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Prévia do material em texto

PAULISTANAS (UNESP – FGV – FAMEMA – FAMAERP – UNAERP) 
SEMANA 01 
 
Texto 1 
 
A IMPORTÂNCIA DA PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA 
A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, 
bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. 
Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o 
caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor. 
O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma 
segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de 
situações que surgem na sociedade. 
Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola podem oferecer, propiciando o 
desenvolvimento pleno respectivamente dos seus filhos e dos seus alunos. Alguns critérios devem ser 
considerados como prioridade para ambas as partes. Como sugestões seguem abaixo alguns deles: 
 
Família 
• Selecionar a escola baseado em critérios que lhe garanta a confiança da forma como a escola procede 
diante de situações importantes; 
• Dialogar com o filho o conteúdo que está vivenciando na escola; 
• Cumprir as regras estabelecidas pela escola de forma consciente e espontânea; 
• Deixar o filho a resolver por si só determinados problemas que venham a surgir no ambiente escolar, em 
especial na questão de socialização; 
• Valorizar o contato com a escola, principalmente nas reuniões e entrega de resultados, podendo se 
informar das dificuldades apresentadas pelo seu filho, bem como seu desempenho. 
 
Escola 
• Cumprir a proposta pedagógica apresentada para os pais, sendo coerente nos procedimentos e atitudes do 
dia-a-dia; 
• Propiciar ao aluno liberdade para manifestar-se na comunidade escolar, de forma que seja considerado 
como elemento principal do processo educativo; 
• Receber os pais com prazer, marcando reuniões periódicas, esclarecendo o desempenho do aluno e 
principalmente exercendo o papel de orientadora mediante as possíveis situações que possam vir a 
necessitar de ajuda; 
• Abrir as portas da escola para os pais, fazendo com que eles se sintam à vontade para participar de 
atividades culturais, esportivas, entre outras que a escola oferecer, aproximando o contato entre família-
escola; 
• É de extrema importância que a escola mantenha professores e recursos atualizados, propiciando uma boa 
administração de forma que ofereça um ensino de qualidade para seus alunos. 
 
A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo indivíduo. 
Portanto, pais e educadores necessitam ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação 
educacional do ser humano. 
http://educador.brasilescola.uol.com.br/ 
sugestoes-pais-professores/a-importancia-parceria-familia-escola.htm 
 
Texto 2 
 
 
 
http://escolaefamilia-2013.blogspot.com.br/2013/05/algumas-charges.html 
 
 
 
 
 
2
Texto 3 
 
Espera-se muito do professor. Até onde vai nossa responsabilidade e começa a dos pais? 
Muitas vezes, por não ter clara essa divisão, a escola terceiriza problemas aos pais, e vice-versa, o que 
gera sentimentos de impotência e sobrecarga em ambos os lados. Os papéis dos educadores e da família são 
complementares, porém distintos. Em casa, há uma relação de autoridade entre pais e filhos. A criança possui 
também uma posição privilegiada e, por mais que se comporte mal, os relacionamentos se mantêm. Na escola, 
o cenário muda. O aluno se torna mais um integrante do grupo, aprende a lidar com novas regras, experimenta 
conflitos e percebe que as relações dependem de suas ações. Além do conhecimento, a criança deve adquirir na 
escola competências indispensáveis para o convívio em sociedade - dificilmente obtidas em família. Cabe a nós, 
educadores, contribuir para esse aprendizado e buscar maneiras de lidar com os conflitos inerentes ao 
processo. Isso requer boa formação, estudo coletivo, envolvimento da equipe, reflexão, avaliação e 
aperfeiçoamento. Só assim nos sentiremos amparados e seguros para atuar no dia a dia. O fracasso da 
Educação familiar não pode significar também o insucesso da escola. Não podemos depender do bom 
desempenho dos pais para educar nossos alunos para a vida em uma sociedade democrática, mais equilibrada 
e justa e nem esperar estudantes ideais como um pré-requisito para obter êxito. As crianças que trazem 
dificuldades de casa são as que mais precisam do nosso apoio para se inserir socialmente. Vamos aproveitar 
esse começo de ano para debater tais questões. Como profissionais da Educação, podemos construir uma 
escola capaz de dar conta do que ocorre no espaço sob sua responsabilidade tanto em relação à aprendizagem 
quanto ao comportamento social. 
 
http://novaescola.org.br/conteudo/234/espera-se-muito-professor-onde-vai-nossa-responsabilidade-comeca-pais? 
 
Proposta de redação 
 
Com base nos estímulos acima e em outras informações que julgar relevantes, redija uma dissertação em prosa 
argumentando sobre os limites entre escola e família, de modo a expor com clareza seu ponto de vista 
sobre o assunto. 
 
Instrução para a prova: Para a prova de Redação: a Redação deverá ter, no mínimo, 30 e, no máximo, 40 
linhas. Textos fora desses limites não serão corrigidos, recebendo, portanto, nota zero. 
 
Dissertação argumentativa: gênero textual baseado em estudo teórico de natureza reflexiva, que consiste 
na ordenação de ideias sobre um determinado tema. Por isso, nesse texto é importante desenvolver um 
raciocínio por meio de argumentos científicos que fundamentem posições. Logo, é necessário estabelecer 
relações de causa e consequência, dar exemplos, tirar conclusões e apresentar um texto com organização 
lógica das ideias. 
 
Indicações de leitura 
1) http://veja.abril.com.br/educacao/pais-e-professores-uma-relacao-dificil/; 
2) Filme: A Onda; 
3) Filme: Meu Nome é Radio. 
 
ENEM – SEMANA 01 
 
A partir da leitura dos textos motivadores a seguir e com base nos conhecimentos construídos ao longo de 
sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema 
A obesidade infantil em questão no Brasil, apresentando uma proposta de intervenção social, que respeite 
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista. 
 
Leia os textos motivadores a seguir: 
 
Texto 1 
 
5 de fevereiro de 2016 – O relatório da Comissão pelo Fim da Obesidade Infantil (ECHO, na sigla em 
inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no final de janeiro, propõe uma série de 
recomendações aos governos voltadas para a reversão da tendência de crescimento do sobrepeso e obesidade 
em menores de 5 anos. Ao menos 41 milhões de crianças nessa faixa etária são obesos ou apresentam 
sobrepeso, sendo que o maior aumento é proveniente de países de renda baixa e média. 
A prevalência de sobrepeso entre menores de 5 anos aumentou de 4,8% para 6,1% entre 1990 e 2015, 
passando de 31 milhões para 41 milhões de crianças afetadas durante esse período. 
www.paho.org/.../index.php?option=com_content&view=article&id=4997:relatorio 
Organização Pan-Americana da Saúde, 5 fev. 2016. 
 
Tarefa Mínima 
 
 3 
Texto 2 
[...] 32,3% das meninas e meninos brasileiros menores de 2 anos tomam refrigerante e suco de caixinha e 
60,2% deles comem bolacha recheada, biscoitos e bolos prontos. Mas para o endocrinologista brasileiro Walmir 
Coutinho, que preside a World Obesity Federation [...], esses dados alarmantes são só a ponta de um iceberg 
que é a epidemia de obesidade. 
Um problema que, segundo ele, pode levar o Brasil a se tornar o país mais obeso do mundo em 15 anos – 
e as crianças brasileirasestão na mira. O médico aponta o dedo para “ações insuficientes do governo”, para 
“escolas omissas”, para o marketing que bombardeia crianças com propagandas ligadas a alimentos nada 
saudáveis – e alerta para os danos físicos e psicológicos nas crianças obesas. 
 
Mariana Della Barba. “Brasil pode se tornar país mais obeso do mundo em 15 anos”. BBC Brasil, 26 ago. 2015. 
Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150826_obesidade_infantil_mdb>. 
 
Texto 3 
 
Notícia veiculada no site do Jornal Hoje, da TV Globo, informa que um pai registrou um Boletim de 
Ocorrência contra sua ex-esposa, alegando que ela pratica maus tratos contra a filha de 6 anos de idade, que 
pesa 55 kg, enquanto, nessa idade, uma criança normal deveria pesar, em média, 20 kg. 
 
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2012/08/pai-registra-boletim-de-ocorrencia-porque-filha-esta... 
 
 
Texto 4 
 
A rigor, nosso ordenamento jurídico não prevê qualquer tipo sanção estatal nos casos em que os pais 
permitem aos filhos consumir esse ou aquele tipo de alimento. O art. 227 da Carta Fundamental estatui que 
“é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao joven, com absoluta 
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
É cediço que a atuação do Estado, nesses casos, é implementada por programas, haja vista a natureza 
das normas constitucionais que versam sobre o tema (normas programáticas). Em outras palavras, significa 
dizer que não há como as instituições governamentais interferirem de maneira direta no âmbito familiar, até 
mesmo porque a própria Constituição Federal, bem como a lei civil, tratam do exercício do pátrio poder. 
 
http://vitorgug.jusbrasil.com.br/artigos/111824700/obesidade-infantil-questao-de-estado-ou-de-paternidade-
responsavel 
 
IME/ITA – SEMANA 01 
 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 
 
Redija uma dissertação em prosa, na folha a ela destinada, argumentando em favor de um ponto de vista 
sobre o tema abordado nos textos da coletânea abaixo. A redação deve ser feita com caneta azul ou preta. 
 
Na avaliação de sua redação, serão considerados: 
a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema; 
b) coesão e coerência do texto; 
c) domínio do português padrão. 
 
Atenção: A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. 
 
Texto 1 
Ela, a fome 
A fome — grosso substantivo 
Com suas mil trombas de ódio 
labaredas e vazios na pança 
de quem a traz já de herança 
é saldo e feudo entre milhões 
 
seus dividendos, a xis por cento ao dia 
dão frutuoso limbo a governos 
ministros governadores poderócios 
no patati patatá desses tempos piauís 
 
(ARAUJO, Jorge de Souza. Ela, a fome. Os becos do homem. 2. ed. Itabuna: Via 
Litterarum, 2006. p. 127. 
 
 
 
 
4
Texto 2 
 
 
(SALGADO, Sebastião. Terra. São Paulo: Companhia das letras, 1997. p. 33) 
 
OBSERVAÇÕES: 
1) Seu texto deve ser pertinente ao recorte indicado acima. 
2) Discuta a questão da fome em seus aspectos políticos e socioeconômicos. 
3) Argumente e justifique o seu ponto de vista sobre o problema em tela. 
 
UNB – SEMANA 01 
 
Texto I 
Justiça com as próprias mãos: Até onde é justa? 
Ultimamente a onda de vingança popular, ou rebeldia, ou insatisfação com a impunidade do Estado ou 
como qualquer outra forma que você conceitue, ganha cada vez mais espaço nos noticiários e nas mídias 
sociais. Alguns creditam isso ao posicionamento de uma certa jornalista que ora é criticada, ora é ovacionada 
como a verdadeira voz do jornalismo. Escolha o seu time. 
Não é a primeira vez que ondas de ódio popular manifestam-se através da famosa justiça com as próprias 
mãos. Se não temos um Estado forte, punível, justo, célere e capaz de usar a jurisdição para resolver todos os 
conflitos como a sociedade deseja, por que não dar à sociedade o direito de resolver os seus problemas sem o 
dedo do Estado? Simples, porque isso nos remete ao estágio dos primórdios humanos onde o famoso olho por 
olho e dente por dente era muito mais importante e eficaz que os 250 Artigos da Constituição e os 97 da ADCT. 
Mas afinal, por que isso é preocupante? 
Diferentemente da justiça aplicada pelo Estado, a "justiça" aplicada pelo povo diretamente não comporta 
princípios e leis que são responsáveis por toda a evolução jurídica e social até o presente momento. Essa 
autotutela popular é perigosa porque princípio nenhum é capaz de parar o sangue na garganta de um pai que 
acabou de ver seu filho ser morto, sua mulher e filha serem estupradas, seu carro comprado com todo o 
esforço dividido em milhões de prestações ser levado por um irresponsável que quer que tudo venha fácil pra 
si. E não é pra ser diferente. 
Aqui, o desejo é uníssono: Vingança, fazer com que ele pague pelo que fez e que sinta dor por conta disso. 
Logo, o melhor a se fazer é espancar, apedrejar, torturar até a morte pois isso é a melhor maneira de fazer 
com que ele aprenda que o que ele fez é errado, como se ele não soubesse. O propósito aqui é saciar a sede de 
vingança. Sendo assim, a justiça não está presente e torna-se desnecessária. 
Então, não precisamos mais saber até onde a justiça popular é justa, uma vez que esse limite nunca 
existiu. É como dizem os mais velhos: Falar é fácil quando o nosso não está na reta. Quando eles disseram isso 
aposto que não faziam ideia da proporção que isso tomaria mais tarde. Já imaginou se a justiça judiciária 
pautasse-se apenas em vingança? Não, é melhor não. 
 
Disponível em: http://jus.jusbrasil.com.br/artigos/116592121/justica-com-as-proprias-maos- 
ate-onde-e-justa. Acesso em 23/08/2016. Adaptado. 
 
Texto II 
Após boato de pedofilia, homem inocente é linchado e queimado pelos vizinhos 
O que poderia ser apenas um mal-entendido se transformou em uma tragédia na Inglaterra: um homem 
foi espancado e depois queimado vivo pelos vizinhos, que pensaram que ele fosse um pedófilo. 
Bijan Ebrahimi, de 44 anos, deficiente e afastado do trabalho, estava fotografando os jovens do seu bairro, 
em Bristol, que estavam destruindo seu jardim. A ideia era mostrar as fotografias à polícia e registrar a 
denúncia. Porém, alguém viu Ebrahimi com a câmera e contou à polícia que ele estava tirando fotos 
inapropriadas de crianças.Os policiais o levaram para prestar depoimento na delegacia. Ebrahimi saiu de casa 
aos gritos de “Pedófilo!” 
A polícia rapidamente viu que se tratava de um engano e o liberou. Os vizinhos, porém, começaram a 
espalhar na comunidade que ele abusava de crianças e era um assassino. 
A tragédia já estava desenhada: Lee James, 24 anos, espancou Ebrahimi até ele ficar inconsciente e, com a 
ajuda do amigo Stephen Norley, 24, colocou fogo no homem inocente, que morreu. Ambos serão condenados 
pelo crime brutal, mas, na audiência, a polícia reforçou a inocência de Ebrahimi. 
 
