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Direito Internacional Privado
Professor Rodrigo Silva Pereira
profe.rodrigosilva@gmail.com
Zap: 993295774 (@profe.rodrigosilva)
Objeto do DIPr
Para Jacob Dolinger:
“Há várias concepções sobre o objeto do Direito Internacional Privado. A mais ampla é a francesa, que entende abranger a disciplina quatro matérias distintas: a nacionalidade; a condição jurídica do estrangeiro; o conflito das leis e o conflito de jurisdições, havendo ainda uma corrente, liderada por Antoine Pillet, que adiciona, como quinto tópico, os direitos adquiridos na sua dimensão internacional.”
Objeto do DIPr
Nacionalidade: como se adquire a nacionalidade de forma originária e derivada? Como perdê-la e readquiri-la? A dupla nacionalidade e o apátrida. Naturalização. Efeitos do casamento sobre a nacionalidade.
Condição jurídica do estrangeiro: como o estrangeiro entra e permanece no país? Quais os direito do estrangeiro domiciliado ou residente em território nacional?
Conflitos de leis: qual sistema jurídico será aplicado em determinada relação internacional?
Objeto do DIPr
Paulo Henrique Gonçalves Portela apresenta o seguinte quadro:
Disciplinar a solução de conflitos de leis no espaço, indicando a norma, nacional ou estrangeira, aplicável a uma situação concreta
Regular questões pessoais de interesse internacional (nacionalidade e condição jurídica do estrangeiro)
Regular a cooperação jurídica internacional (por exemplo, execução de cartas rogatórias e homologação de sentenças estrangeiras)
Tutelar o reconhecimento de direitos adquiridos no exterior
Conceito e características do DIPr
Paulo Henrique Gonçalves Portela ensina:
“[...] existem relações de caráter privado, envolvendo pessoas naturais e jurídicas, que perpassam as fronteiras nacionais e que possuem, desse modo, a chamada “conexão internacional”. A propósito, o incremento dos fluxos internacionais de bens, serviços e de pessoas vem aumentando a frequência com que são estabelecidos vínculos entre pessoas que vivem ou que desenvolvam suas atividades em Estados diferentes, envolvendo, por exemplo, transações comerciais internacionais, investimentos no exterior, casamentos entre pessoas de nacionalidades distintas ou que vivem em países diversos, aquisições de bens móveis e imóveis no estrangeiro ou negócios jurídicos nos quais o domicílio de uma das partes fica em outro Estado.” 
Conceito e características do DIPr
Regra geral: o Direito interno do Estado regula as relações que têm lugar dentro de seu território. Os conflitos em seu território são dirimidos dentro dessa mesma jurisdição.
No entanto, os Estados acabam por criar normas específicas para regular situações nas quais ocorram conexão internacional.
Conceito e características do DIPr 
2 PERGUNTAS
Portela reforça:
“O Direito Internacional Privado é fenômeno peculiar no universo jurídico, visto que configura exceção ao princípio pelo qual dentro do território de um Estado se aplicam as leis desse ente estatal, também conhecido como “princípio da territorialidade”, que decorre diretamente da soberania estatal. Pelas normas de Direito Internacional Privado, o próprio legislador pátrio, no exercício do poder soberano do Estado, admite a aplicação do Direito estrangeiro em território nacional.”
Conceito e características do DIPr
Da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
Conceito e características do DIPr
Portela apresenta o seguinte conceito:
“O Direito Internacional Privado é, portanto, o ramo do Direito que visa a regular os conflitos de leis no espaço em relações de caráter privado que tenham conexão internacional, determinando qual a norma jurídica nacional que se aplica a esses vínculos, que poderá tanto ser um preceito nacional como estrangeiro.”
Conceito e características do DIPr
Características:
Ramo do Direito (e não de Direito Internacional)
Ramo voltado à regulamentação dos conflitos de leis no espaço
Norma indicadora do preceito jurídico nacional aplicável a uma relação privada com conexão internacional: norma desobredireito
Peculiaridade dentro do universo jurídico: exceção ao princípio da territorialidade e possibilidade de aplicação do Direito estrangeiro
Obrigatoriedade de aplicação do Direito estrangeiro quando assim indicado
Norma nacional a ser aplicada deve ser aquela com a qual a relação jurídica com conexão internacional esteja mais estreitamente ligada
Elementos de conexão: definidos pelo próprio ordenamento estatal
Fontes: internas e internacionais
Fontes do DIPr
Lei
Tratado
Costume
Jurisprudência e doutrina
Princípios gerais do Direito
Princípios gerais do Direito Privado
Atos de organizações internacionais
Fontes do DIPr
Fontes internas (Leis):
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei n. 4.657/1942): art. 7º e seguintes.
