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Relatório 1: Tensão Cisalhamento Trabalho apresentado à disciplina Resistencia dos materiais experimental – EME438P, como forma de obtenção de nota e aprimoramento dos conhecimentos. Douglas Naoki Shinkawa 2018000167 EAM Itajubá 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Resistência dos Materiais 1. Introdução Tensão de cisalhamento é um tipo de tensão gerada por forças aplicadas na mesma direção, mas em sentidos opostos, agindo paralelamente à seção transversal do material analisado. Figura 1: Forças de cisalhamento Como resposta ao esforço cortante, o material desenvolve em cada um dos pontos de sua seção transversal uma reação chamada resistência ao cisalhamento. A resistência de um material ao cisalhamento, dentro de uma determinada situação de uso, pode ser determinada por meio do ensaio de cisalhamento. A tensão de cisalhamento média é calculada por: 𝜏 = 𝐹 𝐴 , Onde A é a área da superfície e F a força. A distribuição das tensões de cisalhamento não pode ser considerada uniforme. Existem dois tipos de cisalhamento: simples e duplo. O simples é descrito pela equação supracitada. Já o duplo atua no dobro da área, ou seja: 𝜏 = 𝐹 2𝐴 . Os materiais possuem diversas propriedades. Dentre elas está a ductilidade. Ductilidade é a propriedade que representa o grau de deformação que um determinado material suporta até o momento de sua fratura. Ensaios de cisalhamento: A forma do produto final afeta sua resistência ao cisalhamento. É por essa razão que o ensaio de cisalhamento é mais frequentemente feito em produtos acabados, tais como pinos, rebites, parafusos, cordões de solda, barras e chapas. Do mesmo modo que nos ensaios de tração e de compressão, a velocidade de aplicação da carga deve ser lenta, para não afetar os resultados do ensaio. Normalmente o ensaio é realizado na máquina universal de ensaios, à qual se adaptam alguns dispositivos, dependendo do tipo de produto a ser ensaiado. Para ensaios de pinos, rebites e parafusos utiliza-se um dispositivo como o que está representado simplificadamente na figura a seguir. Figura 2: Esquema ensaio cisalhamento Ao se aplicar uma tensão de tração ou compressão no dispositivo, transmite-se uma força cortante à seção transversal do produto ensaiado. No decorrer do ensaio, esta força será elevada até que ocorra a ruptura do corpo. 2. Objetivo Determinar a tensão de cisalhamento dos pinos utilizados no ensaio, comparar as seções após a ruptura e verificar se os resultados obtidos condizem com o esperado. 3. Procedimentos Experimentais 3.1. Materiais: ● Três pinos de materiais diferentes: aço, cobre e alumínio. ● Paquímetro; ● Máquina de ensaio universal EMIC. 3.3. Métodos Primeiramente mediram-se os diâmetros de cada um dos pinos tomando-se nota dos valores observados em uma folha de dados. Feito isso, o pino de alumínio foi acoplado à máquina de ensaios já calibrada e conectada a um computador. Dado o comando, iniciou- se o cisalhamento até o rompimento do pino, com registros na tela do computador da força máxima, exercida durante o ensaio e um gráfico da aplicação de força em função do tempo. Após isso, o mesmo procedimento foi feito com o pino de cobre e, por fim, o de aço. 4. Resultados Para os ensaios foram utilizados os seguintes corpos de prova: Material Diâmetro (mm) Alumínio 3,20 Aço 3,20 Cobre 2,60 Utilizou os dados obtidos no laboratório para realizar os cálculos desejados, e obteve os seguintes resultados. 1) Para o ensaio com o corpo de prova de alumínio. Gráfico 1: Força (N) X Deslocamento (mm) Fonte: SciDavis Com os dados obtidos traçou o gráfico acima e determinou a força máxima (Fmax) e a tensão de cisalhamento (𝜏). Para o cálculo da tensão de cisalhamento utilizou a seguinte formula: 𝜏 = 𝐹𝑚𝑎𝑥 𝜋𝐷2 4 , (I) Logo, a força máxima do alumínio foi de Fmax = 752,27 (N), e a tensão de cisalhamento foi de 𝜏 = 93,54 x 106 (N/m²). 2) Para o ensaio com o corpo de prova de aço: Seguindo o mesmo método obteve o seguinte gráfico: Gráfico 2: Força (N) X Deslocamento (mm) Fonte: SciDavis A partir dos dados obteve a força máxima e a partir da formula (I) a tensão de cisalhamento. Logo, a força máxima do aço foi de Fmax = 3407 (N), e a tensão de cisalhamento foi de 𝜏 = 423,62 x 106 (N/m²). 3) Para o ensaio com o corpo de prova de cobre: Seguindo o mesmo método obteve o seguinte gráfico: Gráfico 3: Força (N) x Deslocamento (mm) Fonte: SciDavis A partir dos dados obteve a força máxima e a partir da formula (I) a tensão de cisalhamento. Logo, a força máxima do cobre foi de Fmax = 1120,60 (N), e a tensão de cisalhamento foi de 𝜏 = 211,06 x 106 (N/m²). A partir dos cálculos de tensão de cisalhamento máxima obtidos para cada corpo de prova, comparou-se com as tensões pesquisadas em bibliografias, em que encontrou para o alumínio, aço e cobre os seguintes valores respectivamente 180(Mpa), 420(Mpa) e 225(Mpa). Assim notou-se que os valores não eram exatamente os mesmos, pois a tensão em bibliografias são as tensões medias de cada corpo de prova, e como os corpos de prova vem de diferentes fontes há essas divergências. 5. Conclusão O estudo do cisalhamento é de extrema importância, pois envolve a segurança de estruturas, por exemplo. A Alta resistência do material nos diversos estados de tensão (tração, compressão, cisalhamento, flexão, etc.), o que permite aos elementos estruturais suportarem grandes esforços apesar de área relativamente pequena das suas seções. Se o material não for bem dimensionado para a necessidade, ou o material não foi indicado para a estrutura, equipamentos, etc. Pode sofrer o cisalhamento e se romper, colocando em risco a estrutura que estivesse. 6. Referencias https://pt.slideshare.net/knoxlomu/tipos-de-esforos-58463127 https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/28583/000769204.pdf http://www.set.eesc.usp.br/cadernos/nova_versao/pdf/cee25_51.pdf HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais, 3.º Ed., Editora Livros Técnicos e Científicos, 2000
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