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São catalisadores biológicos muito potentes e eficazes, viabilizam as atividades celulares, acelerando reações de quebra ou de síntese de compostos quimicamente são definidas como proteínas. Enzimas Em todas as células vivas ocorrem reações continuamente que, devido à sua grande complexidade, deveriam ser muito lentas nas T em que se processam (T ~37°C) No entanto, são muito rápidas devido à presença de catalisadores (ENZIMAS), que são substâncias bastante complexas, formadas no interior das células, mas capazes de agir também fora delas.Proteínas – são moléculas compostas por aminoácidos unidos por ligações peptídicas Os aminoácidos são diferenciados de acordo com o grupo R Catalisador: é uma substância que acelera uma reação química até torná-la instantânea ou quase, ao diminuir a energia de ativação. São proteínas globulares contendo um centro ativo, esse conjunto é chamado de Apoenzima. Algumas vezes apresentam também um grupo não-proteico (cofator ou coenzima). A esse conjunto dá-se o nome de Holoenzima. Enzimas são capazes de reagir com determinados constituintes das células, denominados substratos, formando complexos, ou mesmo compostos com ligações covalentes e esse fato é denominado atividade biológica. Atividade Enzimática Liga-se à enzima pelo sítio ativo e dessa reação resulta em um Produto(s). Substrato: substância sobre a qual a enzima exerce sua ação catalítica. Atividade Catalítica A estrutura da enzima é muito Os substratos (reagentes) devem precisa, com reentrâncias de forma apropriada e com grupos químicos localizados em posições exatas para definir a catálise. ligar-se à molécula da enzima em uma região específica de sua superfície – sítio ativo Sítio ativo- cavidade com forma definida, aberta na superfície da molécula globular da enzima, constituída por grupos R de aminoácidos que podem estar distanciados na estrutura primária da proteína, mas que os dobramentos da estrutura terciária trouxeram à proximidade uns dos outros Essa forma definida do sítio ativo é que confere especificidade à catálise enzimática: para ser reconhecida como substrato uma molécula deve ter a forma adequada para acomodar-se no sítio ativo e os grupos químicos capazes de estabelecer ligações com os grupos R ali presentes. As enzimas são muito específicas para os seus substratos. Esta especificidade pode ser relativa a apenas um substrato ou a vários substratos ao mesmo tempo. Alguns modelos procuram explicar a especificidade substrato/enzima: Modelo: Chave/Fechadura: prevê um encaixe perfeito do substrato no sítio de ligação, que seria rígido como uma fechadura. Modelo do Ajuste ou Encaixe Induzido: que prevê um sítio de ligação não totalmente pré-formado, mas sim moldável à molécula do substrato; A enzima se ajustaria à molécula do substrato na sua presença. Inibidores Enzimáticos São compostos que, quando presentes no meio, ligam-se diretamente à enzima, impedindo sua ação. De acordo com a estabilidade de sua ligação com a molécula da Enzima de ação os Inibidores Enzimáticos se encontram em 2 grandes grupos ● Reversíveis ● Irreversíveis Inibidores Irreversíveis Reagem com as enzimas produzindo uma inativação definitiva Ex.: compostos organofosforados - (inibidores da enzima AchE) - eles formam ligações covalentes com o grupo OH de resíduos de serina. toxicidade = irreversibilidade da ligação e inespecificidade ( serina está presente em praticamente todas as proteínas). Inibidores Reversíveis Os inibidores reversíveis são classicamente divididos em dois grupos: ● Inibidores Competitivos ● Inibidores Não-competitivos Os inibidores competitivos competem com o substrato pelo centro ativo da enzima substâncias que têm forma estrutural semelhante à do substrato a ponto de ligarem-se ao sítio ativo da enzima, produzindo um Complexo Enzima-Inibidor. Porém, faltam-lhes grupos químicos para poderem levar a reação química até o fim, resultando em uma competição entre as moléculas do inibidor competitivo e as do substrato pela ligação com o sítio ativo da enzima. Inibidores Competitivos A inibição competitiva é bastante específica, por isso esses inibidores têm sido largamente empregados em terapêuticas (anti-retrovirais –Ritonavir, AZT...) Seu mecanismo de ação consiste em inibir competitivamente a enzima transcriptase reversa, impedindo a formação da dupla hélice de DNA viral que depois de integrará ao DNA da célula hospedeira. Sua forma estrutural não tem nenhuma semelhança com a do substrato e a inibição é exercida pela capacidade de ligar-se a grupos R específicos (o grupo OH de serina, ou o grupo SH de cisteína, por exemplo) - fora do sítio ativo. Essa ligação altera a estrutura da enzima, impedindo a catálise a ação de inibidores não competitivos é bastante inespecífica, o mesmo inibidor pode atuar sobre um grande número de enzimas (ao contrário do que ocorre com os inibidores competitivos) Inibidores não-competitivos nos organismos, são, geralmente, acidentais (íons metálicos altamente tóxicos – Pb, Hg). Inibidores Não-Competitivos A estrutura e forma do sítio ativo podem ser afetadas por fatores que provoquem mudanças na conformação da proteína, o que torna a atividade enzimática