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Como montar uma indústria de confecção

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Como montar
uma indústria de
confecção
EMPREENDEDORISMO
Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br
Expediente
Presidente do Conselho Deliberativo
Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN
Diretor-Presidente
Guilherme Afif Domingos
Diretora Técnica
Heloísa Regina Guimarães de Menezes
Diretor de Administração e Finanças
Vinícius Lages
Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora
Mirela Malvestiti
Coordenação
Luciana Rodrigues Macedo
Autor
Roberto Chamoun
Projeto Gráfico
Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.
www.staffart.com.br
A
presentação / A
presentação / M
ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Pessoal / Equipam
entos / M
atéria Prim
a/M
ercadoria / O
rganização do Processo Produtivo / A
utom
ação /
C
anais de D
istribuição / Investim
ento / C
apital de G
iro / C
ustos / D
iversificação/A
gregação de Valor /
D
ivulgação / Inform
ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em
 G
eral / N
orm
as Técnicas /
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Sumário
11. Apresentação ........................................................................................................................................
22. Mercado ................................................................................................................................................
43. Localização ...........................................................................................................................................
54. Exigências Legais e Específicas ...........................................................................................................
85. Estrutura ...............................................................................................................................................
96. Pessoal .................................................................................................................................................
127. Equipamentos .......................................................................................................................................
168. Matéria Prima/Mercadoria .....................................................................................................................
189. Organização do Processo Produtivo ....................................................................................................
2110. Automação ..........................................................................................................................................
2211. Canais de Distribuição ........................................................................................................................
2312. Investimento ........................................................................................................................................
2413. Capital de Giro ....................................................................................................................................
2614. Custos .................................................................................................................................................
2815. Diversificação/Agregação de Valor .....................................................................................................
2916. Divulgação ..........................................................................................................................................
3017. Informações Fiscais e Tributárias .......................................................................................................
3218. Eventos ...............................................................................................................................................
3619. Entidades em Geral ............................................................................................................................
3720. Normas Técnicas ................................................................................................................................
4121. Glossário .............................................................................................................................................
5022. Dicas de Negócio ................................................................................................................................
5223. Características ....................................................................................................................................
5624. Bibliografia ..........................................................................................................................................
6525. Fonte ...................................................................................................................................................
6526. Planejamento Financeiro ....................................................................................................................
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Pessoal / Equipam
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rganização do Processo Produtivo / A
utom
ação /
C
anais de D
istribuição / Investim
ento / C
apital de G
iro / C
ustos / D
iversificação/A
gregação de Valor /
D
ivulgação / Inform
ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em
 G
eral / N
orm
as Técnicas /
Sumário
6527. Soluções Sebrae .................................................................................................................................
6528. Sites Úteis ...........................................................................................................................................
6529. URL .....................................................................................................................................................
A
presentação / A
presentação
1. Apresentação
Os riscos são o alto investimento inicial, a forte competitividade do setor e a
sazonalidade da demanda. É importante o controle sobre o volume de produção.
Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?
O mercado de moda brasileiro é conhecido local e internacionalmente por sua
criatividade e dinamismo, com destaque para diversos estilistas e produtores nacionais
de renome no exterior.
O ramo de confecção vive em torno da moda, que como parte de toda a cadeia têxtil,
vem passando por significativa transformação. No cenário atual as indústrias têxteis
brasileiras têm investido na automação e qualificação de mão- de-obra como forma de
enfrentar a ameaça dos tecidos estrangeiros.
Por outro lado, mais de 30.000 confecções brasileiras, conhecidas pelo emprego
intensivo de mão-de-obra, gerando mais de 1 milhão de empregos, buscam sustentar o
ritmo de crescimento de anos anteriores, expandindo seus negócios para outras
regiões do País ou migrando para locais com custos menores.
A integração das diferentes fases do processo têxtil auxilia na concretização de um
novo padrão de concorrência. A histórica fragmentação do setor vem sendo atenuada
pela formação de redes compostas por ateliês de design, fornecedores de matérias-
primas,confecções e grandes cadeias varejistas. A especialização e a conquista de
novos nichos aumentam as chances de sobrevivência e sucesso dos
empreendimentos.
Os riscos desse tipo de negócio são o alto investimento inicial, a forte competitividade
Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 1
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do setor e a sazonalidade da demanda (primavera/verão e outono/inverno). O controle
sobre o volume de produção é fundamental o equilíbrio financeiro da confecção,
evitando peças encalhadas e pedidos não atendidos.
Já o sucesso não depende apenas do talento e da criatividade do empreendedor. É
fundamental conhecer o negócio, as tendências do setor, os processos de gestão da
empresa e os equipamentos disponíveis no mercado. Mais informações sobre o
empreendimento podem ser obtidas por meio da elaboração de um plano de negócios.
Para a construção deste plano, consulte o SEBRAE mais próximo.
2. Mercado
Figurando entre os dez principais mercados mundiais, a indústria têxtil nacional
abrange mais de 30 mil confecções e gera 1,65 milhões de empregos em toda sua
cadeia produtiva, incluindo a distribuição e o varejo, com a produção de fios,
tecelagens, fibras e confecções. O setor da moda no país fatura mais de US$ 46
bilhões por ano.
O Brasil possui um dos maiores parques fabris do planeta, assumindo o posto mundial
de segundo maior fornecedor de índigo, o terceiro maior fornecedor de malha, o quinto
maior produtor de confecção e o oitavo maior mercado de fios, filamentos e tecidos.
Como o país é autossuficiente em algodão, o segmento pôde se desenvolver, misturar
matérias-primas e criar produtos exclusivos que são consumidos mundialmente.
Uma característica da indústria do vestuário é a heterogeneidade. Existem segmentos
diferenciados em relação a matérias-primas e processos produtivos utilizados, bem
como aos padrões de concorrência e às estratégias empresariais enfrentadas.
O público-alvo primário da indústria de confecção está subdividido em lojistas,
magazines e lojas de departamento de moda. Ampliando essa categoria há também o
público-alvo secundário que está dividido por classe de renda, sexo, idade entre
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outros. Ele será determinado de acordo com a estrutura e tipo de segmento escolhido
pelo empresário. Dentre esses segmentos temos:
• Confecção infantil: crianças de 0 a 8 anos;
• Confecção juvenil: crianças de 9 a 14 anos;
• Confecção feminina: moda social ou esportiva para mulheres de 15 a 20 anos; de 21
a 33 anos; de 34 a 45 anos; e acima de 50 anos;
• Confecção masculina: moda social ou esportiva para homens de 15 a 20 anos; de 21
a 30 anos; de 31 a 45 anos; e acima de 50 anos;
• Moda íntima: para homens e mulheres nos grupos acima;
• Cama, mesa e banho: donas-de-casa, noivas (lençol, toalhas de banho, toalhas de
rosto, panos para copa, toalhas de mesa, guarnições etc.);
• Moda praia;
• Uniformes profissionais.
