Buscar

Resumo penal - N1 - 8° semestre UNIFIEO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PONTO 1 – NOÇÕES GERAIS 
 
❖ JUS PERSEQUENDI E JUS PUNIENDI 
➢ Jus Persequendi - (direito de ação, de perseguir o autor do crime) - É o direito de ação do Estado que confere ao 
Estado o poder de perseguir o autor de algum delito. São os instrumentos, os Institutos processuais penais. 
 
➢ Jus Puniendi - (direito de punir) - Se trata de um direito do Estado, onde ele tem a permissão para punir, aplicar 
sanção penal, a quem pratique um ato ilícito, tipificado como crime. 
 
❖ NOÇÕES HISTÓRICAS 
➢ PROCESSO PENAL NA GRÉCIA 
Faziam a distinção que até hoje se da aos crimes, sendo eles públicos ou privados. 
Os crimes mais graves eram aqueles que atentavam contra o Estado. 
Os procedimentos penais eram públicos e orais. O processo penal ateniense caracterizava-se pela participação direta 
dos cidadãos no exercício da acusação e da jurisdição, e pela oralidade e publicidade dos debates. 
Os crimes privados, não produziam uma importância para o estado intentar a ação, que somente aconteceria com a 
exclusiva permissão do ofendido. 
A notícia do crime era levada ao Senado. Nos julgamentos que existiam até mesmo delitos que atentavam contra a 
própria cidade eram julgados perante a Assembléia do Povo, ou ante o Senado, pelos Tesmotetas, e sendo pela a 
Assembléia ou pelo Senado, estes indicavam um cidadão do povo que iria proceder à acusação. 
Apresentada a acusação, e após seu juramento, eram mostradas as provas, no qual Arconte proferia a respeito da 
seriedade da acusação designando o tribunal competente, que iriam constituí -lo. 
Na data do julgamento, dava-se a palavra primeiramente para o Acusador que passava a inquirição das testemunhas, e 
logo após a Defesa. 
Os juizes votavam sem deliberar, onde a maioria de votos absolvia ou condenava o réu, em caso de empate novamente 
aconteceria a absolvição do acusado. 
Os crimes de menor gravidade eram julgados pelo conselho dos 500, uma assembleia do povo, onde o acusado não 
tinha direito algum. 
Aos crimes políticos de grande gravidade, após a manifestação do Conselhos de Quinhentos, reunia-se a Assembléia do 
Povo, e desta forma, não concedendo nenhuma garantia ao acusado. 
O Tribunal Areópago (composto pela nata da sociedade. Os sábios, literários) no qual tal tribunal destinava-se a tratar e 
julgar os crimes de homicídios premeditados, os incêndios, traições, enfim todos os crimes no qual tinham como pena a 
capital. 
Os homicídios culposos e não premeditados, eram julgados pelo Tribunal de Éfetas, que era composto por 51 membros, 
dentre estes, membros do senado. 
o Tribunal dos Eliastas (Heliea), que exercia a jurisdição comum. Tal tribunal reflete até hoje a curiosidade acerca do 
tamanho e expressivo número de juízes que lá julgavam, chegando até mesmo a 6.000 juízes num só julgamento. 
 
➢ O PROCESSO PENAL EM ROMA 
delitos públicos (delicta pública) = grave – julgado pelo Imperador, sem direito a recurso. 
delitos privados (delicta privata) = leve 
No delito privado o estado era o árbitro para solucionar o eventual litígio, que através das provas colhidas e apresentadas 
pelas próprias partes chegavam-se a uma decisão. 
No processo penal público, ocorreu a época uma evolução, ao contrário do privado, que este ultimo fo i abandonado 
quase que totalmente. 
A evolução do processo penal em Roma foi ainda maior quando passou-se da lex Valeria de Provocatione, para o 
provocatio ad populum, em que o condenado pudesse ter a chance de recorrer perante ao povo em comício, no qual 
anteriormente o acusado não detinha de nenhuma garantia a sua defesa. 
Para moderar o arbítrio do Juiz, surgiu a provocatio ad populum, com intenso colorido de apelação, concedida pela 
célebre Lex Valeria de Provocatione. O condenado tinha a faculdade de recorrer da decisão para o povo reunido em 
comício. 
 No ultimo século da República surge em Roma uma nova forma de procedimento: a acusatio,ficando a administração da 
justiça a cargo de um tribunal popular; composto inicialmente por senadores e, depois, por cidadãos. 
Ao longo do tempo a acusatio, cedeu lugar a outra forma de sistema denominado cognitio extra ordinem, que ficava a 
cargo do senado e depois do imperador. 
Este tipo de sistema pode-se visualizar sob a ótica de ser a base primordial que consagrou o sistema inquisitivo. 
 
 **** CENTURIAS = julgava as infrações graves, composta por 100 pessoas. 
 **** SENADO = julgava as infrações super graves. 
 **** QUESTORES = magistrados que cuidavam das finanças do estado. 
 **** ACCUSATIO = Tribunal popular 
 **** PROEFECTUS URBI = magistrado e acumulava a função de promotor e juiz. 
 **** AREOPAGO = 
 
➢ O PROCESSO PENAL GERMÂNICO 
também ocorreu a distinção entre os crimes privados e públicos 
os crimes privados o processo era administrado pelo rei, príncipe, duque ou conde, através de uma Assembléia, para 
este tipo de procedimento incumbia o ônus da prova ao réu, que através de sua defesa deveria provar sua in ocência. 
A confissão era a rainha das provas 
As principais provas eram os ordálios, ou Juízos de Deus, e o juramento. O acusado jurava não ter praticado o crime de 
que era processado, e tal juramento podia ser fortalecido pelos Juízes, os quais declaravam sob juramento que o 
acusado era incapaz de afirmar uma falsidade, outro tinha-se destaque a época pela forma como era atribuído 
posteriormente ao primeiro, no qual denominava-se purgationes vulgares como o da água fria e o da água fervente. 
A história ainda nos conta que após a invasão do povo germânico em Roma, este ultimo, ficou submetido a várias 
peculiaridades do processo penal daquele povo invasor, formando desta forma uma mistura entre os elementos principais 
germânicos com os elementos de Roma no que tange ao processo penal dos dois povos. 
A vingança privada era sua principal característica. 
 
