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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL, JUNTAMENTO COM A ANALISE DOS PRINCIPAIS E POTENCIAS PONTOS TURÍSTICOS, DO MUNICÍPIO DE ROSANA

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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL, JUNTAMENTO COM A ANALISE DOS PRINCIPAIS E POTENCIAS PONTOS TURÍSTICOS, DO MUNICÍPIO DE ROSANA
Jefferson Branquinho
Resumo 
Este artigo irá abordar, através de estudo bibliográfico, questões relacionadas com o histórico planejamento e organização dos atributos turísticos do espaço do município de Rosana, demonstrando a importância do turismo e a valorização dos aspectos culturais, sóciais e econômicos. A melhor utilização dos atrativos em benefício tanto da população residente no seu modo de vida, como para os visitantes que tem a possibilidade de desfrutar e expandir seus conhecimentos através das belezas naturais que o município oferece. Também discutirá alguns aspectos conceituais do turismo, cultura, território e identidade. Os principais acontecimentos históricos obtidos até o presente momento sobre o município de Rosana e seus recursos.
Palavras-chave: município de Rosana, turismo e cultura.
INTRODUÇÃO 
Os estudos aplicados como parte dos recursos metodológicos destinados a elaboração desse artigo apresentado ao Curso de Turismo da UNESP se deu a partir de pesquisas bibliográfica que abordará as questões históricas, ambientais, tomando-se os conceitos ecológicos, que serão relacionados aos impactos positivos e negativos advindos da atividade turística no que diz respeito aos aspectos ambientais, socioculturais e econômicos. O turismo vem se desenvolvendo em muitos municípios da região sudoeste de São Paulo, e se destacando no cenário regional. Para ajudar a fortalecer o trade turístico foi escolhida a cidade de Rosana para a realização desse trabalho, onde é dada pelo destaque regional, com desenvolvimento de práticas de Turismo de pesca e, principalmente, Turismo de Lazer pela localidade. Também, pelo apontamento das potencialidades e oportunidades do setor turístico, observando os desafios a serem enfrentados para estruturar, fortalecer e expandir a cadeia produtiva de turismo na localidade. Os atrativos turísticos, os serviços, equipamentos 
O Campus Experimental de Rosana, vem de encontro como instrumento base de informações para fins de planejamento e gestão da atividade turística na cidade de Rosana, o turismo nos últimos anos conquistou o status de um dos setores econômicos que mais cresce no mundo. O Brasil apesar de apresentar inúmeros atrativos naturais ainda está dando os primeiros passos nesta atividade, porém ela tem se mostrado em expansão contribuindo positivamente com vários setores socioeconômicos e culturais do país. 
O interesse das pessoas em conhecer novos espaços, novas culturas e paisagens é fruto do processo pelo qual tem passado a sociedade nas últimas décadas como a urbanização, metropolização e aumento do tempo livre o que tem contribuído para o desenvolvimento do turismo. 
Para Rodrigues (1996) a atividade turística é portanto um produto da sociedade capitalista industrial e se desenvolveu sob o impulso de motivações diversas, que incluem o consumo de bens culturais, sendo assim o turismo cultural, tal qual o concebemos atualmente, implica não apenas a oferta de espetáculos ou eventos, mas também a existência e preservação de um patrimônio cultural representado por museus, monumentos e locais históricos.
Além do valor cultural especifico do ponto de vista do turismo cultural, esses bens materiais possuem outro valor o de serem objetos indispensáveis, cujo consumo constitui a base de sustentação da própria atividade. O mesmo acontece com o patrimônio ambiental, cuja valorização ultrapassa sua importância para qualidade de vida populações locais (RODRIGUES, 1996)
Para que a atividade turística seja benéfica para a sociedade em geral ela deve ser planejada de modo a minimizar todos os impactos negativos que possa causar. O turismo deve ser pensado como uma alternativa para o desenvolvimento sustentável no município de Rosana onde a proposta para a implantação da atividade turística como alternativa sustentável de desenvolvimento dos espaços naturais seja conciliável com a conservação dos recursos naturais, promovendo a valorização dos aspectos culturais regionais e melhorando a qualidade de vida da comunidade. 
Chartier (1990) relata que a história cultural, tal como a entendemos tem por principal objeto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos tem uma determinada realidade social, e como ela é construída, nesta tarefa supõe vários caminhos, entre eles diz respeito as classificações, divisões e delimitações que organizam a apreensão de apreciação do real.
