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PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - PNI Profª Juliana Alencar 1 Objetivos Descrever as particularidades de cada imunobiológico; Identificar os principais eventos adversos e cuidados de enfermagem. 2 Condições de Vida e Problemas de Saúde da População Quais as doenças que são evitadas através da vacinação? 3 Os agentes causadores de doenças transmissíveis: Para ocorrer uma doença transmissível é necessário que um agente infeccioso penetre no corpo de um indivíduo e se desenvolva. 4 Mecanismos básicos da resposta imune 5 Defesas Inespecíficas (natural ou inata): Mecanismos superficiais e profundos que dificultam a penetração, implantação e/ou multiplicação dos agentes infecciosos. EX: pele, saliva, o pH da vagina, a cera do ouvido externo, muco presente nas mucosas e no trato respiratório. Mecanismos de ação: Fagocitose, complemento e interferon (vírus). Defesas Específicas (adquirida ou adaptativa): Envolve a imunidade humoral (linfócitos B) e imunidade celular (linfócitos T) . Tipos de Imunidade Humoral: 6 • Adquirida através de doença clínica ou sub-clínica (Ex: Sarampo, rubéola e varicela). • Duradoura Ativa natural • Adquirida por meio de vacinas. • Duradoura Ativa artificial • Passagem de IgG por meio da placenta (congênita), amamentação. • Imediata / Transitória / Adm de anticorpos prontos Passiva natural • Passagem de anticorpos prontos (Ex. soro antitetânico). • Imediata / Transitória / Adm de anticorpos prontos Passiva artificial Mecanismos básicos da resposta imune 7 A vacina aplicada irá estimular a produção de anticorpos específicos e a produção de células de memória (resposta primária). Tais células permitirão a rápida produção de anticorpos específicos no momento da exposição ao agente causador da doença (resposta secundária). Ao invadir um organismo, bactérias e vírus atacam as células e se multiplicam. Esta invasão é chamada de infecção e é isso que causa a doença. Para proteger nossa saúde, as vacinas precisam estimular o sistema imunológico — também chamado de sistema imunitário ou imune — a produzir anticorpos, um tipo de proteína, agentes de defesa que atuam contra os micróbios que provocam doenças infecciosas. 8 9 IMUNIZAÇÃO 10 É a capacidade do organismo reconhecer o agente causador da doença e produzir anticorpos a partir da doença adquirida ou por meio da vacinação. Proteção: temporária ou permanentemente. Fundamentos imunológicos VACINA Preparação contendo microorganismos vivos ou mortos ou frações destes, possuidora de propriedades antigênicas (capacidade de ativar linfócitos B, ou seja anticorpos). As vacinas são empregadas para produzir em um indivíduo atividade específica contra um microorganismo. Fundamentos imunológicos Agentes imunizantes 12 Natureza A vacina é o imunobiológico que contém um ou mais agentes imunizantes (vacina isolada ou combinada) sob diversas formas: Bactérias ou vírus vivos atenuados, vírus inativados, bactérias mortas e componentes de agentes infecciosos purificados e/ou modificados. Composição Agente Imunizante; Líquido de suspensão (água destilada ou solução salina fisiológica); Conservantes, estabilizadores e antibióticos; Adjuvantes (aumentam a ação – micro-organismos inativados). O que são VACINAS e SOROS? O que é uma vacina? São substâncias sintetizadas a partir de organismos vivos ou parte destes e que por sua vez são administrados por forma injetável ou por via oral. Têm o objetivo de manter alerta o sistema imunológico das pessoas ou animais contra determinadas doenças. O que é um soro? São anticorpos prontos, específicos, contra o antígeno invasor. Eles estão presentes nos chamados "soros terapêuticos", como o soro antitetânico e o soro antidiftérico. 13 IMUNIZAÇÃO Conjunto de métodos terapêuticos destinados a conferir ao organismo um estado de resistência, ou seja, de imunidade contra determinadas enfermidades; Estratégia de prevenção; Não é isenta de riscos. 