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Projeto de Ensino em Educação

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE PEDAGOGIA
NATÁLIA LANA FAVACHO SANTOS
ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DA LITERATURA INFANTIL
Castanhal-PA
2019
NATÁLIA LANA FAVACHO SANTOS
ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DA LITERATURA INFANTIL
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Nathalia Alves da Silva.
Castanhal-PA
2019
RESUMO
Objetivou-se com este trabalho, analisar a prática dos professores da Educação Infantil, diante das atividades relacionadas ao processo de letramento e a relação deste com a literatura. Para tal proposta foi realizado leitura e reflexão a respeito da prática docente na educação infantil. A pesquisa apresenta como resultado a importância das atividades de contação de histórias de maneira lúdica no processo de produção do conhecimento, uma vez que, a alfabetização infantil requer características e estratégias próprias desse faixa etária. Assim, este trabalho elucida a questão da alfabetização e a contribuição da literatura em uma perspectiva de mudança e crescimento ético e humano.
Palavras-chaves: Alfabetização. Literatura. Educação.
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO
	Nosso estudo sobre o processo de alfabetização numa perspectiva da literatura infantil surgiu a partir da necessidade de compreendermos os reais motivos e dificuldades em se trabalhar com a literatura infantil em sala de aula. 
	Sabemos que a literatura infantil desperta o imaginário das crianças as envolve no mundo da fantasia. Portanto, é de suma importância no processo de alfabetização. Neste caso a literatura infantil pode ser considerada uma ponte entre a história real e a imaginação da criança uma vez que é ouvindo histórias que a criança desperta e passa ao mundo do imaginário buscando a compreensão do seu próprio mundo.
	Nosso tema de pesquisa está relacionado ao seguinte tema: “ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DA LITERATURA INFANTIL.” Nossa inquietação surgiu por meio de fontes teóricas e observações durante o período de estágio em educação infantil e ensino fundamental menor, os quais serviram de subsídio para um entendimento mais sistemático sobre o que realmente é a leitura e a literatura no processo de alfabetização na educação infantil.
 	Nosso intuito como pesquisador é focar na ação do gestor, em como esse poderá contribuir para de uma prática docente eficaz, especificamente na educação infantil e por meio da leitura e literatura no processo de alfabetização. Sabemos que a alfabetização é um processo que apenas inicia na educação infantil e que se prolonga nos anos iniciais do ensino fundamental não podemos imaginar uma sociedade destituída de cultura e a escola é o primeiro local de currículo formal.
	Por meio das leituras de FERREIRO(1996,24 ), a alfabetização é um processo social e portanto acontece na interação com o meio em que o indivíduo está inserido. E ainda baseados nas 10 competências da BNCC, as quais são indispensáveis na organização às etapas do conhecimento e conteúdos a serem desenvolvidos. Percebemos que a linguagem e a escrita devem receber especial enfoque por ser um dos eixos dos conhecimentos de maior relevância a ser trabalhada na educação infantil.
	Nossa proposta como pedagogo, com foco na Gestão Escolar será instrumentalizar a prática docente no que diz respeito ao processo de alfabetização por meio de uma aprendizagem significativa na educação infantil, com foco na ação da coordenação pedagógica visando fomentar novos olhares e práticas pedagógicas que percebam o letramento como a possibilidade de inserção dos sujeitos na sociedade atual, nosso estudo será fundamentado nos referenciais teóricos da BNCC, diretrizes curriculares, LDB 1996, FERREIRO, TEBEROSKY, FREIRE, SOARES.
	Temos como objetivo geral instrumentalizar os docentes a respeito da alfabetização e do letramento e propor um novo olhar a respeito da prática pedagógica docente vislumbrando um ensino que promova a interação com as diferentes formas de leitura e interpretação do mundo que nos cerca. Definimos para desenvolver tal proposta uma carga horária de oito horas(8h), divididas em dois dias que serão especificados mais a frente por meio de um cronograma de atividades.
2.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 LITERATURA INFANTIL E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
	Sendo a literatura infantil parte integrante do processo de alfabetização podemos considerar a leitura e escrita fundamentais para a aprendizagem significativa. Para tanto a escola deve oportunizar um processo de alfabetização inovador que desperte a curiosidade em aprender a ler. Então concordamos inteiramente com Magda Soares (apud Evangelista, 2001):
“As relações existentes entre o processo de escolarização e a literatura infantil podem ser interpretadas em duas perspectivas: em uma primeira perspectiva, tais relações estariam na apropriação pela escola, da literatura infantil; ou seja, haveria uma literatura que seria destinada à escolarização, ou da qual a escola lança mão para incorporá-la às suas atividades de ensino e aprendizagem, fazendo dela uma literatura escolarizada.” 
	Acreditamos que a literatura infantil não deve ser usada somente com a intenção pedagógica e didática mas para incentivar o gosto em ler. A prática pedagógica alfabetizadora deve assegurar uma prática que proporcione espaço para o imaginário e a fantasia da criança, facilitando o ensino-aprendizagem da escrita e leitura. 
	Diante desse contexto faz-se necessário que a literatura infantil seja analisada como uma das ações do processo de alfabetização de criança principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental. Vale ressaltar que se pretende entender como a literatura infantil vem sendo trabalhada nos processos de alfabetização escolar, visto que ambas podem caminhar juntas, pois assim a alfabetização se tornaria mais acessível e lúdica e com isso facilitaria a aprendizagem.
	Com relação ao processo de alfabetização sabemos que é contínuo e se efetiva por todo o ensino fundamental a partir da relação da criança com o conhecimento sistematizado envolvendo todas as áreas do conhecimento e o professor precisa considerar que o aluno possui uma bagagem de conhecimentos prévios que devem ser considerados, esse aluno pode não saber grafar o que pensa, mas poderá contribuir com sua opinião. Quanto a isso podemos acreditar que:
“A criança que se inicia na alfabetização já é um falante capaz de entender e falar a língua portuguesa com desembaraço e precisão nas circunstâncias de sua vida em que precisa usar a linguagem. Mas não sabe escrever nem ler. Esses são usos novos da linguagem para ela, e é, sobretudo isso o que ela espera da escola”. (CAGLIARI, 1992, p. 29).
	