Devido à forte sazonalidade do setor e ao risco intrínseco ao negócio, recomenda-se a
realização de ações de pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a
concorrência. Seguem algumas sugestões:
• Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de bairro para
quantificação do mercado alvo;
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ercado / Localização
• Pesquisa a guias especializados e revistas sobre moda e confecções. Trata-se de um
instrumento fundamental para fazer uma análise da concorrência, selecionando
concorrentes por bairro, faixa de preço e especialidade;
• Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos
estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho;
• Participação em seminários especializados.
3. Localização
A localização do ponto comercial é uma decisão relevante para uma indústria de
confecção. Dentre todos os aspectos importantes para a escolha do ponto, devem-se
considerar prioritariamente a densidade populacional, o perfil dos consumidores locais,
a concorrência, os fatores de acesso e locomoção, a visibilidade, a proximidade com
fornecedores, a segurança e a limpeza do local.
O acesso a fornecedores e a proximidade com cooperativas e outras confecções
podem auxiliar na logística do processo produtivo. Alguns detalhes devem ser
observados na escolha do imóvel:
• O imóvel atende às necessidades operacionais referentes à localização, capacidade
de instalação do negócio, possibilidade de expansão, características da vizinhança e
disponibilidade dos serviços de água, luz, esgoto, telefone e internet?
• O ponto é de fácil acesso, possui estacionamento para veículos, local para carga e
descarga de mercadorias e conta com serviços de transporte coletivo nas redondezas?
• O local está sujeito a inundações ou próximo a zonas de risco?
• O imóvel está legalizado e regularizado junto aos órgãos públicos municipais?
• A planta do imóvel está aprovada pela Prefeitura?
• Houve alguma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área
primitiva?
• As atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento ou o
Plano Diretor do Município?
• Os pagamentos do IPTU referente ao imóvel encontram-se em dia?
• O que a legislação local determina sobre o licenciamento das placas de sinalização?
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ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
4. Exigências Legais e Específicas
Para registrar uma empresa, a primeira providência é contratar um contador –
profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa,
auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher
os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas.
O contador pode informar sobre a legislação tributária pertinente ao negócio. Mas, no
momento da escolha do prestador de serviço, deve-se dar preferência a profissionais
indicados por empresários com negócios semelhantes.
Para legalizar a empresa, é necessário procurar os órgãos responsáveis para as
devidas inscrições. As etapas do registro são:
• Registro de empresa nos seguintes órgãos:
o Junta Comercial;
o Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
o Secretaria Estadual da Fazenda;
o Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
o Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada ao
recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal);
o Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –
INSS/FGTS”;
o Corpo de Bombeiros Militar.
• Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar a sua loja (quando for o caso)
para fazer a consulta de local;
• Obtenção do alvará de licença sanitária – adequar às instalações de acordo com o
Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas). Em âmbito federal
a fiscalização cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estadual e municipal
fica a cargo das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde (quando for o caso);
• Preparar e enviar o requerimento ao Chefe do DFA/SIV do seu Estado, solicitando a
vistoria das instalações e equipamentos;
• Registro do produto (quando for o caso).
A seguir relacionamos a legislação aplicável às indústrias de confecção:
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ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
• Resolução CONMETRO No- 6, de 19 /12/2005 (publicada no D.O.U. de 26 de
dezembro de 2005, seção 1, pág. 119 e seguintes) - Dispõe sobre a aprovação da
Regulamentação Técnica de Etiquetagem de Produtos Têxteis.
• Resolução CONMETRO nº 2, de 13/12/2001, aprovou o Regulamento Técnico de
Etiquetagem em Produtos Têxteis.
Desde junho de 1975, a legislação brasileiraobriga a indústria têxtil a indicar a
composição das fibras têxteis constituintes dos artigos fabricados, com as respectivas
percentagens e instruções de conservação em português Resolução Nº 2 de 13/12/01
do INMETRO (Vide normas técnicas).
Em geral a implantação de uma indústria de tecidos e artigos de malha - fabricação de
tecidos de malha ou artigos produzidos em malharias (tricotagem), artefatos de
tapeçaria, acessórios para segurança industrial e pessoal, incluindo guarda-chuvas,
sombrinhas ou outros que contenham materiais além de tecido, é considerada fonte
poluidora e requer o Licenciamento Ambiental pelas Secretarias do Meio Ambiente dos
Estados (CRA).
Todavia, a confecção de peças e acessórios do vestuário, roupas profissionais, peças
interiores, fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos para vestuário, estão
dispensadas do licenciamento ambiental. Como essas exigências variam para cada
Estado, é indispensável que o empresário informe-se junto ao órgão de Saneamento
Ambiental competente na sua região antes de instalar sua confecção.
Certas fontes poluidoras poderão submeter-se apenas ao licenciamento ambiental
efetuado pelo município, mediante convênio assinado entre a Secretaria do Meio
Ambiente e o Município, desde que este tenha implementado o Conselho Municipal de
Meio Ambiente, e possua em seus quadros, ou à sua disposição, profissionais
habilitados, tendo legislação ambiental específica e em vigor. Para tanto, verifique em
seu município esta possibilidade.
Nos Estados com convênios firmados com os municípios, qualquer edificação que
busque obter o “Habite-se” da Prefeitura local, deve submeter-se previamente a
aprovação do Corpo de Bombeiros. Esta aprovação é baseada na análise prévia do
projeto do edifício, onde são exigidos níveis mínimos de segurança, previsão de
proteção contra incêndio da estrutura do edifício, rotas de fuga, equipamentos de
combate a princípio de incêndio, equipamentos de alarme e detecção de incêndio,
além de sinalizações que orientem a localização dos equipamentos e rotas de fuga.
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ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de consumo devem
observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa
do Consumidor (CDC). O CDC, publicado em 11 de setembro de 1990, regula a
relação de consumo em todo o território brasileiro, na busca de equilibrar a relação
entre consumidores e fornecedores.
O CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver presente a relação
de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa (física ou jurídica) adquire produtos
ou serviços como destinatário final. Ou seja, é necessário que em uma negociação
estejam presentes o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou serviço adquirido
satisfaça as necessidades próprias do consumidor, na condição de destinatário final.
Portanto, operações não caracterizadas como relação de consumo não estão sob a
proteção do CDC, como ocorre, por exemplo, nas compras de mercadorias para serem
revendidas pela casa. Nestas operações, as mercadorias adquiridas se destinam à
revenda e não ao consumo da empresa. Tais negociações se regulam pelo Código
Civil brasileiro e legislações comerciais específicas. p>
Alguns itens regulados pelo CDC são: forma adequada de oferta e exposição dos
produtos destinados à venda, fornecimento de orçamento prévio dos serviços a serem
prestados, cláusulas contratuais consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos
ou vícios dos produtos e serviços, os prazos mínimos de garantia, cautelas ao fazer
cobranças de dívidas.
Em relação aos principais impostos e contribuições que devem ser recolhidos pela
empresa, vale uma consulta ao contador sobre da Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa (disponível em http://www.leigeral.com.br), em vigor a partir de 01 de julho de
2007.
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presentação / M
ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura
5. Estrutura
Para a estrutura de uma indústria de confecção que concentre a produção das peças e
o atendimento aos clientes, estima-se ser necessária uma área de 100 m², com
flexibilidade para ampliação conforme o desenvolvimento do negócio. O ambiente pode
ser dividido da seguinte forma:
Produção
Neste ambiente estão dispostos os equipamentos e empregados envolvidos nos
processos de corte, costura, acabamento, planejamento e controle da produção, os
estoques de matéria prima e produtos acabados, e ainda as áreas de expedição e
manutenção.
Área Técnica
Neste local são desenvolvidos os novos produtos (design), modelagem, amostras,
estudo das especificações, inspeção e qualidade.
Atendimento e Vendas
A indústria deve dispor de um local apropriado para realizar o atendimento comercial,
vendas e planejar e executar o marketing de seus produtos.
Finanças e administração
Um espaço deve ser reservado para as atividades relacionadas aos controles
financeiros e administrativos, incluindo o controle das contas a pagar, compras,
estoques, qualidade, contas a receber, cobrança e folha de pagamento.
O local de trabalho deve ser limpo e organizado. O piso, a parede e o teto devem estar
conservados e sem rachaduras, goteiras, infiltrações, mofos e descascamentos. O piso
deve ser de alta resistência e durabilidade, além de fácil manutenção. Paredes
pintadas com tinta acrílica facilitam a limpeza. Texturas e tintas especiais na fachada
externa personalizam e valorizam o ponto.
Sempre que possível, deve-se aproveitar a luz natural. No final do mês, a economia da
conta de luz compensa o investimento. Quanto às artificiais, a preferência é pelas
lâmpadas fluorescentes.
Profissionais qualificados (arquitetos, engenheiros, decoradores) poderão ajudar a
definir as alterações a serem feitas no imóvel escolhido para funcionamento da loja,
orientando em questões sobre ergometria, fluxo de operação, iluminação, ventilação
etc.
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ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Pessoal
6. Pessoal
O número de funcionários varia de acordo com o tamanho do empreendimento. Para a
estrutura anteriormente sugerida, a confecção pode trabalhar com quadro de pessoal
fixo entre 10 e 20 pessoas trabalhando diretamente, assim distribuídas:
• Um desenhista de moda (Autônomo),
• Um estilista (Autônomo),
• Quatro costureiras,
• Uma cortadeira,
• Dois auxiliares de acabamento,
• Um gerente de produção,
• Um assistente de compras,
• Um coordenador de pedidos e entregas,
• Um a quatro vendedores (externo e interno, autônomos),
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Pessoal
• Uma secretária geral / auxiliar administrativa,
• Duas passadeiras
A contratação de um estilista exclusivo depende do desenvolvimento do negócio. Este
profissional precisa estar antenado ao mercado da moda e pesquisar sobre as novas
tendências de cores, estampas e tecidos. Deve ser capaz de desenhar e propor
modelos conforme o perfil da clientela.
De acordo com a época do ano, pode ser necessária a contratação de mais costureiras
para atender as encomendas. Esta expansão do negócio precisa ser planejada
conforme o aumento do faturamento.
O atendimento é um item que merece a maior preocupação do empresário, já que
nesse segmento de negócio há uma tendência ao relacionamento de longo prazo com
os canais de venda.
A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o
nível de retenção de funcionários, melhora a performance do negócio e diminui os
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Pessoal
custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal. Além dos cursos de operação do
maquinário, modelagem, desenho e estilo, o treinamento dos colaboradores deve
desenvolver as seguintes competências:
• Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes;
• Agilidade e presteza no atendimento;
• Capacidade de apresentar e vender os serviços da confecção;
• Motivação para crescer juntamente com o negócio.
Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores
nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações
trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.
O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao
seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do
setor. O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações
sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.
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7. Equipamentos
O segmento de confecção é muito variado, devido aos tipos de peças do vestuário que
podem ser produzidas. Os equipamentos são praticamente os mesmos, mudando o
sistema de acabamento e a colocação de acessórios. A escolha do maquinário,
portanto, dependerá de qual seguimento o empresário irá implementar. Dentre as
principais máquinas e equipamentos estão:
• Galoneira;
• Máquina de costura overlock;
• Máquina de costura interloc;
• Máquina de costura reta industrial;
• Máquina de costura pespontadeira;
• Máquina de costura refiladora;
• Máquina de costura zig-zag;
• Máquina de pregar botões e ilhoses;
• Máquina de casear;
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• Máquina de fusionar;
• Máquina de travete;
• Mesa caseadeira;
• Ferros a vapor;
• Mesa de corte;
• Mesa de passar roupas;
• Mesa de abrir costura;
• Pespontadora de coluna;
• Pespontadora rápida.
Abaixo estão listados alguns segmentos e seus respectivos equipamentos:
• Máquinas para Tecido Plano: a Reta; a de duas agulhas; a de três fios; a de cinco
fios; a de pesponto base plana; a de pesponto braço; a de elástico; a de cós; a
passante; a travette e a de caseado de olho;
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• Máquinas para Linha Praia: a Reta; a de três fios leve; a colarette cilíndrica com
catraca e a três pontinhos. Caso trabalhe com tecido de malha, ou elastano, tecidos
que possuem elasticidade, são necessárias as máquinas, overloque com 3 agulhas,
galoneira e máquina de corte.
