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Normas e Práticas de Segurança em Laboratórios de Química

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
UNIDADE ACADÊMICA DE ITACOATIARA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. DR. VALDOMIRO LACERDA MARTINS 
PROFA. DRA. MARGARIDA CARMO DE SOUZA 
PROFA. DRA. FABIANA MARIA MONTEIRO PASCHOAL 
 
 
 
 
 
 
2018
 
 
Sumário 
 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 3 
1. INSTRUÇÕES PARA O USO DO LABORATÓRIO ................................................................ 4 
2. CUIDADOS E NORMAS DE SEGURANÇA DE LABORATÓRIOS ..................................... 6 
2.1. Regras e Normas Básicas de Segurança .................................................................... 6 
2.1.1. Regras Básicas de Segurança .................................................................................. 6 
2.1.2.Algumas Boas Práticas para um Laboratório Seguro .............................................. 8 
2.1.3. Regras Básicas em Caso de Incêndio .................................................................... 9 
2.2. Cuidados em Caso de Acidentes .................................................................................. 9 
2.2.1. Fogo ........................................................................................................................ 9 
2.2.2. Ácidos ................................................................................................................... 10 
2.2.3. Compostos Voláteis de Enxofre ........................................................................... 10 
2.2.4. Compostos Tóxicos ............................................................................................... 10 
2.3. Rotulagem (Símbolos de Riscos) ................................................................................ 13 
2.3.1. Facilmente Inflamável (F) .................................................................................... 13 
2.3.2. Extremamente inflamável (F+) ............................................................................. 13 
2.3.3. Tóxicos (T) ........................................................................................................... 13 
2.3.4. Muito Tóxico (T+) ................................................................................................ 13 
2.3.5. Corrosivo (C) ........................................................................................................ 13 
2.3.6. Oxidante (O) ......................................................................................................... 13 
2.3.7. Nocivo (Xn) .......................................................................................................... 14 
2.3.8. Irritante (Xi) .......................................................................................................... 14 
2.3.9. Explosivo (E) ........................................................................................................ 14 
2.4. Lista de Alguns Reagentes Incompatíveis ................................................................. 14 
3.1. Aspectos Gerais ....................................................................................................... 18 
3.2. Seções do Relatório de Química Geral Aplicada ..................................................... 18 
3.3. Aspectos Gráficos: Formatação impressa ................................................................ 20 
4.1. Materiais de Vidro .......................................................................................................... 21 
4.2. Materiais de Porcelana ................................................................................................. 24 
4.3. Acessórios e Equipamentos ......................................................................................... 25 
PRÁTICA 1: USO DE VIDRARIAS ..................................................................................... 28 
PRÁTICA 2: FILTRAÇÃO ..................................................................................................... 30 
PRÁTICA 3: Medidas e tratamento de dados ................................................................... 33 
PRÁTICA 3: DENSIDADE .................................................................................................... 39 
PRÁTICA 4: PREPARO DE SOLUÇÕES .......................................................................... 41 
PRÁTICA 5: TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS ........................................... 42 
PRÁTICA 6: ÁCIDOS E BASES .......................................................................................... 44 
PRÁTICA 7: REAÇÕES QUÍMICAS – PARTE 1 .............................................................. 47 
PRÁTICA 8: REAÇÕES QUÍMICAS – PARTE 2 (PRECIPITAÇÃO, 
COMPLEXAÇÃO, OXIDAÇÃOREDUÇÃO E ÁCIDO-BASE) ......................................... 50 
PRÁTICA 9: SOLUBILIDADE .............................................................................................. 54 
PRÁTICA 10: CINÉTICA DE REAÇÃO .............................................................................. 57 
DENSIDADE DA ÁGUA ........................................................................................................ 60 
TABELA DE ÁCIDOS E ÂNIONS ....................................................................................... 62 
TABELA DE CÁTIONS ......................................................................................................... 63 
 
3 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Este curso tem por objetivo permitir que o aluno tenha noções básicas do uso 
de laboratório, que vai desde os cuidados e normas de segurança, a a realização de 
práticas que lhes permita aprender a preparar soluções, determinar a densidade de 
líquidos e sólidos, identificar os diferentes tipos de reações, verificar os fatores que 
podem influenciar na velocidade de reações, entre outros. 
4 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
QUIMICA GERAL APLICADA 
 
1. INSTRUÇÕES PARA O USO DO LABORATÓRIO 
Para evitar acidentes e para obtenção de bons resultados, obedeça as 
instruções recomendadas a seguir. 
 
1. O laboratório é um lugar de trabalho sério. EVITE QUALQUER TIPO DE 
BRINCADEIRA, pois a presença de substâncias inflamáveis e explosivas, além de 
material de vidro delicado e, geralmente de preço bastante elevado, exigem, como 
se não bastassem às normas de boa educação, uma perfeita disciplina no 
laboratório. 
2. É OBRIGATÓRIO O USO DE JALECO. Também é obrigatório o uso de sapatos 
fechados e calças (de preferência jeans). 
3. O trabalho no laboratório é feito em equipe. Antes de iniciar e após o término dos 
experimentos MANTENHA SEMPRE LIMPA A APARELHAGEM E A BANCADA 
DE TRABALHO e deixe os materiais e reagentes de uso comum em seus devidos 
lugares. 
4. Estude com atenção os experimentos antes de executá-los, a fim de que todas 
as etapas do procedimento sejam bem assimiladas e compreendidas. Esta 
conduta não apenas facilita o aprendizado, mas também a utilização mais 
racional do tempo destinado às aulas práticas. 
7. Imediatamente após a execução de cada análise o aluno deverá registrar no 
caderno de relatórios tudo o que observou durante a mesma. 
8. Deve-se evitar o desperdício de soluções, reagentes sólidos, gás e água destilada. 
9. Deve-se tomar o máximo cuidado para não contaminar os reagentes sólidos e as 
soluções. As substâncias que não chegaram a ser usadas nunca devem voltar ao 
frasco de origem. Nunca se deve introduzir qualquer objeto em frascos de 
reagentes, exceção feita para o conta-gotas com o qual estes possam estar 
equipados ou espátulas limpas. 
10. Não usarum mesmo material (por exemplo: pipetas, espátulas) para duas ou mais 
substâncias, evitando assim a contaminação dos reagentes. 
11. Dar tempo suficiente para que um vidro quente esfrie. Lembre-se de que o vidro 
quente apresenta o mesmo aspecto de um vidro frio. Não o abandone sobre a 
mesa, mas sim, sobre uma tela com amianto. 
12. Ao observar o cheiro de uma substância não se deve colocar o rosto diretamente 
sobre o frasco que a contém, pois alguns reagentes são altamente tóxicos e 
venenosos. Abanando com a mão por cima do frasco aberto, desloque na sua 
direção uma pequena quantidade do vapor para cheirar. 
13. Não misturar substâncias desnecessariamente. É comum o aluno curioso misturar 
vários reagentes para “ver o que acontece”. Isto deve ser evitado, pois poderão 
ocorrer reações violentas, com desprendimento de calor, projeções de substâncias 
no rosto etc. 
5 
 
15. INFORME AO PROFESSOR SOBRE QUALQUER ACIDENTE QUE OCORRA, 
MESMO QUE SEJA UM DANO DE PEQUENA IMPORTÂNCIA. 
16. Os laboratórios 
 serão franqueados aos alunos somente no período correspondente às aulas práticas. 
Em outras palavras, não será permitida a reposição de práticas nem a permanência 
de pessoas estranhas no laboratório. 
17. Entregue as suas tarefas sempre nas datas marcadas. 
 
 
6 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 
2. CUIDADOS E NORMAS DE SEGURANÇA DE LABORATÓRIOS 
 Laboratórios de química são lugares de trabalho que necessariamente não 
são perigosos, desde que certas precauções sejam tomadas. 
 Acidentes em laboratórios ocorrem, frequentemente, em virtude da pressa 
excessiva na obtenção de resultados. Todo aquele que trabalha em laboratório deve 
ter responsabilidade no seu trabalho e evitar atitudes ou pressa que possam 
acarretar acidentes e possíveis danos para si e para os demais. Deve prestar 
atenção a sua volta e se prevenir contra perigos que possam surgir do trabalho de 
outros, assim como do seu próprio. 
 O químico no laboratório deve, portanto, adotar sempre uma atitude 
atenciosa, cuidadosa e metódica no que faz. Deve, particularmente, concentrar-se 
no trabalho que faz e não permitir qualquer distração enquanto trabalha. Da mesma 
forma não deve distrair os demais enquanto desenvolvem trabalhos no laboratório. 
 A seguir são apresentadas regras e normas básicas de segurança, as quais 
devem ser observadas para evitar riscos e acidentes no laboratório. 
 
2.1. Regras e Normas Básicas de Segurança 
2.1.1. Regras Básicas de Segurança 
Para trabalhar em um laboratório, você precisa conhecer os riscos a que é 
exposto e como melhorar suas condições de segurança. 
Regras básicas de segurança em laboratório e recomendações gerais para o 
desenvolvimento de um trabalho experimental seguro, estão principalmente 
relacionadas com a organização. Isso significa que o tempo dedicado à organização 
racional das atividades desenvolvidas no laboratório irá contribuir na prevenção de 
riscos químicos, biológicos e de acidentes com a manipulação de equipamentos e 
materiais serão minimizados quando se obedecem as regras básicas de segurança 
em laboratório. 
 
. 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1.2.Algumas Boas Práticas para um Laboratório Seguro 
1. Lavar as mãos na entrada e saída do laboratório. 
2. Nunca fumar, mascar chicletes, brincar no laboratório. 
3. Começar as práticas somente depois de devidamente equipado. 
4. Nunca improvisar. 
 
 
9 
5. Somente permitir entradas de pessoas no ambiente laboratorial que sejam 
necessárias a realização da prática. 
6. Ter informações prévias sobre os aparatos e equipamentos. 
7. Leitura prévia da FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos 
é um documento normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) conforme norma, ABNT-NBR 14725) para começar a manusear substâncias. 
Essas são algumas práticas para o bom funcionamento de um laboratório, 
sabemos da diversidade de tipos de laboratório e suas especificações, usamos este 
post para exemplificar um modelo básico para sala de aula podendo acrescentar e 
ou retirar itens para o seu funcionamento. 
 