➢ O PROCESSO PENAL CANÔNICO 
1° fase - Foi marcado por torturas e coações. 
2° fase – mais voltada para o direito processual penal. 
O Direito Canônico, ou Direito Penal da Igreja, apareceu na história para defender os interesses da igreja, sua forma até 
o século XII, era do tipo acusatório, sendo assim, não haveria um juízo sem acusação, como bem explica Tourinho Fil ho 
em sua obra Processo Penal, até o século XII, o processo era de tipo acusatório: não havia juízo sem acusação. 
Nessa linha, portanto quem acusava devia apresentar aos Bispos, Arcebispos ou Oficiais a acusação por escrito, 
juntamente com as devidas provas colhidas no trâmite da instrução, sendo que não era permitido a época punir o 
acusado ausente. 
Passados um século após a chegada do processo penal acusatório, este foi deixado de lado pela jurisdição eclesiástica, 
dando lugar ao processo inquisitivo, como bem remonta tal situação o autor Fernando da Costa Tourinho Filho: 
Do século XIII em diante, desprezou-se o sistema acusatório, estabelecendo-se o “inquisitivo”. Muito embora Inocêncio III 
houvesse consagrado o princípio de que Tribus modis processi possit: per accusationem, per denuntiationem et per 
inquisitionem, o certo é que somente as denúncias anônimas e a inquisição se generalizavam, culminando o processo 
inquisitivo, per inquisitionem, por tornar-se comum. 
Com o sistema inquisitivo em prática, foram tomadas medidas drásticas acerca do processo penal naquela época, uma 
vez que foram abolidas a acusação nos crimes que tratava de ação penal pública, também abolido foi a publicidade do 
processo, no qual o magistrado procedia ex officio em segredo, também secretamente eram procedidos os depoimentos 
das testemunhas, bem como o interrogatório do acusado, este era realizado mediante torturas. 
Tourinho Filho explica a situação auferida quando da tortura: deve cessar quando o imputado expresse a vontade de 
confessar. Se confessa durante os tormentos e, para que a confissão seja válida, deve ser confirmada no dia seguinte. 
Percebe-se que nenhuma garantia era protegida ao acusado. Através dedenúncia anônima iniciava-se o processo, da 
mesma forma não permitia qualquer tipo de defesa pelo acusado, conforme assenta novamente renomado doutrinador 
Fernando da Costa Tourinho Filho: 
Nenhuma garantia era dada ao acusado. Uma simples denúncia anônima era suficiente para se iniciar um processo. Não 
se permitia defesa, sob a alegação de que esta poderia criar obstáculos na descoberta da verdade… O Santo Ofício 
(Tribunal da Inquisição), instituído para reprimir a heresia, o sortilégio etc., era por demais temido. 
 
➢ O PROCESSO PENAL NO BRASIL 
3 FASES: Colonial, Império e República 
No que tange ao processo penal brasileiro, tem-se que este se iniciou através da descoberta do Brasil por Portugal 
através das Ordenações Afonsinas, nesse sentido assinala Julio Fabbrini Mirabete: 
Quando da descoberta do Brasil vigiam em Portugal as Ordenações Afonsinas que, entretanto, não chegaram a ter 
qualquer aplicação no país. Editadas as Ordenações Manoelinas, Martim Afonso de Souza foi encarregado de formar as 
bases da organização judiciária na colônia nos moldes da implantada em Portugal. Os processos criminais, antes 
iniciados por “clamores”, passaram a começar por “querelas” (delações de crimes feitas em juízo por particulares, no seu 
ou no interesse público) e por denúncias? ( feitas nos casos de devassas). 
Posteriormente entrou em vigor o Código de D. Sebastião, tendo sua duração sido bastante curta, passando a ser 
substituído em 1603 pela promulgação das Ordenações Filipinas, no qual também foi substiuída em 1832 pelo Código de 
Processo Criminal do Império. 
 Nesse sentido, retira-se da obra de Julio Fabbrini Mirabete, a seguinte explicação: 
 Entrou em vigor, posteriormente, o Código de D. Sebastião, que teve curta aplicação porque, em 1580, Portugal foi 
submetido por Felipe II, de Castela. Em 1603, foram promulgadas as Ordenações Filipinas, só substituídas em 1832 pelo 
Código de Processo Criminal do Império. Essa legislação refletia ainda o direito medieval, em que os ricos e poderosos 
gozavam de privilégios, podendo, com dinheiro, salvarem-se das sanções penais. 
Na Bahia em 1609, foi criado o Tribunal das Relações, que se destinava a conhecer dos recursos das decisões dos 
Ouvidores Gerais, os quais, por sua vez, conheciam das apelações interpostas às sentenças proferidas pelos Ouvidores 
das capitanias e dos juízes ordinários. 
Em 1751 foi criado o Tribunal de Relação do Rio de Janeiro, assinala José Roberto Baraúna a respeito: 
Em 1751, criava-se o Tribunal de Relação do Rio de Janeiro, instância superior aos corregedores de comarcas, 
ouvidores gerais, os quais, ouvidores de comarca, chanceleres de comarcas, provedores, contadores, juízes ordinários e 
de órfãos, juízes de fora, vereadores, almotáceis, juízes de vintena e demais auxiliares da Justiça. 
Após a chegada de João VI ao Brasil, foi criado o Supremo Conselho Militar, no qual o Tribunal de Re lação do Rio de 
Janeiro foi constituído como o Superior Tribunal de Justiça. 
Nas regiões dominadas pelos holandeses, foi usadas a legislação daquele país como explica Julio Fabbrini Mirabete: 
Na região dominada pelos holandeses instalou-se o direito dos usos, ordenações e costumes imperiais da Holanda… No 
processo inexistia distinção entre fase policial e fase judicial e a acusação contra criminosos partia de funcionários do 
Estado ou dos particulares. 
Acerca do processo penal utilizado pelos holandeses, arremata o mesmo doutrinador dizendo “As normas jurídicas 
aplicadas pelos holandeses nos territórios ocupados no Brasil, porém, em nada de relevante contribuíram para a 
construção do processo penal brasileiro” 
Foi então, em janeiro de 1822, que as Cortes Portuguesas extinguiram todos os tribunais criados no rio de Janeiro, 
quando governava D. João VI, no entanto tal decreto não foi aceito pelo Príncipe Regente da época. 
Posterior a proclamação da Independência do Brasil, a Assembléia Geral Constituinte Legislativa do Império do Brasil, 
decretou que a legislação e demais normas judiciais fossem vigoradas pelos reis de Portugal, até que se fossem editadas 
novas disposições. 
A Constituição promulgada em 25/03/1824, deu organização ao Poder Judiciário brasileiro, no qual em 29/11/1832, foi-se 
editado o Código de Processo Criminal, alterado pela Lei n. 261, de 03/12/1841, tendo sido regulada pelo Decreto n. 120, 
de 31/12/1842. 
Deixando dessa forma de existir as “devassa” e as “querelas”, passando a se chamar de “queixas”, bem como as 
denúncias podiam ser oferecidas pelo Ministério Público, a competência de julgamento era através do Júri . 
 