No entanto Gonçalves (1998) acredita que através de uma relação presente e ativa de propriedade, ou através de uma relação baseada na memória, o que é importante assinalar é que em ambos os casos do ponto de vista nativo, se estabelece uma relação metonímica entre proprietário e propriedade, e entre monumentos e passado.
Assim segundo Halbwachs (1990) a memória coletiva, envolve as memoria individuas, mas não se confunde com elas. Ela evolui segundo suas leis, e se algumas lembranças individuais penetram algumas vezes nela, mudam de figura assim que sejam recolocadas num conjunto que não é mais uma consciência pessoal.
Segundo Bissoli (1999): “Um programa de gestão planejado e implementado corretamente, pode servir para melhorar a competitividade de uma localidade turística”. Buscando o desenvolvimento turístico responsável no município de Rosana onde encontramos recursos naturais exuberantes como as praias fluviais, as ilhas, a fauna e áreas florestais, de interesse turístico e ambiental localizadas nas margens dos rios Paraná e Paranapanema. 
Para conciliar a utilização dos recursos naturais com as exigências de uma sociedade consumidora, visando à conscientização de que é preciso satisfazer a necessidade do momento sem comprometer a capacidade de atender as futuras gerações exige-se que se conheçam detalhadamente os pontos de interesse para que se possa pensar na sua utilização de modo consciente (PIROLI, 2007). 
Mesmo com toda essa caracterização não basta ter apenas um diagnóstico ambiental eficiente, se não houver a integração eficaz do meio ambiente e do desenvolvimento mediante a implementação e aplicação de leis e de regulação integradas e eficientes (RODRIGUES, 2002). 
De acordo com Rosendhl 2007 desenvolver o turismo Dentre os lugares adequados, criados como recursos culturais e como sítios de consumo, isto é o consumo de lugares e de outras culturas como parte da atividade de turismo. E de suma importância para que o turista, se torne um espectador um consumista no lugar, onde ele possa consumir outros lugares, outras culturas. A cultura de consumo deve ser entendida em referência a lugares de consumo como festivais temáticos, hotéis, shopping, resorts, parques temáticos e outros lugares. Consumir pode ser interpretado como uma pratica social simbólica, o consumo material e imaterial impregnado nos objetos, coisas e pessoas. O consumo é então uma pratica simbólica que pode ser interpretada em suas formas espaciais relacionadas com aquilo que é experementado e imaginado pelos turistas no lugar, buscando a particularidade daquele ambiente seja ele folclórico, filosófico ou sociológico.
Gramsci (2002) dizia que na sociedade historicamente determinada se sucederam no desenvolvimento folclórico entra a relação do “senso comum” podendo ser compreendido como um reflexo das condições de vida cultural do povo , ainda que certas concepções foram modificadas, criando assim um laço entre o turistas e o lugar, buscando uma certa identidade histórica e cultural.
Este trabalho tem como propósito o estudo da potencialidade turística e das manifestações culturais no município de Rosana-SP, abrangendo todos os seus recursos naturais. Uma vez que a possibilidade de concretizar a relação existente entre turismo e cultura é grandiosa, pois o turismo reconhece o papel dos aspectos das atividades culturais e as utiliza como instrumento para o desenvolvimento das comunidades.Visa-se com isso a valorização da cultura e o aproveitamento da mesma como recurso no desenvolvimento da atividade turística em potencial. 
OBJETIVOS 
Geral 
Conhecer o destino Rosana da região sudoeste de São Paulo e buscar apreender sobre seu potencial histórico, cultural e turístico em desenvolvimento.
Objetivos Específicos 
Levantar os atrativos turísticos, os serviços, equipamentos turísticos e de infraestrutura de apoio ao turismo. 
Favorecer o aprendizado e estimulo da história do município.
Observar aspectos de segurança relativos à segurança pessoal dos turistas/clientes. 
Observar a sinalização local; 
Verificar a hospitalidade cultural; 
Verificar a infraestrutura de acesso para qualquer tipo de pessoa (mulheres grávidas, idosos, portadores de mobilidade reduzida). 
