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1. PROPRIEDADES QUE ANULAM O DETERMINANTE O determinante de uma matriz quadrada é igual a zero quando ela possui: • Uma fila de elementos nulos; • Duas filas paralelas iguais; • Duas filas paralelas propor cionais; • Uma fila que é combinação linear de outras filas paralelas. Assim, por exemplo, o deter minante da matriz A = é nulo, pois os elementos da � 2 0 3 5 –5 0 2 –1 3 0 2 1 7 0 5 6 � M A T EM Á T IC A E – 53 FRENTE 1 Álgebra 1. NOÇÃO DE DETERMINANTES Dada uma matriz quadrada M, de ordem n, cha ma-se determinante da matriz M, e indica-se por det M, um número real, associado à matriz M, e calculado da seguinte forma: • Se M é de ordem 1, é do tipo M = [a11] e o determinante de M é det M = a11. Por exemplo, se M = [– 7], então det M = – 7 • Se M é de ordem 2, é do tipo M = e o determinan te de M, que também pode ser indicado por , é det M = a11 . a22 – a21 . a12. Por exemplo, se M = , então det M = = 3 . 5 – 2 . 4 = 7. Observe que a11 . a22 é o produto dos elementos da diagonal principal e a21 . a12 é o produto dos elementos da diagonal secundária. Dessa forma, o determinante de uma matriz quadrada de ordem dois é o produto dos elementos da dia go nal principal menos o pro duto dos elementos da diago nal secundária. • Se M é de ordem 3, é do tipo M = e o de termi nante de M, que também pode ser indicado por , é det M = a11 . a22 . a33 + a12 . a23 . a31 + a21 . a32 . a13 – – a13 . a22 . a31 – a23 . a32 . a11 – a12 . a21 . a33 O determinante de uma matriz de ordem 3 pode ser cal culado por uma regra prática conhecida como Re - gra de Sarrus que, na sua for ma mais simples, con - siste em escre ver ao lado direito da matriz suas duas primeiras colunas e multiplicar suas diagonais, conforme o seguin te. Por exemplo, se M = , então e det M = 1 . 5 . 1 + 2 . 0 . (– 1) + 3 . 4 . 0 – (– 1) . 5 . 3 – – 0 . 0 . 1 – 1 . 4 . 2, isto é, det M = 12. Se M é de ordem superior a 3, o determinante pode ser calculado aplicando-se teoremas como o de La place ou regras como a de Chió. Esses teoremas e regras serão estu da dos nas próximas aulas. � a11a21 a12 a22 � a11 a21 a12 a22 � 34 25 � 34 25 � a11a21a31 a12 a22 a32 a13 a23 a33 � a11 a21 a31 a12 a22 a32 a13 a23 a33 a11 a21 a31 a12 a22 a32 a11 a21 a31 a12 a22 a32 a13 a23 a33 – – – + + + M = � 14 –1 2 5 0 3 0 1 � 1 4 –1 2 5 0 1 4 –1 2 5 0 3 0 1 – – – + + + M = MÓDULO 15 Determinantes MÓDULO 16 Propriedades dos Determinantes C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 53 segunda linha são todos iguais a zero (det A = 0). Por exemplo, o determinante da matriz B = é nulo, pois as duas primeiras linhas são iguais (det B = 0). Por exemplo, o determinante da matriz C = é nulo, pois os elementos da primeira linha são proporcionais aos ele mentos da segunda linha ( = = = e det C = 0). Por exemplo, o determinante da matriz D = é nulo, pois os elementos da quarta linha são as somas dos respectivos elementos das demais linhas (det D = 0). Uma combinação linear de duas ou mais filas paralelas pode ser a so ma direta de seus respectivos ele mentos ou a soma destes ele mentos mul tiplicados por números reais quaisquer. Assim, por exemplo, na matriz M = , a última co luna é uma combinação linear das três primeiras colunas, pois O determinante de M (det M) é igual a zero. Observe que as propriedades válidas para linhas de uma matriz são também válidas para as colunas. 2. PROPRIEDADES EM QUE O VALOR DO DETERMINANTE É ALTERADO O determinante de uma matriz troca de sinal quando duas filas paralelas trocam de posição. Assim, por exemplo, , pois a primeira e a terceira colunas trocaram de lugar. Se multiplicarmos os ele men tos de uma fila de uma matriz qua drada por um número, o deter minan te dessa matriz fica multipli cado por este número. Assim, por exemplo, det = α.det , pois os elementos da primeira linha da primeira matriz foram todos mul tiplicados por α. Se mais que uma fila de uma ma triz for multiplicada por um nú me ro, o determinante fica multi pli cado por ca - da um desses números. Assim, por exemplo, det = α.β.γ.det , pois na primeira matriz os elementos da primeira linha foram multiplicados por α, os elementos da segunda linha multiplicados por β e os ele mentos da terceira linha foram multiplicados por γ. Por exemplo, se A é uma matriz quadrada de ordem 3, det (5A) = 53 . det A, pois A = e det (5A) = det = = 5 . 5 . 