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Eletrotermofototerapia – Elaboração: Prof. Me. Alexandre Castelo Branco 
 
1 
 
AULA 04 – FOTOTERAPIA 
 
A fototerapia é um método baseado na interação eletromagnética da luz com 
os tecidos biológicos, na qual destacam-se dois recursos: a radiação ultra 
violeta (UV) e o laser. 
 
ULTRA-VIOLETA 
A luz do sol é a maior fonte de radiação ultravioleta do planeta. A luz ultravioleta (UV) é definida como 
uma radiação eletromagnética com comprimento de onda mais curto do que o da luz visível (portanto 
invisível), porém mais longo do que os raios X. 
A terapia UV, desse modo, é definida como o uso de luz UV artificial com fins terapêuticos. A principal 
aplicação dessa é no manejo de dermatoses (doenças da pele), e pode ser aplicada com luzes UVA, UVC 
e UVC. 
 
FOTOTERAPIA UVA: 
Pode ser aplicada de dois modos: PUVA (UVA com psoraleno) ou UVA1. O modo PUVA penetra 
profundamente na pele, alcançando a HIPODERME, e induz um efeito fotoquímico resultante da 
interação entre o psoraleno e a luz UVA. O PUVA, portanto, é classificado como um agente de 
fotoquimioterapia. A terapia UVA1, por outro lado, induz apenas um efeito de fototerapia na pele, pois 
não é usado um agente fotossensibilizador. 
 
PUVA: 
A terapia UVA com psoraleno (PUVA) requer o uso de um agente fotossensibilizador natural, o 
psoraleno, combinado com a radiação de luz UVA. É necessário usar um agente fotossensibilizador 
prescrito por um dermatologista para otimizar a resposta eritematosa, que seria fraca se exposta apenas 
à luz UVA. O psoraleno, um agente natural, pode ser administrado via oral ou tópica, seja com um 
creme de psoraleno aplicado sobre a área da pele em tratamento por meio de massagem (creme de 
PUVA) ou por meio de um banho de psoraleno, no qual a parte do corpo em tratamento é imersa antes 
da radiação (banho de PUVA). 
 
 
 
Eletrotermofototerapia – Elaboração: Prof. Me. Alexandre Castelo Branco 
 
2 
 
UVA1: 
A terapia com luz ultravioleta A1 (UVA1), é um subgrupo do UVA e refere-se ao uso de uma banda UVA 
com comprimento de onda mais longo. Nesse modo não é necessário nenhum agente sensibilizador. 
Comparada ao PUVA, a terapia com UVA1 é emitida com uma dosagem muito mais elevada para 
compensar a resposta eritematosa fraca que é induzida. 
 
FOTOTERAPIA UVB: 
A luz ultravioleta B (UVB) também é aplicada de modo terapêutico de duas maneiras: UVB de banda 
larga e de banda estreita, ambos conhecidos na prática clínica como terapia UVB-BB e UVB-NB, não 
sendo necessário o uso de agente sensibilizador. 
A luz UVB, dentro da faixa larga ou estreita, penetra na DERME e induz um efeito de fototerapia sobre o 
tecido da pele, atando portanto de maneira menos profunda na pele. 
 
FOTOTERAPIA UVC: 
A terapia com luz ultravioleta C (UVC) penetra a EPIDERME e desativa, ou mata, cepas normais e 
resistentes a antibióticos de bactérias e outras famílias de germes, conferindo assim um efeito 
fotogermicida sobre dermatoses e feridas cutâneas, sendo a menos profunda das luzes UV, porém, com 
excelente efeito germicida. 
 
A prática da fototerapia usando UVA e UVB tem se desenvolvido nas últimas duas décadas mas a UVC 
permanece estagnada, marginal e esporádica. Há uma clara tendência na literatura atual indicando que 
a prática da terapia UVA (PUVA e UVA1) vem declinando gradualmente em favor da terapia UVB. Mais 
precisamente, a prática da terapia UVB-BB também está declinando lentamente em favor da terapia 
UVB-NB, que hoje é reconhecida como a primeira linha de tratamento para muitas das dermatoses que 
afetam as pessoas com maior frequência. 
A prática da terapia UVB-NB está ganhando rapidamente popularidade entre os dermatologistas e 
fisioterapeutas, pois elimina o forte efeito eritemogênico causado pela banda no comprimento de onda 
mais curto da faixa da UVB-BB, e dos modos UVA1 e PUVA. Sua popularidade é também decorrente do 
fato de sua banda estreita corresponder ao centro de ação do espectro para o tratamento de psoríase, 
uma das dermatoses mais comuns e incapacitantes que afeta uma porcentagem razoável da população 
 
 
Eletrotermofototerapia – Elaboração: Prof. Me. Alexandre Castelo Branco 
 
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RESPOSTA ERITEMATOSA INDUZIDA 
A prática da terapia com UVA e UVB apoia-se na capacidade de cada região do espectro 
eletromagnético de induzir uma resposta eritematosa na pele após a exposição, ou seja, um eritema, 
que se apresenta como um vermelhidão na pele decorrente da dilatação dos vasos sanguíneos 
superficiais. 
Essa resposta eritematosa induzida é controlada conforme tipo de luz UV, determinando-se: 
- Na terapia UVB: a dose eritematosa mínima (DEM). 
- Na terapia UVA (PUVA): a dose foto-tóxica mínima (DFM). 
A resposta eritematosa induzida é forte tanto nas terapias UVB-BB e PUVA, moderada na terapia UVB-
NB e ausente na terapia UVC. 
 