Analisar as medidas tomadas com relação aos impactos ambientais gerados pelo turismo de lazer; 
3. JUSTIFICATIVA 
O bem receber de uma localidade é responsável pela permanência e retorno do visitante a mesma. Neste sentido, se faz necessário conhecer os aspectos culturais e históricos do município de Rosana para suprir a necessidade do crescimento do turismo. A disciplina de história da cultura vem reconhecer a importância do turismo local e regional nos aspectos social, cultural, econômico e ambiental, induzindo o acadêmico à busca de informações, do pensar, do refletir e de adquirir capacidade crítica e analítica perante o conteúdo ministrado em sala de aula. 
As informações foram buscadas em fontes secundárias, sendo que as mesmas foram provenientes de pesquisa criteriosa em meio digital a partir de sites oficiais públicos e privados, juntamente através de acervos bibliográficos. 
4 - DESCRIÇÃO HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE ROSANA 
O nome do município (Rosana) se deu a uma Homenagem à filha do empreiteiro Sebastião Camargo, principal proprietário de terras na região. O grande estimulador da ocupação do Pontal foi o plano da construção do Ramal Dourados, inclusive com o sacrifício das reservas florestais do Estado, criadas entre 1941 e 1942. Pertenceu ao município de Presidente Epitácio até 1964 e posteriormente a Teodoro Sampaio, até sua emancipação político-administrativa em 1993. Vale lembrar que no município ocorreram, como em todo Pontal, invasões de terras no final da década de 70, onde se formaram três grandes assentamentos. Também se ressalta o bairro Beira Rio, habitado pelas famílias dos pescadores na encosta do rio Paraná.
O município de Rosana foi ocupado de maneira muito peculiar, pela grilagem da terra e pela devastação de suas florestas, o que o tornou uma região que tem encontrado diversos problemas socioeconômicos e nos últimos tempos, também ambientais. 
Segundo Leite (1998) desde 1978, os técnicos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo publicaram o Programa para Desenvolvimento do Pontal do Paranapanema. No entanto, antes mesmo de ser divulgado, a CESP e o Próalcool já haviam iniciado as obras de seus grandes projetos hidrelétricos e de álcool combustível no Pontal. 
A CESP desde o início da década de 1970 realizava levantamentos dos recursos hidrelétricos na região do pontal, sendo que os rios Paraná e Paranapanema foram considerados propícios à construção de barragens. A partir dessa conclusão começou o estudo de localização para a implantação de duas usinas: a de Porto Primavera, no rio Paraná e a de Rosana, no rio Paranapanema. A construção dessas usinas gerou grande impacto ambiental.
Segundo Leite (1998) o Programa para Desenvolvimento do Pontal do Paranapanema seria realizado com planos para a conservação do meio ambiente, porém o que se observou é que nada foi feito nesse sentido. 
No transcurso da construção das barragens, o município de Rosana foi se desenvolvendo tendo sua economia ligada diretamente à usina. A CESP criou o núcleo urbano de Primavera para abrigar o pessoal encarregado das obras das usinas o que permitiu a expansão do município de Rosana. Muitas pessoas vieram para trabalhar na obra que demorou cerca de vinte anos para ser finalizada. 
Com o crescimento populacional a cidade precisava oferecer infra-estrutura para a população e foram implantados clubes como a Associação Atlética Porto Primavera e Rosana Esporte Clube, restaurantes, supermercados, lojas e serviços de saúde. Vários setores econômicos se desenvolveram para atender a demanda que crescia. 
Também não podemos esquecer que este município é constituído por quatro assentamentos de reforma agrária, são eles: Gleba XV de Novembro, Nova Pontal, Bonanza e Porto Maria.
O assentamento Gleba XV de Novembro, criado em 1984, contando a princípio com de 571 lotes com uma área de 13.311 hectares, abrange os municípios de Rosana e Euclides da Cunha. Em Rosana, estão localizados 438 lotes. Possui uma áera para agricultura de 10.688 hectares. Este assentamento é distribuído em seis setores, sendo quatro localizados em Rosana, tais como setor I, II, III e VI; e os demais localizados em Euclides da Cunha como, por exemplo, IV e V. (IOKOI et al., 2005; RAMIRO, 2008). 
O processo de formação deu-se no ano de 1980 quando, com o fim das obras de construção das usinas hidrelétricas de Rosana e Engenheiro Sérgio Motta, muitos trabalhadores foram dispensados do serviço e um contingente de pessoas iria perder sua moradia com o enchimento das represas, o que gerou um impasse socioeconomico muito grande (IOKOI et al., 2005). 