Disponível em: http://noticias.r7.com/internacional/apos-boato-de-pedofilia-homem-inocente-e- 
linchado-e-queimado-pelos-vizinhos-29102013. Acesso em 24/10/2016. Adaptado. 
 
Tarefa Mínima 
 
 5 
Texto III 
 
 
 
Disponível em: https://institutomarcelogomesfreire.files.wordpress.com/2014/03/justia1.jpg. Acesso em 24/10/2016. 
 
Considerando os fragmentos de texto acima como motivadores e utilizando a língua padrão, redija um 
texto dissertativo posicionando-se acerca do seguinte tema: 
Com as próprias mãos: justiça ou vingança? 
 
PUC – SEMANA 01 
 
Texto 1 
Democracia racial 
No Brasil, a história de seus conflitos e problemas envolveu bem mais do que a formação de classes sociaisdistintas por sua condição material. Nas origens da sociedade colonial, o nosso país ficou marcado pela questão 
do racismo e, especificamente, pela exclusão dos negros. Mais que uma simples herança de nosso passado, 
essa problemática racial toca o nosso dia a dia de diferentes formas. 
Em nossa cultura poderíamos enumerar o vasto número de piadas e termos que mostram como a distinção 
racial é algo corrente em nosso cotidiano. Quando alguém autodefine que sua pele é negra, muitos se sentem 
deslocados. Parece ter sido dito algum tipo de termo extremista. Talvez chegamos a pensar que alguém só é negro 
quando tem pele “muito escura”. Com certeza, esse tipo de estranhamento e pensamento não é misteriosamente 
inexplicável. O desconforto, na verdade, denuncia nossa indefinição mediante a ideia da diversidade racial. 
É bem verdade que o conceito de raça em si é inconsistente, já que do ponto de vista científico nenhum 
indivíduo da mesma espécie possui características biológicas (ou psicológicas) singulares. Porém, o saber 
racional nem sempre controla nossos valores e práticas culturais. A fenotipia do indivíduo acaba formando uma 
série de distinções que surgem no movimento de experiências históricas que se configuraram ao longo dos 
anos. Seja no Brasil ou em qualquer sociedade, os valores da nossa cultura não reproduzem integralmente as 
ideias da nossa ciência. 
Dessa maneira, é no passado onde podemos levantar as questões sobre como o brasileiro lida com a questão 
racial. A escravidão africana instituída em solo brasileiro, mesmo sendo justificada por preceitos de ordem 
religiosa, perpetuou uma ideia corrente onde as tarefas braçais e subalternas são de responsabilidade dos negros. 
O branco, europeu e civilizado, tinha como papel, no ambiente colonial, liderar e conduzir as ações a serem 
desenvolvidas. Em outras palavras, uns (brancos) nasceram para o mando, e outros (negros) para a obediência. 
No entanto, também devemos levar em consideração que o nosso racismo veio acompanhado de seu 
contraditório: a miscigenação. Colocada por uns como uma estratégia de ocupação, a miscigenação questiona 
se realmente somos ou não pertencentes a uma cultura racista. Para outros, o mestiço definitivamente 
comprova que o enlace sexual entre os diferentes atesta que nosso país não é racista. Surge então o mito da 
chamada democracia racial. 
Sistematizado na obra “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, o conceito de democracia racial coloca 
a escravidão para fora da simples ótica da dominação. A condição do escravo, nessa obra, é historicamente 
articulada com relatos e dados onde os escravos vivem situações diferentes do trabalho compulsório nas casas 
e lavouras. De fato, muitos escravos viveram situações em que desfrutavam de certo conforto material ou 
ocupavam posições de confiança e prestígio na hierarquia da sociedade colonial. Os próprios documentos 
utilizados na obra de Freyre apontam essa tendência. 
Porém, a miscigenação não exclui os preconceitos. Nossa última constituição coloca a discriminação racial 
como um crime inafiançável. Entre nossas discussões proferimos, ao mesmo tempo, horror ao racismo e 
admitimos publicamente que o Brasil é um país racista. Tal contradição indica que nosso racismo é velado e, 
nem por isso, pulsante. Queremos ter um discurso sobre o negro, mas não vemos a urgência de algum tipo de 
mobilização a favor da resolução desse problema. 
Ultimamente, os sistemas de cotas e a criação de um ministério voltado para essa única questão 
demonstram o tamanho do nosso problema. Ainda aceitamos distinguir o negro do moreno, em uma aquarela 
de tons onde o último ocupa uma situação melhor que a do primeiro. Desta maneira, criamos a estranha 
situação onde “todos os outros podem ser racistas, menos eu... é claro!”. Isso nos indica que o alcance da 
democracia é um assunto tão difícil e complexo como a nossa relação com o negro no Brasil. 
 
Por Rainer Sousa, Mestre em História 
 
 
 
 
 
6
Texto 2 
 
“É preciso discutir por que a mulher negra é a maior vítima de estupro no Brasil” 
O estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeio provocou um intenso debate sobre a 
cultura do estupro, além de uma série de manifestações pelo país contra o machismo —e também contra o 
racismo. O motivo: a violência contra mulheres negras disparou e, embora há quem queira desqualificar o 
debate (chamando-o de um mimimi feminista), além desse episódio (a vítima era uma jovem negra e pobre), 
dados do Mapa da Violência de 2015 confirmam o problema. Para Djamila Ribeiro, 35 anos —uma das mais 
conhecidas ativistas do movimento feminista negro atual—, somente desconstruindo o mito de país harmônico 
livre de racismo é que será possível criar políticas eficazes para enfrentar a violência de gênero. 
Djamila é pesquisadora e mestre em filosofia política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 
blogueira, mãe de uma menina de 11 anos, e que há dois meses é também a secretária-adjunta de Direitos 
Humanos da cidade de São Paulo. Em entrevista ao EL PAÍS, ela falou sobre as diferentes lutas dentro do 
movimento feminista e o racismo enraigado em nossa cultura. 
Pergunta. O caso do estupro coletivo no Rio, em maio, provocou uma reação feminina muito forte no país. 
E também levantou um debate sobre a questão do racismo e da cultura do estupro. Qual a relação entre esses 
dois problemas? 
Resposta. A cultura do estupro ficou evidente porque houve um ato brutal no Rio. Mas ficou claro como a 
maior parte da sociedade vê isso como um fenômeno, algo pontual. Essa discussão feita pelo movimento 
feminista é importante para mostrar que isso faz sim parte de uma cultura, um desdobramento do machismo. 
Na questão racial, a gente precisa discutir por que as mulheres negras são as que mais sofrem esse tipo de 
violência. Uma pesquisa da Unicef chamada Violência Sexual mostra que as mulheres negras são as mais 
vitimadas por essa violência. Não é um fenômeno. Faz parte de uma estrutura. Se for pegar o contexto 
histórico do Brasil, a gente tem um país com mais de 300 anos de escravidão, uma herança escravocrata. E 
que no período da escravidão as mulheres negras eram estupradas sistematicamente pelos senhores de 
escravo. Quando a gente fala de cultura do estupro é necessário fazer essa relação direta entre cultura do 
estupro e colonização. Tudo está ligado, um grupo que combina a dupla opressão: além do machismo, sofre o 
racismo. Claro que todas as mulheres estão vulneráveis, suscetíveis a essa violência sexual. Mas quando a 
gente fala da mulher negra existe esse componente a mais que é o racismo. Existe também essa questão de 
ultra-sensualizar a mulher negra, colocar ela como objeto sexual, como lasciva... São tão desumanizadas que 
até a violência contra elas de alguma forma se quer justificar. Se eu luto contra o machismo, mas ignoro o 
racismo, eu estou alimentando a mesma estrutura. 
P. O fato de não reconhecermos que as mulheres negras são mais vulneráveis vem da dificuldade de o 
brasileiro reconhecer que é racista? Isso vem da nossa educação? 
R. É uma ótima pergunta. Porque o Brasil é um país de maioria negra, mas a gente não debate racismo de 
forma efetiva. E acho que é muito por conta desse mito da democracia racial que foi criado no Brasil. De 
acreditar que aqui não existia racismo. De que racismo é o que existia nos Estados Unidos ou na África do Sul, 
porque lá estava na Constituição, enquanto que aqui no Brasil não tinha isso... Mas não reconhecendo que aqui 
você tem o racismo institucional. Eu sempre dou o exemplo da USP [Universidade de São Paulo], que acho um 
clássico: se você chega lá e vê qual a cor das pessoas que estão limpando e qual a cor das pessoas que estão 
dando aula? Então existe uma segregação no Brasil muito marcada, mas o que nos falta é discutir de maneira 
mais efetiva, porque a gente foi criado num mitode harmonia das raças, de que a gente se dá bem, de que 
estamos num país miscigenado. Não dizendo que parte dessa miscigenação foi fruto do estupro de mulheres 
negras, das mulheres indígenas... Onde querem louvar muito as pontes que existem, mas não quer falar dos 
muros que nos separam. E isso está muito por conta dessa dificuldade de ver o Brasil como um país racista. A 
gente precisa trabalhar isso de forma mais efetiva na educação. 
 
Texto 3 
 
Extermínio da Juventude Negra 
Em um país de maioria negra, 51% da população, porque as diferenças nas condições de subsistência e de 
expectativa de vida são tão brutais? A juventude negra é a maior vítima de homicídios em nosso país. Segundo 
a Anistia Internacional, dos 56 mil homicídios que ocorrem por ano no Brasil, mais da metade são entre os 
jovens e 77% são negros. Para discutir sobre esse quadro preocupante, a Câmara dos Deputados criou uma 
Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a violência contra jovens negros e pobres. 
 
Texto 4 
 
Comitê Olímpico mantém decisão de excluir religiões africanas de centro ecumênico 
Por decisão do Comitê Organizador Rio 2016, o centro ecumênico dos Jogos Olímpicos não incluirá cerimônias 
de religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé. O local realizará cerimônias de cristianismo, islamismo, 
judaísmo, hinduísmo e budismo das 7h às 22h, celebradas em português, espanhol e inglês. Segundo o Comitê 
Olímpico do Brasil (COB), as religiões escolhidas representariam a maior parte dos atletas (mais de 10 mil atletas 
olímpicos e 4 mil paralímpicos de 200 países) e que, seria impossível contemplar todas as fés existentes. 
 
Tarefa Mínima 
 
 7 
Textos 5 e 6 
 
Delação Premiada 
Mc Carol 
 
Troca de plantão a bala come é fera 
Ontem teve arrego 
Rolou baile na favela 
 
Sete da manhã 
Muito tiro de meiota 
Mataram uma criança indo pra escola 
 
Na televisão 
A verdade não importa 
É negro, favelado, então tava de pistola 
 
Cadê o amarildo? 
Ninguém vai esquecer 
Vocês não solucionaram 
A morte do dg 
 
Afastamento da polícia é o único resultado 
Não existe justiça 
Se assassino tá fardado 
 
Na televisão 
A verdade não importa 
É negro, favelado, então tava de pistola 
 
Três dias de tortura 
Numa sala cheia de rato 
É assim que eles tratam o bandido, favelado 
 
Bandido rico e poderoso 
Tem sala separada 
Tratamento vip e delação premiada 
 
Na televisão 
A verdade não importa 
É negro, favelado, então tava de pistola 
A CARNE 
Elza Soares 
 
A carne mais barata do mercado é a carne negra 
 
Que vai de graça pro presídio 
E para debaixo do plástico 
Que vai de graça pro subemprego 
E pros hospitais psiquiátricos 
 
A carne mais barata do mercado é a carne negra 
 
Que fez e faz história 
Segurando esse país no braço 
O cabra aqui não se sente revoltado 
Porque o revólver já está engatilhado 
E o vingador é lento 
Mas muito bem intencionado 
E esse país 
Vai deixando todo mundo preto 
E o cabelo esticado 
 
Mas mesmo assim 
Ainda guardo o direito 
De algum antepassado da cor 
Brigar sutilmente por respeito 
Brigar bravamente por respeito 
Brigar por justiça e por respeito 
De algum antepassado da cor 
Brigar, brigar, brigar 
 
A carne mais barata do mercado é a carne negra 
 
PROPOSTA: A partir da leitura da coletânea, imagine-se um ativista contra o racismo e redija um manifesto 
sobre o tema “Racismo no Brasil - do tráfico negreiro ao extermínio da juventude negra”. 
 
FUVEST – SEMANA 01 
 
Texto 01 
 
O tema da transparência está em alta hoje, mas ele não é nenhuma novidade como organização da 
sociedade. (...) 
O exemplo mais antigo registrado de transparência como instrumento de organização vem de Atenas, que 
criou o modelo de organização democrática que vivemos e valorizamos (em boa parte do mundo) hoje. A 
civilização grega tinha em Atenas a representação direta de todos os cidadãos livres (não contavam escravos e 
mulheres). Com esta configuração, havia um nível de transparência com os fundos públicos que dificilmente 
encontramos hoje. Todos as principais figuras públicas tinham as contas abertas e se sabia exatamente quanto 
ganhavam para que não se beneficiassem de suas posições. 
Com a queda da civilização grega e consequente avanço da Igreja e feudalismo, esta experiência se 
perdeu. Dando um salto na história, o reconhecimento do papel do indivíduo voltou a ganhar força 
com o renascimento e com a visão de pensadores como Thomas Hobbes. Hobbes lembrou que o homem 
é o lobo do homem e que para viver bem em sociedade, as pessoas precisavam transferir parte de suas 
liberdades individuais para um ente soberano, o Estado, que controla e regula os limites individuais. A busca da 
ordem para evitar a guerra. O amigo de Hobbes, nas tiras de Bill Waterson, é o menino Calvin. O reformador 
religioso João Calvino falava da depravação do homem, que está naturalmente inclinado a fazer o mal para o 
próximo e que só encontraria salvação em Deus. Em ambos os casos, uma abdicação das liberdades individuais 
em prol do bem comum, provido por alguém. (Em Calvin e Hobbes, Watterson brinca com um menino Calvin 
em estado natural – rebelde, ousado, contestador – e seu amigo imaginário Hobbes (o tigre Haroldo, em má 
tradução) o traz à realidade da vida em sociedade todo o tempo). 
Da representatividade direta no mundo grego para a representação política no renascimento e nos Estados-
Nação, estamos presenciando agora um momento de síntese. O poder individual no coletivo cibernético. A era 
da transparência fortalecida pelas vontades e possibilidades individuais. 
 
