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CALDEIRARIA
Módulo
Leitura e Interpretação
de Desenho
SENAI – CFP “ALVIMAR CARNEIRO DE REZENDE”
SENAI-CFP “Alvimar Carneiro de Rezende”
Via Sócrates Marianni Bittencourt, 711 – CINCO
CONTAGEM – MG – Cep. 32010-010
Tel. 31-3352-2384 – E-mail: cfp-acr@fiemg.com.br
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Diretor Regional do SENAI e
Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos
Gerente de Educação e Tecnologia
Edmar Fernando de Alcântara
Elaboração
Equipe Técnica do CFP/ACR
Unidade Operacional
Centro de Formação Profissional “Alvimar Carneiro de Rezende”
Sumário
APRESENTAÇÃO.........................................................................................................................1
11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ......................................................................................................................2
22.. NNOORRMMAALLIIZZAAÇÇÃÃOO .................................................................................................................4
2.1. NORMAS NACIONAIS....................................................................................5
2.1.1. O processo de elaboração das Normas Brasileiras (NBR) ............5
33.. FFIIGGUURRAASS PPLLAANNAASS ..............................................................................................................7
3.1. LINHAS .......................................................................................................7
3.2. ÂNGULOS ...................................................................................................7
3.3. MEDIATRIZ..................................................................................................8
3.4. POLÍGONOS ................................................................................................8
3.5. TRIÂNGULOS...............................................................................................8
3.6. QUADRILÁTEROS.........................................................................................9
3.7. POLÍGONOS REGULARES ..............................................................................9
3.8. CÍRCULOS ..................................................................................................9
3.9. CIRCUNFERÊNCIAS ......................................................................................9
3.10. DIAGONAIS ...............................................................................................10
3.11. ALTURAS DE FIGURAS PLANAS ...................................................................10
44.. SSÓÓLLIIDDOOSS GGEEOOMMÉÉTTRRIICCOOSS.............................................................................................11
55.. LLEEGGEENNDDAASS ..........................................................................................................................12
66.. CCAALLIIGGRRAAFFIIAA TTÉÉCCNNIICCAA....................................................................................................13
6.1. SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES .......................................................................13
77.. LLIINNHHAASS CCOONNVVEENNCCIIOONNAAIISS ............................................................................................15
7.1. TIPOS E EMPREGOS...................................................................................16
7.1.1. Linhas para arestas e contornos visíveis .....................................16
7.1.2. Linhas para arestas e contornos não visíveis ..............................16
7.1.3. Linhas de centro e eixo de simetria .............................................17
7.1.4. Linhas de Cota.............................................................................17
7.1.5. Linhas de chamada ou extensão .................................................17
7.1.6. Linhas de corte ............................................................................17
7.1.7. Linhas para hachuras ..................................................................18
7.1.8. Linhas de rupturas .......................................................................18
7.1.9. Linhas para representações simplificadas ...................................18
8. DIEDROS ..............................................................................................................................20
99.. PPRROOJJEEÇÇÃÃOO OORRTTOOGGOONNAALL NNOO 11OO DDIIEEDDRROO .............................................................21
9.1. PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DO PRISMA RETANGULAR .....................................21
9.1.1. Vista frontal ..................................................................................22
9.1.2. Vista superior ...............................................................................22
9.1.3. Vista lateral ..................................................................................23
9.2. REBATIMENTO DOS PLANOS DE PROJEÇÃO ..................................................24
9.3. PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA DE MODELOS ......................................................27
1100.. PPRROOJJEEÇÇÃÃOO OORRTTOOGGOONNAALL NNOO 33ºº DDIIEEDDRROO..............................................................30
1111.. EESSCCAALLAASS..............................................................................................................................32
11.1. TIPOS E EMPREGOS...................................................................................32
11.2. ESCALAS USUAIS.......................................................................................32
1122.. SSUUPPRREESSSSÃÃOO DDEE VVIISSTTAASS...............................................................................................35
1133.. CCOORRTTEESS................................................................................................................................36
13.1. INTERPRETAÇÃO DO CORTE........................................................................36
13.2. CORTE TOTAL ...........................................................................................39
13.2.1. Corte Total Longitudinal...............................................................39
13.2.2. Corte Total Horizontal ..................................................................41
13.2.3. Corte Total Transversal ...............................................................42
13.3. CORTE EM DESVIO.....................................................................................43
13.4. MEIO CORTE .............................................................................................44
13.5. CORTE PARCIAL ........................................................................................44
13.6. OMISSÃO DE CORTE ..................................................................................45
13.7. SECÇÕES .................................................................................................46
13.7.1. Seção traçada sobre a própria vista ...........................................47
1133..77..22.. SSeeççããoo ttrraaççaaddaa ccoomm aa iinntteerrrruuppççããoo ddaa vviissttaa EErrrroo!! IInnddiiccaaddoorr nnããoo
ddeeffiinniiddoo..
13.7.3. Seções traçadas fora das vistas ..................................................47
13.8. RUPTURAS ...............................................................................................48
13.9. CORTE REBATIDO ......................................................................................48
13.10. SUPERFÍCIES FINAS EM CORTE................................................................49
1144.. RROOTTAAÇÇÃÃOO DDEE DDEETTAALLHHEESS OOBBLLÍÍQQUUOOSS .....................................................................50
1155.. VVIISSTTAASS AAUUXXIILLIIAARREESS .......................................................................................................5215.1. VISTA AUXILIAR SIMPLIFICADA....................................................................53
1166.. VVIISSTTAASS PPAARRCCIIAAIISS.............................................................................................................54
1177.. NNOOÇÇÕÕEESS SSOOBBRREE RROOSSCCAASS ...........................................................................................55
17.1. FINALIDADES DE UMA ROSCA ......................................................................56
17.2. ASPECTOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS ROSCAS ...............................................56
17.2.1. Quanto ao Perfil: ..........................................................................56
17.2.2. Quanto ao sentido de direção do filete: .......................................56
17.2.3. Quanto ao Número de Entradas: .................................................56
17.2.4. Quanto à localização da rosca:....................................................57
17.3. ELEMENTOS PRINCIPAIS DE UMA ROSCA .....................................................58
17.4. DIMENSIONAMENTO DE ROSCAS .................................................................59
1188.. SSIIMMBBOOLLOOGGIIAA DDEE SSOOLLDDAAGGEEMM .....................................................................................60
18.1. POSICIONAMENTO DOS SÍMBOLOS ..............................................................61
18.2. SÍMBOLOS DE SOLDA.................................................................................62
18.2.1. Símbolos Básicos ........................................................................62
18.2.2. Símbolos Suplementares.............................................................65
18.2.3. Representação dos Símbolos......................................................65
18.3. DIMENSIONAMENTO DE SOLDAS .................................................................67
18.3.1. Juntas em Ângulo – Solda em Ângulo .........................................67
18.3.2. Junta em Ângulo – Solda em Chanfro .........................................68
18.3.3. Junta de Topo..............................................................................69
18.3.4. Junta em Ângulo – Solda em Ângulo Descontínua......................70
18.3.5. Junta de Ângulo em “L” e em “T” – Solda em Chanfro Combinada
com Solda em Ângulo....................................................................................71
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
1
Apresentação
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do
conhecimento”.
Peter Drucker
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os
perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e,
consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo,
com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados,
flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de educa-
ção continuada”.
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológi-
ca, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz neces-
sária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da cone-
xão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante
quanto zelar pela produção de material didático.
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e la-
boratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais di-
dáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosi-
dade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os di-
versos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
Gerência de Educação e Tecnologia
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
2
11.. IInnttrroodduuççããoo
Quando vamos executar uma determinada peça na oficina de nossa escola ou na
indústria, necessitamos receber todas informações e dados sobre a mesma.
Estas informações poderiam ser apresentadas de várias formas, tais como:
1. Descrição verbal da peça
2. Fotografia da peça
3. Modelo da peça
4. Desenho técnico da peça
Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam
as informações indispensáveis para a execução da peça, senão, vejamos:
1. Uma Descrição Verbal não é bastante para
transmitir as idéias de forma e dimensões de uma
peça, mesmo que ela não seja muito complicada.
Se experimentarmos descrever, usando somente
o recurso da palavra, um objeto, de maneira que
outra pessoa o execute, concluiremos que isto é
praticamente impossível.
2. A Fotografia transmite relativamente bem a idéia da
parte exterior da peça, mas não mostra seus
detalhes internos e nem suas dimensões. Logo, a
fotografia também não resolve o nosso problema.