2.1.3. Regras Básicas em Caso de Incêndio 
1. Mantenha a calma. 
2. Comece o combate imediatamente com os extintores de CO2 (gás carbônico). 
Afaste os inflamáveis de perto. 
3. Caso o fogo fuja ao seu controle, evacue o local imediatamente. 
4. Evacue o prédio. 
5. Desligue a chave geral de eletricidade. 
6. Ligue para os Bombeiros 193.. 
7. Dê a exata localização do fogo (ensine como chegar lá). 
8. Informe que este é um laboratório químico e que não vão poder usar água para 
combater incêndio em substância química. Solicite um caminhão com CO2 ou pó 
químico. 
 
OBS.: Se a situação estiver fora de controle abandone imediatamente a área e 
acione os bombeiros “NÃO TENTE SER HERÓI”. 
 
2.2. Cuidados em Caso de Acidentes 
 
2.2.1. Fogo 
 
1) Quando o fogo iniciar em um becker ou balão de reação, basta 
fechar o frasco com uma rolha, toalha ou vidro de relógio, de 
modo a impedir a entrada de ar. 
2) Quando o fogo atingir a roupa de uma pessoa algumas técnicas 
são possíveis: 
a) levá-la para debaixo do chuveiro; 
b) há uma tendência da pessoa correr, aumentando a 
combustão, neste caso, deve derrubá-la e rolá-la no chão até 
o fogo ser exterminado; 
c) melhor no entanto é embrulhá-lo rapidamente em um cobertor 
para este fim; 
d) pode-se também usar o extintor de CO2, se este for o meio 
mais rápido. 
3) Jamais use água para apagar o fogo em um laboratório. Use extintor de CO2 ou 
de pó químico. 
 
 
10 
4) Fogo em sódio, potássio ou lítio. Use extintor de pó químico (não use o gás 
carbônico, CO2). Também pode-se usar os reagentes carbonato de sódio 
(Na2CO3) ou cloreto de sódio (NaCl - sal de cozinha). 
 
PS.: Areia não funciona bem para Na, K e Li. Água reage violentamente com estes 
metais. 
 
2.2.2. Ácidos 
1) Ácido sulfúrico: derramado sobre o chão ou bancada pode ser rapidamente 
neutralizado com carbonato ou bicarbonato de sódio em pó. 
2) Ácido Clorídrico: derramado será neutralizado com amônia, que produz cloreto 
de amônio, em forma de névoa branca. 
3) Ácido nítrico: reage violentamente com álcool. 
 
2.2.3. Compostos Voláteis de Enxofre 
1) Enxofre: tipo mercaptanas, resíduos de reação com DMSO são capturados em 
“trap” contendo solução à 10% de KMnO4 alcalino. 
2) H2S: que desprende-se de reações pode ser devidamente capturado em “trap” 
contendo solução à 2% de acetato de chumbo aquoso. 
 
2.2.4. Compostos Tóxicos 
 Um grande número de compostos orgânicos e inorgânicos são tóxicos. 
Manipule-os com cuidado. Evitando a inalação ou contato direto. Muitos produtos 
que eram manipulados pelos químicos, sem receio, hoje são considerados nocivos à 
saúde e não há dúvidas de que a lista de produtos tóxicos deva aumentar. 
 A relação abaixo compreende alguns produtos tóxicos de uso comum em 
laboratório: 
 
2.2.4.1. Compostos Altamente Tóxicos 
 São aqueles que podem provocar rapidamente, graves lesões ou até mesmo 
a morte. 
a) Compostos arsênicos 
b) Cianetos Inorgânicos 
c) Compostos de mercúrio 
d) Ácido oxálico e seus sais 
e) Selênio e seus complexos 
f) Pentóxido de vanádio 
g) Monóxido de carbono 
h) Cloro, Flúor, Bromo, Iodo 
 
2.2.4.2. Líquidos Tóxicos e Irritantes aos Olhos e Sistema Respiratório 
a) Cloreto de acetila 
b) Bromo 
c) Alquil e arilnitrilas 
d) Bromometano 
e) Benzeno 
f) Dissulfito de Carbono 
g) Brometo e cloreto de benzila 
h) Sulfato de metila 
i) Ácidofluorbórico 
 
 
11 
j) Sulfato de dietila 
k) Cloridrina etilênica 
l) Acroleina 
 
2.2.4.3. Compostos Potencialmente Nocivos por Exposição Prolongada 
a) Brometos e cloretos de alquila: Bromometano, bromofórmio, tetracloreto de 
carbono, diclorometano, iodometano. 
b) Aminas alifáticas e aromáticas: anilinas substituídas ou não dimetilamina, 
trietilamina, diisopropilamina. 
c) Fenóis e composto aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não cresóis, 
catecol, resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno. 
 
2.2.4.4. Substâncias Carcinogênicas 
 Muitos compostos causam tumores cancerosos no ser humano. Deve-se ter 
todo o cuidado no manuseio de compostos suspeitos de causarem câncer, evitando-
se a todo custo a inalação de vapores e o contato com a pele. Devem ser 
manipulados exclusivamente em capelas e com uso de luvas protetoras. Entre os 
grupos de compostos comuns em laboratório incluem: 
a) Aminas aromáticas e seus derivados: anilinas N-substituídas ou não. 
naftilaminas, benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados. 
b) Compostos N-nitroso, nitrosoaminas (R’-N(NO)-R) e nitrozoamidas. 
c) Agentes alquilantes: diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila, 
propiolactona, óxido de etileno. 
d) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: benzopireno, dibenzoantraceno. 
e) Compostos que contém enxofre: tiocetamida, tiouréia. 
f) Benzeno: É um composto carcinogênico cuja concentração mínima tolerável é 
inferior aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se você sente cheiro 
de benzeno é porque a sua concentração no ambiente é superior ao mínimo 
tolerável. Evite usá-lo como solvente e sempre que possível substitua por outro 
solvente semelhante e menos tóxico (por exemplo tolueno). 
g) Amianto: A inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma doença 
de pulmão, a asbesto, uma moléstia dos pulmões que aleija e eventualmente 
mata. Em estágios mais adiantados geralmente se transforma em câncer dos 
pulmões. 
 
2.2.4.5. Regras no Manuseio de Gases 
1) Armazenar em locais bem ventilados, secos e resistentes ao fogo. 
2) Proteger os cilindros do calor e da irradiação direta. 
3) Manter os cilindros presos à parede de modo a não caírem. 
4) Separar e sinalizar os recipientes cheios e vazios. 
5) Utilizar sempre válvula reguladora de pressão. 
6) Manter válvula fechada após o uso. 
7) Limpar imediatamente equipamentos e acessórios após o uso de gases 
corrosivos. 
8) Somente transportar cilindros com capacete (tampa de proteção da válvula) e em 
veículo apropriado. 
9) Não utilizar óleos e graxas nas válvulas de gases oxidantes. 
10) Manipular gases tóxicos e corrosivos dentro de capelas. 
11) Utilizar os gases até uma pressão mínima de 2 bar, para evitar a entrada de 
substâncias estranhas. 
 
 
12 
 
2.2.4.6. Manuseio de Produtos Químicos 
 Regras de segurança para manuseio de produtos químicos: 
1) Nunca manusear produtos sem estar usando o equipamento de segurança 
adequado para cada caso. 
2) Usar sempre material adequado. Não faça improvisações. 
3) Esteja sempre consciente do que estiver fazendo. 
4) Comunicar qualquer acidente ou irregularidade ao seu superior e a Segurança. 
5) Não pipetar, principalmente, líquidos cáusticos ou venenosos com a boca. Use 
os aparelhos apropriados. 
6) Procurar conhecer a localização do chuveiro de emergência e do lava-olhos e 
saiba como usá-lo corretamente. 
7) Nunca armazenar produtos químicos em locais impróprios. 
8) Não fumar nos locais de estocagem e no manuseio de produtos químicos. 
9) Não transportar produtos químicos de maneira insegura, principalmente em 
recipientes de vidro e entre aglomerações de pessoas. 
 
2.2.4.7. Descarte de Produtos Químicos 
 O descarte de Produtos Químicos deve ser feito em “frascos específicos para 
este fim” e “nunca devem ser jogados na pia”. 
 
2.2.4.8. Aquecimento no Laboratório 
 Ao se aquecerem substâncias voláteis e inflamáveis no laboratório, deve-se 
sempre levar em conta o perigo de incêndio. 
Solventes com ponto de inflamabilidade menor 0ºC, necessariamente 
precisam ser manuseados em banho-maria quando aquecido. 
 
Produto Ponto de Inflamabilidade (ºC) 
Éter Etílico -40 
n-hexano -23 
Acetona -18 
Dimetilformamida 62 
 
Para temperaturas inferiores a 100ºC use preferencialmente banho-maria ou 
banho a vapor. 
 Para temperaturas superiores a 100ºC use banhos de óleos. Parafina 
aquecida funciona bem para temperaturas de até 220ºC; glicerina pode ser aquecida 
até 150ºC sem desprendimento apreciável de vapores desagradáveis. Banhos de 
silicone são os melhores, mas são também os mais caros. 
 Uma alternativa quase tão segura quanto os banhos são as mantas de 
aquecimento. O aquecimento é rápido e eficiente, mas o controle da temperatura 
não é tão conveniente como em banhos. Mantas de aquecimento não são 
recomendadas para a destilação de produtos muito voláteis e inflamáveis como: éter 
de petróleo e éter etílico. 
 Para altas temperaturas (>200ºC) pode-se empregar um banho de areia. O 
aquecimento e o resfriamento do banho deve ser lento. 
 Chapas de aquecimento podem ser empregadas para solventes menos 
voláteis e inflamáveis. Nunca aqueça solventes voláteis em chapas de aquecimento, 
por exemplo, éter. Ao aquecer solventes, como etanol ou metanol, em chapas, use 
um sistema munido de condensador. 
 
 
13 
 Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto são recomendados 
para líquidos não inflamáveis, por exemplo, água. 
 
2.3. Rotulagem (Símbolos de Riscos) 
 
2.3.1. Facilmente Inflamável (F) 
a) Classificação: Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com 
pontos de inflamação inferior a 21 ºC, substâncias sólidas que 
são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam 
substâncias facilmente inflamáveis por ação de umidade. 
b) Precaução: Evitar contato com o ar, a formação de misturas 
inflamáveis gás-ar e manter afastadas de fontes de ignição. 
 