5 . det = 53 . det A � 2 2 3 5 –5 –5 2 –1 3 3 2 1 7 7 5 6 � � 4 2 3 5 –10 –5 2 –1 6 3 2 1 14 7 5 6 � 4–– 2 – 10––––– – 5 6–– 3 14––– 7 � 2 1 3 6 – 5 2 3 0 3 1 2 6 7 2 5 14 � � 2 3 4 5 3 1 2 3 1 2 3 2 11 9 13 19 � 3 x 2 + 2 x 3 + (– 1) x 1 = 11 3 x 3 + 2 x 1 + (– 1) x 2 = 9 3 x 4 + 2 x 2 + (– 1) x 3 = 13 3 x 5 + 2 x 3 + (– 1) x 2 = 19 Elementos da primeira coluna Elementos da segunda coluna Elementos da terceira coluna Elementos da quarta coluna a b c x y z m n p� � m n p x y z a b c det = – det � � � α.abc α.x y z α.m n p � � a b c x y z m n p � � α.a β.b γ.c α.x β.y γ.z α.m β.n γ.p � � a b c x y z m n p � � a11 a21 a31 a12 a22 a32 a13 a23 a33 � � 5a11 5a21 5a31 5a12 5a22 5a32 5a13 5a23 5a33 � � a11 a21 a31 a12 a22 a32 a13 a23 a33 � M A T EM Á T IC A E 54 – C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 54 3. PROPRIEDADES EM QUE O VALOR DO DETER MINAN TE NÃO É ALTERADO O determinante de uma matriz e o da sua transposta são iguais. det = 7 e det = 7 • O Teorema de Jacobi O determinante de uma matriz quadrada não se altera se somarmos a uma fila uma combinação linear de outras filas paralelas. A combinação linear acres cen tada em uma fila pode ser simples mente a soma ou a diferença de outra fila paralela. Observe que so mente a fila onde se acrescentou a combinação linear é que se altera. O Teorema de Jacobi é de fun damental importância no cálculo de um determinante, pois permite subs tituir um determinante por outro, mais simples de ser calculado, mas de mesmo valor. Por exemplo, = = = 0 Dos elementos da segunda co lu na subtraímos os elementos da pri meira coluna, obtendo um deter minan - te, de mesmo valor que o pri mei ro, mais simples de ser cal culado. 4. SOMA DE DETERMINANTES O determinante de uma matriz quadrada de ordem n pode ser decomposto em uma soma de dois ou mais determinantes, desde que nestes determinantes (n – 1) filas para lelas sejam conservadas como na matriz original e apenas uma fila seja decomposta. Assim, por exemplo, det = = det + det Esta propriedade pode facilitar o cálculo de alguns determinantes. Por exemplo, = = = + = = + 0 = Observe que este último deter minante apresenta números menores e, portanto, pode ser mais facilmente calculado. O determinante da matriz M = é divisível por 4, pois: = = = + = = 4 . + 0 = 4 . que é múltiplo de 4. 1 –1 0 2 5 1 4 3 2� �det = det 1 –1 0 2 5 1 4 + 2 + 6 3 – 2 + 15 2 + 0 + 3� � = 7 Esta combinação linear, acrescentada na terceira coluna, são os elementos da primeira coluna multiplicados por dois, somados com os elementos da segunda coluna multiplicados por três. 758 645 376 760 647 378 1 1 1 758 645 376 760 – 758 647 – 645 378 – 376 1 1 1 758 645 376 2 2 2 1 1 1 � a11 a21 a31 x + u y + t z + w a13 a23a33 � � a11 a21 a31 x y z a13 a23 a33 � � a11 a21 a31 u t w a13 a23 a33 � 3 2 1 51 67 87 48 65 87 3 2 1 3 + 48 2 + 65 0 + 87 48 65 87 3 2 1 3 2 0 48 65 87 3 2 1 48 65 87 48 65 87 3 2 1 3 2 0 48 65 87 3 2 1 3 2 0 48 65 87 5 13 19 16 1 3 32 5 15 5 13 19 16 1 3 32 5 15 4 + 1 13 + 0 19 + 0 16 1 3 32 5 15 4 13 19 16 1 3 32 5 15 1 0 0 16 1 3 32 5 15 1 13 19 4 1 3 8 5 15 1 13 19 4 1 3 8 5 15 � 1 – 1 0 2 5 1 4 3 2 � � 1 2 4 – 1 5 3 0 1 2 � M A T EM Á T IC A E – 55 C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 55 1. COMPLEMENTO ALGÉBRICO (COFATOR) O complemento algébrico (ou COFATOR) do elemento aij da matriz quadrada de ordem n > 1, que se indica por Aij, é o produto de (– 1) i+j pelo deter minante da matriz obtida de A com a retirada da linha i e da coluna j. • Por exemplo, o complemento algébrico do ele - men to a31 da matriz é: • O cofator do elemento a22 da matriz 2. O TEOREMA DE LAPLACE O determinante de uma matriz quadrada M, de ordem n > 1, é a soma dos produtos dos ele men tos de uma fila pelos seus respec tivos cofatores. Se A= , então det M = a1j . A1j + a2j . A2j + a3j . A3j + … + anj . Anj • Assim, por exemplo, se A = , então A11 = (–1) 1+1 . = – 10 A12 = (–1) 1+2 . = – 33 A13 = (–1) 1+3 . = 26 e det A = a11 . A11 + a12 . A12 + a13 . A13 ⇔ ⇔ det A = (– 9) . (– 10) + 3 . (– 33) + 2 . 26 = 43 Observe que no cálculo do de ter minante de ordem três, os cofa tores usam determinantes de ordem dois. No cálculo de um determinante, o Teorema de Laplace permite usar determinantes de ordens menores. 