Essa conjuntura favoreceu para que no dia 15/11/1983 aproximadamente 800 trabalhadores vindos dos municípios de Rosana, Euclides da Cunha, Teodoro Sampaio, Mirante do Paranapanema e outras localidades, fizessem a primeira ocupação no Pontal do Paranapanema. Ocuparam as terras da ex-fazenda Tucano e Rosanela, ambas em Teodoro Sampaio. A ocupação terminou por meio de um pedido de desapropriação feito pelos proprietários e foram acampar na Rodovia Arlindo Bétio, SP 613 (IOKOI et al., 2005). 
No ano de 1984, foram para uma área provisória cedida pela Companhia Energética do Estado de São Paulo (CESP). Por fim, neste mesmo ano, foi desapropriada uma área equivalente a 15 hectares para a implantação do projeto assentamento Gleba XV de Novembro, o primeiro a ser criado após governo militar. 
Já o assentamento Nova do Pontal, localizado no município de Rosana, a princípio teve 122 famílias, abrangendo uma área de 2.786 hectares de terra. Possui grande capacidade hídrica, pois está próximo ao rio Paranapanema, que foi aproveitado para a construção do reservatório da Usina Hidrelétrica de Rosana. O assentamento é favorecido, também, pelos ribeirões Água-amarela, Cachoeirinha e Areia Branca (RAMIRO, 2008). 
Tudo começou em julho de 1990, com a ocupação de mais de 1500 pessoas, em comunhão com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na fazenda Nova Pontal, propriedade da empresa Timboril Agropecuária Ltda. Após a regularização da área, fizeram a primeira ata, em 29 de Outubro de 1998, dividindo a área entre as famílias dos grupos: ex-funcionários, Sindicato dos Trabalhadores rurais de Rosana, MST, e Movimento dos Agricultores Sem Terra (MAST). Os ex-funcionários puderam escolher o local para residir, ficando sete lotes próximos a estrada de acesso ao assentamento, ao lado direito, e outros três lotes ao redor do barracão, ocorrendo a distribuição no primeiro dia (RAMIRO, 2008). 
Antes da partilha foi realizada uma assembleia, cada grupo tinha o seu dia para realizar a sua e decidir sobre a delimitação de seus lotes. Caso não chegassem a um acordo, a Fundação ITESP faria um sorteio dos lotes, a fim de interferir da menor forma possível na escolha. Na distribuição, ficou decidido nas assembleias que seria da seguinte forma: o grupo do MST ficou com 44 lotes para as famílias relacionadas ao movimento; o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rosana ficou com 52; o MAST com 16 e ex-funcionários com 10 lotes (RAMIRO, 2008).
 Atualmente, finalizada a construção das usinas, o município se encontra estagnadoeconomicamente. Parte significativa da população foi embora e o município não desenvolveu atividades econômicas que substituíssem a barragem para que com o término desta, o município conseguisse sua autonomia. 
Devido aos recursos naturais abundantes na região a população acredita que o turismo pode ser uma atividade econômica com capacidade para trazer divisas e melhorias para os habitantes do município. 
A atividade turística segundo a prefeitura municipal poderá trazer como benefício para o município e região a geração de empregos, melhoria da qualidade de vida população, aumento da arrecadação de impostos e consequentemente desenvolvimento regional. 
Segundo Geertz (1989), A cultura consiste em estruturas de significados socialmente estabelecidos A cultura não é um poder, algo ao qual podem ser atribuídos casualmente os acontecimentos sociais, os comportamentos, as instituições ou os processos, ela é um contexto algo dentro do qual eles podem ser descritos de forma inteligível, isto é descrito com densidade
O turismo se desenvolvido de forma sustentável pode satisfazer as necessidades econômicas, sociais e estéticas mantendo a integridade cultural e ecológica, sendo benéfico para a cidade receptora e para turistas enquanto protege e melhora o seu produto que é o meio ambiente.