A Era da Transparência. www.transparenciabrasil.org.br 
 
 
 
 
 
8
Texto 02 
 
É a era da transparência e democratização da informação, com um potencial enorme de 
transformar para melhor a sociedade. 
Vamos lá: ninguém está falando aqui do mundo de Pollyanna, ingenuamente otimista, que tudo será 
melhor com transparência absoluta. Os interesses e a necessidade de sobrevivência são inerentes à natureza 
humana. Isso sempre existirá. 
Mas o que existe agora é uma intolerância maior à mentira, a agendas ocultas e de mão única. Empresas 
estão falindo, governos estão caindo e pessoas estão cada vez mais poderosas. 
Revista Veja. 
 
Texto 03 
 
Volkswagen admite mais mentiras 
Berlim - Após o escândalo dos motores a diesel com softwares que manipulavam os resultados de testes de 
emissões de poluentes, a Volkswagen admitiu novas mentiras, intensificando a crise na montadora alemã, 
que teve a nota rebaixada pela Moody's, e gerando nova queda expressiva na Bolsa. 
[...] 
O governo alemão considerou "sérias" essas novas revelações e lembrou ao grupo sobre o seu dever de 
esclarecer as informações de forma "transparente e completa". A Comissão Europeia pediu ao grupo que 
acelere sua investigação interna. 
O jornal alemão FAZ, que cita documentos internos dos serviços que se ocupam dessas "irregularidades", 
deu como exemplo o modelo Golf Blue Motion da VW, que emitiria mais de 100 gramas de CO2 por quilômetro, 
em vez dos 90 g/km prometidos pela fabricante. A tecnologia "Blue Motion" deve supostamente garantir que 
esses veículos são particularmente respeitosos com o meio ambiente. 
O ‘teto' imposto pelas normas europeias é de 130 g/km, e deve baixar progressivamente até 2020 a 95 g/km. 
"Não é surpreendente que as emissões de CO2 nos transportes se mantenham elevadas (...) se somente 
em teoria os automóveis são cada vez mais limpos", reagiu nesta sexta-feira o Greenpeace, que denuncia as 
"mentiras do setor automobilístico". 
http://exame.abril.com.br/ 
 
Após a leitura dos textos apresentados, escreva uma dissertação, que deverá ter como tema: 
A era da transparência: o surgimento de um novo código de ética e de uma nova moral? 
Sua redação deverá ser redigida em prosa e obedeceraos padrões da norma culta do português do Brasil. 
 
Sugestão de leitura: 
A era da transparência e o erro de George Orwell 
http://giacomodegani.com.br/a-era-da-transparencia-e-o-erro-de-george-orwell/ 
 
UFU – SEMANA 01 
 
REDAÇÃO ORIENTAÇÃO GERAL 
 
Leia com atenção todas as instruções. 
A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a 
proposta com a qual que você tenha maior afinidade. 
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, 
obedeça às normas do gênero. 
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação 
escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. 
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ ou 
JOSEFA. 
E) Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. 
F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os. 
G) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 
 
ATENÇÃO: se você não seguir as instruções da orientação geral e as relativas ao tema que escolheu, sua 
redação será penalizada. 
 
SITUAÇÃO A 
 
Leia os textos a seguir. 
Somos muito imediatistas. Queremos tudo para ontem. 
LUIZ FLÁVIO GOMES 
Qual é a fonte da nossa afobação, da nossa ansiedade? É a falta de autocontrole. E por que nos escapa o 
autocontrole? Pelo seguinte: a história do ser humano (como terceiro chimpanzé) tem entre 6 e 8 milhões de 
anos. Nós temos consciência (embora raramente admitamos isso) de que a vida é muito efêmera. 
Tarefa Mínima 
 
 9 
Queremos, por conseguinte, desfrutar ao máximo esse período (extremamente) passageiro pela Terra. Que 
significa 80, 90 ou 100 anos em 7 milhões de anos? Somos, então, muito imediatistas. 
Queremos tudo para ontem ou, no mínimo, para já; chegamos a imaginar que o mundo existe para 
satisfazer nossos desejos e anseios prontamente, de acordo com o nosso momento, ou seja, consoante nosso 
apressado (ou aloprado) relógio. 
Imaginamos às vezes que o mundo foi feito para atender nossos planos com um estalar de dedos. Que 
tudo que não nos satisfaz imediatamente está atrasado, que as pessoas são lentas, que o mundo não tem a 
nossa velocidade. Queremos adequar o mundo à nossa visão, ao nosso estilo de vida (e de desfrute), em lugar 
de nós nos adaptarmos a ele. 
Disponível em www.institutoavantebrasil.org.br 
 
Reformas para ontem 
Não era preciso perguntar aos velhos e novos integrantes do Conselhão o que eles acham que deve ser feito 
para melhorar a economia. Há praticamente uma unanimidade a esse respeito: reformas, reformas e reformas. 
Para quando? Para ontem. Todos eles sabem que vai doer e por isso mesmo, a vontade é que as mudanças sejam 
definidas o mais rápido possível, para que os resultados também apareçam o mais rápido possível. 
Ainda mais agora que ficou claro que sair do fundo do poço vai demorar mais do que se previa e que o 
efeito Trump nos mercados internacionais pode tornar essa escalada ainda mais custosa. Nesta segunda-feira, 
21, o governo sacramentou a nova previsão de crescimento do PIB para 2017, que já foi incorporada na mais 
recente pesquisa Focus, do Banco Central, o termômetro do mercado financeiro: 1%, em confronto com a 
previsão oficial anterior de 1,6%. 
Nem mesmo o selo de bom pagador das agências de risco deve vir tão rápido: a S&P, que retirou o grau de 
investimento do Brasil em 2015, considera improvável a retomada dessa classificação até 2018. 
Mas quais reformas foram defendidas pelos membros do Conselhão? Previdenciária e trabalhista. Alguns se 
arriscam a falar numa reforma tributária restrita – ou pelo menos, em providências para acabar com a guerra 
fiscal – e até numa reforma política, que até pouco tempo atrás era considerada a “reforma das reformas”. 
Acontece que o tempo da política nem sempre é o tempo da economia. Por mais urgentes que sejam as 
medidas que constam do cardápio selecionado pelo governo. Ninguém muda as regras previdenciárias e trabalhistas, 
que mexem com a vida de todas a população, numa canetada. É preciso negociar, negociar e …. negociar. Basta ver 
o que aconteceu com a reforma trabalhista, providencialmente empurrada para debaixo do tapete logo depois das 
declarações desastradas do ministro Ronaldo Nogueira sobre aumento de jornada de trabalho. 
Se o presidente Temer ouviu o que já esperava sobre a urgência de reformas, na estreia do novo 
Conselhão, deve ter se surpreendido com o recado do publicitário Nizan Guanaes: aproveite que é impopular e 
toque em frente as reformas impopulares. Como frase de efeito, até que vai bem. Mas difícil imaginar que um 
político goste de escutar esse tipo de avaliação. E, mais ainda, que ele se conforme em não tentar reverter essa 
situação. Será um teste e tanto para Temer. 
 
http://economia.estadao.com.br/blogs/cida-damasco/reformas-para-ontem/ 
 
Com base nos textos acima, redija um TEXTO DE OPINIÃO, posicionando-se sobre o fato de o Brasil ser um 
país de urgência: tudo ser para ontem. 
 
SITUAÇÃO B 
 
Leia, atentamente, os textos que seguem. 
 
Os acordos de delação premiada têm sido uma das principais ferramentas da polícia e do Ministério Público 
nos processos que investigam casos de corrupção. As últimas três, de executivos da empreiteira Odebrecht, 
causaram um terremoto no mundo político. Entenda como funciona a lei da delação premiada. 
 
O que é a delação? 
Como o próprio nome já diz, a delação é premiada uma troca entre o delator que conta o que sabe e as 
autoridades que o premiam com uma possível redução da pena. No âmbito da Lava Jato, os primeiros grandes 
delatores foram o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. 
As informações e provas apresentadas pelos dois delatores permitiram que a Lava Jato abrisse novas 
frentes de investigação. A principal delas resultou na prisão de diretores e executivos das maiores empreiteiras 
do Brasil, que agiam como corruptores e revelou acusações de pagamentos a políticos e partidos em contas no 
Brasil e no exterior. 
 
Papel dos investigadores 
Cabe aos investigadores verificar se o delator está falando a verdade e encontrar as provas. Se mentiu, 
pode perder os benefícios da delação. Mas se a polícia não consegue as provas após a homologação da delação, 
o delator não sofre consequências. 
 
Homologação dos acordos 
Feitos os depoimentos, os acordos de delação devem ser homologados pelo juiz do caso. Este não se 
deterá sobre o conteúdo dos depoimentos, mas apenas verificará se o acordo cumpriu o que a lei determina. 
Entre outras coisas, verificará se a redução de pena prometidas está conforme a lei e checará se o depoimento 
foi absolutamente espontâneo 
 
 
 
 
 
10
Sigilo 
A lei prevê sigilo sobre o teor do acordo de delação para proteger o delator de represálias e para não 
atrapalhar as futuras investigações, mas a lei não traz qualquer indicativo de que o vazamento das informações 
possa causar a anulação dos depoimentos, como explica o jurista Tiago Botino. 
“Esse vazamento específico da Odebrecht foi antes de homologação judicial, mas isso não torna nulo o 
acordo. O que anula um acordo de colaboração premiada é quando as duas partes, acusação e defesa, rompem 
alguma das cláusulas daquele contrato. (...) Por exemplo, se o criminoso concordou em colaborar e mente, 
informa falsamente um fato ou diz que determinada pessoa participou e não participou, ou omite a participação 
de uma outra pessoa e isso acaba sendo descoberto, isso faz com que o acordo seja anulado”, afirma. 
 
E se a delação não for homologada? 
Nesse caso, ainda vale como prova? Segundo o ex-ministro do Supremo Carlos Ayres Britto, odelator 
perde os benefícios, mas a delação pode ainda assim servir de caminho para a investigação. “Bem no plano dos 
fatos é possível até que tenha alguma serventia, porque o delator ele dá um start , ele sinaliza , ele aponta 
caminhos, ele inicia um processo de investigação penal. Há de ter préstimo a colaboração dele.” 
 
http://g1.globo.com/politica/noticia/entenda-o-que-e-a-delacao-premiada.ghtml 
 
Com base nas informações apresentadas, redija um EDITORIAL, deixando claro o posicionamento do jornal 
sobre o significado da delação premiada no atual momento histórico do Brasil. 
 
SITUAÇÃO C 
 
Veja o quadro a seguir. 
 
Quadro comparativo mostra as principais propostas de mudanças na Previdência Social no Brasil 
 
 
 
Tarefa Mínima 
 
 11 
 
http://csbbrasil.org.br/ 
 
Com base no texto acima, redija uma CARTA ARGUMENTATIVA ao Presidente da República, deixando clara 
a sua opinião sobre a reforma na Previdência Social proposta por ele na PEC 287. 
 
ENEM – SEMANA 02 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre 
o seguinte tema: A QUESTÃO DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que 
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos 
para defesa de seu ponto de vista. 
 
TEXTO I 
 
Estratégias locais para expandir os investimentos em infraestrutura de transporte urbano 
 
Assegurar que todos tenham acesso ao transporte público de qualidade é um dos fatores fundamentais 
para promover melhores condições de vida nas cidades, reduzir a desigualdade social, aumentar a segurança 
viária e mitigar impactos ambientais decorrentes de um sistema de mobilidade centrado no uso do automóvel. 
Entre os maiores desafios das cidades brasileiras estão, contudo, a expansão, e qualificação de suas redes de 
transporte de média e alta capacidade e a priorização do transporte público no viário existente, em escala e 
ritmo que atendam às crescentes necessidades das populações urbanas. 
Um indicador eficaz para avaliar esse progresso é o indicador de transporte de média e alta capacidade por 
residente (RTR, da sigla em inglês para Rapid Transit to Resident). O RTR é calculado pela razão entre a 
extensão total da infraestrutura da rede de transporte de média e alta capacidade e a população em 
aglomerações urbanas com mais de 500.000 habitantes, expresso em quilômetros de rede para cada milhão de 
habitantes. Apesar de algumas limitações (ele não considera, por exemplo, a densidade populacional no 
entorno dos corredores de transporte e a capacidade de atendimento da demanda de deslocamentos de cada 
modo de transporte), o RTR permite avaliar se o ritmo de crescimento da infraestrutura em escala 
nacional condiz com o crescimento demográfico nas áreas urbanas, bem como comparar o 
desempenho entre diferentes países. 
Nos últimos 15 anos, o Brasil avançou na formulação de instrumentos legislativos e de políticas públicas 
para a mobilidade urbana. Desde 2007, o país também aumentou de forma significativa os investimentos no 
setor. No entanto, o crescimento da sua infraestrutura de transporte de média e alta capacidade 
evoluiu em ritmo aquém do necessário. Isso fica nítido ao analisar a evolução do RTR do Brasil entre 2000 
e 2015 e compará-la com outros países com níveis similares de PIB per capita. Neste período, o RTR do Brasil 
teve um incremento de 2,4; enquanto em países como China e Colômbia ele cresceu mais do que o dobro em 
infraestrutura de transporte de média e alta capacidade para cada um milhão de habitantes. (...) 
 
http://itdpbrasil.org.br/estrategias-locais-para-expandir-os-investimentos-em-infraestrutura-de-transporte-urbano/ 
TEXTO II 
 
A mobilidade urbana se apresenta como um desafio não só nos centros urbanos do Brasil, mas também nas 
grandes metrópoles do mundo. O deslocamento de pessoas, em busca de bens e serviços de qualidade, 
oportunidades de qualificação e empregos, acarreta, nas regiões metropolitanas e grandes capitais, localidades 
de concentração populacional. 
 
