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DESAFIO PROFISSIONAL 4º periodo doc MODELO

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SUMÁRIO
4INTRODUÇÃO	�
DESENVOLVIMENTO.................................................................................................5
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................14
16REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Tem-se falado e estudado muito o fenômeno do brincar, da importância de as crianças brincarem para ajudar em seu desenvolvimento. Fala-se também sobre a brincadeira dentro da
Escola, principalmente de educação infantil. É importante entender do que se falam quando se fala em brincar e perceber a relevância de um tempo no cotidiano das crianças destinado a um brincar de qualidade, em um espaço adequado, com materiais interessantes para as crianças e que estimulem a criatividade. A mediação de um adulto, de outras crianças, ou dos próprios objetos que se encontram a disposição da criança faz a diferença nas brincadeiras. Não basta deixar brincar, aos adultos é preciso olhar um pouquinho mais para as crianças, perceber suas necessidades e assim tentar entender e estimular a brincadeira. Grandes mudanças ocorreram na sociedade atual nas últimas décadas. A família passou de um pai que trabalha uma mãe que fica em casa com as crianças em uma casa grande com jardim e crianças que vão para a escola em apenas um período, tendo o restante do dia para brincar, para pai e mãe trabalhando, crianças desde muito novas em creches e escolas durante o dia inteiro enquanto os pais trabalham. O brincar e a própria infância assumem novos contornos, assim como a escola está tendo que se adaptar a essas mudanças. Para Kishimoto (2001), a urbanização, a industrialização e os novos modos de vida fizeram com que a criança fosse esquecida e que a infância se encerrasse, transformando a criança em um precoce aprendiz. A criança deve aprender tudo o que conseguir freqüentar todas as aulas que seus pais possam pagar, procurando um futuro bom, uma profissão interessante e lucrativa. Isso sem pensar naqueles que, desde muito cedo, trabalham nas ruas para ajudar no orçamento de casa. O tempo é todo preenchido em favor do futuro, e não do presente, não se pensa na infância como tempo da vida que tem suas características próprias. É necessário, é importante ser criança, ter tempo para brincar, socializar, olhar para o mundo com o olhar da criança, sem tantas pressões e responsabilidades.
 
Desenvolvimento
- Como podemos definir o brincar? 
O brincar é uma atividade difícil de ser caracterizada, o que se deve ao seu caráter subjetivo, mas pode-se afirmar que é social e livre, pois não é possível obrigar ninguém a entrar na brincadeira, possui regras e uma situação imaginária. É atividade dominante na infância, e é por meio dela que as crianças começam a aprender.
A palavra brincar, no entanto, só existe na nossa língua. Segundo o site www.dicionárioportugues.com.br (02/06/09): Brincar significa divertir-se, folgar/ zombar, escarnecer/ proceder levianamente.
Para a palavra brincadeira temos: ação de brincar, divertimento/ gracejo, zombaria/ qualquer coisa que se faz por imprudência ou leviandade e que custa mais do que se esperava.
O brincar vai desde a sua prática livre até uma atividade dirigida, com regras e normas. Os jogos são ótimos para desenvolver o raciocínio lógico, e também para o desenvolvimento físico, motor, social e cognitivo, e atualmente a aplicação desta nova maneira de transmissão de conhecimento é até mais fácil pelos recursos e metodologias disponíveis para o professor.
Brincar é um direito da criança, além de ser de suma importância para seu desenvolvimento, e, por isso as escolas de ensino infantil devem dar a devida atenção a essa atividade.
- Quais os benefícios do brincar para a Educação Infantil?
As brincadeiras se tornam importantes no desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida da criança desde os mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem. É brincando também que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesma e ao outro. Por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações, os educandos acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos e realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos. Zanluchi (2005, p.91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia.”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.
Aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida, é fácil concluir que o aprendizado da criança começa muito antes de ela freqüentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências.
