Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
o da planta medicinal. A dignidade especial do ser humano em Kant e na ética cristã (aplicações práticas) De acordo com Kant, a dignidade é o valor de que se reveste tudo aquilo que não tem preço, ou seja, não é passível de ser substituído por um equivalente. A dignidade é totalmente inseparável da autonomia para o exercício da razão prática, e é por esse motivo que apenas os seres humanos revestem-se de dignidade. Portanto, o homem é ser racional e fim em si1. Quais são os três elementos que constituem o campo de estudo da Ética? O sujeito e agente moral, os deveres e obrigações morais, e os meios e os fins. 2. Cite as quatro características do Sujeito Ético e explique cada uma delas. O sujeito ético deve ser: consciente de si e dos outros: ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si; dotado de vontade, ser capaz de controlar seus desejos e paixões para que estejam de acordo com a moralidade e de deliberar e decidir entre possíveis alternativas; responsável, reconhecer-se como autor da ação, avaliar seus efeitos e assumir suas consequências; e por fim deve ser livre, capaz de se autodeterminar, dando a si mesmo as regras de conduta. 3. Qual a diferença entre Autonomia, Heteronomia e Teonomia. O ser autônomo é aquele que tem o poder para dar a si mesmo a regra e goza de total liberdade. Já o ser heterônomo, não tem capacidade de autodeterminar-se e recebe a norma de outro ser. Por sua vez, a teonomia caracteriza o ser humano que se guia pelas leis de um deus. 4. Qual a diferença entre Vontade e Desejo? Vontade consiste na capacidade racional do homem de se impedir de tomar ação perante um desejo, que por sua vez, é uma força instintiva. 5. Qual a diferença entre Dilema e Conflito? Em um conflito, ambas as escolhas são eticamente neutras ou aceitáveis. Porém, em um dilema, somente uma opção é eticamente aceitável. 6. Cite as três questões da vida humana que levantam problemas morais. 7. Segundo o filósofo Immanuel Kant, qual é o primeiro princípio de toda ética? A ética kantiana afirma que o que deve guiar as ações do homem é a razão, ela deve ser universal independentemente da cultura que o indivíduo insere-se. 8. Cite o imperativo categórico de Kant. O homem deve agir como se suas ações fossem se tornar lei universal para todos os outros seres racionais. 9. Qual a diferença que Kant estabelece entre coisas e pessoas? A coisa tem preço e a pessoa tem dignidade. 10. Com base na questão anterior, explique por que na Ética não vale a máxima de que os fins justificam os meios. Na ética, analisa-se as ações individuais tomadas para chegar a um certo objetivo. Nada adianta agir de maneira imoral por várias vezes para alcançar um “bem maior”. Uma vez que, a ética preza que o sujeito aja moralmente para assim alcançar o fim. 11. Explique por que para a Ética de Kant a mentira, as falsas promessas, o engano, são moralmente condenáveis? Para Kant, a mentira, as falsas promessas, e o engano são moralmente condenáveis pois não condizem com o imperativo categórico que afirma que o homem deve agir de modo que sua máxima possa servir de Lei Universal para os outros seres racionais. 12. Explique por que para a Ética Cristã a mentira é moralmente condenável? Para a ética cristã, mentira é moralmente condenável pois não condiz com o que era pregado por Jesus Cristo e é condenado pela bíblia e seus dez mandamentos. 13. Aponte qual é o fundamento da dignidade humana respectivamente para: a) a ciência: o homem é o ser mais completo da cadeia da evolução b) a filosofia: o homem é ser racional c) a ética cristã: o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, pois é dotado de atributos da sua imanência como razão, emoção, e vontade d) Kant: o homem é ser racional e fim de si mesmo 14. O que é Liberdade? É a independência para agir como bem quiser, de maneira autônoma e espontânea, sem que fira com os direitos e liberdade do próximo. 15. O que é Responsabilidade? Responsabilidade é a consciência do indivíduo de cumprir com seus deveres morais pois tem consciência que, descumprindo-os afetará seus próximos e dependentes. 