 
 
 
12
O notório inchaço urbano obriga com urgência a harmonia e agilidade o deslocamento de bens e pessoas 
com eficiência, conforto e segurança além de mitigar os impactos ambientais, visuais e de poluição sonora e 
atmosférica, ressaltando também modelos de minimização da exclusão social. 
 
http://educacao.globo.com/geografia/assunto/atualidades/mobilidade-urbana.html 
 
TEXTO III 
 
 
 
http://www.webbikers.com.br/blog/?p=3305 
 
TEXTO IV 
 
http://itdpbrasil.org.br/publicacoes/infograficos/ 
INSTRUÇÕES 
� O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na 
folha própria, em até 30 linhas. 
� A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero. A redação 
que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero. 
� A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero. 
� A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de questões terá o 
número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. 
Tarefa Mínima 
 
 13 
 
IME/ITA – SEMANA 02 
 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO 
 
Redija uma dissertação em prosa, na folha a ela destinada, argumentando em favor de um ponto de vista 
sobre o tema. A redação deve ser feita com caneta azul ou preta. 
 
Na avaliação de sua redação, serão considerados: 
a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o tema; 
b) coesão e coerência do texto; 
c) domínio do português padrão. 
 
Atenção: A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. 
 
Texto 01 
O que é Caráter. 
Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou 
de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes. 
O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua 
moralidade, o seu caráter. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu 
procedimento e comportamento. 
Uma pessoa conhecida como "sem caráter" ou "mau caráter", geralmente é qualificada como desonesta, 
pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter" é alguém com 
formação moral sólida e incontestável. 
O caráter quando é forte, não se deixa levar por alguma proposta de uma via mais fácil para a realização de 
algo. Mesmo se naquele momento parece ser o melhor caminho a seguir, é o caráter que vai determinar a 
escolha do indivíduo. 
A caráter é uma expressão que significa conforme a época e ao lugar, rigorosamente como a moda deve ser. 
http://www.significados.com.br/carater/ 
 
Texto 02 
 
http://jornalmaisnoticias.com.br/charge-restos-de-carater/ 
 
Texto 03 
A contemporaneidade em Macunaíma: diversidade cultural, identidade e transformação urbana 
 
Em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, é possível perceber questões muito presentes no discurso da 
contemporaneidade: diversidade cultural, construção da identidade e transformações urbanas. 
Ao construir a história do herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade demonstra um profundo caráter de 
pesquisa de nossas raízes culturais: nomes de plantas, de animais, de costumes indígenas, lendas e muito 
conhecimento do folclore brasileiro; além de aspectos ligados à sociedade paulistana. 
Mesmo influenciado pelas vanguardas europeias, o movimento modernista estava empenhado em 
revolucionar a arte e a literatura,mostrando a diversidade cultural brasileira. Era preciso agora valorizar o 
elemento nacional. 
Sendo assim, a construção da identidade do povo brasileiro, com características tipicamente nacionais, 
também é muito criticada pelo autor que, contrário às influências estrangeiras, tão presentes na literatura e na 
cultura da sociedade brasileira, demonstra através da falta de caráter da personagem Macunaíma, não 
necessariamente um mau-caratismo, mas a descaracterização desta identidade nacional. 
Macunaíma, o anti-herói, é completamente diferente das personagens apresentadas pelas obras do 
Romantismo: é esperto, egoísta, malandro, preguiçoso, ambicioso, adorava as mulheres e tinha o sexo como 
brincadeira. Seu jargão: “Ai, que preguiça!” talvez seja uma das principais críticas de Mário de Andrade a esta 
falta de caracterização. Alguns estudiosos atribuem a estas características o “retrato do povo brasileiro”. 
 
 
 
 
14
Outro aspecto importante em relação à narrativa é o choque cultural que Macunaíma e seus irmãos sofrem ao 
chegarem à cidade de São Paulo em um agitado processo de urbanização: o aumento dos aglomerados urbanos, 
a presença de estrangeiros, o crescimento dos transportes e dos meios de comunicação (o bicho máquina), a 
política, os aspectos ligados à economia e a tão agitada vida dos paulistanos. Macunaíma e seus irmãos agora 
faziam parte de uma cultura completamente diferente da que possuíam à margem do rio Uraricoera. 
A comparação entre trechos da obra publicada em 1928 e o discurso de autores contemporâneos em relação 
aos conflitos da sociedade atual demonstram a contemporaneidade de Macunaíma, mesmo após mais de 80 da 
sua primeira publicação. 
Bianca Lessa, mestranda Unigranrio e Daniele Ribeiro Fortuna, Doutora em Literatura Comparada. 
 
PUC – SEMANA 02 
 
Texto I 
 
Mito da caverna 
Platão 
 
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta 
por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e 
cresceram ali. 
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a 
parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm 
acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os 
prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, 
os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade. 
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do 
muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo, 
apesar da intensa dor nos olhos causada pela luz externa, não apenas que as sombras eram feitas por homens 
como eles, e mais além, todo o mundo e a natureza. 
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente 
enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso 
consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras. 
 
Texto II 
 
O filme Matrix faz da metáfora platônica uma realidade high-tech, num ambiente onde as máquinas 
inteligentes controlam o mundo e utilizam-se dos seres humanos como fonte de energia. Para tanto, elas criam 
uma realidade simulada, chamada de Matrix, onde aquelas pessoas, que estão na verdade dormindo, vivem e 
acreditam ser o mundo real, o lugar que todos os seres humanos sempre viveram livremente e tocaram suas 
vidas. Essa realidade simulada é exatamente o mundo em que vivemos, o mundo sensível. 
(...) 
Ao conseguir encontrar-se com Neo, Morpheus dá inicio às cenas mais significantes simbolicamente, ao 
travar um diálogo acerca da realidade, perguntando àquele que ele pensa ser o escolhido se ele acredita que 
aqueles objetos que os cercam são reais, e convidando-o a tomar a pílula vermelha (que lhe revelará a 
verdade) ou a pílula azul (que o manterá na ignorância). Tendo escolhido a primeira, Neo renasce, ou melhor, 
nasce no mundo real, num processo lento e sofrido. E a partir daí, então, dá-se início a guerra entre humanos e 
máquinas, onde uns lutam para se manter no poder, e outros para retomá-lo. 
 
http://filosofiadocaos.blogspot.com.br/2009/05/o-mito-da-caverna-e-matrix.html 
 
Texto III 
 
Em 1899, o escritor H.G. Wells escreveu o conto “Terra de Cegos”, no qual um forasteiro chega a um lugar 
cujos habitantes não enxergam e passa a tentar, entre uma tentativa de fuga e outra, mostrar aos nativos 
daquele local que há muito mais no mundo do que eles conseguem perceber. 
Preocupados com o efeito daquelas palavras sobre os mais jovens e influenciáveis, os anciãos decidem, 
para o bem da comunidade e para dar um fim àquelas alucinações do visitante, furar seus olhos, para que ele 
possa melhor se adequar ao modo de pensar daqueles que ali vivem. 
http://www.bancodeescola.com/romano2.htm 
 
Tarefa Mínima 
 
 15 
Texto IV 
 
 
https://livrepensamento.com/2014/02/11/o-mito-da-caverna-de-platao-em-quadrinhos/ 
 
Texto V 
“Vamos resumir: um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola. E porque se trata de um coelho muito 
grande, este truque leva bilhões de anos para acontecer. Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pelos 
do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas 
conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam 
por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pelos, lá em cima.” 
 
Trecho de “O Mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder 
 
Proposta 
 
O artigo de opinião é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista, sustentado, geralmente, em 
dados e opiniões de outros autores/fontes, com o objetivo de convencer o leitor. Pode, também, ter caráter 
mais reflexivo, dependendo da natureza do tema apresentado. Difere do texto dissertativo por possibilitar um 
nível de pessoalidade mais acentuado, além da utilização de recursos estilísticos como a ironia. 
Diante do exposto, elabore um artigo de opinião baseado nas ideias que podem ser inferidas a partir da 
leitura e análise dos textos da coletânea e que tome como recorte temático a seguinte ideia: O MEDO DO 
NOVO E O PERIGO DA ACOMODAÇÃO 
 
FUVEST – SEMANA 02 
 
Texto I 
 
A crise econômica de 2016 tem como raiz a credibilidade 
O motivo para a atual crise no Brasil foge da questão econômica e passa pela questão de credibilidade. O 
gobierno brasileiro parece sofrer de uma patologia qualquer que não o deixa falar a verdade. 
O principal fator que alimenta a crise econômica de 2016 é a completa falta de credibilidade do governo e 
sua equipe econômica. Por que as medidas de ajuste fiscal não passaram? Simples, ninguém vai colocar 
dinheiro na mão de um governo que não sabe como aplicá-lo em prol do desenvolvimento da nação. 
 
Disponível em: http://www.empreendedoresweb.com.br/ 
crise-economica-de-2016/. Acesso em 19/09/16. 
 
Texto II 
 
 
 
Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=crise+pol%C3%ADtica+charge&espv=2&rlz=1C1PRFC_ 
enBR659BR659&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved= 
0ahUKEwiqoebNyJvPAhXBgJAKHUt3DFEQ_AUICCgB#imgrc=GZfR4tS_niCD6M%3A. Acesso em 19/9/2016. 
 
Texto III 
 
 
 
 
16
 
“Temo que a crise econômica mal tenha começado, que estejamos apenas no prólogo” 
As avaliações de Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica do Lula e atual diretor-presidente do 
Insper, podem ferir os ouvidos dos que acreditam que o Governo é capaz de reverter o atual quadro recessivo 
da economia. Os que apostam na troca de Governocomo saída também não encontram alento nas palavras de 
Lisboa. A situação é grave, a crise é longa, e as soluções não são fáceis, a ponto de transformar a inflação um 
problema menor. 
Pergunta. Qual será o impacto desse processo de impeachment para a economia brasileira? 
Resposta. A economia está em um momento de retração bastante grave para além da política. Estamos 
entrando no terceiro ano de recessão e a retração de 2016 pode ser tão grave quanto a do ano passado. O 
Brasil comprometeu sua capacidade de crescimento. Essa não é uma crise usual. O crescimento potencial do 
país é muito menor do que era no ano passado. Não são apenas dificuldades momentâneas que com uma 
agenda mais arrumada de política econômica desaparecerão. Ou que superada a crise política o país voltará a 
crescer. Não é esse o caso. A nossa produtividade parou de crescer já há vários anos e ela tem sido negativa 
nos últimos tempos. Isso significa que o PIB potencial do brasileiro está estagnado ou negativo, o país está se 
tornando mais pobre. E ele vai continuar tornando-se mais pobre caso não enfrentemos os graves problemas 
estruturais da economia. 
P. A pequena queda da inflação no mês de março é um sinal de melhora ou ainda não? 
R. A inflação se transformou em um tema menor, por incrível que pareça. Estamos passando pelo terceiro 
ano de recessão, indo para a queda de PIB per capita de 10%. Cada brasileiro vai terminar 2016, em média, 
10% mais pobre do que começou 2014. Isso é um aperto de renda expressivo na sociedade. E num quadro de 
grave recessão como esse, a inflação cedeu para 0,5% ao mês. É uma inflação muito alta para uma economia 
em recessão. Além da inflação, tem desemprego... O quadro é grave na economia. 
P. Podemos perder as conquistas dos últimos anos? 
R. A irresponsabilidade está comprometendo tudo que foi conquistado dos anos 90 até 2008. O Brasil vinha 
numa trajetória de arrumação do Estado, políticas sociais focalizadas nos mais pobres, estabilidade 
macroeconômica, redução de intervenções que beneficiava um setor em detrimento do outro... Mais 
transparência dos dados para a sociedade, universalização da Educação e do acesso à saúde. A partir de 2009, 
resolvemos desembarcar desse caminho, fazendo exatamente o contrário. 
 
Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/12/politica/ 
1460484768_687013.html. Acesso em 19/09/2016. Com adaptações. 
 
Após a leitura dos textos motivadores e a partir de suas próprias experiências, redija um texto dissertativo-
argumentativo sobre o seguinte tema: 
A CRISE POLÍTICA BRASILEIRA. 
 