**** Clamor = Acusação 
**** Devassa = Provas para incriminar. 
 
Através da proclamação da república e de acordo com a Constituição de 1891, os estados brasileiros, passaram a 
legislar acerca de sua próprias constituições e leis, conforme assevera Julio Fabbrini Mirabete: 
Com a proclamação da República e de acordo com a Constituição de 1891, os Estados passaram a ter suas próprias 
constituições e leis, inclusive as de caráter processual, mas poucos se utilizaram dessa faculdade de legislar. Continuou 
vigendo, pois, a legislação federal, na época o Decreto n. 4.824, de 22/11/1871, e a Lei n. 2.033, de 20 de setembro do 
mesmo ano, com as alterações introduzidas pelo artigo 407 do Código Penal de 1890. 
Com o advento da Constituição Federal de 1937, foi-se preparado o atual Código de Processo Penal, no qual sua 
promulgação veio através do Decreto-lei n. 3.689, de 30/10/1941, que entrou em vigor em 01/01/1942. Foi promulgado 
também naquele ano o Decreto-lei n. 3.931, de 11/12/1941 denominado Lei de Introdução ao Código de Processo Penal. 
Sobre o Código, comenta Julio Fabbrini Mirabete através de sua obra Processo Penal 
O novo Código manteve o inquérito policial e o arcaico procedimento escrito e burocrático, mas instalou a instrução 
contraditória e a completa separação das funções julgadora e acusatória, restringiu a competência do Júri e eliminou, 
quase por completo, o procedimento ex officio 
 
****Organizações Manoelinas, foi o 1° código escrito da Europa. 
**** 1° código processual penal (1832) 
 2° código processual penal (1941) 
 
 
❖ CONCEITO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Direito processual penal é a ciência jurídica que tem por objetivo a exegese (explicações) das normas processuais penais, a 
suas construções dogmáticas, isto é, a formação dos institutos jurídicos desta disciplina e a crítica do direito vigente – José 
Roberto Baraúna. 
 
É o conjunto de procedimentos, submetidos a princípios e a certas regras jurídicas, para compor o litigio. 
 
❖ MÉTODOS PARA COMPOSIÇÃO DO LITIGIO 
➢ AUTOTUTELA – É necessário a força para resolver o litigio – quase não existe mais. 
➢ ARBITRAGEM – Precisa de um 3° para compor. 
➢ JURISDIÇÃO – Estado representado pelo Juiz, decide a lide. Aqui é necessário um instrumento, que é o Processo. 
 
*** Processo é abstrato 
*** Autos é concreto 
*** Procedimento/ Ritos: são atos que fazem o processo se desenvolver. 
 
❖ DENOMINAÇÕES 
Antes se chamava Direito Judiciário Penal. 
 
❖ RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS 
➢ Constitucional – relação de subordinação. 
➢ Penal – relação bem estrita, tem coisas em comum com o CPP. Ex: sursis. 
➢ Processo Civil e Trabalhista – são todos processuais. Ex: Mandado de Segurança. 
➢ Administrativo – regula a atuação das partes no processo (Juiz, Promotor, outras Instituições, setor penitenciário). 
➢ Civil – crime de bigamia, idosos, etc. 
➢ Empresarial – Crimes falimentares. 
➢ Internacional público – Crimes no Exterior, tratados. 
 
❖ CIÊNCIAS AUXILIARES 
➢ Medicina Legal – necessidade de perícia feita por médicos especialistas. 
➢ Psiquiatria forense ou judiciaria – avaliação de pessoas com problemas mentais. Usado na fase de execução, para 
concessão de semiaberto. 
➢ Psicologia judiciaria – estuda/avalia questões de personalidade do agente. 
➢ Criminalísticaou Policia Cientifica – balística, papiloscopia, DNA. 
 
 
PONTO 2 – NORMA PROCESSUAL PENAL 
 
➢ Vocation legis - prazo legal que uma lei tem pra entrar em vigor. 
➢ Secundum legem – de acordo com a lei. 
➢ Extra legem – na ausência da lei. 
➢ Contra legem – contra a lei. 
➢ Tempus regit actum - o tempo rege o ato, no sentido de que os atos jurídicos se regem pela lei da época em que 
ocorreram 
➢ Derrogação - revogação parcial de uma lei feita pelo poder competente. 
 
❖ FONTES 
Fonte é o local de onde provém o direito. 
O Poder Legislativo é o órgão responsável por produzir as leis (legislar). 
 
 
 
 
FONTE MATERIAL E FONTE FORMAL (direta e indireta). 
➢ FONTES DE MATERIAL/PRODUÇÃO – fontes substanciais e materiais, são as que se refere ao Órgão criador do 
Estado, são aqueles que criam o Direito. são aquelas que criam o direito. 
 
➢ FONTES FORMAIS/COGNITIVA – fonte de cognição ou de conhecimento, modo de expressão, exteriorização. são 
aquelas que revelam o direito. 
 
FONTE FORMAL DIRETA 
• Leis principais - CF e CPP 
• Leis extravagantes – servem para complementar ou modificar as principais. 
• Leis Orgânicas – servem para organizar as Instituições (magistrados e MP). 
• Tratados – Acordos assinados entre Países (de natureza publica). 
 
FONTE FORMAL INDIRETA 
• Não são normas escritas, mas produz efeitos – art 3 do CPP. 
Costume 
Analogia – quando não há previsão legal, usa-se outras leis. 
 
❖ EFICÁCIA 
➢ No tempo 
art. 2º do CPP, segundo o qual “a lei processual aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência da 
lei anterior”. 
o ato processual será regulado pela lei que estiver em vigor no dia em que ele for praticado (tempus regit actum = o tempo 
rege o ato). 
 
Da aplicação do princípio do tempus regit actum derivam dois efeitos: 
➢ os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior são considerados válidos e não são atingidos pela nova lei 
processual, a qual só vige dali em diante; 
➢ as normas processuais têm aplicação imediata, pouco importando se o fato que deu origem ao processo é anterior à sua 
entrada em vigor. 
VACATIO LEGIS = tempo de aplicação da lei. Se o legislador não der prazo é 45 dias (em território nacional) e 3 meses 
(no exterior). 
 
✓ A lei penal não pode retroagir para prejudicar o réu 
✓ A lei processual penal pode retroagir, mesmo que prejudique o réu. 
✓ Se for uma norma mista (penal + processual) não retroage. 
 
➢ No espaço 
A lei processual penal aplica-se a todas as infrações penais cometidas em território brasileiro, sem prejuízo de convenções, 
tratados e regras de direito internacional. 
Vigora o princípio da absoluta territorialidade, que impõe a aplicação da lex fori ou locus regit actum, segundo a qual, aos 
processos e julgamentos realizados no território brasileiro, aplica-se a lei processual penal nacional. 
A lei processual brasileira só vale dentro dos limites territoriais nacionais (lex fori). Se o processo tiver tramitação no 
estrangeiro, aplicar-se-á a lei do país em que os atos processuais forem praticados. 
 
