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Uma falha digital, uma quebra de fluxo, um erro que evidencia a vulnerabilidade do sistema. Estes são alguns dos termos utilizados para definir o glitch. No campo artístico, o glitch virou vertente, a Glitch Art, com seguidores, festivais e controvérsias. Seu caráter subversivo inicial foi progressivamente dando lugar a uma visualidade reconhecível e, até mesmo, consumível. O pesquisador Renato Petean Marino analisou criticamente essa trajetória, a fim de compreender o lugar da Glitch Art no contexto das artes visuais. “A Glitch Art tem essa ideia de ruptura com o padrão homogêneo e plástico da tecnologia”, pontuou Marino.
 Uma falha digital, uma quebra 
 de fluxo, um erro que evidencia a vulnerabilidade do sistema. Estes são alguns dos termos utilizados para definir o glitch. No campo artístico, o glitch virou vertente, a Glitch Art, com seguidores, festivais e controvérsias. Seu caráter subversivo inicial foi progressivamente dando lugar a uma visualidade reconhecível e, até mesmo, consumível.
 O pesquisador Renato Petean Marino analisou criticamente essa trajetória, a fim de compreender o lugar da Glitch Art no contexto das artes visuais. “A Glitch Art tem essa ideia de ruptura com o padrão homogêneo e plástico da tecnologia” pontuou marino.
Glitch art não nasceu em nenhum local ou momento específico; foi descoberto (e continua a ser descoberto) em mil pontos simultaneamente. O incipiente criador de falhas é seduzido por um encontro casual: é possível testemunhar, talvez pela primeira vez, a falha momentânea de um texto transcodificado digitalmente - uma imagem JPEG fraturada, por exemplo, ou um arquivo de vídeo compactado perdendo a força.
O erro é percebido como provocador, estranho e bonito. No entanto, imediatamente se pensa: o que aconteceu para desencadear esse erro, e como eu poderia criar essa imagem de propósito? Embora seja possível ter a mesma reação a trabalhos criados conscientemente rotulados como Glitch Art, parece claro que qualquer apreciação da forma e qualquer desejo de produzi-la.
A tradução de Glitch também pode ser "falha" ou "erro" tecnológica, este termo é referido a erros em imagens, observados nos aparelhos digitais ou analógicos, devido a algum mal funcionamento do equipamento. Este termo traz a lembrança da palavra "bug", quem tem um significado semelhante, porém com origem diferente, Bug foi um termo originalmente conhecido por causa de um inseto encontrado em um computador de grande porte antigo, que causou um transtorno.
Se tratando de aparelhos analógicos, quando usávamos o vídeo cassete e algo indesejado ocorria, por exemplo:
o aparelho mastigava a fita,
o resultado daquela imagem
distorcida é considerado um
glitch. Nos aparelhos digitais
ocorre a mesma coisa, porém como
os erros estão relacionados
a perda de dados que fazem
parte de uma determinada
informação, falha na
compressão ou na reprodução de equipamentos digitais,
isto produzia o efeito glitch também.
 Glitch art é arte de processo. a mão do artista que intervém nos dados digitais deixa sua marca na essência visual da imagem. O processo do artista não é exigente, mas um convite ao caos: desencadeia uma falha; não se cria uma falha. A quantidade limitada de controle que o artista mantém é evidente na imagem resultante. Para os praticantes de falhas, a distinção entre acidental e intencional não é irrelevante, mas também não é a distinção mais crucial
Um paradoxo: antes de iniciar uma falha, será impossível prever o resultado.
A arte de glitch mais provocativa surpreende não apenas seu espectador, mas também seu criador.
a relação entre pixel art e glitch art é simbiótica ou predatória.
Enquanto o pixel art constrói, o glitch art distorce e destrói.
 Um paradoxo: antes de iniciar uma falha, sempre se prevê que será impossível prever o resultado.  A arte de glitch mais provocativa surpreende não apenas seu espectador, mas também seu criador.
Com isto, uma vertente de artistas, de uma forma irreverente aproveitaram esses erros, para transformar isso em arte. Um artista coreano chamado Nam June Paik, ficou conhecido por usar monitores de tubo em algumas obras. Em seus experimentos ele utilizava um grande imã na tv para criar oscilações causadas pelas interferências eletromagnéticas.
NA CULTURA POP
Glitch, também denominado clicks and cuts é um gênero de música eletrônica que surgiu no final dos anos 90.É descrito como um gênero que adere a uma "estética de fracasso", baseado no uso deliberado de mídias de áudio de falhas eletrônicas (glitchs, em inglês) e outros artefatos sonoros. A manifestação do movimento é muito variada, mas está condensada na série de discos da gravadora Mille Plateaux.
As fontes do material de som do glitch são dispositivos de gravação de áudio com mau funcionamento ou circuitos digitais.
Em um artigo do Computer Music Journal publicado em 2000, o compositor e escritor Kim Cascone classifica o glitch como um subgênero de eletrônica e usou o termo pós-digital para descrever a estética do problema.
 A franquia de jogos watch dogs (produzido e desenvolvido pela ubisoft montreal) é um exemplo que já temos incorporado o glitch art dentro da cultura pop atual. O jogo tem artes conceituais glitch art de várias formas, como imagens feitas em ascII e aberrações cromáticas misturadas com arte urbana anos 90 e pixel art.
Fonte: arquivo pessoal
glitch artists
Caique Poi
Artista Visual de São Paulo, Brasil. Criação de vídeos e imagens através de processos irregulares. Em sua maioria, Glitch Art; estética que norteia seu trabalho desde 2013. Combina a arte digital com fotografias urbanas. O resultado é uma série de imagens com uma estética diferente.
Felipe Zerbini
Manipula digitalmente fotografias tiradas por ele,em programas como Notepad++ e Audacity.
Paul Kaptein
Australiano, cria esculturas de madeira, que combinam o trabalho tradicional com a madeira e o estilo digital da arte da falha.
Roberlan Borges
artista visual e publicitário, combina a ilustração com referências da técnica de Glitch Art. As imagens produzidas são bem coloridas e possuem uma composição visual criativa.
foi influenciada por:
arte renascentista
,
Fauvismo
,
cubismo
,
expressionismo
,
Memes
influenciou:
vaporwave
,
digital sketch
,
Neon Art
Fontes:
ubisoft
(ubisoft.com/game/watch-dogs-2)
design you trust (https://designyoutrust.com/2018/05/the-unique-glitch-art-and-overflowing-dark-creativity-by-the-polish-artist-hubert-solczynski/)
Glitch art
https://glitchart.nl/
Vice
(https://www.vice.com/en_us/article/gvwv7y/8-artists-are-bringing-glitch-art-into-the-real-world)
Hisour
(https://www.hisour.com/pt/glitch-art-21221/)
Izotope
(https://www.izotope.com/en/blog/music-production/5-artists-who-are-masters-of-glitch-music.html)
GLITCHDO GRUPO