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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA Profª Msc Rafael Pires Silva Mestre em Ciências do Cuidado em Saúde Especialista em Controle de Infecção em Assistência à Saúde Aula: Exame Físico II e III 05/09/2019 1 Exame físico Qual a importância? Investigação céfalocaudal Identificação de alterações Julgamento clínico Necessidades do cliente 05/09/2019 2 Identificação dos problemas Diagnósticos de enfermagem Intervenções Sensibilidade cultural • Diferenças culturais influenciam no comportamento do cliente. • Considerar as crenças (reorientação); hábitos nutricionais. Integração • Integrar o exame físico durante uma rotina de cuidados com o paciente. Habilidades e preparo • Habilidades para o exame: inspeção, palpação, percussão, ausculta, olfato (Potter e Perry, 2009). • Preparo do profissional, ambiente e material. • Posicionamento e preparação psicológica do cliente. 05/09/2019 3 Não se esqueçam da higienização das mãos! 05/09/2019 4 TÓRAX TÓRAX Importante conhecer anatomia 05/09/2019 5 Linha axilar anterior: Linha axilar média: Linha axilar posterior: Linha escapular: Linha vertebral: Linha médioclavicular: Linha médioesternal: TÓRAX 05/09/2019 6 Inspeção Palpação Percussão Ausculta TÓRAX Inspeção • Simetria do tórax • Atentar aos tipos patológicos, como: 05/09/2019 7 Enfisematoso ou em tonel: Diâmetro ânteroposterior é praticamente igual ao transversal Fonte: google imagens TÓRAX Inspeção • Simetria do tórax • Atentar aos tipos patológicos, como: 05/09/2019 8 Em quilha, cariniforme ou peito de pombo: O esterno é proeminente e desviado anteriormente. Defeito congênito ou adquirido (raquitismo) Raquítico ou infundibuliforme Há uma depressão na porção inferior do esterno. Pode ser congênito ou devido ao raquitismo Fonte: google imagens TÓRAX Inspeção • Simetria do tórax • Atentar aos tipos patológicos, como: 05/09/2019 9 Chato: O diâmetro ântero-posterior é bem menor que o transversal. Defeito congênito Sino ou crônico: A parte inferior do tórax apresenta-se exageradamente alargada Fonte: google imagens TÓRAX Inspeção • Resumindo: 05/09/2019 10 Fonte: google imagens Normal Enfisematoso Infundibuliforme Quilha Escoliose Cifose Gibosidade TÓRAX Inspeção – Frequência respiratória • Eupneia: Respiração de um adulto normal em repouso de 12 a 20 irpm. • Bradipneia: Respiração lenta, com frequência inferior ao normal (< 12 irpm), com profundidade normal e ritmo regular. Geralmente associada ao aumento da PIC, lesão cerebral etc. • Taquipneia: Respiração regular, porém rápida e superficial (> 20 irpm). Geralmente observada nos pacientes com pneumonia, edema agudo de pulmão, fratura de costela etc. • Hiperpneia: Respiração é difícil, com profundidade e frequência aumentadas (> 20 irpm). Geralmente após exercício físico. • Apneia: A respiração cessa durante vários segundos. • Hiperventilação: Frequência e profundidade aumentadas. • Hipoventilação: Frequência respiratória é anormalmente lenta e profundidade da ventilação está deprimida. 05/09/2019 11 TÓRAX Inspeção – Frequência respiratória • Kussmaul: Respiração regular, porém anormalmente profunda e de alta frequência. Geralmente associada a acidose metabólica. • Cheyne-Stokes: Frequência e profundidade da respiração são irregulares, caracterizadas pela alternação de períodos de apneia e hiperventilação. O ciclo respiratório começa com respiração lenta e superficial que aumenta gradualmente a uma frequência e profundidade anormais. • Biot: Respiração anormalmente superficial para duas ou três respirações seguidas de apneia com períodos irregulares. 05/09/2019 12 Eupneia Kussmaul Cheyne-Stokes Biot TÓRAX Palpação • Expansibilidade torácica (manobra de Ruault) • Vibração torácica (frêmito toracovocal): repetir o número 33 05/09/2019 13 TÓRAX Percussão • Percussão digitodigital • Som claro e atimpânico 05/09/2019 14 Questão de concurso: Residência Multiprofissional da UNIRIO (2015) A palpação do tórax tem por objetivo avaliar as paredes do tórax, sua sensibilidade, elasticidade, expansibilidade e as vibrações ou frêmitos emitidos pela fala. Na avaliação da elasticidade torácica, a manobra onde o enfermeiro coloca uma das mãos na parede posterior do tórax e, ao mesmo tempo, outra na parte anterior, solicitando que o cliente respire profundamente é conhecida como