3. O Modelo resolve, até certo ponto, alguns
problemas. Nem todos, porém. Por exemplo,
se tivéssemos que transportar uma peça de
grande tamanho, para reproduzi-la pelo
modelo... Além disso, a peça pode estar sendo
“projetada”, não existindo ainda um modelo da
mesma.
4. Desenho Técnico pode transmitir, com clareza,
precisão e de maneira simples, todas as idéias de
forma e dimensões de uma peça. Além disso, há
uma série de outras informações necessárias que
somente o desenho pode dar, tais como: o
material de que é feita a peça, os acabamentos de
sua superfície, as tolerâncias de suas medidas etc.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
3
Portanto, o conhecimento de Desenho Técnico é indispensável a todos aqueles
que necessitam executar tarefas que sejam de ajustagem, tornearia, marcenaria,
eletricidade etc.
O Desenho Técnico é usado na indústria pelos engenheiros, projetistas, dese-
nhistas, mestres e operários qualificados, como uma linguagem técnica universal,
pela qual se expressam e registram idéias e dados para a construção de móveis,
máquinas e estruturas.
Sendo uma linguagem gráfica universal, o Desenho Técnico possui normas espe-
cíficas para o seu traçado e interpretação. Estas normas são elaboradas por enti-
dades especializadas que padronizam e normalizam o seu emprego.
No Brasil, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – padronizou as
normas NBB, NB 13 e outras, que fixam as condições gerais que devem ser ob-
servadas na execução dos desenhos técnicos e representações convencionais.
Para que o emprego do desenho técnico se torne fácil e preciso, recorre-se ao
uso de instrumentos apropriados, chamando-se, neste caso, “Desenho com Ins-
trumentos”. Quando executado à mão, sem o auxílio de instrumentos, denomina-
se “Desenho à Mão Livre” ou “Esboço”.
O nosso objetivo é estudar e exercitar a linguagem universal do desenho técnico,
a fim de expressá-la e escrevê-la com clareza, bem como interpretá-la quando
escrita por outrem.
O objetivo do estudo de desenho não é formação de desenhistas, mas sim a pre-
paração daqueles que irão orientar-se por meio do desenho, na escola e na vida
profissional, dando-lhe condições de:
� Ler e interpretar, com segurança, desenhos técnicos de sua especialidade, de
acordo com as normas da ABNT;� Executar traçados à mão livre e com instrumentos básicos, como forma de ex-
pressão de sua linguagem técnica.
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
4
22.. NNoorrmmaalliizzaaççããoo
Uma norma técnica é um documento estabelecido por consenso e aprovado por
um organismo reconhecido que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, di-
retrizes ou características para atividades ou para seus resultados, visando à ob-
tenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Esta é a definição
internacional de norma.
Deve ser realçado o aspecto de que as normas técnicas são estabelecidas por
consenso entre os interessados e aprovadas por um organismo reconhecido.
Acrescente-se ainda que são desenvolvidas para o benefício e com a cooperação
de todos os interessados, e, em particular, para a promoção da economia global
ótima, levando-se em conta as condições funcionais e os requisitos de segurança.
As normas técnicas são aplicáveis a produtos, serviços, processos, sistemas de
gestão, pessoal, enfim, nos mais diversos campos.
Usualmente é o cliente que estabelece a norma técnica que será seguida no for-
necimento do bem ou serviço que pretende adquirir. Isto pode ser feito explicita-
mente, quando o cliente define claramente a norma aplicável, ou simplesmente
espera que as normas em vigor no mercado onde atua sejam seguidas.
Elas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de segurança
(seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação final),
mas também podem estabelecer procedimentos, padronizar formas, dimensões,
tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a maneira de
medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio.
Se não existissem normas haveria...
Figura 5
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
5
2.1. Normas Nacionais
Normas nacionais são normas técnicas estabelecidas por um organismo nacional
de normalização para aplicação num dado país. No Brasil, as normas brasileiras
(NBR) são elaboradas pela ABNT , e em cada país, normalmente, existe um or-
ganismo nacional de normalização.
Há países que têm diversos organismos nacionais de normalização que atuam
em setores específicos (como é o caso freqüentemente da área elétrica e ele-
trônica).
A ABNT é reconhecida pelo Estado brasileiro como o Fórum Nacional de Normali-
zação, o que significa que as normas elaboradas pela ABNT - as NBR - são reco-
nhecidas formalmente como as normas brasileiras.
As Normas Brasileiras são elaboradas nos Comitês Brasileiros da ABNT
(ABNT/CB) ou em Organismos de Normalização Setorial (ONS) por ela credenci-
ados. Os ABNT/CB e os ONS são organizados numa base setorial ou por temas
de normalização que afetem diversos setores, como é o caso da qualidade ou da
gestão ambiental.
Tão importante quanto saber quais normas se encontram em consulta pública ou
foram publicadas é saber quais normas se planeja desenvolver num setor especí-
fico, de modo a que qualquer interessado possa se preparar para participar do
processo e interferir nos seus resultados.
A ABNT publica anualmente um Plano Nacional de Normalização, contendo todos
os títulos que se planeja desenvolver ao longo do ano. Esse plano é acessível
mediante contato com os respectivos ABNT/CB ou ONS, ou para associados na
página da ABNT.
Clique para ver os projetos de normas brasileiras que estão em consulta pública,
bem como as Normas Brasileiras publicadas, emendas e erratas publicadas, NBR
canceladas ou cancelamentos de NBR em consulta pública.
Freqüentemente uma norma se refere a outras normas que são necessárias para
a sua aplicação. As normas podem ser necessárias para o cumprimento de
Regulamentos Técnicos ou na certificação compulsória.
2.1.1. O processo de elaboração das Normas Brasileiras (NBR)
Os textos das normas são desenvolvidos em Comissões de Estudos (ABNT/CE),
no âmbito dos ABNT/CB, ONS, ou, quando se justifica e o assunto é restrito, em
CE Especiais Temporárias (ABNT/CEET), independentes. A participação é aberta
a qualquer interessado, independentemente de ser associado da ABNT.
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
6
O processo de desenvolvimento de uma norma inicia-se com a identificação da
demanda pela norma, a sua inclusão num plano de normalização setorial e a atri-
buição a uma ABNT/CE da responsabilidade de desenvolver o texto.
Quando os membros da ABNT/CE atingem o consenso em relação ao texto, este
é encaminhado, como projeto de norma brasileira, para consulta pública. O anún-
cio dos projetos que se encontram em consulta pública consta da página da
ABNT.
Qualquer pessoa ou entidade pode enviar comentários e sugestões ao projeto de
norma ou recomendar que não seja aprovado, com a devida justificativa técnica.
Todos os comentários têm necessariamente que ser considerados, cabendo à
ABNT/CE acatar ou não as sugestões ou manifestações de rejeição, com a res-
pectiva justificativa técnica.
Aprovado o texto do projeto de norma brasileira na consulta pública, o projeto
converte-se em norma brasileira (NBR), entrando em vigor 30 dias após o anúncio
da sua publicação, que também é feito na página da ABNT.
As normas brasileiras podem ser canceladas, devido à sua substituição por outras
normas novas, obsolescência tecnológica ou outras razões que justifiquem o can-
celamento. Este cancelamento também é submetido à consulta pública, cujo
anúncio também é efetuado na página da ABNT.
Figura 7
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
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33.. FFiigguurraass PPllaannaass
3.1. Linhas
3.2. Ângulos
reta curva quebrada mista
horizontal
vertical
inclinada paralelas
oblíqua perpendicular segmento de
reta - AB
A
B
linha poligonal
α < 90°
agudo
α = 90°
reto
α > 180°
raso
α > 90°
obtuso
ângulo central
α
α α
α α
ângulo de 360°
complementares
α
β
α + β = 90°
suplementares
α
β
α + β = 180°
α
β
α + β = 360°
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
8
Bissetriz
3.3. Mediatriz
3.4. Polígonos
3.5. Triângulos
replementares
A
B
C
α
β
r D
Bissetriz - AD
α = β
C
BA
D
Mediatriz C-D
AO = OB
O
lados e ângulos iguais
polígono regular
lados e ângulos diferentes
polígono irregular
equilátero isósceles escaleno retângulo
Leitura e Interpretação de Desenho
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9
3.6. Quadriláteros
3.7. Polígonos regulares
3.8. Círculos
3.9. Circunferências
quadrado retângulo trapézio paralelogramo losango
pentágono sextavado octógono heptágono
círculo
A B
O
setor circular segmento circular coroa circular setor de coroa
circular
Circunferência Circunf.Concêntricas
Circunf.