UNICAMP – SEMANA 02 
 
Introdução 
A prova de redação da Unicamp pauta-se em alguns princípios essenciais: solicitar a escrita a partir de uma 
situação específica de comunicação verbal, com o subsídio de textos-fonte, num gênero de texto específico. 
Isso implica situar a produção escrita quanto ao gênero, aos interlocutores, ao propósito que é necessário 
atender, à forma de circulação do texto. Esses princípios estão explicitados em documentos oficiais que 
orientam e regulam o ensino de língua portuguesa no Brasil, tais como as Orientações Curriculares para o 
Ensino Médio (OCEM, 2006) e os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa de 5a a 8a série 
(PCN, 1997). A proposta curricular desses documentos estabelece, entre outras premissas, que o trabalho de 
escrita deve estar baseado em uma concepção de língua como (inter)ação e na diversidade de gêneros do 
discurso, o que implica considerar os aspectos inerentes a qualquer tipo de interação verbal: quem são os 
interlocutores, quais as finalidades da interação, qual o gênero, etc. 
 Levando tais princípios em consideração, os candidatos inscritos no vestibular Unicamp são, a cada ano, 
expostos a demandas de uso da linguagem variadas – uma vez que os próprios gêneros, interlocutores e temas 
variam. Dessa forma, são desafiados a mobilizar conhecimentos e estratégias distintas, a fim de cumprir o 
solicitado nas duas propostas da prova. A temática, antes de ser o ponto de partida da produção, como ocorre 
nas “redações sobre o tema X”, emerge desses parâmetros da situação apresentada no enunciado. 
A avaliação por meio da produção de determinados gêneros discursivos é importante porque possibilita aos 
candidatos o uso estratégico de seus conhecimentos sobre a linguagem e sobre as restrições que os gêneros 
impõem. O trabalho com os gêneros permite que os candidatos não fiquem presos a modelos de texto 
preestabelecidos, mas que mobilizem seus conhecimentos na elaboração de uma tarefa específica e 
detalhadamente orientada, tal como acontece nas práticas cotidianas de uso da escrita. Um exemplo disso é a 
questão das cartas de caráter argumentativo. Dependendo do propósito comunicativo, do tipo de interlocutor 
que é definido e dos textos-fonte, a carta pode atender a diferentes objetivos, possibilitando que a execução da 
tarefa ocorra de forma flexível e adaptada ao contexto de produção previsto no enunciado. Uma carta do leitor 
e uma carta-convite guardam em comum certas características formais, mas se distanciam em termos de 
propósito mais específico. É possível dizer que ambas demandam algo do interlocutor em questão e procurarão 
ser o mais persuasivas possível para alcançar os objetivos que se propõem. Nesse sentido, ambas são 
argumentativas, mas não se estruturarão da mesma forma. 
Desse modo, a semelhança de gêneros não significa que os candidatos sejam desafiados da mesma 
Tarefa Mínima 
 
 17 
maneira e possam, indistintamente, aplicar conhecimentos sobre um “modelo” do que é denominado carta 
argumentativa. O treinamento exaustivo de modelos de gênero termina por deixar em segundo plano a reflexão 
fundamental sobre uma série de aspectos na escrita do candidato, tais como: 
a) o modo como o locutor (aquele que escreve, conforme o enunciado) e o interlocutor (aquele a quem se 
destina o texto escrito) estão representados na linguagem do texto; 
b) a pertinência do registro de linguagem adotado (formal, semiformal, informal) na escolha das palavras 
e expressões; 
c) o modo como o tema é abordado; 
d) as estratégias de argumentação adotadas; 
e) o uso da norma padrão e das formas de organização textual que atenderão aos tópicos anteriores 
(estrutura das sentenças, elementos de coesão, etc.). 
A avaliação dos aspectos mencionados depende dos parâmetros da situação de escrita, ou seja, dos 
interlocutores pressupostos, do propósito da produção e dos textos-fonte oferecidos. Nesse sentido é que a 
redação solicitada no vestibular da Unicamp deve ser vista como a reprodução de uma prática situada de 
escrita e não como mero exercício de redação. 
 
https://www.comvest.unicamp.br/vest_anteriores/2016/download/comentadas/redacao.pdf 
 
Prova de redação 
 
Situação A 
 
Texto 1 
Violência nas escolas: ela reproduz as loucuras da nossa sociedade 
A violência entrou de vez no currículo escolar dos brasileiros. Só que agora, infelizmente, em vez de um 
saudável e democrático conflito no campo das ideias, alunos, professores, diretores e funcionários precisam 
cada vez mais conviver com agressões, ameaças e abusos. 
Não é preciso ir longe para se verificar tudo isso. Basta recorrer ao buscador do Google e pedir "violência 
nas escolas". Aparecem centenas de artigos, análises, denúncias, resumo de encontros e simpósios de 
especialistas em ciências da educação e do comportamento, além de livros inteiros, disponibilizados 
gratuitamente, na tentativa de analisar o problema e apresentar possibilidades de solução. Se você for ao 
Youtube, vai encontrar coisa ainda pior: é imenso o acervo de postagens, contendo cenas às vezes alucinantes 
de violência destrutiva pura, com frequência captadas e publicadas pelas câmeras celulares dos próprios 
alunos. Há vídeos de brigas, de bullying, de quebra-quebras, de mutilações e até deassassinatos cometidos 
dentro das salas de aula e nos pátios das escolas. 
Exemplos disso são dois casos de agressão ocorridos recentemente em Brasília. Na maior universidade da 
capital do país, um professor acabou no hospital após ser agredido por um estudante. Em uma escola pública 
de ensino básico, um aluno foi morto a facadas pelo colega. (...) 
 
http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/140608/ 
Viol%C3%AAncia-nas-escolas-ela-reproduz-as-loucuras-da-nossa-sociedade.htm 
 
Texto 2 
 
 
 
http://suvacodecobrahiphop.blogspot.com.br 
 
Texto 3 
 
Violência escolar aumenta com a crise 
O trabalho de Eliana Neves, que integra o Serviço de Psicologia da Câmara de Águeda, foi realizado já 
neste terceiro período escolar de 2013. 
Foram distribuídos questionários a 211 alunos, entre os oito e os onze anos, de escolas do 1º ciclo em Águeda. 
35,7% responderam terem sido vítimas da agressividade dos colegas "uma ou duas vezes" desde que 
recomeçaram as aulas e 34,8% queixam-se de que foram agredidos "mais de três vezes". 
Elisa Neves afirma que "29% das vítimas referem ter sido agredidas através de violência física, como 
 
 
 
 
18
murros e pontapés", um modo de agressão "mais sentido pelos rapazes do que por raparigas". 
Perante os resultados, a psicóloga não tem dúvidas de que se assiste a um aumento generalizado da 
agressividade no espaço escolar, com tendência para continuar a aumentar. 
"Hoje, devido à conjuntura económica do país, noto em consulta um aumento de características de 
psicopatia nas crianças de forma significativa", diz. 
Quanto aos agressores, o estudo revela que 45,5% dos alunos admitiram que "já fizeram mal a outros" 
pelo menos "uma ou duas vezes" desde o início do período, sendo comum a mesma criança ser vítima e 
também agressor. 
"Muitas vezes, o que os pais lhes dizem é que respondam de forma igual, o que conduz a uma escalada de 
violência", salienta Elisa Neves. 
As práticas de "bullying" ocorrem com maior frequência no recreio, com 63,5% dos casos. A psicóloga 
crítica "o número reduzido de auxiliares" e diz que "os recreios deviam ser melhorados" para criar "espaços 
mais lúdicos" para as crianças brincarem "de uma forma mais orientada". 
"Neste momento, não sabem brincar e as brincadeiras são a agressividade", conclui. 
 
http://www.jn.pt/sociedade/educacao/interior/violencia-escolar-aumenta-com-a-crise-3207908.html 
 
Após analisar o tema acima, coloque-se no lugar de um grupos de pessoas e escreva uma MANIFESTO sobre 
violência escolar e formação dos indivíduos. Não se esqueça de usar algumas informações dos textos acima. 
 
Manifesto 
Por meio do MANIFESTO, uma determinada pessoa ou um grupo delas se posiciona firmemente frente a uma 
problemática de naturezas distintas, sejam elas sociais, políticas, culturais ou religiosas. Tal gênero atua 
como uma espécie de denúnciaacerca de um fato que ainda não é de conhecimento de toda a população, ou ainda 
pode funcionar como um alerta sobre a possibilidade de um problema vir a ocorrer. Essa modalidade, 
remotamente cultuada, cumpre a função a que se destina, pois é só lembrarmo-nos do Manifesto Futurista, bem 
como do Manifesto Comunista, para considerarmos a efetiva recorrência, a qual se estende até os dias atuais. 
 
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/manifesto.htm 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre 
o tema “Os riscos de uma geração egocêntrica”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os 
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa 
de seu ponto de vista. 
 
Situação B 
 
Texto 1 
 
A era do egocentrismo 
 
Imagine as seguintes situações: 
 
- Você está na fila de algum estabelecimento esperando sua vez para ser atendido e outra pessoa entra na 
sua frente. 
- Você está dirigindo seu carro e, inesperadamente, leva uma fechada de outro veículo. 
- Você caminha pela rua e é abordado por um assaltante que leva seus pertences. 
 
É possível afirmar que, nos exemplos acima, as pessoas agiram com o intuito de prejudicar você? De 
acordo com especialistas, não. Trata -se de atitudes egocêntricas, em que cada um só pensou em si. Veja: a 
pessoa que passou a frente na fila não pensou nas outras que já estavam ali, o motorista não se importou se o 
outro também tinha pressa e o assaltante não pensou na sua perda, somente na necessidade de conseguir 
dinheiro. O mesmo acontece nas organizações. É cada vez mais comum encontrarmos líderes vaidosos, 
prepotentes e egocêntricos, que não pensam nem mesmo nos valores, metas e objetivos da empresa na qual 
trabalham. Mas como esses profissionais podem ser líderes? De que maneira eles agregam valores junto à 
equipe se, na prática, somente seus interesses importam? 
De acordo com Vanessa Pinzon, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, todos 
somos egocêntricos por natureza e necessidade. Portanto, precisamos estar atentos à nossa preservação e 
sobrevivência, o que exige cuidados sempre. A psiquiatra, porém, alerta para o fato de que alguns seres 
humanos podem se tomar excessivamente egocêntricos. Segundo ela, tal mecanismo se desenvolve por vários 
motivos e um deles está ligado às características de personalidade. "Nesse caso, o egocentrismo excessivo é 
uma característica que compõe a personalidade desse indivíduo, ou seja, ele está predominantemente voltado 
para si mesmo e tem muita dificuldade de negociar, flexibilízar, perceber e se colocar no lugar do outro. Não vê 
os sofrimentos ou as necessidades daqueles que o cercam. Ele está sempre em primeiro lugar para tudo", diz. 
 
• Entenda os mecanismos do nosso comportamento 
Ego - Sua principal função é nos manter vivos, preservar-nos a qualquer custo. É responsável pela parte 
consciente da mente, pela tomada de decisões e integração dos dados percebidos da realidade. Há também 
uma parte inconsciente, responsável pelos mecanismos de defesa, utilizados quando há um aumento de tensão 
ou ansiedade. Exemplo: permite que alguém perceba que deve se calar em uma situação. Se há perigo em 
atravessar a rua, deve-se olhar para os dois lados antes de fazê-lo. 
ID - Completamente inconsciente, refere-se aos aspectos de satisfação, prazer ou eliminação de sofrimento ou 
Tarefa Mínima 
 
 19 
qualquer desprazer sentido pela mente. Exemplo: não assistir a uma aula por achar o assunto chato. 
Superego - Também é predominantemente inconsciente e incorpora regras e aspectos morais. Exemplo: 
permite discernir que não se pode roubar ou fazer mal a alguém. 
 
Fonte: Vanessa Pinzon, psiquiatra. com base nas estruturas 
da mente definidas na teoria estrutural. postulada por Freud. 
 
• Identificando um perfil egocêntrico na empresa 
 
Em meio à diversidade de perfis que encontramos dentro de uma organização, nem sempre é fácil 
identificar, à primeira vista, um comportamento egocêntrico entre os colaboradores. Mas, com o tempo, a 
presença de indivíduos com traços extremos de egocentrismo se torna facilmente perceptível. Isso porque, de 
acordo com o médico e palestrante Lair Ribeiro, os egocêntricos são aqueles que têm muita dificuldade de 
conviver em grupos, sejam eles familiares ou profissionais. "Esse tipo de comportamento leva o indivíduo a ser 
uma pessoa extremamente subserviente ou arrogante", explica o médico. 
Lair afirma que, nos dois casos, o problema é o mesmo: autoestima. "Pessoas egocêntricas não acreditam 
suficientemente nelas e geram uma compensação, que traz certa deformação", afirma. Para ele, esse tipo de 
comportamento ocasiona significativos danos sociais, tanto para a pessoa quanto para aqueles queconvivem 
com ela. "Indivíduos egocêntricos ao extremo frequentemente demonstram um comportamento indiferente às 
necessidades alheias, o que acaba gerando mal-estar na equipe, afastamento dos outros e não agregando 
resultados positivos para a empresa", explica. (...) 
 
http://www.methodus.com.br/artigo/678/a-era-do-egocentrismo.html 
 
Texto 2 
 
 
http://cienciasnoplaneta.blogspot.com.br/2013/02/egocentrismo-x-ecocentrismo.html 
 
Texto 3 
 
 
 
https://naterciatiba.wordpress.com/2012/08/21/egocentrismo-infantil-reflexoes-por-natercia-tiba/ 
 
Escreva um ARTIGO DE OPINIÃO sobre os riscos de uma geração egocêntrica. 
 
 
 
 
 
 
20
Gênero artigo de opinião 
 
É um gênero jornalístico que defende um ponto de vista sobre um tema geralmente polêmico, buscando 
convencer o leitor da opinião do jornalista, autor do texto. É sempre assinado e pode ser escrito na primeira 
pessoa. 
As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade de quem o escreve, e, por este 
motivo, o jornalista deve ter cuidado com a veracidade das informações que apresenta ao longo do seu texto. 
 
Fonte: FONTANA, Niura Maria. Práticas de linguagem: 
gêneros discursivos e interação. Caxias do Sul, RS. 
 
 
UFU – SEMANA 02 
 
Orientação geral UFU 
A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha 
aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior 
conhecimento. 
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, 
obedeça às normas do gênero selecionado. 
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação 
escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. 
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. 
Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. 
E) Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. 
F) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 
 
Proposta: Redija uma carta argumentativa ao filósofo Roman Krznaric (entrevistado no texto 1), 
concordando ou discordando do posicionamento dele em relação à busca pela felicidade no meio 
profissional. 
 
