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Microbiologia O que é o ser vivo? Um ser vivo é aquele organismo que tem a capacidade de se multiplicar/reproduzir, extrair anergia a partir de nutriente, ou seja, tem metabolismo e adapta as mudanças ambientais. O ser vivo deve ter: replicação, catalase e mutualidade. Pocariontes: - DNA circular - Ribossomos menores, 70S, - Parede celular formada por um emaranhado de peptideoglicanos, - Podem viver em ambientes hostis, - Possuem Plasmídeo, DNA extracromossomal. Estrutura que irá garantir a seletividade do ambiente. - A MP realiza a respiração, síntese de ATP - Gânglios metacromáticos, acumulam nutrientes, - Mesossomos, invaginação na MP que tem como função a divisão celular e a produção de energia Eucariontes: Ribossomo 80S Vírus: Prions: Chamados de vírus lentos não convencionais causam Encefalopatia Espongiforme, que são doenças de degeneração neurológica lenta, incluindo a doença de Creutzfeldt-Jakob, insônia familiar fatal e insônia fatal esporádica. Entre as doenças animais estão a encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca). São diferentes dos vírus convencionais, pois não possuem um genoma ou a estrutura do vírion, não provocam resposta imune e são extremamente resistentes à inativação por calor, por desinfetantes e por radiação. O agente de vírus lento é uma forma mutante ou de conformação distinta de uma proteína hospedeira conhecida como píon (uma pequena partícula infecciosa proteinácea), que pode transmitir a doença. Após longos períodos de incubação, esses agentes causam danos ao sistema nervoso central, levando a forma subaguda de encefalopatia espongiforme. Inicialmente pensou-se que os príons eram vírus por serem filtráveis, passando por poros que bloqueiam a passagem de partículas com mais de 100nm e ainda transmitirem doenças. Porém, diferentemente dos vírus, os príons resistem a uma ampla faixas de tratamentos químicos e físicos como: formaldeído, radiação ultravioleta e calor de até 80ºC. Vírus Príon Agente infecciosos filtráveis Sim Sim Presença de ác. nucleico sim Não Morfologia definida sim Não Presença de proteína sim Sim Desinfecção por: Formaldeído sim Não Proteases alguns Não Calor (80ºC) A maioria Não Radiação ionizante e ultravioleta sim não Doenças Vírus Príons Efeito citopatológico Sim Não Período de incubação Depende Longo Resposta Imune Sim Não Produção de Interferon Sim Não Resposta Inflamatória Sim Não A encefalopatia espongiforme descreve a aparência de neurônios vacuolizados, assim como sua perda de função e falta de uma resposta imune ou inflamatória. São observadas: a vacuolização dos neurônios, a formação de placas contendo amiloides e fibrilas, a proliferação e hipertrofia dos astrócitos e a fusão de neurônios e de células da gliais adjacentes. Atingem concentrações elevadas no cérebro. Nenhuma inflamação ou resposta imune é gerada o que diferencia da doença viral clássica. Um marcador de proteína pode ser detectado no líquido cefalorraquidiano de pessoas sintomáticas. O período de incubação pode ser prolongado por até 30 anos, mas uma vez manifestada os sintomas, o paciente vai a óbito em uma semana. A proteína príon não é degrada, o que resulta em seu acumulo nos neurônios prejudicando a função normal da célula, causando a degeneração do neurônio. No exame patológico é visualizado “buracos” na histologia o que deu o nome de encefalopatia espongiforme. Essa degradação ocorre lentamente. A proteína se acumula mais no encéfalo e vísceras, prejudicando mais as pessoas que ingerem essa parte do corpo do animal A transmissão pode ocorrer por injeção, transplante de tecido contaminado, contato com dispositivos médicos contaminados e alimentos. Além disso, a doença pode ser herdada. Não há métodos para a detecção direta de príons em tecidos por meio da microscopia eletrônica, detecção de antígenos ou sondas de ácido nucleicos. Da mesma forma, não há testes sorológicos que possam detectar anticorpos contra príons. O diagnóstico inicial deve ser feito com base no quadro clínico. Não existe tratamento para a Encefalopatia Espongiforme. Príons causam doença neurodegenerativa por formação de agregados extracelulares dentro do sistema nervoso central que formam placas conhecidas por amilóide, que rompem as estruturas do tecido normal. Este rompimento é caracterizado por "buracos" no tecido que resultam numa arquitetura espongiforme devido a formação de vacúolos nos neurônios. Outras mudanças histológicas