Excêntricas Circunf.
Exteriores
Leitura e Interpretação de Desenho
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10
cun
3.10. Diagonais
3.11. Alturas de Figuras Planas
Circunf. Tangentes
Interiores
Circunf. Tangentes
Exteriores
Circunferêcias
SecantesLinhas das Cirncunferências CircunferêciasCircunscrita
Circunferêcias
Inscrita
Quadrado Retângulo Losango Trapézio
OBS. : A altura é sempre perpendicular à base.
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
11
44.. SSóólliiddooss ggeeoommééttrriiccooss
*Nota: A pirâmide pode ser classificada segundo sua base, então teremos pirâmi-
de de base triangular, quadrangular, pentagonal,sextavada, etc.
cilindro
(barra redonda)
tronco de
cilindro
barra
pentagonal
barra
sextavada
Barra
Oitavada
* Pirâmide
(base sextavada)
Tronco de
pirâmide
Cone
Tronco de
cone
Cilindro
oco
(tubos)
Esfera Anel Alongado(elo oblongo)
cubo
(barra quadrada)
paralelepípedo
(barra chata)
barra triangular
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
12
55.. LLeeggeennddaass
1. Toda folha (formato 2AO, AO, A1, A2, A3) desenhada deve levar no canto infe-
rior direito um quadrado destinado à legenda. Na folha formato A4, a legenda
fica na parte inferior, ao longo da largura.
2. As legendas nos desenhos industriais, de um modo geral, não são normaliza-
das, pois variam de acordo com as necessidades internas da firma, mas todas
elas devem ter obrigatoriamente os seguintes itens:
a) Nome da firma ou empresa;
b) Título do desenho;
c) Escala em que foi desenhado;
d) Número da folha ou desenho;
e) Número do desenho de conjunto ou referência;
f) Datas e assinatura dos responsáveis pela execução, verificação e aprova-
ção;
g) Lista de materiais que é composta de:
� Posição das peças dentro do conjunto;
� Quantidade para fabricação;
� Tipo de material de cada peça;
� Dimensão real ou em bruto;
� Nome das peças;
� Pesos reais e totais.
Exemplo de legenda
POS QUANT MATERIAL DIMENSÕES DENOMINAÇÃO PESO KG
Desenhista Escalas
Projetista NOME DA FIRMA Des. Referência
Controle De. Conjunto n°
Aprovação
TÍTULO DO DESENHO
Desenho n°
Obs. n°°°° 01 - A lista de materiais normalmente fica sobre a legenda e as posições
são colocadas em ordem crescente de baixo para cima, mas em casos especiais,
a lista de materiais poderá estar ao lado esquerdo das legendas em forma de fai-
xas.
Obs. n°°°° 02 - A lista de materiais normalmente fica sobre a legenda e as posições
são colocadas em ordem crescente de baixo para cima, mas em casos especiais,
a lista de materiais poderá estar ao lado esquerdo das legendas em forma de fai-
xas.
Leitura e Interpretação de Desenho
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66.. CCaalliiggrraaffiiaa ttééccnniiccaa
6.1. Seqüência de operações
Verticais
Leitura e Interpretação de Desenho
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Inclinadas
Normas para o traçado de Letras e Algarismos:
1 – As letras e algarismos usados em legendas ou anotações podem ser
verticais ou inclinadas para a direita, adotando neste caso, um ângulo de in-
clinação com a linha de base de aproximadamente de 75o .
2 – Para o traçado rápido e execução perfeita das letras e algarismos a mão
livre, devemos fazer pautas a lapis com llinhas quase invisíveis, e seguir as
seqüências de operações para a execução das mesmas.
Leitura e Interpretação de Desenho
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77.. LLiinnhhaass CCoonnvveenncciioonnaaiiss
LINHA
RELAÇÃO
APROXIMADA
ESPESSURA
DENOMINAÇÃO APLICAÇÃO GERAL
A
1 Contínua larga Contornos visíveis e arestasvisíveis
B
Contínua estreita
Contornos e arestas fictícios,
linhas de chamada e de me-
dida,traçados, representação
de peças indicadas a título de
referência, contornos de sec-
ções rebatidas no local.
 C
Contínua estreita a
mão livre (1)
Limites de vistas ou cortes
parciais ou interrompidas se o
limite não coincidir com linhas
traço e ponto
D
Tracejada larga (1) Contornos não visíveis e
arestas não visíveis
E
Traço e ponto estreita
Lnhas de centro
Linhas de simetrias
Trajetórias
Traço e ponto estreita,
larga nas extremidades
e na mudança de dire-
ção
Planos de cortes
G
1 Traço e ponto larga
Indicação das linhas ou su-
perfícies com indicação espe-
cial
(1) Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, deve-se observar a regra de preferência.
(2) A relação aproximada de espessura é em função da linha de contorno visível.
1
F
1
4
1
4
1
2
1
4
1
4
1
Figura 8
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
16
OBS.: Se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser
explicados no respectivo desenho ou por meio de referência as normas específi-
cas correspondente.
Ordem de prioridade de linhas coincidentes
Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser
observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade.
1) Arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A);
2) Arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha D);
3) Superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreito, largo nas extremidades
e na mudança de direção; tipo de linha F);
4) Linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha E;
7.1. Tipos e empregos
Quando à espessura, as linhas devem ser:
� Grossas
� Médias
� Finas
A espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da
linha fina, metade da linha média.
7.1.1. Linhas para arestas e contornos visíveis
São de espessura grossa e de traço contínuo.
7.1.2. Linhas para arestas e contornos não visíveis
São de espessura média e tracejadas.
Figura 9
Figura 10
Leitura e Interpretação de Desenho
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7.1.3. Linhas de centro e eixo de simetria
São de espessura fina e formadas por traços e pontos.
7.1.4. Linhas de Cota
São de espessura fina, traço contínuo, limitadas por setas nas extremidades.
7.1.5. Linhas de chamada ou extensão
São de espessura fina e traço contínuo. Não devem tocar o contorno do desenho
e prolongam-se além da última linha de cota que limitam.
7.1.6. Linhas de corte
São de espessura grossa, formada por traços e pontos. Servem para indicar cor-
tes e seções.
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Leitura e Interpretação de Desenho
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7.1.7. Linhas para hachuras
São de espessura fina, traço contínuo, geralmente inclinadas a 45º e mostram as
partes cortadas da peça. Servem também para indicar o material de que a peça é
feita, de acordo com as convenções recomendadas pela ABNT.
7.1.8. Linhas de rupturas
São de espessura média, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar peque-
nas rupturas e cortes parciais.
7.1.9. Linhas para representações simplificadas
São de espessura média, traço contínuo e servem para indicar o fundo de filetes
de roscas e de dentes de engrenagens.
Figura 18
Figura 17
Figura 19
Figura 20
Figura 15
Figura 16
Leitura e Interpretação de Desenho
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Leitura e Interpretação de Desenho
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8. Diedros
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os
diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do
movimento dos ponteiros do relógio.
Atualmente, a maioria dos países que utilizam o método de projeção ortográfica
no 1º diedro diedro. No Brasil, a ABNT recomenda a representação no 1º diedro
diedro. Entretanto, alguns países, como por exemplo os Estados Unidos e o
Canadá, representam seus desenhos técnicos no 3º diedro.
Ao ler e interpretar desenhos técnicos, o primeiro cuidado que se deve ter é
identificar em que diedro está representado o modelo. Esse cuidade é importante
para evitar o risco de interpretar errado as características do objeto.
No desenho não se representam as linhas de referências, nem se escrevem os
nomes das vistas. Deve-se, porém, indicar o diedro em que é feita a representa-
ção, de modo a permitir a identificação das vistas pelas suas posições relativas.
Essa indicação se faz, seja escrevendo “1º DIEDRO” ou “3º DIEDRO”, seja utili-
zando os símbolos na legenda.
O símbolo ao lado indica que o desenho
técnico está representado no 1º diedro
diedro. Este símbolo aparece no canto
inferior direito da folha de papel dos
desenhos técnicos, dentro da legenda.
Quando o desenho técnico estiver
representado no 3º diedro diedro, você verá
este outro símbolo:
Figura 21
Leitura e Interpretação de Desenho
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99.. PPrroojjeeççããoo oorrttooggoonnaall nnoo 11oo ddiieeddrroo
Uma peça que estamos observando ou mesmo imagi-
nando, pode ser desenhada (representada) num plano.