2.3.2. Extremamente inflamável (F+) 
a) Classificação: Líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0 
ºC e o ponto máximo de ebulição 35 ºC; gases, misturas de gases 
(que estão presentes em forma líquida) que com o ar e a pressão 
normal podem se inflamar facilmente. 
b) Precauções: Manter longe de chamas abertas e fontes de ignição. 
 
2.3.3. Tóxicos (T) 
a) Classificação: A inalação, ingestão ou absorção através da pele, 
provoca danos à saúde na maior parte das vezes, muito graves ou 
mesmo a morte. 
b) Precaução: Evitar qualquer contato com o corpo humano e 
observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, 
teratogênicos ou mutagênicos. 
 
2.3.4. Muito Tóxico (T+) 
a) Classificação: A inalação, ingestão ou absorção através da pele, 
provoca danos à saúde na maior parte das vezes, muito graves ou 
mesmo a morte. 
a) Precaução: Evitar qualquer contato com o corpo humano e 
observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, 
teratogênicos ou mutagênicos. 
 
2.3.5. Corrosivo (C) 
 
a) Classificação: por contato, estes produtos químicos destroem o 
tecido vivo, bem como vestuário. 
b) Precaução: Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, 
os olhos e vestuário. 
 
 
2.3.6. Oxidante (O) 
a) Classificação: Substâncias comburentes podem inflamar 
substâncias combustíveis ou acelerar a propagação de incêndio. 
 
 
14 
b) Precaução: Evitar qualquer contato com substâncias combustíveis. Perigo de 
incêndio. O incêndio pode ser favorecido dificultando a sua extinção. 
 
2.3.7. Nocivo (Xn) 
a) Classificação: Em casos de intoxicação aguda (oral, dermal ou 
por inalação), pode causar danos irreversíveis à saúde. 
b) Precaução: Evitar qualquer contato com o corpo humano, e 
observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, 
teratogênicos ou mutagênicos. 
 
2.3.8. Irritante (Xi) 
 
a) Classificação: Estesímbolo indica substâncias que podem 
desenvolver uma ação irritante sobre a pele, os olhos e as vias 
respiratórias. 
b) Precaução: Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele e 
os olhos. 
 
2.3.9. Explosivo (E) 
 
a) Classificação: Este símbolo indica substâncias que podem 
explodir sob determinadas condições. 
b) Precaução: Evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e 
ação do calor. 
 
2.4. Lista de Alguns Reagentes Incompatíveis 
 A lista a seguir das substâncias química na coluna do lado esquerdo devem 
ser transportados, armazenados, usadas e descartadas de tal maneira que, 
acidentalmente, não entre em contato com as correspondentes substâncias 
químicas na coluna do lado direito. Estes reagentes reagem violentamente se 
ocorrer um contato acidental entre eles, resultando em uma explosão, ou pode 
produzir gases altamente tóxicos ou inflamáveis. No entanto, deve-se lembrar que 
esta lista não é de maneira nenhuma completa, mas serve unicamente como um 
guia para os reagentes mais comumente usado. 
 
Ácido Acético Etileno glicol, compostos contendo hidroxilas, ácido nítrico, 
ácido perclórico, permanganatos e peróxidos, oxido de 
cromo VI 
Acetona Bromo, cloro, ácido nítrico e ácido sulfúrico 
Acetileno Bromo, cloro, cobre, mercúrio e prata 
Metais alcalinos e alcalinos 
terrosos (Ca, Ce, Li, Mg, K, 
Na) 
Dióxido de carbono, hidrocarbonetos clorados e água 
Alumínio e suas ligas 
(principal/em pó) 
Soluções ácidas ou alcalinas, persulfato de amônio e água, 
cloratos, compostos clorados nitratos, Hg, Cl, hipoclorito de 
Ca, I2, Br2, HF 
Amônia (anidra) Bromo, hipoclorito de cálcio, cloro, ácido fluorídrico, iodo, 
mercúrio e prata, metais em pó, ácido fluorídrico 
 
 
15 
Perclorato de amônio, 
permanganato ou persulfato 
Materiais combustíveis, materiais oxidantes tais como 
ácidos, cloratos e nitratos 
Nitrato de amônio Ácidos, cloratos, cloretos, chumbo, nitratos metálicos, 
metais em pó, compostos orgânicos, metais em pó, 
compostos orgânicos combustíveis finamente dividido, 
enxofre e zinco 
Anilina Peróxido de hidrogênio ou ácido nítrico, nitrometano e 
agentes oxidantes 
Peróxido de bário Compostos orgânicos combustíveis, matéria oxidável e água 
Bismuto e suas ligas Ácido perclórico 
Bromo Acetona, acetileno, amônia, butadieno, butano e outros 
gases de petróleo, hidrogênio, metais finamente divididos, 
carbetos de sódio e terebentina 
Carbeto de cálcio ou de sódio Umidade (no ar ou água) 
Hipoclorito de cálcio Amônia ou carvão ativo 
Cloratos e percloratos Ácidos, alumínio, sais de amônio, cianetos, fósforo, metais 
em pó, substâncias orgânicas oxidáveis ou combustíveis, 
açúcar, sulfetos e enxofre 
Cloro Acetona, acetileno, amônia, benzeno, butadieno, butano e 
outros gases de petróleo, hidrogênio, metais em pó, 
carboneto de sódio e terebentina 
Dióxido de cloro Amônia, sulfeto de hidrogênio, metano e fosfina 
Ácido crômico [Cr(VI)] Ácido acético glacial, anidrido acético, álcoois, matéria 
combustível, líquidos, glicerina, naftaleno, ácido nítrico, éter 
de petróleo, hidrazina 
Hidroperóxido de cumeno Ácidos (minerais ou orgânicos) 
Cianetos Ácidos e álcalis, agentes oxidante, nitritos Hg(IV) nitratos 
Flúor Maioria das substâncias (armazenar separado) 
Hidrocarbonetos (benzeno, 
butano, gasolina, propano, 
terebentina, etc) 
Bromo, cloro, ácido crômico, flúor, peróxido da hidrogênio, 
peróxido de sódio 
Ácido fluorídrico Amônia, (anidra ou aquosa) 
Ácido cianídrico Álcalis e ácido nítrico 
Peróxido de hidrogênio 3% Crômio, cobre, ferro, com a maioria dos metais ou seus sais, 
álcoois, acetona, substância orgânica 
Ácido sulfídrico Ácido nítrico fumegante ou ácidos oxidantes 
Iodo Acetileno, amônia, (anidra ou aquosa) e hidrogênio 
Lítio Ácidos, umidade no ar e água 
Hidreto de lítio e alumínio Ar, hidrocarbonetos cloráveis, dióxido de carbono, acetato 
de etila e água, 
Magnésio (principal/em pó) Carbonatos, cloratos, óxidos ou oxalatos de metais pesados 
(nitratos, percloratos, peróxidos fosfatos e sulfatos) 
Óxido de mercúrio Enxofre 
Mercúrio Acetileno, metais alcalinos, amônia, ácido nítrico com 
 
 
16 
etanol, ácido oxálico 
Nitrato Matéria combustível, ésteres, fósforo, acetato de sódio, 
cloreto estagnoso, água e zinco em pó 
Ácido nítrico (concentrado) Ácido acético, anilina, ácido crômico, gases inflamáveis, gás 
cianídrico, substâncias nitráveis 
Ácido nítrico Álcoois e outras substâncias orgânicas oxidáveis, ácido 
iodidrico, magnésio e outros metais, fósforo e etilfeno, ácido 
acético, anilina óxido Cr(IV), ácido cianídrico 
Nitrito Cianeto de sódio ou potássio 
Nitro parafinas Álcoois inorgânicos 
Ácido oxálico Mercúrio ou prata, Agentes oxidantes 
Oxigênio (líquido ou ar 
enriquecido com O2) 
Gases inflamáveis, líquidos ou sólidos como acetona, 
acetileno, graxas, hidrogênio, óleos, fósforo 
Ácido perclórico Anidrido acético, álcoois, bismuto e suas ligas, graxas, óleos 
ou qualquer matéria orgânica, agentes redutores 
Peróxidos (orgânicos) Ácido (mineral ou orgânico) 
Fósforo Cloratos e percloratos, nitratos e ácido nítrico, enxofre 
Pentóxido de fósforo Compostos orgânicos, água 
Fósforo vermelho Matéria oxidante 
Fósforo branco Ar (oxigênio) ou qualquer matéria oxidante 
Ácido pícrico Amônia aquecida com óxidos ou sais de metais pesados e 
fricção com agentes oxidantes 
Potássio Ar (unidade e/ou oxigênio) ou água 
Cloratos ou percloratos de 
potássio 
Ácidos ou seus vapores, matéria combustível, 
(especialmente solventes orgânicos), fósforo e enxofre 
Permanganato de potássio Benzaldeído, etilenoglicol, glicerina e ácido sulfúrico, 
enxofre, piridina, dimetilformamida, ácido clorídrico, 
substâncias oxidáveis 
Prata Acetileno, compostos de amônia, ácido nítrico com etanol, 
ácido oxálico e tartárico 
Cloratos de sódio Ácidos, sais de amônio, matéria oxidável, metais em pó, 
anidrido acético, bismuto, álcool pentóxido, de fósforo, 
papel, madeira 
Nitrito de sódio Compostos de amônio, nitratos de amônio ou outros sais de 
amônio 
Peróxido de sódio Ácido acético glacial, anidrido acético, álcoois benzaldeído, 
dissulfeto de carbono, acetato de etila, etileno glicol, furfural, 
glicerina, acetato de etila e outras substâncias oxidáveis, 
metanol, etanol 
Enxofre Qualquer matéria oxidante 
Ácido Sulfúrico Cloratos, percloratos e permanganatos de potássio 
Água Cloreto de acetilo, metais alcalinos terrosos seus hidretos e 
óxidos, peróxido de bário, carbonetos, ácido crômico, 
oxicloreto de fósforo, pentacloreto de fósforo, pentóxido de 
 