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DE ROSANA
Rosana é um município brasileiro do estado de São Paulo,Localiza-se a uma latitude 22°34'47" sul e a uma longitude 53°03'33" oeste, estando a uma altitude de 236 metros e aproximadamente a 10 km da confluência dos rios Paraná e Paranapanema, a 7km da margem do Paranapanema e a 1km do rio Paraná. O rio Paraná é o limite territorial com o estado do Mato Grosso do Sul a oeste, e o rio Paranapanema é o limite com o território do estado do Paraná ao sul. Segundo a estimativa populacional de 2009, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de Rosana é de 18.918 habitantes, sendo que apenas 26% da população vivem na área urbana e o restante, os outros 74% vivem em áreas rurais. O motivo pelo qual a população rural é maior que a urbana, deve-se à fundação de um distrito para receber a população que migrou e serviu como mão-de-obra na construção da hidrelétrica de Primavera, chamado Distrito de Primavera e onde vive a maior parte da população do município. Este distrito localiza-se aproximadamente a 15 km da sede municipal, fora do núcleo urbano de Rosana. O município ocupa uma área de aproximadamente 741 km² e apresenta área urbana heterogênea, alternando terrenos vazios e áreas densamente construídas, porém sem a existência de edificações acima de dois pavimentos. A circulação de pessoas e veículos é pequena e não apresenta pavimentação em todas as ruas, principalmente nos bairros periféricos. O entorno da cidade apresenta áreas tipicamente rurais com a presença de pastagens, áreas agricultáveis com pouca vegetação original e os rios Paraná e Paranapanema, tem a distinção de ocupar o extremo ocidental do estado.
Ponto de grande atração turística do município. A cidade possui duas usinas hidrelétricas, que movimentam a economia local: a usina de Rosana, em funcionamento e a de Primavera, que funciona desde 2006, com Eclusa que possibilita o transporte fluvial e futuramente ligará o município ao MERCOSUL. Desde agosto de 2003, Rosana conta com um Campus experimental da UNESP (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), onde foi implantando o curso de Turismo com Ênfase em Meio-Ambiente.
Como chegar no município de Rosana, Saindo de São Paulo, o motorista tem duas opções. Se preferir um caminho mais direto, sem precisar trocar muito de rodovias, pode ir pela Rodovia Raposo Tavares (SP 270) até a região de Presidente Venceslau. Deste ponto, basta acessar a Rodovia Euphly Jalles (SP 563). No final deste trecho, o motorista deve seguir por outra estrada, a Rodovia Arlindo Bettio (SP 613). Daí por diante é só seguir em frente até a cidade de Rosana. Está situada no Pontal do Paranapanema, com Limites entre Euclides da Cunha e Teodoro Sampaio, o Acesso Rodoviário SP 270, SP 563 e SP 613, com as seguintes Distâncias 780 km da Capital 
Área de Estudo Rosana está situada no Pontal do Paranapanema, região extremo oeste do Estado de São Paulo. O Município está localizado entre dois grandes rios que delimitam o Estado, fazendo divisa ao sul com o Paraná e a oeste com o Mato Grosso do Sul, sendo esses rios o Paranapanema e o Paraná. No Rio Paraná e no Reservatório de Porto Primavera, formado pela barragem de suas águas existem prainhas frequentadas pela população local e visitantes, sendo duas delas mais visitadas: o Balneário Municipal e a prainha do Grêmio. 
5 – ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PONTOS TURÍSTICOS EXISTENTES NO MUNICIPIO DE ROSANA PARA 
5.1 Balneário municipal de Rosana 
Um dos pontos mais visitados de Rosana é o Balneário Municipal, inaugurado em Maio de 1998. O parque conta com forte infra-estrutura para quem quer se divertir, serve atualmente como local de lazer para a população e para as pessoas que visitam a cidade, nele, existem restaurantes, área de camping, quadras de areia, campo de futebol de areia, quiosques, sanitários, barcos salva vidas, bóias de limite de segurança, placas com informações ao turista, seguranças da Prefeitura Municipal, além de policiamento ostensivo feito pela polícia militar e um posto do corpo de bombeiros. Porém se faz necessário se pensar na elaboração de um programa de entretenimento e lazer, e devido às enchentes que sempre acontecem no verão, criar um ponto estratégico para serem realizados eventos nesse período. 
5.2 Praia do Dourado 
A Praia do Dourado está localizada no bairro Beira Rio, lugar que pode ser explorado turisticamente com a implantação de infra-estrutura básica para receberem visitantes e no qual podem ser elaborados programas de lazer. É necessário melhorar a infra-estrutura na área da balsa, com sinalização para acesso ao local e implantação de um sistema de saneamento básico. É uma área onde é possível implantar um roteiro fluvial com acesso à Praia Dourado. 