A essa representação gráfica dá-se o nome de “proje-
ção”.
O plano é denominado “plano de projeção” e a repre-
sentação da peça recebe o nome de projeção.
Podemos obter as projeções através de observações feitas em posições determi-
nadas. Podemos, então, ter várias “vistas” da peça.
A projeção ortográfica de um modelo em um único plano algumas vezes não re-
presenta o modelo ou partes dele em verdadeira grandeza. Mas, para produzir
um objeto, é necessário conhecer todos os seus elementos em verdadeira gran-
deza. Por essa razão, em desenho técnico, quando tomamos sólidos geométricos
ou objetos tridimensionais como modelos, costumamos representar sua projeção
ortográfica em mais de um plano de projeção. No Brasil, onde se adota a repre-
sentação no 1º diedro, além do plano vertical e do plano horizontal horizontal, uti-
liza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral. Esse plano é, ao mesmo
tempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal.
9.1. Projeção ortográfica do prisma retangular
Figura 22
Figura 23
Leitura e Interpretação de Desenho
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22
Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três planos de
projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstração de um sólido geométri-
co - o prisma retangular em cada um dos planos, separadamente.
9.1.1. Vista frontal
Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de projeção vertical visto de
frente por um observador, na direção indicada pela seta, como mostra a figura
seguinte. Este prisma é limitado externamente por seis faces retangulares retan-
gulares: duas são paralelas ao plano de projeção (ABCD e EFGH); quatro são
perpendiculares ao plano de projeção (ADEH, BCFG, CDEF e ABGH). Traçando
linhas projetantes a partir de todos os vértices do prisma, obteremos a projeção
ortográfica do prisma no plano vertical. Essa projeção é um retângulo idêntico às
faces paralelas ao plano de projeção.
Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a proje-
ção ortográfica do prisma visto de frente.
A projeção ortográfica do prisma, visto de frente no plano vertical, dá origem à
vista ortográfica chamada vista frontal frontal.
9.1.2. Vista superior
Figura 24
Figura 25
Leitura e Interpretação de Desenho
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A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso necessi-
tamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do prisma
em outros planos do 1º diedro. Imagine, então, a projeção ortográfica do mesmo
prisma visto de cima por um observador na direção indicada pela seta, como apa-
rece na próxima figura.
A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, é um retângulo idêntico
às faces ABGH e CDEF, que são paralelas ao plano de projeção horizontal.
Removendo o modelo, você verá no plano horizontal apenas a projeção ortográfi-
ca do prisma, visto de cima.
A projeção do prisma, visto de cima no plano horizontal, determina a vista orto-
gráfica chamada vista superior superior
9.1.3. Vista lateral
Figura 26
Figura 27
Leitura e Interpretação de Desenho
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Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior uma terceira
vista é importante: a vista lateral esquerda. Imagine, agora, um observador vendo
o mesmo modelo de lado lado, na direção indicada pela seta, como mostra a
ilustração a próxima figura.
Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção ortográfi-
ca resulta num retângulo idêntico às faces ADEH e BCFG, paralelas ao plano la-
teral. Retirando o modelo, você verá no plano lateral a projeção ortográfica do
prisma visto de lado, isto é, a vista lateral esquerda.
Você acabou de analisar os resultados das projeções de um mesmo modelo em
três planos de projeção. Ficou sabendo que cada projeção recebe um nome dife-
rente, conforme o plano em que aparece representada:
• projeção do modelo no plano vertical dá origem à vista frontal frontal;
• projeção do modelo no plano horizontal dá origem à vista superior superior;
• projeção do modelo no plano lateral dá origem à vista lateral esquerda.
9.2. Rebatimento dos planos de projeção
Figura 28
Figura 29
Leitura e Interpretação de Desenho
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Agora, que você já sabe como se determina a projeção do prisma retangular se-
paradamente em cada plano, fica mais fácil entender as projeções do prisma em
três planos simultaneamente, como mostra a figura seguinte.
As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os
planos de projeção são as linhas projetantes projetantes. As demais linhas es-
treitas que ligam as projeções nos três planos são chamadas linhas projetantes
auxiliares auxiliares. Estas linhas ajudam a relacionar os elementos do modelo
nas diferentes vistas. Imagine que o modelo tenha sido retirado e veja como fi-
cam apenas as suas projeções nos três planos:
Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano.
Para tanto, usamos um recurso que consiste no rebatimento dos planos de proje-
ção horizontal e lateral. Veja como isso é feito no 1º diedro: E o plano vertical
vertical, onde se projeta a vista frontal, deve ser imaginado sempre numa posição
Figura 30
Figura 31
Leitura e Interpretação de Desenho
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fixa; E para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma rotação de
90º para baixo, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura 32 e
Figura 33). O eixo de interseção é a aresta comum aos dois semiplanos.
Para rebater o plano de projeção lateral imaginamos que ele sofre uma rotação
de 90º, para a direita, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura
34 e Figura 35).
Agora, você tem os três planos de projeção: vertical, horizontal e lateral, repre-
sentados num único plano plano, em perspectiva isométrica, como mostra a Figu-
ra 35. Observe agora como ficam os planos rebatidos vistos de frente.
Figura 32 Figura 33
Figura 34
Figura 35
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Em desenho técnico, não se representam as linhas de interseção dos planos.
Apenas os contornos das projeções são mostrados. As linhas projetantes auxilia-
res também são apagadas. Finalmente, veja como fica a representação, em pro-
jeção ortográfica, do prisma retangular que tomamos como modelo:
A projeção A, representada no plano vertical, chama-se projeção vertical ou vista
frontal frontal; E a projeção B, representada no plano horizontal, chama-se proje-
ção horizontal ou vista superior; E a projeção C, que se encontra no plano lateral,
chama-se projeção lateral ou vista lateral esquerda.
As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal frontal,
que é a vista principal da peça, determina as posições das demais vistas; a vista
superior aparece sempre representada abaixo da vista frontal; a vista lateral es-
querda aparece sempre representada à direita da vista frontal. O rebatimento dos
planos de projeção permitiu representar, com precisão o modelo de três dimen-
sões (o prisma retangular) numa superfície de duas dimensões. Além disso, o
conjunto das vistas representa o modelo em verdadeira grandeza, possibilitando
interpretar suas formas com exatidão.
9.3. Projeção ortográfica de modelos
Acompanhe, agora, a demonstração da projeção ortográfica
de outro modelo com elementos paralelos (figura38). Este
modelo prismático tem dois rebaixos laterais localizados na
mesma altura e um rasgo central mais profundo.
Observe a projeção da vista frontal. O rasgo central e os rebaixos estão repre-
sentados pela linha para arestas e contornos visíveis:
Figura 37
Figura 38
Leitura e Interpretação de Desenho
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Veja, agora, a vista superior.
Todas as arestas que definem os elementos do modelo são visíveis de cima e
estão representadas na vista superior pela linha para arestas e contornos visíveis.
Por último, analise a projeção da vista lateral esquerda.
As projeções das arestas que formam os rebaixos são coincidentes. Essas ares-
tas são representadas na vista lateral esquerda pela linha para arestas e contor-
nos visíveis. As arestas que formam o rasgo central não são visíveis de lado, por
isso estão representadas pela linha tracejada estreita. Analise as três vistas pro-
jetadas ao mesmo tempo nos três planos de projeção, como mostra a figura ao
lado.
Figura 39
Figura 40
Figura 41
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Observe as vistas ortográficas do modelo após o rebatimento dos planos de proje-
ção. Você pode identificar, na figura abaixo, a linha para arestas e contornos visí-
veis e a linha para arestas e contornos não visíveis.
Figura 42
Leitura e Interpretação de Desenho
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1100.. PPrroojjeeççããoo oorrttooggoonnaall nnoo 33ºº ddiieeddrroo
Nos Estados Unidos e Canadá, convencionou-se usar as projeções com disposi-
ção diferente das vistas, sendo esse sistema chamado de “projeção no 3º diedro”.
É importante o conhecimento desse tipo de representação, visto existir no Brasil
grande número de indústrias de ordem norte-americana e canadense.
Observa-se que a vista de cima fica acima da vista de frente, enquanto que as
laterais direta e esquerda ficam, respectivamente, à direita e à esquerda da vista
de frente.