O desenvolvimento da criança e seu consequente aprendizado ocorrem quando participa ativamente, seja discutindo as regras do jogo, seja propondo soluções para resolvê-los. É de extrema importância que o professor também participe e que proponha desafios em busca de uma solução e de participação coletiva, o papel do educador neste caso será de incentivador da atividade. A intervenção do professor é necessária e conveniente no processo de ensino-aprendizagem, além da interação social, ser indispensável para o desenvolvimento do conhecimento.
Conclui se que  a criança aprende enquanto brinca. De alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas.  Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.
passo 2 
Hoje em dia vimos o quanto é importância se criar um cantinho para se brincar na educação infantil e nos anos iniciais, pois a sala deve ter um ambiente prazeroso para desenvolver todas as habilidades. A finalidade também é de se verificar como essas crianças se relacionam com as outras crianças de sua idade.Isso se da com brincadeiras tradicionais, modernas, brinquedos pedagógicos, filmes, leituras, informática e oficinas . Brincar e interagir com as crianças são experiências agradáveis e incomparáveis com qualquer outro tipo de atividade já imposta. Lúdico deve ser uma ferramenta de auxilio ao professor no processo ensino-aprendizagem e não pensar que irá atrapalhar na questão do uso das brincadeiras, buscar o laboratório de informática da escola para o processo ensino-aprendizagem também é valido, na socialização e trabalhar a pesquisa coletiva de algum tema escolhido pelo professor, à inclusão digital dos alunos nos dias atuais é interessante.
 A brincadeira é uma atividade voluntária e consciente, é uma forma de atividade social infantil onde a característica é a imaginação nos diversos significados da vida, favorece uma ocasião educativa única para a criança. Sendo assim,é através da brincadeira que a criança representa o discurso externo e o interioriza construindo o seu próprio pensamento, desenvolvendo assim suas potencialidades. Neste sentido a brinquedoteca assume uma grande responsabilidade, pois é um espaço onde a criança passa a vivenciar situações do seu cotidiano e a criar e desenvolver sua própria personalidade, valores, ética e atitudes diante outras criança. Estao enganadas, as pessoas que acham que brincar é só pra crianças do pré escolar, só no pré-escolar, ela deve se estender e perpetuar no ensino fundamental com brincadeiras adequada a faixa etária de idade.
O lúdico deve ser visto como algo favorável e imprescindível à necessidade do ser humano e facilita muito o professor conhecer, observar, saber suas potencialidades, limitações e desenvolverá seu senso critico, terá atitude de pesquisador sobre os seus alunos.
cunha (2001, p. 15 e 16) afirma que,
[...] a brinquedoteca é um espaço criado para favorecer a brincadeira, [...] aonde a criança (e os adultos) vão para brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de potencialidades e necessidades lúdicas”. E ainda, “muitos brinquedos, jogos variados e diversos materiais que permitem expressão da criatividade”. Desta forma, a autora disserta que a brinquedoteca propicia a construção do saber, sendo uma “deliciosa aventura, na qual a busca pelo saber é espontânea e prazerosa.
Se a criança também aprende brincando então é um fundamental que todas as crianças, possam ter oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem na construção do conhecimento e interação com os outros.
O brinquedo ou brincadeira ajuda a criança com dificuldades de aprendizagem, e deixa - as descontraídas e mais afetivas principalmente, a ausência de cobrança imposta ou que caracterizam o ambiente de uma brinquedoteca, fazem com que elas manifestam as capacidades que em clima de tensão não mostraria ou não conseguiriam se manifestar. Ao brincar em grupo elas se organizam e socializam entre si aprende a respeitar regras, cumpri normas tanto no espaço enquanto brinca e até os sentimentos dos outros colegas.
Vale ressaltar que é de suma importância respeitar o tempo dessa criança querer brincar sozinha para se reconhecer e ter as possibilidades de lidar com a sua afetividades emocional de formas variadas e descobrir os seus gostos e interesses particular.