14 Contraindicações gerais Hipersensibilidade confirmada após recebimento de dose anterior (reação anafilática); Hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos. ATENÇÃO: - Ocorrência de febre acima de 38,5º após administração de uma vacina, NÃO constitui contraindicação - Não indique uso de antitérmico antes ou imediatamente após a vacinação 15 ADIAMENTO DA VACINAÇÃO Usuário de dose imunossupressora de corticoide (2mg/kg/dia crianças e 20mg/kg/dia adultos por 14 dias) – vacina 90 dias após suspensão ou término do tratamento Usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacina com imunológicos de agentes vivos atenuados nas 4 semanas que antecedem e até 90 dias após o uso Doença febril grave – aguardar resolução do quadro 16 Falsas Contraindicações Doença aguda benigna sem febre; Prematuridade ou baixo peso (exceto BCG); Evento adverso em dose anterior (reação local); Diagnóstico prévio de doenças; Doença neurológica estável; Antecedente familiar de convulsão; Alergias (exceto ao componente da vacina) História de alergia não específica; História Familiar de evento adverso à vacinação; 17 Falsas Contraindicações Uso de antibióticos; Uso de corticosteroides em dias alternados e em doses não imunossupressoras; Uso de corticosteroides inalatórios ou tópicos; Contato domiciliar com gestante; Convalescença de doenças agudas; Profilaxia pós-exposição a vacina da raiva; Internação hospitalar; Mulheres no período de amamentação (adiar para febre amarela) 18 Vias de administração 19 Via oral Via parenteral Uso do álcool a 70% (recomendações) SN; Uso de luvas de procedimento SN; ID (Derme. Vol máximo de adm: 0,5ml / Seringa: 1ml) SC (Hipoderme. Vol máximo de adm: 1,5ml / Seringa: 1 e 2ml) IM (Músculo. Vol máximo de adm: 5,0ml / Seringa: 1, 3 ou 5ml) Características das Vacinas 20 Vacina BCG O que previne: Tuberculose — principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo). Composição: bacilos vivos atenuados É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin — origem do nome BCG — obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. Completam sua composição o glutamato de sódio e a solução fisiológica (soro a 0,9%). 21 Vacina BCG Forma liofilizada em ampolas com múltiplas doses com diluente próprio (1mL) Indicação: proteção de crianças < 5 anos das formas graves de Tuberculose 22 Vacina BCG Esquema: · Administrar dose única, o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. Dose: 0,1mL, via intradérmica Conservação: +2ºC e +8ºC Após aberta: validade de 6 horas 23 Vacina BCG: Aplicação: Região do deltoide, nível da inserção inferior, na face externa superior do braço Limpeza feita com água ou sabão Segurar firmemente com a mão o local, distendendo a pele com o polegar e o indicador Introduzir a agulha, paralelamente à pele, com bisel voltado para cima, até que o mesmo desapareça; Injetar a solução lentamente, com o polegar na extremidade do êmbolo, até introduzir toda a dose. Retirar o polegar da extremidade do êmbolo e a agulha da pele 24 Particularidades: Crianças com peso inferior a 2kg: adiar a vacinação Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias ainda não vacinadas. Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal após 6 meses da administração da vacina, revacinar apenas uma vez. 25 Particularidades: Contatos prolongados de portadores de hanseníase: vacinação seletiva, nas seguintes situações: o Menores de 1 ano de idade: - Não vacinados: administrar 1 dose de BCG. - Comprovadamente vacinados: não administrar outra dose de BCG. - Comprovadamente vacinados que não apresentem cicatriz vacinal: administrar uma dose de BCG seis meses após a última dose. 26 o A partir de 1 ano de idade: - Sem cicatriz: administrar uma dose - Vacinados com uma dose: administrar outra dose de BCG, com intervalo mínimo de seis meses após a dose anterior. - Vacinados com duas doses: não administrar outra dose de BCG. Indivíduos expostos ao HIV: o Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência; o Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; o A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. 