Comparações entre as Projeções Ortogonais do 1º e 3º Diedro
Figura 44
Figura 45
Leitura e Interpretação de Desenho
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Figura 46
Figura 47
Figura 48
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1111.. EEssccaallaass
11.1. Tipos e empregos
Os desenhos que utilizamos em oficinas, para orientar a construção de uma peça,
nem sempre podem ser executados com os valores reais das medidas da peça.
Por exemplo: é impossível representar no desenho uma mesa de três metros de
comprimento em seu tamanho real, como é também difícil ou quase impossível
representar em seu tamanho natural uma peça para relógio, com três milímetros
de diâmetro.
O recurso será, então, reduzir ou ampliar o desenho, conservando a proporção da
peça a ser executada.
Em todos estes casos, isto é, desenhando na mesma medida, reduzindo ou am-
pliando, estaremos empregando escalas. Escala é, portando, a relação entre as
medidas do desenho e a da peça.
11.2. Escalas usuais
Quando o desenho for do mesmo tamanho da peça ou quando tiver as mesmas
dimensões indicadas nas cotas, teremos a escala natural.
A escala natural é indicada da seguinte forma:
Escala 1:1, que se lê “Escala um por um”.
O exemplo acima mostra o desenho de um punção de bico com todas as indica-
ções necessárias à sua execução na oficina. Note que, devido ao seu tamanho,
foi possível desenhar em escala natural.
Figura 49
Leitura e Interpretação de Desenho
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Quando o desenho de uma peça for efetuado em tamanho menor do que o tama-
nho da própria peça, estaremos usando escala de redução. Note que, embora
reduzindo o tamanho, as cotas conservaram as medidas reais da peça.
A escala de redução é indicada da seguinte forma:
Escala 1:2, que se lê “Escala um por dois”.
No exemplo abaixo, o desenho está duas vezes menor que os valores das cotas.
As escalas de Redução recomendadas pela ABNT são as seguintes:
1:2 - 1:2,5 – 1:5 - 1:10 - ... – 1:100
Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta, es-
taremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram, também,
os valores reais da peça.
A escala de ampliação é indicada da seguinte forma:
Escala 2:1, que se lê “escala dois por um”,
significando que o desenho é duas vezes maior que a peça.
As escalas de ampliações recomendadas pela ABNT são as seguintes:
2:1 – 2,5:1 - 5:1 – 10:1 - ... – 100:1
Figura 50
Figura 51
Leitura e Interpretação de Desenho
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A interpretação de uma escala em relação à razão numérica é feita da seguinte
forma:
Usam-se dois números; o primeiro refere-se ao desenho e o segundo, à peça.
O exemplo ao lado significa que 2 mm na
peça, corresponde a 1 mm no desenho.
A redução ou ampliação só terá efeito para o
traçado do desenho, pois na cotagem
colocaremosas medidas reais da peça.
Em escalas, as medidas angulares não sofrem redução ou ampliação como as
lineares, por exemplo. Seja qual for a escala empregada, um ângulo de 60º será
representado com o mesmo valor.
NOTAS:
1) A escala do desenho deve obrigatoriamente ser indicada na legenda.
2) Constando na mesma folha desenhos em escalas diferentes, estas devem
ser indicadas tanto na legenda como junto aos desenhos a que correspon-
dem.
3) Sempre que possível devemos desenhar em escala natural.
Figura 52
Figura 53
Leitura e Interpretação de Desenho
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1122.. SSuupprreessssããoo ddee vviissttaass
Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que
melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas,
como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única vista.
Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas. Continuará
havendo uma vista principal - vista de frente -, sendo escolhida como segunda
vista aquela que melhor complete a representação da peça.
Nos exemplos abaixo estão representadas peças por uma única vista. Nesse tipo
de projeção, é indispensável o uso de símbolos.
Figura 55
Figura 54
Figura 56
Figura 57
Leitura e Interpretação de Desenho
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1133.. CCoorrtteess
Os cortes são utilizados para representar de um modo claro os detalhes internos
de uma peça, fazendo ressaltar ainda em um conjunto a posição de cada peça ou
órgão que o constitui.
A aplicação do corte em desenhos de peças e conjuntos tem três vantagens:
1. Facilitar a interpretação interna das peças ou do conjunto de peças.
2. Facilitar a colocação de cotas, evitando, assim, cotação em linhas tracejadas.
3. Identificar, por meio de hachuras, de que material é feita a peça (desenho de
detalhes) ou as peças (desenho de conjunto).
13.1. Interpretação do corte
Para representarmos melhor o corte, observemos a figura n° 53 abaixo, pois
quando executamos um corte, o executamos imaginariamente. Na figura n° 54, as
partes atingidas pelo corte estão representadas com linhas finas inclinadas, cha-
madas linhas de hachuras.
Observações
1. O corte é imaginário.
2. O sombreado, na projeção, corresponde à parte da peça que foi atingida pelo
corte. A região não sombreada indica a não atingida.
Hachuras
São traços eqüidistantes e paralelos que produzem em desenhos e gravuras o
efeito do sombreado.
Figura 59
Figura 60
Figura 58
(Cotação desaconselhável)
Leitura e Interpretação de Desenho
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No desenho técnico, representamos as hachuras por meio de linhas finas inclina-
das a 45° em relação à base da peça ou em relação ao seu eixo. Para cada mate-
rial existe uma hachura convencional, conforme exemplos abaixo.
No desenho abaixo, temos duas vistas de uma peça da qual só conseguimos in-
terpretar a parte externa.
Com apenas esses detalhes externos apresentados, é impossível a identificação
correta da peça. Portanto, precisamos de mais detalhes.
Na figura abaixo, temos os detalhes externos representados por meio de contor-
nos visíveis e os detalhes internos por contornos invisíveis (linhas tracejadas).
Com tudo isso, ainda existe uma dificuldade para interpretar a forma de todas as
peças. Portanto, temos de lançar mão de um outro recurso que possibilite mostrá-
las com maior clareza e facilidade de interpretação.
Figura 61
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Esse recurso, chamado de corte total, usado nestas vistas, possibilitar uma per-
feita interpretação e algumas vantagens, como:
1. maior clareza dos detalhes internos das peças;
2. quais os tipos de material de que constituem as peças;
3. melhor interpretação do funcionamento do conjunto;
4. número de peças que constituem o conjunto.
Figura 62
CORTE - AAFigura 63
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Algumas regras sobre os cortes
1. O corte, de um modo geral, é sempre indicado em uma vista por meio de uma
linha de corte acompanhada pelas letras AA, BB, CC ... e representado em
outra vista (figura acima).
2. Sempre que indicarmos em uma vista a linha de corte seguida das letras AA,
BB, CC ... embaixo da vista na qual é representada o corte, será escrita a ex-
pressão CORTE-AA, CORTE-BB, CORTE-CC, etc.
3. Em um mesmo formato, quando houver mais de uma peça cortada, as letras
indicativas de corte AA, BB, CC, etc., não poderão se repetir. Cada vista corta-
da terá um tipo de indicação.
4. As letras indicativas de corte deverão seguir a mesma seqüência alfabética,
começando de AA, BB, CC, DD, EE, FF, GG, HH, II, JJ ... ZZ.
5. Quando cortamos ume peça, mostramos apenas o que vemos. Portanto, não
mostramos nenhum detalhe oculto por meio de linhas tracejadas.
6. Quanto às hachuras, devem ficar inclinadas para a direita tratando-se de pe-
ças isoladas. Mas em se tratando de conjuntos, mesmo que sejam de mesmo
material, o hachurado deve ser disposto em sentindo divergente, ou seja, para
a direita e para a esquerda, conforme a Figura 63.
13.2. Corte total
O corte total é aquele que corta toda a extensão de uma peça em uma só direção
e sua direção pode ser no sentido vertical ou horizontal.
Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do desenho técnico
mecânico. A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elemen-
tos que se quer destacar e da posição de onde o observador imagina o corte.
13.2.1. Corte Total Longitudinal
Considere o modelo abaixo, visto de frente por um observador.
Figura 64
Leitura e Interpretação de Desenho
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Nesta posição, o observador não vê os furos redondos nem o furo quadrado da
base. Para que estes elementos sejam visíveis, é necessário imaginar o corte
corte. Imagine o modelo secionado secionado, isto é, atravessado por um plano
de corte, como mostra a ilustração.
O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é chamado plano longitu-
dinal vertical. Este plano de corte divide o modelo ao meio, em toda sua extensão,
atingindo todos os elementos da peça. Veja as partes em que ficou dividido o mo-
delo atingido pelo plano de corte longitudinal vertical.