Vigotski deixa evidente que se todo brinquedo é, realmente, a realização na brincadeira das tendências que não pode ser imediatamente satisfeitas, então os elementos das situações imaginárias constituirão, automaticamente, uma parte da atmosfera emocional do próprio brinquedo, ou seja, ao brincar a criança poderá ou não estar mexendo com o seu emocional. As brincadeiras podem ainda ser trabalhadas para aliviar tensão, garantindo um momento de lazer para as crianças, contribuem para o desenvolvimento de habilidades motoras, como agilidade, coordenação e equilíbrio. Além de facilitar o ensino de valores como respeito, tolerância e cooperação. As brincadeiras ajudam a criança a entender o mundo. 
As brincadeiras e jogos são fundamentais para o desenvolvimento da motricidade, do raciocínio através do faz de conta, utilizado pela criança quando brinca. Compreendendo a relação das crianças com o brincar, devemos identificar as necessidades que o movem em direção a essa atividade. Mesmo a brincadeira sendo uma atividade lúdica, é indispensável desfazer o mal entendido em que o lúdico significa necessariamente algo onde a criança só brinca e não tem nenhuma finalidade pedagógica. É preciso que essa concepção mude e que essa atividade seja vista como fundamental para a aprendizagem das crianças, pois nas brincadeiras, conforme mencionado antes, ela aprende e representa o mundo real. Na medida em que ela brinca, evolui se modifica e se desenvolve. Assim sendo, a brinquedoteca deve ser vista pelos educadores como meio educacional, ou seja, como instrumento de trabalho e como um meio para atingir os objetivos de aprendizagem preestabelecidos.
Passo 3
Na vida cotidiana deparamo-nos com os caminhos da leitura motivados por situações de necessidade, prazer, obrigação, divertimento ou para passar o tempo. Nesta perspectiva, podemos afirmar que a leitura é fundamental para construção de conhecimentos e para o desenvolvimento intelectual, ético e estético do ser humano. Se considerarmos que a escola tem como uma de suas funções primordiais a formação do indivíduo leitor, pois ela ocupa o espaço privilegiado de acesso a leitura, é imprescindível que a escola crie possibilidades que oportunizem o desenvolvimento do gosto pela leitura por intermédio de textos significativos para os alunos.
No Brasil, a Literatura Infantil e a escola sempre estiveram mutuamente atreladas. Os livros infantis encontram na escola, o espaço ideal para garantir atenção de seus leitores, mesmo que estes sejam utilizados como leitura obrigatória e usados como pretextos utilitários, informativos e pedagógicos. Lajolo, (2008) garante que se ler é essencial, a leitura literária também é fundamental.
É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias. Por isso a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer, plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos. (LAJOLO, 2008, p.106)
Os contos infantis possibilitam o despertar de diferentes emoções e a ampliação de visões de mundo do leitor infantil. E nesse encontro com a fantasia, a criança entra em contato com seu mundo interior, dialoga com seus sentimentos mais secretos, confronta seus medos e desejos escondidos, supera seus conflitos e alcança o equilíbrio necessário para seu crescimento.
Passo 4
Analise a importância dos diferentes recursos tecnológicos na abordagem sobre a importância do brincar e da literatura para a Educação Infantil e refletia sobre o modo como eles podem ser utilizados na elaboração deste plano de ação.
Jogos, brinquedos e brincadeiras, fazem parte do mundo da criança, pois estão presentes na humanidade desde o seu inicio.