Lei de Migração (Lei n. 13.445/2017).
Constituição Federa: art. 4º, art. 12, art. 222 etc...
Código Civil: regras de domicílio (art. 70 e ss), sociedade estrangeira (art. 1.134 e ss) etc...
Código de Processo Civil: limites da jurisdição nacional (art. 21 e ss), dentre outros.
Etc...
Fontes do DIPr
Costume:
Elemento material: comportamento que se repete.
Elemento subjetivo: é aceito pela sociedade.
Da LINDB:
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Direito Internacional Público x Direito Internacional Privado
Direito Internacional Público: regulação da sociedade internacional, disciplina direta das relações internacionais ou das relações internas de interesse internacional, normas de aplicação direta, regras estabelecidas em normas internacionais, regras de direito internacional público.
Direito Internacional Privado: regulação dos conflitos de leis no espaço, indicação da norma nacional aplicável a uma relação privada com conexão internacional entre ordenamentos eventualmente aplicáveis, normas meramente indicativas do Direito aplicável, regras estabelecidas em normas internacionais ou internas, regras de Direito Internacional Privado ou de Direito interno.
Direito Uniforme
Segundo Jacob Dolinger:
“O Direito Internacional Privado trata basicamente das relações humanas vinculadas a sistemas jurídicos autônomos e divergentes, mas esta disciplina também há de considerar as hipóteses em que os direitos autônomos não divergem, mas, pelo contrário, coincidem em suas regras. Dá-se aí o fenômeno do Direito Uniforme.”
Direito Uniforme
Dolinger leciona:
“A diversidade é considerada natural e necessária. Natural, porque a legislação de cada Estado deve constituir o reflexo exato das circunstâncias especiais de cada povo, de acordo com o estado atual de sua cultura e o nível de sua civilização. E necessária, porque o direito positivo é influenciado pelo progresso, pela evolução da sociedade, e esta permanente variação contribui para a heterogeneidade das diferentes legislações.”
Direito Uniforme Espontâneo
Pode ocorrer naturalmente;
Os direitos podem ter a mesma origem;
Podem sofrer idênticas influências;
Os países podem adotar sistemas clássicos total ou parcialmente: o Japão seguiu a legislação civil alemã, a Turquia adotou o Código Civil e Código de Obrigações suíços.
Direito Uniformizado
O Direito Uniforme espontâneo: ocorre por conta de natural coincidência ou decisão unilateral de um Estado.
Direito Uniforme dirigido (Direito Uniformizado): esforço de dois ou mais Estados para uniformizar certas instituições jurídicas.
Direito Uniforme
Entusiasmo passageiro peloDireito Uniforme
Pasquale Mancini: jusinternacionalista italiano, liderou movimento pela adoção do Direito Uniformizado por intermédio de tratados internacionais.
Ernst Zittelmann: jusinternacionalista alemão, lutou pelo “weltrecht”, direito mundial.
João Monteiro: defendeu o Direito Uniforme no Brasil.
Direito Uniforme
Dolinger esclarece:
“[...] o Direito Uniforme (que, na distinção que fazemos, vem a ser o Direito Uniformizado) estabelece regras materiais, substanciais, diretas, que se aplicarão uniformemente aos litígios, às situações jurídicas que venham a ocorrer em jurisdições diversas, enquanto o Direito Internacional Privado é composto de regras indiretas, que apenas indicam qual direito substancial – dentre sistemas jurídicos contendo normas divergentes – haverá de ser aplicado. Aquele é direito, este, direito sobre direito.” 
Direito Uniforme
UNIDROIT (https://www.unidroit.org/): Instituto Internacional para unificar o direito privado, criado em 1928 e existente até hoje.
Apesar do entusiasmo, proclamou-se a inexequibilidade da unificação.
Primeiro, por conta de diversos fatores (cultura, economia, grau de desenvolvimento do povo etc.) seria muito difícil unificar o Direito Civil.
Segundo, ainda que se conseguisse a unificação, o judiciário de cada país daria interpretações diferenciadas à aplicação da lei.
