciência de que a sobrevivência de sua empresa está diretamente relacionada a seu grau de persistência. Por isso, ele se dispõe a fazer grandes sacrifícios pessoais e esforços, cooperando com seus funcionários, quando necessário. Além disso, empreendedores costumam ser otimistas e buscar o êxito, ao invés de temer o insucesso.
Empreendedorismo: prós e contras
Prós
Autonomia – o empreendedor tem, em seu próprio negócio, sua fonte de renda. 
Ele exerce controle sobre seu empreendimento, sem correr os riscos de demissão de um trabalhador assalariado.
Controle financeiro – o empreendedorismo oferece controle sobre o negócio e sobre os próprios rendimentos, gerando uma vida financeira bem estruturada.
Desafio – vários empreendedores gostam da situação desafiadora de criar o próprio negócio. Investir recursos financeiros, tempo e esforço em uma ideia e assistir sua evolução pode ser fonte de grande realização pessoal.
Contras
Autossacrifício – frequentemente, um empreendedor é obrigado a abrir mão de suas folgas e momentos de lazer, especialmente durante o início do empreendimento. Isso pode gerar altos níveis de estresse e desgaste nas relações pessoais.
Reduzida margem de erro – tratando-se de pequenas e médias empresas, principalmente, decisões equivocadas podem revelar-se fatais por não haver capital de reserva para contornar erros.
Excesso de responsabilidades – diferentemente do que ocorre nos empregos comuns, o empreendedor não tem com quem dividir as pressões ou responsabilidades do negócio.
Particularidades das organizações que um consultor deve conhecer
De acordo com Maximiano (2006), uma empresa é uma iniciativa que visa fornecer produtos e serviços para atender às necessidades de pessoas ou de mercados e lucrar com isso. Existem diversos tipos de empresa, mas, para iniciar qualquer um deles, o empreendedor deve obter recursos, organizar um sistema operacional e comprometer-se com resultados.
Particularidades das organizações que um consultor deve conhecer
De acordo com Maximiano (2006), uma empresa é uma iniciativa que visa fornecer produtos e serviços para atender às necessidades de pessoas ou de mercados e lucrar com isso. Existem diversos tipos de empresa, mas, para iniciar qualquer um deles, o empreendedor deve obter recursos, organizar um sistema operacional e comprometer-se com resultados.
Tipos de empresa
O tipo de empresa equivale ao formato do empreendimento, que pode ser uma empresa tradicional, empresa familiar, franquia, escritório doméstico ou cooperativa.
Empresa tradicional: organização econômico-administrativa que visa o lucro por meio do fornecimento de bens e serviços, como indústria, agricultura, pecuária, comércio, educação etc.
Empresa familiar: como variação da empresa tradicional, a empresa familiar busca melhorar a vida socioeconômica de uma família. As atividades e benefícios iniciais são divididos entre os membros, englobando outras pessoas da mesma família posteriormente. A participação dos descendentes na sociedade, a partilha dos lucros e a passagem para os sucessores são pontos críticos neste tipo de sociedade.
Franquia: a franquia, ou franchising, é um sistema de cessão de direito de utilização de uma patente ou marca de um franqueador para um franqueado. No sistema de franquias, o direito de comercialização das mercadorias ou serviços pode ser exclusivo ou semiexclusivo. O franqueador é o proprietário da marca e da metodologia de trabalho licenciada, enquanto o franqueado é a organização ou pessoa física que compra o direito de utilização da marca ou forma de operação por um pagamento único ou mensal. Ao ingressar na rede de franquia, o franqueado deve cumprir toda a padronização de serviços e qualidade estipulada e monitorada pelo franqueador.
Home office: trata-se da atividade profissional desempenhada no ambiente doméstico do Empreendedor. É uma alternativa interessante para micro e pequenos empresários, uma vez que possibilita grande economia de recursos financeiros em comparação com os outros tipos de empreendimento. Fortemente relacionado à tendência atual de terceirização de serviços, possibilitada pelos avanços da tecnologia da informação, esse tipo de empresa é frequente em áreas como contabilidade, confecções, cosméticos, computação gráfica, publicidade, alimentos, entre outros.
Cooperativas: uma sociedade de indivíduos com natureza jurídica própria, de natureza civil e não sujeita à falência, formada para oferecer serviços a seus associados (quantidade mínima de 20 pessoas físicas). Trata-se de uma empresa de natureza dupla, que prioriza os aspectos social e econômico de seus associados, que são simultaneamente donos e usuários de seus serviços. A cooperativa pode realizar qualquer tipo de atividade, reduzindo custos operacionais e eliminando intermediários. Existem vários perfis de cooperativas: a cooperativa habitacional, que une indivíduos que precisam de moradia e promove a aquisição de terrenos e construções; a cooperativa de trabalho, que reúne trabalhadores e visa captar clientes, serviços e oferecer qualificação; a cooperativa de consumo, que une compradores de produtos de utilização pessoal e doméstica (supermercado) para consumo conjunto, com descontos, entre outros.