Observe novamente o modelo secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas.
Figura 65
Figura 66
Figura 67
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13.2.2. Corte Total Horizontal
Como o corte pode ser imaginado em qualquer das vistas do desenho técnico,
agora você vai aprender a interpretar cortes aplicados na vista superior. Imagine o
mesmo modelo anterior visto de cima por um observador.
Para que os furos redondos fiquem visíveis, o observador deverá imaginar um
corte. Veja, a seguir, o modelo secionado por um plano de corte horizontal.
Este plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção horizontal, é chamado
plano longitudinal horizontal. Ele divide a peça em duas partes. Com o corte, os
furos redondos, que antes estavam ocultos, ficaram visíveis. Imagineque o mo-
delo foi removido. Veja como fica a projeção do modelo no plano horizontal.
Observe novamente o modelo secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas.
Figura 68
Figura 69
Figura 70
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13.2.3. Corte Total Transversal
Observe mais uma vez o modelo com dois furos redondos e um furo quadrado na
base. Imagine um observador vendo o modelo de lado e um plano de corte verti-
cal atingindo o modelo, conforme a figura a seguir.
Observe na figura seguinte, que a parte anterior ao plano de corte foi retirada,
deixando visível o furo quadrado.
Finalmente, veja na próxima ilustração, como ficam as projeções ortográficas
deste modelo em corte.
O plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção lateral, recebe o nome de
plano transversal transversal. Na vista lateral, o furo quadrado, atingido pelo corte,
aparece representado pela linha para arestas e contornos visíveis. As partes ma-
ciças, atingidas pelo corte, são representadas hachuradas.
Figura 71
Figura 72
Figura 73
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13.3. Corte em desvio
Toda peça tem um eixo principal que pode ser horizontal ou vertical e, normal-
mente, a direção do corte passa por um desses eixos, mas pode também, quando
isso se fizer necessário, mudar de direção (corte em desvio) para passar por de-
talhes situados fora do eixo e que devem ser mostrados também em corte.
OBS: A mudança de direção do corte é feita mediante dois traços grossos em
ângulos (observe as figuras abaixo).
Em determinadas situações, para mostrar todos os detalhes internos de uma
peça, é necessário aplicar mais de um plano de cotre em desvio, como se obser-
va no exemplo abaixo.
Figura 74
Figura 75
Leitura e Interpretação de Desenho
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13.4. Meio corte
Tratando-se de uma peça ou de um conjunto simétrico, é sempre vantajoso re-
presentá-los em meio corte.
O meio corte tem a vantagem de indicar em uma só vista a parte interna e externa
da peça ou conjunto mas tem o inconveniente de não se poderem cotar com cla-
reza alguns detalhes internos.
Este corte se faz imaginariamente, eliminando ¼ da peça ou conjunto de peças e
representando em uma outra vista os ¾ que restaram.
13.5. Corte parcial
É o corte que se representa sobre parte de uma vista para indicar algum detalhe
interno da peça, evitando, às vezes, o corte total ou meio corte.
OBS: Quando aplicamos o corte parcial em uma vista, as partes internas não
atingidas pelo corte deverão ser mostradas em linhas tracejadas e o contorno da
parte cortada é feito por uma linha de ruptura de grossura média.
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Figura 76
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13.6. Omissão de corte
Para melhor interpretação de certos elementos de máquinas, e de alguns deta-
lhes de peças mecânicas, foi criada uma regra no desenho técnico mecânico, que
se chama omissão de corte. Assim, veja como ficou o desenho abaixo.
Portanto, pinos, contra pinos, eixos, rebites, parafusos, porcas, contra porcas,
arruelas, esferas e roletes de rolamento, chavetas, nervuras, braços de polias,
volantes e rodas dentadas, não devem ser desenhadas em corte no sentido lon-
gitudinal, mesmo situadas no plano de corte.
Figura 79
Figura 80
Figura 82
Figura 81
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13.7. Secções
Teoricamente podemos imaginar que a secção e o corte tem a mesma finalidade,
mas isto não é verdade pois cada um possui regras próprias; enquanto o corte é
usado para representar detalhes internos de uma peça, a secção é usada para
mostrar o perfil da mesma ou de uma de suas partes.
Em alguns casos é aconselhável fazer o uso da secção, pois na sua representa-
ção, mostramos apenas a parte seccionada (cortada), enquanto que o corte,
mostramos além da parte cortada todos os detalhes externos nâo atingidos pelo
plano de corte mas que sâo visíveis na projeção.
Compare as vistas ortográficas desta peça em corte e em seção.
Figura 86
Figura 85
Figura 83
Figura 84
Figura 87
Leitura e Interpretação de Desenho
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13.7.1. Seção traçada sobre a própria vista
A seção pode ser representada rebatida dentro da vista, desde que não prejudi-
que a interpretação do desenho. Observe a próxima perspectiva em corte e, ao
lado, sua representação em vista ortográfica, com a seção representada dentro
da vista.
Para representar o contorno da seção dentro da vista, usa-se a linha contínua
estreita. A parte maciça é representada hachurada. Quando a seção aparece re-
batida dentro das vistas do desenho técnico, ela não vem identificada pela palavra
seção, seguida de letras do alfabeto. Na seção dentro das vistas também não
aparece a indicação do plano de corte.
13.7.2. Seções traçadas fora das vistas
No desenho técnico, as seções sucessivas também podem ser representadas:
próximas da vista e ligadas por linha traço e ponto; em posições diferentes mas,
neste caso, identificadas pelo nome.
Figura 88
Figura 89
Leitura e Interpretação de Desenho
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48
13.8. Rupturas
Peças de perfis simples e uniforme porém longas, como chapas, barra chatas,
barra redonda, tubos e perfilados de um modo geral, não precisam ser desnhados
em formatos alongados e nem em escalas muito reduzidas, dificultando à inter-
pretação e até mesmo a execução dos mesmos. O desenhos destas peças se faz
aplicando uma representação convencional chamada ruptura.
O desenho de peças usando rupturas, consiste em representar as peças numa
escala maior, para isso quebra-se imaginariamente a peça nos dois extremos,
removendo a parte quebrada e aproximando as extremidades. A sua verdadeira
grandeza será dada por uma cota de preferência quebrada.
OBS.: A parte removida da peça, não poderá ter nenhum detalhe importante para
sua construção.
As linhas de ruptura são contínuas de grossuras médias, desenhadas à mão-livre.
Nos desenhos técnicos confeccionados à máquina, pode-se optar pela linha con-
tínua estreita em ziguezague para representar os encurtamentos.
13.9. Corte rebatido
A projeção normal de peças que tenham partes ou detalhes situados fora dos ei-
xos horizontais e verticais, além de deformar os elementos, torna difícil a inter-
pretação. Para evitar tais dificuldades, criou-se o corte rebatido, que consiste no
deslocamento em rotação dessas partes para o eixo principal (horizontal ou verti-
cal).
Quando aplicamos o corte rebatido, imaginariamente fazemos com que os deta-
lhes desloquem para o eixo horizontal ou vertical e aplicamos o corte como se
fosse total longitudinal ou total transversal.
Figura 90
Figura 91
Leitura e Interpretação de Desenho
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13.10. Superfícies finas em corte
Vistas em corte de peças muito estreitas, tais como juntas, guarnições gaxetas,tubulações ou perfis de estruturas metálicas quando em escalas reduzidas, em
vez de hachuradas serão enegrecidas por completo. Se coincidirem várias super-
fícies enegrecidas, uma com a outra, a separação será feita por uma junta cha-
mada linha de luz.
Figura 92
Figura 93
Leitura e Interpretação de Desenho
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1144.. RRoottaaççããoo ddee ddeettaallhheess oobbllííqquuooss
Rotação é um movimento giratório, um giro em torno de
um eixo. A seguir, começaremos nosso estudo exerci-
tando esse tipo de representação. A peça em perspecti-
va abaixo, um tipo de braço de comando, apresenta
uma parte oblíqua.
Observe, na próxima ilustração, a projeção ortográfica dessa peça em dois planos
de projeção.
Agora, analise a projeção ortográfica nos planos rebatidos.
Observe que o segmento AB, que de-
termina a distância entre dois furos da
peça, é maior na vista frontal do que na
vista superior. Isso ocorre porque, na
vista frontal, a parte oblíqua aparece
representada em verdadeira grandeza.
