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SAÚDE E AMBIENTE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
ANNA CAROLINA DOZORSKI
BRENO NICOLINI
MARIANA SANTOS FADANNI
MILENA MEIER
RAISSA PERROTTE MELLO ANTONIO
LEVANTAMENTO DE RISCOS À SAÚDE DO TRABALHADOR EM UM SUPERMERCADO DO MUNICÍPIO DE PIRAQUARA - PR
CURITIBA
2019
ANNA CAROLINA DOZORSKI
BRENO NICOLINI
MARIANA SANTOS FADANNI
MILENA MEIER
RAISSA PERROTTE MELLO ANTONIO
LEVANTAMENTO DE RISCOS À SAÚDE DO TRABALHADOR EM UM SUPERMERCADO DO MUNICÍPIO DE PIRAQUARA - PR
Projeto realizado para obtenção de nota parcial da unidade curricular de Saúde e Ambiente, no curso de graduação em Nutrição, Setor de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Paraná.
Professora orientadora: Marcia Oliveira Lopes
CURITIBA
2019
1 INTRODUÇÃO
A segurança do trabalho é fundamental por se tratar de parte do planejamento, organização, controle e execução do trabalho, ela objetiva reduzir permanentemente as possibilidades de ocorrência de acidentes, em outras palavras, são medidas técnicas que devem ser adotadas para a melhoria constante do ambiente de trabalho, proporcionando maior qualidade de vida a todos (ARAÚJO, 2010).
A proposta do trabalho é fazer um levantamento de riscos em um supermercado em piraquara nas áreas de panificação e açougue. Esse estabelecimento atua como comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância para produtos alimentícios secos e molhados. Levando em conta que o ambiente de trabalho de um supermercado é dinâmico e envolve atividades de ergonomia, movimentação de materiais em ambientes com características distintas em um mesmo espaço, este levantamento se justifica no sentido de que a gestão de riscos se torna determinante para este contexto, assim, a elaboração de um mapa de riscos sobressai como relevante para se compreender a realidade e traçar meios que possam proporcionar ambiente de trabalho mais seguro para os trabalhadores e produtivo para a empresa.
2 OBJETIVOS
Levantar os riscos aos quais trabalhadores estão expostos em seus locais de trabalho, açougue e panificadora de um supermercado localizado em Piraquara, Estado do Paraná.
3 METODOLOGIA
Com autorização previamente requisitada, visitamos um supermercado, mais especificamente as áreas de açougue e panificação, no município de Piraquara, Paraná. Para a avaliação dos riscos dos trabalhadores desses dois setores, aplicamos um check list baseado nas Normativas Regulamentadoras nº 6, referente ao Equipamento de Proteção Individual, nº 12, referente a Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos e nº 7, referente ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 
O check list foi aplicado juntamente com uma breve entrevista com os trabalhadores, visto que haviam questões que só eles poderiam nos responder, como itens relacionados ao funcionamento de máquinas, exames ocupacionais e utilização de EPIs na prática. Dessa forma, o check list e a entrevista contemplavam perguntas referentes aos equipamentos de proteção individuais (quais estavam disponíveis, se utilizavam, se havia suficiente para todos), referente às máquinas em que trabalhavam (se havia dispositivo de parada de emergência, se as proteções estavam intactas, se as áreas de circulação eram mantidas desobstruídas, se os trabalhadores recebiam algum tipo de treinamento para utilização das máquinas) e referente à saúde ocupacional (se eram realizados exames admissionais e periódicos, quais exames eram realizados). 
Optou-se pela elaboração do mapa de risco de acordo com a NR 9 - programa de prevenção de riscos ambientais, devido a sua importância no processo de efetivação para a segurança do ambiente laboral. O mapa de risco é uma representação gráfica dos riscos existentes nos locais do trabalho que são locados sobre a planta baixa da empresa e quantificados por círculos que podem ser pequenos, médios ou grandes, de acordo com a concentração e intensidade de riscos (ARAÚJO, 2010). Observando e tomando nota de todos os pontos que julgamos importantes, como o espaço entre as máquinas, o uniforme dos trabalhadores, as condições do ambiente de trabalho (quente, frio, úmido) e se o espaço de trabalho era o suficiente para o número de trabalhadores. Em seguida, ocorreu uma breve conversa com uma funcionária do supermercado, do setor de Recursos Humanos, que faz parte da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
Um mapeamento de riscos também faz parte desse trabalho, com posterior análise e interpretação dos riscos encontrados com base na NR 9 - programa de prevenção de riscos ambientais. Por fim, o trabalho final com considerações e sugestões de melhorias será apresentado ao local onde o levantamento foi realizado, ou seja, no supermercado.
