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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES SEQUÊNCIA DIDÁTICA BÁSICA /EXPANDIDA Negrinha/Monteiro Lobato/Conto Ficcional Vitória do Jari, AP, 31 de agosto de 2019 2 IDENTIFICAÇÃO 1.1 Professores Acadêmicos: Alcione Padilha Aguiar, Bárbara Karine Santos Serra, Dayane de Oliveira Silva, Jennefer Lobato Oliveira, Nádia Igreja Alves, Rickle Queiroz Ferreira. 1.2 Professor Orientador: Adelma Barros 1.3 Área: Língua Portuguesa/Prática Pedagógica II 1.5 Instituição: Polo UAB Caulim da Amazônia 1.6 Série/Nível: 6º ano/Fundamental II 1.7 Metodologia adotada: Sequência básica /expandida do letramento literário 1.8 Teórico de base: Rildo Cosson 3 ETAPA 0- APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ENSINO Esta Sequência Didática Básica/Expandida, que traz o Gênero textual conto ficcional, é importante para apoiar um encaminhamento de ensino pautado numa linha teórica que tem se demonstrado segura por orientar o professor, bem como os alunos sobre como ler textos do Campo artístico-literário, sem torná- los pretextos de outras atividades que não seja a leitura para a construção de um leitor literário. Objetivo Geral: Desenvolver uma Sequência de atividades voltadas para a leitura literária do gênero Conto, com o intuito de favorecer o desenvolvimento das habilidades que seguem. Habilidades (Ensino Fundamental – Segundo a Base Nacional Comum Curricular). (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico- espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. (EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de romances, contos, mitos, narrativas de enigma e de aventura, novelas, biografias romanceadas, crônicas, dentre outros, indicando as rubricas para caracterização do cenário, do espaço, do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica dos personagens e dos seus modos de ação; reconfigurando a inserção do discurso direto e dos tipos de narrador; explicitando as marcas de variação linguística (dialetos, registros e jargões) e retextualizando o tratamento da temática EF69LP45) Posicionar-se criticamente em relação a textos pertencentes a gêneros como quarta-capa, programa (de teatro, dança, exposição etc.), sinopse, resenha crítica, comentário em blog/vlog cultural etc., para selecionar obras literárias e outras manifestações artísticas (cinema, teatro, exposições, espetáculos, CD´s, DVD´s etc.), diferenciando as sequências descritivas e avaliativas e reconhecendo-os como gêneros que apoiam a escolha do livro ou produção cultural e consultando-os no momento de fazer escolhas, quando for o caso. PRIMEIRA ETAPA: MOTIVAÇÃO - INSERIR OS ALUNOS NO UNIVERSO DO LIVRO/TEXTO A SER LIDO Professor, aqui você pode motivar os alunos, por exemplo, perguntando: qual imagem vem a mente de vocês ao ouvir a palavra negrinha? Em que ocasião vocês escutam essa palavra em seu cotidiano? Seria um apelido de infância ou forma carinhosa para chamar alguém que conhece? Ou as ocasiões em que vocês escutam essa palavra, ela está em um ato de preconceito ou racismo? Vocês deixam de falar ou fazer amizade com outra criança por ser negra ou branca? Ou por ser pobre? Por que? Atividade 2 instigando os alunos quanto ao tema até chegar a tocar no assunto que será lido no conto. 