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Bioquímica I Doutoranda: Talise Ellwanger Müller Professor: Denis Broock Rosemberg Santa Maria, 2017 Metabolismo de Lipídios Esquema básico do metabolismo dos lipídios Vertebrados Digestão, mobilização e transporte de gorduras Obtém gordura da dieta Mobilizam gorduras armazenadas em tecidos especializados Convertem o excesso de HC em gordura para exportação a outros tecidos Depende do estado metabólico TG da dieta: fornecem mais da metade das necessidades energéticas de órgãos como fígado e coração Digestão, mobilização e transporte de gorduras 1. SB emulsificam as gorduras da dieta no ID formando as micelas 2. Lipases intestinais degradam os TG 3. Os AG são absorvidos pela mucosa intestinal e convertidos em TG 4. Os TG são incorporados ao colesterol e APL nos QM 5. QM movem-se pelo sistema linfático e corrente sanguínea para os tecidos 6. A lipase lipoproteica ativada por Apo-C nos capilares converte o TG em AG + glicerol 7. Os AG entram nas células 8. Os AG são oxidados a combustíveis ou esterificados novamente para reserva Quilomicron Proteínas de ligação a peptídeos no sangue, responsáveis pelo transporte de TG, fosfolipídios, colesterol entre os órgãos QM: dinâmicas, em constante síntese, degradação e remoção do plasma Pico 3-6 horas após a refeição Constituem-se de uma monocamada de fosfolipídios envolvendo um núcleo de lipídios neutros, os TAGs e ésteres de colesterol Varias combinações de lipídeos e proteínas produzem partículas de densidades diferentes Classificação das Lipoproteínas Classificadas de acordo com a densidade em ultracentrifugação Dieta com mais AG que o necessário: fígado converte AG em TG empacotados com apolipoproteínas formando VLDL que é estocado no TECIDO ADIPOSO! Diferem na composição lipídica e proteica, no tamanho e densidade Catabolismo dos Lipídios “Oxidação dos AG de cadeia longa Acetil-CoA é uma via central de geração de energia” Ocorrência: jejum/exercício Triglicerídeo: glicerol + 3 AGs Mobilização das gorduras armazenadas no tecido adiposo e oxidação dos ácidos graxos No adipócito, a adrenalina (exercício) ou o glucagon (jejum, DM não tratado) ativam via AMPc , uma lipase hormônio sensível, que catalisa a hidrólise dos TG Destino dos AG: transportados pela albumina sérica para os tecidos onde serão oxidados Destino glicerol: gliconeogênese no hepatócito ou a síntese de novos TG Gliconeogênese β-oxidação dos AG Rota mitocondrial Como os ácidos graxos de cadeia longa atravessam a membrana mitocondrial? O transporte de AG de cadeia longa para a matriz mitocondrial, onde ocorre a β -oxidação, é realizado pela carnitina e este processo de transporte chama-se Lançadeira de Carnitina C entram na mitocôndria sem ajuda de transportadores Precisam passar pelas 3 reações do Ciclo da Carnitina AG < 12 C AG > 14 C Síntese do Acil-CoA Malonil Coa Biossíntese AG Passo limitante! Lançadeira de Carnitina 2- Acetil Coa é oxidado a CO2 no CK Acil CoA Graxo 3 - FADH2 e NADH formam ATP na CR 1- AG sofrem remoção oxidativa de sucessivas unidades de 2 C (Acetil-CoA) Reações da β-oxidação: primeira etapa 4 passos O primeiro ciclo da β- oxidação consiste em uma sequência de 4 reações, as quais resultam na diminuição em 2 C da cadeia do AG FADH2 NADH Acil-Coa desidrogenase Enoil Coa-hidratase β -hidroxiacil Coa desidrogenase Tiolase 1.5 ATP 2.5 ATP Reações da β-oxidação Essas 4 etapas são repetidas em nº de vezes igual a n/2 – 1 (onde n é o nº de C), sendo que cada ciclo produz um grupo acetila mais um NADH e um FADH2 A última clivagem tiólica produz 2 grupos acetila Ácidos graxos saturados com número par de carbono A oxidação