16. Dê a definição de Virtude. Virtude é a permanente disposição para querer o bem, o que supõe a coragem de assumir os valores escolhidos e enfrentar os obstáculos que dificultam a ação. 17. O que é o Dever Moral? Um dever é moral pois deriva do próprio sujeito que se impõe a necessidade do cumprimento da norma. O dever moral é o comportamento moral, que por ser consciente, livre e responsável, é também obrigatório. Caráter universal da ética vs o caráter cultural da moral (fundamentos) O caráter universal da ética é aquele adotado e seguido por grande parte da população, que tem influência em grande parte da sociedade. Se difere do caráter cultural da moral pois esse é fortemente influenciado pelos usos e costumes de cada população, então mesmo que acreditem na ética universal que machismo é incorreto e condenável, por força de hábito, homens ainda são machistas, por exemplo. Moral constituída vs moral constituinte (aplicações práticas) Moral constituída é aquela estabelecida por outros e imposta sobre todas, como por exemplo, a lei. Já a moral constituinte é formulada pelo sujeito moral na medida em que amadurece. Então a moral constituinte poderia ser crer que a maconha deve ser legalizada pois existem pessoas que dependem de seu uso para sobreviver, como no caso de pessoas diagnosticadas com câncer, mesmo que a lei, a moral constituída, criminalize e proíba o us mesmo. Já a ética cristã afirma que a dignidade do homem de dá pelo fato dele ter sido criado à uma semelhança de Deus, uma vez que, é dotado de atributos da sua imanência, como a razão, emoção e vontade. Para viver uma vida digna, o homem deve agir de acordo com os padrões estabelecidos por Jesus Cristo em sua passagem na Terra, reafirmadas nos dez mandamentos. Distinção entre coisas e pessoas em Kant: implicações frente à dignidade especial do ser humano Para Kant, a dignidade é o valor de que se reveste tudo aquilo que não tem preço, ou seja, não é passível de ser substituído por um equivalente. Diferentemente de uma coisa ou objeto, o homem não tem preço, não pode ser substituído ou equiparado à nada, pois é racional e esse atributo não tem valor de troca. Distinção entre sujeito ético e o sujeito aético e comportamento moral, imoral, amoral, e não moral Sujeito ético é aquele capaz de julgar, deliberar, decidir e escolher pois é dotado de razão e consciência, ao contrário do sujeito aético, que é aquele incapaz de julgar, deliberar, decidir e escolher porque embora dotado de razão, não tem consciência de seus atos. O comportamento moral é aquele que está de acordo com a moralidade, e o imoral, aquele que viola a regra moral estabelecida. O comportamento amoral, ignora a moralidade por motivos como o desconhecimento, a imaturidade, ou a incapacidade psíquica. Já o comportamento não moral, é aquele meramente social, que não entra e nem leva em conta os valores morais. As doutrinas e teorias ético-normativas aplicadas a situações concretas de vida e trabalho As ações humanas podem ser categorizadas como deontológicas e teleológicas. A primeira categoria é composta por ações que se orientam pelo dever, pela obrigação, e pode ser subdividida em dois tipos de ética: convicção de princípios, e convicção da esperança. Essa última, descreve aquelas ações que se baseiam na fé e na crença em algo maior que a humanidade, como por exemplo, a fé cristã e os dez mandamentos. Já a ética da convicção de princípios, rege que o ser humano deve agir de acordo com o imperativo categórico de Kant: “Age de modo que sua máxima possa servir de Lei Universal para todos os seres racionais”. Por sua vez, asdoutrinas teleológicas são compostas por três teorias. A primeira, é a teoria consequencialista da responsabilidade e o utilitarismo (princípios que os homens agem em busca do prazer e tentam evitar a dor), que ainda é dividido em utilitarismo quantitativo, que visa o bem do maior número de pessoas, e em utilitarismo qualitativo, que propõe uma hierarquia de valores. A outra, a teoria relativista (nega princípios absolutistas), também segue dois segmentos diferentes, o de autointeresse, no qual o sujeito visa seus próprios interesses porém sem causar perdas aos próximos, e a egocêntrica, na qual o sujeito age em benefício próprio e chega a prejudicar o próximo, e tem noção disso, só para se satisfazer. A última foi proposta por Sócrates, e é denominada a ética da virtude, que afirma que o homem não pode praticar o bem sem conhecê-lo, e por isso, é necessário educar o homem e formar seu caráter.
Compartilhar