No seu cotidiano, professoras da educação infantil experimentam dúvidas, ansiedades e inseguranças relacionadas à linguagem escrita e ao trabalho pedagógico a ser desenvolvido. De um lado, vem-se pressionadas pelas exigências e comparações feitas pelas famílias, pelos gestores, pelos políticos ou pelos profissionais que atuam em etapas educacionais posteriores. De outro lado, deparam-se com a ausência de referenciais teóricos e práticos que as ajudem a compreender melhor a relação entre a criança de zero a cinco anos, a prática pedagógica e o processo de apropriação da linguagem escrita. São frequentes indagações, tais como: é adequado trabalhar aspectos relacionados à leitura e à escrita com grupos de crianças menores de sete anos de idade? Que trabalho pedagógico voltado para o aprendizado da leitura e da escrita a educação infantil pode ou deve assegurar? É possível ou desejável promover situações de aprendizagem que envolvam a leitura e a escrita para todos os grupos de crianças que compõem a educação infantil?
A brincadeira, forma privilegiada da criança se manifestar e produzir cultura, é o elemento central para a constituição da ação educacional e deve ser entendida como fonte de conhecimento sobre a criança e sobre seu processo de apropriação e de produção de cultura. Entendendo a criança como um sujeito de direitos, a creche e a pré-escola devem ser espaços de garantia do direito à brincadeira.
A partir do seu desejo de interagir com o mundo, a criança observa o que outros grupos etários realizam e constrói suas próprias possibilidades. Diante de uma possívelcontradição de querer operar com os objetos do mundo e não possuir a mesma condição de outros sujeitos, a criança recria elementos para agir de uma forma bastante peculiar. Na experiência da brincadeira, a criança empreende esforços físicos e criativos que, ao mesmo tempo em que põem à prova sua condição para realizar determinada atividade, lhe conferem possibilidades para fazer aquilo que deseja. É nesse sentido que Vygotsky (2002) identifica a brincadeira como um instrumento importante para potencializar o que ele designou como “zona de desenvolvimento proximal”. Essa zona, segundo esse teórico, seria a distância entre a capacidade que a criança possui de solucionar de maneira independente os problemas e o que depende da orientação de um adulto ou da colaboração de companheiros mais capazes. Ao brincar, a criança experimenta uma ação que está um nível acima da sua idade cronológica, da sua conduta diária, extrapolando suas possibilidades imediatas. A brincadeira e, em especial, a imaginação infantil são formas por meio das quais a criança se coloca adiante, apropriando-se de elementos observados em distintas situações e operados por outros grupos sociais.
Se quisermos proporcionar a uma criança uma base suficientemente sólida para sua atividade criadora, devemos ampliar a sua experiência. Quanto mais a criança ver, ouvir e experimentar, quanto mais aprender e assimilar, quanto mais dispor de elementos reais, mais ampla será sua atividade criadora.
Passo 5
Passo 05 
- Tema: inclusão dos jogos e leituras, como prática educativa comprometida com o direito da criança de expandir seu conhecimento. 
- Problema detectado: 
 A direção da instituição verificou que muitos professores não assumiam uma postura lúdica com as crianças e que, por vezes, as práticas ligadas ao brincar e à literatura infantil eram deixadas de lado, e precisava colocar em pratica um plano de ação que fosse facilitador para esse tão valioso auxilio ao aprendizado e ao desenvolvimento infantil. 
 
- Objetivos a serem alcançados: que tipo de ações ou vivências pretende-se alcançar ao término do plano de ação? Lembre-se de que os objetivos são definidos sempre a partir da escolha de verbos (refletir, experimentar, vivenciar, ler, ouvir, brincar, conversar, explorar, entre outros). 