	Para Emília Ferreiro (1937) não podemos exigir que nos primeiros momentos de vida escolar que a criança grafe as palavras com perfeitamente, mas a valorizar a experiência que ela já traz e isso será um passo para que possa escrever com precisão no momento oportuno.
	Com relação a esses aspectos Magda Soares (2008), defini que ler e escrever não é apenas um processo de tradução, mas uma necessidade em adquirir conhecimento aprofundado da língua materna:
“Em seu sentido pleno, o processo de alfabetização deve levar à aprendizagem não de uma mera tradução do oral para o escrito, e deste para aquele, mas à aprendizagem de uma peculiar e muitas vezes idiossincrática relação fonemas-grafemas, de um outro código, que tem, em relação ao código oral, especificidade morfológica e sintática, autonomia de recursos de articulação do texto e estratégias próprias de expressão/compreensão.” (SOARES, 2008, p. 17).
	Torna-se fundamental percebermos onde ocorre o processo de letramento e em quais condições. Segundo Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem duvida, em um ambiente social. Mas as praticas sociais assim comoas informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.”.
	Um número significativo de professores definem o processo de alfabetização como uma técnica de ensino, o que a nosso ver não procede, e de acordo com suas experiências com crianças, FERREIRO (1999, p.44-7), aponta algumas propostas fundamentais sobre o processo de alfabetização como possiblidade de: Restituir a língua escrita seu caráter de objeto social; na escola podem produzir e interpretar escritas, cada qual em seu nível; permite-se e estimula-se que a criança tenha interação com a língua escrita, nos mais variados contextos; não se supervaloriza a criança, supondo que de imediato compreendera a relação entre a escrita e a linguagem; não fazer imediatamente a correção gráfica e ortográfica das grafias.
	Pois, sabemos que o processo de alfabetização por parte dos professores nem sempre seguem uma mesma proposta e segundo FERREIRO (1999, p.47): “a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior a escola é que não termina ao finalizar a escola primária”. 
	E ainda para FERREIRO as crianças são as mais facilmente alfabetizáveis e estão em processo continuo de aprendizagem.
	Na perspectiva da ação reflexão ação e da interação as crianças quando chegam à escola sabem que a escrita serve para escrever coisas importantes e essas características apontam os alunos que possuem maiores chances em alfabetizar-se na escola, mas iniciaram o processo de alfabetização muito antes, por meio da interação com a escrita e a leitura no mundo. (Ferreiro, 1999, p.23).
	Considerando Ferreiro & Teberosky (1985, p. 18) a preocupação dos educadores está voltada para a escolha do melhor método ou processo de alfabetização que possa superar as propostas tradicionais considerando práticas interacionistas. 
	Sabemos que os processos de alfabetização conhecidos são:
O método sintético valoriza a prática oral e o escrito, entre som e a grafia. Esse método se organiza das partes do todo, sendo letras os elementos mínimos da escrita. 
O método analítico é global inicia das palavras ou orações; a análise dos componentes se faz posteriormente (Ferreiro & Teberosky, 1985, p. 19).
	Para Ferreiro (2000, p. 30) se compreendermos que qualquer informação tem que ser assimilada, e, portanto, transformada para ser operante, então teríamos que aceitar também que os métodos, não oferecem mais do que sugestões. 
	O educador deve perceber que a criança não poderá ficar a mercê de suas convicções, há possibilidades para que a criança aprenda e a literatura por meio da contação de história poderá ser uma perspectiva no ensino da leitura, mas não será a única e em que condições será desenvolvida. Há práticas que levam o sujeito (a criança neste caso) fique sem participar do conhecimento, apenas como espectador, e para esse século fica inviável essa prática. Para Ferreiro afirma que “nenhuma pratica pedagógica é neutra. Qualquer postura ou prática está apoiada em certo modo de conceber o processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem” (2000, p. 31).
2.2- A LITERATURA INFANTIL.
	Para LAJOLO cada tempo, cada grupo social, tem sua definição para literatura:
“Já houve centenas de tentativas de definir o que é literatura. Nessas investidas, vários têm sido os critérios pelos quais se tenta identificar o que torna um texto literário ou não literário: o tipo de linguagem empregada, as intenções do escritor, os temas e assuntos de que trata a obra, a natureza do projeto do escritor... tudo isso já teve ou ainda tem sua hora e sua vez. Cada uma destas definições é parcial em si mesma. E em conjunto, mais do que se anularem umas às outras, complementam-se, ajustam melhor certos aspectos e, acima de tudo, correspondem ao que foi ou é possível pensar de literatura num determinado contexto da vida do homem. (LAJOLO, 1989, p. 25).”
	Já para Magda Soares (2003) a escolarização da literatura é um processo inevitável, porém a alfabetização nesse contexto necessita de professores atualizados e capazes de contextualizar o ensino.
“[...] o que se quer deixar claro é que a literatura é sempre e inevitavelmente escolarizada, quando dela se a própria a escola; o que se pode é distinguir entre uma escolarização adequada da literatura – aquela que conduza mais eficazmente às práticas de leitura que ocorrem no contexto social e as atitudes e valores que correspondem ao ideal de leitor que se quer formar – e uma escolarização inadequada, errônea, prejudicial da literatura – aquela que antes afasta que aproxima de práticas sociais de leitura, aquela que desenvolve resistência ou aversão à leitura. (grifos da autora) (SOARES, 2003, p. 24-25).”
