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Bioquímica - Aula 07 Enzimas Definição Catalisadores orgânicos Atuam em sistemas biológicos em condições suaves de temperatura e pH e determinam o perfil de transformações químicas que ocorrem em soluções aquosas Características marcantes: Poder catalítico Alta especificidade das enzimas Quase todas as enzimas conhecidas são proteínas, sendo algumas moléculas de RNA cataliticamente ativas, denominadas ribozimas. Quimicamente: Proteínas com estrutura especial Contendo: Apoenzima Coenzima Grupo prostético Conjunto: holoenzima As enzimas podem estar ligadas a COFATORES: Moléculas orgânicas de baixo peso molecular ou íons metálicos Função: ativá-las. Enzimas são: Substâncias sólidas. Difíceis de serem cristalizadas. Geralmente solúveis em água e álcool diluído. Inativadas pelo calor. FUNÇÃO Atuam como catalisadores biológicos Aumentando a velocidade das reações por meio da diminuição de suas energias de ativação. Sitio ativo Pequena região onde ocorre a ligação da enzima com o substrato. Integridade da molécula enzimática proteica é necessária para a manutenção deste sítio ativo, ou seja, para a ação catalítica. CLASSIFICAÇÃO Em função: Ambiguidade detectada nas nomenclaturas Número crescente de enzimas estudadas Nova classificação para as enzimas foi proposta pela Comissão Internacional de Enzimas. Seis classes de acordo com as reações que catalisam, seguindo-se subclassificações conforme outros critérios. Todas receberam um nome sistemático e uma identificação de quatro dígitos precedidas pela sigla E.C. Nomenclatura e classificação de enzimas União Internacional de Bioquímica (1995). Cada enzima possui um código de 4 algarismos separados por ponto. Primeiro: corresponde à classe a que a enzima pertence e vai de 1 a 6. Segundo: determina a subclasse. Terceiro: define com exatidão o tipo de atividade enzimática. Quarto: número da enzima dentro da sua subclasse Enzimas podem também ser designadas por nomes que obedecem a uma sistemática: Constituída por dois nomes: Substrato Natureza da reação Como estas nomenclaturas são muito complexas, na maioria das vezes, as enzimas são designadas por nomes triviais. Ex.: enzima 3.2.1.2. é a α-1,4-glucan-malto-hidrolase é conhecida comumente por β-amilase. Especificidade enzimática Centro ativo Formado por alguns dos resíduos de aminoácidos presentes na cadeia. Se aproximam pelos dobramentos que constituem a estrutura terciária da proteína. Constitui uma cavidade aberta sobre a superfície da molécula globular e permite à enzima reconhecer seu substrato. Comparado a um conjunto chave – fechadura – key and lock – Fisher 1894. De fato uma molécula para ser substrato de uma determinada enzima deve ter forma espacial adequada para alojar-se no centro ativo da enzima, como também grupos químicos capazes de estabelecer ligações precisas com os radicais do mesmo. Cada enzima possui uma organização estrutural específica. Centro ativo permite a ligação apenas do seu substrato, trazendo grande especificidade para a catálise enzimática. Medida de atividade enzimática Habitualmente é expressa em Unidades Internacionais. Uma UI corresponde a quantidade de enzima capaz de formar 1μMol de produto por minuto em condições ótimas (pH, temp. etc.) Cinética das reações enzimáticas Concentração de Substrato: Nas células, a [S] do substrato chega a ser até 106 vezes maior que a [E]. Apesar desta diferença, porém, nem todas as moléculas de enzimas combinam-se com o substrato. Estabelece-se um equilíbrio entre as [S], [E], [ES], com [ ] definidas e constantes. Concentração de Enzima A velocidade de uma reação enzimática será sempre proporcional a sua concentração. Desvios da linearidade podem ocorrer devido a: Presença de inibidores na própria solução de enzima. Presença de substâncias tóxicas. Presença de ativadores Entre outros. Efeito do pH: Ação catalítica de uma enzima é alcançada dentro de limites muito estreitos de pH. Cada reação tem o seu pH ótimo, que para a maioria das enzimas se encontra entre 4.5 e 8.0 Algumas enzimas que catalisam reações com diferentes substratos podem apresentar mais de um pH ótimo. Porém, grandes variações de pH normalmente determinam a desnaturação da enzima. Efeito da Temperatura: Semelhante às reações químicas, as reações enzimáticas tem a velocidade aumentada com o aumento da temperatura. Acima de determinadas temperaturas, esta velocidade diminui, devido ao fato de ocorrer desnaturação da enzima. Em geral as enzimas reagem muito lentamente em temperaturas de subcongelamento. Efeito da Pressão: Pouco significativa para a velocidade das reações enzimáticas. Desnaturação protéica. Ocorre uma expansão de volume resultante do desdobramento da cadeia, a aplicação de pressão em princípio, deve reduzir a desnaturação pelo calor. Porém, devemos lembrar que altas pressões também podem provocar a desnaturação da proteína por alteração da estrutura. Mecanismos de ação e inibição Modelo proposto por Michaelis-Menten Explica as propriedades cinéticas de um grande grupo de enzimas. Avalia as taxas de reação e suas alterações em função de parâmetros experimentais. Concentrações de substrato e enzimas. A catálise enzimática ocorre em duas etapas. 1° etapa: Enzima liga-se reversivelmente ao substrato formando um complexo enzima-substrato. 2° etapa: Liberado o produto e a enzima volta a forma livre. Inibidores enzimáticos Enzimas podem ser inibidas: Moléculas específicas ou íons Inibidores enzimáticos reversíveis ou irreversíveis. Inibidores reversíveis são classificados: Competitivos: Competem com o substrato pelo sítio ativo da enzima. Não-competitivos: Ligam-se a radicais aminoacídicos que não pertencem ao sítio ativo e esta ligação altera a estrutura enzimática. Inibidor competitivo: Compostos que competem com o substrato pelo centro ativo da enzima, normalmente apresentam estruturas semelhantes as do substrato. Isto pode ser evitado aumentando-se a [S] Inibidor não competitivo: Combinam-se com o complexo ativado, impedindo que este complexo dê origem ao produto final e liberação da enzima. Inibidor reversível: Compostos com capacidade de se combinar de forma reversível com determinadas enzimas inibindo sua atividade. Inibidor irreversível: Neste caso, ocorre uma combinação entre o composto e a enzima irreversível, formado por ligações covalente, não podendo haver separação por processos como diálise ou diluição. Enzimas x Doenças Desordens genéticas herdadas Deficiência ou mesmo ausência total, de uma ou mais enzimas. Excesso de atividade de uma enzima específica. Medidas da atividade de certas enzimas: Plasma sanguíneo Eritrócitos Amostras de tecidos Importantes no diagnóstico de várias doenças. Doenças genéticas causadas pela perda ou defeito de uma única enzima ou proteína
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