incluem a astrogliose e a ausência de uma reação inflamatória. Os sintomas neurodegenerativos podem incluir convulsões, demência, ataxia e mudanças comportamentais e de personalidade. A PrPCS adere à PrPC na superfície celular, causando uma mudança na estrutura terciária e adquirindo a estrutura da PrPCS. A estrutura helicoidal alfa da PrPC é alterada para uma estrutura mais semelhante à beta pregueada na PrPCS, que pode ser liberada da célula e se acumular em agregados semelhantes a placas amiloides no cérebro. A célula então se reabastece de PrPC e o ciclo continua. A versão humana da PrPC é codificada no cromossomo 20. O fato de as placas serem constituídas de proteínas do hospedeiro pode explicar a falta de uma resposta imune a esses agentes em pacientes com encefalopatias espongiformes. Fatores que permitem o crescimento microbiano: • Condição de crescimento, reprodução. • Disponibilidade de alimento. • Temperatura adequada, entre 25ºC a 37ºC. • Meio favorável. • Água para ocorrência das reações químicas. • Pressão osmótica adequada. • pH adequado, sendo o pH ótimo entre 6,7 e 7,5. • Presença ou ausência de oxigênio. Os microrganismos anaeróbios restritos são assassinados na presença de oxigênio, por isso não podem conviver em ambientes com radicais livres, pois nesses locais há oxigênio. No seu processo de metabolização eles tem que gerar NaOH, PO4, NH4, mas nesse caso a produção de ATP é menor, portanto possuem um metabolismo menor, mais lento, com crescimento mais lento, assim o diagnóstico também é mais lento. Nesse caso, deve-se administrar um antibiótico de grande espctro, já que não se sabe logo de início qual é o microrganismo presente na ferida. Os microrganismos que utilizam o oxigênio para a respiração e, consequentemente, para o metabolismo produzem 38 ATP, o que é mais vantajoso. Assim, os facultativos, sempre que puderem farão respiração aeróbica Aeróbios restritos causarão infecção no pulmão. Já os anaeróbios restritos causarão infecção no trato digestório. Já os microrganismos facultativos, causarão infecção em tudo. São os principais microrganismos patogênicos. Microaerofilos: realizam a respiração celular com a utilização de oxigênio, contudo colonizam áreas intermediárias, que possuem média quantidade de oxigênio. Não possuem a capacidade fermentativa. Vivem em uma tensão de oxigênio intermediária, com uma concentração de aproximadamente 20% e uma grande concentração de dióxido de carbono. Tal condição é encontrada no intestino e na região do pênis. As bactérias que se desenvolvem nesses locais são: Campylobacter e Helicobacter pylori Crescimento microbiano de acordo com a concentração de oxigênio: Bacteriologia Classificação das Bactérias – Critérios • Aspectos microscópicos e macroscópicos • Crescimento e metabolismo • Genótipo Aspecto microscópico: tamanho, forma e configuração (cocos, bastonetes) e a capacidade de reter corantes. A remoção da parede celular produz o protoplasto que sofre lise se não forosmoticamente estabilizado. A parede celular das gram positivas apresentam também componentes como os ácidos teicoico e lipoteicoico e polissacarídeos complexos. Os ácidos teicoicos são solúveis em água, polímeros aniônicos e em fosfatos de polióis que estão ligados covalentemente ao peptidoglicano, sendo essenciais para a viabilidade celular. E um importante fator de virulência. Os ácidos lipoteicoicos contêm um ácido graxo e são ancorados na membrana citoplasmática. Essas moléculas são antígenos de superfície comuns que diferenciam sorotipos bacterianos e promovem a ligação a outras bactérias e a receptores específicos em superfície de células em mamíferos. Embora mais fracamente, podem, como as endotoxinas, iniciar respostas inatas protetoras. Bactérias Gram Negativas Possuem parede celular formada por duas camadas externa a membrana citoplasmática. Imediatamente externa a membrana está a fina camada de peptidoglicano. Não há ácidos teóicos ou lipoteoicos na parede celular das gram negativas. A membrana mais externa é peculiar as gram negativas, ela mantem a estrutura bacteriana e é uma barreira de permeabilidade às grandes moléculas (proteínas como lisozima) e moléculas hidrofóbicas (alguns antibióticos), também fornecem proteção contra ambientes como o sistema digestório. Estrutura Bacteriana Citoplasma: • DNA cromossomal. • RNAm. • Ribossomos. • Proteínas e metabólitos. • Cromossomo único, haploide, dupla fita, circular, localizado no nucleóide. • Plasmídeo: formas circulares