3. A REGRA DE CHIÓ Para calcular o determinante de uma matriz M de ordem n ≥ 3, é interessante abaixar a ordem, o que pode ser feito pelo Teorema de Laplace. Existe, além disso, uma regra prática dada por Chió que consiste em: a) Suprimir de M a linha e a colu na que contêm um elemento aij = 1; b) Subtrair de cada elemento de M o produto dos ele men tos que se acham nas extremidades das per pen - diculares traçadas desse ele mento à linha e à coluna eliminadas; c) Calcular o determinante da matriz M’ que foi obtida de M de acordo com (a) e (b) e multiplicar o resultado por (–1)i+j. 4. PROPRIEDADES COMPLEMENTARES ❑ Teorema de Binet O determinante de um produto de duas matrizes qua dradas é o produto dos determinantes destas ma - trizes. 2 3 8 7 1 6 4 5 9� � Coluna retirada Linha retirada A = 7 1 4 5| |A31 = (– 1)3+1 . = (– 1)4 . (7 . 5 – 4 . 1) = 31 1 3 2 A22 = (– 1)2+2 . 0 2 0 4 5 3 1 5 3 2 A = é – 10, pois 2 4 3 –7 0 5 2 0 4 –5 5 3 = (– 1)4 . (6 – 16) = – 10 a11 a21 … ai1 … an1 a12 a22 … ai2 … an2 … … … … … … a1j a2j … aij … anj … … … … … … a1n a2n … ain … ann – 9 5 1 3 4 6 2 7 8 4 6 7 8 5 1 7 8 5 1 4 6 1 a' b' c' a m q t b n r u c p s v = = . (–1)1+1 m – a.a' q – a.b' t – a.c' n – b.a' r – b.b' u – b.c' p – c.a' s – c.b' v – c.c' Elementos da coluna retirada Elementos da linha retirada M A T EM Á T IC A E 56 – MÓDULO 17 Teorema de Laplace, Regra de Chió e Outras Propriedades C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 15:17 Página 56 1. MATRIZ DOS COFATORES Seja M uma matriz quadrada de ordem n > 2. Chama-se matriz dos cofatores M’ a matriz que se obtém de M, substituindo-se cada elemento pelo seu respectivo cofator. Assim, dada a matriz M = ; a matriz dos cofatores de M é M’ = , em que Aij é o cofator do elemento aij de M. Por exemplo, dada a matriz M = ; tem-se os cofa tores:� a11 a21 a31 a12 a22 a32 a13 a23 a33 � � A11 A21 A31 A12 A22 A32 A13 A23 A33 � � 2 0 – 1 – 3 5 2 1 4 3� M A T EM Á T IC A E – 57 Por exemplo det = 7, det = – 5 e det . = = det = – 35 = 7 . (– 5) ❑ Determinante de Vandermonde Um determinante é de Vander monde quando os elementos da primeira fila são todos iguais a 1, os elementos da segunda fila são números quaisquer, os da terceira fila são os quadrados dos elementos da segunda fila, os da quarta fila são os cubos dos elementos da segunda fila, e assim por diante. Por exemplo, é de Vandermonde, pois 4 = 22, 9 = 32, 16 = 42 e 25 = 52 e ainda 8 = 23, 27 = 33, 64 = 43 e 125 = 53 O determinante de Vandermonde pode ser cal culado de maneira simples, efetuando o produto das diferenças dos elementos da segun da linha, diferenças estas feitas nesta ordem: segundo menos o primeiro, tercei ro menos o primeiro, terceiro menos o segundo e assim por diante. Assim, no exemplo anterior te mos: ❑ Determinante Diagonal Principal Se todos os elementos situados de um mesmo lado da diagonal principal de uma matriz quadrada são iguais a zero, o determinante é o produto dos elementos dessa diagonal principal. • No determinante seguinte, todos os elementos acima da dia gonal principal são nulos. O deter minante é o produto dos ele men tos da diagonal. ❑ Determinante Diagonal Secundária Se todos os elementos situados de um mesmo lado da diagonal secundária de uma matriz quadrada são iguais a zero, o determinante é o produto dos elementos dessa diagonal secundária, multiplicado por (–1) , em que n é a ordem da matriz. • No determinante seguinte, todos os elementos acima da dia gonal secundária são nulos. O deter minan - te é o produto dos elementos da diagonal secundária, multiplicado por (–1) . � 1 – 1 0 2 5 1 4 3 2 � � 1 2 4 – 1 0 3 0 1 1 � � 1 –1 0 2 5 1 4 3 2 � � 1 2 4 –1 0 3 0 1 1 � � 21 21 10 11 10 6 6 8 3 � 1 2 4 8 1 3 9 27 1 4 16 64 1 5 25 125 1 2 4 8 1 3 9 27 1 4 16 64 1 5 25 125 = = (3 – 2) . (4 – 2) . (4 – 3). (5 – 2) . (5 – 3) . (5 – 4) = 12 2 5 – 1 3 4 0 4 7 2 – 3 0 0 5 – 6 1 0 0 0 3 8 0 0 0 0 – 2 = 2 . 4 . 5 . 3 . (– 2) = – 240 n(n – 1) –––––––– 2 5(5 – 1) –––––––– 2 2 5 – 1 3 4 0 4 7 2 – 3 0 0 5 – 6 1 0 0 0 3 8 0 0 0 0 – 2 = = 2 . 4 . 5 . 3 . (– 2) . (– 1) = (–240). (–1)10 = – 240 5.