	A formação de leitores acontece em vários lugares, pois está relacionada ao aspecto social, mas não deve se distanciar da escola e das demais instituições. O principal aspecto para se formar leitores é praticando o ato de ler e isso acontece em vários momentos da vida do ser humano, nas diversas circunstâncias. Assim, acreditamos que ao longo da vida inteira. A prática da leitura e da literatura são atividades a serem aprendidas pelos sujeitos. Consideramos papel da escola encontrar meios para que essa prática se efetive. E quanto a isso concordamos com COSSON(2007,29)
“Longe de destruir a magia das obras, a análise literária, quando bem realizada, permite que o leitor compreenda melhor essa magia e a penetre com mais intensidade. O segredo maior da literatura é justamente o envolvimento único que ela nos proporciona em um mundo feito de palavras.”
	Precisamos nos questionar a respeito da relação da literatura e da alfabetização. E considerar a literatura como prática que permite a leitura livre e dirigida, prática que exigirá do professor habilidades fundamentais para desenvolver atividades de maneira lúdica e envolvente.
2.3 A ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA.
	A alfabetização da criança inicia antes desta ingressar na escola, no ambiente social da sua família, quando entra em contato com livros, rascunha desenha, é nessa fase que a criança começa a reconhecer os objetos e as coisas ao seu redor passam a ter nomes. O desenvolvimento da alfabetização da criança é um processo contínuo, cabe ao professor usar métodos eficazes para desenvolver o conhecimento que a criança já possui. Para FERREIRO (1996, p. 24) ‘’O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.’’
	O processo de alfabetização exige raciocínio sobre o significado do que se escreve e ler. Cabe ao educador planejar estratégias que permitam ao aluno compreender esses os símbolos linguísticos e para isso, o professor deve considerar os diversos tipos de texto para que o aluno possa experimentar as várias categorias literárias e isso facilitará o gosto pelo ato de ler. 
	 Ao professor alfabetizador cabe a missão de superar as dificuldades, e incluir a literatura infantil nesse processo ensino aprendizagem. Pois muitas crianças, independente de classe social cresceram ouvindo histórias sobre fadas, bruxas, heróis, então não será algo tão distante da realidade, faz parte de sua vida, e ajudará a desenvolver a imaginação, criatividade, seus sonhos.
	Ao fazer parte da escola, quer dizer da educação formal, a criança algumas vezes se ver diante leituras desmotivadoras. Por esse motivo a escola e o professor necessita compreender a importância da literatura infantil, como estratégia didática fundamental para a busca do interesse e formação de leitores. 	Na busca de alcançar tal objetivo não se deve tornar a literatura infantil obrigatória, precisamos manter seu aspecto lúdico e tornar a aprendizagem da leitura e escrita o mais agradável possível. E nesse sentido o contato com livros e revistas torna-se fundamental.
	Diante do exposto fica claro que histórias em quadrinhos, contos e fábulas antecedem a aprendizagem da criança, provocar a leitura e a literatura por meiode dramatização, músicas e contação de histórias provocará o interesse em adquirir o hábito de leitura. 
2.4 A LITERATURA INFANTIL E O HÁBITO DA LEITURA E ESCRITA.
	O ensino da leitura e da escrita nos anos iniciais do ensino fundamental a partir da perspectiva da literatura infantil é um passo para o avanço no processo de letramento da criança. A literatura infantil por ser fonte de prazer e ludicidade oportuniza liberdade de expressão, reflexão e é capaz de possibilita a criança a promover a criatividade e a socialização entre as mesmas.
	A literatura infantil permite uma viagem e o uso de sua criatividade, assim o educador poderá diversificar sua aula para que o aluno que tem dificuldade de leitura comece a realmente ler através do uso de metodologias que envolvem a correspondência desenho e nome do desenho, sendo estes personagens da literatura infantil, por exemplo: lobo mau, porquinhos, vovó, chapeuzinho vermelho, branca de neve, Pinóquio, entre outros contos de histórias para que os alunos possam recontar por meio de desenhos, bem como assistir as histórias em vídeos e recontar seja oral ou escrito. O imaginário e a fantasia da criança a partir das falas delas e, quando dramatizamos as histórias, demonstram o que são capazes de imaginar, pois fantasiam as histórias por meio das apresentações.
	Será de fundamental importância manusear livros, ler as imagens e palavras para desenhá-los, contar as histórias, enfim, esse contato contribui para o desenvolvimento do hábito da leitura e da escrita. Os contos de fada ainda atraem crianças pelo poder que tem de simbolizar e ajudar a criança a resolver situação pessoal trazendo para seu mundo exterior e experimentar seu equilíbrio de ação.
	Tais práticas são de suma importância uma vez que a literatura infantil tem grande influência no despertar prazeroso da criança para com a leitura dessa forma a criança adquire conhecimento dentro do seu imaginário. Ao ouvir as histórias que compõem a literatura infantil a criança supõe o cenário, as personagens, inclusive questionando, ilustrando, recontando e dramatizando.