4 Atividade 1 Vamos ler frases de escritores famosos e de ditos populares sobre preconceito e discriminação... “cada macaco no seu galho...” “não sou preconceituoso, tenho até um amigo negro.. Atividade 2 Elaborar questões que chamem atenção acerca do tema e relacionar com conhecimento dos alunos inferências etc.. Vamos lembrar aqui o que você conhece? “O racismo e o preconceito são tipos de vandalismo, só que em vez de danificar cidades danifica pessoas de todas as idades.” Mas o conto fala ainda do preconceito racial e social, será como é colocado pelo autor? O que acham? Então, o conto que vamos ler tem como tema central uma criança órfã, negra nascida na senzala que é adotada por uma senhora e acaba sendo explorada e mal tratada. Vamos conhecer um pouco sobre o autor e a obra? SEGUNDA ETAPA: INTRODUÇÃO - APRESENTAÇÃO DO AUTOR E DA OBRA. Atividade 3 Leitura da capa, dados biográficos, contra capa, discutir sobre a importância do que tem de interessante na leitura a ser feita, a partir da leitura do resumo inicial. Trabalhar aqui com o livro, mostrando-lhes, folhando e destacando cada parte, importante. Trazer aqui exemplos de capa e informações dos capítulos, síntese de cada um ou por meio do título. Professor, explore a capa instigando os alunos a pensarem sobre cada elemento que lhes chamam atenção e por que. Explore o título, pergunte o que acham? do que trata? Depois passe para Biografia e as explore. O que já conhecem do autor Monteiro Lobato? Qual importância de sua obra? Indique que cada um leia um trecho da biografia etc. Em seguida volte-se para o contexto de uma obra bem conhecida, ex: o sitio do pica-pau amarelo. (Você poderá pensar em outra estratégia), coloque aos alunos sobre o preconceito presente na personagem da tia Anastácia (verifique se em algum momento durante as histórias eles perceberam esse tipo de preconceito). Deixe o final sem que eles saibam e os instiguem a pensar e escrever cada uma o final que julgar (Você poderá pensar em outra estratégia por exemplo trazer um vídeo; que os alunos leiam um capítulo, ou trecho do texto). Mais adiante você poderá reservar um momento para uma exposição geral sobre cada final criado. 5 Negrinha, de Monteiro Lobato Fazer perguntas do tipo Quem foi /quem é esse autor? Quem já o conhece? Já leram algumas obra? Qual ouviram alguém falar dele? Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor e editor brasileiro pré-modernista. Considerado um dos maiores autores de histórias infantis, sua obra mais conhecida é O Sítio do Picapau Amarelo, composta de 23 volumes. Biografia de Monteiro Lobato Foto de Monteiro Lobato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto. Com 13 anos foi estudar em São Paulo. Registrado José Renato Monteiro Lobato, resolveu mudar de nome, pois queria usar a bengala de seu pai, que havia falecido em 1898. A bengala tinha as iniciais J B M L gravadas no topo do castão. Assim, mudou de nome e passou a se chamar José Bento, para que suas iniciais ficassem iguais às do pai. 6 Em 1904 formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté onde conheceu Maria Pureza Natividade, com quem se casou um ano depois de ser nomeado promotor público na cidade de Areias, em 1907. Nessa época pintava e escrevia artigos para os jornais do Rio, Santos e São Paulo. Mais Tarde escreveu “Cidades Mortas”, livro que retrata a agonia da cidade quase abandonada. Permaneceu em Areias até 1911, quando morreuseu avô o Visconde de Tremembé, deixando-lhe de herança uma fazenda em Taubaté, para onde se mudou. Em 1917, vende a fazenda e muda-se para Caçapava. Nessa época, dedica-se definitivamente à literatura e funda a revista Paraíba, fechada em seguida. Muda-se para São Paulo, colabora com a Revista do Brasil, transformando-a em um núcleo de defesa da cultura nacional. Funda a gráfica Monteiro Lobato que foi encerrada em 1924. A Companhia Editora Nacional vende sua parte em 1927 e funda a Editora Brasiliense, em sociedade com amigos. Nesse mesmo ano foi nomeado adido comercial do Brasil em Nova Iorque, no governo de Washington Luís. Fazer perguntas do tipo Quem foi /quem é esse autor? Quem já o conhece? Já leram algumas obra? Qual ouviram alguém falar dele? Levar os alunos a curiosidade de saber sobre a Vida do escritor e das principais características de seu estilo literário. Mostrar aos alunos as principais obras e destacar