 
17 
fósforo, ácido sulfúrico e trióxido de enxofre, etc 
Cloreto de zinco Ácidos ou matéria orgânica 
Zinco em pó Ácidos ou água 
Zircônio (principal/em pó) Tetracloreto de carbono e outros carbetos, pralogenados, 
peróxidos, bicarbonato de sódio e água 
Carvão Ativo Hipoclorito de Cálcio e oxidantes 
Cobre Acetileno, peróxido de hidrogênio 
Ácido Fórmico Metais em pó, agentes oxidantes 
Peróxidos Metais pesados, substâncias oxidáveis, carvão ativado, 
amoníaco, aminas, hidrazina, metais alcalinos 
 
2.5. Referências 
 
1. Manual de Segurança para o Laboratório de Química - IQ - UNICAMP CIPA/CPI, 
1982. 
2. Manual de Prevenção de Acidentes em Laboratórios - Departamento de Química - 
UFSM, 1986. 
3. Normas de Segurança da Merck (posters), 1997. 
4. Segurança com produtos químicos Manual da Merck. 
5. Riscos químicos – FIOCRUZ. 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_quimicos.html, acessado 
em m06/06/2013. 
6. Escola virtual. Ciências Físico-Químicas. 
http://www.escolavirtual.pt/assets/conteudos/downloads/7cfq/cfq70104pdf01.pdf, 
acessado em 06/06/2013.18 
 
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
3.. ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS CIENTÍFICOS 
 
3.1. Aspectos Gerais 
 Tanto na indústria quanto na área acadêmica, a forma de contato mais 
importante e, às vezes, a única que o profissional de laboratório tem de reportar os 
frutos de seu trabalho é através de um relatório. Por mais valioso que seja o 
trabalho, terá pouco interesse se os resultados não forem transmitidos de um modo 
claro e objetivo. Por isso, todo o trabalho experimental, para ser útil, deve ser 
convenientemente relatado, tendo o trabalho sucesso ou não. 
 O relatório consiste em uma apresentação lógica, simples e sistemática das 
ideias e conclusões referentes ao objetivo do trabalho. Deve fornecer não só uma 
descrição geral do trabalho efetuado, como também os resultados e as conclusões 
obtidas a partir destes. Nas empresas, um relatório deve ser entendido pelo pessoal 
técnico e utilizado por este como instrumento de trabalho. 
 Relativamente à escrita do relatório, todo o texto, e particularmente a 
descrição do trabalho experimental deve ser feita na forma reflexiva ou na terceira 
pessoa, no passado. Por exemplo, em vez de “pesamos a amostra”, deve-se 
escrever “pesou-se a amostra” ou “a amostra foi pesada”. 
 Por fim, o leitor não deve ter que folhear 20 páginas de descrições tediosas 
até encontrar os resultados. Por isso sugere-se a divisão do relatório nas seções 
mencionadas a seguir. Cada uma delas deve começar em uma nova página, 
convenientemente anunciada, sendo as mesmas numeradas. 
 Um trabalho mal apresentado e de difícil leitura, dá uma impressão de má 
qualidade. É evidente que, se for necessário esforço para ler e decifrar um relatório 
restará menos energia para a compreensão do conteúdo do mesmo. Sendo assim, 
uma boa apresentação não deve ser nunca dispensada na elaboração de um 
relatório. 
 
3.2. Seções do Relatório de Química Geral Aplicada 
 O relatório deve ser estruturado nas seguintes secções: 
 
Página de título (capa) 
 A página de título deve conter a informação necessária para identificar o 
trabalho e os seus autores, as datas de início e fim do trabalho e de entrega do 
relatório. Esta seção não tem um caráter apenas estético, mas também informativo. 
 
Sumário 
 Contém títulos de seções e subseções, discriminadamente, permitindo o fácil 
acesso a estas. 
 
Introdução 
 Inicialmente a introdução deve fornecer uma breve revisão histórica 
relacionada com o trabalho experimental. Deve conter um resumo das bases 
teóricas que suportam o problema proposto, sendo obrigatória a referência no texto 
 
 
19 
das fontes de informação utilizadas. Em seguida deve ser informado das questões 
pertinentes e trabalho prévio que se relacionam com o trabalho atual. Ao fim da 
introdução, um breve parágrafo deve ser redigindo informando o objetivo do 
trabalho. 
 Em suma, a introdução servirá para fornecer ao leitor não familiarizado com o 
assunto um conhecimento mais completo do trabalho realizado, assim como a teoria 
que está na base deste. 
 
Materiais e Métodos 
 Nesta seção todo o procedimento experimental efetuado para a obtenção dos 
resultados deve ser detalhado. Esta seção tem importância fundamental em um 
relatório. Se o leitor duvidar dos resultados obtidos deve poder repetir o trabalho, 
com rigor, baseado unicamente no procedimento experimental descrito. Quando o 
trabalho é realizado a partir de publicações ou procedimentos padrões, é suficiente a 
referência do processo utilizado e respectiva fonte bibliográfica. No caso de se 
modificarem estes métodos, devem ser referidas as alterações. 
 
Resultados e Discussões 
 Esta seção não deve ser um arranjo de tabelas e gráficos. Deve ser um texto 
descritivo dos dados registrados e dos resultados obtidos, onde devem ser 
introduzidas as tabelas e os gráficos. Nesta seção devem ser anotados todos os 
dados, tais como leituras de tempo, pesagens, etc., e observações feitas durante a 
experiência. Todos os gráficos devem ser legendados, com os eixos bem 
referenciados e as unidades devidamente assinaladas. Devem aparecer exemplos 
de cálculo, em apêndice, que permitam ao leitor a confirmação dos resultados 
apresentados. 
 A discussão deve ser crítica, detalhada e baseada nas seções precedentes. 
Deve indicar o significado e a precisão dos resultados. Todas as hipóteses, 
limitações, possibilidades de erro, possibilidades de falsas interpretações etc., 
devem ser salientadas. Serão apresentadas as bases para as conclusões do 
trabalho. 
 O leitor deve ser conduzido sistematicamente através dos fatos, teorias e 
argumentos para as conclusões finais. 
 
Conclusões 
 As conclusões são uma continuação direta da discussão e devem ser sempre 
justificadas e complementadas com os dados experimentais e resultados obtidos. 
 
Referências Bibliografias 
 A maior parte da informação utilizada é obtida de várias fontes bibliográficas, 
tais como livros, artigos ou comunicações. Para dar crédito a essas fontes e registrá-
las para posterior referência é necessário uma lista conveniente que possibilite um 
acesso fácil. As referências devem ser numeradas, dentro de um parêntesis, ou 
colocadas por ordem alfabética dos autores. A citação deve ser realizada de acordo 
com as normas de citação bibliográfica da ABNT (NBR 6023, 2002). 
 
Apêndices 
 Nos apêndices devem figurar informações complementares necessárias para 
o entendimento do relatório, mas que, devido à sua menor importância, não 
configuram obrigatoriamente o corpo do mesmo. 
 
 
20 
 
3.3. Aspectos Gráficos: Formatação impressa 
 Deve ser apresentado em papel branco, formato A4 (210 mm x 297 mm), 
impresso em uma só face da folha. 
 
Espaçamento entre linhas: 1,5 cm 
Tipo de Letra: Times New Roman 
Tamanho da Fonte: 12 
 
Margens 
 As margens, definidas a partir das bordas da folha de papel, devem obedecer 
às seguintes medidas: 
 
Superior: 2,5 cm 
Inferior: 2,5 cm 
Esquerda: 3,0 cm 
Direita: 2,5 cm 
 
 
3.3. Referências 
 
1. ABNT. Informação e documentação - Referências - Elaboração, NBR 6023, 2002. 
 
 
 
 
21 
 
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QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS USADOS EM LABORATÓRIOS DE QUÍMICA 
 
4.1. Materiais de Vidro 
 
 
BALÃO DE FUNDO CHATO 
Utilizado como recipiente para conter líquidos ou 
soluções, ou mesmo, fazer reações com 
desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o 
TRIPÉ com TELA DE AMIANTO. 
 
 
BALÃO DE FUNDO REDONDO 
Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e 
evaporação a vácuo, acoplado a ROTAEVAPORADOR. 
 
 
BALÃO VOLUMÉTRICO 
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de 
soluções em laboratório. 
 
 
BECKER 
É usado para realizar reações entre soluções, dissolver 
substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e 
aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a TELA DE 
AMIANTO. 
 
 
DESSECADOR 
Usado para guardar substâncias em atmosfera com 
baixo índice de umidade. 
 
 
 
 
 
22 
 
ERLENMEYER 
Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos, 
dissolver substâncias e proceder reações entre 
soluções. 
 
 
 
FUNIL DE SEPARAÇÃO 
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na 
extração líquido/líquido. 
 
 
BURETA 
Aparelho utilizado em análises volumétricas. 
 
 
FUNIL COMUM 
Usado na filtração e para retenção de partículas 
sólidas. Não deve ser aquecido. 
 
 
KITASSATO 
Utilizado em conjunto com o FUNIL DE BUCHNER em 
FILTRAÇÕES a vácuo. 
 
 
PROVETA OU CILINDRO GRADUADO 
 
Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não 
pode ser aquecida. 
 
 
PIPETA GRADUADA 
Utilizada paramedir pequenos volumes. Mede volumes 
variáveis. Não pode ser aquecida. 
 
 
23 
 
 
PIPETA VOLUMÉTRICA 
Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não 
pode ser aquecida, pois possui grande precisão de 
medida. 
 
 
VIDRO DE RELÓGIO 
Peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises 
e evaporações. Não pode ser aquecida diretamente. 
 
 
TUBO DE ENSAIO 
Empregado para fazer reações em pequena escala, 
principalmente em testes de reação em geral. Pode ser 
aquecido, com movimentos circulares e com cuidado, 
diretamente sob a chama do BICO DE BUNSEN. 
 
 
BASTÃO DE VIDRO ou BAGUETA 
Usado na agitação e transferência de líquidos. 
 
 
CUBA DE VIDRO OU CRISTALIZADOR 
Recipiente utilizado para manter misturas refrigerantes 
e para finalidades diversas. 
 
 
BALÃO DE DESTILAÇÃO 
Usado em destilações. Possui saída lateral para 
condensação dos vapores. 
 
 
TERMÔMETRO 
 
 
 
PLACA PETRI 
Usado para fins diversos. 
 
