Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gestão da Qualidade Aula 6: Conceitos das principais ferramentas da Qualidade INTRODUÇÃO A partir de 1950, as ferramentas da qualidade foram sendo utilizadas nos processos de gestão. E com a competitividade cada vez mais acirrada, o gestor não pode "abrir mão" das ferramentas, pois elas possibilitam que este tome decisões que venham a contribuir com o aumento de desempenho das organizações. Nesta aula, demonstraremos a importância do uso de ferramentas para garantia da qualidade e como podem ser utilizadas para garantir o aumento do desempenho. OBJETIVOS Reconhecer a importância do uso de ferramentas para garantia da qualidade. Descrever quais ferramentas e como elas podem ser utilizadas para a garantia do aumento de desempenho. Aplicar as ferramentas de forma a obter a melhor informação para que o gestor possa conquistar os melhores resultados. 1ª FERRAMENTA: CICLO DE DEMING OU CICLO DO PDCA PDCA Plan – Planejar | Do – Executar, Fazer | Check – Checar, Verificar | Action - Agir Trata-se de um método de gestão ou uma forma de trabalho que orienta o processo de tomada de decisão para o estabelecimento das metas e dos meios e ações necessárias para executá-las e acompanhá-las, a �m de garantir a sobrevivência e o crescimento da organização. CONTROLE DE PROCESSOS Também conhecido como Método Gerencial Básico da Qualidade, o PDCA é um método para Controle de Processos. METAS DE MELHORIAS O PDCA se aplica geralmente quando há metas de melhorias, o que con�gura a melhor forma de gestão. Essa é a melhor forma de conquistar os resultados planejados, que, uma vez obtidos, devem ser revistos, buscando sempre a melhoria contínua. PROCESSOS DE ROTINA O PDCA se aplica também a processos de rotina em que já existem procedimentos operacionais padronizados. Nesses casos, ele é também chamado de SDCA ― o S refere-se a STANDARD (Padrão). Sendo aplicado na manutenção dos resultados, mas com garantia da qualidade. Resumindo... PDCA ETAPA FASE OBJETIVO P 1 Identificar osproblemas Definir claramente os problemas e especificar a importância P 2 Priorizar Hierarquizar os problemas em ordem de importância P 3 Analisar Descobrir as causas fundamentais (poucas e vitais) P 4 Gerar alternativas Buscar o maior número possível de sugestões desoluções P 5 Refinar eselecionar Analisar cada alternativa e decidir por consenso qual é a mais viável P 6 Elaborar Plano deAção Elaborar um Plano de Ação para bloquear as causas fundamentais P 7 FazerBenchmarking Estabelecer um processo de aprendizagem com um parceiro D 8 Treinar eimplementar Capacitar envolvidos e bloquear as causas fundamentais C 9 Controlar Descobrir as causas fundamentais (poucas e vitais) C 10 Bloqueio efetivo? Se sim, passar à etapa 11. Se não, retornar à etapa 3 A 11 Padronização Prevenir contra o reaparecimento do problema A 12 Reflexão econclusão Recapturar todo processo e buscar melhorias incrementais 2ª FERRAMENTA: DIAGRAMA DE ISHIKAWA O Diagrama de Ishikawa ou “espinha de peixe”, também conhecido como diagrama cadeia de causas e efeitos, é uma ferramenta grá�ca utilizada para o gerenciamento e controle da qualidade, auxiliando na identi�cação de problemas, sendo considerada uma importante ferramenta da qualidade. Criado pelo engenheiro Kaoru Ishikawa, que inicialmente identi�cou quatro causas que poderiam trazer um efeito negativo em uma “linha de produção” ou em uma sequência lógica de procedimentos. Essas quatro causas �caram conhecidas como os 4 Ms (Método, Materiais, Mão-de-Obra e Máquinas). Hoje se inclui mais dois Ms: Métricas (medição) e Meio Ambiente. Passando, então, a ser conhecido como os 6 Ms. Este diagrama é utilizado na fase de análise dos problemas levantados e identi�ca a relação entre uma característica da qualidade e os fatores que a determinam. Constitui-se em um diagrama de registro de possíveis causas de um problema, a partir da análise e da classi�cação das prováveis origens destas causas, razão pelo qual é conhecido como diagrama de causas e efeitos. Este sistema permite estruturar de forma hierárquica as causas de determinados problemas ou oportunidades de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos oferecidos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma grá�ca. 3ª FERRAMENTA: GRÁFICO DE PARETO A regra de Pareto foi criada por um economista italiano do século XIX chamado Vilfredo Pareto. Ele observou que 80% da riqueza estava concentrada em 20% da população. Esta relação (20 X 80) foi veri�cada quando se relacionava outras situações e realidades. Por exemplo, 80% dos problemas de uma organização geralmente resultam de 20% das possíveis causas; 80% dos nossos resultados resultam de 20% dos nossos esforços; 20% dos clientes são responsáveis por 80% dos rendimentos. A análise de Pareto é um método simples para separar as principais causas de um problema. Ajuda a identi�car, atribuir prioridades e a concentrar recursos onde são mais necessários. Ajuda também a visualizar a importância relativa das causas ou outras condições. Trata-se de um instrumento de controle estatístico muito simples e muito útil. 4ª FERRAMENTA: MATRIZ GUT Método utilizado para se estimar a prioridade de problemas identi�cados. Permite classi�car cada problema de acordo com a sua Gravidade (G), Urgência (U) e Tendência (T). Cada um desses parâmetros é pontuado numa escala de 1 a 5, dependendo do nível de G, U e T. Quanto menor o valor atribuído, menos G, menos U e menos T. GRAVIDADE Impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou organizações e efeitos que surgirão a longo prazo, caso o problema não seja resolvido. URGÊNCIA Relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema. TENDÊNCIA Potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento, redução ou desaparecimento do problema. Exemplos Após a pontuação, calcula-se o resultado através de G x U x T. O resultado apontará os problemas de maior prioridade. Pontos Gravidade Urgência Tendência 5 Os prejuízos ou dificuldades sãoextremamente graves É necessária uma ação imediata Se nada for feito, o agravamento será imediato 4 Muito graves Com algumaurgência Vai piorar a curto prazo 3 Graves O mais cedopossível Vai piorar a médio prazo 2 Pouco graves Pode esperar umpouco Vai piorar a longo prazo 1 Sem gravidade Não tem pressa Não vai piorar ou pode atémelhorar Organização: Processo: Problemas G U T Total Priorização 1 2 3 4 5 6 7 8 5ª FERRAMENTA: TÉCNICA DE LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES 5W 2H A técnica 5W 2H é uma ferramenta simples, porém poderosa para auxiliar a análise e o conhecimento sobre um determinado processo, problema ou ação a serem efetivados. Os 5W 2H correspondem à palavra de origem inglesa, que signi�ca: Sigla Inglês Português 5W What Who When Why Where O que, o qual Quem Quando Por quê Onde 2H HowHow much Como Quanto custa O método 5W 2H pode ser dividido em três etapas na solução de problemas: AÇÃO Investigando um problema ou processo, para aumentar o nível de informações e buscar rapidamente onde está a falha. PLANO DE AÇÃO Montando um plano de ação sobre o que se deve ser feito para eliminar um problema. PADRONIZAÇÃO Padronizando procedimentos que devem ser seguidos como modelo, para prevenir o reaparecimento do problema. Esta técnica consiste em realizar, sistematicamente, sete perguntas sobre o assunto em estudo. A ordem das perguntas pode mudar de acordo com o tipo de análise que se está fazendo, ainda pode-se acrescentar novos campos para melhorar a compreensão. 6ª FERRAMENTA: BENCHMARKING O Benchmarking é a busca das melhores práticas nas organizações que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e pró-ativopor meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma atividade especí�ca, a �m de melhorar a forma como realiza atividade semelhante. É um processo gerencial permanente. Requer atualização constante da coleta e análise cuidadosa daquilo que há de melhor externamente em práticas e desempenho, para as funções de tomada de decisões e de comunicações, em todos os níveis da empresa. É um processo que obriga ao teste constante das ações internas em relação aos padrões externos das práticas da indústria. A ideia por trás do benchmarking é de que ninguém é excelente em tudo. Então, “copiar” modelos de outras empresas signi�ca “economizar” tempo e trabalho. Em suma, podemos veri�car que o benchmarking é uma técnica que consiste em acompanhar processos de organizações concorrentes ou não que sejam reconhecidas como representantes das melhores práticas funcionais. Identi�camos alguns tipos de benchmarking: COMPETITIVO Tem como alvo especí�co as práticas dos concorrentes. É o menos usado, uma vez que é quase impossível que as empresas se prestem a facilitar dados para as concorrentes, principalmente os que estão ligados diretamente com a sua atividade. Por isso, muitas vezes é necessário contratar uma consultoria externa para obter informações sobre o benchmarking competitivo. INTERNO Neste tipo, a procura pelas melhores práticas ocorre dentro da própria organização, em unidades diferentes (outros departamentos, setores etc.). Tem como vantagens a facilidade para obter parcerias, custos mais baixos e a valorização pessoal interna. GENÉRICO Este tipo ocorre quando o benchmarking é baseado em um processo que atravessa várias funções da organização. Pode ser encontrado na maioria das empresas do mesmo porte. Como exemplo podemos citar o processo desde a entrada de um pedido até a entrega do produto ao cliente. FUNCIONAL Este é baseado na função especí�ca, que pode existir ou não na própria organização. Serve para trocarmos informações acerca de uma atividade bem de�nida como, por exemplo, a distribuição, o faturamento ou a expedição. 7ª FERRAMENTA: FLUXOGRAMA Representação grá�ca do �uxo de informações do processo. O estabelecimento do �uxograma é fundamental para o registro, conhecimento e entendimento do processo. Deve ser representado em duas situações: atual (como o processo é realizado no momento em que está sendo identi�cado e representado) e a proposta (situação que deverá trazer um ganho de desempenho no processo). Baseado na comparação entre os dois �uxos, o gestor poderá optar pelo �uxo que melhor proporcione um aumento de desempenho. Glossário
Compartilhar