de há alguma que foi transformada em filme. Obras Infantis Reinações de Narizinho; Viagem ao céu e O Saci; Caçadas de Pedrinho e Hans Staden; História do mundo para as crianças; Memórias da Emília e Peter Pan; Emília no país da gramática e Aritmética da Emília; D. Quixote das crianças; O poço do Visconde; Histórias de tia Nastácia; O Picapau Amarelo e A reforma da natureza; O Minotauro; Os doze trabalhos de Hércules 7 Resumo do conto A negrinha Negrinha é uma menina de sete anos, órfã. Sua mãe era escrava e ela nasceu em meio a senzala. Descrita como uma mulatinha escura, de olhos assustados e cabelos ruços, nos primeiros anos de vida escondia-se da patroa entre os cantos sombrios da cozinha, em meio aos retalhos imundos. Dona Inácia, senhora da casa grande, é uma viúva sem filhos. Por esse motivo não tolera crianças chorando. Depois da morte da mãe, Negrinha passou a ser cuidada pela própria dona da fazenda. Porém, insatisfeita com a abolição da escravatura, Dona Inácia permanecia com a menina apenas para atender seus atos de brutalidade. Aplicava os mais variados tipos de castigos e maus tratos. Desde xingamentos até agressões físicas. A satisfação em torturar Negrinha era tanta, que Dona Inácia se deliciava com um breve vislumbre de poder empregar qualquer punição à menina. O prazer da senhora era tanto em agredir Negrinha, que a garota tinha pelo corpo vergões, cicatrizes e sinais de maus tratos. Certa vez, uma empregada de Dona Inácia saqueou um pedaço da carne que estava no prato de Negrinha. A menina, com raiva, esbravejou todos os nomes com que era tratada: diabo, lixo, sujeira, cachorrinha. Após saber do ocorrido, Dona Inácia não titubeou em castigar a pequena. Ordenou que um ovo fosse cozido, e assim que foi retirado da água ainda fervente, introduziu o alimento na boca de Negrinha. Insaciada, como se não bastasse, amordaçou a menina com as próprias mãos para abafar o berro de dor, impedindo que o padre, que ali chegava, ouvisse. Quando, enfim, fez-se presente o mês de Dezembro, duas sobrinhas de Dona Inácia chegaram à fazenda para passar férias com a tia. Meninas da alta sociedade, criadas com todos os luxos que se possa imaginar. Negrinha, vendo as meninas felizes e saltitando pela casa, acreditou que as sobrinhas de Dona Inácia logo seriam, também, castigadas pela tia, uma vez que a menina era proibida de fazer qualquer barulho. Mas, se deparou com um sorriso sereno no rosto da senhora, enquanto via as meninas brincarem com brinquedos que encantaram Negrinha, principalmente a boneca, que nunca havia visto. Após declarar que jamais havia tido contato com brinquedo algum, as sobrinhas de Dona Inácia a convidam para se juntar a elas e oferecem a boneca para que possam brincar juntas. Receosa com a reação de Dona Inácia, Negrinha entra na brincadeira, enquanto a senhora observa e decide deixar a menina em paz, após perceber o espanto das sobrinhas por Negrinha nunca ter tido uma boneca. Nesse momento, Negrinha identifica um mundo diferente do que ela vive, aprende uma outra perspectiva de vida onde há alegria e felicidade. Deleitou-se no sonho de criança, onde não se preocupava com croques, beliscões e xingamentos, afinal, estava no mundo das bonecas louras e de olhos azuis, que mais pareciam anjos. Mas, eis que acabou as férias e as sobrinhas de Dona Inácia se foram levando consigo os brinquedos, a boneca e o novo mundo de Negrinha. A menina viu-se de volta ao que sempre foi. Atividade 4 – Sugerir aos alunos finais inusitados e comparar com o do texto lido e cada um expor o motivo de ter pensado neste final. Se for um poema, pensar em pedir que reescrevam novos versos para inserir/ou dramatizar/ou escrever um miniconto a partir do titulo ou da síntese do poema. TERCEIRA ETAPA – PRIMEIRA LEITURA- NESSE PRIMEIRO MOMENTO, RECOMENDA-SE A LEITURA PRIORITARIAMENTE EXTRACLASSE. 