• Máquinas para Camisaria Social: a Reta; a de duas agulhas; a pesponto de braço; a
casadeira reta; botoneira; a de cinco fios e a de três fios.
• Máquinas para Camisa de Malha: a Reta; a colarete; a de três fios e a casadeira reta.
As máquinas de casear e pregar botões tem um custo mais elevado, portanto, quem
está iniciando poderá terceirizar estas operações, enviando o material a empresas que
prestam serviço.
Além dessas máquinas há também a necessidade de:
• Mesa de corte (5 x 2m);
• Mesa de apoio para acabamento (7 x 2m);
• Mesa de apoio para embalagem e etiquetagem (5 x 2m);
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• Passadeira a vapor industrial .
Para a montagem do escritório há necessidade de materiais, móveis e utensílios de
escritório como mesa de reunião com seis cadeiras; bancada de trabalho para
vendedores, com divisórias e ramais; arquivos de aço; mesas de escritório ;
computadores e impressoras.
No site da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos – ABIMAQ,
http://www.abimaq.com.br/ no item “Para Pequenos Negócios”, em parceria com o
Sebrae, encontram-se vários fornecedores nacionais de máquinas e equipamentos
para confecção de roupas, que podem auxiliar o empreendedor na hora de escolher
equipamentos novos e/ou usados. Segue link de máquinas e equipamentos fornecidos
pela Abimaq:
http://www.datamaq.com.br/Sebrae/ListOfFromToInstallation.aspx?partne
rCode=1&partnerInstallation=INDUSTRIA%20DE%20CONFECCAO
A disposição dos equipamentos é importante para a integração das atividades do
estabelecimento e para a movimentação de pessoas e materiais. Portanto, ao fazer o
layout da confecção, o empreendedor deve levar em consideração a ambientação,
decoração, circulação, ventilação e iluminação. Na área externa, deve-se atentar para
a fachada, letreiros, entradas, saídas e estacionamento.
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ercadoria
As máquinas devem estar conservadas, limpas e em bom funcionamento, para garantir
a produtividade do negócio, a segurança dos operadores, o controle dos custos de
manutenção e o correto cronograma de depreciação.
8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido
em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques.
Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período
de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas
futuras, sem que haja suprimento.
Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente
do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer
receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número
de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a
mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta
o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da
empresa.
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As principais matérias-primas empregadas no processo fabril de uma confecção
incluem: embalagens, fios e linhas, aviamentos (etiqueta; acessórios, botões, zíperes,
etc.), e especialmente, o tecido utilizado (disponíveis em diversos tipos, padronagens e
cores). O bom relacionamento com seus fornecedores é fundamental para oferecer
uma ampla variedade de opções aos clientes e obter descontos generosos na compra
da matéria-prima. Como a maioria das aquisições é realizada sob encomenda, o prazo
de entrega de mercadorias precisa ser curto e pontual.
A quantidade e a qualidade dos produtosofertados aos clientes podem definir o
sucesso da confecção. O empreendedor deve conhecer o perfil de sua clientela e
oferecer modelos que satisfaçam os seus desejos de consumo.
Principais fibras têxteis do mercado
Fibras naturais:
• Lã (Fibra Proteica) – quente e confortável, excelente isolante térmico; resistente ao
amassamento; absorve bem a transpiração e a umidade; amarela e desbota quando
exposta ao sol; baixa resistência ao atrito; atacada por traças, insetos e fungos; não
resiste a produtos químicos; exige precauções durante a conservação.
• Seda (Fibra Protéica) – muito macia, leve e confortável; não provoca irritações na
pele; baixa resistência; desbota exposta ao sol e a transpiração; não resiste a produtos
químicos; atacada por traças e insetos; exige muitos cuidados na lavagem e
tratamento.
• Algodão (Fibra Celulósica) – macio e confortável; durável; resistente ao uso, à
lavagem, à traça e insetos; lava-se com facilidade; tem tendência a encolher e a
amarrotar; atacado por fungos; queima com facilidade; não resiste a produtos
químicos.
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rganização do Processo Produtivo
• Linho (Fibra Celulósica) – muito resistente e confortável; lava-se com facilidade;
encolhe e amarrota com facilidade; atacado por fungos; queima com facilidade.
Fibras não naturais:
• Viscose – macia e agradável para o verão; absorve bem a umidade e a transpiração;
resiste bem à luz e às traças; torna-se pouco resistente quando molhadas; encolhe e
amarrota com facilidade; sensível ao ácido acético; amarela e desbota com a
transpiração; queima com facilidade;
• Poliamida – leve e macia; não encolhe e nem deforma; resistente ao uso, aos fungos
e às traças; de fácil tratamento e seca rapidamente; sensível à luz; tem tendência a
reter poeira e sujeira; mancha com facilidade; não absorve umidade; aquece pouco;
favorece a transpiração do corpo; encolhe com o calor; não resiste a produtos
químicos;
• Poliéster – boa resistência à luz e ao uso; não enruga; boa elasticidade; resiste à
maior parte dos produtos químicos; de fácil tratamento e seca rapidamente; áspero;
tem tendência a formar “bolinhas” com o uso; desbota quando exposto ao sol: encolhe
com o calor.
• Acrílico – macio, leve e quente; não enruga; boa resistência à luz, às traças e a maior
parte dos produtos químicos; não encolhe; de fácil tratamento; forma “bolinhas” com o
uso; sensível ao calor e a produtos químicos; queima com facilidade.
9. Organização do Processo Produtivo
O processo produtivo de uma indústria de confecção envolve três grandes etapas.
Primeiramente há a aquisição de matéria-prima, onde o tipo e o volume de insumos
adquiridos variam de acordo com as encomendas realizadas e com o plano de
produção. Planos mais curtos exigem compras mais frequentes. É importante manter
uma rede confiável de fornecedores.
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rganização do Processo Produtivo
Posteriormente há o processo de confecção das roupas, que depende do tipo de
maquinário utilizado e da quantidade de funcionários. A linha de produção pode ser
dividida por tipo de roupa (por exemplo, casacos, meias, blusas), por cliente ou por
tarefa (modelagem, corte, enfesto, overloque, costura, acabamento e controle de
qualidade). Neste caso, os sub-processos são assim divididos:
• Modelagem: envolve a criação do modelo pelo estilista ou desenhista de moda,
confecção dos moldes para corte do tecido, levantamento de pesquisa para compra
dos acessórios e tecidos e confecção das peças de mostruário para teste de produção.