Texto 1 - ‘A ideia de felicidade ocidental, baseada no individualismo, falhou’ 
 
[...] a vida laboral, segundo o escritor Roman Krznaric, é uma das questões que causam mais 
insatisfação e inquietação no mundo contemporâneo. “Hoje, pessoas de todas as classes sociais começam a 
enxergar o trabalho como algo para além da sobrevivência. É uma ocupação que pode fazer você se sentir 
preenchido”, conta. A saída para a insatisfação, explica, tem algumas alternativas: aplicar seus valores pessoais 
no trabalho; procurar um emprego que faça diferença no mundo; e usar seus talentos e habilidades; entre 
outras. “Uma das maiores razões de satisfação no trabalho não é dinheiro, mas autonomia”, diz. 
É por meio da troca e da disseminação desse conceito de empatia que o filósofo acredita ser possível fazer 
uma revolução: “As pessoas acham que a paz e as revoluções são construções de acordos políticos. Mas 
acredito que é possível que isso seja feito nas raízes das relações humanas. Desmontando ignorâncias e 
preconceitos”, diz. 
Perseguir o interesse próprio foi a grande propaganda do último século. Entretanto, ser humano não é 
apenas seguir os desejos individuais. A ideia de felicidade ocidental falhou. A introspecção, o interesse próprio, 
perseguir valores que não envolvam o coletivo… Temos a tendência a sentir compaixão uns pelos outros. 
Somos criaturas empáticas. Há estudos que mostram que compaixão dá prazer. Somos também coletivos. 
Formamos comunidades de todos os tipos, o tempo inteiro. As pessoas estão, cada vez mais, querendo fazer 
parte de algo maior do que elas mesmas. 
 
http://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-fonte/ 
a-ideia-de-felicidade-ocidental-baseada-no-individualismo-falhou/ 
 
Texto 2 - “Nunca Tivemos Uma Geração Tão Triste” 
 
“Estamos assistindo ao assassinato coletivo da infância das crianças e da juventude dos adolescentes no 
mundo todo. Nós alteramos o ritmo de construção dos pensamentos por meio do excesso de estímulos, sejam 
presentes a todo momento, seja acesso ilimitado a smartphones, redes sociais, jogos de videogame ou excesso 
de TV. Eles estão perdendo as habilidades sócio-emocionais mais importantes: se colocar no lugar do outro, 
pensar antes de agir, expor e não impor as ideias, aprender a arte de agradecer. É preciso ensiná-los a 
proteger a emoção para que fiquem livres de transtornos psíquicos. Eles necessitam gerenciar os pensamentos 
para prevenir a ansiedade. Ter consciência crítica e desenvolver a concentração. Aprender a não agir pela 
reação, no esquema ‘bateu, levou’, e a desenvolver altruísmo e generosidade.” 
“Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva. Precisamos ensinar nossas crianças a fazerem pausas e 
contemplar o belo. Essa geração precisa de muito para sentir prazer: viciamos nossos filhos e alunos a receber 
muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. O resultado: são intolerantes e superficiais. O índice de suicídio tem 
aumentado. A família precisa se lembrar de que o consumo não faz ninguém feliz. Suplico aos pais: os adolescentes 
precisam ser estimulados a se aventurar, a ter contato com a natureza, se encantar com astronomia, com os 
estímulos lentos, estáveis e profundos da natureza que não são rápidos como as redes sociais.” 
Portal Raízes 
 
Tarefa Mínima 
 
 21 
Texto 3 - “Há um imperativo de ser feliz, em todos os lugares, o tempo todo” 
 
Há uma espécie de imperativo de ser feliz, em todos os lugares, o tempo todo. Aconselham-nos isso da 
manhã à noite. É algo suspeito: quando lhe repetem isso tantas vezes é que algo não funciona. Sempre me 
surpreendeu essa maneira dos norte-americanos de dizer enjoy. Por que, se eu já faço isso sozinho? Não 
necessito que me digam que aproveite minha comida, está tudo bem! Na obsessão atual pela felicidade há um 
sintoma do desejo de eliminar o negativo. Mas não há vida sem aspectos negativos e positivos. A ideia de uma 
felicidade sustentada, perfeita, sem estresse, sem preocupações, sem angústias, não me parece muito 
humana, nem interessante. É algo com o que se sonha em uma época que é, efetivamente, angustiada, 
fragmentada. É preciso ser feliz em casa, com a companheira, no trabalho, na cama, nas férias. Esse 
imperativo permanente me parece um imperativo de controle social. 
 
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/13/cultura/1423830518_127946.html 
 
Texto 4 
 
 
 
PAULISTANAS (UNESP – FGV – FAMEMA – FAMAERP – UNAERP) 
SEMANA 03 
 
 
 
Menina vietnamita atingida por napalm foge de aldeia bombardeada. (Nick Ut. Vietnã, 1972.) 
 
 
 
Menina sudanesa em região assolada pela fome é observada por abutre (Kevin Carter. Sudão, 1993.) 
 
 
Menino sírio é encontrado morto em praia após naufrágio de barco com refugiados. (Nilufer Demir. Turquia, 2015.) 
 
 
 
 
 
22
Texto 1 
 
Um dos traços característicos da vida moderna é oferecer inúmeras oportunidades de vermos (à distância, por 
meio de fotos e vídeos) horrores que acontecem no mundo inteiro. Mas o que a representação da crueldade provoca 
em nós? Nossa percepção do sofrimento humano terá sido desgastada pelo bombardeio diário dessas imagens? 
Qual o sentido de se exibir essas fotos? Para despertar indignação? Para nos sentirmos “mal”, ou seja, para 
consternar e entristecer? Será mesmo necessário olhar para essas fotos? Tornamo-nos melhores por ver essas 
imagens? Será que elas, de fato, nos ensinam algumacoisa? 
Muitos críticos argumentam que, em um mundo saturado de imagens, aquelas que deveriam ser 
importantes para nós têm seu efeito reduzido: tornamo-nos insensíveis. Inundados por imagens que, no 
passado, nos chocavam e causavam indignação, estamos perdendo a capacidade de nos sensibilizar. No fim, 
tais imagens apenas nos tornam um pouco menos capazes de sentir, de ter nossa consciência instigada. 
 
(Susan Sontag. Diante da dor dos outros, 2003. Adaptado.) 
 
Texto 2 
 
Quantas imagens de crianças mortas você precisa ver antes de entender que matar crianças é errado? Eu 
pergunto isso porque as mídias sociais estão inundadas com o sangue de inocentes. Em algum momento, as 
mídias terão de pensar cuidadosamente sobre a decisão de se publicar imagens como essas. No momento, há, 
no Twitter particularmente, incontáveis fotos de crianças mortas. Tais fotos são tuitadas e retuitadas para 
expressar o horror do que está acontecendo em várias partes do mundo. Isto é obsceno. Nenhuma dessas 
imagens me persuadiu a pensar diferentemente do modo como eu já pensava. Eu não preciso ver mais 
imagens de crianças mortas para querer um acordo político. Eu não preciso que você as tuite para me mostrar 
que você se importa. Um pequeno cadáver não é um símbolo de consumo público. 
 
(Suzanne Moore. “Compartilhar imagens de cadáveres nas mídias sociais não é o modo 
de se chegar a um cessar-fogo”. www.theguardian.com, 21.07.2014. Adaptado.) 
 
Texto 3 
 
A morbidez deve ser evitada a todo custo, mas imagens fotográficas chocantes que podem servir a 
propósitos humanitários e ajudar a manter vivos na memória coletiva horrores inomináveis (dificultando, com 
isso, a ocorrência de horrores similares) devem ser publicadas. 
 
(Carlos Eduardo Lins da Silva. “Muito além de Aylan Kurdi”. 
http://observatoriodaimprensa.com.br, 08.09.2015. Adaptado.) 
 
Texto 4 
 
Diretor da ONG Human Rights Watch, Peter Bouckaert publicou em seu Twitter a foto do menino sírio de 3 
anos que se afogou. Ele explicou sua decisão: “Alguns dizem que a imagem é muito ofensiva para ser 
divulgada. Mas ofensivo é aparecerem crianças afogadas em nossas praias quando muito mais pode ser feito 
para evitar suas mortes.” 
 
(“Diretor de ONG explica publicação de foto de criança”. Folha de S.Paulo, 03.09.2015. Adaptado.) 
 
Com base nos estímulos acima e em outras informações que julgar relevantes, redija uma dissertação em 
prosa sobre o tema “Publicação de imagens trágicas: banalização do sofrimento ou forma de 
sensibilização?" argumentando de modo a expor com clareza seu ponto de vista sobre o assunto. 
 
Instrução: 
A redação deverá ter, no mínimo, 25 e, no máximo, 30 linhas. Textos fora desses limites não serão 
corrigidos, recebendo, portanto, nota zero. 
 
Fontes de pesquisa para a proposta: 
http://www.manualdousuario.net/compartilhar-fotos-gente-morta/ 
http://www.sensacionalista.com.br/2013/01/29/colocar-fotos-de-tragedias-nas-redes-sociais-e-sinal-de-
debilidade-mental-alertam-especialistas/ 
 
ENEM – SEMANA 03 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo 
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa 
sobre o tema “Os efeitos e as consequências do desarmamento no Brasil”, apresentando proposta de 
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, 
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
Tarefa Mínima 
 
 23 
TEXTO I 
 
O presidente americano, Barack Obama, anunciou no ultimo dia 5 de janeiro uma série de medidas 
executivas para combater a violência armada nos Estados Unidos. Em discurso emocionado(veja vídeo), ele 
defendeu os planos do governo de aumentar as verificações de antecedentes de pessoas que querem comprar 
armas de fogo, bem como comercializá-las. 
Obama disse também que as novas regras "não são um plano para retirar as armas de todo mundo". 
"Acredito que podemos encontrar maneiras de reduzir a violência armada de formas consistentes com a 
Segunda Emenda", afirmou, fazendo referência ao direito constitucional ao porte de armas nos Estados Unidos. 
Frustrado com a inflexibilidade da oposição política sobre o controle de armas, apesar dos recorrentes 
tiroteios em massa no país, Obama busca contornar o Congresso com ações executivas. 
O presidente chegou às lágrimas ao lembrar as crianças mortas na escola Sandy Hook, em Connecticut, em 
2012. "Nosso direito inalienável à vida e a busca da felicidade, esses direitos foram arrancados de... cada 
família que nunca imaginou que seu ente querido seria tirado de nossas vidas por uma bala. Cada vez que 
penso sobre essas crianças, me deixa furioso", disse Obama, chorando. 
 
Disponível em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/obama-apresenta-medidas-para-reduzir-violencia-com-
armas-de-fogo.html. Acesso em 08/02/2016 
 
TEXTO II 
 
Crimes bárbaros povoam os programas sensacionalistas da tarde. Nas redes sociais, há sempre alguém a 
dizer que ficará fora do ar pelos próximos dias, pois lhe roubaram o celular. Em sinais fechados, calçadas 
vazias, boates cheias ou arquibancadas de estádio, a ameaça à integridade física é latente. Recorrer a quem? 
Há muita desconfiança em relação à polícia, por causa dos exemplos pródigos de descaso e abuso. Ter o direito 
de portar uma arma de fogo, para garantir a própria defesa, parece razoável para muita gente. Os americanos 
fazem isso. O contrário – ser proibido de andar armado – parece assegurar aos bandidos uma vantagem a 
mais. A certeza de estar diante de um desarmado. De um impotente. 
 
Disponível em http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/04/devemos-liberar-armas.html. Acesso em 08/02/2016 
 
TEXTO III 
 
Disponível em http://www.portaliluminar.com.br/wp-content/uploads/ 
2013/07/DESARMAMENTO2.jpg. Acesso em 08/02/2016 
 
 
 
 
24
 
 
Disponível em http://1.bp.blogspot.com/-6sAXUfK4ric/UB1icw8vNtI/ 
AAAAAAAADdM/CbffRJlWT5Q/s1600/desarmamento.jpg. Acesso em 08/02/2016. 
 
INSTRUÇÕES: 
- O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
- A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta terrá o número de linhas copiadas desconsiderado 
para efeito de correção. 
 
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
- tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente.” 
- fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
- apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. 
- apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
 
IME/ITA – SEMANA 03 
 
A dissertação: O texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo persuadir e convencer, ou seja, levar o 
leitor a concordar com a tese defendida. É expressa uma opinião crítica acerca de um assunto, sendo essa 
defendidaatravés de uma argumentação clara e objetiva, fundamentada em fatos verídicos e dados concretos. 
 
Proposta: Leia a matéria abaixo e, com base nas ideias nela contidas, redija uma dissertac ̧ão em prosa, 
argumentando em favor de um ponto de vista sobre o tema. A redação deve ser feita com caneta azul ou preta. 
 
Na avaliação de sua redação, serão considerados: 
1. a) clareza e consiste ̂ncia dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto; 
2. b) coesão e coerência do texto; e 
3. c) domínio do portuguêspadrão. 
 
Atenc ̧ão: A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. 
 