Manobra de: a. Laségue b. Ruault c. Brudzinki d. Leopold e. Rovsing Som Ar nos alvéolos Patologias possíveis Som timpânico Ar preso no espaço pleural Pneumotórax Som submaciço ou maciço Diminuição da sonoridade pulmonar Presença de líquidos (diminuição de ar) Derrame pleural, pneumonia, tuberculose etc. TÓRAX Ausculta A ausculta é a avaliação do fluxo de ar que entra nos pulmões e presença de obstruções. • Murmúrio vesicular: É produzido pela turbulência de ar ao entrar nos bronquíolos e alvéolos. É um som de tom baixo, intenso e de duração maior na inspiração do que na expiração. Audível em todos os campos pulmonares. • Som brônquico: Auscultado sobre o esterno, nas vias aéreas traqueais, e tem timbre agudo, intenso e oco. • Som traqueal: Ruído intenso (sobre a traqueia) • Ruídos adventícios: decorrentes de espasmos, estenose ou acúmulos de secreções nas vias aéreas. (Bronquite, asma, enfisema). Estertores crepitantes: Sons discretos e descontínuos que resultam da reabertura tardia das vias aéreas desinsufladas. Roncos: Vibrações das paredes brônquicas e conteúdo quando há estreitamento destes ductos por espasmos, edema ou secreção. Se ausculta tanto na inspiração como na expiração. Sibilos: Se originam das vibrações e aparecem tanto na expiração e inspiração. São múltiplos e disseminados. Ex: Asma, Enfisema, Secreção, Brônquica e Broncoespasmo. 05/09/2019 15 TÓRAX Ausculta – aprendendo na prática 05/09/2019 16 TÓRAX Ausculta cardíaca • Foco aórtico: 2º espaço intercostal à direita do esterno. • Foco pulmonar: 2º espaço intercostal à esquerda do esterno • Foco mitral: Ictus cordis - 5º espaço intercostal à esquerda do esterno. • Foco tricúspide: Apêndice xifoide 05/09/2019 17 2ª bulha cardíaca 1ª bulha cardíaca Fonte: google imagens 05/09/2019 18 TÓRAX Exame das mamas • Inspeção: Tamanho e simetria; número de mamas, textura, características da pele. • Palpação: regiões claviculares, axilas e mama 05/09/2019 19Fonte: google imagens 05/09/2019 20 Abdômen ABDÔMEN Importante conhecer anatomia 05/09/2019 21 ABDÔMEN 05/09/2019 22 Inspeção Ausculta Percussão Palpação ABDÔMEN Inspeção • Tipos de abdômen: 05/09/2019 23 Globoso: Predomínio nítido do diâmetro ânteroposterior sobre o transversal. Ex: Gravidez avnçada, ascite, obesidade, obstrução intestinal Fonte: google imagens Abdômen pendular: Estando o paciente de pé, as vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal produzindo uma protusão. Ex: flacidez do abdômen no período puerperal ABDÔMEN Inspeção • Tipos de abdômen: 05/09/2019 24 Ventre de Batráquio: Diâmetro transversal maio que o ânteroposterior. Ex: Ascite em regressão Fonte: google imagens Abdômen em avental: Encontrado em pessoas obesas, sendo consequência do acúmulo de tecido gorduroso na parede abdominal ABDÔMEN Inspeção • Tipos de abdômen: 05/09/2019 25 Escavado: Parede abdominal estáretraída. Ex: pacientes muito emagrecidos Fonte: google imagens ABDÔMEN Ausculta 05/09/2019 26 Característica Quantidade Normal 5 sons em 20 segundos ou 15 sons em 1 minuto Hipoativo 1 ou 2 sons em 2 minutos Hiperativo 6 sons em menos de 20 segundos Ausente Nenhum som em 3 a 5 minutos ABDÔMEN Percussão • Percussão dígitodigital 05/09/2019 27 Característica Tipo Timpânico Vísceras ocas: estômago e intestino Maciço ou submaciço Fígado e baço Fonte: google imagens ABDÔMEN Palpação • Superficial e profunda: Fígado, baço e rins (manobra de giordano). Sinal de blumberg (ponto de McBurney); Sinal de Rovising (mobilização dos gases para o ceco) 05/09/2019 28 Fonte: google imagens Questão concurso – Universidade Federal do Piauí (2013) Leia as sentenças abaixo sobre as técnicas básicas do exame físico e marque a opção correta nas alternativas abaixo das afirmações. I. A inspeção, palpação, percussão e ausculta devem ser realizadas pelo enfermeiro todas vez que for realizar o exame físico, sendo que não importa a ordem que serão realizadas, o importante é realizar no sentido cefalocaudal. II. Ao realizar a palpação, o enfermeiro deve iniciar pela região que o paciente se queixa de dor para tentar identificar logo os problemas. III. As técnicas devem ser realizadas de maneira simétrica e comparativa, considerando-se o referencial anatômico. IV. Através da ausculta pode-se identificar ruídos adventícios que são sons fisiológicos que podem ser identificados na ausculta abdominal, pulmonar e cardíaca. V. Na percussão do cólon descendente o som encontrado é o timpânico e a presença de macicez pode indicar presença de massa (fezes, tumor) VI. O uso da câmpula do estetoscópio só é indicado para ausculta de sons de baixo timbre VII. O uso de instrumentos se faz necessário apenas na execução da ausculta, nas demais técnicas o examinador faz uso somente dos sentidos. a. F, F, V, F, V, F, F b. F, F, F, V, V, V, F c. V, F, V, V, F, V, V d. F, V, F, V, F, F, F e. V, V, F, V, F, F, V GENITÁLIA FEMININA Inspeção e palpação • Observar morfologia, presença ou não de lesões, presença de tumores. 