• Corte: existem máquinas industriais de corte que necessitam de uma operadora
habilitada, para que não ocorra desperdício de tecido. Entretanto, se o corte for
manual, tendo em vista que a produção inicialmente será pequena, é fundamental a
preparação dos moldes para corte das partes do tecido que formarão a peça final. O
corte manual é uma tarefa que exige habilidade do operador. Com o auxílio de uma
guilhotina (empresas maiores) ou de uma serra fita ou circular e seguindo os moldes
elaborados anteriormente pela modelista, são cortadas em grandes mesas (mesa de
corte) várias peças do tecido sobreposto. Este é um momento delicado do processo
produtivo, pois um erro nesta operação tem pouca chance de ser reparado,
representando perda parcial ou total do tecido e atraso na produção para a empresa
• Enfesto: consiste na colocação de uma camada (folha) de tecido sobre a outra, de
forma a facilitar o corte simultâneo das peças comercializadas pela empresa. O
comprimento do enfesto é definido pelo comprimento do risco, acrescido das
tolerâncias. A quantidade de folhas de tecido é definida em função do pedido de peças,
do equipamento de corte a ser utilizado e em função da instabilidade do tecido
• Overloque: após o corte, cada pedaço correspondente a uma parte da peça de
vestuário receberá o acabamento nas bordas, para evitar o desfiamento, chamado de
overloque. O empreendedor não deve esquecer que todas as peças devem ter 1,5 cm
de margem para costura e acabamento, e é justamente nestas extremidades que o
overloque será aplicado. Dependendo do tipo de tecido este acabamento pode ser feito
na costura final.
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• Costura / montagem: executada por costureiras, esta é a etapa mais complexa e
intensiva em trabalho. Consiste na união de dois ou mais elementos de uma roupa.
Nesta fase, as peças são repassadas às costureiras que possuem funções
diferenciadas na linha de produção (gola, punho, manga, etiquetas, por exemplo) e que
trabalham seguindo uma sequência lógica de tarefas. Durante o processo, são
utilizados vários tipos de máquinas: zig-zag, overloque, etc. As partes da peça são
unidas na máquina reta, devendo haver perfeito casamento entre elas, para assegurar
o bom caimento da roupa.
• Acabamento: colocação dos acessórios, como botões, bolsos, zíperes, golas, etc.
Este trabalho é o mais rápido, mas é o que exige maior habilidade, porque a
composição do acabamento final é responsável pela qualidade visual do produto.
Também envolve estamparia, lavagens e tingimentos especiais, bordados ou
gravações especiais.
• Controle de qualidade: etapa muito importante que consiste na etiquetagem,
codificação, embalagem, estoque e expedição.
Por fim, o escoamento da produção obedece à estratégia de venda da empresa. As
peças fabricadas podem ser vendidas diretamente para clientes ou repassadas para
lojas, representantes e vendedores ambulantes.
As atividades da confecção também englobam os processos de administração,
finanças e gestão de recursos humanos. A gestão administrativa e financeira abrange
o faturamento, o controle de caixa, o controle de contas a receber e cobranças, a
compra de insumos, o controle de estoques, o controle de contas a pagar de
fornecedores e a prestação de informações ao escritório contábil. Já a gestão de
recursos humanos compreende a admissão, rescisão, treinamento e pagamento de
funcionários.
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10. Automação
Atualmente, existem diversos sistemas informatizados(softwares) que podem auxiliar
o empreendedor na gestão de uma confecção.
Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o preço
cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal
municipal e estadual, à facilidade de suporte e às atualizações oferecidas pelo
fornecedor, verificando ainda se o aplicativo possui funcionalidades tais como:
• Controle dos dados sobre faturamento/vendas, gestão de caixa e bancos (conta
corrente);
• Controle de mercadorias;
• Organização de compras e contas a pagar;
• Emissão de pedidos;
• Controle de taxa de serviço;
• Lista de espera;
• Relatórios e gráficos gerenciais para análise real do faturamento da empresa.
Consulte outras empresas de confecções para saber mais sobre as funcionalidades
desses sistemas. Pesquise na internet as opções existentes e consulte o Sebrae mais
próximo para orientação mais específica.
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11. Canais de Distribuição
O sucesso de uma indústria de confecção depende dos canais de venda. Lojas,
representantes, ambulantes e até a internet devem garantir o escoamento regular da
produção. O varejista é o principal responsável pelas encomendas e pelo
posicionamento adequado do produto no mercado.
Algumas confecções optam por verticalizar o processo de entrega e vender
diretamente aos clientes. Embora, seja possível exercer maior controle sobre a cadeia
produtiva, o empreendedor deve-se atentar para os riscos desta estratégia. As
competências exigidas para uma confecção de roupas são significativamente distintas
das habilidades necessárias para um varejista de roupas.
As parcerias com outros negócios também devem ser avaliadas, de acordo com a linha
dos produtos fabricados. Academias de ginástica, por exemplo, podem ser uma
alternativa para moda praia ou esportiva. Salões de beleza e SPAs podem ser canais
de venda de moda feminina e íntima.
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12. Investimento
Para montar uma pequena confecção, o investimento varia conforme o número de
máquinas, empregados, nível de terceirização, custo de aquisição / aluguel / reformas
do imóvel utilizado, etc. Por isso, é importante fazer uma análise do capital disponível
para atender às suas necessidades. Como exemplo, uma indústria de confecção,
estabelecida numa área de 100 m², exige um investimento inicial estimado em torno de
R$ 100 mil, a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens, por exemplo:
• Reforma do imóvel: R$ 20.000,00;
• Máquinas e equipamentos de costura (ferros a vapor, galoneira, máquina de casear,
máquina de corte com dispositivo automático de afiação, máquina de costura interloc,
máquina de costura pespontadeira, máquina de costura refiladora, máquina de costura
reta industrial equipadas com sistemas de lubrificação automática e mecanismo de
reversão do ponto, máquina de costura zig-zag, máquina de fusionar, máquina de
pregar botões e ilhoses, máquina de termocolagem, máquina de travete, máquina
overlock industrial, mesa caseadeira, mesa de abrir costura, mesa de corte, mesa de
passar roupas, passadeira a vapor industrial, pespontadora de coluna, pespontadora
rápida): R$ 60.000,00;
• Mesas e cadeiras: R$ 5.000,00;
• Araras e prateleiras R$ 2.000,00;
• Microcomputador, impressora e fax: R$ 3.000,00;
• Capital de giro: R$ 10.000,00;
• Estoque inicial: R$ 10.000,00;
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Para uma informação mais apurada sobre o investimento inicial, sugere-se que o
empreendedor consulte o Sebrae mais próximo e utilize o modelo de plano de negócio
disponível.
13. Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel,
impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores
que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
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para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.
O desafio da gestão do capital de giro deve-se, principalmente, à ocorrência dos
fatores a seguir:
• Descasamento entre a receita (venda dos produtos) e os pagamentos ao
fornecedores ;
• Variação dos diversos custos absorvidos pela empresa;
• Aumento de despesas financeiras, em decorrência das instabilidades desse mercado;
• Baixo volume de vendas;
• Aumento dos índices de inadimplência;
• Altos níveis de estoques.
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Geralmente, a necessidade de capital de giro para a operação de uma indústria de
confecção é baixa, em torno de 10% do investimento inicial.Como o empreendedor
compra os componentes antes de receber do cliente, convêm solicitar um prazo de
pagamento adequado aos fornecedores.
14. Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-
prima e insumos consumidos no processo de produção.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra,
produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como
ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o
controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.
Os custos para abrir uma indústria de confecção, com faturamento médio mensal em
torno de R$ 60.000,00, devem ser estimados considerando os itens abaixo:
• Salários, comissões e encargos: R$ 22.000,00;
• Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 8.000,00;
• Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 3.000,00;
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• Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 2.000,00;
• Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$ 500,00;
• Recursos para manutenções corretivas das máquinas de costura: R$ 1.000,00;
• Assessoria contábil: R$ 600,00;
• Propaganda e publicidade da empresa: R$ 1.000,00;
• Aquisição de matéria-prima e insumos: R$ 10.000,00;
• Despesas com vendas: R$ 1.200,00;
• Despesas com armazenamento e transporte: R$ 500,00.
Seguem algumas dicas para manter os custos controlados:
• Comprar pelo menor preço;
• Negociar prazos mais extensos para pagamento de fornecedores;
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gregação de Valor
• Evitar gastos e despesas desnecessárias;
• Manter equipe de pessoal enxuta;
• Reduzir a inadimplência, através da utilização de cartões de crédito e débito.
15. Diversificação/Agregação de Valor
As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na identificação de benefícios
de valor agregado. É importante entender o que o cliente espera do seu produto e dos
serviços associados aos mesmos. No caso de uma indústria de confecção, há várias
oportunidades de diferenciação, tais como:
• Desenvolvimento de uma marca própria de roupas, para ser vendida em butiques;
• Venda de artigos complementares, tais como acessórios e bijuterias;
• Utilização de site internet para apresentação dos produtos e venda;
• Participação em feiras e eventos de moda;
• Disponibilização direta aos clientes de serviços de confecção de roupas por
encomenda;
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gregação de Valor /
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ivulgação
• Parceria com um estilista exclusivo;
• Criação de uma linha de produção exclusiva de produtos para nichos (bebês, peças
de grande volume);
• Utilização de tecidos ecologicamente corretos;
• Criação de peças customizadas, com foco no acabamento;
• Adoção de sistema de pronta entrega.
16. Divulgação
A divulgação é um componente fundamental para o sucesso de uma indústria de
confecção. As campanhas publicitárias devem ser adequadas ao orçamento da
empresa, à sua região de abrangência e às peculiaridades do local. Abaixo, sugerem-
se algumas ações mercadológicas acessíveis e eficientes:
• Anunciar em jornais de bairro e revistas locais de moda;
• Montar um website com o portfólio de serviços para alavancar as vendas;
• Divulgar os serviços em lojas e boutiques;
• Patrocinar eventos esportivos e sociais, para exposição da marca e dos produtos;
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iversificação/A
gregação de Valor /
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ivulgação / Inform
ações Fiscais e Tributárias
• Aproveitar a sazonalidade do setor (outono/inverno e primavera/verão) para
lançamentos de novos produtos, se possível em regiões ou cidades que tenham
eventos ligados à moda;
• Montar um showroom na confecção, com os modelos produzidos;
• Desenvolver um portfólio impresso dos modelos produzidos;
• Patrocinar eventos de moda.
O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando puder, superar
as expectativas do cliente. Ao final, a melhor propaganda será feita pelos clientes
satisfeitos e bem atendidos.
17. Informações Fiscais e Tributárias
O segmento de INDÚSTRIA DA CONFECÇÃO, assim entendido pela CNAE/IBGE
(Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 1412-6/01, como fabricação de
artigos do vestuário, produzidos em malharia e tricotagens, ou confecção de roupas
profissionais, roupas íntimas e peças do vestuário, poderá optar pelo SIMPLES
Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído
pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade
não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa
R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte
e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.
Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,
por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f
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gregação de Valor /
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ivulgação / Inform
ações Fiscais e Tributárias
azenda.gov.br/SimplesNacional/): p>
• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
• ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para
esse ramo de atividade, variam de 4,5% a 12,11%, dependendo da receita bruta
auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendárioda
opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro
mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao
número de meses de atividade no período.
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder
benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o
empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores
fixos mensais conforme abaixo:
I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor:
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias; e/ou
• R$ 5,00 a título de ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza.
II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
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iversificação/A
gregação de Valor /
D
ivulgação / Inform
ações Fiscais e Tributárias / Eventos
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes
percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.
Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.
Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis
Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.