Uso excessivo das tecnologias pode trazer sérios riscos à vida social 
 Celulares, tablets, computadores e videogames portáteis, enfim, um verdadeiro mundo de equipamentos 
eletrônicos invadiu, nos últimos 20 anos, a vida cotidiana. Na carona dessesgadgets, como também são 
conhecidos, surgiram novos termos, expressões e padrões de comportamento. Com a internet, estar online é 
fazer parte de um mundo virtual no qual a interação é a palavra de ordem. Quando bem dosado, o uso dos 
eletrônicos não traz riscos à saúde. Porém, quando a dependência dos aparatos tecnológicos já se torna 
evidente, é preciso ficar atento. Mas quais são os sinais que devemos ficar atentos? 
Conforme explica a psicóloga Dora Sampaio Góes, do Grupo de Dependência de Internet do Instituto de 
Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), não é só o tempo gasto com os 
aparelhos eletrônicos que deve ser levado em conta, apesar de ser um fator importante, segundo ela, mas sim 
em que contextos esses equipamentos são utilizados. “A tecnologia prende a nossa atenção de tal forma que 
acabamos por ficar desconectados do mundo a nossa volta. Isso, muitas vezes, deve ser levado em 
consideração mais do que o fator tempo em si”, alerta a especialista. 
Tarefa Mínima 
 
 25 
No caso dos adolescentes, a psicóloga aconselha o período de duas horas por dia para o uso da internet 
como sendo o mais recomendado. “Apesar de o tempo de duas horas não ser nada para a garotada nessa faixa 
etária, é preciso lembrar que existem outras tarefas ao longo do dia, como ir à escola, fazer a lição de casa, 
praticar esportes, entre outras coisas”, lista Dora. 
A psicóloga explica que os adolescentes são atraídos pela interação que a tecnologia promove. Além disso, 
ela conta que é nessa fase que os jovens estão buscando se socializar mais. “Na adolescência, o grupo social 
passa a ser uma referência muito forte. Como esses jovens não têm autonomia para sair de casa, a tecnologia 
faz com que eles possam ficar conectados uns com os outros”, ressalta. 
Mas a partir de que momento a pessoa pode ser considerada “viciada” em tecnologia? Nesse caso, Dora 
destaca que isso acontece quando o uso excessivo das tecnologias podem trazer algum tipo de risco à vida 
social, como ir mal nos estudos; diminuir o rendimento no trabalho, aumentando, assim, as chances de ser 
mandado embora do emprego; entre outras situações. “Ou seja, é quando a pessoa começa a deixar de fazer 
coisas da sua vida para ficar com a tecnologia, e isso inclui desde ficar sem ver os amigos até mesmo evitar de 
sair com o parceiro”, aponta 
Com relação aos jogos, Dora explica que muitos deles são desenvolvidos com objetivos curtos, o que, segundo 
ela, é muito viciante para a população jovem. “A pessoa fica dependente da sensação que tem ao jogar, pois são 
produzidos neurotransmissores que dão a sensação de bem-estar e euforia. Em oito minutos jogando, por exemplo, 
o corpo já produz dopamina, a mesma substância do prazer produzida quando comemos chocolate. E isso é viciante. 
Ou seja, não é a tecnologia, mas sim o que eu sinto quando entro em contato com ela”, detalha. 
No caso das pessoas viciadas nos eletrônicos, a psicóloga lembra que o uso abusivo da tecnologia atua 
como uma espécie de anestésico, uma forma de desfocar de questões importantes da vida pessoal, como um 
conflito em família, problemas na escola, ou no trabalho. “O uso excessivo da tecnologia é uma forma de 
desconectar de si mesmo e estar conectado às máquinas. Em muitos casos, é realmente como um anestésico, 
uma espécie de refúgio para não viver as angústias e dificuldades do mundo real”, aponta a especialista. 
Além do longo tempo gasto com jogos eletrônicos e internet, Dora chama atenção dos pais para alguns 
pontos com relação ao comportamento dos filhos. “O tempo é algo concreto e óbvio de ser notado em pessoas 
que são viciadas nos aparatos tecnológicos. Entretanto, além desse fator, é preciso que os pais notem se o 
jovem está deixando de sair de casa, ou de ser convidado para as festas. É necessário perceber se o filho não 
está se isolando do mundo real para ficar interagindo somente com a tecnologia”, alerta. 
As consequências da exposição prolongada às parafernalhas eletrônicas podem ser muitas, de físicas a 
psicológicas. Para se ter uma ideia, mesmo que ainda não comprovada, o contato excessivo com a tecnologia 
pode provocar depressão, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno bipolar do humor, fobia social, 
além de déficit de atenção e hiperatividade. “Já as consequências físicas são oriundas da falta de praticar 
esportes; da alimentação errada, já que muitas vezes a pessoa nem vê o que está comendo, pois fica de olho 
vidrado na tela; e da higiêne, que fica prejudicada. Pessoas que têm propensão a problemas de vascularização 
devem ficar atentas também. Ou seja, o mais grave é a pessoa se largar”, ressalta a especialista. 
 
Fonte: http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/2013/08/ 
uso-excessivo-das-tecnologias-pode-trazer-serios-riscos-vida-social.html 
 
LEITURAS COMPLEMENTARES: 
 
Artigos: http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/21016-perigos-ocultos-o-lado-negro-da-tecnologia.htm 
http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105 
 
UNB – SEMANA 03 
 
TEXTO I 
 
Voluntariado, transformação e a sociedade brasileira 
 A origem do trabalho voluntário no Brasil remete-nos à colonização portuguesa, nos idos de 1512, com as 
Santas Casas de Misericórdia que atendiam os mais necessitados, passando pelo início do século 20, período 
em que o trabalho voluntário era praticado pelas damas da caridade, senhoras de famílias tradicionais que se 
ocupavam das ações filantrópicas para promover sua imagem por meio da ajuda aos carentes. 
 A Constituição Federal de 1988, ao trazer a retomada dos direitos e garantias individuais, permitiu que os 
movimentos sociais, antes reprimidos pelo regime militar, ressurgissem, oportunizando ao trabalho voluntário 
conquistar espaço e expressão na sociedade brasileira. 
 Os últimos 20 anos foram de solidificação da importância do voluntariado para o desenvolvimento social, o 
que se deu, também, por contribuição do Programa Comunidade Solidária, promovido pela então primeira-
dama Ruth Cardoso, que objetivou uma reorganização do Terceiro Setor e, por óbvio, do trabalho voluntário; 
além de outras ações importantes, como a mobilização social que resultou na Lei federal 9.608/98 trazendo o 
trabalho voluntário ao ordenamento jurídico brasileiro. 
 Esta história e as movimentações da sociedade organizada proporcionaram notoriedade ao voluntariado, 
conduzindo-nos a um novo olhar: ser voluntário para inovar no tratamento das afetações sociais, focando a 
prevenção e não apenas a reparação. Trata-se de um novo voluntariado, a partir do qual o cidadão deixa de 
olhar com dó para as dificuldades sociais, percebe-se copartícipe da sociedade e, portanto, corresponsável no 
enfrentamento dos problemas sociais. 
 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/colunas/983120- 
voluntariado-transformacao-e-a-sociedade-brasileira.shtml. Acesso em 17/03/2016. 
 
 
 
 
 
26
TEXTO II 
 
Desafio e conquistas do voluntariado 
 
Ao falar, mais uma vez, em voluntariado, penso na contribuição fundamental que este tipo de ação pode 
prestar ao aprimoramento das instituições democráticas, à construção de uma ponte entre um passado de 
desigualdades e um futuro de justiça social e de bem-estar. Ou seja, preservar a dignidade do homem livre, 
numa sociedade mais igualitária e com um horizonte de sentido para nossas ações e decisões. 
Cerca de 40 centros de voluntariado, todos criados nos últimos quatro anos, atuam em todo o Brasil. O 
desafio é fazer com que assumam um caráter de permanência aliado a uma sólida base estrutural. Por isso, é 
importante enfatizar a responsabilidade social, tanto de cidadãos quanto de empresas, mediante a doação de 
bens, recursos, talentos e tempo de trabalho. A consciência da necessidade do exercício da cidadania, 
materializado no voluntariado, resulta das transformações sociais, econômicas,políticas e culturais ocorridas ao 
longo das últimas duas décadas, quando o Brasil se converteu numa sociedade mais aberta, pluralista, 
democrática e, ao mesmo tempo, mais complexa. 
Antes dessas transformações, o que se tinha como voluntariado era tão somente uma postura meramente 
caritativa ou assistencialista. Uma atividade que os cientistas sociais costumam chamar de "filantropia 
senhorial". Por trás daquela postura caritativa sempre esteve presente a ideia de que a responsabilidade pela 
"questão social" seria, acima de tudo, uma obrigação exclusiva do Estado. 
Hoje, contudo, esta visão caritativa é coisa do passado. Com a gradativa conversão de uma sociedade 
agro-exportadora de produtos primários a uma sociedade urbano-industrial diversificada, e cada vez mais 
inserida na economia globalizada, o altruísmo foi cedendo lugar à reflexão mais acurada do problema da 
exclusão social. 
Fonte: http://www.alainet.org/pt/active/1322. Acesso em 17/03/2016. 
 
TEXTO III 
 
Alunos voluntários do ITA mantêm cursinho pré-vestibular 
 
"As listas ainda estão sendo publicadas, mas já contabilizamos mais de 200 aprovações nos vestibulares 
realizados em 2011", informa Lucas de Brito Rocha, presidente do Curso Alberto Santos Dumont Vestibulares 
(CASDVest), criado e mantido voluntariamente há 15 anos por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica 
(ITA). 
 
O curso preparatório, gratuito, atende 520 estudantes carentes principalmente da cidade de São José dos 
Campos, localizada no interior de São Paulo. Entre os anos de 2001 e 2010, o cursinho aprovou mais de 1,3 mil 
alunos em diversas universidades. O CASD Vestibulares, uma Organização Não-Governamental, surgiu em 
1997 quando um pequeno grupo de alunos de graduação do ITA decidiu criar um curso pré-vestibular gratuito 
para alunos da rede pública de ensino. 
Nesses 15 anos, a ONG vem concretizando o sonho de muitos jovens, como o de Tabata do Prado Sato, 
aluna que frequentou o cursinho em 2008 e conseguiu ingressar na faculdade de Odontologia da Universidade 
Estadual Paulista (UNESP). "O CASDVest entrou na minha vida não apenas como um cursinho, mas sim como 
uma total reviravolta, que me proporcionou a primeira grande evolução da minha vida culminando com meu 
ingresso no meio universitário", ressalta. 
 
Fonte: http://www.ajudando.org/detallecontenido/c/candidato/idnoticia/8180/alunos-voluntarios-do-ita-mantem-
cursinho-pre-vestibular.html. Acesso em 17/03/2016. 
 
TEXTO IV 
 
 
Tarefa Mínima 
 
 27 
 
 
Fonte: http://beta.networkcontacto.com/visaocontacto/Lists/Categories/ 
Category.aspx?Name=Coordena%C3%A7%C3%A3o. Acesso em 17/03/2016. 
 
Considerando os fragmentos de texto acima como motivadores e utilizando a língua padrão, redija um texto 
dissertativo posicionando-se acerca do seguinte tema: Voluntariado e transformações sociais no Brasil. 
 
PUC – SEMANA 03 
 
Tema: Reforma do Ensino Médio 
 
 
 
Fonte: G1 - Publicado em 22/09/2016 
 
 
 
 
28
O Ministério da Educação divulgou uma versão errada da Medida Provisória que estabelece o novo ensino 
médio no Brasil. Primeiramente, o MEC havia anunciado que não haveria a obrigatoriedade de algumas 
matérias, como artes e educação física. No entanto, o texto estava equivocado e, segundo o órgão, “não está 
decretado o fim de nenhum conteúdo, de nenhuma disciplina”. 
“Todas elas serão obrigatórias na parte da Base Nacional Comum: artes, educação física, português, 
matemática, física, química. A Base Nacional Comum será obrigatória a todos. A diferença é que quando você 
faz as ênfases, você pode colocar somente os alunos que tenham interesse em seguir naquela área. Vamos 
inclusive privilegiar professores e alunos com a opção do aprofundamento”, tentou explicar o secretário de 
Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares. 
Uma outra mudança que chamou a atenção foi quanto a carga horária. Na coletiva de imprensa, o MEC disse 
que haveria uma aumento de 800 para 1.400 horas por ano. No entanto, na nota à imprensa, o órgão diz que a 
“carga horária continuará sendo de 2.400 horas (para os três anos), sendo o limite máximo de 1.200 horas para a 
Base Nacional Curricular Comum (BNCC). As demais 1.200 horas serão voltadas para o currículo flexível”. 
Vale lembrar que as MPs têm validade a partir do momento que são publicadas, diferentemente das leis, 
que precisam tramitar pelo Congresso antes de passarem a valer. Essas mudanças valem por 45 dias, 
prorrogáveis por outros 45, até que sejam votadas no Congresso. Nesse período, deputados e senadores 
podem propor mudanças no texto, que eventualmente podem ser vetados pelo presidente. Caso não sejam 
apreciadas em até 90 dias, as MPs caducam e perdem a validade. 
Fonte: O Globo - Publicado em 23/09/2016 
 
O manifesto é um gênero utilizado para declarar publicamente razões que justifiquem certos atos ou em 
que se fundamentem certos direitos. Com o objetivo de impactar a opinião pública, esse gênero apresenta 
tanto características expositivo-argumentativas, visando ao conhecimento, quanto características persuasivas e 
apelo emocional, acentuando uma polêmica já existente. 
Normalmente o manifesto é utilizado para denunciar à população a existência de um problema que ainda 
não é de conhecimento da população ou alertá-la sobre a possibilidade de um problema vir a ocorrer. Seu 
objetivo último é, portanto, persuadir. 
Todo manifesto, mesmo quando possui o caráter de alerta, visa à ação. 
 
A estrutura do manifesto é livre, mas, em geral, estão presentes os seguintes elementos: 
• Título que sintetize o pensamento apresentado, informando de que trata o texto (Ex.: Manifesto comunista) 
• Corpo do texto, com exposição clara das posições do(s) autor(es) e dos argumentos que as justificam. 
• Local, data e assinatura(s) do(s) manifestante(s). 
 
Diante do exposto e na condição de representante dos estudantes, elabore um MANIFESTO de apoio ou 
de repúdio à Reforma do Ensino Médio proposta pelo governo federal. 
Seu texto deve ter entre 20 3 30 linhas. 
 
FUVEST – SEMANA 03 
 
TEXTO I 
LEI Nº 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013 – Lei da Delação Premiada 
 
CAPÍTULO II 
DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA 
 
Art. 3o Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em lei, os 
seguintes meios de obtenção da prova: 
I - colaboração premiada; 
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; 
III - ação controlada; 
IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados 
públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; 
V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica; 
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica; 
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11; 
VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e 
informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. 
 
Seção I 
Da Colaboração Premiada 
Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) 
a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e 
voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou 
mais dos seguintes resultados: 
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles 
praticadas; 
Tarefa Mínima 
 
 29 
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; 
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividadesda organização criminosa; 
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização 
criminosa; 
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada. 
 
