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Análise do processo de purificação por cristalização de um sólido X Larissa de Oliveira Augusto Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Instituto de Química, 10/05/2018 INTRODUÇÃO O método de purificação por cristalização tem como base a utilização de um solvente em que o sólido a ser purificado seja insolúvel a frio e solúvel a quente, uma vez que se entende que a impureza e a parte pura podem ter solubilidades distintas em diferentes temperaturas. Se a impureza é mais solúvel que o sólido, esta estará presente no filtrado e o cristal formado será o sólido puro. Caso o contrário, a impureza estará presa no filtro e a substância pura estará presente no filtrado e o resfriamento deste resultará no sólido puro. ² A verificação da pureza do sólido se dá pela determinação de seu ponto de fusão. Se do início ao término da fusão, a temperatura variar (e até oscilar) bastante, o sólido não está completamente puro. Do contrário, se a temperatura não variar ou variar pouco em um intervalo de 1⁰C ou 2⁰C, o sólido está puro. ² Desse modo, este relatório propõe-se a analisar o processo de purificação de um determinado sólido X por meio da técnica de purificação por cristalização e a verificação do sucesso do processo por medição do ponto de fusão. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para verificar se o sólido x estava puro, foi feita uma calibragem do termômetro a ser utilizado por meio da medição do ponto de fusão de algumas substâncias (tabela 1), o que originou uma correlação entre os pontos de fusão observados e reais (gráfico 1). Tabela 1. Correlação entre os pontos de fusão observados e reais de substâncias¹ Substância Faixa PF observado (⁰C) PF considerado (⁰C)* PF Real (⁰C) Benzofenona 47-49 48-50 48,5 48 m-dinitrobenzeno 92-94 91-93 92,5 90 Ácido cinâmico 134-136 134-136 135 133 Ácido salicílico 158-160 157-159 158,5 159 Sólido X 122-124 123-124 123,25 121,4 *O PF considerado foi calculo a partir da média entre as médias das duas faixas de PF observado. É importante a escolha de um solvente para a purificação do sólido X e, para isso, algumas substâncias foram testadas (tabela 2). De acordo com os resultados da tabela 2, apenas a água destilada e o hexano apresentaram a condição satisfatória para a purificação do sólido X. Escolheu-se a água como solvente por ser o mais seguro e o menos tóxico em comparação ao hexano. Gráfico 1. A correlação observada a partir do gráfico é a equação da reta y = 0,98x + 0,6. Tabela 2. Verificação da solubilidade a frio e a quente do sólido X em algumas solventes Solvente Solubilidade a frio Solubilidade a quente Água destilada Não Sim Etanol Sim Hexano Não Sim Acetato de etila Sim Diclorometano Sim Acetona Sim É importante ressaltar que o sólido X apresentava duas impurezas, uma solúvel a frio e outra insolúvel a quente. Devido a isso, foi necessário realizar duas filtrações para purificá-lo completamente, uma vez que a primeira impureza não ultrapassou o papel de filtro, e o filtrado contendo o sólido X e a segunda impureza teve que ser resfriado e filtrado novamente, obtendo-se o sólido X puro após recristalização. A massa inicial de sólido X era de 2,1g e após a purificação a massa final foi de 1,4g resultando em um rendimento de 66,7% de recuperação. Foi necessário medir o ponto de fusão do sólido X (tabela 1) para verificar se de fato o sólido estava puro e, de acordo com o obtido, o sólido estava de fato puro pois não ultrapassou a faixa mínima de 2⁰C entre o começo e o término da fusão. CONCLUSÕES Deste trabalho, conclui-se que a técnica de purificação por cristalização é excelente para a purificação de compostos sólidos impuros, inclusive contendo duas impurezas, bem como para uma boa recuperação em massa do sólido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. David R. Lide; CRC Handbook of Chemistry and Physics 2. Vogel A.I.; Textboook of Practical Organic Chemistry, 5ªed.; Longman Scientific & Technical
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