27 Vacina BCG: 28 • Evolução - 3 - 4 semanas: nódulo (caroço) no local; - 4 – 5 semanas: nódulo evolui para pústula (ferida com pus); - Em seguida, evolui para uma úlcera (ferida aberta) – 4 a 10mm d - 6 – 12 semanas: crosta (ferida com casca em processo de cicatrização) Cuidados com a lesão; - A úlcera não deve ser coberta; - Não fazer compressas - Manter o local limpo, sendo desnecessário colocar qualquer medicamento ou curativo; Retornar ao Serviço de Saúde em caso de: -A ferida não abrir até 6 meses após a vacinação, deverá ser revacinado; - A úlcera for maior que 1 cm; - Aparecimento de sinais de abscesso frio ou quente; - Surgirem sinais de linfadenopatia (ínguas volumosas na região axilar, supra e infraclaviculares);. Vacina BCG: 29 Vacina BCG: Observar falhas na aplicação: -Aplicação profunda (subcutânea), enquanto o correto é aplicá-la na camada superficial (intradérmica); - Dose com maior volume (dose exata 0,1 ml); - Contaminação no processo de preparo e aplicação. O vacinador precisa: -Valorizar a lavagem das mãos; - Durante a reconstituição da vacina, evitar agitação intensa, e homogeneizá-la com movimentos circulares; - Introduzir o diluente vagarosamente, pela parede do frasco; - Conferir a dose (0,1 ml), o local da aplicação. - Utilizar seringa e agulha para a técnica de aplicação (intradérmica). 30 Vacina BCG: Eventos adversos Lesões locais e regionais mais frequentes a) úlcera com diâmetro maior que 1cm; b) abscesso subcutâneo frio; c) abscesso subcutâneo quente; d) linfadenopatia regional supurada; e) cicatriz quelóide; Obs.: Os eventos adversos locais e regionais são decorrentes, na maioria dos casos, de técnica incorreta na aplicação da vacina. 31 Vacina BCG: Eventos adversos Lesões resultantes de disseminação Podem ser localizadas ou generalizadas e sua incidência é bastante rara. a) lesões localizadas • em pele; • osteoarticulares; • em linfonodos; • em um único órgão. b) lesões generalizadas, acometendo mais de um órgão. Ressalta-se que esses eventos são raros e quando ocorrem: -Devem ser sempre notificados. Exigem NOTIFICAÇÃO IMEDIATA. - Devem ser tratados pelo médico e acompanhados em sua evolução até sua regressão. 32 Vacina contra Hepatite B (recombinante) Composição: Antígeno Recombinante HBsAg Apresenta-se na forma líquida em frasco de múltiplas doses Conservação: - Local: +2 a +8 C - Após aberta a validade depende do fabricante 33 Vacina contra Hepatite B (recombinante) Esquema: Para recém-nascidos: administrar 1 (uma) dose ao nascer, o mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas. o Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento. o Completar o esquema de vacinação contra hepatite B com a combinada vacina penta (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada), aos 2, 4 e 6 meses de idade. 34 Esquema: Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos 11 meses e 29 dias: administrar 3 doses da vacina penta com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Para indivíduos de 5 a 49 anos: o Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da vacina hepatite B com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e de 6 meses entre a primeira e a terceira doses (0, 1 e 6). o Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada. Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional: administrar 3 doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de vacinação anterior. 35 Cont. Esquema: Para indivíduos integrantes dos grupos vulneráveis, independe da faixa etária ou comprovação da condição de vulnerabilidade: administrar 3 doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e de 6 meses entre a primeira e a terceira doses. Considerar a história vacinal anterior. • Trabalhadores da saúde • Bombeiros • Policiais • Caminhoneiros • Carcereiros • coletores de lixo • agentes funerários • comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB • doadores de sangue • homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM) • lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT); • pessoas reclusas (presídios, hospitaispsiquiátricos, instituições de adolescentes privados de liberdade, forças armadas, entreoutras); • manicures, pedicures e podólogos • populações de assentamentos e acampamentos • potenciais receptores de transfusões de sangue ou politransfundido; • profissionais do sexo/prostitutas • usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; • portadores de DST • população indígena 36 Vacina contra Hepatite B (recombinante) Dose: 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1mL a partir de 20 anos, via intramuscular. Contra-indicação: Reação anafilática anterior. Aplicação: < 2 anos: IM em vasto lateral da coxa, no terço médio, medido entre joelho e trocanter maior (agulha 20x5,5) A partir dos 2 anos: IM em deltóide (agulha 25x7) 37 Vacina contra Hepatite B (recombinante) Particularidades: -Em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B: administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até 7 dias de vida. Eventos adversos: Local: dor Sistêmico: febre baixa, mal-estar, cefaleia, fadiga 38 Vacina Pentavalente Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante)e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) Esquema: · Administrar 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses. 39 Vacina Pentavalente Dose: - A vacina combinada é inteiramente líquida na forma de suspensão injetável apresentada em frasco contendo 1 dose de 0,5mL, via intramuscular. - Os dois reforços serão realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis): - O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos. - A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 11 meses e 29 dias. 40 Vacina Pentavalente Particularidades: Considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses apenas para as crianças acima de 6 meses de idade. Na rotina dos serviços, em crianças de até 4 anos 11 meses e 29 dias, que vão iniciar esquema vacinal, administrar 3 doses com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Conservação: - Local: +2 a +8 C - Após aberta a validade depende do fabricante 41 Vacina Pentavalente 42 Eventos adversos: Locais: dor, rubor, edema, enduração Sistêmicos: febre, perda de apetite, choro persistente, mal-estar, irritabilidade, sonolência, choro incontrolável e prolongado Contraindicações: Convulsão (até 72 h); Síndrome hipotônico-hiporresponsiva (até 48 h); Encefalopatia (dentro de 7 dias); Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (DTP) Composição: vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, forma líquida e multidose. Dose: 0,5mL, via intramuscular. • < 2 anos: no vasto lateral da coxa • A partir dos 2 anos: deltóide Conservação: - Local: +2 a +8 C - Após aberta a validade depende do fabricante 43 Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (DTP) Reforço: Administrar 2 reforços, o primeiro aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 anos de idade. Particularidades: Administrar o primeiro reforço com intervalo mínimo de 6 meses após a última dose do esquema básico (três doses); intervalo mínimo de 6 meses entre os reforços; Crianças entre 4 anos de idade e 6 anos 11 meses e 29 dias, sem nenhum reforço: administrar apenas 1 reforço. Crianças entre 5 anos de idade até 6 anos 11 meses e 29 dias, sem histórico de vacinação: devem receber 3 doses com intervalos de 60 dias entre as doses e mínimo de 30 dias. 44 Vacina DTP 45 Eventos adversos: Locais: dor, rubor, edema, enduração Sistêmicos: febre, perda de apetite, choro persistente, mal-estar, irritabilidade, sonolência, choro incontrolável e prolongado Contraindicações: Convulsão (até 72 h); Síndrome hipotônico-hiporresponsiva (até 48 h); Encefalopatia (dentro de 7 dias); Crianças a partir de 7 anos de idade Esquema Sequencial VIP-VOP Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) - VIP Esquema: Administrar 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias. *Em situação epidemiológica de risco, o intervalo mínimo pode ser de 30 dias. Completar o esquema de vacinação com a vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) (VOP) nos reforços. Este esquema sequencial está indicado para as crianças até 4 anos 11 meses e 29 dias. Dose: 0,5mL, via intramuscular. 