18. Eventos
A seguir, são indicados os principais eventos sobre o segmento:
Fashion Rio
Rio de Janeiro – RJ
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ações Fiscais e Tributárias / Eventos
Website: http://www.ffw.com.br/fashionrio/
E-mail: fashionrio@duplassessoria.com.br
Fematex
Feira Internacional de Materiais para a Indústria Têxtil e de Confecção
Rua Alberto Stein, 199
Blumenau – SC
Fone: (47) 3037-5990
Website: http://www.fematex.com.br
E-mail: adm@fematex.com.br
Fenatec
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ações Fiscais e Tributárias / Eventos
Feira Internacional de Tecelagem - Alto Verão
São Paulo – SP
Website: http://www.fenatec.com.br
Feninver
Feira Brasileira de Confecções e Acessórias de Moda
São Paulo – SP
Website: http://www.couromoda.com.br
E-mail: couromoda@couromoda.com.br
Salão Infanto Juvenil e Bebê
São Paulo – SP
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ações Fiscais e Tributárias / Eventos
Website: http://www.salaoinfantojuvenilbebe.com.br
São Paulo Fashion Week
São Paulo – SP
Fone: (11) 3262-3047
Website: http://www.spfw.com.br
E-mail: contato@giselenajjar.com.br
Tecnotêxtil Brasil
Feira de Tecnologias para a Indústria Têxtil
São Paulo – SP
Fone: (11) 5589-2880
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Website: http://www.tecnotextilbrasil.com.br
E-mail: fcem@fcem.com.br
19. Entidades em Geral
A seguir, são indicadas as principais entidades de auxílio ao empreendedor:
Abit
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
Rua Marquês de Itu, 968 – Vila Buarque
Fone: (11) 3823-6100
Fax: (11) 3823-6122
Website: http://www.abit.org.br
E-mail: abit@abit.org.br
Abimaq
Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Av. Jabaquara, 2.295.
CEP: 04045-902
São Paulo - SP
Fone: (11) 5582-6300
Fax: (11) 5582-6312
Website: http://www.abimaq.org.br
Receita Federal
Brasília - DF
Website: http://www.receita.fazenda.gov.br
SNDC
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
Website: http://www.mj.gov.br/dpdc/sndc.htm
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as Técnicas
20. Normas Técnicas
Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um
organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes
ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau
ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).
Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada
por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa,
universidade e pessoa física).
Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.
1. Normas específicas para uma Indústria de Confecção:
ABNT NBR 12071:2002 – Artigos confeccionados para vestuário - Determinação das
dimensões.
Esta Norma prescreve o método utilizado para medir artigos confeccionados para
serem modelos clássicos que possuem medidas e posições referentes ao corpo
humano e sirvam como base para medir modelos derivados.Excetuam-se desta
Norma os artigos confeccionados para cama, mesa e banho.
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as Técnicas
ABNT NBR 15127:2004 – Corpo humano - Definição de medidas.
Esta Norma estabelece procedimentos para definir medidas do corpo humano que
podem ser utilizadas como base na elaboração de projetos tecnológicos. Para as suas
diversas aplicações (por exemplo, vestimentas, mobiliário, locais de trabalho,
transportes, atividades na residência ou lazer etc.), pode ser necessária a
complementação desta lista básica com medidas adicionais específicas.
ABNT NBR 15800:2009 - Vestuário – Referenciais de medidas do corpo humano –
Vestibilidade de roupas para bebê e infanto-juvenil.
Esta Norma estabelece uma forma de indicação de tamanhos que indique, de maneira
direta e fácil de entender, as medidas corporais de bebês, crianças e adolescentes às
quais está destinado o vestuário.
ABNT NBR 16060:2012 - Vestuário — Referenciais de medidas do corpo humano —
Vestibilidade para homens corpo tipo normal, atlético e especial.
Esta Norma estabelece um sistema de indicação de tamanhos de roupas para homens
de corpo tipo normal, atlético e especial (incluindo roupa de malha e roupa de banho).
ABNT NBR NM ISO 3758:2010 - Têxteis – Códigos de cuidado usando símbolos (ISO
3758:2005, IDT).
Esta Norma estabelece um sistema de símbolos gráficos, objetivando o uso em artigos
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têxteis (ver 4.1), fornecendo informações para prevenir danos irreversíveis para o
artigo têxtil durante os processos de cuidados.
ABNT NBR ISO 7250-1:2010 - Medidas básicas do corpo humano para o projeto
técnico. Parte 1: Definições de medidas corporais e pontos anatômicos.
A ABNT NBR ISO 7250-1 fornece uma descrição das medidas antropométricas que
podem ser utilizadas como base para comparação de grupos populacionais.
Nota do técnico: O tema Indústria da Confecção é muito amplo, acima serão indicadas
apenas as normas que são de uso comum em todas as áreas deste setor. È
importante ressaltar que não serão indicadas as normas específicas de cada setor,
como por exemplo: Confecção de Uniformes, Roupas Hospitalares, entre outros.
Também não foram indicadas normas de ensaios.
2.Normas aplicáveis na execução de uma Indústria de Confecção:
ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos
gerais.
Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e
serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam
satisfazer as expectativas do cliente.
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ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de
extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para
combate a princípio de incêndio.
ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa tensão.
Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas
de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento
adequado da instalação e a conservação dos bens.
ABNT NBR ISO IEC 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho - Parte 1:
Interior.
Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os
requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.
ABNT NBR 5419:2005 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas.
Esta Norma fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e
estruturas definidas em 1.2 contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica
também contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se
encontrem no interior destas edificações e estruturas ou no interior da proteção
impostas pelo SPDA instalado.
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ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 - Sistemas de alarme - Parte 1: Requisitos gerais -
Seção 1: Geral.
Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento
(controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de
alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade
e do ambiente.
21. Glossário
Seguem alguns termos técnicos extraídos do glossário disponível em:
http://www.hering.com.br.
ALGODÃO / COTTON: o algodão constitui uma das principais fibras têxteis de
produção, com comercialização e uso em larga escala mundial. No Brasil, é a principal
fibra têxtil, tendo suas fontes de produção localizada nas regiões Nordeste, Sul e
Centro-Oeste do país. As principais características para a produção de fios de algodão
de boa qualidade são: o comprimento da fibra e a resistência da fibra.
ALONGAMENTO DO FIO: a capacidade de alongamento do fio OPEN END é maior,
importante para a malharia, mas problemático para o acabamento, pois malhas com
fios OPEN END tendem a ficar mais largas e necessitam de regulagens especiais.
APLIQUE, BORDADO COM: a máquina de bordar sustenta 15 cabeçotes que podem
produzir vários tipos de bordados, um modelo é aquele que possui o aplique. Este
aplique, já na forma do desenho e tecido, pode ser de vários tecidos, como o feltro, por
exemplo. O aplique é posto manualmente depois é preso pelo bordado feito em cima
ou ao redor do aplique.
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BOUCLÈ: do adjetivo francês bouclè (que forma um anel). É um fio retorcido onde
aparecem laçadas e nós, resultando uma textura crespa.
BUSTIER: que cobre o busto, pode ser curto como um sutiã ou comprido como
espartilho.