 
 
 
 
24 
4.2. Materiais de Porcelana 
 
 
FUNIL DE BUCHNER 
Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a 
função de FILTRO em conjunto com o KITASSATO. 
 
 
ALMOFARIZ COM PISTILO 
Usado na trituração e pulverização de sólidos. 
 
 
CADINHO 
Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer 
substâncias a seco e com grande intensidade, por isto 
pode ser levado diretamente ao BICO DE BUNSEN. 
 
 
CÁPSULA DE PORCELANA 
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das 
soluções. 
 
 
25 
4.3. Acessórios e Equipamentos 
 
 
ANEL OU ARGOLA 
Usado como suporte do funil na filtração. 
 
 
BALANÇA DIGITAL 
Para a medida de massa de sólidos e líquidos não 
voláteis com grande precisão. 
 
 
BICO DE BÜNSEN 
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. 
Mas contemporaneamente tem sido substituído pelas 
MANTAS E CHAPAS DE AQUECIMENTO. 
 
 
ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO 
É usada para suporte de os TUBOS DE ENSAIO. 
 
 
PÊRA 
Usada para pipetar soluções. 
 
 
ESCOVAS DE LIMPEZA 
Usadas para limpeza de tubos de ensaios e outros 
materiais. 
 
 
PINÇA DE MADEIRA 
Usada para prender o TUBO DE ENSAIO durante o 
aquecimento. 
 
 
 
26 
 
PINÇA METÁLICA 
Usada para manipular objetos aquecidos. 
 
 
PISSETA OU FRASCO LAVADOR 
Usada para lavagens de materiais ou recipientes 
através de jatos de água, álcool ou outros solventes. 
 
 
SUPORTE UNIVERSAL 
Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para 
Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. 
Serve também para sustentar peças em geral. 
 
 
TELA DE AMIANTO 
Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do 
amianto é distribuir uniformemente o calor recebido 
pelo BICO DE BUNSEN. 
 
 
TRIPÉ 
Usado com TELA DE AMIANTO e BICO DE BUNSEN 
para efetuar aquecimento de soluções. 
 
 
ESPATULAS E COLHERES 
Usados quando se deseja pesar reagentes para 
preparação de soluções. 
 
 
TROMPA D’ÁGUA 
Usada com o funil de Buchner e Kitassato para realizar 
uma filtração. 
 
 
 
 
27 
 
ESTUFA 
Utilizada para secagem de material; costuma alcançar 
até 300°C. 
 
 
MUFLA 
Usada para calcinações (temperaturas até 1500 ºC) 
 
 
TRIÂNGULO DE PORCELANA 
Usado para sustentar cadinho de porcelana em 
aquecimento direto na chama do bico de Bunsen. 
 
 
MUFA 
Usada para montar aparelhagens em geral. 
 
 
GARRA METÁLICA 
Usada para montagem de aparelhagem em geral. 
 
 
4.4. Referências 
1. Constantino, M. G.; Silva, G. V. J.; Donate, P. M. Fundamentos de Química 
experimental. EDUSP, São Paulo, 2004. 
2. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G. S. L.; Bispo, J. G. Química Básica 
Experimental. 3ª ed., Ícione, São Paulo, 2006. 
 
 
 
 
 
 
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QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
PRÁTICA 1: USO DE VIDRARIAS 
 
OBJETIVO 
 Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volume em laboratório. 
 
INTRODUÇÃO 
 Em trabalho de laboratório, as medidas de volume aproximadas são 
realizadas na quase totalidade dos casos com provetas graduadas e de modo muito 
grosseiro, com becker com escala. As medidas volumétricas, tidas como precisas, 
são feitas com aparelhos volumétricos. 
 A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com 
elevada precisão. Para efetuar tais medidas são empregados vários tipos de 
aparelhos, que podem ser classificados em duas categorias: a) aparelhos calibrados 
para dar escoamento a determinados volumes e b) aparelhos calibrados para conter 
um volume líquido. Na primeira classe estão contidas as pipetas e as buretas e, na 
segunda, estão incluídos os balões volumétricos. 
 A leitura de volumes de líquidos claros deve ser feita pela parte inferior e a de 
líquidos escuros pela parte superior do menisco, como ilustrado pela Figura 1. 
 
Figura 1. Procedimento de leitura de líquidos. 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
1) Becker de 250 mL 
2) Erlenmeyer e 250 mL 
3) Proveta de 100 mL 
4) Pipeta volumétrica de 25 mL 
5) Pipeta graduada de 10 mL 
6) Bureta de 50 mL 
7) Cronômetro 
8) Funil simples 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
1) Medir 50 mL de água em um béquer e transferir para o erlenmeyer. Verificar o erro na 
escala e anotar: _____________. Transferir para a proveta graduada e realizar a 
leitura do volume. Verificar a precisão e anotar: ______________. 
 
 
29 
2) Medir 50 mL de água na proveta graduada e transferir para o béquer. Verificar o erro 
na escala e anotar: ______________. Transferir para o erlenmeyer. Verificar a 
precisão e anotar:_______________. 
3) Pipetar 25 mL de água usando a pipeta volumétrica. Transferir para a proveta. 
Comparar a precisão das escalas e anotar _____________. 
4) Pipetar com uma pipeta graduada (transferindo para diferentes tubos de ensaio), 
1,5 mL; 3 mL; 4,5 mL e 7 mL. 
5) Encher um bureta com água (ajustando o menisco e verificando se não há ar em parte 
alguma perto da torneira). Transferir o volume para o erlenmeyer. Comparar a 
precisão das escalas e anotar: _________________. 
6) Encher novamente a bureta, ajustar o menisco e transferir para o erlenmeyer, gota a 
gota, marcando o tempo de escoamento dos primeiros 25 ml. Aguardar 30 segundos, 
ler novamente o volume escoado da bureta e anotar: ______________. 
 
QUESTIONÁRIO 
1) Faça um esquema de cada tipo de aparelho de medição volumétrica usado nessa 
prática, classificando-os em precisos e não precisos. 
2) Quando deve ser usada uma pipeta volumétrica? E uma graduada? 
 
Referências 
 
1. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G. S. L.; Bispo, J. G. Química Básica Experimental. 
3ª ed., Ícione, São Paulo, 2006. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
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QUIMICA GERAL APLICADA 
 
PRÁTICA 2: FILTRAÇÃO 
 
OBJETIVO 
 Demonstrar algumas técnicas de separação de misturas. 
 
INTRODUÇÃO 
 A filtração tem por finalidade separar um sólido de um líquido e é realizada 
passando a mistura através de um meio filtrante que retém as partículas do sólido. 
Esse meio pode ser: papel de filtro, algodão, tecido, vidro sinterizado, porcelana 
porosa ou fibras de vidro. O mais usado em laboratório é o papel de filtro. Existem 
papéis de filtro de várias porosidades e a escolha depende do tamanho e da 
natureza das partículas do sólido. 
 A passagem do líquido através do meio filtrante pode ser realizada pela ação 
da gravidade (filtração simples, Figura 1) oupor redução da pressão (filtração por 
sucção, Figura 2). 
 
Figura 1. Filtração simples. 
 
Figura 2. Filtração a vácuo. 
 
 
31 
 
Filtração simples 
 Nesse tipo de filtração utiliza-se um funil simples dentro do qual é adaptado 
um papel de filtro no formato de cone, Figura 1. 
 Inicialmente humedece-se o papel com uma pequena quantidade de solvente 
com que está trabalhando. Efetua-se a filtração, tomando o cuidado de não encher o 
papel de filtro até a borda. Os últimos traços do sólido são transferidos para o papel 
de filtro com o auxílio de jatos de solventes, utilizando uma pisseta. Lava-se o sólido 
com pequenas porções do solvente. 
 Quando se deseja efetuar uma filtração mais rápida utiliza-se papel 
pregueado, que apresenta maior área filtrante. 
 
Filtração por sucção ou a vácuo 
 Nesse tipo de filtração utiliza-se um frasco Kitassato, provido de um funil de 
Buchner, e conecta-o a uma trompa d’água, através da saída lateral do frasco. 
Corta-se um papel de filtro na forma circular, cujo diâmetro deve ser 1 a 2 mm menor 
de que o diâmetro interno do funil. Coloca-se o papel no funil de modo a cobrir os 
seus orifícios sem, entretanto, chegar até as paredes do mesmo. Liga-se a trompa 
de água. Umedece-se o papel de filtro com o solvente e efetua-se a filtração. 
Terminada a filtração, abre-se a entrada de ar do frasco kitassato, antes de fechar a 
torneira da trompa de água. Este tipo de filtração tem vantagens sobre a filtração 
simples, por ser mais rápida e por deixar menor quantidade de impurezas e solvente 
no sólido. 
 
MATERIAL E REAGENTES 
 
Materiais 
1) Vidro de relógio 
2) Papel de filtro 
3) Frasco kitassato 
4) Bastão de vidro 
5) Funil de Büchner 
6) Trompa d’água ou trompa de vácuo 
7) Becker 
8) Funil simples 
9) Balança 
10) Erlenmeyer 
 
Reagentes 
1) Amostras A, B e C 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Filtração simples 
1) Pese 2,000 g da amostra A em um becker. 
2) Adicione 10 mL de água destilada e agite até que a mistura se torne visualmente 
homogênea. 
3) Submeta a amostra A a um separação por filtração simples. Anote o tempo antes 
e após terminar a filtração. 
4) Repita os procedimentos (1), (2) e (3) para as amostras B e C. 
 
 
32 
 
Filtração a vácuo 
1) Pese 2,000 g da amostra A em um becker; 
2) Adicione 10 mL de água destilada e agite até que a mistura se torne visualmente 
homogênea. 
3) Submeta a amostra A a um separação por filtração a vácuo. Anote o tempo antes 
e após terminar a filtração. 
4) Repita os procedimentos (1), (2) e (3) para as amostras B e C. 
 
QUESTIONÁRIO 
1) Além da filtração existem outras técnicas de separação. Cite essas técnicas e 
fale sobre cada uma delas. Use imagens para ilustrar as técnicas de separação. 
2) Por que a filtração a vácuo é mais rápida do que a filtração simples? 
3) Se quisermos separar areia de um precipitado bastante solúvel que técnicas ou 
sequências de operações devemos usar? 
 