46 Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) – VOP Esquema: somente administrada nos REFORÇOS Reforço: Administrar 1 reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Dose: duas gotas 47 Esquema Sequencial VIP-VOP IDADE VACINA 2 meses Vacina inativada poliomielite VIP 4 meses VIP 6 meses VIP 15 meses VOP 4 anos VOP 48 Administração da VOP Apresentação: sob a forma líquida, em frasco multidoses. Conservação: entre +2 ºC e +8 ºC, sendo ideal +5 ºC. Via de administração: oral. Manter o frasco plástico na posição obliqua (45º) OBS: Aplicar nova dose se houver regurgitação ou vômito imediato com a vacina 49 Esquema Sequencial VIP-VOP Particularidades: Indivíduos com 5 anos de idade ou mais: o Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da VOP, com intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de 30 dias; o Com esquema incompleto: completar esquema com a VOP; o Nesta faixa etária não há necessidade de reforço. Esta vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, contato de pessoa HIV positivo ou com Aids, bem como que tenham histórico de paralisia flácida associada à dose anterior da VOP. 50 Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) - Pneumo10v Essa vacina protege as crianças de bactérias tipo pneumococo, que causam doenças graves como meningite, pneumonia, otite média aguda, sinusite e bacteremia. A vacina pneumocócica 10-valente é constituída por 10 (dez) sorotipos de pneumococos (1,4,5,6B,7F,9V, 14, 18C, 19F, 23F) e conjugada com a proteína D de Haemophilus influenzae. Conservação: - Local: +2 a +8 C - Após aberta a validade depende do fabricante 51 Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) - Pneumo10v Esquema: Administrar 2 doses aos 2 e 4 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, em crianças menores de 1 ano de idade. Reforço: Administrar 1 reforço aos 12 meses, considerando o intervalo de 6 meses após o esquema básico. Administrar o reforço com intervalo mínimo de 60 dias após a última dose em crianças que iniciam o esquema básico após 6 meses de idade. Dose: 0,5mL, via intramuscular. 52 Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) - Pneumo10v Particularidades: Crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal: administrar dose única. Pode ser administrada simultaneamente, ou com qualquer intervalo, com outras vacinas do calendário. 53 Vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH Indicação: prevenção de gastroenterite por rotavírus em crianças < 1 ano Esquema: Administrar 2 doses, aos 2 e 4 meses de idade. - A primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. - A segunda dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. Manter intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. 54 Vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH Dose: 1,5mL - administrar todo o conteúdo da seringa exclusivamente por via oral ATENÇÃO: Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. 55 Vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH Contraindicação: Alergia grave aos componentes da vacina Imunodeficiência História prévia de invaginação intestinal Doença gastrointestinal ou malformação congênita do trato digestivo Terapêutica imunossupressora 56 Vacina meningocócica C (conjugada) - Meningo C Previne de doença sistêmica causada pela Neisseria meningitidis Esquema: Administrar 2 doses, aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias Adolescentes de 11 a 14 anos. Reforço: Administrar 1 reforço aos 12 meses de idade Dose: 0,5mL, via intramuscular Conservação: Local: +2 a +8 C Após aberta a validade depende do fabricante 57 Embalagem unidose, contendo dois frascos: um com o pó liofilizado branco ou esbranquiçado (antígeno) e outro com 0,8 ml de um líquido branco opaco (diluente).Reconstituição 1) agitar suavemente o frasco de diluente (líquido branco opaco). 2) aspirar o diluente e injetar no frasco do pó liofilizado (antígeno) 3) agitar o frasco com o produto até que o pó esteja totalmente dissolvido. 4) aspirar 0,5 ml do produto reconstituído e aplicar. Vacina meningocócica C (conjugada) - Meningo C 58 Vacina meningocócica C (conjugada) - Meningo C Particularidades: Crianças que iniciam o esquema básico após 5 meses de idade: - considerar o intervalo mínimo entre as doses e administrar a dose de reforço com intervalo de 60 dias após a última dose. Crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal: administrar dose única. Reações: após a aplicação pode ocorrer como dor no local e febre. 