de uma molécula de ácido palmítico até CO2 e H2O, por exemplo, produz mais de 100 ATP Energia produzida pela oxidação de ácidos graxos Uma grande quantidade de energia é produzida pela β -oxidação Palmitato (16 C) 7 etapas 7 NADH + 7 FADH2 + 8 acetil CoA Ocorre da mesma forma do que nos ácidos graxos de número par A última molécula formada é de 3 C, denominada propionil-CoA Necessitam 2 etapas adicionais: isomerase e redutase Ácidos graxos saturados com número ímpar de C Corpos Cetônicos Formam-se quando a síntese de Acetil-Coa excede a capacidade oxidativa do CK Síntese dos Corpos Cetônicos β -hidroxibutirato Combustível energético Coração Músculo esquelético Rins Cérebro CO2 + H2O Elevados em casos de DM descompensados Acidose CK Biossíntese de Ácidos Graxos Via diferente do catabolismo dos AGs (anabolismo) Conjunto diferente de enzimas Ocorrência: citosol Participação de intermediário de 3 carbonos Necessita de CO2 e NADPH para fornecer o poder redutor Carreador do grupamento acil: CITRATO Enzimas e translocases que participam do sistema de transporte do citrato Ocorrência: estado alimentado (pós absortivo) Glicose abundante no plasma Aumento da razão Insulina/Glucagon A glicose participa tanto da via glicolítica, servindo como fonte de glicerol e citrato, como da via das pentoses fosfato, fornecendo o NADPH necessário para a biossíntese de AGs Armazenados nos adipócitos como TAG Via das pentoses fosfato Primeira etapa - Síntese de malonil-CoA (3C) Etapa limitante da biossíntese de AGs Requer CO2, ATP e biotina para a formação do produto a partir do acetil-CoA Utiliza o Mn2+ como cofator Reação catalisada pela acetil-CoA carboxilase Biossíntese dos AG: rota citosólica destinada a produção habitual de palmitato (AG saturado de 16C) Todos os carbonos constituintes do palmitato são oriundos da acetil-CoA partindo de uma molécula precursora de 3C (malonil-CoA) Requer CO2, ATP e NADPH Complexo multienzimático da sintase de ácido graxo ou AG sintase Composto por enzimas individuais, capazes de promover reações sucessivas para adição sucessiva de duas moléculas de carbono oriundas da acetil-CoA na cadeia lipídica crescente. É associada a uma proteína denominada ACP ou proteína carreadora de acilas 4 etapas! Complexo AG sintase 1. Transferência do acetil-CoA para a ACP, formando acetil-ACP, sendo posteriormente acoplado à AG sintase formando acetil-sintase 2. Reação de transferência do malonilCoA para a ACP, formando ume ligação covalente entre malonil-ACP 3. Condensação entre os grupos acetil e malonil, na qual resulta acetoacetil-ACP, ocorrendo liberação de CO2 e a concomitante perda de uma molécula de C Reações de transferência e condensação da síntese de AG As etapas subsequentes incluem uma redução que utiliza NADPH, uma etapa de desidratação e uma segunda redução que também utiliza NADPH como molécula doadora de elétrons Forma-se o butiril-ACP (molécula de 4C) Condensação com outra molécula de Acetil-CoA... Acetoacetil-ACP D-B-hidroxibutiril-ACP Trans-Δ2-butenoil- ACP Butiril ACP Condensação B-cetoacil-ACP-redutase Redução B-cetoacil-ACP-sintase Desidratação B-hidroxiacil-ACP-desidratase Redução Enoil-ACP-redutase Biossíntese dos AG O posterior alongamento e modificação dos lipídios ocorre no retículo endoplasmático liso e por enzimas de sistemas microssomaispara posterior direcionamento a um determinado local Regulação do metabolismo de lipídios Insulina: ativação rotas de biossíntese Adrenalina e glucagon: ativação de rotas catabólicas Comparação entre o catabolismo e anabolismo de AGs Obrigada pela atenção! talise_tm@yahoo.com.br
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