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Diagnóstico da fratura de nariz As fraturas de nariz são muito comuns e devem ser consideradas após um trauma direto sobre o nariz. O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na anamnese (história) detalhada e no exame físico do paciente. O diagnóstico pode ser confirmado com exames de imagem apropriados. Diagnóstico Clínico A história de trauma envolvendo a região do nariz é fundamental no estabelecimento do diagnóstico. A direção do impacto e a sua intensidade devem ser questionadas e ajudam a entender a localização das fraturas. A presença de epistaxe (sangramento nasal), de intensidade variável, costuma ser comum. A presença de dor local e obstrução nasal também são sintomas frequentes. É importante avaliar uma foto antiga do paciente para detectar desvios e deformidades existentes antes do trauma. O exame físico do paciente pode evidenciar sinais externos indicativos de fratura nasal, sendo o mais característico o desvio do nariz. Outros sinais envolvem a presença de edema (inchaço) local, equimoses, feridas e lacerações, selamento (achatamento) do nariz e o telecanto traumático (aumento da distância entre os cantos mediais dos olhos). A palpação da pirâmide nasal pode identificar degraus ósseos, com áreas de crepitação e pontos dolorosos. É preciso ainda investigar a cavidade nasal, para identificação de possíveis obstruções nasais, fraturas ou desvios do septo, hematomas septais, lacerações da mucosa nasal e sangramentos ativos. Diagnóstico Radiológico Os exames de imagem são secundários no diagnóstico de uma fratura nasal. Entre as diversas incidências radiográficas existentes, as mais indicadas para avaliação do nariz são: a incidência de Caldwell (frontonaso), a incidência de Waters (mentonaso) e a incidência de perfil. Esquema e exemplo da incidência radiográfica de Caldwell (frontonaso) Esquema e exemplo da incidência radiográfica de Waters (mentonaso) No entanto, é a tomografia computadorizada o exame de imagem mais sensível e específico para o diagnóstico de uma fratura nasal, fornecendo uma visão definitiva do deslocamento dos ossos da pirâmide nasal e da cartilagem septal. Além disso, exclui a lesão de estruturas adjacentes, como a órbita, o seio frontal e a área nasoetmoidorbital. Tomografia computadorizada mostrando fratura nasal com pequeno deslocamento ósseo Tratamento da fratura de nariz A maioria das fraturas nasais são tratadas com uma redução fechada, dita não cruenta. Com efeito, o reposicionamento dos fragmentos ósseos deslocados pode ser realizado com a ajuda de fórceps especiais, como o de Walsham (para os ossos nasais) e o de Asche (para o septo nasal). Esquema do fórceps de Walsham e redução de fratura de nariz com o fórceps O tratamento pode ser realizado de forma precoce, imediatamente após o trauma, antes que se instale o edema local. Em geral, realizamos o tratamento tardio, após 3 dias do trauma, dentro de um prazo até duas semanas. Com isso, esperamos que o edema local ceda, podendo visualizar melhor os fragmentos ósseos. Após duas semanas, já se inicia a consolidação (cicatrização) das fraturas e o tratamento passa a ser o de uma sequela. Em crianças, o tempo de consolidação é mais rápido e o tratamento deve ser realizado dentro dos primeiros sete dias após o trauma. Após a redução das fraturas, realiza-se o tamponamento das cavidades nasais para promover um suporte interno para os fragmentos ósseos que foram reposicionados. Além disso, utiliza-se um curativo externo com gesso ou material similar, para a imobilização externa da região nasal. A redução aberta, dita cruenta, é reservada para as fraturas cominutivas (em diminutos fragmentos) e em alguns casos selecionados de deformidade septal.
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