 Referências 
1. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G. S. L.; Bispo, J. G. Química Básica 
Experimental. 3ª ed., Ícione, São Paulo, 2006. 
 
 
 
 
33 
 
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
QUIMICA GERAL APLICADA 
 
PRÁTICA 3: Medidas e tratamento de dados 
 
OBJETIVO 
 Usar corretamente e ler: termômetro, balanças, pipetas e provetas; 
 Utilizar algarismos significativos; 
 Distinguir o significado de “precisão e exatidão” 
 
INTRODUÇÃO 
 Nas ciências exatas é essencial quantificar e mensurar formas e conceitos. As 
propriedades fundamentais medidas diretamente são: comprimento, massa, tempo e 
temperatura. Outras propriedades como volume, densidade ou velocidade são 
quocientes ou produtos das fundamentais. 
 
Exemplos: 
Volume = (comprimento)3 
Densidade = massa / (comprimento)3 
Velocidade = comprimento/tempo 
 
O sistema utilizado para expressar a grandeza dessas propriedades é o 
Sistema Internacional de Unidades (SI). 
Na química as mais comuns são: 
Nome Símbolo Unidade 
mega M 106m 
kilo k 10
3m 
deci d 10
-1m 
centi c 10
-2m 
mili m 10
-3m 
micro µ 10
-6m 
nano n 10
-9m 
angstrons Å 10
-10m 
pico p 10
-12m 
 
Os algarismos significativos expressam o valor de uma determinada grandeza 
medida experimentalmente ou de um resultado calculado, de modo que apenas o 
último dígito seja duvidoso. 
Exemplo: Considere a leitura do volume da proveta (Figura 1a). Observe que 
a superfície da água não é plana, isso ocorre em vidravias como bureta, proveta, 
 
 
34 
(c) (d) 
pipetas para líquidos claros. A essa superfície curva chamamos de menisco. E a 
leitura do volume deve ser feita sempre no ponto mais baixo do menisco. 
Os valores das leituras das figuras 1a e 1b são 20,46ml e 14,60ml, 
respectivamente. Na tentativa de medir com a maior precisão possível, foi 
necessário fazer uma estimativa do último algarismo. Com certeza o volume da 
proveta da figura 1ª é maior que 20,4 e menor que 20,5ml, mas o ultimo algarismo é 
duvidoso. Já a leitura do volume 14,60ml, como o menisco coincide com a 
graduação, o valor exato irá depender do desvio médio das medidas. Em ambos os 
casos, o volume é expresso com 4 algarismos significativos, sendo o último 
algarismo duvidoso. 
 
 
Figura 1: (a) e (b) Leituras dos volumes de provetas com diferentes precisões; (c) e 
(d) Leituras de temperaturas em termômetros com diferentes precisões. 
 
 Na figura 1c, a leitura do termômetro indica que o valor está entre 25 e 26oC. 
Na tentativa de medir a temperatura com precisão de até uma casa depois da 
vírgula, foi necessário fazer uma estimativa do último algarismo, sendo este 
duvidoso. Portanto, a medida apresenta 3 algarismos significativos. Já na figura 1d, 
a leitura da temperatura é de 25,78oC ou 25,79oC, ppois o termômetro possui 
divisões de 0,1oC, permitindo estimar o valor da temperatura com até 4 algarismos 
significativos, sendo o último duvidoso. 
 De qualquer foma, o valor que melhor representa uma medida é a media 
aritmética dos valores medidos. Por exemplo, são realizadas 5 medidas de volumes 
com uma proveta e obtêm-se os seguintes valores: 20,46; 20,42; 20,45; 20,48; 
20,48. O valor que representa essas medidas é o valor médio 20,46ml. 
 O desvio de cada medida é dado pelo módulo da diferença entre cada medida 
e o valor médio. 
|20,46-20,46|= 0,00 
|20,42-20,46|= 0,04 
|20,45-20,46|= 0,01 
|20,48-20,46|= 0,02 
|20,48-20,46|= 0,02 
Valor médio = 0,02ml 
 Portanto, o valor da medida é 20,46±0,02ml. 
 
 
(a) (b) 
 
 
35 
Regras de arredondamento 
 
a Se o dígito que segue o último algarismo significativo for menor que 5, o dígito a 
ser arredondado permanece inalterado. 
b. Se o dígito que segue o último algarismo significativo for maior ou igual a 
5, o dígito a ser arredondado é aumentado em uma unidade. 
 
Algarismos significativos do resultado de um cálculo 
 
a. Adição e Subtração – considera-se o menor número da casas decimais. 
 
b. Multiplicação e Divisão – considera-se o menor número de algarismos 
significativos. 
 
Precisão e Exatidão 
Todas as medidas possuem um determinado erro que é muitas vezes limitado pelo 
equipamento. 
Exatidão – concordância do valor medido com o valor verdadeiro (correto). 
Precisão – proximidade de diversos valores de uma medida entri si (maior precisão, 
menor desvio médio). 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
1) Termômetro 
2) Bastão de vidro 
3) Rolha de borracha 
4) Rolha de vidro 
5) Béquer de 100ml 
6) Cadinho de porcelana 
7) Provetade 25 ml 
8) Pipeta volumétrica de 20 ml 
9) Balança 
10) Sal de cozinha 
11) Gelo 
12) Conta-gotas 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
A) Medidas de massa 
 
1. Segure em suas mãos, separadamente, o cadinho de porcelana, as rolhas de 
borracha e de vidro e tente estimar qual é o mais leve e o mais pesado. Numere-os 
de 1 a 3, (1 = mais leve e 3=mais pesado). Anote na Tabela 1. 
2. Pese cada um dos objetos e anote as massas medidas na Tabela 1. 
 
Tabela 1: Ordem das massas estimadas e massas medidas 
Material Ordem da massa estimada Massa medida 
 
 
 
 
 
36 
3. Pese um béquer de 100ml e anote. Adicione 50 gotas de água destilada com um 
conta-gotas e pese o conjunto, anote. O objetivo desse experimento é determinar o 
volume de uma gota de água. 
 
Massa do béquer: __________ 
Massa do béquer = 50 gotas de água: __________ 
Massa de 50 gotas de água: __________ 
 
B) Medidas de volume 
 
1. Pese um béquer seco de 100ml. Meça 20ml de água destilada com uma proveta, 
coloque-a no béquer e peso-o novamente. 
2. Repita o procedimento da adição de 20ml de água, mais duas vezes e anote os 
pesos obtidos na Tabela 2. 
3. Descarte a água e adicione 20 ml de água destilada utilizando uma pipeta 
volumétrica. Anote os dados obtidos na Tabela 2. 
 
 Proveta Pipeta 
Massa do béquer vazio 
Massa do béquer + 1a adição de 20 ml de água 
Massa do béquer + 2a adição de 20 ml de água 
Massa do béquer + 3a adição de 20 ml de água 
Massa da 1a adição de 20 ml de água 
Massa da 2a adição de 20 ml de água 
Massa da 3a adição de 20 ml de água 
Média das massas de água 
Desvio de cada medida em relação a média 1a 
Desvio de cada medida em relação a média 2a 
Desvio de cada medida em relação a média 3a 
Desvio médio 
Valor da medida _____±____ml _____±____ml 
 
C) Medidas de temperatura 
1. Coloque 50 ml de água da torneira em um béquer de 100ml, meça a temperatura 
com um termômetro e anote. Observação: Durante a leitura mantenha o bulbo do 
termômetro totalmente imerso na água, sem tocar as paredes do béquer. 
Temperatura da água da torneira: __________oC 
 
2.Pese aproximadamente 5 g de sal de cozinha e reserve na sua bancada. 
 
3. Em um béquer de 100 ml, adicione 20 ml de água de torneira e 4 cubos de gelo, 
agite a mistura, meça a temperatura e anote. 
Temperatura da água com gelo: __________oC 
 
 
37 
 
4. Adicione o sal de cozinha pesado anteriormente na sua mistura de água e gelo. 
Agite a mistura com o auxilio de um bastão de vidro. Espere 2 minutos e meça a 
temperatura. Agite novamente e faça pelo menos mais 3 leituras com um intervalo 
de 1 minuto entre cada uma delas. Anote todas as medidas de temperatura 
realizadas. 
Temperatura da água da torneira com gelo e sal após 2 min: __________oC 
__________oC; __________oC; __________oC 
 
 
QUESTIONÁRIO 
1. Qual a leitura das vidrarias a seguir: 
a) Proveta b)Pipeta 
 
 
 
 
2. Quantos algarismos significativos existem em cada uma das medidas: 
a) 23,9 cm3 
b) 20,55 ml 
c) 0,029g 
d) 2,014x10-3L 
e) 5X1018 átomos 
f) 18,0 mg 
 
3. Arredonde os seguintes números de forma que fiquem com 2 algarismos 
significativos: 
a) 81,42 ________________ d) 14,2________________ 
b) 0,517________________ e)135________________ 
c) 2,31x10-5________________ f) 0,445________________ 
 
4. Escreva os números abaixo de forma que fiquem com 2 algarismos significativos e 
em potencia de 10 (notação científica): 
a) 2.567,3 ________________ b) 0,0145 ________________ 
c) 0,000387 ________________ d) 0,00000006832 ________________ 
e) 3.150 ________________ f) 0,05499 ________________ 
 
5. A massa de 6,000g de uma peça de ferro é medida 3 vezes em duas balaças 
diferentes, obtendo os seguintes resultados: 
Pesagem Massa 1 (gramas) Massa 2 (gramas) Massa 3 (gramas) 
Balança 1 6,01 5,99 6,02 
Balança 1 5,97 5,88 5,91 
 
a) Calcule o desvio médio para cada conjunto de medidas da balança 
 
 
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b) Que balança é mais precisa? Explique sua resposta 
c) Que balança é mais exata? Explique sua resposta. 
 
6. Faça os cálculos e apresente a resposta com o número adequado de algarismos 
significativos: 
a) 345 x 12= _____________ b) 8.345,00 x 0,00035=___________ 
c) 345,436 + 2345,4=____________ d) 456,986 – 234,78= ____________
 
 
 
Referências 
1. Experiências de Química Geral, Bruno Szpoganicz, Nito A. Debacher, Eduardo 
Standler. 2 ed. – Florianópolis – SC. Fundação do ensino da Engenharia em Santa 
catarina, 2005. 
 