CPP – só no do território Brasileiro – Principio da Territorialidade 
CP – Dentro e fora do território Brasileiro - Princípio da Extraterritorialidade 
 
**** Estrangeiro com IMUNIDADE DIPLOMATICA, se sujeita ao Direito Processual do seu país. 
 
 
❖ IMUNIDADES 
 
➢ IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS 
Os chefes de Estado e os representantes de governos estrangeiros estão excluídos da jurisdição criminal dos países em 
que exercem suas funções. A imunidade estende-se a todos os agentes diplomáticos, ao pessoal técnico e administrativo 
das representações, aos seus familiares e aos funcionários de organismos internacionais (ONU, OEA etc.). 
 
➢ IMUNIDADES PARLAMENTARES 
Existem duas modalidades de imunidade parlamentar: 
 
ABSOLUTA: Atinge a própria infração, o fato deixa de ser criminoso. 
Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, em quaisquer manifestações proferidas no exercício ou 
desempenho de suas funções. Essa inviolabilidade abrange qualquer forma de manifestação, escrita ou falada, exigindo-se 
apenas que ocorra no exercício da função, dentro ou fora da Casa respectiva. 
 
RELATIVA: São referentes á prisão, processo, prerrogativas da função. 
Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal 
dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus 
membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação” 
 
Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal 
Federal. O foro especial por prerrogativa de função restringe-se, exclusivamente, às causas penais, não alcançando as de 
natureza civil. 
O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha; só é obrigado a depor sobre fatos 
relacionados com o exercício de suas funções. 
 
 
❖ INTERPRETAÇÃO 
Interpretação é a atividade que consiste em extrair da norma seu exato alcance e real significado. Deve buscar a vontade 
da lei, não importando a vontade de quem a fez (LINDB, art. 5º). 
 
DO PONTO DE VISTA SUBJETIVO: 
➢ Autêntica/legislativa: feita pelo próprio órgão encarregado da elaboração do texto. 
➢ Doutrinária: feita pelos estudiosos e cultores do direito (atenção: as exposições de motivos constituem forma de 
interpretação doutrinária, e não autêntica, uma vez que não são leis). 
➢ Judicial: feita pelos órgãos jurisdicionais. 
 
DO PONTO DE VISTA OBJETIVO: 
➢ Gramatical: leva-se em conta o sentido literal das palavras. 
➢ Lógica: busca-se a vontade da lei, atendendo-se aos seus fins e à sua posição dentro do ordenamento jurídico. 
✓ Sistemático – analisa a conduta do agente 
✓ Histórico – analisa a evolução sofrida pela lei. 
✓ Extrajurisdicional – busca elementos fora do mundo judiciário para complementar a lei. 
✓ Comparada – compara a legislação Brasileira com a estrangeira. 
✓ Sociológico 
 
DO PONTO DE VISTA DO RESULTADO: 
➢ Declarativa: há perfeita correspondência entre a palavra da lei e a sua vontade. 
➢ Restritiva: quando a letra escrita da lei foi além da sua vontade (a lei disse mais do que queria) e, por isso, a 
interpretação vai restringir o seu significado. 
➢ Extensiva: a letra escrita da lei ficou aquém de sua vontade (a lei disse menos do que queria) e, por isso, a 
interpretação vai ampliar o seu significado. 
➢ Progressiva: é aquela que, ao longo do tempo, adapta-se às mudanças político-sociais e às necessidades do presente. 
➢ Analógica 
 
❖ SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS 
Existem três espécies de sistemas processuais penais: 
➢ Inquisitivo: quando um só órgão – o juiz – desempenha as funções de acusador, defensor e julgador. 
➢ Acusatório: no qual as funções são separadas: um órgão acusa, outro defende e outro julga. Em tal sistema, o acusador 
e o defensor são partes e estão situados no mesmo plano de igualdade, mantendo-se o juiz equidistante das partes. 
➢ Misto: compõe-se de duas fases: 1° inquisitiva e a 2° acusatória. 
 
Obs.: O Código de Processo Penal adotou o sistema acusatório. 
 
No Brasil é atualmente adotado o sistema acusatório, pois há clara separação entre a função acusatória — do Ministério 
Público nos crimes de ação pública — e a julgadora. 
É preciso, entretanto, salientar que não se trata do sistema acusatório puro, uma vez que, apesar de a regra ser a de que as 
partes devam produzir suas provas, admitem-se exceções em que o próprio juiz pode determinar, de ofício, sua produção 
de forma suplementar. 
 
Processo: Sistema acusatório ou contraditório. 
Persecução penal: Investigação e acusação. 
 
PONTO 3 – PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS 
 
➢ Estado de inocência – tem como base a Declaração de Direitos Humanos da ONU, todos são inocentes até ser 
declaradoculpado em trânsito em julgado. 
➢ Contraditório – Direito de defesa. O réu sempre será ouvido, as partes são tratadas igualmente o processo. 
➢ Busca da verdade real - o juiz tem o dever de investigar como os fatos se passaram na realidade, não se conformando 
com a verdade formal constante dos autos. 
➢ Oralidade – dá-se preferência as declarações orais. 
➢ Publicidade – Os atos são públicos, exceção (sigilo processual). 
➢ Obrigatoriedade ou legalidade – O Estado tem o dever e o poder de punir. 
➢ Oficialidade – Delegado tem que tomar as providencias em caso de homicídio. 
Representação – O Delegado requer a prisão. 
Requerimento – O promotor requer a prisão. 
Requisição – é ordem. O Juiz e o Promotor, tem o poder de requisitar para o Delegado a prisão. 
 
➢ Da indisponibilidade – Uma vez tomada alguma providência, não se pode voltar atrás. 
➢ Juiz natural e Promotor natural – CF garante que ninguém será sentenciado senão pelo juiz competente. Quem 
escolhe o Juiz e o Promotor é a lei. 
➢ Inciativa das partes e do impulso oficial (“ne procedat judex ex officio”) - O juiz não pode dar início ao processo 
sem a provocação da parte. Cabe ao Ministério Público promover privativamente a ação penal pública (CF, art. 129, I) e ao 
ofendido, a ação penal privada, inclusive a subsidiária da pública (CPP, arts. 29 e 30; CF, art. 5º, LIX). 
➢ “No eat judex ultra petita partium” - O juiz deve pronunciar-se sobre aquilo que lhe foi pedido 
 
OBS: O PROMOTOR traça o âmbito de atuação do Juízo, o JUIZ pode pedir para o Promotor mudar a denúncia, mas fica a 
critério dele mudar ou não. 
 