(5–1) –––––– 2 MÓDULO 18 Inversão de Matrizes C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 15:17 Página 57 A11= (–1) 1+1. = 7, A12 = (–1) 1+2 . = –4, A13= (–1) 1+3. = 5, A21 = (–1) 2+1. = 11, A22= (–1) 2+2. = 7, A23 = (–1) 2+3. = –1, A31= (–1) 3+1. = –17, A32 = (–1) 3+2. = –8, A33= (–1) 3+3. = 10, e, assim, a matriz dos cofatores de M é M’ = 2. MATRIZ ADJUNTA Chama-se matriz adjunta de uma matriz quadrada M a matriz — M, transposta da matriz dos cofatores de M. Por exemplo, dada a matriz M = ,a matriz dos cofatores de M é M’ = e a matriz adjunta de M é — M = 3. MATRIZ INVERSA DE M Chama-se matriz inversa de M e indica-se por M–1 a matriz tal que M–1 . M = M.M–1 = In, ou seja, a matriz que multiplicada por M resulta na matriz identidade. Dada a matriz M = , a matriz inversa é M–1 = , pois M.M–1 = . = = I2 e M–1.M = . = = I2 4. CÁLCULO DA MATRIZ INVERSA DE M Pode-se calcular a matriz inversa de M usando a fórmula em que — M é a matriz adjunta de M. Regra Prática • Calcula-se o determinante de M. • Calcula-se o cofator de cada elemento e monta-se a matriz dos cofatores de M (M’). • Determina-se a matriz adjunta de M ( — M ) usando— M = (M’)t. • Obtém-se a matriz inversa usan do a fórmula: Por exemplo, dada a matriz M = , têm-se: • O determinante de M é det M = 35. • A matriz dos cofatores de M é M’ = • A matriz adjunta de M é — M = • A matriz inversa de M é M–1 = = = . = 5. EXISTÊNCIA DA MATRIZ INVERSA DE M A condição necessária e su ficiente para existir a inversa de uma matriz quadrada M é que det M � 0. Quando det M � 0, a matriz é chamada de invertível ou não singular. Quando det M = 0, a matriz é cha mada de não invertível ou sin gular. 6. PROPRIEDADES DA MATRIZ INVERSA DE M • Se uma matriz é invertível, então a inversa é única. • Se A é invertível, então (A–1)–1 = A, ou seja, a inversa da inversa de uma matriz é a própria matriz. • Se A e B são matrizes invertíveis e de mesma ordem, então (A . B)–1 = B–1 . A–1. • Se A é invertível, então (At)–1 = (A–1)t. • Se A é invertível, então det (A–1) = . 5 2 4 3 � 0–1 43 � 0 –1 5 2 �–32 13 � 2 –1 1 3 � 2–1 –32 � –3 5 1 4 � 20 14 � 2 0 –3 5 � 7 11 –17 –4 7 –8 5 –1 10 � � 2 0 – 1 – 3 5 2 1 4 3 � � 7 11 –17 –4 7 –8 5 –1 10 � � 7 – 4 5 11 7 – 1 –17 – 8 10 � � 62 8 3 � � 3–– 2 –1 – 4 3 � � 62 8 3 � � 3–– 2 –1 – 4 3 � � 1 0 0 1 � � 3––2 –1 – 4 3 � � 62 83 � � 10 01 � 1 M–1 = ––––––– . — M det M 1 M–1 = ––––––– . — M det M � 20 – 1 – 3 5 2 1 4 3 � � 711 –17 – 4 7 – 8 5 –1 10 � � 7– 4 5 11 7 – 1 –17 – 8 10 � 1 –––––– — M det M 1 ––– 31 � 7 – 4 5 11 7 – 1 –17 – 8 10 � � 7––– 31 – 4–––– 31 5––– 31 11––– 31 7––– 31 – 1–––– 31 – 17––––– 31 – 8–––– 31 10––– 31 � 1–––––––– det (A) M A T EM Á T IC A E 58 – C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 58 M A T EM Á T IC A E – 59 1. SEQUÊNCIAS Definição Chama-se sequência de núme ros reais toda fun ção de �* em �. • Por exemplo, a função f : �* → �, tal que f(x)=x . (x+1), é uma sequência de números reais, pois seu domínio é �* e seu con tra - domínio é �. Nesta função: f(1) = 1 . (1 + 1) = 2 f(2) = 2 . (2 + 1) = 6 f(3) = 3 . (3 + 1) = 12 f(4) = 4 . (4 + 1) = 20 f(5) = 5 . (5 + 1) = 30 e assim por diante. Em uma sequência de números reais, a imagem do 1 indica-se por a1, a imagem do 2 indica-se por a2, a imagem do 3 indica-se por a3 e assim a imagem de n indica-se por an e é conhecida como termo ge ral da sequência. Uma se quên cia pode ser escrita da forma: No exemplo anterior, a1 = f(1) = 2 a2 = f(2) = 6 a3 = f(3) = 12 a4 = f(4) = 20 a5 = f(5) = 30 f = {(1; f(1)), (2; f(2)), (3; f(3)), ..., (n; f(n)), ...} ou (an) = (a1, a2, a3, a4, ..., an, ...) 1. INTRODUÇÃO A trigonometria permite deter minar os elementos não dados de um triângulo. A resolução de um triân gulo, pelo cálculo, fundamenta-se em relações exis tentes entre os elementos do triângulo. As mais im portantes são Lei dos Senos e Lei dos Cossenos. 2. LEI DOS SENOS Demonstra-se que "em todo triângulo, as medidas dos lados são proporcionais aos senos dos ângulos opostos, e a razão de proporcio nalidade é a medida do diâmetro do círculo circunscrito ao triângulo". 3. LEI DOS COSSENOS Demonstra-se que "em todo triângulo, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros lados, menos o dobro do produto destas medidas pelo cosseno do ângulo que eles formam". a b c ––––––– = ––––––– = ––––––– = 2R sen A sen B sen C a2 = b2 + c2 – 2 b c cos A^ FRENTE 2 Trigonometria e Álgebra MÓDULO 15 Lei dos Senos e dos Cossenos MÓDULO 16 Sequências, Progressão Aritmética C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 59 M A T EM Á T IC A E 60 – e a sequência pode ser escrita da forma: f = {(1; 2), (2; 6), (3; 12), ...