Recursos
Toda empresa é formada por uma grande rede de recursos, sendo as pessoas o principal deles. Podemos dizer que as empresas são constituídas por indivíduos que empregam recursos materiais, como espaço, instalações, mobiliário e equipamentos, e recursos intangíveis, como conhecimento, experiência, habilidade e tempo.
Conhecimento e informação: o crescente consumo de serviços e produtos com grande valor agregado, tais como educação, saúde, transporte, previdência privada e telecomunicações, exige que as empresas detenham conhecimentos específicos. Assim sendo, uma das maiores vantagens competitivas que uma empresa pode ter é o conhecimento. As organizações devem ter acesso, também, a informações sobre a concorrência, seu mercado de atuação e vários outros fatores.
Pessoas: uma empresa é constituída por indivíduos que, baseados em seus conhecimentos, levam-na ao sucesso ou ao fracasso. 
A competitividade de uma organização, portanto, está diretamente relacionada ao grau de qualificação de seus colaboradores.
Principais indicadores de sucesso empresarial
O êxito de uma empresa pode ser avaliado observando indicadores inter-relacionados. 
O desempenho financeiro é o mais relevante medidor de sucesso de uma organização, e ele é relacionado diretamente com o nível de eficiência dos processos e o grau de satisfação dos consumidores. A satisfação dos consumidores, por sua vez, é vinculada à qualidade dos serviços e produtos, que está ligada à performance dos funcionários. Todas as variantes envolvidas nesse processo, porém, dependem de um só fator: a competência gerencial do empreendedor.
Principais indicadores de sucesso empresarial
O êxito de uma empresa pode ser avaliado observando indicadores inter-relacionados. O desempenho financeiro é o mais relevante medidor de sucesso de uma organização, e ele é relacionado diretamente com o nível de eficiência dos processos e o grau de satisfação dos consumidores. A satisfação dos consumidores, por sua vez, é vinculada à qualidade dos serviços e produtos, que está ligada à performance dos funcionários. Todas as variantes envolvidas nesse processo, porém, dependem de um só fator: a competência gerencial do empreendedor.
Desempenho financeiro
O mais importante indicador da performance de qualquer empresa é o lucro obtido. Trata-se do valor restante após o pagamento de todas as despesas, ou seja, a diferença entre receitas e despesas. Além disso, o lucro define a satisfação (ou não) de sócios e acionistas da entidade.
As chamadas receitas são necessárias para que a empresa possa pagar as despesas e gerar lucro. Receita corresponde ao volume de
dinheiro que os clientes desembolsam para adquirir mercadorias ou serviços da organização. 
A empresa tem prejuízo no caso das despesas superarem as receitas. Para continuar em atividade após ter prejuízo, o empreendedor pode precisar pegar um empréstimo, captar investidores ou, mesmo, vender um bem pessoal, como um automóvel. Um grande prejuízo ou prejuízos contínuos podem levar à falência da empresa. 
Esse risco é inerente ao empreendedorismo.
Para gerar mais receita, é fundamental que a empresa garanta a satisfação do consumidor. Um dos mais determinantes fatores da satisfação e da fidelidade do cliente à organização é o preço. Caso não existissem concorrentes, o preço poderia ser determinado por uma simples soma do lucro pretendido ao custo da mercadoria, ou:
Preço de venda = custo + lucro pretendido
Diante do atual cenário de grande competição comercial, porém, o preço de venda é determinado pelo mercado, e o lucro corresponde ao que resta da subtração do custo do preço de venda. Assim, para obter lucro é necessário ter custos baixos, ou:
Lucro possível = preço de venda − custo
Custos baixos estão diretamente relacionados à eficiência dos processos de produção. Assim, a performance de uma organização é o resultado de sua capacidade de elevar a eficiência dos processos e reduzir custos.
Eficiência dos processos
Segundo Maximiano (2006), eficiência significa produzir sem desperdício de recursos. Logo, para uma empresa ser considerada eficiente, ela deve gerar resultados sem desperdícios, ou seja, com custo reduzido. 
Essa capacidade permite que a organização ofereça preços mais atraentes ao consumidor, criando, assim, mais lucro. A produtividade é o modo mais fácil de verificar a eficiência de uma empresa. Ela é uma mensuração da eficiência de um processo, demonstrando como a organização utiliza seus meios de produção. Assim como os meios de produção, a produtividade varia de acordo com o tipo de negócio e a empresa em questão. 
Podemos estimá-la por meio do consumo de recursos ou meios de produção para alcançar certo resultado.
Podemos medir a produtividade, também, pelo valor de mercado do que é fabricado em comparação ao custo total de produção. Uma baixa produtividade eleva o preço ao consumidor, prejudicando a empresa frente à concorrência.
A melhor forma de avaliar a produtividade corporativa é por meio de comparações, que podem ser efetuadas em relação a concorrentes do mesmo setor de negócios, à região em que a empresa atua ou, mesmo, à própria produtividade da organização em períodos anteriores.
