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Resumo de anestesiologia

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A N E S T E S I O L O G I A 
 ISABELLA TOLENTINO E ADRIELLE GUEDES 
 
O que é: A anestesia local é um bloqueio reversível da 
condução nervosa, ocorre perca de sensação e bloqueio 
do nervo sensitivo. 
ANESTÉSICOS: 
 A maioria dos anestésicos tem vaso atividade 
(causa vasodilatação (maioria das vezes) ou 
vasoconstrição); são pouco solúveis em água. 
 O vasodilatador tem menor potência e duração, 
é necessário que se associe a um vasoconstritor 
(que diminui o calibre dos vasos), aumentando a 
duração do anestésico. 
 Uma área ácida diminui a eficácia do anestésico, 
uma área inflamada por exemplo, sendo 
necessário realizar um bloqueio á distancia 
(bloquear tronco nervoso) 
 Vaso constritor mais anestésico = diminuição do 
Ph 
 O vasoconstritor reduz o sangramento e 
aumenta o tempo de ação 
 Ao aplicar, fazer punção, apertar e soltar a 
carpule 
 
 - Anestésicos de curta duração: lidocaína, drilocaína e 
articaína 
 - Anestésico de intermediária duração: mepivacaína 
 - Anestésicos de longa duração: bupivacaína, 
etidocaína e ropivacaína 
OBS.: sem vasoconstritor os listados acima 
Tipos de anestésicos: 
- Éster: Mais potentes, mais tóxicos e mais sensíveis, são 
metabolizados no sangue. Não utilizar em: alérgicos, 
anêmicos e pessoas com problemas cardíacos 
- Amida: Menos tóxico e menos potente, metabolizado 
no fígado. Evitar em: pacientes com disfunção hepática 
FARMACOCINÉTICA: 
 Absorção: mais perto da veia maior a 
concentração no sangue e menos no nervo 
 Eliminação: por meio dos rins 
 Os pacientes respondem de maneiras diferentes 
a anestesia, podendo agir mais rápido ou mais 
devagar 
 Quanto maior o peso do paciente mais droga é 
necessária 
 Quanto mais velho temos diminuição da 
absorção, metabolismo e excreção. 
 A parte lipofílica é a maior porção da molécula, 
sendo assim responsável pela potencia. 
 A parte hidrofílica gera a propagação do 
anestésico. 
 A cadeia intermediaria é a duração do 
anestésico, dissolução nos tecidos. 
VASOCONSTRITORES: 
1. Adrenalina/epinefrina: o mais potente, o mais 
utilizado no mundo, gera atuações de ansiedade. 
2. Noradrenalina/norepinefrina: 25% da potência 
da adrenalina; pode causar necrose; evitar 
aplicar em áreas de pouca vascularização 
(palato, papilas interdentais e ponta da língua). 
Não é muito bom usar pelo risco de necrose, 
proibida nos EUA. 
3. Levonordrefina/corbadrina: Adrenergica, 75% 
alfa, 25% beta, 15% da adrenalina. 
4. Felipressina: não usada para cirurgias e nem 
gestantes; pode usar em cardiopatas, tem outro 
nome como vasopressina, é antidiurético, possui 
pouco tempo de ação. 
 
Anestésicos Locais: 
1. Lidocaina: anestésico local mais 
utilizado em gestante, metabolizado no 
fígado com excreção renal, ação 
vasodilatadora, ação anestésica tópica, 
inicio de ação rápida. 
2. Mepivacaina: semelhante a lidocaína, 
duração de acao intermediaria, 
metabolizada no fígado, com excreção 
renal, - ação vasodilatador. 
3. Prilocaina: inicio de ação de 2 a 4 
minutos, contra indicado para 
gestante. 
4. Articaina: inicio de ação de 1 a 2 
minutos, bom para paciente com 
disfunção hepática, toxicidade 
parecida com a da lidocaína, ester, 
execrecao renal. 
5. Bupivacaina: potencia maior 4x, não 
usado em criança, inicio de ação de 6 a 
10 minutos, efeito analgésico pós 
operatório. 
 
OBS. 1: Para problemas no coração = prolicaína 
3% com felipressina 0,03 UI 
OBS. 2: Para hipertensos, acima de 160 não é 
recomendado atender 
 
 
1. Anestesia de ramos terminais: pode ser superficial 
(com anestésico tópico) ou profunda (infiltativa) 
2. Anestesia por bloqueio: pega o tronco nervos, 
chamo de troncular quando pego o nervo com 
outros ramos 
 