menores de DNA extracromossomal. Conferem resistência. Membrana Citoplasmática: Estrutura bilipídica Função: Transporte de elétrons Produção de energia (respiração) Transporte e captura de substâncias Bombas iônicas e enzimas Parede Celular: A maioria é formada por camadas de peptidoglicanos rígido. Uma das técnicas de diferenciação das bactérias é o método de coloração Gram. As Gram positivas adquirem coloração púrpura uma vez que o corante fica retido na camada de peptidoglicano. Já as Gram negativas possuem uma fina camada de peptidoglicanos que não retém o corante cristal violeta, ficando com coloração vermelha. Bactérias Gram Positivas Possuem a parede celular espessa em múltiplas camadas constituídas principalmente de peptidoglicano. O peptidoglicano é essencial para a estrutura, duplicação e sobrevivência em ambientes hostis. Ele é facilmente degradado pela Lisozima. É uma enzima presente na lágrima e no muco de humanos mas também é produzida por bactérias e por outros organismos. A Lisozima degrada o glicano central do peptidoglicano, com isso a bactéria sofre lise devido a grande diferença de pressão osmótica. O espaço entre as duas camadas é chamado de espaço periplasmático. Nas gram negativas patogênicas muitos dos fatores de virulência estão no espaço periplasmático. A face interna possui fosfolipídios e a face externa é composta por Lipopolissacarídeos (LPS). Os LPS são chamados de endotoxinas, são potentes desencadeadores da resposta imune inata. Eles ativam os linfócitos B, os macrófagos, as células dendríticas e outras células a liberarem interleucina, fator de necrose tumoral e outros fatores, induzem a produção de febre e podem causar choque séptico. Lipopolissacarídeos (LPS) endotoxina: é constituído por três partes estruturais – Lipídica A, cerne polissacarídico e antígeno O. O lipídio A é um componente fundamental do LPS e é essencial para a viabilidade bacteriana, ele é responsável pela atividade de endotoxina do LPS A estrutura do LPS é empregada para classificar as bactérias. Observações: • O álcool é um sabonete de lipídeos, ele desidrata prejudicando a parede celular bacteriana. • Gram negativas: Escherichia coli e Samonelas possuem uma camada de lipídeos mais lipopolissacarídeos que são degradados com substâncias anticépticas como o álcool. Por isso os manipuladores de alimentos devem utilizar o álcool constantemente. • Gram positivas: o álcool já não é tão eficiente, ele desidrata mas não prejudica tanto a bactéria. Não possuem LPS. Ex. Staphylococcus aureus. • No uso de antibiótico para combater gram negativa causa a destruição da parede celular das bactérias e libera para a corrente sanguínea os lipídios A caracterizando como uma endotoxina, causando a resposta imunológica, vasodilatação periférica e central, causando choque endotóxico. Estruturas externas Algumas bactérias são envolvidas por camadas de polissacarídeos chamadas de cápsula ou glicocálix. A cápsula é fracamente antigênica e antifagocítica sendo um importante fator de virulência. São uma barreira para as moléculas hidrofílicas tóxicas como os detergentes, e podem promover a aderência a outras bactérias e tecidos de hospedeiros. Ela tem a função de enganar o sistema imunológico. Possui maior fator de patogenicidade. Algumas bactérias podem produzir um biofilme polissacarídeo formando uma comunidade de bactérias que as protege de antibióticos e de mecanismos de defesa do hospedeiro. A placa dentária é um tipo de biofilme. Flagelos: promove mobilidade à bactéria permitindo que ela se mova (quimiotaxia) na captura dos alimentos e afaste de venenos. Fímbrias (pile): estrutura semelhante a pelo. Promove adesão a outras bactérias e ao hospedeiro, sendo um importante fator de virulência, como a colonização e infecção do trato urinário. Quem não possui fímbrias tem que possuir qualquer outra estrutura que possibilita a adesão da bactéria ao organismo. Estrutura e biossíntese dos principais componentes da parede celular bacteriana A síntese de peptidoglicano, LPS, ácido teicoico e da cápsula ocorre externamente à bactéria , distante do maquinário de síntese e das fontes de energia do citoplasma e em um ambiente inóspito. Peptidoglicano: emaranhado rígido constituído a partir de cadeias lineares de polissacarídeos ligados de forma cruzada. O polissacarídeo é constituído de unidades repetidas de N- acetilglicosamina (Glc-Nac, NAG, G) e ácido N-acteilmurâmico (MurNAc, NAM, M). O peptidoglicano em bactérias Gram positivas