- Justificativa sobre a relevância do tema: 
O universo infantil, suas crenças, seus valores, suas produções culturais se tornam elementos constitutivos dessas interações. Uma das características do contexto social atual é o fato de ser uma sociedade que sofre influências da cultura escrita. À medida que os indivíduos em particular e a sociedade de uma maneira geral se apropriam desse objeto do conhecimento, vão sofrendo profundas modificações e criando significados, formas de interação, representações, maneiras próprias de elaborar o pensamento. A escrita torna-se mais do que um bem, ela passa a ser uma condição fundamental para assegurar aos sujeitos sua inclusão nessa sociedade. Além de exercer influência na forma como a infância se constitui na sociedade contemporânea, de ser uma ferramenta fundamental para a inserção social da criança e de ser objeto de seu interesse, a linguagem escrita pode ser trabalhada por meio de estratégias de aprendizagem capazes de respeitar as características da infância. Para isso, o trabalho com a leitura e a escrita precisa ser coerente com o universo infantil, com a forma lúdica de a criança construir significados para o que faz, para o que vê e para aquilo que experimenta. O direito de ter acesso ao mundo da linguagem escrita não pode descuidar do direito de ser criança - e há muitas maneiras de se respeitarem as duas coisas. Finalmente, há que se ressaltar que não é na educação infantil que a criança inicia sua alfabetização. Esse processo se inicia fora das instituições escolares e, muitas vezes, antecede a entrada da criança nestas. Também não é nessa etapa educativa que a alfabetização se completará. A educação infantil tem como principal contribuição para esse processo fazer com que a criança se interesse pela leitura e pela escrita; fazer com que ela deseje aprender a ler e escrever; e, ainda, fazer com que ela acredite que é capaz de fazê-lo.
De acordo com Goedert, Frighetto e Santos (2013),
E por meio da brincadeira que o professor pode formular uma visão sobre o desenvolvimento da criança, “registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais de que dispõem” Santos (2013), (p. 6).
 Partindo dessa premissa, defende-se, nesse trabalho, a necessidade de aliar à teoria a prática, de modo que as atividades lúdicas realizadas no espaço de sala de aula da Educação Infantil atentem para a formação individual e coletiva. Com base nesses aspectos, amplia-se, no contexto da escola, o leque de oportunidades em que as crianças devem pensar, refletir e questionar, tornando-se sujeitos da aprendizagem, priorizando um ensino de qualidade, pautado na construção dos saberes. Trata-se, portanto, de reconhecer as brincadeiras como um espaço de criação e descoberta. Sendo assim, a prática pedagógica, nesse contexto, deve acolher as vivências e singularidades de cada criança, considerando suas necessidades, capacidades e habilidades. Entretanto, apesar de reconhecermos os benefícios do brincar e as contribuições deste para o desenvolvimento global da criança, precisamos refletir um pouco sobre o brincar da atualidade, visto que as tecnologias estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano, perpassando e afetando diretamente toda a infância. Se antes as crianças brincavam com mais frequência de brincadeiras que estimulassem aspectos como a coordenação motora, equilíbrio, criatividade, agilidade entre outros, tais como pega-pega, amarelinha, adivinhas, esconde-esconde, pula corda, e tantas outras; hoje dá-se prioridade para os brinquedos eletrônicos. Assim, cada vez mais cedo, as crianças, preferem brincar no celular, tablets ou nos computadores, substituindo as atividades motoras por atividades on-line, privando as crianças de explorarem, inventarem e de serem criativas, desenvolvendo habilidades físicas e motoras. 
- Definição das ações e estratégias: 
 Desde os primeiros contatos com a língua escrita, a criança manifesta interesse em compreender seu funcionamento. Sabemos que a criança, ao participar de situações nas quais a leitura e a escrita são instrumentos fundamentais para as interações, descobre informações fundamentais sobre a linguagem escrita. Também sabemos que uma mediação adequada entre o sujeito e o objeto do conhecimento promove desenvolvimento cognitivo. A atuação da professora é, pois, fundamental para assegurar informações, incitar a curiosidade e o desejo de conhecer, levar a criança a formular perguntas, a verbalizar e a formular suas hipóteses. 10 11 A professora, ao mostrar desenhos, fotografias, ilustrações, objetos e ao imitar seus sons, ao contar histórias, cantar músicas ou recitar poesias, está ajudando as crianças a entender que os objetos podem ser representados, introduzindo a criança no universo simbólico. Sua ação é precursora para a compreensão futura dos complexos sistemas de representação. Como explica Soares (2009), muito raramente os rabiscos, os desenhos, os jogos, as brincadeiras de faz-deconta são considerados como atividades de alfabetização, apesar de que essas atividades representam, na verdade, a fase inicial da aprendizagem da língua escrita, constituindo o que Vygotsky definiu como sendo a pré-história da linguagem escrita.