8 O professor irá orientar os alunos depois de ter feito toda a motivação, realizarem a leitura fora da sala, sobretudo quando tratar-se de textos mais longos como o romance ou no caso aqui o conto em estudo. A LEITURA Professor, organize os prazos/etapas de leitura com os alunos. Por exemplo, poderá indicar que leiam todo o conto, o prazo será menor, uma semana para leitura atenta e com o prazer que o conto lhe proporcionar. Por exemplo, no caso do poema, poderá aliar com letra de música. Atividade: A leitura do poema será realizada extraclasse que deverá acontecer no prazo de uma semana. Intervalo 1 Ao término da leitura do conto indicado vamos fazer o 1 intervalo. Professor, apresentar imagens e outros textos como os multimodais de obras que versem sobre os temas tratados na obra/texto em leitura. Pedir que deem opinião/discussão. Pergunte se acham que há relação com o poema em estudo? Professor, peça aos alunos que infiram ou hipotetizem/imaginem se o tema central do texto em estudo trará os outros temas/subtemas. Ao final, solicite que anotem e guardem para quando lerem confirmarem e discutirem como se relacionam com o tema central. Google Imagens 9 1. De que forma as charges dialogam com o conto? Qual a crítica que está escondida? Atividade Sugestões de questões que poderão ser feitas ao aluno 1.Solicitar do aluno que resuma sobre o que entendeu da obra. 2.Pedir que registre suas impressões de forma livre e individual. 3.Peça que relembrem o final que deram ao conto e compare com a leitura do final original. 4. Para favorecer o desenvolvimento da criticidade peça que se posicione diante do que trata o conto, e avalie a existência humana com suas virtudes e vícios? 5. Peça que analisem o trecho “A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provoca ora risada, ora castigos ”. Pergunte aos alunos: O que mais chama atenção sobre o trecho acima descrito? A) CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA: MAIS PRÓXIMA DO TRADICIONAL, A CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA ABRE A OBRA PARA A ÉPOCA QUE ELA ENCENA OU PERÍODO DE SUA PUBLICAÇÃO. Escrito em 1920, este conto denuncia os bastidores da sociedade patriarcal colocando em evidência a farsa e sarcasmo, tragédia e compaixão. Trazendo uma forte crítica à mentalidade escravocrata que persistia na sociedade brasileira depois da abolição. Atividade 1. O autor faz muitas denuncias nesse conto. Qual delas mais chamou sua atenção? 2. Na época em que o conto narrado, ainda existia ou já havia ocorrido a abolição? 3. Professor, levante com o aluno o contexto histórico da época e faça questões relacionando-o com o atual. Procure destacar os pontos mais gerais que abarquem o coletivo e mais universal. B) CONTEXTUALIZAÇÃO ESTILÍSTICA: ESTÁ CENTRADANOS ESTILOS DE ÉPOCA OU PERÍODOS LITERÁRIOS. A obra foi classificada didaticamente, no pré-modernismo brasileiro, já que, paralelamente, ela permaneceu conservadora e fez-se revolucionária, antecipando os padrões da literatura moderna no Brasil PRIMEIRA INTERPRETAÇÃO - APREENSÃO GLOBAL DA OBRA. Professor, nesta etapa levar o aluno a traduzir a impressão geral do título, o impacto que ele teve sobre sua sensibilidade de leitor. Poderá partir de uma frase ou de um estrofe ou verso do texto em estudo, conto Negrinha, pedir para opinar e registrar suas impressões da leitura. 10 Atividade Professor, aqui você fará propostas de questões aos alunos para que aprendam a reconhecer e utilizar, bem como compreender que, de acordo com os sentidos que o autor quer implementar numa obra, ele seleciona palavras e modos de dizer para atingi-los. Veja o exemplo abaixo feito para a obra “Negrinha”. 