forma múltiplas camadas e é frequentemente ligado cruzadamente em 3 dimensões garantindo uma parede celular muito forte e rígida. Em contraste, o peptidoglicano nas bactérias Gram negativas possuem geralmente uma espessura de uma única molécula/camada. O entendimento da biossíntese do peptidoglicano é essencial em medicina porque estas reações são peculiares às células bacterianas e podem ser inibidas com pouco ou nenhum efeito adverso às células do hospedeiro. Vários antibacterianos atingem um ou mais etapas desta via. Divisão celular bacteriana A duplicação do cromossomo dispara a iniciação da divisão celular. A maioria sofre Divisão Binária, algumas multiplicam-se por brotamento. A curva de crescimento pode ser dividida em 4 fases: 1) Fase de Lag, durante a qual praticamente não ocorre divisão celular, porém há um aumento de massa. 2) Fase logarítmica, na qual ocorre divisão regular numa velocidade máxima e constante. 3) Fase estacionária, durante a qual a velocidade de multiplicação diminui gradualmente, até que se anula. O número de bactérias presentes, por unidade de volume, permanece constante por um tempo determinado. Durante essa fase, o número de bactérias novas que se formam contrabalança com o número daquelas que estão morrendo. 4) Fase de declínio, em que os microorganismos gradualmente diminuem em número até que a cultura se torna estéril, ou seja, todos os organismos morrem. Metabolismo e genética bacteriana Ocrescimento bacteriano requer uma fonte de energia e matéria-prima para a construção de proteínas, estruturas e membranas que compõem e fornecem energia às células. A exigência mínima para o crescimento é uma fonte de carbono e nitrogênio, uma fonte de energia, água e vários íons. • Anaeróbicas obrigatórias: não sobrevivem na presença de oxigênio. • Aeróbios obrigatórios: como o Mycobacterium tuberculosis que não sobrevivem na ausência de oxigênio • Anaeróbios facultativos: é a maioria das bactérias, sobrevivem em ambos os ambientes. As bactérias aeróbicas produzem as enzimas superóxido dismutase e catalase que podem desintoxicar o peróxido de hidrogênio e os radicais superóxidos que são subprodutos do metabolismo aeróbico. Mecanismos de Patogênese Bacteriana Fatores de virulência aumentam a habilidade da bactéria de causar doenças As estruturas de superfícies das bactérias são potentes estimuladores da resposta imune, como a interleucina-1, interleucina-2 e fatores de necrose tumoral. A produção da doença resulta da combinação do dano causado pela bactéria e das consequências da resposta imune inata. As bactérias virulentas possuem mecanismos que promovem seu crescimento no hospedeiro à custa dos tecidos do hospedeiro ou da função dos órgãos desse hospedeiro. Produção de Doença Bacteriana 1) As doenças resultam do dano ou perda de tecidos e funções dos órgãos, ou ainda do desenvolvimento da resposta inflamatória do hospedeiro. 2) Os sinais e sintomas das doenças são determinados pela função e importância do tecido afetado. 3) A duração do período de incubação é o tempo requerido pela bactéria e/ou resposta hospedeira para causar suficiente dano e iniciar o desconforto ou interferir com as funções essenciais. Fatores de virulência bacteriana • Aderência • Invasão • Produtos de metabólitos (gás, ácido) • Toxinas • Enzimas degradativas • Proteínas citotóxicas • Endotoxinas • Indução de excesso de inflamação • Cápsula Resistência aos antibióticos • Crescimento intracelular O primeiro passo para uma infecção bacteriana é a Penetração no organismo. Algumas portas de entrada são: o trato gastrointestinal, sistema respiratório, trauma/lesão de pele, perfuração por agulha, picada de insetos e transmissão sexual. Após invadir o organismo, o próximo passo é a Adesão do microrganismo ao hospedeiro bactéria. As bactérias podem utilizar mecanismos específicos para aderir e colonizar diferentes superfícies do corpo. Muitas possuem proteínas, como as adesinas, que se ligam a receptores específicos na superfície do tecido impedindo que sejam eliminadas pelo organismo. Algumas usam os ácidos lipotreicos para ligarem às células epiteliais. Algumas produzem o Biofilme, que é uma membrana viscosa de polissacarídeos que liga as células entre si e à superfície, formando uma comunidade de bactérias e protegendo-as. sangue Microrganismo extracelularendocitose Adesão Invasão 1º caso: adesão ao microrganismo. 2º caso: Ocorre endocitose do microrganismo, mas ele não é digerido, pelo contrário, ele consegue se multiplicar no interior do vacúolo. 