PONTO 4 – INQUÉRITO POLICIAL – ART 4 AO 23, DO CPP 
 
❖ CONCEITO 
É o conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a fim 
de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo (CPP, art. 4º). Trata-se de procedimento persecutório de caráter 
administrativo instaurado pela autoridade policial. 
 
**** O Inquérito não é exclusivo para apuração de uma infração penal. 
**** O IP é INQUISITIVO: é uma peça informativa para o MP decidir se processa ou não. 
**** Quem inicia é sempre o Delegado. 
**** O Inquérito Policial é feito para que o MP possa processar alguém (apresentar denúncia). 
**** Nada é NULO no Inquérito Policial só ocorre irregularidade. 
**** O Inquérito é umas das formas para obter provas, para iniciar um processo penal. 
**** Circunscrição – art 4°, CPP. (antes se usava o termo “jurisdição”, mas é incorreto). 
 
SEGURANÇA PÚBLICA: 
➢ Policia Federal 
➢ Policia Rodoviária Federal 
➢ Policia Ferroviária Federal 
➢ Policia Civil Estadual 
➢ Policia Militar Estadual. 
 
**** Persecução penal (persecutio criminis) - ato de ir atrás (perseguir) de alguém, com o objetivo de aplicar-lhe punição. 
 
**** Policia – origem Grega vem de Politia (administração das cidades (polis)). 
 
❖ ELEMENTOS 
➢ PROVA DA MATERIALIDADE DA INFRAÇÃO PENAL 
➢ INDICIO SUFICIENTE DA AUTORIA. 
**** Uma das formas de conseguir esses elementos é através do Inquérito. 
 
❖ FUNÇÕES DA POLÍCIA 
➢ Polícia administrativa ou de segurança: garante a ordem publica ação preventiva. 
➢ Polícia Judiciária: Age após a infração penal ter ocorrido. Colhe provas para futuro processo. 
 
POLÍCIA CIVIL – É encarregada das provas, porem ela não é a única pra isso, podendo dispensar o inquérito policial. 
**** Se o crime for praticado por um policial militar, quem apura é a Polícia Militar, tirando assim a exclusividade da Policia 
Civil. 
 
Ação Penal Pública e Ação Penal Privada – Há a instauração de Inquérito. 
**** Há o Inquérito Civil Público – Nos crimes praticados conta a sociedade. Quem investiga é o MP. 
 
**** O Inquérito é feito ANTES do processo. 
 
❖ CARACTERÍSTICAS 
Discricionalidade da polícia – Não tem limites para operar, mas não pode ultrapassar os limites da Lei. 
Se a ação penal é pública o pedido de produção de prova vem do MP ou do Juiz, e a P. Civil é obrigada a produzi-las. 
Sigiloso - A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da 
sociedade (CPP, art. 20). 
**** O sigilo é relativo, há o principio da publicidade, o adv. pode requisitar o Inquérito para dar vista. 
**** Não há partes no IP. 
**** Delegado não é obrigado a instaurar um IP sempre que recebe uma denúncia. 
**** Delegado tem atribuição, não competência. Delegado tem atribuição de IP em razão do LUGAR (ratione loci) e 
MATÉRIA (ratione materiae). 
 
 
 
❖ FINALIDADES 
A finalidade do inquérito policial é a apuração de fato que configure infração penal e a respectiva autoria para servir de base 
à ação penal ou às providências cautelares. 
 
Notitia criminis – quando se leva de Delegado a noticia de um crime. Ocorre de duas maneiras: 
➢ ESPONTÂNEA – próprio Delegado toma conhecimento. 
➢ PROVOCADA OU DE COGNIÇÃO MEDIATA: 
✓ SIMPLES – alguém comunica o Delegado 
✓ POSTULATÓRIA – alguém comunica e pede a instauração de inquérito. 
 
O juiz e o Promotor, podem pedir ao Delegado para instaurar inquérito. 
**** notitia criminis, revestida de forma coercitiva. É a prisão em flagrante. 
 
❖ AUTOR E DESTINATÁRIO DA NOTITIA CRIMINIS 
✓ Ação Penal Privada: Autor é o ofendido ou representante legal. 
✓ Ação Penal Pública Incondicionada (não depende de representação) – Qualquer pessoa pode ser autor da 
notícia crime. 
✓ Ação Penal Pública Condicionada (depende de representação) – O autor é o ofendido ou representante lega. 
 
Se o juiz descobrir um crime, ele deve requisitar ao Delegado que instaure o IP. Se for de ação penal condicionada, a vitima 
é quem deve pedir ao juiz para que ele requisite, na Privada também. 
 
Se o Promotor descobri um crime, este deve requisitar ao Delegado que instaure o IP ou entrar com a ação penal, 
dispensando a denúncia. 
 
**** O Promotor pode ele mesmo fazer diligências para produzir provas, mesmo sem inquérito. 
**** O Promotor pode pedir para arquivar se achar que não há crime. 
 
❖ DESTINATÁRIO DA NOTITIA CRIMINIS – Delegado, Juiz e Promotor. 
**** Crime de responsabilidade do Governador – quem recebe é a Assembleia Legislativa. 
**** Crime de responsabilidade do Presidente da República – quem recebe é a Câmara dos Deputados ou Senado. 
**** Crime praticado pelo Juiz – quem recebe é o Tribunal de Justiça. 
 
JUIZ → Requisita ao DELEGADO 
 → Encaminha ao PROMOTOR 
 
PROMOTOR → Requisita ao DELEGADO (requer o Inquérito) 
 → Entra com ação penal (dispensa o Inquérito) 
 
 
❖ PROCEDIMENTO PARA INSTURAÇÃO DE INQUERITO POLICIAL 
Com a queixa-crime em mãos, o Delegado baixa a Portaria, para iniciar o Inquérito. 
Se for questão das excludentes de antijuridicidade, deve instaura mesmo assim. 
 
❖ INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL 
Crime de ação penal pública INCONDICIONADA (CPP, art. 5º, I e II, §§ 1º, 2º e 3º) 
➢ De ofício: a autoridade tem a obrigação de instaurar o inquérito policial, independente de provocação, sempre que tomar 
conhecimento imediato e direto do fato, por meio de delação verbal ou por escrito feito por qualquer do povo (delatio 
criminis simples), notícia anônima (notitia criminis inqualificada), por meio de sua atividade rotineira (cognição imediata), ou 
no caso de prisão em flagrante. 
➢ Delatio criminis: é a comunicação de um crime feita pela vítima ou qualquer do povo 
➢ Por requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público 
 
**** O Delegado é obrigado a tomar providências quando tomar conhecimento de um crime. 
 
Crime de ação penal pública CONDICIONADA (CPP, art. 5º, § 4º) 
➢ Mediante representação do ofendido ou de seu representante legal: de acordo com o art. 5º, § 4º, do Código de 
Processo Penal, se o crime for de ação pública, mas condicionada à representação do ofendido ou do seu representante 
legal (CPP, art. 24) 
➢ Mediante requisiçãodo ministro da justiça: no caso de crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil; no 
caso de crimes contra a honra, pouco importando se cometidos publicamente ou não, contra chefe de governo estrangeiro; 
no caso de crime contra a honra em que o ofendido for o presidente da República 6. ; em algumas hipóteses previstas no 
Código Penal Militar etc. A requisição deve ser encaminhada ao chefe do Ministério Público, o qual poderá, desde logo, 
oferecer a denúncia ou requisitar diligências à polícia. 
 