} ou (an) = (2, 6, 12, 20, 30, ...) Desta forma a sequência de nú meros reais é um conjunto de núme ros reais ordenado, ou seja, existe um primeiro, um segundo, um ter cei ro e assim por diante. São exemplos de sequências: • a sequência de números primos naturais (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, ...) • a sequência de números ímpares na - turais (1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, ...) • a sequência de Fibo nacci, na qual os dois pri meiros termos são iguais a 1 e, a partir do terceiro, ca da termo é a soma dos dois termos que lhe antecedem. (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, ...) indica-se por a1 = 1, a2 = 1 e an+2 = an+1 + an, com n ∈ �*. ❑ Leis de formação Algumas sequências obedecem a uma lei de forma - ção. Estas leis de formação são de dois tipos básicos: as leis de recorrências e as fórmulas do termo geral. ❑ Leis de recorrências São fórmulas que relacionam o valor de um termo com o valor de um ou mais termos anteriores. • Por exemplo, a sequência (an), tal que a1 = 2 e an+1 = 3 . an, com n ∈ �*, é dada por uma lei de recor - rência. Nesta sequência a2 = a1+1 = 3 . a1 = 3 . 2 = 6 a3 = a2+1 = 3 . a2 = 3 . 6 = 18 a4 = a3+1 = 3 . a3 = 3 . 18 = 54 a5 = a4+1 = 3 . a4 = 3 . 54 = 192 Assim: (an) = (2, 6, 18, 54, 192, ...) Observe que a fórmula an+1 = 3 . an indica que, a partir do segundo, cada termo é o produto de 3 pelo valor do termo anterior. ❑ Fórmula do termo geral São fórmulas que relacionam o valor (an) de um termo com a posi ção (n) que ele ocupa na se quên cia. • Por exemplo, a sequência (an), tal que an = 3n + 1, com n ∈ �*, é dada por uma fórmula do termo geral. Nesta sequência a1 = 3 . 1 + 1 = 4 a2 = 3 . 2 + 1 = 7 a3 = 3 . 3 + 1 = 10 a4 = 3 . 4 + 1 = 13 Assim: (an) = (4, 7, 10, 13, ...) Observe que a fórmula an = 3 . n + 1 relaciona o va lor do termo com a posição (n) que ele ocupa na se quência. ❑ Monotonicidade de uma sequência A exemplo do que ocorre com funções, uma sequência pode ser: • estritamente crescente, quando os valores sempre au men tam, como por exemplo: (an) = (2, 4, 6, 8, 10, ...) • estritamente decres cen te, quando os valo - res sempre dimi nuem, como por exemplo: (an) = (10, 8, 6, 4, 2, ...) • constante, quando os va lo res não mudam, como por exemplo: (an) = (2, 2, 2, 2, 2, ...) • crescente, quando os va lo res aumentam ou não mudam, como por exemplo: (an) = (1,2,2,3,3,3,4,4,4,4,...) • decrescente, quando os valores diminuem ou não mudam, como por exemplo: (an) = (12,12,12,10,10,10,8,8,8,...) • não monotônica, quando não se enquadra em nenhum dos cinco casos anteriores, como por exemplo: (an) = (2,–4,8,–16,32,–64,128,...) Algumas sequências são de es pecial importância para os estu dos matemáticos. As mais conhecidas são a progressão aritmética e a progressão geomé - tri ca. 2. PROGRESSÃO ARITMÉTICA ❑ Definição Progressão aritmética (P.A.) é toda sequência cuja lei de formação é do tipo a1 = a e an+1 = an + r, qualquer que seja n no conjunto �*. Por exemplo, a sequência (an), tal que a1 = 2 e an+1 = an + 3, com n ∈ �*, é uma progressão aritmética. Nesta sequência a2 = a1+1 = a1 + 3 = 2 + 3 = 5 a3 = a2+1 = a2 + 3 = 5 + 3 = 8 a4 = a3+1 = a3 + 3 = 8 + 3 = 11 a5 = a4+1 = a4 + 3 = 11 + 3 = 14 C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 60 M A T EM Á T IC A E – 61 1. TERMOS EQUIDISTANTES DOS EXTREMOS Considere uma progressão arit mética (an), os termos ak+1 e an–k são chamados de equidis tantes de a1 e an, pois o número de termos que antecede ak+1 é igual ao número de termos que sucede an–k até an. (an) = (a1,a2...,ak,ak+1,...,an–k,an–k+1,...,an,...) k termos k termos Aplicando a fórmula do termo geral, obtém-se: ak+1 + an–k = a1 + (k + 1 – 1) . r + a1+ (n – k – 1).r = = a1 + a1 + (n – 1) . r = a1 + an A conclusão é a de que a soma de dois termos equidistantes de a1 e an é igual à soma de a1 com an. Se considerarmos apenas os n primeiros termos da progressão arit mética, a1 e an serão chamados de ex tre - mos, e a propriedade se traduz em: “Na progressão aritmética, a soma de dois termos equidis tantes dos extremos é igual à soma dos extremos.” • Por exemplo, na progressão aritmética (1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28, 31, 34, 37), tem-se: 1 + 37 = 4 + 34 = 7 + 31 = = 10 + 28 = 13 + 25 = 16 + 22 = 19 + 19 2. TERMO MÉDIO A partir do segundo, cada termo de uma progressão aritmética é a média aritmética entre o anterior e o posterior. Na progressão aritmética (an) = (a1,a2,a3,...,an–1,an,an+1,...), tem-se: an = ,∀n ∈ �* e n ≥ 2 an–1 + an+1–––––––––– 2 Assim: (an) = (2, 5, 8, 11, 14, ...) Observe