	Considerando que a educação é uma exigência social necessária a vida e a reprodução das diferentes sociedades e em cada momento da história, faz-se necessário interrogar qual o papel da alfabetização, sendo imprescindível contextualizá-la refletindo a sociedade, a realidade, a fim de compreender o mundo ao redor, os fins e os meios que regem os valores educacionais, desvelando a ação educativa, e os saberes que serão significativos na formação dos sujeitos. 
	O desvelamento da alfabetização como prática de letramento e prática social leva à constatação que os componentes do processo educativo são conduzidos historicamente como forma de manter a coerção social, direcionados numa ou noutra direção, dependendo da estrutura da sociedade. A aprendizagem da leitura nesse contexto, pode ser praticada para incluir ou excluir o aluno, podendo ser contra ou a favor do indivíduo com função de conservar ou inovar, dependendo do contexto e das circunstâncias.
	Torna-se importante lembrar Comenius em sua obra Didática Magna pressupõe um sistema educativo a ser aplicado da infância aos estudos pós-universitários e diz que o medo é um excelente fator para manter a atenção dos alunos, e nesse sentido há que se romper com as práticas tradicionais de alfabetização e de ensino. A Pedagogia Tradicional emergiu e se cristalizou no seio da sociedade burguesa, disseminando o espírito da mesma. A sociedade aperfeiçoou seus mecanismos de controle, advindo assim a seletividade escolar e seus processos de formação da personalidade dos educandos. Cultuando o medo e o fetiche, entidade criada pelo homem e que se sobrepõe a eles, grandes aliados para camuflar a realidade e operar por meio de estratégias contrarias a uma prática acolhedora.
	Em busca da superação do tradicionalismo na alfabetização a escola perpassa por uma pedagogia Escola novista ou Renovada, que contrapõe a Tradicional e propõe uma educação centrada no aluno, no desenvolvimento, na espontaneidade e nas diferenças individuais. 
	É no período da sociedade industrial, que a escola nasce com o modelo que temos hoje baseado no modelo capitalista, tendo nas provas um instrumento útil para sociedades que crescem e se desenvolvem sob as rédeas do medo e da ameaça, numa relação desigual de poder. 
	Nesta perspectiva, o processo de formação do aluno torna-se um desafio na superação do poder coercitivo sempre associado ao medo, sua principal forma de controle e domesticação do ser humano.
	E em grande parte a escola tem se caracterizado quase sempre como uma instituição conservadora, com práticas pedagógicas, tradicionais, arraigadas no seu interior. Contrário a isso surge a necessidade de conviver com mudanças sociais, políticas e econômicas geradas em nível planetário. A realidade contemporânea exige cada vez mais da educação, no sentido de enfrentar os problemas e preparar os educandos para enfrentá-los.
	E em nosso tempo a literatura está esquecida das salas de aula, vivemos um século, marcado por profundas transformações, observamos maior preocupação dos teóricos e dos educadores diante de novos paradigmas colocados pelo momento histórico vigente.
	Neste contexto, a avaliação enquanto prática pedagógica intencional, constitui-se como uma das questões críticas da educação brasileira, visto que, historicamente reproduz no âmbito da escola as desigualdades vivenciadas socialmente, gerando na maioria das vezes a exclusão pelos altos índices de evasão, reprovação e repetência.
As práticas educativas pautadas na avaliação autoritária refletem uma concepção teórica da educação que, por sua vez, traduz uma concepção de sociedade liberal conservadora. Essa avaliação retrata tão somente os avanços cognitivos dos indivíduos, sem uma preocupação do educando, enquanto ser social e político, desrespeitando as diferenças individuais, estimulando as desigualdades individuais, quando provoca a exclusão dos “menos capacitados” quase sempre estudantes oriundos das classes populares.
2.5 A LITERATURA INFANTIL COMO UMA METODOLOGIA FUNDAMENTAL NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.
	A literatura infantil pode e deve ser uma metodologia de ensino da leitura e da escrita, ao professor cabe pensar metodologias adequadas a alfabetização, ou seja, leitura de imagens, correspondências entre desenhos e palavras, oralização das histórias, dramatizações em sua prática constante. 
	O processo de alfabetização deve estar comprometido com uma sequencia lógica de inicio, meio e fim, dispostos em quadrinhos, também é possível pedir-lhe que coloque as cenas na ordem dos acontecimentos, descrever o que ocorre em determinada cena, entre outros. Tais atividades promovem um ensino prazeroso e eficaz.
	Sabemos que a literatura infantil contribui para o desenvolvimento do hábito da leitura e da escrita, devido a constante presença das ilustrações que trazem á criança imagens fantásticas, levando-a a querer dominar as histórias e compreender nos enredos para fazer reconto oral ou escrito desenhos, gravuras e textos. 
	 Compartilhar desenhos e pinturas que correspondem a esse conhecimento literário diverte e educa de maneira que resgata o lúdico e a infantilidade do educando que pensa que a escola só serve para ensinar e educar e que a brincadeira de roda e outras não fazem parte da formação do aluno. 
	A literatura infantil pode ser usada com método de ensino porque influencia a oralidade do aluno, o qual precisa usar diversas entonações, também na leitura. As histórias proporcionam, assim, o prazer pela aprendizagem, podem ser instrumentos metodológicos dos quais os professores podem lançam mão para enriquecer o processo ensino-aprendizagem. 
	Faz-se necessário construímos caminhos para a totalidade do conhecimento já que a prática da leitura é uma necessidade em nosso país, e isso não é método novo mas uma prática a ser construída nas salas de aula.
 