**** O Ministro da Justiça, não requer, ele requisita. 
**** PRAZO PARA REPRESENTAÇÃO: 06 meses. Esse prazo é decadencial (perda de um direito não exercido) 
**** O Ministro da Justiça tem outro prazo, que é prescricional (perda de uma pretensão em razão do decurso do tempo), a 
depender da quantidade da pena a ser cominada aquele crime. 
 
Crime de ação penal PRIVADA (CPP, art. 5º, § 5º) 
Conforme o disposto no art. 5º, § 5º, do Código de Processo Penal, tratando-se de crime de iniciativa privada, a instauração 
do inquérito policial pela autoridade pública depende de requerimento escrito ou verbal, reduzido a termo neste último caso, 
do ofendido ou de seu representante legal, isto é, da pessoa que detenha a titularidade da respectiva ação penal (CPP, arts. 
30 e 31). 
Nem sequer o Ministério Público ou a autoridade judiciária poderão requisitar a instauração da investigação. Encerrado o 
inquérito policial, os autos serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu 
representante legal (CPP, art. 19). 
 
**** A vitima faz um requerimento pedindo a instauração. 
**** PRAZO PARA FAZER O REQUERIMENTO: 06 meses. Esse prazo é decadencial (perda de um direito não exercido) 
 
❖ ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO 
Concluídas as investigações, a autoridade policial deve fazer minucioso relatório do que tiver sido apurado no inquérito 
policial (CPP, art. 10, § 1º), sem, contudo, expender opiniões, julgamentos ou qualquer juízo de valor, devendo, ainda, 
indicar as testemunhas que não foram ouvidas (art. 10, § 2º), bem como as diligências não realizadas. 
Encerrado o inquérito e feito o relatório, os autos serão remetidos ao juiz competente, acompanhados dos instrumentos do 
crime dos objetos que interessarem à prova (CPP, art. 11), oficiando a autoridade, mencionando o juízo a que tiverem sido 
distribuídos e os dados relativos à infração e ao indiciado (CPP, art. 23). Do juízo, os autos devem ser remetidos ao órgão 
do Ministério Público, para que este adote as medidas cabíveis. 
 
❖ PRAZO PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO 
indiciado em liberdade - 30 dias, contados a partir do recebimento da notitia criminis – Prorrogáveis. 
indiciado preso - 10 dias, contados a partir do dia seguinte à data da efetivação da prisão – Não prorrogáveis. 
 
❖ ARQUIVAMENTO 
Tal providência só cabe ao juiz, a requerimento do Ministério Público (CPP, art. 28), que é o exclusivo titular da ação penal 
pública (CF, art. 129, I). 
O juiz jamais poderá determinar o arquivamento do inquérito, sem prévia manifestação do Ministério Público 
Se o juiz discordar do pedido de arquivamento do MP, deverá remeter os autos ao procurador-geral de justiça, o qual 
poderá oferecer denúncia, designar outro órgão do Ministério Público para fazê-lo, ou insistir no arquivamento, quando, 
então, estará o juiz obrigado a atendê-lo (CPP, art. 28). 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial 
ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do 
inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério 
Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
**** A vítima não pode recorrer do arquivamento. 
 
❖ INDICIADO 
Provável autor do delito. 
Menor: 18 a 21 anos para fins penais. Menor de 18 anos é com o ECA. 
Nomear Curador, tanto no IP, quanto no Processo. 
21 anos vale para o dia que ele foi ouvido, não o dia do crime. 
 
 
PONTO 5 – AÇÃO PENAL 
❖ CONCEITO 
É o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto. É também o direito público 
subjetivo do Estado-Administração, único titular do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do direito 
penal objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva. 
 
❖ CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES: 
 
 QUANTO AO SUJEITO ATIVO (infrator) 
➢ PÚBLICA 
✓ Incondicionada - o exercício da ação independe de qualquer condição especial. É a regra no processo penal, uma vez 
que, no silêncio da lei, a ação será pública incondicionada. 
**** Ocorre a infração, o MP tem obrigação de processar, provando a materialidade e autoria. 
**** Dominus litis – dono da ação – É O MP. O MP também é o fiscal a lei. 
 
✓ Condicionada - a propositura da ação penal depende da prévia existência de uma condição especial (representação da 
vítima ou requisição do Ministro da Justiça). 
**** Ocorre a infração, o MP tem obrigação de processar, provando a materialidade e autoria, MAS COM A 
AUTORIZAÇÃO DA VITIMA (Representação). 
**** PJ pode ser titular de representação. 
**** Do dia que fiz 18 anos, a vitima tem MAIS 6 meses para representar. 
**** Se for 2 agressores, a vítima não pode representar apenas contra 1. 
 
➢ PRIVADA 
 
AÇÃO PRIVADA 
Essa forma de ação penal é de iniciativa do ofendido ou, quando este for menor ou incapaz, de seu representante legal. O 
direito de punir continua sendo estatal, mas a iniciativa da ação penal é transferida para o ofendido ou seu representante 
legal, uma vez que os delitos dessa natureza atingem a intimidade da vítima que pode preferir não levar a questão a juízo. 
 
O particular é o titular da ação. 
É preciso contratar advogado para que o Delegado abra a queixa-crime 
 
Na ação privada, a decadência é a perda do direito de ingressar com a ação em face do decurso do prazo sem o 
oferecimento da queixa. Essa perda do direito de ação por parte do ofendido atinge também o jusuniendi , gerando a 
extinção da punibilidade do autor da infração. 
Nos termos do art. 103 do Código Penal, salvo disposição em sentido contrário, o prazo decadencial é de 6meses a contar 
do dia em que a vítima ou seu representante legal tomam conhecimento da autoria da infração. Este é o prazo para que a 
queixa-crime seja protocolada em juízo ainda que os autos sejam conclusos posteriormente ao juiz para apreciação. 
 
