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Definição Doença infectocontagiosa causada por micobactérias, cujo agente mais importante é o Mycobacterium tuberculosis Definição (Cont.) ¥ A doença pode ter um início silencioso e evoluir cronicamente ou eclodir de modo intenso e ter um decurso grave e progressivo; ¥ Inalação de partículas de aerossol contaminadas com bacilos provenientes da fala, do espirro e principalmente da tosse de indivíduos bacilíferos Etiologia ¥ Os bacilos da tuberculose são aeróbios pertencentes ao género Mycobacterium e caracterizam-se por apresentar a forma de bastonetes álcool-ácido- resistentes, de aspecto granular, medindo entre 2 a 5 micro de comprimento e 0,2 a 0,5 de espessura. Etiologia (Cont.) ¥ Destas duas são particularmente patogénicas para o ser humano – o M. tuberculosis e o M. bovis. ¥ O M. tuberculosis é o principal agente causador da tuberculose humana; Epidemologia ¥ Aproximadamente um terço da população mundial está infectada com tuberculose (20 milhões de casos activos e 3,3 milhões de óbitos por ano); ¥ Nos países desenvolvidos, a doença afecta principalmente: ✓ Idosos, predominantemente do sexo masculino; ✓ “Populações marginais” e os imigrantes recentes de países com alta prevalência de tuberculose; Epidemologia (Cont.) ✓ Profissionais de saúde, professores e veterinários, têm risco aumentado de doença comparativamente à população em geral; ✓ Ocorrem surtos em condições de grandes aglomerados de pessoas: nos abrigos (para os sem-abrigo), hospitais e prisões; Epidemologia (Cont.) ¥ A tuberculose é mais comum nos países mais pobres e de piores condições médico-sanitárias (mais comuns são os países africanos e do Sudoeste Asiático); ¥ Em Portugal, a incidência foi de 34 por cada 100.000 habitantes no ano 2003; Sintomas ¥ Febre (entre os 37ºC e os 38ºC), acompanhada de suor noturno; ¥ Tosse; ¥ Expectoração (mucosa, purulenta); ¥ Emagrecimento; ¥ Astenia; ¥ Pode ainda manifestar dificuldade na concentração, irritabilidade; Determinantes da infecção: ¥ Estado imunológico; ¥ Carga bacilífera do inóculo; ¥ Ambiente Transmissão (Cont.) O contágio pode ser: Direto Indireto Beijo e pelas gotículas, que são eliminadas durante a tosse, espirro e fala. Quando se faz pela aspiração de poeira contaminada pelas expectorações de doentes tuberculosos, veiculado passivamente pelo ar. Formas de doença: Tuberculose primária Tuberculose primária progressiva Tuberculose pós-primária Tuberculose miliar Fases da tuberculose ¥ Tuberculose Primária ¥ Tuberculose Pós – Primária Tuberculose Primária ¥ É a que ocorre no organismo não infectado por microbactérias; ¥ Quando é clinicamente evidente causa tosse seca persistente; ¥ O local da infecção é habitualmente a periferia da zona média do pulmão; ¥ O foco primário é demasiado pequeno para produzir sinais anómalos durante o exame físico, mas é visível na radiografia torácica; Tuberculose Primária (Cont.) Diagnóstico: ¥ A confirmação do diagnóstico nem sempre é fácil, há relativamente poucas microbactérias na lesão primária e estas estão englobadas num granuloma denso; ¥ O diagnóstico é sugerido pelas características gerais e por sinais e sintomas localizados; Tuberculose Pulmonar Primária: Curso geralmente autolimitado Assintomática ou quadro febril leve prolongado Febre baixa Tosse seca Mais comum em crianças Tuberculose Primária (Cont.) Diagnóstico: ¥ Inicialmente, as queixas do doente podem não ser valorizadas, pois são inespecíficas e vão-se agravando ao longo do tempo; ¥ A tuberculose extensa pode causar insuficiência respiratória; Tuberculose Pós – Primária ¥ Compreende as formas clínicas e anátomo-patológicas que se instalam no organismo previamente infectado e dotado de capacidade reaccional imunoalergénica; ¥ Local mais afectado – ápice do pulmão; ¥ Ocorre a destruição progressiva dos tecidos, causando aumento da debilidade e, eventualmente a morte; Tuberculose Pós – Primária ¥ A doença pode ocorrer depois de um período de tempo relativamente curto ou depois de muitos anos depois da tuberculose primária. Pode ser devida a novos contágios, por reinfecção exógena ou por reactivação endógena de focos tuberculosos preexistentes, oriundos da infecção primária. Tuberculose Pulmonar Pós-Primária: Forma crônica (reativação ou reinfecção) Oligossintomáticos Tosse crônica (≥ 3 semanas) Perda de peso Febre vespertina Sudorese noturna Mais comum em adultos jovens e adultos Não é autolimitada! Progressão lenta para fibrose das lesões cavitárias Tuberculose Pós – Primária ¥ Complicações ✓ Broncopneumonia tuberculosa; ✓ Hemoptise (repouso no leito, pessoa deitada do lado da lesão e verificação do número de plaquetas); ✓ Laringite tuberculosa; Tuberculose Pós – Primária Diagnóstico: ¥ É muitas vezes evidente, a partir da história e após observação da radiografia torácica; ¥ A colheta de expectoração é um dos meios mais utilizados no sentido de confirmar o diagnóstico; Teste ¥ É particularmente aplicável a casos individuais e que pode ser realizado em diferentes diluições. Prevenção 1. Vacinação BCG; 2. Redução das fontes de infecção; 3. Quimioprofilaxia. Tratamento ¥ A tuberculose é uma doença crónica a que corresponde um tratamento longo; ¥ A terapia inicial para formas não resistentes é feita com 3 ou 4 fármacos: ✓ Isoniazida, ✓ Pirazinamida ✓ Rifampicina ✓ Etambutol Administrados em associação uma vez ao dia Tratamento (Cont.) ¥ Um dos tratamentos recomendados para infecção latente da tuberculose é um regime de 9 meses com Isoniazida ou, como alternativa em algumas circunstâncias, o regime de 2 meses com Rifampicina e Pirazinamida. ¥ A duração do tratamento da tuberculose varia de 6 meses até 2-3 anos nos casos de multirresistências; ¥ As taxas de cura são excelentes, mesmo para os casos mais avançados da doença. Tratamento (Cont.) ¥ Na terapêutica da tuberculose em doentes com SIDA, pode recorrer-se à vários esquemas: 1. Prolongamento do esquema de tratamento clássico de tuberculostáticos para um ano; 2. Continuação da Isoniazida após “cura” até ao fim da vida. Medidas de isolamento para evitar a transmissão ¥ O doente deve ser instalado num quarto individual; ¥ É essencial que se mantenha uma distância do doente superior a um metro; Medidas de isolamento para evitar a transmissão (Cont.) ¥ É fundamental lavar as mãos antes e depois de tocar no paciente; • Os doentes devem colocar máscara cirúrgica e bata sempre que outras pessoas entrem no quarto;
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