 
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QUIMICA GERAL APLICADA 
 
PRÁTICA 3: DENSIDADE 
 
OBJETIVO 
 Determinar, experimentalmente, a densidade de dois líquidos e um sólido. 
 
INTRODUÇÃO 
 Uma propriedade específica de qualquer substância é a propriedade 
determinada pela sua natureza e que independe da quantidade de substância 
examinada. Geralmente, tal propriedade é representada por uma qualidade 
particular ou por um valor numérico, que varia com a substância. 
 A densidade que é definida como a massa da substância por unidade de 
volume, d=m/V, é expressa nos trabalhos científicos em gramas por mililitro (ou 
gramas por centímetro cúbico) para os sólidos e líquidos e em gramas por litro para 
os gases. 
 Para se determinar a densidade, devemos medir o volume e a massa de uma 
quantidade dada da substância em questão. A densidade pode ser calculada depois 
dividindo-se a massa pelo volume. 
 Um método adequado para medir o volume de um sólido, independente do 
seu formato, consiste em mergulhá-lo em uma quantidade conhecida de água e 
observar o volume deslocado. O aumento do volume, medido pelo deslocamento da 
água, determina o volume do sólido. 
 Quanto maior é a temperatura, maior é o volume de uma mesma massa de 
substância; em consequência, um aumento de temperatura produz, com muito 
poucas exceções, uma diminuição da densidade. Isto significa que, quando se 
exprime a densidade absoluta de uma mesma substância, é necessário especificar 
em que temperatura e pressão foi feita a determinação. 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
Materiais 
1) Balança analítica 
2) Termômetro 
3) Proveta de 50 mL 
4) Balão volumétrico de 50 mL 
5) Becker de 500 mL 
6) Parafuso 
 
Reagentes 
1) Álcool etílico 
2) Água destilada 
 
 
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Determinar a densidade da água e do álcool etílico 
1) Encher o becker de 500 mL com água e mergulhar um termômetro por 15 
minutos. Anotar a temperatura da água: ____________. Consultar um 
HANDBOOK e anotar a densidade da água na temperatura medida: 
____________ e a densidade do álcool etílico: ____________. 
2) Pesar separadamente 2 balões volumétricos de 50 ml e anotar sua massa, 
mbv1=____________, mbv2=____________. mbv1 e mbv2 são as massas dos 
balões vazio 1 e 2. 
3) Em um balão volumétrico adicionar água até 50 ml e no outro álcool etílico até 
50 ml. 
4) Pesar os balões volumétricos contendo a água e o álcool etílico e anotar sua 
massa, mbc1=____________, mbc2=____________. mbc1 e mbc2 são a massa do 
balão cheio 1 (água) e 2 (álcool etílico). 
5) Determinar a massa de água (ma), ma=mbc1-mbv1=___________, e a do álcool 
etílico (mae), mae=mbc2-mbv2=___________. 
6) Calcular a densidade dos líquidos a partir de suas massas e densidades. 
 
Determinar a densidade do sólido 
1) Pesar o parafuso e anotar sua massa, mp=____________. 
2) Colocar na proveta 30 mL de água. 
3) Colocar na proveta, contendo 30 mL de água, o parafusoanteriormente pesado 
(incline a proveta levemente para colocar o parafuso, evitando quebrar a 
proveta). Anotar o volume observado (Vo) e determinar o volume deslocado 
(volume do parafuso, Vp), Vp=Vo-30,0. 
 
 
Referências 
1. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G. S. L.; Bispo, J. G. Química Básica 
Experimental. 3ª ed., Ícione, São Paulo, 2006. 
 
 
 
 
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PRÁTICA 4: PREPARO DE SOLUÇÕES 
 
OBJETIVO 
 Preparar soluções a partir de reagente de grau analítico. 
 
INTRODUÇÃO 
 A preparação de uma solução é uma das etapas necessária e obrigatória em 
uma análise química. Por isso é necessário que o laboratorista tenha conhecimento 
de alguns conceitos da química, como: mol, concentração molar e outras formas de 
expressar a quantidade de uma substância. 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
 
Materiais 
1) Pipeta volumétrica de 20 mL 
2) Balão volumétrico de 100 mL 
3) Becker de 50 mL 
4) Funil simples 
5) Recipiente plástico para armazenar 
as soluções 
6) Pincel 
7) Pêra 
8) Espátula 
9) Balança analítica 
 
Reagentes 
1) Hidróxido de sódio (NaOH) 
2) Cloreto de sódio (NaCl) 
3) Ácido clorídrico (HCl) 
4) Ácido sulfúrico (H2SO4) 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
1) Preparar uma solução de 100 mL a 0,1 mol L-1 de NaOH. 
2) Preparar uma solução de 100 mL a 0,5 mol L-1 de sódio a partir de NaCl. 
3) Preparar uma solução de 100 mL a 0,1 mol L-1 de HCl. 
4) Preparar uma solução de 100 mL a 0,5 N de H2SO4. 
 
 
 
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PRÁTICA 5: TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS 
 
OBJETIVO 
 Observar os fenômenos químicos e físicos e diferenciar experimentalmente 
um fenômeno químico e físico. 
 
INTRODUÇÃO 
Quando analisamos o estado de um sistema, devemos estar atentos para identificar 
quantos tipos de matérias constituem esse sistema. Essa identificação é feita por 
meio das propriedades macroscópicas específicas de cada material, antes e depois 
de transformação. 
 
Transformação física 
 Dizemos ser uma transformação física todo processo em que a modificação 
do estado inicial de um sistema ocorre sem a formação de novos materiais, mas sim 
com alterações em algumas propriedades do material. 
 
Transformação química 
 Uma transformação química é caracterizada quando, no processo de 
modificação do estado inicial do sistema, ocorre a formação de pelo menos um novo 
tipo de material. 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
 
Materiais 
1) Becker 
2) Bastão de vidro 
3) Vidro de relógio 
4) Erlenmeyer 
5) Chapa aquecedora 
6) Tubo de ensaio 
7) Barra Magnética 
 
 
 
Reagentes 
1) Palha de aço 
2) Naftalina 
3) Amônia 
4) Cloreto de sódio 
5) Sulfato de cobre 
6) Ácido acético 
7) Bicarbonato de sódio 
8) Hidróxido de potássio 
 
 
 
 
 
 
43 
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAL 
 
EXPERIMENTO 1 
1) Corte 36cm2 de papel alumínio e amasse em forma de bola 
2) Coloque o papel alumínio amassado num béquer de 100ml e adicione sobre ele 
NaOH 10%. 
3) Recolha o gás formado com um béquer de 250ml, vertendo o béquer de 250 ml 
sobre o de 100 ml. 
4) Mantenha o béquer contendo o gás na mesma posição e acenda uma chama sob 
o béquer. 
5) Anote o que foi observado e conclua. 
EXPERIMENTO 2 
1) Colocar em um erlenmeyer pedras de naftalina e fechar com um vidro relógio. 
2) Levar para o aquecimento na chapa aquecedora, anotar o que foi observado. 
 
EXPERIMENTO 3 
1) Adicionar em um tubo de ensaio 1 ml de CuSO4 a 5%. 
2) Adicionar 3ml de NaCl saturado e 1ml de amônia (1:1), anotar o que foi 
observado. 
 
EXPERIMENTO 4 
1) Colocar em um tubo de ensaio 2 ml de ácido acético. 
2) Adicionar bicarbonato de sódio (apenas uma pequena quantidade na ponta da 
espátula). 
 
EXPERIMENTO 5 
1) Colocar em um erlenmeyer 10 ml de Hidróxido de Potássio 10%. Adicionar 
pedaços de papel alumínio 
2) Fechar com um béquer, anotar o que foi observado. 
 
 
 
 
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QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
PRÁTICA 6: ÁCIDOS E BASES 
 
OBJETIVO 
 Identificar e verificar algumas propriedades funcionais dos ácidos e bases. 
 
INTRODUÇÃO 
 Há muito tempo, quando a química ainda nem existia como ciência, uma 
substância era definida como ácida ou básica segundo o seu sabor. Uma substância 
era tida como ácida quando possuía sabor azedo e, básica, quando possuía sabor 
amargo. Posteriormente, na tentativa de encontrar uma relação entre a constituição 
de uma substância e seu caráter ácido, Lavoisier introduziu a teoria do oxigênio, 
segundo a qual todos os ácidos continham oxigênio. Entretanto, Bertholet e Davy 
descobriram que apesar das substâncias HCN, H2S e HCl não conterem oxigênio, 
eram substâncias ácidas, prevalecendo, assim, a teoria do hidrogênio, segundo a 
qual todos os ácidos continham hidrogênio. A partir daí surgiram outras teorias 
ácido-base que são apresentadas a seguir. 
 
Teorias Ácido-Base 
 
Teoria Ácido-Base de Arrhenius 
 Para Arrhenius, ácidos são compostos, que em solução aquosa, ionizam-se, 
produzindo o íon hidrônio, H3O
+, e base são compostos que, em solução aquosa, 
dissociam-se, liberando íons hidroxila, OH-. A seguir são apresentados exemplos de 
ácidos e bases de Arrhenius: 
HCl + H2O → H3O
+ + Cl- (ácido) 
NaOH → Na+ + OH- (base) 
 
Teoria Ácido-Base de Brønsted-Lowry 
 Essa teoria foi introduzida independentemente por Johannes Brønsted (da 
Dinamarca) e Martin Lowry (da Inglaterra), em 1923. Para eles, uma substância era 
tida como ácida quando fosse capaz de doar um próton (íon H+) para outra 
substância e, como básica, quando era capaz de aceitar um próton de outra 
substância em uma reação química. A seguir são apresentados exemplos de ácidos 
e bases de Brønsted-Lowry: 
HCl + H2O → H3O
+ + Cl- (ácido) 
NH3 + H2O NH4
+ + OH- (base) 
 
 
 
 
45 
Indicadores de pH 
 Um indicador de pH, também chamado indicador ácido-base, é um composto 
químico que é adicionado em pequenas quantidades a uma solução, permitindo 
conhecer se a solução é ácida, básica ou neutra. Esses indicadores de pH são, 
frequentemente, ácidos ou bases fracas que quando adicionados a uma solução se 
ligam aos íons H+ ou OH-. Ao interagir com esses íons a configuração eletrônica do 
indicador é alterada e, consequentemente, a solução assumi uma nova cor. 
 A seguir são apresentados alguns indicadores de pH, bem como a cor que 
eles assumem dependendo do meio em que se encontra. 
 