3º caso: Ocorre endocitose do microrganismo, mas ele não é digerido, ele escapa do vacúolo e vai para o citoplasma. 4º caso: O microrganismo é extracelular, ele passa por fora da célula para invadir o organismo. OBS: O processo de transmissão de um organismo intracelular obrigatório se dá por meio de vetores, relação sexual, compartilhamento de seringas. Ações Patogênicas das Bactérias Destruição dos tecidos: Produtos do metabolismo resultante do crescimento bacteriano, especialmente da fermentação, ácidos, gás e outras substâncias que são tóxicas para o tecido. Muitas bactérias liberam enzimas degradativas para decompor o tecido. Toxinas: são produtos bacterianos que danificam diretamente o tecido ou promovem atividades biológicas destrutivas causando a lise das células ou ligando-se a receptores específicos, que iniciam reações tóxicas em um tecido-alvo específico. Os componentes da parede celular iniciam uma resposta sistêmica (febre) por promoverem a liberação inapropriada de citocinas Endotoxinas: são proteínas que podem ser produzidas pelas bactérias Gram positivas e negativas e incluem enzimas citolíticas e proteínas, que ligam a receptores que alteram a função ou destroem as células. Em muitos casos o gene que codifica a toxina está em um Plasmídeo. Plasmídeo e Resistência Bacteriana São moléculas extracromossonais circulares de DNA encontradas em muitas espécies bacterianas. São geralmente uma molécula de DNA de fita dupla em forma de círculo ou linear. Eles se replicam separadamente ou junto com a célula hospedeira. Os plasmídeos não são indispensáveis para a célula, mas podem conferir-lhe vantagens seletivas, como possuir informação para a degradação de certos substratos, resistência a um antibiótico ou a um metal pesado. A replicação do plasmídeo pode ocorrer em dois momentos: primeiro quando a célula bacteriana se divide, o DNA plasmideal também se divide, assegurando que cada célula filha também receba uma cópia deste; segundo, durante o processo de conjugação, a molécula de DNA replicada pode entrar entrar na célula receptora. A resistência a antibióticos em muitos microrganismos é devida à presença de plasmídeos quem contêm informação para a síntese de enzimas que inativam antibióticos específicos. Estes são denominados de plasmídeos de resistência ou Fator R. Os plasmídeos R têm dois componentes: o determinante de resistência R e o fator de transferência de resistência RTF, esse é responsável pela transferência dos genes resistentes. A célula que não possuo o RTF não consegue transmitir os genes resistentes. As Bactérias classificam-se como Resistentes as que crescem in vitro, nas concentrações que os antimicrobianos atingem no sangue quando administrados nas recomendações de uso clínico. A resistência pode ser natural ou adquirida. A natural corresponde a uma característica da espécie bacteriana e todas as amostras desta espécie têm esta mesma propriedade. Na adquirida, somente parte das amostras é resistente. A aquisição de resistência por uma célula bacteriana sensível é sempre decorrente de uma alteração genética que se expressa bioquimicamente. As alterações genéticas podem ser originadas de mutações cromossômicas ou pela aquisição de plasmídeos de resistência. A resistência mediada por mutações é geralmente simples, isto é, atingem apenas um antimicrobiano, porque dificilmente uma célula bacteriana sofre mutação simultânea para dois ou mais antimicrobiano. A mediada por fator R (plasmídeo) pode ser simples, mas na maioria das vezes é múltipla, tornando a bactéria resistente a dois ou mais antibacterianos. Isso se deve a presença de genes de resistência, para diferentes antibacterianos, em um só plasmídeo. São vários os mecanismos químicos que podem levar uma bactéria a se tornar resistente: produção de enzimas que modificam a molécula do antibacteriano tornando-o inativo; diminuição da permeabilidade à entrada do antibacteriano; alteração do alvo; síntese de novas enzimas que não sofrem ação do antibacteriano e expulsão do antibacteriano da célula. Virologia • São agentes filtráveis. • Parasitas obrigatórios. • Não podem produzir energia ou proteínas independentemente de uma célula hospedeira. • Os genomas virais podem ser RNA ou DNA, mas não ambos. • Possuem uma morfologia de capsídeo desnudo ou de envelope. • Componentes virais são montados e não se replicam por “divisão”. Consequências daspropiedades virais Não são vivos. Devem ser infcciosos