**** O ofendido precisa de um advogado, para que ele faça a queixa-crime e entre com a ação penal. 
**** O Advogado faz o papel do MP. 
**** O MP atua em todos os atos, como fiscal 
**** Autor = querelante Réu = querelado 
**** Desde a CPF/88 a mulher não precisa mais de autorização do marido para representar. 
 
✓ Subsidiaria 
AÇÃO PRIVADA SUBSIDIARIA DA PUBLICA. 
Ocorre que o Ministério Público, Titular da Ação Penal Pública, fica inerte, não se manifesta, não pede a denúncia e nem o 
arquivamento, assim abre-se a possibilidade para que o ofendido, seu representante legal ou seus sucessores, ingressem 
com a ação penal privada subsidiária da pública. 
 
Para isso o Ministério Público tem um prazo que varia em regra de 5 dias para réu preso a 15 dias para réu solto. 
**** O ofendido precisa de um advogado. 
**** Prazo: 6 meses aos finalizado o prazo do MP. 
**** Se a denúncia do Advogado estiver atrapalhada, o Promotor pode corrigir e substituí-la. 
 
✓ Adesiva 
AÇÃO PENAL ADESIVA 
A primeira posição sustenta que a ação penal seria adesiva quando, ocorrendo conexão ou continência entre crimes de 
ação penal de iniciativa pública e de ação penal de iniciativa privada, figurassem no polo ativo tanto o Ministério Público 
quantoo querelante. 
 
➢ POPULAR 
AÇÃO PENAL POPULAR 
Qualquer pessoa do povo pode ingressar com uma A.P. Popular. 
Não é utilizada, pois no Brasil há o MP, que representa o povo. 
O MP é quem promove esse tipo de ação. Crime (ato administrativo), de responsabilidade do Procurador Geral da 
República e dos Ministros do Estado. 
 
➢ DE OFICIO 
Proibida pela CF/88. 
 
➢ AÇÕES PENAIS EM CRIMES COMPLEXOS 
Quando há a fusão de 2 tipos penais, criando assim um 3° tipo penal. 
EX: roubo = furto + violência Estupro = Conjunção carnal + violência/ameaça. 
 
OBS: 
Pública + Pública = Pública 
Pública + Privada = Pública 
Pública + Fato atípico = Pública 
Privada + Fato atípico = Privada 
 
 QUANTO Á FINALIDADE 
➢ DE CONHECIMENTO: 
É aquela que tomamos conhecimento do MÉRITO da ação. 
✓ Declaratória – visa eliminar as incertezas 
 Pode ser: Positiva (declara que certa situação existe) ou Negativa (declara que certa situação não existe) 
✓ Condenatória – Há o reconhecimento de uma pretensão punitiva, para condenar ou absolver. 
✓ Constitutiva – Criar, modificar ou extinguir uma situação jurídica. 
✓ Mandamental – é uma Declaratória *Criação de Pontes de Miranda. 
 
➢ CAUTELAR 
Serve para assegurar por meio de uma medida urgente os objetivos da ação principal. Incide sobre um direito pessoal. 
✓ Pessoais – incide sobre o direito pessoal, de liberdade. Ex: Prisão em flagrante, provisórias. 
✓ Reais – Medidas assecuratórias (arresto, sequestro e hipoteca legal). 
É necessário o Fumus boni iuris e Periculum in mora. 
 
➢ EXECUÇÃO 
Será dado cumprimento aquilo que foi sentenciado no processo condenatório. 
 Quem aplica aexecução da pena, é o EXECUTIVO (que cria a SAP - Secretaria da Administração Penitenciária). 
 
Art. 100 a 106, CP. 
Art. 24 a 62, CPP. 
❖ CONDIÇÕES DA AÇÃO: 
➢ Possibilidade jurídica do pedido – o pedido, o direito objetivo tem que estar previsto em lei. 
➢ Legitimo interesse de agir – tem que haver a possibilidade de punição da pessoa, não pode estar prescrito. 
➢ Legitimação para agir – aquele que entrou com a ação tem que ser parte legitima nessa ação. 
 
MP é o “dono” da ação. 
 
 
DESISTENCIA – até o oferecimento da denúncia. Exceto Lei Maria da Penha 
RENUNCIA – ocorre antes da ação penal 
PERDÃO – ocorre durante a ação penal 
RETRATAÇÃO – somente ate o Promotor fazer a denúncia. 
 
 
PONTO 6 – DENÚNCIA, QUEIXA E PORTARIA. 
 
Ação penal PÚBLICA – DENÚNCIA é a Petição Inicial 
Ação penal PRIVADA – Queixa-crime é a Petição Inicial 
 
❖ DENÚNCIA 
Petição feita pelo MP chama-se “Denúncia”. 
Ela pode ser escrita e no Juizado especial pode ser oral. 
 
❖ ELEMENTOS DA DENÚNCIA: 
De acordo com o art. 41 do CPP, “a denúncia ou queixa conterá a: 
➢ exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias 
➢ a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo 
➢ a classificação do crime e, quando necessário 
➢ o rol das testemunhas 
Alguns requisitos são de observância obrigatória. É o que ocorre, por exemplo, com a exposição do fato criminoso, a 
individualização do acusado e a redação da peça em português. 
Eventual vício quanto a um desses elementos enseja o reconhecimento da inépcia formal da peça acusatória 
 
QUIS = sujeito ativo do crime. 
QUIBUS AUXILIS = autores e meios empregados. 
QUID = é o mal produzido. 
UBI = lugar do crime. 
CUR = motivo do crime. 
QUOMODO = a maneira pela qual ele foi praticado. 
QUANDO = a data do fato. 
 
***** endereçamento para o juízo competente, nome e cargo do promotor. 
 
PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA - art. 46 do CPP. 
5 dias, se o réu estiver preso, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial. 
15 dias, se o réu estiver soltou ou afiançado. 
 
Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em 
que tiver recebido as peças de informações ou a representação (CPP, art. 46, § 1º). 
 
❖ ADITAMENTO DA DENÚNCIA 
é possível que, durante o curso do processo penal, surjam fatos novos dos quais as partes não tinham conhecimento 
quando do oferecimento da peça acusatória. 
O aditamento da denúncia pode ser feito pelo órgão do Ministério Público desde o oferecimento da peça acusatória até o 
momento imediatamente anterior à prolação da sentença. 
 
***** Somente o Promotor pode fazer, de suas maneiras: 
1° - corrigir erro material (nome,datas ...) 
2° Alterar o delito. 
 
***** Toda vez que surgir um fato novo o Promotor pode aditar a denúncia. 
***** O juiz pode negar o aditamento, essa decisão é passível de recurso. 
 
 
❖ QUEIXA 
***** A QUEIXA é a petição inicial na ação penal PRIVADA. 
 