4 RESULTADOS
4.1 PANIFICAÇÃO
Após a aplicação do check list e da entrevista com os funcionários que estavam presentes no local no turno da visita, colhemos os dados a seguir. Haviam cinco trabalhadores nesse setor, sendo três homens e duas mulheres, a média de idade era de trinta anos. Dos que estavam presentes, notamos que todos utilizavam uniforme de calça comprida, botas impermeáveis e aventais, uma funcionária vestia uma blusa de manga comprida, entretanto, o funcionário que estava lidando com o forno vestia uma camiseta de manga curta, deixando seu antebraço exposto, apesar de estar utilizando luvas de proteção térmica. 
As máquinas que possuíam no local eram o cilindro rotativo, batedeiras, masseira, fritadeiras, fornos, fatiadores e outros utensílios, como facas para corte de massas. Foi observado que o maquinário era mais antigo, portanto, nenhuma das máquinas possuía botão de parada de emergência. Em seguida foram feitas perguntas aos trabalhadores sobre o funcionamento dessas máquinas, o funcionário que utilizava a masseira relatou que quando a tampa é aberta, ela continua funcionando. No entanto, todas tinham proteção em seu botão de ligar, evitando o acionamento acidental e as batedeiras possuíam grade de proteção no acesso à zona do batedor. 
 Figura 1. Imagens da panificadora
Na figura 2, encontra-se a planta baixa da área de panificação, o grau de risco está condizente com a cor, sendo verde risco de agentes físicos, marrom de riscos de agentes biológicos, amarelo de agentes ergonômicos e azul de agentes mecânicos, sendo então:
Agentes físicos: calor (risco reduzido);
Agentes biológicos: bactéria, protozoário (risco reduzido);
Agentes ergonômicos: postura incorreta (risco reduzido);
Agentes mecânicos: arranjo físico deficiente, equipamentos inadequados (risco médio);
Figura 2. Planta baixa da área de panificação.
4.2 AÇOUGUE
Foi realizada aplicação de check list e entrevista com os funcionários do turno da manhã para avaliar os riscos. Neste setor trabalham oito pessoas, sendo quatro em cada turno. Destes, os presentes utilizavam uniforme e botas impermeáveis e antiderrapantes, visto que o piso do ambiente se encontrava molhado, é um EPI importante para evitar quedas. A área de açougue não é grande, mas considerando que apenas quatro funcionários trabalham em cada turno, não há problemas em relação ao espaço, circulação de pessoas e posicionamento das máquinas. Todos os maquinários possuíam tanto botão de parada de emergência quanto proteção, no moedor de carne havia um dispositivo de segurança, o qual impedia que o manipulador alcançasse com as mãos as lâminas, e também um dispositivo auxiliar para empurrar a carne. Na serra, entretanto, apesar de apresentar o botão de parada de emergência, não havia nenhum tipo de proteção entre o manipulador e a serra em sí, representando risco potencial. Os açougueiros utilizavam a luva de malha de aço e, quando questionados, responderam que havia em quantidade suficiente para os manipuladores na função, e que todos respeitavam seu uso. Também questionamos a respeito da jaqueta térmica, EPI necessáriopara entrada na câmara fria e nos informaram que havia jaquetas suficientes para todos os trabalhadores e que estavam em boas condições de uso. Quando questionados a respeito de acidentes, e dos cuidados necessários para a manipulação das máquinas, todos mostraram-se bem cientes do risco, e das medidas necessárias para minimizá-lo. Relataram apenas um acidente não grave na serra. Um trabalhador que conversamos tinha conhecimento da Normativa Regulamentadora nº 12, que trata da Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, e quando questionado a respeito de treinamentos para utilização das máquinas, ele afirmou que foi realizado um treinamento coletivo com os funcionários do açougue, por um empresa terceirizada, dentro do próprio setor e que quando funcionários novos entram, dirigem-se à esta empresa para receber o treinamento. Além disso, o mesmo trabalhador relatou na conversa que funcionários novos não começam no açougue já utilizando máquinas de maior risco, como a serra, mesmo que já possuam experiência anterior na função. No geral, o setor de açougue encontrou-se em boas condições na questão de segurança dos manipuladores. 
Figura 3. Imagens do açougue
Na figura 4, pode-se observar a planta baixa da área de açougue, o grau de risco está condizente com a cor, sendo verde risco de agentes físicos, marrom de riscos de agentes biológicos, amarelo de agentes ergonômicos e azul de agentes mecânicos, sendo então:
Agentes físicos: umidade (risco reduzido);
Agentes biológicos: bactéria, protozoário (risco médio);
Agentes ergonômicos: postura incorreta (risco reduzido);
Agentes mecânicos: arranjo físico deficiente (risco reduzido);
Figura 4. Planta baixa da área de açougue.