- Materiais a serem utilizados: 
A criação de um ambiente que estimule a leitura e a escrita, a imaginação e a criatividade das crianças, pode ser ate em um cantinho em sala de aula mesmo. É importante, como ressaltado nos Indicadores da Qualidade na Educação Infantil (Brasil, 2009c), que haja espaços organizados para leitura, como biblioteca ou cantinho de leitura equipado com estantes, livros, revistas e outros materiais acessíveis às criançase em quantidade suficiente. Brinquedos de das faixas pertinentes a idade das crianças, que estimulem a curiosidade e a imaginação , como os contos de fadas por exemplo. Esses espaços devem permitir o livre acesso das crianças e devem ser organizados de tal maneira que elas possam ver e tocar os livros e demais objetos destinados a esse fim que é auxiliar na escrita e no conhecimento das crianças orientando, assim, as suas escolhas. Também é importante que, no acervo desses espaços, haja livros e textos de diferentes tipos: livros-brinquedo, livros interativos, contos, poemas, livros de arte, textos verbais e visuais, enciclopédias, livros de pesquisa, jornais, gibis, revistas, os brinquedos sempre ao alcance das crianças, alguns carrinhos, algumas bonecas, bichos de pelúcia, pequenas lousas, brinquedos de madeira para montar (alguns em caixas fechadas, outros em baldes cheios e abertos, incluindo dominós e letras), legos (também em baldes), bonecos de plástico variados (monstros, robôs, bichinhos...), uma casinha pequena de plástico, uma pista para carrinhos vai e vêm pequena, raquetes pequenas de plástico, bolinhas de meia pequenas, quebra-cabeças, maquiagem especial para criança. 
Igualmente importante é a organização de ambientes nos quais as crianças possam exercitar a sua imaginação, que possam brincar de casinha, salão de beleza, hospital, vendinha, ou possam escolher uma fantasia e inventar personagens e brincadeiras livremente. Nesses espaços, a escrita pode ser empregada como apoio à brincadeira de faz de conta.
- Avaliação sobre as ações desenvolvidas: 
O desenvolvimento dos pequenos de forma gradativa de acordo com o proposto para cada idade de acordo com atividades de brincadeiras conduzidas pelos professores. Eles tem consciência da importância das brincadeiras e a leitura e de sua mediação para as crianças. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
de conflitos e de estratégias para enfrentar as dificuldades vivenciadas. Podemos situar ainda que, a partir da brincadeira, a criança se desenvolve em diferentes aspectos, tais como o físico, emocional, cognitivo e psicomotor, o que acaba por favorecer o fortalecimento da autoconfiança, autonomia, linguagem, pensamento, curiosidades, entre outros elementos importantes, que servem para a constituição desse sujeito. 
Assim sendo, a utilização do lúdico e do brincar na Educação Infantil permitirá que a criança É pelo brincar que a criança vai se desenvolvendo gradualmente, conhecendo a si mesma, aos outros e ao mundo no qual está inserida. Assim, o lúdico se caracteriza como fator crucial para o seu desenvolvimento global. É a partir da brincadeira que ela consegue transformar sua realidade, sua cultura e expressar como se sente e como lida com todas as experiências de sua vida; sejam elas positivas ou não, permitindo a elaboração crie, invente, descubra, conheça, explore, questione e se socialize, além de estimular aspectos voltados para a psicomotricidade. Destarte, para que a criança consiga acompanhar os conteúdos vistos em sala de aula, é preciso que ela já tenha bem desenvolvidos aspectos da psicomotricidade, tais como noções de consciência corporal, localização, dominância, orientação espaço-temporal, entre outros. Por isso, faz-se necessário que, desde a Educação Infantil, os professores estimulem o desenvolvimento psicomotor por meio de brincadeiras, seja em sala de aula ou no pátio, de forma individual ou coletiva. O trabalho da psicomotricidade auxilia ainda a criança no controle de seus movimentos e expressões, refletindo numa boa adaptação ao meio social, familiar e escolar. 