CALADO: expressão usada para referir-se às peças de tricô, que descreve o
acabamento sem costura (sem emenda), quando a peça sai praticamente pronta da
máquina.
CANELADO: possibilita um ajuste perfeito ao corpo, dando liberdade aos movimentos.
O ponto de malharia em canelado combina elasticidade e alongamento,
proporcionando um bom stretch. Sua textura agrega um visual básico e moderno.
CARDADO, FIO: o fio cardado, devido a não passar pela penteadeira, possui mais
fibras curtas, o que propicia uma maior formação de pilling (bolinhas no tecido) e neps
(defeito na regularidade do fio). A aparência também é prejudicada, pois o mesmo
possui uma maior irregularidade.
FRUFRU: talvez o ornamento feminino por excelência. Forma onomatopéica de
babadinhos franzidos, em geral estreitos.
GEL EM RELEVO, ESTAMPA: estampa aplicada com uma camada em relevo de gel
incolor (PLASTISOL), o qual dá um aspecto plastificado e meio brilhante na estampa.
GLITTER, ESTAMPA: a malha é estampada em quadro com o glitter na cor desejada e
esta estampa leva uma camada de pasta incolor que não sai na lavagem em máquina,
pois a pasta incolor a protege.
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GOUFRE / JACQUARD: são malhas que apresentam desenhos que são obtidos
através de uma seleção eletrônica das agulhas dos teares.
LÃ: fibra natural animal, proveniente da tosquia de ovelhas e carneiros. A lã é utilizada
desde a idade da pedra, sendo que evoluiu, de uma fibra grosseira na antiguidade a
uma fibra nobre, pela seleção de raças de animais produtores.
LINHO: fibra natural vegetal, proveniente do caule da planta de mesmo nome. É
provavelmente a primeira fibra natural que foi utilizada pelo homem para usos têxteis.
MELÀNGE: fio 100% algodão, onde a característica mescla é obtida no processo de
fiação, com o tingimento da pluma do algodão.
MICROFIBRA: o termo microfibra é concedido a fios sintéticos que são formados por
filamentos extremamente finos. Estes filamentos podem ser 60 vezes mais finos que
um fio de cabelo e 10.000 filamentos de microfibra podem pesar menos que um grama.
Os artigos de malha produzidos com Microfibras possuem como características, o
toque sedoso, vestem muito bem, encolhimento da peça extremamente baixo, alta
resistência, baixo abarrotamento e bom isolamento quanto a vento e frio. As
microfibras podem ser de poliéster, poliamida (NYLON), acrílico ou viscose.
MICRO MODAL: fibra composta de 100% da mais pura celulose (o liocel). Micro Modal
corresponde a todas as exigências humanas e ecológicas e é produzida
exclusivamente a partir de celulose tratada sem cloro. Micro Modal não contém
concentrações de substâncias nocivas, é livre de pesticidas e não causa irritações
cutâneas. Tecido de alta maciez, brilho, caimento e transpira quase 50% da umidade.
Na coleção, a fibra é utilizada juntamente com o Algodão para elaborar malhas para os
artigos underwear, uma vez que provoca a sensação de conforto e maciez altíssimos
para um vestuário íntimo e que fica em contato constante com a pele humana.
NATURAIS, FIOS: os fios naturais são obtidos diretamente da natureza e os filamentos
são feitos a partir de processos mecânicos de torção, limpeza e acabamento. Podem
ser obtidas a partir de frutos, folhas, cascas e lenho. As principais plantas têxteis são: o
Algodoeiro (fibra de algodão), a Juta (para fazer cordas), o Sisal (parecido com o
linho), o Linho (caule com filamentos rígidos) e o Rami (também muito utilizado como o
linho).
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NYLON: é o termo aplicado para um produto de origem sintética largamente utilizado
em fibras têxteis, que se caracteriza pela sua grande resistência, tenacidade, brilho e
elasticidade. Foi desenvolvido nos anos 30 e hoje Nylon é o nome dado a toda uma
família de fios e fibras sintéticas, chamadas de poliamidas.
PANAMÁ: nome fantasia para tecido em construção de tela 1 x 1 em 100% algodão.
PENTEADO, FIO: no sistema penteado o fio passa por um equipamento que se chama
penteadeira. Este equipamento tem a função de retirar as fibras mais curtas (antes de
se formar o fio) e impurezas como cascas, que são provenientes do algodão e não
foram retirados em processos anteriores. Este processo confere um fio de qualidade
superior, visto que este é mais limpo, não possui fibras curtas e é mais resistente. Tem
menos neps e forma menos pilling na malha acabada. Porém, devido à retirada de
mais fibras no processo, a perda de algodão para a produção do fio é maior, o que
juntamente com a inclusão de mais um equipamento no fluxo produtivo eleva o custo
de fabricação e conseqüentemente o preço do fio, sendo este o fator principal para o
encarecimento do fio penteado.
PLANO, TECIDO: formado pelo entrelaçamento de fios perpendiculares, ou seja, os
fios do comprimento (vertical URDUME) entrelaçam-se com os fios da largura
(horizontal TRAMA), compondo o tecido.
POLIÉSTER: fibra artificial sintética, obtida de processos químicos, derivada do
petróleo. O poliéster é caracterizado por ter uma ótima resistência, baixo encolhimento,
secagem rápida, resistente ao amarrotamento e abrasão, baixa propagação de
chamas. A principal vantagem quando comparado com as microfibras de poliamida é o
custo. Sua desvantagem é o processo de tingimento, o qual requer mais calor e leva
mais tempo para ter a cor fixada.
QUALIDADE ÓTICA: expressão utilizada para referir-se a óculos que são fabricados
de modo que as lentes possam ser removidas (trocadas) e as armações possam ser
ajustadas, ou seja, óculos vendidos em lojas não especializadas mas que tem a
mesma qualidade dos óculos comercializados nas óticas.
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as Técnicas /
REATIVA, ESTAMPARIA: estampa feita com corantes reativos que oferecem um toque
mais macio e melhor solidez (resistência da cor no tecido após várias lavagens).
SARJA: construção de ligação do tecido plano, caracterizado pelo pronunciamento da
diagonal. Tecido básico e versátil, apresenta um excelente caimento, um ótimo aspecto
após lavagem e combina com qualquer tipo de clima. É mais utilizada por amarrotar
menos do que a tela.
SEDA: fibra natural, animal. É um filamento contínuo formado pelo

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