	E para isso a escola em conjunto com a direção e coordenação devem buscara parceria entre professor e os demais envolvidos no processo ensino aprendizagem, principalmente no sentido de oferecer formação e orientação para os envolvido0s no processo.
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e Linha de Pesquisa
O projeto de ensino tem como tema: “Alfabetização na Perspectiva da Literatura Infantil”, tem como linha de pesquisa a Gestão e nos indica um olhar para a prática docente no que diz respeito a prática pedagógica na educação infantil por meio da literatura e do letramento na sala de aula.
	A escolha do tema está intimamente relacionada a nossa inquietação, a respeito da prática pedagógica com traços da metodologia ainda tradicional vivenciada no período de estágio. Percebemos que há um distanciamento entre as propostas curriculares para a educação infantil e o que se vivencia nas salas de aula, nosso intuito não é culpar o professor pelas mazelas da educação mas fazê-lo perceber até que ponto ele tem contribuído para que as problemáticas continuem. Nossa proposta por meio da prática gestora e oportunizar momentos de estudo e reflexão a respeito da literatura como possibilidade no incentivo a leitura e consequentemente a alfabetização na educação infantil.
 3.2 JUSTIFICATIVA
 	Considerando os princípios da Educação Básica por meio do artigo 29 da LDB 9.394/96, e da BNCC, acreditamos ser competência básica do profissional da Educação, conhecimento teórico-prático a respeito das metodologias próprias para a educação infantil. Nosso estudo nos desafia a estimular e favorecer análises da construção de conhecimentos mais aprofundados a respeito do tema já citado, e segundo autores em estudo no decorrer do curso como: EVANGELISTA, FERREIRO, TEBEROSKY, LEMLE, ZILBERMAN, FREIRE a Constituição Federal, LDB 9.394/96 e outros os quais propõem abordagens pedagógicas voltadas para um processo de ensino aprendizagem capaz de perceber o aluno e o professor como sujeitos da práxis pedagógica vislumbrando proporcionar uma formação profissional e humana condizente com os processos educacionais adequados para a contemporaneidade. 
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO
	