RISCO CARCINOGÊNICO 
A a exposição prolongada ou repetida da pele à radiação UV, seja solar ou artificial, pode causar câncer 
de pele, e por isso, infelizmente para os pacientes, muitas dermatoses, como a psoríase e o eczema, 
requerem numerosas exposições de tratamento antes que a condição melhore e podem ser necessários 
tratamentos ao longo da vida em virtude da natureza recorrente dessas dermatoses. 
Há fortes evidências sugerindo que a terapia UVA, em particular PUVA, e a UVB-BB têm um risco 
carcinogênico muito mais elevado que a terapia UVB-NB, considerando que sua resposta eritematosa é 
muito mais forte. 
 
 
 
Eletrotermofototerapia – Elaboração: Prof. Me. Alexandre Castelo Branco 
 
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APARELHOS E ACESSÓRIOS DE UV 
A terapia UV pode ser aplicada através de cabines para o corpo inteiro, gabinete para mão/pé e 
lâmpada portátil ou bastão. Esses aparelhos são montados com uma ou múltiplas lâmpadas ou tubos 
UV, capazes de emitir luz UV artificial dentro do espectro UVA, UVB ou UVC. 
 
A prática da terapia UV requer óculos de proteção para serem usados durante a terapia e gabaritos para 
fototestagem da pele para serem usados antes da terapia na determinação da dose inicial. 
 
ÓCULOS DE PROTEÇÃO: Como a radiação UV é prejudicial para os olhos, óculos de UV precisam ser 
usados todo o tempo, tanto pelos pacientes quanto pelos fisioterapeutas durante a fototestagem da 
pele e as sessões de terapia. 
GABARITO PARA FOTOTESTAGEM DA PELE: Um gabarito, feito à mão ou comprado, é usado para 
estabelecer a dose eritematosa mínima do paciente (DEM), na terapia UVB e dose fototóxica mínima do 
paciente (DFM), nas terapias PUVA ou UVA1. 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS DA UV 
Os fótons dentro da região A do espectro UV podem induzir efeitos fotoquímicos e fototerapêuticos na 
hipoderme, com os fótons das regiões B e C induzindo efeitos fototerapêuticos na derme e efeitos 
fotogermicidas na epiderme, respectivamente. Para que os efeitos fisiológicos e terapêuticos ocorram, a 
energia contida nesses fótons UV precisa primeiro ser absorvida por meio de múltiplos cromóforos 
existentes dentro do tecido da pele, causando uma cascata de reações fotobiológicas terapêuticas. 
Os mecanismos de ação da UV explicam seus efeitos terapêuticos, e estão relacionados com quatro 
mecanismos, embora ainda em estudo pela comunidade científica: 
 
 
Eletrotermofototerapia – Elaboração: Prof. Me. Alexandre Castelo Branco 
 
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1. ERITEMA INDUZIDO: 
O eritema induzido por UVA e UVB promova a cicatrização da pele por meio do aumento no suprimento 
sanguíneo para a área tratada. Uma dosagem alta o suficiente induz uma resposta inflamatória, que por 
sua vez estimula a formação de tecido de granulação, levando ao reparo do tecido. 
2. IMUNOSSUPRESSÃO LOCAL: 
O efeito imunossupressorlocal baseia-se no fato de a maioria das dermatoses que respondem a UVA e 
UVB responderem igualmente bem aos medicamentos imunossupressores. 
3. APOPTOSE CELULAR: 
A morte celular induzida por UVA e UVB é causada pela ativação direta de receptores de morte, o que 
melhora os quadros clínicos de dermatoses, sobeetudo a psoríase, por interferir na proliferação celular. 
4. SUPRESSÃO DNA-RNA GERMICIDA: 
O efeito fotogermicida associado à terapia UVC é causado por um efeito supressor de DNA e RNA. 
 
 
DOSIMETRIA 
Aosagem das luzes UV baseia-se na fototestagem de pele feita antes do tratamento. A fototestagem é 
essencial para que o fisioterapeuta determine a dose UV inicial. Os testes variam conforme o aparelho, e 
foram se modernizando, substituindo um teste antigo conhecido como teste de Saidmann. O uso atual 
da terapia por UV se dá principalmente na área de Dermato-Funcional. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
BÉLANGER, AY. Recursos Fisioterapêuticos: Evidências que fundamentam a prática clínica. SP: Manole, 2014. 
STARKEY, C. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia. SP: Manole, 2015.