59 Vacina contra febre amarela (atenuada) Composição: cepa atenuada de vírus vivos da febre amarela Apresentação: Liofilizada em frasco-ampola de múltiplas doses, acompanhando ampola diluente. 60 Vacina contra febre amarela (atenuada) Esquema: Administrar 1 dose a partir dos 9 meses de idade; Administrar 1 dose a cada 10 anos Indicada para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo menos 10 dias anteriores da data da viagem). Dose: 0,5mL, via subcutânea (agulha 13x4,5). 61 Vacina contra febre amarela (atenuada) Precaução: Esta vacina não está indicada para: • gestantes, • mulheres que estejam amamentando crianças de até 6 meses de idade e • indivíduos com 60 anos e mais que ainda não receberam a vacina febre amarela e vai recebê-la a primeira vez. • Em situação de risco de contrair a doença, o médico ou enfermeiro deverá avaliar o benefício/risco da vacinação. 62 Vacina contra febre amarela (atenuada) Particularidades: Esta vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade. Em situação de surto, a dose inicial deve ser antecipada para 6 meses de idade e considerada como dose válida para rotina. Administrar 1 dose a cada 10 anos. Em mulheres que estejam amamentando e receberam inadvertidamente a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso, preferencialmente por 28 dias após a vacinação e no mínimo 15 dias. *Não administrar simultaneamente com a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), estabelecendo o intervalo mínimo de 30 dias. 63 Vacina contra febre amarela (atenuada) 64 Eventos adversos: Local: dor Sistêmico: cefaléia, febre e mialgia após 6º dia Reação imediata de hipersensibilidade e encefalite são raras Conservação: Local: +2 a +8 C Após 4h 64 64 64 A vacina é contraindicada para quem tem alergia grave (anafilática) ao ovo. Se a alergia não for grave, a vacinação poderá ser feita, num ambiente em que você possa ser atendido com rapidez, no caso de reações anafiláticas. Seu médico certamente poderá orientá-lo quanto a isso. Mas se você não reside e não vai viajar para localidades onde a vacina é recomendada, não há necessidade de se vacinar. Fonte: Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio- Manguinhos/Fiocruz) 65 Vacina Tríplice Viral Previne contra Sarampo, Caxumba e Rubéola (SCR) Composição: combinação dos vírus vivos atenuados do sarampo, caxumba e da rubéola Apresentação: forma liofilizada em frasco-ampola de monodose ou multidoses, acompanhado de diluente. Conservação: Local: +2 a +8 C Validade: 8horas 66 Vacina Tríplice Viral Esquema: Para indivíduos de 12 meses a 29 anos de idade: administrar 2 doses, conforme situação vacinal encontrada. Administrar a 1ª dose aos 12 meses de idade com a vacina tríplice viral e a 2ª dose, exclusivamente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral, para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. 67 Vacina Tríplice Viral Esquema: Para as crianças acima de 15 meses de idade: administrar a vacina tríplice viral observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. (Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola). 68 Vacina Tríplice Viral A introdução da segunda dose para a população de 20 a 29 anos de idade justifica-se em função da correção da falha vacinal neste grupo e também pela situação epidemiológica da caxumba nos últimos anos, cujos surtos têm acometido, principalmente, adolescentes e adultos jovens nesta faixa etária. 69 Vacina Tríplice Viral Dose: 0,5mL, via subcutânea (agulha 13x4,5). Aplicação: SC, na região deltóide, na face externa superior do braço ou região glútea. 70 Particularidades: Esta vacina é contraindicada para gestantes e imunodeprimidos. Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até 1 mês após a vacinação. Em situação de bloqueio vacinal em crianças menores de 12 meses, administrar 1 dose entre 6 meses e 11 meses de idade e manter o esquema vacinal. Não administrar simultaneamente com a vacina febre amarela (atenuada), estabelecendo o intervalo mínimo de 30 dias. Eventos adversos: quando ocorrem são benignos: febre, discreto exantema, parotidite, artralgia e artrite. 