Indicador Cor em pH baixo Faixa de pH Cor em pH alto 
Fenolftaleína Incolor 8,2 – 10,0 Vermelho 
Alaranjado de metila Vermelho 3,1 – 4,4 Amarelo 
Azul de tornassol Vermelho 1,0 – 6,9 Azul 
Vermelho de Metila Vermelho 4,4 – 6,2 Amarelo 
Azul de Bromotimol Amarelo 6,0 – 7,6 Azul 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
 
Materiais 
1) Tubo de ensaio 
2) Suporte de tubo de ensaio 
3) Espátula 
4) Papel de indicador de pH 
 
Reagentes 
1) Solução de fenolftaleína, C20H14O4 
2) Solução de alaranjado de metila 
3) Solução de Hidróxido de sódio, NaOH 
4) Solução de Hidróxido de amônio, NH4OH 
5) Solução de ácido clorídrico, HCl 
6) Solução de ácido sulfuríco, H2SO4 
7) Solução de ácido fosfórico, H3PO4 
8) Solução de ácido acético, CH3COOH 
9) Solução de bicarbonato de sódio, NaHCO3 
10) Solução de hipoclorito de sódio, NaClO 
 
PROCEDIMENTOEXPERIMENTAL 
 
Comportamento de ácidos e bases na presença de indicadores 
 
1) Adicionar 10 mL de água em 9 tubos de ensaio; 
 
 
46 
2) Adicionar 2 mL de cada solução abaixo em cada tubo de ensaio contendo 
água e, em seguida, adicione fenolftaleína. Caso não seja observado mudança 
de cor, adicione alaranjado de metila ao tubo que contem a solução que não 
alterou sua cor original. Medir o pH de cada solução usando papel indicador de 
pH. 
 
Tubo Solução Papel indicador de pH Fenolftaleína Alaranjado de metila 
1 NaOH 
2 HCl 
3 CH3COOH 
4 H2SO4 
5 H3PO4 
6 NH4OH 
7 NaHCO3 
8 NaClO 
9 Água 
 
 
Referências 
1. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G. S. L.; Bispo, J. G. Química Básica 
Experimental. 3ª ed., Ícione, São Paulo, 2006. 
 
 
 
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QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
PRÁTICA 7: REAÇÕES QUÍMICAS – PARTE 1 
 
OBJETIVOS 
 Identificar os diferentes tipos de reações químicas e classificá-las. 
 
INTRODUÇÃO 
 A reação química resulta da transformação na composição e estrutura da 
matéria dando origem a outras substâncias. As substâncias originais são chamadas 
de reagentes e as que resultam após a reação são os produtos. 
 
Classificação das Reações Químicas 
 
Quanto ao conteúdo de energia: 
1) reações exotérmicas. 
2) reações endotérmicas. 
 
 As reações exotérmicas são aquelas que ocorrem com liberação de calor. 
Enquanto as reações endotérmicas são aquelas que absorvem calor. 
 
Quanto ao produto da reação: 
1) reação de síntese 
2) reação de decomposição (ou análise) 
3) reação de simples troca (ou deslocamento) 
4) reação de dupla troca 
5) reação oxirredução. 
 
 A reação de síntese resulta quando mais de um reagente se combina dando 
origem a um único produto. Exemplo: 
S(s) + O2(g) → SO2(g) 
SO2(g) H2O(l) → H2SO3(aq) 
 A reação de decomposição (ou análise) resulta quando de um único reagente 
se obtem mais de um produto. Exemplo: 
CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g) 
 A reação de simples troca (ou deslocamento) resulta quando uma substância 
simples reage com uma substância composta deslocando desta última uma nova 
substância simples. Exemplo: 
Fe(s) + CuSO4(aq) → FeSO4(aq) + Cu(s) 
 
 
48 
 A reação de dupla troca resulta quando dois reagentes permutam seus íons 
ou radicais entre si dando origem a dois novos compostos. Exemplo: 
FeS(aq) 2HCl(aq) → FeCl2(aq) + H2S(g) 
 A reação de oxi-redução resulta quando diferentes espécie reagem cedendo 
ou recebendo elétrons. A espécie que cede elétrons é redutora e a que recebe 
elétrons é oxidante. 
Fe2O3(s) + 3CO(g) → Fe(s) + 3CO3(g) 
 
MATERIAIS E REAGENTES 
 
Materiais 
1) Estantes para tubos de ensaio 
2) Pipetas de 1 mL, 5 mL e 10 mL 
3) Pinça tesoura 
4) Pinça madeira 
5) Cápsula de porcelana 
6) Espátula 
7) Becker de 100 mL 
8) Provetas de 50 mL e 10 mL 
9) Termômetro 
10) Bastão de vidro 
 
Reagentes 
1) Solução de cloreto de sódio 0,1 M 
2) Solução de iodeto de potássio a 0,1 M 
3) Solução de brometo de potássio 0,1 M 
4) Magnésio em fita 
5) Solução de cloreto de ferro III a 3% 
6) Solução de amido 
7) Solução de hidróxido de sódio a 10% 
8) Fenolftaleína 
9) Solução de hidróxido de sódio 1 M 
10) Fio de cobre 
11) Solução de nitrato de prata a 5% 
12) Palha de aço (bombril) 
13) Solução de sulfato de cobre II 1 M 
14) Carbonato de cálcio 
15) Solução de ácido clorídrico 1 M 
16) Água oxigenada 
17) Solução de ácido sulfúrico diluido 
18) Hidróxido de sódio 
19) Solução de tiocianato de amônio a 5% 
20) Acetato de sódio 
 
 
 
49 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
1) Em um tubo de ensaio, adicionar cerca de 5,0 mL de solução de cloreto de 
sódio à 5,0 mL de solução de Nitrato de sódio. Observar e anotar. 
2) Colocar em um tubo de ensaio 5,0 mL de solução de cloreto de ferro III e 
adicionar 1,0 mL de solução de hidróxido de sódio a 10%. Observar se houver 
formação de um precipitado, caso contrário, adicionar um pouco mais de base. 
Escrever a reação química e classificá-la. Indicar qual o composto insolúvel 
formado. 
3) Em um tubo de ensaio contendo cerca de 3 mL de solução de nitrato de 
prata, imergir cerca de 1 cm de fio de cobre. Continuar a prática e observar após 
cinco minutos. Anotar. Escrever a reação química e classificá-la. 
4) Colocar em um tubo de ensaio 3 mL de solução de sulfato de cobre II. 
Introduzir uma pequena porção de palha de aço de forma que a a mesma fique 
totalmente imersa na solução. Observar e anotar o que ocorre. Escrever a reação 
química e classificá-la. 
5) Colocar em um tubo de ensaio cerca de 1 g de carbonato de cálcio. Adicionar 
5 mL de ácido clorídrico 1 M. Observar e Anotar. Escrever a reação química e 
classificá-la. 
6) Colocar 3,0 mL de solução de iodeto de potássio em um tubo de ensaio. 
Adicionar 3,0 mL de ácido sulfúrico diluído. Agitar. Adicionar 3,0 mL de água 
oxigenada. Agitar. Adicionar 2 gotas de uma solução de amido. Observar e 
anotar. Escrever a reação química e classificá-la. 
7) Dissolver uma pequena quantidade de hidróxido de sódio em 5,0 mL de água 
destilada verificar sua temperatura. Anotar. 
8) Colocar 5 ml de água destilada em um tubo de ensaio. Verificar a temperatura 
e anotar. Em seguida adicionar uma pitada de cloreto de potássio, agitar até 
completa dissolução. Verificar a temperatura e anotar. 
9) 
 
Referências 
1. Trindade, D. F.; Oliveira, F. P.; Banuth, G. S. L.; Bispo, J. G. Química Básica 
Experimental. 3ª ed., Ícione, São Paulo, 2006. 
 
 
 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
PRÁTICA 8: REAÇÕES QUÍMICAS – PARTE 2 (PRECIPITAÇÃO, COMPLEXAÇÃO, 
OXIDAÇÃOREDUÇÃO E ÁCIDO-BASE) 
 
INTRODUÇÃO 
1.1. Reações de precipitação 
 Uma reação de precipitação produz um produto pouco solúvel em água, um 
precipitado. Os reagentes dessas reações são geralmente compostos iônicos 
solúveis em água. 
Exemplo: AgNO3(aq) + NaCl(aq)  AgCl (s) + NaNO3(aq) 
Um precipitado é um composto sólido insolúvel formado durante reação 
química em solução. 
As reações de precipitação obedecem à seguinte regra geral: 
2. AX + BY  AY + BX 
Exemplo: AgNO3(aq) + KCl(aq)  AgCl (s) + KNO3(aq) 
Tais reações são chamadas de reações de dupla troca. 
 
Regras de solubilidade 
 Certos compostos como o cloreto de sódio (NaCl) se dissolvem facilmente em 
água e são chamados de solúveis, outros não se solubilizam em água como o 
carbonato de cálcio (CaCO3) e são insolúveis. 
Tabela 1: Regras de solubilidade em água de compostos iônicos comuns. 
 
 
 
51 
1.2. Reações de complexação 
 Em análises químicas inorgânicas ocorrem várias reações que levam à 
formação de complexos. Um complexo é formado de um íon central e de vários 
ligantes intimamente coordenados a ele. Os ligantes atuam como bases de Lewis 
(doadores de pares eletrônicos), fazendo ligações coordenadas com o íon central, o 
qual atua como ácido de Lewis (receptores de pares de elétrons). 
 
1.3. Reações de oxirredução 
Muitas reações químicas acontecem com transferência de elétrons. Nesses casos, 
ocorrem mudanças no estado de oxidação das espécies químicas, acompanhada de 
troca de elétrons entre reagentes. Em um equilíbrio redox, o reagente que cede 
elétrons é o redutor, e sofre oxidação; o reagente que recebe elétrons é o oxidante e 
sofre redução. Há alguns reagentes que participam de reações dessa natureza, tais 
como: permanganato de potássio

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