5.3 Mirante 
O Mirante localizado na trilha da prainha tem um visual paisagístico singular, e é uma área onde poderia ser implantada uma trilha ecológica. Nele há a possibilidade da implantação de uma tirolesa até uma ilha próxima. 
5.4 O Clube do Grêmio 
O Clube do Grêmio esta localizado na margem do reservatório da Cesp. O local é um clube de associados onde os visitantes pagam uma taxa para entrada sendo usado pela população do município para atividades de lazer. Possui infra-estrutura para receber visitantes como quiosques, banheiros, estacionamento e uma área coberta para eventos. 
5.5 Encontro dos Rios 
O Encontro dos Rios Paraná e Paranapanema é um dos atrativos mais interessantes que o município possui, visto que é um ponto de confluência, onde se encontram os Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Ali também ocorre a junção de 3 das cinco regiões brasileiras, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 
Porém o local não apresenta nenhuma infra-estrutura para receber turistas. Pode-se melhorar as condições da estrada de acesso ao atrativo, formatar e sinalizar as trilhas ecológicas existentes limitando o tráfego dentro da área de preservação e colocar pontos de recepção para os turistas com banheiros e restaurantes. 
5.6 Praia no Rio Paranapanema – antiga balsa 
A praia do rio Paranapanema pode ser adequada para receber pessoas que desejem acampar à beira do rio, ou para atividades de pesca, banho e caminhadas. Deve-se pensar em infra-estrutura para receber os visitantes como banheiros, energia elétrica e sinalização do local. Esta é uma área que pode ser utilizada para a realização de eventos ecológicos. 
5.7 Reservatório da CESP 
O reservatório da CESP é uma área usada pela população para prática da pesca e lazer. Nos finais de semana é comum encontrar famílias passando a tarde neste local. 
5.8 Área de Reflorestamentoda CESP 
A área de reflorestamento da Cesp abrigar um Parque Ecológico Municipal dando continuidade no esforço de preservar uma amostra do ecossistema encontrado no município já que o mesmo teve sua biodiversidade bastante onerada com a construção da Usina Hidrelétrica de Rosana. O local poderia ser um ambiente de lazer para a população local, de estudos acadêmicos, de desenvolvimento de atividades ecoturísticas, entre outras. 
5.9 Eclusa 
A Eclusa é acessada pela SP 613 e poderia ser usada como atrativo turístico onde as pessoas teriam a oportunidade de usufruir de um passeio sobre o rio Paraná e conhecer a história da formação da cidade e da construção da usina hidrelétrica de Porto Primavera, além de ter contato com as características ambientais do pontal do paranapanema como sua fauna e flora. A eclusa pode propiciar momentos de descontração para turistas, podendo também ser usada para transporte de carga. 
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Através dessa pesquisa pôde-se observar que o município de Rosana possui um grande potencial para as atividades turísticas. Os recursos naturais existentes nessa região poderão atrair turistas que procuram um contato maior com a natureza e com uma cultura exótica formada por pessoas oriundas de diversas localidades do país para construção das usinas hidrelétricas. 
Os atrativos naturais que tem potencial para a prática das atividades turísticas se encontram em áreas protegidas pela legislação ambiental por se tratar de uma região que possui um ecossistema fragilizado e que precisa ser resguardado para as futuras gerações. 
A maioria dos locais visitados não possui nenhuma infra-estrutura para receber turistas. Quando existem essas são precárias, sendo necessário que os setores públicos e privados invistam nessas áreas para que possam se tornar um lugar agradável para os visitantes. Ao mesmo tempo deve-se buscar alternativas para recuperar o que foi degradado e planejar as atividades turísticas de modo a minimizar os impactos negativos que as mesmas podem acarretar no ambiente.
9 - REFERÊNCIAS 
2010, 2012 e 2013 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
BISSOLI, Maria Ângela Marques Ambrizi. Planejamento e organização em turismo. Campinas, Coleção turismo, Editora Papirus, 1991. 
CHARTIER, Roger. A história cultural entre práticas e representações. Tradução de Maria Manuela Galhardo. Lisboa: Difel / Rio de Janeiro: Bertrand, 1990. p. 13-28.Plano de Ensino
GERTZ, C. Interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989. pp. 13-41.
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