Uniformização do Direito Econômico
O Direito Comercial e disciplinas próximas (Industrial, Intelectual, Marítimo e Aeronáutico), pelos interesses envolvidos, acabam por uniformizar certas instituições jurídicas.
Série de convenções internacionais regem regras sobre: compra e venda internacional, transportes, correspondência postal, propriedade industrial, propriedade intelectual, circulação rodoviária, direito aéreo, direito marítimo etc.
Exemplo: DECRETO Nº 8.327, DE 16 DE OUTUBRO DE 2014 (promulga a Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias - Uncitral, firmada pela República Federativa do Brasil, em Viena, em 11 de abril de 1980).
Direito Uniforme e Direito Internacional Privado
Teorias de Asser e Jitta
Para Tobias Asser: o Direto Uniforme é a antítese do Direito Internacional Privado, onde aquele existe este inexiste uma vez que o DIPr necessita de conflitos para atuar.
Para Josephus Jitta: a uniformização e a harmonização se completam. Quando for exequível a primeira, o DIPr deve utilizá-la.
Sistemas de solução de conflitos de leis
Segundo Dolinger:
“Modernamente, o Direito Internacional Privado segue a orientação de Jitta, utilizando-se dos dois sistemas para resolver as relações jurídicas internacionais: o sistema que uniformiza as normas jurídicas dos Estados, anulando o conflito, e o sistema conflitual, que coordena e harmoniza ao escolher a lei aplicável entre as leis em conflito.”
Direito Internacional Privado Uniformizado
O Direito Internacional Privado conflitual é criado por fontes internas, as leis de cada país.
No caso do Brasil, por exemplo, a LINDB indica a opção entre normas divergentes.
Chama-se de conflito de 1º grau essa indicação das leis internas sobre qual norma utilizar.
Conflito de 2º ocorre quando se precisa determinar qual regra de solução de conflitos utilizar (DIPr de um Estado x DIPr de outro Estado).
Direito Internacional Privado Uniformizado
Esses conflitos de 2º são solucionados pela uniformização das regras de solução de conflitos, ou seja, pelo Direito Internacional Privado Uniformizado (Mancini e Asser).
Resumo
Conforme Dolinger:
“1. Direito Uniforme – Instituições ou normas de caráter interno, que espontaneamente recebem o mesmo tratamento pelas leis de dois ou mais sistemas jurídicos; em certos casos, esta uniformidade resultará de coordenação internacional, que deve ser compreendida como Direito Uniformizado. Não ocorrem conflitos.”
Resumo
Conforme Dolinger:
“2. Direito Internacional Uniformizado – Atividades de caráter internacional, objeto de convenções internacionais que uniformizam as regras jurídicas disciplinadoras da matéria por meio de leis uniformes. Também não ocorrem conflitos.”
Resumo
Conforme Dolinger:
“3. Direito Internacional Privado – Não ocorrendo os fatores acima, verificam-se conflitos de 1º grau nas situações e relações humanas conectadas com sistemas jurídicos autônomos e divergentes: o DIPr de cada país determina a aplicação de uma dentre as leis em conflito, escolhida por um sistema de opções (regras de conexão). Este fator corresponde ao método conflitual.”
Resumo
Conforme Dolinger:
“4. Direito Internacional Privado Uniformizado – Para evitar conflitos entre as regras do DIPr de dois ou mais sistemas – conflitos de 2º grau – criam-se convenções internacionais que estabelecem regras de conexão aceitas pelos países signatários, uniformizando as suas regras de Direito Internacional Privado.”
Direito Comparado
O Direito Comparado, nos ramos da ciência jurídica de modo geral, desempenha função de apoio. Aqui teremos uma posição de destaque.
“O Direito Comparado é a ciência (ou o método) que estuda, por meio de contraste, dois ou mais sistemas jurídicos analisando suas normas positivas, suas fontes, sua história e os variados fatores sociais e políticos que as influenciam.” (Dolinger)
O Direito Comparado também é útil para reforma legislativa, olho para outros sistemas e vejo a solução encontrada.
Direito Comparado
Dolinger explica:
“A constatação de Direito Uniforme espontâneo, a apuração de conflitos entre dois sistemas jurídicos, a criação do Direito Uniforme dirigido, ou seja, de Direito Uniformizado, a harmonização de conflitos pela opção de uma entre as leis conectadas – solução do Direito Internacional Privado – e a formulação de convenções estabelecendo Direito Internacional Privado Uniformizado, todas dependerão de detido exame comparativo entre os sistemas jurídicos envolvidos, exame este que é realizado pela ciência ou pelo método denominado Direito Comparado.”
