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1 AVALIAÇÃO A moderna concepção de avaliação procura abandonar a tradicional visão de comparar o que foi realizado com o que foi programado. Avaliação, atualmente, deve estar dedicada à mensuração dos impactos produzidos pela ação pública na sociedade. Avaliar significa ter juízo de valor, ter um julgamento, de forma mais sistemática e objetiva possível, sobre determinado objeto. Ao integrar elementos valorativos, a avaliação engloba aspectos qualitativos. Então a avaliação de forma macro, englobando a política educacional, bem como as instituições que a implementam, da qual a escola é parte integrante, não deve ser compreendida apenas como uma comparação entre dois objetos ou com um padrão predeterminado. Se considerarmos que a avaliação é um meio para averiguar se determinada solução será, está sendo ou foi adequada a determinada situação-problema, poderemos entendê-la como um processo composto de três etapas. A primeira etapa seria a análise, em que, ao identificar determinada situação-problema, levantamos uma série de possíveis soluções e analisamos quais são mais adequadas ao contexto, às condições e aos recursos disponíveis para o seu equacionamento. Quando levantamos um problema, geralmente, existe mais de uma solução, e a análise se torna fundamental para tomarmos uma decisão. A segunda etapa da avaliação pode ser chamada de acompanhamento ou monitoramento. Aqui a avaliação ocorre enquanto as atividades estão sendo executadas, a fim de verificar se estão de acordo com o que foi programado. A terceira etapa é o que chamamos de avaliação. Para não confundir, vamos chamar de avaliação final. Ocorre no final da execução das atividades e tem como objetivo precípuo identificar o grau de eficiência e eficácia com que os objetivos foram alcançados. Vejamos: Alguns autores, como Saravia (2005), afirmam que o campo da avaliação de políticas públicas é o que mais tem crescido nos últimos anos, em todas as nações. 2 No Brasil, particularmente, a área governamental tem-se dedicado a desenvolver sistemas e metodologias de avaliação porque está interessada: � na eficiência (economia de recursos para implementar políticas, programas ou projetos); � na eficácia (alcance dos objetivos planejados); � na efetividade (impacto que as políticas públicas tiveram na qualidade de vida da sociedade ou, ainda, efeitos não esperados); � no desempenho governamental e � na prestação de contas à sociedade, em relação à aplicação dos recursos públicos (accountability). Existem vários motivos para realizarmos a avaliação. É bom compreender que, se não planejamos, não sabemos aonde queremos chegar, e, se não avaliamos, não sabemos onde chegamos.
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