Em conversa com uma funcionária do supermercado, do setor de Recursos Humanos e que faz parte da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), ela relatou que entre os setores de panificação e açougue, o açougue apresentou mais acidentes até o momento, porém esses acontecimentos se encontram bem controlados no supermercado. Também comentou a ocorrência de um acidente na área de panificação, no qual o trabalhador se feriu levemente, porém ele estava cortando um pano, não foi decorrente do trabalho em si. Além disso, a questionamentos sobre qual é o procedimento no caso de um acidente e ela relatou que é aberto um CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) e o trabalhador é encaminhado para o pronto atendimento do plano de saúde, caso ele tenha, senão é encaminhado para o pronto atendimento público mais próximo. 
Considerando a Normativa Regulamentadora nº 7, referente ao Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, perguntamos à funcionária do RH e aos funcionários da panificação e açougue se são realizados exames, todos afirmaram que avaliações clínicas são feitas na admissão, na demissão e periodicamente (todos os anos).
5 DISCUSSÃO
De acordo com estudos, provindo de que a função da análise de risco a partir da elaboração de um mapa de risco é o de identificar situações que possam resultar em acidentes de trabalho ou ainda comprometer a integridade física e saúde dos trabalhadores, nos possibilita avaliar as consequências de eventos não desejados, possibilitando, com isso, a elaboração de estratégias de ação e prevenção para reduzir esses riscos.
Com base na avaliação da realidade do supermercado que todas as possibilidades de riscos, físico, químico, mecânico, ergonômico e biológico estão presentes. Com os resultados do checklist e nas informações coletadas com os funcionários, podemos concluir apesar da área trabalho não se encontrar isenta de alguns perigos ao trabalhador, o açougue possui mais medidas protetoras, como EPIs (luva malha de aço e jaqueta térmica, para usar quando forem pegar algo na câmara fria) além de máquinas mais novas e com mais segurança (botão de emergência e trava de segurança), tendo em sua maioria riscos reduzidos e risco médio em agentes biológicos, pelo fato de manusear carne crua. Já a panificadora, apresenta um maior número de perigos, sendo a maioria risco reduzido e tendo como risco médio agentes mecânicos, visto que a maioria das máquinas são mais antigas e não apresentam botão de emergência ou trava de segurança, como a masseira, por exemplo, que mesmo se aberta continua a funcionar. 
Foi observado também que ao questionar os funcionários a respeito de acidentes, só era considerado acidente de trabalho, danos com consequências mais graves, termos como “só um cortinho”, “uma queimadinha” foram citados pelos manipuladores dando pouca importância ao fato, mostrando a necessidade de estar sempre orientando a respeito, visto que conforme o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho (...) provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
6 CONSIDERAÇÕES
Agradecemos a professora da disciplina de Saúde e Ambiente pela oportunidade de ir a campo realizar esse trabalho que de fato somará de forma grandiosa à nossa vida acadêmica e profissional. Aos fiscais da Vigilância Sanitária do município de Piraquara que dedicaram um tempo precioso a nos acompanhar neste trabalho. E principalmente ao supermercado, a gerência e funcionários, que foram extremamente cordiais ao nos receber, sem isso a aplicação dos conhecimentos adquiridos na disciplina não seriam possíveis.
 Destaca-se a importância de medidas preventivas para que o estabelecimento tenha uma melhor produtividade no trabalho de forma segura aos trabalhadores.
Para isso, uma roda de conversa será feita nos dois setores (açougue e panificação), abordando aspectos do levantamento de risco, explicando de forma simples como podemos evitar que acidentes possam vir a acontecer e os riscos que cada zona de trabalho pode trazer caso as legislações não sejam cumpridas de forma adequada. 
Especificamente no setor de panificação ter uma conversa sobre os equipamentos que eles utilizam no presente momento é fundamental, pois, como já dito, são antigos e sem parada de emergência, também, no mesmo setor, discutir sobre o arranjo físico e distribuição de equipamentos dentro do espaço disponível a eles é interessante, para fim de otimizar o local de trabalho, visando a integridade do funcionário e assim no final das contas ter um melhor rendimento de forma apropriada.
8 REFERÊNCIAS
ARAÚJO, W.T. Manual de segurança do trabalho / São Paulo: DCL, 2010. 
Art. 19 da Lei de Benefícios da Previdência Social - Lei 8213/91 ( 24 de Julho de 1991)
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS (STME). Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO). Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2017.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 09 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA). Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2018.

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