que na progressão aritmética, a partir do segundo, cada termo é o termo anterior acrescido de uma constante (r). Esta constante é chamada de razão da progressão aritmética. ❑ Fórmula do termo geral da progressão aritmética Considerando a progressão arit mé tica (an), tal que a1 = a e an+1 = an + r, com n ∈ �*, têm-se: a2 = a1+1 = a1 + r a3 = a2+1 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r a4 = a3+1 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r a5 = a4+1 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r a6 = a5+1 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r e assim: Esta fórmula é conhecida como fórmula do ter - mo geral da P.A. e tem a finalidade principal de per - mitir determinar um termo da pro gressão. • Por exemplo, para determinar o 18o. termo da pro - gres são aritmética na qual a1 = 5 e an+1 = an + 3, com n ∈ �*, basta substituir a1 por 5, r por 3 e n por 18 na fórmula do termo geral. Assim: a18 = a1 + (18 – 1) . r = 5 + 17 . 3 = 56 • Por exemplo, na progressão aritmética (2, 6, 10, 14, 18, ...), o décimo terceiro termo é 50, pois: a13 = a1 + (13 – 1) . r = 2 + 12 . 4 = 50 A fórmula do termo geral permite também: • determinar o primeiro termo (a1), quando se co - nhecem um termo qualquer e a razão; • determinar a razão (r), quando se conhecem dois termos quaisquer; • determinar a posição (n) de um termo, quando se co nhe cem o valor do termo, o primeiro termo e a razão. Observe que, se (an) é uma progressão aritmética de primeiro termo a1 e razão r, então: am = a1 + (m – 1) . r } ⇒ an = a1 + (n – 1) . r ⇒ am – an = (m – 1) . r – (n – 1) . r ⇒ am – an = (m – n) . r Assim: Esta fórmula relaciona dois ter mos quaisquer da pro - gressão arit mética. an = a1 + (n – 1) . r am = an + (m – n) . r MÓDULO 17 Propriedades da Progressão Aritmética C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 61 M A T EM Á T IC A E 62 – Na progressão aritmética (an) = (a1, a2, a3, ..., an, ...), a soma Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an–1 + an é chamada de soma dos n primeiros termos da progressão aritmética. Observe que Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an–2 + an–1 + an Sn = an + an–1 + an–2 + ... + a3 + a2 + a1, do que se conclui: 2Sn = (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) + ... + + (a1 + an), pois a1 + an = a2 + an–1 = a3 + an–2 = = ... = an + a1. Assim sendo, 2Sn = (a1+an) . n, e Essa fórmula permite calcular a soma dos termos de uma progressão aritmética e é conhecida como fór - mula da soma da P.A. • Por exemplo, na progressão aritmética (1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28, 31, 34, 37), a soma dos sete primeiros termos é 70, pois S7 = = = 70 • A soma dos múltiplos de 3 com preendidos entre 10 e 100 é 1665, pois: a1 = 12 (primeiro múltiplo de 3 depois do 10), an = 99 (último múltiplo de 3 antes do 100), an = a1 + (n – 1) . r ⇒ 99 = 12 + (n – 1) . 3 ⇒ n = 30 (quantidade de múltiplos de 3 com preendidos entre 10 e 100), e Sn = ⇒ S30 = ⇒ ⇒ S30 = = 1665. • Um teatro que tem 10 pol tronas na primeira fila, 12 poltronas na segunda fila, 14 na terceira fila e assim por diante, num total de 220 poltronas, possui 11 filas, pois Sn = ⇒ Sn = ⇒ ⇒ 220 = ⇔ ⇔ 220 = (9 + n) . n ⇔ n2 + 9n – 220 = 0 ⇔ ⇔ n = – 20 ou n = 11 ⇒ n = 11, visto que n > 0. (a1 + an) . nSn = –––––––––––––––2 (a1 + a7) . 7––––––––––– 2 (1 + 19) . 7 ––––––––––– 2 (a1 + an) . n––––––––––––– 2 (a1 + a30) . 30–––––––––––– 2 (12 + 99) . 30 –––––––––––– 2 (a1 + an) . n––––––––––– 2 (a1 + a1 + (n – 1) . r) . n –––––––––––––––––––––– 2 (10 + 10 + (n – 1) . 2) . n –––––––––––––––––––––– 2 • Por exemplo, na progressão aritmética (1, 4, 7, 10, 13, 16, 19, 22, 25, 28, 31, 34, 37), tem-se: a2 = = = 4 a7 = = = 19 • Por exemplo, na progressão aritmética (3, 2x – 3, 3x – 4, ...), o valor de x é 5, pois: a2 = ⇒ 2x – 3 = ⇔ ⇔ 4x – 6 = 3x – 1 ⇔ x = 5 a1+a3–––––– 2 3+(3x – 4) ––––––––– 2 a6 + a8––––––– 2 16 + 22 –––––––– 2 a1 + a3––––––– 2 1 + 7 ––––– 2 MÓDULO 18 Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 62 M A T EM Á T IC A E – 63 1. RAZÃO ENTRE AS ÁREAS DE FIGURAS SEMELHANTES A razão entre as áreas de duas superfícies seme - lhantes é igual ao quadrado da razão de semelhança. Exemplo Se os triângulos ABC e MNP da figura forem seme - lhantes e tiverem áreas S1 e S2, respectivamente, então e (razão de semelhança) (razão de área) 2. POLÍGONOS CIRCUNSCRITOS Dizemos que um polígono é circunscritível quando ele admite circunferência inscrita. A área A de um polígono circunscrito a uma circun - ferência de raio r é onde p é o semipe- rímetro do polígono. De fato A = AOA1A2 + AOA2A3 + ... + AOAnA1 ⇒ ⇒ A = + +...