Entretanto, apesar de reconhecermos os diversos benefícios advindos do brincar no cotidiano das crianças, é válido destacarmos que, na atualidade, o brincar não ocorre da mesma forma que outrora, visto que a inserção da tecnologia desde a tenra infância se fortalece cada vez mais, modificando a preferência das crianças pelas brincadeiras. Se antes o brincar era marcado pelo movimento, criatividade e imaginação; hoje ele é, em grande medida, marcado, desde os primeiros anos da infância, por corpos parados em frente a telas, sejam elas de celulares, tablets ou computadores, deixando-se de lado os aspectos explorativos e criativos das brincadeiras. 
Com isso, é necessário que os profissionais assumam um posicionamento crítico reflexivo frente a estas mudanças, evitando reproduzir essa lógica no contexto escolar, principalmente na Educação Infantil, que aos poucos vem cedendo o lugar das brincadeiras às diversas atividades escolares, em prol de melhores rendimentos. Logo, é necessário que os professores encarem o lúdico como ferramenta basilar para o processo de ensino e aprendizagem, possibilitando que as manifestações corporais encontrem significado por meio da ludicidade e das brincadeiras. 
Nesse sentido, diante das particularidades da Educação Infantil e dos benefícios do brincar nesse contexto, é preciso que o professor tenha um olhar diferenciado para esses alunos, observando como estes vem se comportando no contexto escolar, como estão se desenvolvendo diante do processo de ensino e aprendizagem, e quais as suas necessidades, potencialidades e/ ou fragilidades. A partir de suas observações, é preciso que este profissional elabore seu plano de atividades pautado na ludicidade e nas brincadeiras, visto que o brincar deve ser compreendido como a base para o processo de aprendizagem da criança. 
 
REFERÊNCIAS
Você sabe o que é uma brinquedoteca? Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=YX4VzP50Paw>. Acesso em: 03 abri. 2017.
JARDIM, Tatiane M. S. Desafio Profissional de pedagogia: Brinquedoteca e o elemento Lúdico; Organização e Metodologia da Educação Infantil; Didática do Contar Histórias; Leitura Infantojuvenil; Multimeios Aplicados à Educação. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017. 10 p. Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: 6 abr. 2017.
VIGOTSKI, L.S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: S. L. Vigotski. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
KRAMER, S. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação
infantil e/é fundamental. Educação & Sociedade, Campinas, v.27, n.96, 2006.
SOARES, M. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação e Sociedade. Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002. 
SOARES, M.. Livros para a educação infantil: a perspectiva editorial. In: PAIVA, A. & SOARES, M. (org). Literatura infantil: políticas e concepções. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. 
SOARES, M. Alfabetização e letramento na Educação Infantil. Belo Horizonte, Pátio – Educação Infantil, Ano VII, n.20.jul/out 2009. 
SPRÉA, N. E. Brincantes. Um documentário sobre a invenção das brincadeiras na escola. 2. 2d. Curitiba, PR: Parábola e educação e Cultura, 2010.
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
Nova Iguaçu
2017
PLANO DE AÇÃO:
o brincar com instrumento de aprendizado
O Desafio Profissional apresentado à Anhanguera-Uniderp, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina Discplinas Norteadoras: Brinquedoteca e o Elemento Lúdico; Organização e Metodologia da Educação Infantil; Didática De Contar Histórias E Literatura Infantojuvenil do Curso de Pedagogia.
Professora tutora a Distância:Elizângela Siqueira. 
Professora Tutora presencial :Cristiana Reis
Nova Iguaçu
2017

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