para permanecerem na natureza. Devem ser capazes de usar processos da célula hospedeira para produzir seus componentes. Devem codificar qualquer processo requerido não fornecido pela célula. Componentes virais devem montar a si próprio. Os tipos de vírus são: DNA ds, DNAss, RNAds, RNAss +, RNAss -, RNAss diploide (retrovírus). Formato dos vírus: O vírion consiste em um genoma de ácido nucleico empacotado em um envoltório proteico (capsídeo) ou uma membrana (envelope). O capsídeo é uma estrutura rígida capaz de resistir a severas condições ambientais. Os vírus com capsídeo sem cobertura são geralmente resistentes ao ressecamento, ao ácido e a detergentes, incluindo o ácido e a bile do trato GI. Muitos desses vírus são transmitidos por via oral-fecal e pelas vias respiratórias, e podem preservar a capacidade de transmissão mesmo no esgoto. Também podem com frequência serem adquiridos de objetos contaminados, chamados de fômites, como lenços e brinquedos. O envelope é uma membrana composta de lipídeos, proteínas e glicoproteínas. A estrutura membranosa do envelope pode ser mantida apenas em soluções aquosas. É prontamente rompida por ressecamento, condições ácidas, detergentes e solventes. Como consequência, os vírus envelopados devem permanecer úmidos e são geralmente transmitidos através de fluidos, perdigotos, sangue e tecidos. A maioria não consegue sobreviver nas condições adversas do trata GI. Assim, a diferença entre envelopados e não envelopados possibilita identificar o mecanismo de contaminação e transmissão. Os vírus com capsídeo são mais resistentes (transmissão indireta), mais difíceis de serem destruídos. Os vírus envelopados são mais sensíveis, seu contágio é mais próximo, sua forma de transmissão é mais difícil. São disseminados em gotículas respiratórias, sangue, muco, saliva e sêmen, por meio de injeção ou transplante de órgãos. Envelopado: HIV, vírus da febre amarela, dengue, H1N1. Não envelopado: Rotavírus (não utiliza vetor). Assim, a via de transmissão depende da fonte do vírus e da habilidade do vírus em sobreviver aos perigos e barreiras do meio ambiente e do corpo em seu caminho para o tecido-alvo. A presença ou ausência do envelope é o principal determinante estrutural do modo de transmissão viral. Os animais também podem atuar como vetores que disseminam a doença viral a outros animais e seres humanos, e podem atuar como reservatórios. As doenças virais que são compartilhadas entre animais e humanos são chamadas de zoonoses. Os vírus transmitidos por artrópodes são chamados de arbovírus. Replicação Viral Etapas da replicação viral: 1. Adsorção 2. Penetração 3. Desnudamento 4. Replicação 5. Transcrição 6. Tradução 7. Montagem 8. Liberação OBS: Todo vírus que é DNA terá o seu final de replicação no núcleo, já os RNA terão sua replicação toda no citoplasma, com exessão do RNAss diploide (retrovírus), o HIV. Quando trata-se de um vírus não envelopado a liberação é por lise. Quando trata-se de um vírus envelopado a liberação é por brotamento. A ligação do microrganismo com a célula hospedeira é feita por conexão, adesão as membranas, a qual é feira por meio de proteínas. Os vírus envelopados tem mais dificuldade de adesão à célula hospedeira, por isso possuem as espículas, para possibilitar a adesão. Patogênese viral Vírus Oncogênico Alguns vírus de DNA e retrovírus estabelecem infecções persistentes que também podem estimular o crescimento celular descontrolado, causando a transformação ou imortalização da célula. Vírus oncogênicos possuem mecanismos diferentes de imortalização celular. São eles: • Ativando ou fornecendo genes de estimulação de crescimento. • Removendo os mecanismos de interrupção inerentes que limitam a síntese de DNA e o crescimento celular. • Evitando a apoptose. Essas alterações que causam câncer afetam partes do genoma, chamadas de oncogenes. Os oncogenes podem ser ativados para um funcionamento anormal por uma variedade de agentes, incluindo químicos mutagênicos, radiação de alta energia e vírus. Os vírus capazes de induzir tumores em animais são chamados de vírus oncogênicos, em que o seu material genético se integra ao DNA da célula hospedeira, replicando-se junto com os cromossomos celulares. Entre os vírus de RNA, somente os oncovírus da família Retroviridae causam câncer. Já os vírus de DNA que causam câncer incluem os das famílias Adenoviridae, Herpesviridae, Poxviridae, Papovaviridae e Hepadnaviridae.
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