+ ⇒ ⇒ A = . r ⇒ 3. POLÍGONOS REGULARES ❑ Definição e propriedades • Polígono regular é aquele cujos lados são res pec - tivamente côngruos e cujos ângulos internos tam bém são respectivamente côn gruos. • Todo polígono regu lar é ins critível e circuns crití vel a uma circun ferência. O é o centro das circunferências ins cri ta (interna) e cir cuns crita (externa) do polí gono. ❑ Apótema do polígono regular Se o polígono for regular, então o raio da circun - ferên cia inscrita recebe o nome de apótema e é representado por a. OM — é um dos apótemas do he xá gono regular ABCDEF. A = p . r a1 . r––––– 2 a2 . r––––– 2 an . r––––– 2 a1 + a2 + ... + an–––––––––––––––– 2 A = p . r b1 h1 –––– = –––– = k b2 h2 S1 –––– = k2 S2 FRENTE 3 Geometria Plana e Analítica MÓDULO 15 Razão Entre as Áreas de Figuras Semelhantes e Área dos Polígonos Regulares C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 63 M A T EM Á T IC A E 64 – ❑ Triângulo equilátero inscrito Sendo R o raio da circunferência circunscrita, � o lado e a o apótema de um triângulo equilátero, temos: • AM — é a altura do triângulo equilátero ABC ⇒ • Como O é o baricentro do triângulo ABC, temos AO = 2 . OM ⇒ R = 2a ⇒ • AM = AO + OM ⇒ = 2a + a ⇒ ⇒ ❑ Quadrado inscrito Sendo R o raio da circunferência circunscrita, � o lado e a o apótema do quadrado inscrito, temos: • AC — é a diagonal do quadrado ABCD ⇒ AC = ���2 ⇒ 2 R = ���2 ⇒ • OM = ⇒ • Como a = e � = R���2, temos: ❑ Hexágono regular inscrito Sendo R o raio da circunferência circunscrita, � o lado e a o apótema do hexágono regular inscrito, temos: • O triângulo ABO é equilátero ⇒ AB — ≅ OA — ⇒ • OM — é a altura do triângulo equilátero ⇒ ⇒ OM = ⇒ 4. ÁREA DOS POLÍGONOS REGULARES Sendo � a medida do lado de um polígono regular de n lados, cujo apótema mede a, sobre cada lado podemos construir um triângulo de base � e altura a. Assim, a área do polígono será igual à soma das áreas dos n triângulos construídos, ou seja, em que p é semiperímetro � ���3 AM= ––––– 2 R a = ––– 2 � ���3 ––––– 2 ����3 a = –––––– 6 � = R ���2 AB –––– 2 � a = ––– 2 � –– 2 R ���2 a = ––––––– 2 � = R AB ���3 ––––––– 2 R ���3 a = –––––– 2 S = p . a C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 64 M A T EM Á T IC A E – 65 1. COORDENADAS CARTESIANAS ORTOGONAIS Consideremos dois eixos x e y perpendiculares em O e seja α o plano determinado por eles. Temos, assim, o sistema de eixos cartesianos ortogonais. O plano α fica assim dividido: Tomemos agora um ponto P qualquer do plano α e por ele conduzamos perpendiculares aos eixos, as quais interceptarão x e y em P1 e P2 respectivamente. Define-se: • Abscissa de P é o número real xp = OP1. • Ordenada de P é o número real yp = OP2. • Coordenadas de P são os números reais xp e yp indicados por (xp; yp). • x ou Ox é o eixo das abscissas. • y ou Oy é o eixo das ordenadas. • O (0; 0) é a origem do sistema cartesiano orto - gonal. Notando que (a; b) = (c; d) ⇔ a = c e b = d, con - cluímos que a cada ponto P do plano α corresponde um único par ordenado (xp; yp) que o representa. Dessa forma, podemos admitir que, em Geometria Ana - lí tica, conhecer um ponto significa conhecer suas coor - denadas. Assim: • Ao pedir um ponto, estamos pedindo suas coor - de nadas. • Ao dar um ponto, estamos dando suas coorde na - das. A partir das definições, notamos que: I. O ponto P(xp; yp) pertence ao eixo das abscis - sas se, e somente se, yp = 0. Simbolicamente: II. O ponto P(xp; yp) pertence ao eixo das ordena - das se, e somente se, xp = 0. Simbolicamente: P(xp; yp) ∈ Ox ⇔ yp = 0 P(xp; yp) ∈ Oy ⇔ xp = 0 MÓDULO 16 Coordenadas Cartesianas Ortogonais e Razão de Secção C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 65 M A T EM Á T IC A E 66 – III.O ponto P(xp; yp) pertence à bissetriz (r) dos quadrantes ímpares se, e somente se, xp = yp. Simbolicamente: IV. O ponto P(xp; yp) pertence à bissetriz (s) dos quadrantes pares se, e somente se, xp = – yp. Simbolicamente: 2. DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS Consideremos dois pontos quaisquer, A(xA; yA) e B(xB; yB). No triângulo ABC, AC = xB – xA, BC = yB – yA e (AB)2 = (AC)2 + (BC)2 ⇔ AB = ���������������������(xB – xA)2 + (yB – yA)2 . Notando que a ordem dos termos em cada diferença não altera o cálculo da distância entre os pontos A e B, podemos escrever assim: 3. RAZÃO DE SECÇÃO ❑ Definição Razão de secção de um seg mento AB — (A ≠ B) por um ponto C(C ≠ B) da mesma reta suporte de AB é o número real r, tal que: ❑ Problema I Dados A (xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC), obter r. Temos: Observação • r > 0 ⇔ C interno a AB — • r < 0 ⇔ C externo a AB — • r = 1 ⇔ C ponto médio de AB — ❑ Problema II Dados A (xA, yA), B(xB, yB) e r ≠ – 1, obter C(xC, yC). Temos: ❑ Caso particular Dados A (xA,yA) e B(xB, yB), obter M, ponto médio de AB (r = 1). Temos: xA + r . xB yA + r . yBC(––––––––––––, ––––––––––––)1 + r 1 + r xA + xB yA + yBM (––––––––– , –––––––––)2 2 P(xp; yp) ∈ r ⇔ xp = yp P(xp; yp) ∈ s ⇔ xp = – yp AB = ���������������������(xB–xA)2+(yB–yA)2 = ��������������� (Δx)2 + (Δy)2 Δx = x B – xA = xA – xB e Δy = yB – yA = yA – yB AC r = ––––– CB xC – xA yC – yAr = ––––––––––– = ––––––––––– xB – xC yB – yC C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 15:21 Página 66 M A T EM Á T IC A E – 67 MÓDULO 17 Alinhamento de Três Pontos e Curvas 1. ALINHAMENTO DE TRÊS PONTOS (ÁREA DE UM TRIÂNGULO) Seja o determinante D = constituído pelos pontos A(xA; yA), B(xB; yB) e C(xC; yC), não coin cidentes. Temos que • A C.N.S para que A, B e C sejam colineares é D = 0. • A C.N.S para que A, B e C formem um triângulo é D ≠ 0, e nesse caso, a área do triângulo será Exemplos • Os pontos A(2; 3), B(0; 1) e C(1; 2) estão alinha - dos, pois D = = 0 • Os pontos A(1; 3), B(0; –1) e C(3; 2) não estão alinhados, pois D = = 9 ≠ 0 E, portanto, são vértices de um triângulo de área D = ⇒ 2. CURVAS ❑ Interceptos Os interceptos de uma curva são os pontos em que a curva corta os eixos coordenados. A determinação dos interceptos é feita da seguinte maneira: • toma-se y = 0, na equação da curva, calculan - do-se o valor de x; • toma-se x = 0, na equação da curva, calculan - do-se o valor de y. Exemplo • Os interceptos da curva de equação x + 2y – 5 = 0 são (0; ) e (5; 0), pois Para x = 0 ⇒ 0 + 2y – 5 = 0 ⇒ y = Para y = 0 ⇒ x + 2 . 0 – 5 ⇒ x = 5 ❑ Intersecção As intersecções de duas curvas são os pontos de encontro das duas curvas. As coordenadas dos pontos de intersecção são as soluções reais, obtidas na resolução do sistema de ter - minado pelas equações das duas curvas. Exemplo • Obter a intersecção das retas: (r) x + 2y – 5 = 0 e (s) x – y + 1 = 0 Resolução Considerando o sistema determinado pelas retas r e s, temos { x + 2y – 5 = 0 (I)x – y + 1 = 0 (II) • fazendo I – II, temos 3y – 6 = 0 ⇒ • substituindo y = 2 em I x + 2 . 2 – 5 = 0 ⇒ Resposta: A intersecção das retas r e s é o ponto (1; 2). xA xB xC yA yB yC 1 1 1 � D � S = –––––– 2 2 0 1 3 1 2 1 1 1 1 0 3 3 –1 2 1 1 1 � 9 � –––– 2 9S = ––– 2 5 –– 2 5 –– 2 y = 2 x = 1 C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 67 M A T EM Á T IC A E 68 – 1. TEOREMA “A toda reta r do plano cartesiano, associa-se uma equação do tipo ax + by + c = 0, com a e b não simul - taneamente nulos.” 2. DETERMINAÇÃO DA EQUAÇÃO GERAL DA RETA Seja r a reta do plano cartesiano, determinada pelos pontos A(xA; yA) e B(xB; yB). Tomemos P(x; y) um ponto qualquer de r. Teremos P, A e B alinhados ⇒ = 0 Desenvolvendo-se o determinante, resulta (yA – yB)x + (xB – xA)y + + (xAyB – xByA) = 0 a b c e finalmente , com a e b não simulta neamente nulos, que é chamada Equação Geral da reta. Observações • Lembre-se sempre de que, na equação: ax+by+c = 0, x e y são as coordenadas de um ponto qualquer dessa reta. Isso significa que, se um ponto P(xp, yp) per tence à reta, então suas coordenadas satisfazem à equa ção da reta, isto é, axp + byp + c = 0, e reci proca mente. Exemplo • O ponto C (2; 3) pertence à reta de equação x – y + 1 = 0, pois suas coordenadas satisfazem a equação da reta. Com efeito, temos • Podemos também demonstrar o seguinte: Teorema: Toda equação do 1o. grau do tipo ax + by + c = 0, com a e b não simultaneamente nulos, é equação de uma reta. 3. CASOS PARTICULARES DA EQUAÇÃO DA RETA • x = k, k ≠ 0 (reta paralela ao eixo y) • x = 0 (eixo y) • y = k, k ≠ 0 (reta paralela ao eixo x) • y = 0 (eixo x) x xA xB y yA yB 1 1 1 ax + by + c = 0 2 – 3 + 1 = 0 MÓDULO 18 Equação Geral da Reta C4_MAT_E_TEO 2012_ROSE 08/12/11 14:35 Página 68
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