Nacionalidade
Segundo Jacob Dolinger:
“A nacionalidade é geralmente definida como o vínculo jurídico-político que liga o indivíduo ao Estado, ou, em outras palavras, o elo entre a pessoa física e um determinado Estado.”
Nacionalidade
Duas dimensões da nacionalidade:
Dimensão vertical: vincula o indivíduo ao Estado a que pertence. Dimensão jurídico-política. Deveres e direitos do indivíduo com o Estado.
Dimensão horizontal: faz o nacional membro de uma comunidade, parte de um povo. Dimensão sociológica.
Nacionalidade x Cidadania
Para Dolinger:
“Entre nós a distinção é clara e praticamente aceita por todos os autores, no sentido de que a nacionalidade é o vínculo jurídico que une, liga, vincula o indivíduo ao Estado e a cidadania representa um conteúdo adicional, de caráter político, que faculta à pessoa certos direitos políticos, como o de votar e ser eleito.”
Nacionalidade x Cidadania
Dolinger continua:
“A cidadania pressupõe a nacionalidade, ou seja, para ser titular dos direitos políticos, há de se ser nacional, enquanto que o nacional pode perder ou ter seus direitos políticos suspensos (art. 15 da Constituição), deixando de ser cidadão. A exceção entre nós diz respeito aos portugueses, que podem exercer certos direitos políticos sem serem nacionais.”
Nacionalidade
Da CF:
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
Nacionalidade
Da CF:
Art. 12. São brasileiros:
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de línguaportuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Mudança de Nacionalidade
Direito de mudar
Direito de perder (renunciar)
Direito de adquirir
Direito de não mudar
Direito de não adquirir
Direito de não perder
Mudança de Nacionalidade
Dolinger explica:
“Direito de perder – Quando um indivíduo requer naturalização em um país, geralmente se lhe exige que renuncie à nacionalidade anterior. Certas legislações admitem a renúncia tácita que ocorre quando o cidadão naturalizado volta a seu país de origem e lá permanece além de determinado período, considerando-se ter renunciado à nacionalidade que adquirira mediante a naturalização.”
Mudança de Nacionalidade
Dolinger explica:
“Direito de adquirir – A rigor não se trata de um direito subjetivo, eis que, geralmente, a outorga de nacionalidade derivada depende de concessão dos governos, que a decidem discricionariamente, havendo, contudo, hipóteses de naturalização constitucional, que não dependem da discrição do governo [...]. Recente decreto francês fixou o nível de conhecimento da história, da cultura e da sociedade francesas que devem ser exigidas dos que postula a nacionalidade francesa por via de naturalização.”
Mudança de Nacionalidade
Dolinger explica:
“Direito de não adquirir – Este direito manifesta-se principalmente nos casos de cessão ou anexação de território que passa de uma para outra soberania, geralmente como consequência de guerra e subsequente tratado de paz. Na Europa era comum a nova soberania impor sua nacionalidade às pessoas domiciliadas no território anexado, o que representava grave desrespeito à autonomia da vontade da pessoa.”
Mudança de Nacionalidade
Dolinger explica:
“Direito de não perder – Na hipótese do território anexado, assim como não estão as pessoas nele domiciliadas obrigadas a adquirir a nacionalidade do Estado anexante, têm elas o direito de manter sua nacionalidade original, desde que o respectivo Estado não tenha desaparecido com a anexação. Este direito não foi respeitado em muitos períodos da história moderna.”
Nacionalidade
Da CF:
Art. 12 [...]
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
Nacionalidade
Dolinger sobre a reaquisição de nacionalidade:
“O brasileiro, tanto o nato quanto o naturalizado, que tenha perdido a nacionalidade brasileira, pode readquiri-la, de conformidade com o art. 36 da Lei n. 818/49, quando restabelece seu domicílio no Brasil, desde que a eleição da outra nacionalidade não tenha sido motivada para se eximir de deveres a cujo cumprimento estaria obrigado se se conservasse brasileiro.”
NÃO É MAIS ASSIM!!!!
Nacionalidade
Da Lei 13445/2017:
Da Reaquisição da Nacionalidade
Art. 76. O brasileiro que, em razão do previsto no inciso II do § 4º do art. 12 da Constituição Federal, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa, poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo órgão competente do Poder Executivo.

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