Prazo para a queixa (CPP, art. 38) Seis meses, contados do dia em que o ofendido vier a saber quem é o autor do crime. 
Trata-se de prazo de direito material (decadencial), computando-se o dia do começo, excluindo-se o dia do final, e não se 
admite prorrogação. 
 
Rejeição da denúncia ou queixa: art. 395 do CPP --- A denúncia ou queixa deverá ser rejeitada quando: “I – for 
manifestamente inepta; II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III – faltar justa 
causa para o exercício da ação penal” (CPP, art. 395). 
 
****** Logicamente, se o ofendido for advogado, a queixa-crime poderá ser oferecida por ele mesmo. Porém, caso não o 
seja, há de se ficar atento à necessidade de procuração com poderes especiais, não servindo a mera cláusula ad juditia. 
 
 Procuração X Instrumento de procuração 
Procuração é abstrato 
Instrumento de procuração é o papel que vamos assinar 
 
A queixa crime vai para o Fórum ( Procurador) 
MP recebe a queixa e tem pendencias de 
O MP tem 3 dias para aditar, após o recebimento dos autos. 
 
Se a ação for publica e for apresentada como Privada, o Promotor irá fazer uma “DENÚNCIA substitutiva” 
 
 
❖ REJEIÇAÕ DA DENUNCIA 
As hipóteses em que o juiz deve rejeitar a denúncia estão atualmente descritas no art. 395 do Código de Processo Penal e 
aplicam-se também para a queixa-crime nos delitos de ação privada. 
 
O JUIZ PODE REJEITAR POR : 
➢ Inépcia manifesta (art. 395, I, do CPP) 
➢ Falta de pressuposto processual (art. 395, II, 1ª parte, do CPP) .Se no caso da denúncia, for apresentada por pessoa 
que não pertença ao MP existe, ainda, ilegitimidade ativa se for oferecida denúncia em crime de ação privada ou queixa 
em crime de ação pública (sem que se trate de hipótese de ação privada subsidiária). 
➢ Por sua vez, haverá ilegitimidade passiva se for oferecida denúncia ou queixa contra pessoa menor de 18 anos. 
➢ Falta de condição da ação (art. 395, II, 2ª parte, do CPP) 
➢ Falta de justa causa para o exercício da ação penal (art. 395, III, do CPP) 
 
 
❖ PORTARIA – e um ato administrativo, que serve pata o Delegado, Promotor ou Juízes, mas não é petição inicial. 
 
A CITAÇÃO é que torna a pessoa ré e não o recebimento da denúncia. 
 
 
PONTO 7 – AÇÃO CIVIL – ART 63 A 68, CPP 
 
Estabelece normas para regulamentar a responsabilidade civil conexa com a criminal, já que, muitas vezes, os fatos que 
constituem objeto do processo penal podem embasar pretensão reparatória do lesado. 
 
❖ DIFERENÇA ENTRE DIREITO CIVIL E PENAL 
✓ OBJETIVO 
Penal: busca aplicar jus puniendi 
Civil: Busca a reparação do dano 
 
✓ INICIATIVA 
Penal: Inicia-se com a notícia do crime 
Civil: depende da vontade do ofendido 
 
✓ NATUREZA 
Penal: Publica 
Civil: Privada 
 
✓ RESPONSABILIDADE 
Penal: apena sobre o infrator (princípio da individualização da pena) 
Vigora o princípio da realidade real 
 
Civil: recai sobre o infrator, herdeiros, bens ...... 
Vigora o princípio da realidade formal 
 
Art. 64,PU O juiz civil pode parar o ação, para aguardar desfecho da ação penal. 
 
 
❖ SISTEMAS UTILIZADOS PARA RESPONSABILIDADE CIVILE PENAL 
 
➢ SISTEMA DE SEPARAÇÃO OU DE INDEPENDENCIA – separa totalmente a ação penal da ação civil. Uma independe 
da outra. 
 
➢ SISTEMA DA SOLIDARIEDADE OU DA UNIÃO – Na mesma ação será tratada a responsabilidade civil e penal (uma 
sentença para ambos). 
**** sistema da solidariedade, há duas ações distintas, porém ambas são resolvidas ao mesmo tempo, em conjunto num 
mesmo processo. Neste sistema, o magistrado avoca a outra ação para si, sentenciando-nas no mesmo instante, dando um 
mesmo fim. 
 
➢ SISTEMA DA CONFISÃO – Um Juiz só, uma única sentença cuida da responsabilidade penal e civil. 
**** sistema da confusão, temos que o mesmo processo visa a imposição de pena para reparação de cunho civil e penal. É 
muito semelhante ao sistema da primeira fase do Direito Romano, onde havia uma única ação para ambos os fins 
 
➢ SISTEMA DA LIVRE ESCOLHA – a parte escolhe qual sistema quer utilizar. 
**** há a possibilidade de se cumularem ambos os processos, civil e penal. Trata-se, pois, de uma cumulação facultativa, a 
critério da parte. 
 
➢ SISTEMA DA SEPARAÇÃO, OU DA INDEPENDÊNCIA - é o sistema utilizado pelo direito pátrio, no qual há a 
separação obrigatória das ações. Porém, no Brasil, o instituto adotou o sistema da livre escolha, por admitir a adesão 
facultativa, posteriormente passando ao sistema da confusão, por último, adotou o sistema da separação. 
 
 
Art. 63, CPP – O processo penal, após transitado em julgado, pode ser usado como titulo executivo no processo civil, já 
entra direto com a execução. 
 
O Juiz penal PODE fixar mínimo da condenação – Lei 11.719/08. 
 
PERDÃO JUDICIAL: Se concedido perdão dentro do processo penal, pode valer como titulo executivo no civil. 
 
❖ EFEITO DA SENTENÇA PENAL ABSOLUTÓRIA NO CÍVEL 
 
Art. 386, CPP 
Não produzem coisa julgada no cível, possibilitando a ação de conhecimento para apurar culpa: 
➢ absolvição por não estar provada a existência do fato (art. 386, II, CPP); 
➢ absolvição por não constituir infração penal o fato (art. 386, III, CPP); 
➢ absolvição por não existir prova suficiente de ter o réu concorrido para a infração penal (art. 386, V, CPP); 
➢ absolvição por insuficiência de provas (art. 386, VII, CPP); 
➢ absolvição por excludentes de culpabilidade e algumas de ilicitude, estas últimas já vistas na nota 13 anterior (art. 386, 
VI, CPP); 
➢ decisão de arquivamento de inquérito policial ou peças de informação (art. 67, I, CPP); 
➢ decisão de extinção da punibilidade (art. 67, II, CPP). 
 
Em todas essas situações o juiz penal não fechou questão em torno de o fato existir ou não, nem afastou, por completo, a 
autoria em relação a determinada pessoa, assim como não considerou lícita a conduta.

Outros materiais