PASSO A PASSO: 
1. Agulha estéril (depois da 3º aplicação seguida, 
é bom trocar de agulha) 
2. Verificar o fluxo do anestésico na carpule 
3. Posicionar o paciente (cabeça e coração 
paralelos ao solo) 
4. Secar o tecido e aplicar o anestésico tópico 
5. Apoiar a mão: Palma da mão para cima e 
dedo anelar apoiando; nunca apoiando no 
tórax ou braços do paciente (são instáveis); 
posso apoiar no queixo do paciente 
6. Tencionar o tecido (fazer força) 
7. Introduzir a agulha voltada para o osso 
8. Ver se o paciente está bem 
9. Avançar a agulha 
10. Aspirar: Retirar o dedo do êmbolo e ver se 
existe sangue no tubete; se houver, é 
necessário reposicionar 
11. Quanto mais rápido aplicar, mais dor 
*Se possuir sangue dentro do tubete você 
atingiu algum vaso, se não possuir na hora do 
refluxo, você não atingiu nenhum vaso. 
Asa I = normal 
Asa II = leve 
Asa II= doença sistêmica grave 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS EM MAXILA: 
 SUPRAPERIOSTAL: Anestesia gengiva vestibular 
e o dente em questão. Aplico no fundo de 
vestíbulo adjacente ao dente para anestesiar 
individualmente. O bisel deve estar voltado para 
o osso e devo introduzir a agulha até chegar no 
osso. Entre ½ a ¾ do tubete por dente. 
Geralmente anestesia de 2 a 3 dentes. 
 
 
 NERVO NASOPALATINO: No máximo ¼ de 
tubete anestésico. Anestesia gengiva palatina 
de anteriores. A agulha deve estar paralela ao 
longo eixo dos IC, o nervo anestesiado é o nervo 
nasopalatino bilateral. É utilizado agulha curta. 
 
 
NERVO PALATINO MAIOR: Anestesia gengiva 
palatina de posteriores ponto de punção cerca 
de 1cm acima da distal do 2 molar, 
mesialmente ao forame palatino maior. Os 
nervos anestesiados são palatino maior, 
menor. No máximo ¼ do tubete. Bisel voltado 
para o local de inserção. É utilizado agulha 
curta. Manha”: observar o tecido mole: 
pegar a margem gengival dos molares e a 
rafe palatina, na metade do caminho entre 
as duas, na região de segundo molar. 
 
 
 
 
 
 NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR: áreas 
anestesiadas molares (exceto raiz MV do 1MS) e 
gengiva vestibular dos mesmos, tecido 
periodontal, osso são anestesiados. O ponto de 
punção é o fórnice do vestíbulo entre o 1 e 2 
molar superior ( na região distal) direcionando 
para cima, para dentro e para tras,o paciente 
não deve esta com a boca totalmente aberta. É 
utilizado agulha longa ou curta. O bisel deve está 
voltado para o osso. É indicado quando for fazer 
tratamento dentário envolvendo dois ou mais 
molares superiores. É utilizado cerca de 1 tubete 
todo. 
 
 NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR OU 
INFRAORBITAL: Anestesia anteriores, pré-
molares e gengiva vestibular dos mesmos, 
polpa do incisivo central superior ate o canino 
superior do lado da injeção, aspecto lateral do 
nariz, lábio superior.Dentes anestesiados: IC, IL, 
C, 1PM E 2PM. O ponto de função é agulha 
abaixo da pupila, paralela ao forame 
infraorbitário ou fornice do vestíbulo na altura 
do 1 pre molar superior. Os nervos anestesiados 
são: alveolar supreroanterior, alveolar superior 
médio, nervo infraorbitário (nasal lateral, labial 
superior, palpebral inferior). É utilizado agulha 
longa. É recomendado de ¾ a 1 tubete. Essa 
técnica pode ser extra oral. 
 
 
 
 
 NERVO MAXILAR: Anestesia toda a hemi-
maxilar, anestesia pulpar dos dentes superiores 
do lado do bloqueio, periodonto vestibular e 
osso e raiz de dentes, tecidos moles, osso do 
palato duro e mole (medialmente), pele da 
palbera inferior, lateral do nariz, bochecha e 
lábio superior. Inserir a agulha paralela ao longo 
eixo do 2M. O ponto de punção é o fórnice do 
vestíbulo no 2 molar superior ( na região distal) 
direcionando para cima, paradentro e para tras, 
porém enfiando toda a agulha longa. A aspiração 
deve ser constante. Indicados para 
procedimentos cirúrgicos extensos, caso haja 
inflamação ou infecção tecidual e impeça outros 
bloqueios usar essa técnica, porém TECNICA 
MUITO ARRISCADA, NÃO INDICADA. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO: 
 
 
- vermelho= ramos alveolares superiores posteriores. –
azul=ramos alveolares superiores médio. –verde=ramos 
alveolares superiores anteriores. –verde agua=nervo 
nasopalatino. –roxo=ramos alveolares (A,M,P) 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS EM MANDÍBULA: 
 NERVO BUCAL: Anestesia bochecha (parte 
próxima aos molares) e gengiva vestibular de 
molares. Nervo anestesiado: Bucal. É 
recomendado o uso de agulha longa. Ponto de 
punção: membrana mucosa distal e bucal, em 
relação ao ultimo molar, mais distal no arco. A 
agulha entra de forma paralela as cúspides do 
molar. Para anestesiar gengiva vestibular de 
molares: paralelo as cúspides vestibulares dos 
molares, na mesma altura das cúspides, aspirar e 
infiltrar. 
 ✓ Para anestesiar também mucosa jugal, 
musculo bucinador e corpo adiposo deve “subir” 
um pouco, não fazer exatamente nas cuspides 
dos molares e sim cerca de 1 cm acima, mas na 
mesma região. 
 