05/09/2019 30 Fonte: google imagens GENITÁLIA MASCULINO Inspeção e palpação • Anatomia do pênis, anomalias congênitas, presença de fimose, lesões, testículos (existência de criptorquidia), uretra (hipospadia, epispadia) 05/09/2019 31 Fonte: google imagens MEMBROS Inspeção e palpação • MMSS: coloração, presença de edemas (sinal de cacifo), lesões. Palpar pulso radial. • MMII: coloração, presença de edemas (sinal de cacifo), lesões, varizes. Palpar pulso tibial, poplíteo e pedioso. 05/09/2019 32 Fonte: google imagens SISTEMA MÚSCULOESQUELÉTICO Inspeção e Palpação • Inspeção: articulações, deformações, mobilidades. • Palpação: Crepitações, nódulos, tumores. • Coluna vertebral: Observar escoliose, cifose ou lordose. 05/09/2019 33 Fonte: google imagens SISTEMA NERVOSO • Nível de consciência: lucidez, torpor, coma. • Verificar tônus muscular, coordenação, equilíbrio. • Verificar reflexos e sensibilidade. 05/09/2019 34Fonte: google imagens SISTEMA NERVOSO • Inspeção: Prova de Lewinson (avaliar se o paciente toca o tórax com o queixo sem abrir a boca – rigidez de nuca); Prova do dedo no nariz (por o dedo no nariz – coordenação dos movimentos); Prova de Romberg (paciente em pé com os braços junto ao corpo e olhos fechados – avaliar o equilíbrio). • Palpação: Prova de Brudzinski: Paciente em decúbito dorsal - Quando o enfermeiro tenta fletir a cabeça, o paciente flexiona involuntariamente a perna sobre a coxa e esta sobre a bacia. (Meningite) Prova de Laségue (Kernig): Paciente em decúbito dorsal: Eleva-se o tronco há flexão da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia. Ou eleva-se o Membro inferior em extensão, fletindo-o sobre a bacia. Após pequena angulação, há flexão da perna oposta sobre a coxa. (Meningite) Sinal de babinski: Reflexo no qual os dedos do pé se estendem e em seguida se abrem, parecendo um leque. É comum em recém nascidos, mas indica problemas no cérebro se observado em adultos e crianças maiores. 05/09/2019 35Fonte: google imagens 05/09/2019 36 Exame físico ao idoso 05/09/2019 37 Sistema tegumentar: Aumento da pigmentação; manchas senis, pele enrugada, diminuição do turgor, aumento do ressecamento da pele, ceratose, perda de cabelo; modificação dos tecidos gordos, atrofia e perda da elasticidade. Outros sistemas: Cavidade nasal e oral ressecada, bolsas ao redor dos olhos, da pálpebra, crescimento de cabelo nas orelhas, dificuldade de audição Sistema Cardiovascular: Taquicardia por conta do exame, Aumento da PA. Sistema Respiratório: Aumento da rigidez das costelas, redução da mobilidade das articulações, ocorre calcificação da cartilagem costal, redução da capacidade da expansão pulmonar, eficiência reduzida da resposta de tosse. Sistema Gastrointestinal: Amarelamento dos dentes, retração das gengivas, boca seca, menos apetite, constipação, diminuição do peristaltismo, Sistema Genitourinário e reprodutivo: Incontinência urinária, diminuição da taxa de filtração glomerular, canal vaginal ressecado, perda de pelo pubiano, atrofia do tecido mamário, diminuição dos testículos, micções mais frequentes e menos abundantes, menor atividade sexual. Referências • Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica/ [editores] Suzanne C. Smeltzer et al. Rio de Janeiro> Guanabara Koogan, 2009. • Brasil. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8ª edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. • Porto & Porto. Exame clínico. 7ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. • Potter & Perry. Fundamentos de Enfermagem. 7° edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. • NANDA. Diagnósticos de enfermagem da NANDA. 2009-2011. Porto Alegre: Artmed, 2010. 05/09/2019 38
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