71 Vacina - Tetra Viral Previne contra Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela Apresentação: A vacina combinada apresenta pó liofilizado para reconstituição com diluente para administração. As embalagens contêm 10 frascos-ampola mais 10 seringas preenchidas com diluente (0,5 mL) e 20 agulhas para a reconstituição e administração da vacina. Conservação: Local: +2 a +8 C 72 Vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela - Tetra Viral Esquema: Administrar 1 dose exclusivamente aos 15 meses de idade, em crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral (corresponde a uma dose de varicela e a 2ª dose da tríplice viral). Dose: 0,5mL, subcutânea (agulha 13x4,5) 73 Vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela - Tetra Viral Particularidades: O PNI não disponibilizará a vacina tetraviral para as crianças que não receberam a primeira dose da tríplice viral entre 12 e 14 meses de idade e aquelas acima de 15 meses de idade. Eventos adversos: Febre , exantema, convulsão febril, anafilaxia, herpes zoster grave, encefalite, eritema multiforme, pneumonia, trombocitopenia. 74 Vacina sarampo, caxumba, rubéola e varicela - Tetra Viral O MS passa a disponibilizar uma dose da vacina varicela (atenuada) para crianças de 4 a 6 anos de idade. 75 Vacina Dupla Bacteriana Previne Difteria e Tétano Composição: Associação dos toxóides diftérico e tetânico Apresentação: 2 tipos Vacina dupla do tipo infantil (DT) mesma quantidade de toxóide diftérico da DTP. Vacina dupla do tipo adulta (dT) menor quantidade do toxóide diftérico. Forma líquida em frasco de única dose ou múltiplas. 76 Vacina Dupla Bacteriana (DT) Esquema: Indivíduos a partir de 7 anos, com esquema incompleto para difteria e tétano: completar esquema com um total de 3 doses, considerando as doses anteriores, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Indivíduos sem comprovação vacinal para difteria e tétano: administrar 3 doses com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30dias. 77 Vacina Dupla Bacteriana (dT) Cont. Esquema: Mulheres grávidas: administrar a vacina considerando o histórico vacinal para difteria e tétano. o o Esta vacina pode ser administrada a partir da comprovação da gravidez, em qualquer período gestacional. o A última dose deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto com a dTpa. 78 Vacina Dupla Bacteriana (dT) Reforço: Indivíduos a partir de 7 anos de idade, com esquema vacinal completo (3 doses) para difteria e tétano, administrar 1 (uma) dose a cada 10 anos. Em todos os casos após completar o esquema, administrar reforço a cada 10 anos. Em casos de ferimentos graves, comunicantes de casos de difteria ou gestação, antecipar a dose quando a última foi administrada há mais de 5 anos. 79 Vacina Dupla Bacteriana (dT) 80 Dose: 0,5mL, via intramuscular (Agulha 25x7) - Músculo deltóide ou na região glútea, no quadrante superior externo. Eventos adversos: dor, rubor e enduração no local da aplicação. Em alguns casos, pode ocorrer febre. Conservação: Em todas as instâncias da rede de frios: + 2 a + 8 C Depois de aberta, pode ser utilizado até o final. Composição : Vacina inativada constituída por proteínas do Virus Papilomavírus Humano (Tipos 6, 11, 16 e 18) Apresentação : Unidose, via Intramuscular Cada dose possui volume de 0,5 ml. Conservação: Local: +2 a +8 C VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV 81 Idade para aplicação: Meninas de 9 a 14 anos Meninos de 11 a 14 anos VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV Esquema: 1ª dose (D1): 0 2ª dose (D2) 6 meses Aplicação: Via Intramuscular (agulhas 25 x 0,6 mm, 25 x 0,7 mm ou 25 x 0,8) 82 VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV 83 Contraindicações: Gestantes, Meninas com Hipersensibilidade ao Princípio Ativo da Vacina (Sulfato De Hidroxifosfato De Alumínio Amorfo) E Que Apresentarem Alguma Reação Alérgica Grave Após Receberem A Primeira Dose Intervalo entre vacinas: A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do PNI, sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. 