 
 NERVO LINGUAL: Anestesia 2/3 anteriores da 
língua, glândulas sublingual e submandibular, 
gengiva lingual dos dentes inferiores e assoalho 
oral 
 (sem imagem) 
 
 NERVO ALVEOLAR INFERIOR: Nervos 
anestesiados: Nervo Alveolar Inferior, Mentual, 
Incisivo, Lingual. Áreas anestesiadas: dentes 
mandibulares até a linha média, corpo da 
mandíbula, mucosa vestibular anterior e as 
vezes a lingua. Ponto de punção: rafe 
pterigomandibular mais distal. É recomendado 
agulha longa, e inserir em media 1 tubete. 
Inserir a agulha ate tocar no osso e depois voltar 
de 1 a 2mm. 
 
 
 
 NERVO MENTUAL: Anestesia partes moles do 
mento, gengiva vestibular de PM, caninos e incisivos, 
lábio inferior. Nervos anestesiados: Mentual. Ponto 
de punção: prega mucovestibular entre os pré 
molares, onde fica o forame mentual. O 
ADMINISTRADOR DEVERA FICAR EM POSIÇÃO DE 
12H. 
 
 
 
 TÉCNICA DE VAZIRANI-ALKINOSI: Usada quando 
o paciente não consegue abrir a boca. Inerva o 
mesmo da alveolar inferior, a carpule fica 
paralela a oclusal e acima do forame 
mandibular. Pacientes com problema de 
abertura de boca, Trismo; Anquilose de ATM. 
Avaliar a abertura de boca do paciente. Também 
chamada de técnica da boca fechada. Nervos 
anestesiados: diferentemente da Gow-Gates, os 
dois troncos, nervo alveolar inferior, nervo 
incisivo, mentual, lingual e milo-hioideo (onde o 
mandibular se divide em dois).Ponto de punção: 
Na altura da junção mucogengival do 3 ou 2 
Molar, afastar a mucosa do processo coronoide 
e inserir adjacente a tuberosidade da maxila, 
entre o ramo e a tuberosidade da maxila .E 
indiciado agulha longa, e 1 tubete. Se a pessoa 
for pequena, inserir um pouco menos a agulha. 
 
 
 
 
TECNICA GOW-GATES: Técnica de bloqueio 
verdadeira do bloqueio do nervo 
mandibular. Vai anestesiar nervos alveolar 
inferior, mentual, incisivo, lingual, milo-
hioide, auriulo temporal e bucal. Perguntar 
ao paciente se a orelha esta anestesiada e 
bochecha (é o que diferencia o mandibular 
do alveolar inferior).Agulha longa. Ponto de 
referência: borda inferior do tragus,ângulo 
da boca, cúspide mesio lingual do 2 molar 
superior, distal do 2 molar 
superior.Paciente com o pescoço 
hiperestendido e boca bem aberta. 
Posicionar a seringa no ângulo da boca do 
lado oposto em direção a incisura 
intertragus, abaixo da cúspide mesio-
lingual do 2 molar superior e deslocar pra 
distal mantendo a altura da cúspide.Tocar 
o osso. Tocar o colo do condilo – tocar -> 
afastar 1 mm -> aspirar -> infiltrar. 
Introduzir a agulha de 15 a 25 mm.1 tubete 
e meio. Boca tem que ficar aberta por 1 
minuto para difundir o anestésico, se não, 
na hora que fechar a boca, o condilo vai 
mudar de posição e não vai ter a difusão 
correta. 
(sem imagem) 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS COMPLEMENTARES: 
 INTRALIGAMENTAR: A agulha vai ao ligamento 
periodontal se o dente tem mais de uma raiz, 
aplicar em pelo menos 2 lugares 
 
 INTRAÓSSEA: Usada quando preciso remover 
osso (extração por exemplo). Depois de aplicar 
no osso, aplicar na gengiva onde a perfuração foi 
feita. Aplico dentro do osso alveolar na região do 
dente 
 
 INTRA SEPTAL: Aplico na papila interdental, é 
indicada para raspagem e atinge o ligamento 
periodontal 
 
 
 
 INTRAPULPAR: Aplico quando posso acessar 
diretamente a câmara pulpar 
 
 
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