	Enquanto comunidade e acadêmico percebemos a necessidade em trabalharmos a temática da alfabetização e da literatura na práxis pedagógica. Faz-se urgente a reflexão do papel da ação pedagógica, para qualificar e formar os alunos da educação infantil de maneira eficaz. 
	Há uma necessidade em superarmos a escola, ainda tradicional muito presente na figura de professores, família e gestores nas escolas. Diante disso, a escola e o professor necessitam de base teórica crítica de como deve ser desenvolvido o processo de alfabetização e isso requer uma proposta de ação-reflexão-ação que não fuja a realidade da escola e que seja comprometida com a formação de uma escola acolhedora.
3.4 OBJETIVO GERAL:
Perceber a literatura como parceira no processo de letramento e alfabetização e capaz de proporcionar saberes significativos na educação infantil.
 
 3.4.1 Objetivos Específicos
Promover momentos criativos de aprendizagem significativa;
Envolver os alunos em atividades de reconhecimento de instrumentos musicais;
Oportunizar momentos de escuta e apreciação de histórias cantadas, dramatizadas e contadas. 
3.5 CONTEÚDOS
	Para embasar nossa proposta de pesquisa a respeito da alfabetização musicalidade elencamos os seguintes autores: EVANGELISTA, FERREIRO, FREIRE LEMLE, ZILBERMAN e outros autores que são referencia a respeito do tema em estudo. Nosso intuito como gestor se propõe a instrumentalizar a práxis docente para superação das dicotomias no fazer pedagógico. Percebemos que um número significativo de docentes são conhecedores dos conceitos e da legislação a respeito das propostas para a atuação na educação infantil, porém a prática pedagógica precisa assumir uma nova postura. 
3.6 PROCEDIMENTOS DE DESENVOLVIMENTO
	O projeto será desenvolvido por meio de abordagem teórica sobre o tema. No primeiro dia de execução, será apresentado o tema e seus objetivos e tempo de exceção aos docentes da educação infantil. Em seguido distribuiremos o material para estudo com a legislação pertinente.
	No primeiro momento, do primeiro dia, propomos um diálogo onde iremos partilhar dificuldades e anseios a respeito da temática em estudo, aproveitando a experiência de cada docente.
	No segundo momento iniciaremos com os pontos mais relevantes baseados na leitura do referencial teórico apresentado anteriormente. Faremos uma reflexão a respeito da abordagem de FEREIRO E TEBEROSKY.
 	Para o segundo dia iniciaremos com a contribuição do gestor apresentando o enfoque de FREIRE a respeito da “Pedagogia da Autonomia” e após os docentes farão em grupos a relação dos teóricos estudados, suas propostas e a prática docente vivenciada na contemporaneidade.
3.7 TEMPO PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO
	A realização do projeto acontecerá em duas manhãs com carga horária de 8h, sendo 4h cada manhã. Contaremos com a participação dos docentes dos dois turnos que estarão disponíveis para a execução do projeto e dispensados pelo gestor de outras escolas com declaração de dispensa. 
 