83 VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV 84 Eventos adversos: Dor no local de aplicação, edema e eritema de intensidade moderada, além de Cefaleia, Febre de 38ºC ou mais e Síncope (ou desmaio) VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV ATENÇÃO: A primeira dose da vacina HPV quadrivalente deverá ser administrada, de acordo com a faixa etária recomendada em cada ano. Ressalta-se a importância da vacinação antes do início da vida sexual e a possível exposição ao HPV. Caso o adolescente ou jovem esteja em atraso com dose(s) de seu esquema de vacinação, mesmo não estando mais dentro da faixa etária recomendada, o esquema deverá ser continuado. 85 VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV 86 A vacina HPV também está disponível para as mulheres e homens de nove a 26 anos de idade vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos, sendo o esquema vacinal de três doses (0, 2 e 6 meses). Vacina influenza (fracionada, inativada) - Gripe Composição: Cepas inativadas do vírus Myxovirus influenzae Administração: Via: intramuscular ou subcutânea Esquema: 87 Vacina influenza (fracionada, inativada) - Gripe Particularidades: Esta vacina é disponibilizada anualmente para crianças de 6 meses a menores de 2 anos de idade, gestantes, puérperas, pessoas com 60 anos de idade e mais, trabalhadores de saúde, população privada de liberdade, indivíduos com comorbidades (de acordo com o informe técnico anual da campanha) e povos indígenas. Contra-indicação: alergia a ovo 88 • Composição: • Vírus inativado • Trata-se de vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. É composta por antígeno do vírus da hepatite A, sal de alumínio amorfo, estabilizante (varia conforme o fabricante), cloreto de sódio a 0,9% • Pode conter traços de antibiótico (neomicina), fenoxietanol e formaldeído. • Via: IM deltóide ou vasto lateral. • Dose: 0,5ml VACINA CONTRA Hepatite A 89 VACINA CONTRA Hepatite A • Contraindicações: reações neuroparalíticas em vacina anterior • Reações possíveis: Eritema, edema, prurido e em menor grau febre, cefaleia, artralgia ou adenomegalia 90 VACINA CONTRA Hepatite A Dose: 0,5 ml Via: Intramuscular Administrar dose única aos 15 meses de idade. Pode ser administrada até os 5 anos de idade. Contraindicada: reação alérgica a doses anteriores, ou se ela é alérgica a qualquer componente da vacina Criança estiver com alguma doença crônica progressiva, infecção aguda ou com febre, pois os sintomas da doença podem ser confundidos com possíveis eventos adversos da vacina. Recomenda-se adiar a vacinação. 91 O Programa Nacional de Imunizações (PNI) alterou, em 2017, a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar 5 anos de idade. 92 VACINA CONTRA Hepatite A Esquema: 93 Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto – dTpa • Indicação: uma dose a cada gestação • Gestantes entre 20-36 semanas de gestação (20 dias antes do parto) • Apresentação: Frasco Unidose Conservação: +2ºC a +8ºC • Dose: 0,5ml Via: IM deltóide • Contraindicações: • Anafilaxia e eventos neurológicos subsequentes à administração da dT e dTpa contraindicam novas doses; Hipersensibilidade ao principio ativo da vacina • Reações possíveis: dor, enduração, hiperemia,Temperatura axilar 40C, convulsões febris 94 Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto – dTpa As mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação, devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível. Só deve ser realizada como última opção, pois ao se vacinar uma gestante após o parto, não haverá transferência de anticorpos para o feto. 95 Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) tipo adulto – dTpa Esquema: 96 • Vírus inativado • Via: IM deltóide ou vasto lateral. • Dose: 1ml ou 0,5 • Agulhas: 20x5,5; 25x7; 25x6. • Contraindicações: reações neuroparalíticas em vacina anterior • Reações possíveis: Eritema, edema, prurido e em menor grau febre, cefaleia, artralgia ou adenomegalia VACINA CONTRA RAIVA HUMANA 97 98 Maria, nasceu dia 6 de abril de 2017, e no seu cartão consta as vacinas BCG e hepatite B ao nascer, além das vacinas de 2 meses. Quais vacinas devemos administrar hj e quais deverão ser aprazadas? 99 OBRIGADA!!!Obrigada! 100