1.Pela temática e modo de encaminhar o conto, a narrativa de Lobato, apesar de racista, não media esforços para demonstrar a verdadeira face da sociedade: hipócrita, classista, racista e opressora. Destaque quais personagens do conto, possuem essas características? . C) CONTEXTUALIZAÇÃO PRESENTIFICADORA: é A CONTEXTUALIZAÇÃO QUE BUSCA CORRESPONDÊNCIA DA OBRA COM O PRESENTE DA LEITURA. TRATA-SE, POR ASSIM DIZER, DE UMA ATUALIZAÇÃO. Atividade 1.Por que você acha que a menina não tem nome na história? 2.Em sua comunidade existem crianças em que a historia se pareça com a de Negrinha? G) CONTEXTUALIZAÇÃO PRESENTIFICADORA: TEMÁTICA: BUSCA-SE O TEMA OU OS TEMAS TRATADOS NA OBRA. Enredo: História pra Ninar Gente Grande Mangueira, tira a poeira dos porões Ô, abre alas pros teus heróis de barracões Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões São verde e rosa, as multidões Professor, oriente os alunos por meio de questões que os instigue a discutir a sociedade do Brasil atual e suas dificuldades. Leve-os a pensar sobre suas realidades mais próximas, municipal e estadual. Professor, você irá orientar os alunos a levantarem os temas abordados no conto e trazer para a realidade atual. Por exemplo, peça que relacionem com outras leituras que abordam temas como racismo, preconceito, violência contra criança, desigualdade social, exclusão social. Como exemplo, solicite que busquem na internet (com o uso do celular e outros). Organize um momento para exploração dos temas propostos (dividir a turma em grupos, sugerindo a construção de cartazes a serem utilizados no momento de exploração dos temas, como também, depois poderão expor os mesmo na área externa da escola) ou sugerir que montem uma peça e/ou trabalhe uma música que traga em sua composição temas onde o aluno possa fazer uma comparação com o conto; como por exemplo, o samba enredo da mangueira do ano de 2019. 11 Mangueira, tira a poeira dos porões Ô, abre alas pros teus heróis de barracões Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões São verde e rosa, as multidões Brasil, meu nego Deixa eu te contar A história que a história não conta O avesso do mesmo lugar Na luta é que a gente se encontra Brasil, meu dengo A Mangueira chegou Com versos que o livro apagou Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento Tem sangue retinto pisado Atrás do herói emoldurado Mulheres, tamoios, mulatos Eu quero um país que não está no retrato Brasil, o teu nome é Dandara E a tua cara é de cariri Não veio do céu Nem das mãos de Isabel A liberdade é um dragão no mar de Aracati Salve os caboclos de julho Quem foi de aço nos anos de chumbo Brasil, chegou a vez De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês Mangueira, tira a poeira dos porões Ô, abre alas pros teus heróis de barracões Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões São verde e rosa, as multidões Mangueira, tira a poeira dos porões Ô, abre alas pros teus heróis de barracões Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões São verde e rosa, as multidões Brasil, meu nego Deixa eu te contar A história que a história não conta O avesso do mesmo lugar Na luta é que a gente se encontra Brasil, meu dengo A Mangueira chegou Com versos que o livro apagou Desde 1500 tem mais invasão do que descobrimento Tem sangue retinto pisado Atrás do herói emoldurado Mulheres, tamoios, mulatos 12 Eu quero um país que não está no retrato Brasil, o teu nome é Dandara E a tua cara é de cariri Não veio do céu Nem das mãos de Isabel A liberdade é um dragão no mar de Aracati Salve os caboclos de julho Quem foi de aço nos anos de chumbo Brasil, chegou a vez De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês Composição: Danilo Firmino / Deivid Domênico / Mamá / Márcio Bola / Ronie Oliveira / Tomaz Miranda. Referências. LOBATO, MONTEIRO. Negrinha. conto Negrinha. S. Paulo. 1920. COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2014.
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