 CRONOGRAMA: 22 a 25/10/2019
	ACÕES/DIAS
	22
	23
	24
	25
	Seleção e organização de espaço físico
	X
	
	
	
	Organização dos recursos 
	
	X
	
	
	Apresentação dos teóricos para estudo
	
	
	X
	
	Debate e estudo com os docentes e gestores
	
	
	
	X
	Avaliação 
	
	
	X
	X
3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
	Apostilas, leis, papéis, cartolinas, data show, mesas cadeiras, microfone, caixa de som, pen drive.
3.9 AVALIAÇÂO
	Acontecerá durante o processo e por meio de reflexão a respeito do tema. A percepção crítica a respeito da ação do professor a respeito do resultado de seu trabalho e consequentemente de todo o desempenho do aluno.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	Nosso projeto de ensino nos propôs alcançar algumas reflexões sobre a complexidade de se alfabetizar, e seguindo essa lógica entendemos que a alfabetização é um processo que inicia na educação infantil e se estende até os primeiros anos do ensino fundamental onde o aluno reconhece os principais aspectos da língua escrita. 
	E que a literatura infantil leva a criança ao imaginário e a fantasia, diante disso esse, faz sua própria reflexão sobre os personagens dos contos literários assim contribuindo para o desenvolvimento da aprendizagem e aperfeiçoar o hábito da leitura e escrita dos alunos de maneira lúdica e agradável.
REFERÊNCIAS
EVANGELISTA, Aracy Alves Martins, BRANDÃO, Maria Brina, MACHADO, Maria Zélia Versani (orgs). A Escolarização da Literatura Literária – O jogo do livro infantil e juvenil. Belo horizonte: Autêntica, 2001.
FERRERO, Emília TEBEROSKY, ANA. Psicogênese da Língua Escrita.Porto Alegre: Artmed,1999.
FERREIRO, Emilia. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996
LEMLE, M. Guia Teórico do Alfabetizador. São Paulo: Ática, 1988. 
ZILBERMAN, R..A literatura Infantil na Escola. São Paulo: Global, 2003

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