dependente do meio ambiente, notadamente do pH e da T. Influência do meio sobre a atividade enzimática A maioria das enzimas apresenta um valor de pH ótimo para o qual sua atividade enzimática é máxima, este valor de pH é específico para cada enzima e, frequentemente, está próximo do pH neutro a velocidade da reação diminui à medida quo pH se afasta desse valor ótimo. PH Variações no pH altera a distribuição de cargas elétricas da enzima podendo modificar as ligações que mantém a estrutura tridimensional assim a eficiência da catálise dependerá, de encontrarem-se, enzima e substrato com conformação e carga adequadas para permitirem sua interação valores extremos de pH podem causar desnaturação da enzima. Temperatura A Temperatura pode acelerar a reação enzimática ou inibí-la aumentos da T levam a aumentos da Velocidade da reação, por aumentar a energia cinética das moléculas componentes do sistema, aumentando a probabilidade de choques entre elas entretanto, a velocidade da reação aumenta até um máximo, após determinada temperatura a velocidade declina rapidamente, mesmo aumentando a temperatura. Para cada tipo de enzima existe uma temperatura ótima, na qual a velocidade da reação é máxima, permitindo o maior número possível de colisões moleculares sem desnaturar a enzima Porém, se for ultrapassada certa temperatura, as ligações que estabilizam a estrutura espacial da enzima se rompem e ocorre sua desnaturação. Com o aumento da concentração de moléculas do substrato, a velocidade da reação aumenta até que todos os sítios ativos nas moléculas da enzima estejam ocupados (saturação enzimática), no ponto em que é alcançada a velocidade máxima da reação a partir desse ponto, mesmo aumentando a quantidade de substrato, a velocidade se mantém constante. Concentração do Substrato Como o mecanismo celular dos seres vivos depende das enzimas, suas fontes primárias são: tecidos animais (glândulas) tecidos vegetais (sementes, frutas, exsudações) culturas de microorganismos (bactérias, fungos, leveduras) Fontes primárias de enzimas intracelulares Formação estrutural Crescimento Desintoxicação Defesa do organismo vivo, sistema imunológico Assimilação e distribuição de vitaminas Regulação de atividades bioquímicas do organismo (digestão e absorção de alimentos, equilíbrio hormonal, atividade cerebral, humor, sexualidade, respiração, circulação sanguínea, estímulos nervosos, reposição celular, mecanismos dos sentidos - paladar, olfato, audição, tato, visão) Algumas funções das enzimas Não são consumidas na reação química Diminuem a energia de ativação da reação Aumentam a velocidade da reação Alta especificidade Podem ser reguladas Podem precisar de cofatores Principais características das enzimas A maioria das enzimas somente exercem sua atividadecatalítica em associação com outrasmoléculas orgânicas ou inorgânicas Cofator = Íons metálicos (moléculas inorgânicas) COFATORES ENZIMÁTICOS e COENZIMAS Estes cofatores não estão ligados permanentemente à molécula da enzima mas,na ausência deles, a enzima é inativa. COENZIMA = molécula orgânica (VITAMINAS) Íons metálicos (cofatores) ligam-se a grupos R de aminoácidos do sítio ativo ou estão presentes em grupos prostéticos COFATORES ENZIMÁTICOS Durante a catálise a coenzima e o substrato acham-se alojados no centro ativo da enzima são modificadas quimicamente como consequência da ação enzimática. Ligam-se à enzima com afinidade semelhante à do substrato são constantemente recicladas, o que permite que suas concentrações celulares possam ser menores que as concentrações dos substratos. COENZIMAS A coenzima pode encontrar-se covalentemente ligada à molécula enzimática, constituindo um grupo prostético ou a coenzima pode ser uma molécula “livre”, reunindo-se à enzima apenas no momento da catálise. CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS O mais importante foi estabelecido pela União Internacional de Bioquímica (IUB), e estabelece 6 classes: Oxidorredutases: São enzimas que catalisam reações de transferência de elétrons, ou seja: reações de oxi-redução. São as Desidrogenases e as Oxidases. Transferases : Enzimas que catalisam reações de transferência de grupamentos funcionais como grupos amina, fosfato, acil, carboxil, etc. Como exemplo temos as Quinases e as Transaminases Hidrolases : Catalisam reações de hidrólise de ligação covalente. Ex: As peptidades Liases: Catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico. As Dehidratases e as Descarboxilases. Isomerases: Catalisam reações de interconversão entre isômeros ópticos ou geométricos. As Epimerases são exemplos. Ligases: Catalisam reações de formação de novas moléculas a partir da ligação entre duas já existentes, sempre às custas de energia (ATP). São as Sintetases. Nome Recomendado: Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com enzimas; indica o substrato e utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima. Exs: Urease, Hexoquinase, Peptidase, etc. Nome Sistemático: Mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex: ATP-Glicose-Fosfo-Transferase Nome Usual : Consagrados pelo uso; Exs: Tripsina, Pepsina, Ptialina. NOMENCLATURA DAS ENZIMAS
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