Qualidade dos produtos e serviços
Do ponto de vista do consumidor, o conceito de qualidade envolve duas vertentes:
Qualidade de projeto: diz respeito aos aspectos do produto que suprem as demandas e atendem aos desejos do consumidor. A capacidade do produto em cumprir suas propostas determina a qualidade do projeto. Uma alta qualidade de projeto está diretamente ligada à satisfação dos consumidores, competitividade dos produtos ou serviços e bom desempenho da organização.
Ausência de defeitos ou deficiência: de acordo com Maximiano (2006), deficiências ou defeitos em produtos ou serviços são as falhas no cumprimento das especificações. Mau atendimento, atrasos em serviços, prazos de entrega descumpridos e produtos que quebram nas primeiras utilizações, ou que não operam como prometido, são alguns exemplos de defeitos ou deficiências. A ausência de falhas ou deficiências corresponde à alta qualidade do produto ou serviço oferecido, que, por sua vez, representa grande eficiência dos recursos de produção, satisfação do consumidor e menos despesas com controle, inspeção e consertos. Ou seja, qualidade superior significa menos custos.
Desempenho das pessoas
O desempenho das pessoas é determinante para o desempenho financeiro, a qualidade, a eficiência e todos os resultados da organização. A qualidade de vida no trabalho e a qualificação profissional, por sua vez, definem o desempenho dos funcionários. A alta satisfação dos funcionários em relação à empresa e às condições de trabalho leva a uma melhor qualidade de vida no trabalho e a um clima organizacional saudável. Obviamente, fatores externos também interferem na produtividade dos colaboradores, tais como relações familiares e vida social. O desempenho das pessoas em uma empresa pode ser avaliado pela seguinte fórmula:
Desempenho das pessoas = qualificação + satisfação
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Estágios da consultoria nas organizações
Uma relação equilibrada entre a empresa e o mercado é fundamental para garantir a sobrevivência da organização. 
A estabilidade econômico-financeira, os resultados corporativos e a evolução da entidade são os principais indicadores desse equilíbrio. Nessa relação, desequilíbrios internos ou externos devem ser imediatamente corrigidos por um processo de reestruturação estratégica, sob risco de perda de eficiência e competitividade da empresa, tornando-a insustentável.
Entretanto, para que uma consultoria tenha sucesso na prestação de seus serviços, deve também se atentar ao modo como se organiza para resolver os problemas de uma determinada empresa. Nesse sentido, ter uma visão sistêmica de todas as fases de seu próprio serviço é primordial para iniciar de forma organizada as operações em qualquer empresa.
Veja abaixo as fases de um serviço de consultoria:
Fase: Entendida como a primeira fase em um serviço de consultoria está o oferecimento de seus serviços a um cliente potencial. Nesse ponto deve-se ter cuidado no modo como são apresentados os serviços, reforçar a qualidade da empresa e de seus consultores e, se possível, apresentar alguns relatos de sucesso de serviços prestados anteriormente. É necessário saber ainda que não se trata da simples comercialização de um produto, mas sim de oferecimento de serviços especializados destinados a resolução de problemas críticos encontrados nas organizações e que essa fase é amparada por uma proposta comercial.
Fase: A contratação dos serviços é a segunda fase dos processos de uma consultoria. Nesse ponto, após o oferecimento e aceite dos serviços anteriormente oferecidos, uma empresa de consultoria deve redigir um contrato de responsabilidade entre as partes de acordo com a proposta de prestação de serviços oferecida anteriormente. Ressalta-se ainda que os serviços somente poderão iniciar após a assinatura do contrato.
Fase: Como terceira fase, a determinação e o alinhamento dos objetivos da consultoria com os objetivos da empresa contratante devem ocorrer para que se tenha clareza no que se pretende realizar. Nessa fase, todos os objetivos devem ser tratados e formalizados para que não haja distorções entre as partes. Essa fase pode ocorrer a partir da realização de reuniões com os principais envolvidos das diferentes áreas de uma empresa.
Fase: Na quarta fase dos serviços de uma consultoria estão a coleta de dados e a análise da situação empresarial. Essa fase, conhecida também como diagnóstico empresarial, deve ser minuciosa, para que não passe despercebida qualquer situação que possa interferir nos resultados.
Fase: Como quinta fase nos processos de uma consultoria estão a apresentação de resultados e proposição de melhorias. Nessa fase são apresentados os resultados, positivos e negativos, levantados no diagnóstico, bem como as sugestões para resolução dos problemas encontrados.
Fase: Como sexta e última fase nos processos de serviços de uma consultoria está a implementação das melhorias sugeridas. Nesse caso, a empresa de consultoria acompanha implementação das sugestões dadas anteriormente para que se alcance a máxima eficácia possível. Ressalta-se, porém, que essa fase é opcional e a empresa contratante define sua viabilidade ou não.
Os principais objetivos práticos de uma micro, pequena ou média empresa são:
estabilidade econômico-financeira;
lucratividade;
desenvolvimento contínuo ou expansão quantitativa e/ou qualitativa;
fortalecimento da marca e posicionamento de mercado;
crescimento e aumento da competitividade;
responsabilidade

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