Figura 95
Figura 94
Figura 96
Leitura e Interpretação de Desenho
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Na vista superior a parte oblíqua apa-
rece encurtada. O mesmo ocorre com o
segmento CD (diâmetro da parte cilín-
drica), que na vista frontal é represen-
tado em verdadeira grandeza e na vista
superior aparece menor que na vista
frontal.
Para que os segmentos AB e CD sejam
representados em verdadeira grande-
za, também na vista superior, é neces-
sário imaginar a rotação da parte oblí-
qua. Observe a ilustração a seguir, que
mostra a rotação da parte oblíqua.
A rotação é imaginada de modo que a parte oblíqua fique sobre o eixo principal
da peça e paralela ao plano de projeção, que neste exemplo é o horizontal.
Agora veja o que acontece quando a parte oblíqua em rotação é representada
na vista superior.
Compare o tamanho dos segmentos: AB e CD da parte oblíqua na vista
frontal e na vista superior.
Após a rotação, a parte oblíqua
passou a ser representada em ver-
dadeira grandeza, na vista superior.
Note a linha de centro que atraves-
sa a parte oblíqua, na vista frontal.
É a existência dessa linha de centro
que facilita a rotação da parte oblí-
qua.
No desenho técnico, a vista onde a rotação é imaginada, é representada normal-
mente.
Figura 97
Figura 98
Leitura e Interpretação de Desenho
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1155.. VViissttaass aauuxxiilliiaarreess
Existem peças que têm uma ou mais faces oblíquas em relação aos planos de
projeção. Veja alguns exemplos.
A projeção normal (Verical ou Horizontal) de peças que tenham partes ou deta-
lhes inclinados (oblíquos), além de deformarem os elementos, torna-se difícil a
interpretação. Para evitar tais dificuldades, criou-se “vistas auxiliares”, que con-
siste em projetar paralelamente a parte inclinada, obtendo-se assim a forma real
do detalhe.
OBS: Uma superfície só se apresenta com sua verdadeira forma, quando projeta-
da sobre um plano que lhe é paralelo.
Figura 99
Figura 100
Figura 101
Leitura e Interpretação de Desenho
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15.1. Vista Auxiliar Simplificada
A vista auxiliar simplificada, pela facilidade de sua interpretação, é da maior im-
portância no desenho de mecânica. Tem por objetivo, tornar mais fácil a constru-
ção dos desenhos, economizando tempo e espaço. Entretanto a sua interpretação
nem sempre é tão fácil aos que se uniciam a arte de ler desenho técnico.
Consiste em representar a peça em vista única e, por meio de linhas finas, com-
plementar o desenho com os detalhes que não ficaram esclarecidos na vista
apresentada.
OBS: Só podermos aplicar as vistas auxiliares simplificadas, quando as vistas ou
detalhes apresentados forem simétricos.
Figura 102
Leitura e Interpretação de Desenho
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1166.. VViissttaass ppaarrcciiaaiiss
Certas peças, embora simples, necessitam, devido a pequenos detalhes, mais de
uma vista para sua inteira interpretação. A representação dessas peças pode ser
simplificada, deixando-se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas rebatendo
apenas o detalhe no qual não ficou bem interpretado na vista principal.
Casos usuais de vistas parciais
Figura 104Figura 103
Figura 105
Leitura e Interpretação de Desenho
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1177.. NNooççõõeess ssoobbrree RRoossccaass
Antigamente cada indústria mecânica, fabricava seus próprios parafusos para
construção de máquinas. Resultava disto uma grande dificuldade para consertos
e reposição de peças, devido a grande variedade de roscas empregadas. Em vir-
tude dessa situação, os países mais industrializados procuraram normalizar seus
sistemas de roscas, visando eliminar essa dificuldade.
O primeiro sistema conhecido de foi eleborado e posteriormente aperfeiçoado
pelo inglês Jôseph Whitwhort em 1841.
Apesar dos esforços empregados para se conseguir a padronização internacional
de uma sistema de rosca, ainda hoje se utilizam muitos sistemas que dificultam e
encarecem a convecção, medição e controle de peças roscadas.
A ABNT tem procurado normalizar as roscas utilizadas nas indústrias, a fim de
reduzir a multiplicidade de sistemas de uso, o que resultará em grande economia.
Devido a grande aplicação das roscas, veremos a seguir os principais tipos de
roscas usadas na nossa indústria.
17.1. Definição
Rosca é uma saliência (filete ou fio) de perfil constante em forma helicoidal, que
se desenvolve externa ou internamente ao redor de uma superfície cilíndrica ou
cônica.
Figura 106
Leitura e Interpretação de Desenho
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17.2. Finalidades de uma rosca
1) Rosca de Fixação: é aquela que estabelece uma união firme, de caráter
temporário, de modo que se possa desfazer esta unão
quando necessário.
2) Rosca deTtransmissão: é a que transmite movimentos, transformando-os
de rotativos em retilíneos. Ex.: Fuso de Morsa.
3) Rosca Sem-Fim: é a que possibilta grande redução na relação de trans-
missão de movimentos.
17.3. Aspectos de Classificação das Roscas
As roscas se classificam sob quatro aspectos:
17.3.1. Quanto ao Perfil:
17.3.2. Quanto ao sentido de direção do filete:
• Rosca Direita (sentido horário).
• Rosca Esquerda (sentido anti-horário).
17.3.3. Quanto ao Número de Entradas:
• Rosca Simples (de uma entrada).
• Rosca Múltipla (com mais de uma entrada).
OBS.: Usam-se roscas múltiplas, nos casos em que haja necessidade de um
avanço rápido no deslocamento de órgão de máquinas.
Figura 107
Leitura e Interpretação de Desenho
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17.3.4. Quanto à localização da rosca:
• Rosca Interna (porca).
• Rosca Externa (parafuso)
Figura 111
Figura 110
Leitura e Interpretação de Desenho
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17.4. ElementosPrincipais de uma Rosca
1. Filete ou Fio : é a saliência de secção constante em forma helicoidal, produ-
zida por um ou mais sulcos, na superfície externa ou interna de
um cilindro ou cone.
2. Crista ou Coroa: é a superfície mais elevada proeminente de um filete (filete
de rosca interna ou externa).
3. Fundo ou Raiz: é a superfície do filete de rosca que une dois flancos adja-
nentes.
4. Flanco: é a superfície que liga a crista à raiz.
5. Altura do Filete: é a distância medida perpendicurlamente ao eixo da rosca e
compreendida entre a crista e a raiz.
6. Ânguo do Filete: é o ângulo formado pelos flancos adjacentes do perfil, me-
dido no plano axial.
7. Passo : é a distância medida paralelamente ao eixo, entre os pontos corres-
pondentes de dois filetes consecutivos.
8. Profundidade Últil: é a distância medida perpendicurlamente ao eixo da ros-
ca e compreendida entre as duas cristas de duas roscas mon-
tadas.
9. Folga na Crista: é o espaço compreendido entre a crista e a raiz de duas ros-
cas quando montadas.
10. Largura da Crista ou do Fundo: é a base do triângulo resultante do trunca-
mento na crista ou no fundo.
Figura 112
Leitura e Interpretação de Desenho
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17.5. Dimensionamento de Roscas
O quadro abaixo mostra os tipos mais comuns de roscas, os simbolos indicativos,
os perfis e exemplos de indicações para cotação dos desenhos.
ROSCAS SIMB. PERFIL INDICAÇÃO OBSERVAÇÃO
Whitwhort
Normal
Rosca normal de 1”
Neste caso dispensa o símbolo (W).
Whitwhort
Fina W
Rosca com diâmetro externo de 84
mm e passo de 1 / 16” .
Whitwhort
para canos RC
Rosca aberta no diâmetro externo de
um tubo cujo furo é de 1” .
Métrica M Rosca métrica normal com 16 mm dediâmetro.
Métrica
Fina M
Rosca métrica fina cujo parafuso tem
104 mm de diâmetro externo e passo
de 4 mm.
S A E
para
Automóveis
SAE Rosca num parafuso de 1” de diâme-tro externo.
American
National
Coarse
NC Rosca num parafuso de 2” de diâme-tro externo.
American
National
Fine
NF Rosca num parafuso de 1” de diâme-tro externo.
Trapezoidal Tr Rosca trapezoidal com 8 mm de passo
num parafuso de 48 mm de diâmetro.
Quadrada Quad. Rosca quadrada com 6 mm de passo
num parafuso de 30 mm de di
Os exemplos do quadro referm-se à roscas com filetes de uma só entrada e à
direita. Quando tiverem mais de uma entrada ou forem à esquerda escrever-se-á
da seguinte forma:
W 84 x 1/16” esq. Tr 48 x 8 esq. M 80 esq. RC 1” esq.
Leitura e Interpretação de Desenho
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1188.. SSiimmbboollooggiiaa ddee SSoollddaaggeemm
Os símbolos de soldagem constituem um importante meio técnico em engenharia
para transmitir informações. Os símbolos fornecem todas as informações neces-
sárias à soldagem, tais como: geometria e dimensões do chanfro, comprimento
da solda, se a solda deve ser executada no campo, etc. Este item se baseia nas
normas AWS A2.1, AWS A2.4 e NBR 5874, que tratam especificamente deste
assunto.
A figura 113 mostra os locais padronizados para os vários elementos de um sím-
bolo de soldagem.
Figura 113: Localização dos elementos no símbolo de soldagem
Leitura e Interpretação de Desenho
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18.1. Posicionamento dos Símbolos
Os símbolos de soldagem são posicionados acima ou abaixo da linha de referên-
cia, dependendo da localização da seta em relação à junta, a saber:
• símbolo abaixo da linha de referência corresponde a uma solda realizada
no mesmo lado que a seta aponta.
• símbolo acima da linha de referência corresponde a uma solda realizada
do lado oposto ao que a seta aponta.
A figura 114 ilustra o posicionamento dos símbolos de soldagem.
Figura 114: Exemplos do posicionamento dos símbolos de soldagem.
OBS.: Soldas envolvendo operações em ambos os lados da junta, possuem sím-
bolo nos dois lados da linha de referência (fig 6.3).
Leitura e Interpretação de Desenho
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Figura 115: Exemplo do posicionamento do símbolo de soldagem para solda rea-
lizada em ambos os lados da junta.
18.2. Símbolos de Solda
18.2.1. Símbolos Básicos
A simbologia básica referente à soldagem, divide as soldas em: solda em chanfro,
solda em ângulo, solda de fechamento ou de aresta, solda de suporte e outros
tipos de soldas. Em geral, os símbolos são semelhantes à configuração da solda
a ser realizada.
Os símbolos de solda em ângulo, soldas em chanfros em meio V, em K, e, J, em
duplo J e com uma face convexa e soldas de fechamento ou de arestas entre
uma peça curva ou flangeada e uma peça plana são, sempre indicados com uma
perna perpendicular à esquerda do símbolo. A figura 116 apresenta os dese-
nhos dos símbolos básicos de soldagem, os quais, na pratica, podem ser execu-
tados por meio de um esquadro e alguns gabaritos correspondentes.
Leitura e Interpretação de Desenho
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SÍMBOLOS BÁSICOS DE SOLDAGEM E SUA LOCALIZAÇÃO
EM CHANFROSOLDA
LOCALIZAÇÃO
RETO OU
SEM
CHANFRO
V ou X MEIO V ouK
U ou duplo
U
J ou duplo
J
COM FA-
CES
CONVEXAS
COM UMA
FACE
CONVEXA
LADO DA SETA
LADO OPOSTO
AMBOS OS
LADOS
SEM INDICAÇÃO
DE LADO
NÃO USA-
DO
NÃO USA-
DO
NÃO USA-
DO
NÃO USA-
DO
NÃO USA-
DO
NÃO USA-
DO
Figura 116: Símbolos básicos de solda
Leitura e Interpretação de Desenho
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Figura 116: Símbolos básicos de solda (continuação)
SÍMBOLOS BÁSICOS DE SOLDAGEM E SUA LOCALIZAÇÃO
FECHAMENTO OU
DE ARESTA
 SOLDA
LOCALI-
ZAÇÃO
EM ÂN-
GULO
TAMPÃO
OU FENDA
POR PON-
TO
OU PRO-
JEÇÃO
COSTURA SUPORTE REVESTI-MENTO
ENCAIXE
DE JUNTA
BRAZADA
LADO DA
SETA
LADO
OPOSTO NÃO USADO
AMBOS OS
LADOS
NÃO
USADO
NÃO USA-
DO
NÃO
USADO
NÃO USA-
DO NÃO USADO
NÃO
USADO
NÃO
USADO
SEM INDI-
CAÇÃO
DE LADO
NÃO
USADO
NÃO
USADO
NÃO USA-
DO NÃO USADO
NÃO USA-
DO
NÃO
USADO
NÃO
USADO
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18.2.2. Símbolos Suplementares
Os símbolos suplementares são aqueles que detalham ou explicam alguma
característica do cordão de solda. Em geral, são representados na linha de re-
ferência junto à linha de chamada. A figura 117 apresenta os símbolos suple-
mentares de solda.
PERFIL
SOLDA
EM
TODO
CON-
TORNO
SOLDA
NO
CAMPO
SOLDA
DE UM
LADO
COM
PROJE-
ÇÃO NO
LADO
OPOSTO
COBRE-
JUNTA
ESPA-
ÇADOR
NIVELA-
DO
CON-
VEXO
CÔNCA-
VO
FIGURA 117: Símbolos suplementares
18.2.3. Representação dos Símbolos
A linha de referência deve estar na horizontal e a linha de chamada deve fazer
um ângulo de 60o com esta, segundo a figura 118
Figura 118: Representação das linhas
Quando a linha é “quebrada”, significa que a mesma aponta para um membro
específico da junta que deve ser chanfrado (Ver exemplos da figura 119).
Leitura e Interpretação de Desenho
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____________________________________________________________66CALDEIRARIA
Figura 119: Exemplos de aplicações de seta quebrada
Referências, tais como: especificações, processos de soldagem, número do
procedimento, direções e outros dados, quando usados com um símbolo de
soldagem, devem ser indicados na cauda do símbolo. Se tais referências não
são usadas, a cauda poderá ser dispensada (fig 120).
Figura 120: Emprego da cauda no símbolo
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
18.3. Dimensionamento de Soldas
A seguir veremos alguns exemplos práticos do dimensionamento de juntas sol-
dadas:
18.3.1. Juntas em Ângulo – Solda em Ângulo
a) A penetração da raiz da solda em ângulo virá indicada entre parênteses
(conforme figura 121).
b) As pernas da solda estão indicadas ao lado do símbolo de solda em ân-
gulo.
Figura 121: Exemplos de dimensionamento de soldas em ângulo
c) No caso de pernas desiguais, os valores serão indicados, conforme a fi-
gura 122.
Figura 122: Dimensionamento de soldas com pernas desiguais
d) A abertura da raiz em todos os tipos de solda deve ser representada
dento do símbolo de solda, conforme mostrado na figura 123.
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
Figura 123: Exemplos de dimensionamento da abertura da raiz
e) As dimensões de uma solda descontínua são indicadas à direita do sím-
bolo. Indica-se primeiro o comprimento da solda, e a seguir o espaça-
mento entre os centros destas, conforme mostrado na figura 124.
Figura 124: Dimensionamento de uma solda descontínua
18.3.2. Junta em Ângulo – Solda em Chanfro
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
Figura 125: Exemplos de dimensionamento de soldas em chanfro
NOTAS:
1) Observar que a profundidade de preparação do bisel vem indicada à es-
querda da penetração da junta, e sem parênteses.
2) Nas soldas em chanfro a penetração da junta e a dimensão da solda são
idênticas.
18.3.3. Junta de Topo
Figura 126: Exemplo de dimensionamento de soldas em chanfro
NOTAS:
1) A dimensão da solda é indicada entre parênteses à esquerda do símbolo
de solda.
2) A profundidade de preparação do bisel é indicada à esquerda da dimen-
são da solda, fora dos parênteses.
3) Para juntas com chanfros simples ou chanfros duplos, quando não hou-
ver indicação quanto à dimensão da solda e à profundidade de prepara-
ção do bisel, significa que a solda deverá ser executada com penetração
total (ver figura 127).
Leitura e Interpretação de Desenho
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CALDEIRARIA
Figura 127: Exemplos de dimensionamento de soldas com penetração total
18.3.4. Junta em Ângulo – Solda em Ângulo Descontínua
Leitura e Interpretação de Desenho
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Figura 128 Exemplos de dimensionamento para símbolos de solda descontínua
18.3.5. Junta de Ângulo em “L” e em “T” – Solda em Chanfro Combinada
com Solda em Ângulo
Figura 129: Exemplos de solda em chanfro combinadas com solda em ângulo

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