§ 1o Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, 
as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm 
 
TEXTO II 
 
A crise política pela qual o país passa nos poderes executivos e legislativos trouxe à tona 
a delação premiada, termo pouco conhecido no Brasil. O instrumento jurídico ganhou popularidade com a 
Operação Lava Jato, liderada pela Polícia Federal. AO que começou com a investigação de um grupo de doleiros 
envolvidos com desvio de dinheiro no âmbito da Petrobras, hoje já se configura como uma das principais ações 
contra corrupção e lavagem de dinheiro realizada no país. Mas, afinal, você sabe o que significa a delação 
premiada? 
A delação premiada é um acordo firmado com o Ministério Público e a Polícia Federal no qual o réu ou 
suspeito de cometer crimes se compromete a colaborar com as investigações e denunciar outros integrantes da 
organização criminosa em troca de benefícios. A delação premiada é termo generalizante pois existem vários 
tipos de delação e ocorre no Brasil desde os anos 90. O acordo tem sido um dos principais meios de obter 
provas utilizado pela força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato. Até agora, a investigação conta com 
cerca de 30 colaboradores. 
De acordo com o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, os acordos de colaboração premiada 
podem ser utilizados em maior escala com o objetivo de rastrear e repatriar ativos (bens e direitos que a 
empresa tem num determinado momento), o que acelera o ressarcimento de danos patrimoniais, pois não 
depende da espera de uma sentença judicial. “Até agosto de 2015, mais de R$ 1,8 bilhão estão sendo 
restituídos, no caso da Lava Jato, […] graças a acordos de colaboração premiada”, explicou Janot em entrevista 
para a Agência Brasil. 
O Juiz responsável pela Lava jato, Sérgio Moro, defendeu os acordos de delação premiada firmados. Em um 
dos despachos da operação, Moro disse que “crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas 
pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosas.” 
 
http://www.ebc.com.br/noticias/2015/09/operacao-lava-jato-entenda-o-que-e-delacao-premiada. 
Acesso em 18 de maio de 2016. 
 
TEXTO III 
 
A DELAÇÃO PREMIADA E SUA (IN) VALIDADE Á LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
A delação premiada é um fenômeno que cresce cada vez mais, principalmente no Brasil, que ainda não 
encontrou a fórmula certa para conter a criminalidade. 
O Estado, diante da necessidade imperiosa de conter o crime e penalizá-lo, ainda não logrou em achar 
nenhum meio eficaz para punir o criminoso. Utiliza-se de estabelecimentos prisionais que funcionam como 
meros depósitos degradantes de seres humanos, mas não alcançam ressocialização dos apenados. 
A criminalidade aumenta e a cada dia a violência campeia sem freios, o Estado fica cada vez mais 
impotente diante desta triste realidade: de um lado, o crescimento das organizações criminosas e sua 
modernização e, de outro lado, um sistema penal repressivo emperrado, despreparado e vulnerável. 
Assim, diante do quadro nebuloso, onde o poder público tenta de todas as formas conter os avanços das 
organizações criminosas, surge a figura da delação premiada, como solução para essa disparidade. 
Com o instituto, o legislador acredita ter encontrado a solução perfeita para o problema, no sentido de que 
bastaria oferecer um prêmio ao infrator e ele passaria a ser colaborador da investigação criminosa, fazendo 
assim o trabalho que o Estado não tem competência para cumprir, e passando por cima de conquistas 
históricas de um direito penal que contempla os princípios constitucionais. 
MARIANA DOERNTE LESCANO. PUCRS 
 
Considerando os textos da prova e os fragmentos de textos acima como motivadores, redija um texto 
dissertativo, na variante padrão da língua portuguesa, acerca do seguinte questionamento. 
 
Delação Premiada: avanço ou retrocesso à sociedade brasileira? 
 
 
 
 
 
30
 
UFU – SEMANA 03 
 
Orientação geral UFU 
A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha 
aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior 
conhecimento. 
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, 
obedeça às normas do gênero selecionado. 
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação 
escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. 
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. 
Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. 
E) Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. 
F) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 
 
Proposta: Redija um EDITORIAL sobre os riscos do aumento dos casos de aids no Brasil. 
 
Texto 1: Casos de Aids entre jovens aumentam mais de 50% em 6 anos no Brasil 
 
“Houve um aumento absurdo dos casos de Aids entre os jovens nos últimos anos. Neste sentido, nós no 
Brasil estamos indo na contramão de outros países”, Drauzio Varella afirma. 
O aumento é de mais de 50% em seis anos. “O principal motivo é o comportamento sexual dos jovens. 
Eles acham que ninguém mais morre de Aids hoje, e que se pegar o vírus é só tomar o remédio que acabou e 
que está tudo bem. Está tudo bem, não. É uma doença grave. Vai ter que tomar remédio pelo resto da vida. E 
esses remédios provocam efeitos colaterais A Aids não tem cura, você pega o vírus, o tratamento pode 
controlar a doença, mas você vai ter problemas pelo resto da vida”, alerta Dráuzio. 
 
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/11/ 
casos-de-hiv-entre-jovens-aumentam-mais-de-50-em-6-anos-no-brasil.html 
 
Texto 2: 'Virei um caçador do vírus HIV', diz praticante de roleta-russa do sexo 
 
“Barebacking” - é um termo em inglês utilizado para se referir à prática de atos sexuais sem a utilização de 
um preservativo. A palavra original indicava o ato de cavalgar um cavalo sem sela. 
A prática "bare" é antiga. É conhecida desde a década de 1980, com mais casos nos Estados Unidos. No 
Brasil, a maior parte dos participantes é do sexo masculino, homossexuais, que tem o interesse em fazer sexo 
grupal. Alguns deles estão em grupos apenas pelo risco: têm relações com várias pessoas e são informados que 
algum deles é portador do vírus, mas não sabem exatamente quem, por isso a prática também é conhecida 
como roleta-russa do sexo. 
Disponível em: http://m.folha.uol.com.br/saopaulo/2015/02/1594341- 
virei-um-cacador-do-virus-hiv-diz-praticante-de-roleta-russa-do-sexo.shtml?mobile 
 
Texto 3: Apps de paquera levam a aumento em casos de HIV entre adolescentes, diz ONU 
 
O foco da nova pesquisa, divulgada nesta semana, é a região da Ásia-Pacífico, que inclui países como 
China, Japão, Indonésia e Tailândia, além de nações da Oceania.A conclusão é que a região – que concentra 
metade do 1,2 bilhão de adolescentes do mundo – enfrenta uma "epidemia oculta" de HIV entre jovens de 15 a 
19 anos. Houve 50 mil novos casos nessa faixa etária em 2014, o que representa 15% das infecções 
registradas na região no período. 
A epidemia avança mais rápido – sobretudo em grandes cidades, como Bangcoc (Tailândia), Jacarta 
(Indonésia) e Hanói (Vietnã) – entre homens jovensque fazem sexo com homens e jovens usuários de drogas 
injetáveis. Segundo o Unicef, essa tendência coincide com um aumento no comportamento de risco, como 
envolvimento sexual com múltiplos parceiros e uso irregular de preservativos. 
"Embora as circunstâncias sociais e econômicas possam variar, são jovens afetados pelas inseguranças 
emocionais da adolescência, como a expectativa de cumprir papeis de gênero e baixa autoestima (...). Jovens 
também costumam acreditar que não correm risco, mesmo considerando que outros com o mesmo 
comportamento estão em perigo", afirma o relatório. 
Outra conclusão da pesquisa é que adolescentes são mais vulneráveis a morrer de causas relacionadas à 
Aids, por causa de fatores como diagnóstico tardio e menor propensão a buscar tratamento, muitas vezes por 
temor de estigmatização ou de expor a sexualidade a familiares ou autoridades. 
 
Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151202_apps_aids_tg 
 
Texto 4: Pesquisa alerta para o crescimento da Aids entre os jovens brasileiros 
O número de casos novos de Aids está diminuindo no mundo, mas no Brasil preocupa o crescimento da 
doença entre os jovens. É o que mostra o relatório anual da Unaids, programa das Nações Unidas sobre HIV. 
[...] o que os números do relatório do Unaids mostram: a cada três pessoas infectadas em todo o mundo, 
uma tem entre 15 e 24 anos. No Brasil, a preocupação é com os garotos de 15 a 19 anos. O número de casos, 
nessa faixa etária, aumentou 53% de 2004 a 2013. 
Tarefa Mínima 
 
 31 
Hoje, a estimativa é que 36,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o vírus HIV, mas só metade 
delas, 54% sabem. Daí a importância de fazer o exame o quanto antes e começar a tomar os remédios. 
No Brasil, a estimativa é que 734 mil pessoas estejam contaminadas. Desde 1996, todos os remédios 
contra a doença são de graça e o governo aumentou a distribuição. Antes, recebia o remédio somente quem 
desenvolvia a Aids ou tinha carga viral muito alta, mas desde 2013 todos os soropositivos tomam o 
antiretroviral. 
O tratamento no Brasil virou referência. “Nós já temos 61% das pessoas, é uma média bem acima da 
média global, que é de 41%. Mas tem um grande esforço para que a gente chegue nesses 90% até antes de 
2020", explica Fábio Mesquita, diretor do departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde. 
 
Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-hoje/pesquisa-alerta- 
para-o-crescimento-da-aids-entre-os-jovens-brasileiros.html 
 
Texto5: Cresce o número de homens com Aids no Brasil, aponta Ministério da Saúde 
 
Os dados são do Boletim Epidemiológico de HIV e Aids de 2016, divulgado nesta quarta (30) por ocasião do 
Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro. De acordo com o novo boletim 
epidemiológico, 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil. A epidemia no Brasil está estabilizada, com 
cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. [...] entre jovens do sexo masculino, houve um incremento de casos em 
todas as faixas etárias. Dos 20 aos 24 anos, por exemplo, a taxa de detecção subiu de 16,2 casos para cada 
100 mil habitantes, em 2005, para 33,1 casos em 2015. 
 
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/12/ 
1837125-cresce-o-numero-de-homens-com-aids-no-brasil-aponta-ministerio-da-saude.shtml 
 
Texto 6 
 
 
 
ENEM – SEMANA 04 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua 
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre 
o seguinte tema: DEPENDÊNCIA QUÍMICA EM DISCUSSÃO NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção 
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e 
fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
TEXTO I 
 
O consumo de crack se disseminou pelo País e, ao que parece, teve aumento razoável nos últimos anos. 
Mas não se trata de uma epidemia, e sim do fato de seu consumidor, por uma série de fatores, incomodar mais 
os olhos. Infelizmente, para quem é doente (sofre a síndrome da dependência), uma dose de pinga é tão letal 
ou prejudicial quanto a fumaça de uma “pedra”. Talvez pior. Depende do que se entende por “epidemia”. O que 
se alastra por aí, na verdade, é a falta do que fazer a respeito do assunto. Agora sim temos uma epidemia 
perigosíssima: a da ignorância e da indiferença. Através da política de Atenção Integral a Usuários de Álcool e 
outras Drogas deu-se ao dependente químico o status de cidadão. O primeiro passo para uma abordagem 
humana e sem preconceitos está na garantia dos seus direitos básicos e fundamentais para a vida, como 
saúde, educação e assistência social. 
 
MORAES, Roney. Dependência Herdada. Revista Psique, edição 121. 
 
 
 
 
 
32
TEXTO II 
 
CAPS 
O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD 24 horas) é um serviço específico para o 
cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool, crack e 
outras drogas. Seu público específico são os adultos, mas também podem atender crianças e adolescentes, 
desde que observadas as orientações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os CAPS AD 24 horas 
oferecem atendimento à população, realizam o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo 
acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Os 
CAPS também atendem aos usuários em seus momentos de crise, podendo oferecer acolhimento noturno por 
um período curto de dias. O CAPS apoia usuários e famílias na busca de independência e responsabilidade para 
com seu tratamento. Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em 
busca da rede de suporte social, que possam garantir o sucesso de suas ações, preocupando-se com a pessoa, 
sua história, sua cultura e sua vida cotidiana. Dispõe de equipe multiprofissional composta por médico 
psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros. 
 
http://www.brasil.gov.br/observatoriocrack/cuidado/centro-atencao-psicossocial.html Acesso em 14 de abril de 2016. 
 
TEXTO III 
 
Mesmo proibida para menores, a ingestão de álcool por adolescentes cresceu nos últimos anos e é hoje um 
grande problema de saúde pública. Estudo realizado em 1996 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre 
Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo, em dez estados brasileiros, mostrou que 19% dos 
jovens entre 10 e 18 anos tomavam bebida alcoólica mais de seis vezes por mês. Em 1989, esse índice era de 
14%. Os que consumiam álcool cerca de 20 vezes por mês passaram de 8% para 12%.Entre maio e julho de 
2011, uma pesquisa realizada no Estado de São Paulo pelo Instituto Ibope apontou que 94% dos adultos e 88% 
dos adolescentes acham fácil, ou muito fácil, menores de 18 anos conseguirem bebidas alcoólicas. E que 39% 
já compraram bebidas pessoalmente. 
 
http://www.alcoolparamenoreseproibido.sp.gov.br/?page_id=6 Acesso em 14 de abril de 2016. 
 
TEXTO IV 
 
 
 
http://www.infojovem.org.br/blog/2016/03/29/comissao-de- 
educacao-debate-sobre-alteracoes-na-politica-nacional-de-drogas/ 
 
INSTRUÇÕES 
� O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na 
folha própria, em até 30 linhas. 
� A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero. A redação 
que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero. 
� A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota 
zero. 
� A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de questões terá o 
número de linhas copiadas desconsiderado para efeitode correção. 
Tarefa Mínima 
 
 33 
 
IME/ITA – SEMANA 04 
 
Texto 1 
 
Resíduos de agrotóxicos estão presentes até no leite materno 
A exposição aos agrotóxicos causa inúmeros efeitos à saúde e está ligada a vários tipos de câncer. Não é 
achismo ou ativismo. É o que apontam vários estudos científicos ao longo das últimas décadas. 
Alheio aos sucessivos alertas, o Brasil segue ocupando a liderança mundial de consumo desses venenos. 
Na semana passada, em um feito inédito, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) se posicionou contra o uso 
de pesticidas e recomendou a sua "redução progressiva e sustentada" nas plantações. Alguém avisou o 
Ministério da Agricultura sobre isso? 
Segundo documento divulgado pelo instituto, a liberação do uso de sementes transgênicas no Brasil foi 
uma das responsáveis por colocar o país no primeiro lugar no ranking mundial, já que o cultivo das sementes 
modificadas exige grande quantidade desses produtos. 
No Brasil, a venda de agrotóxicos saltou de US$ 2 bilhões para mais de US$ 7 bilhões entre 2001 e 2008, 
alcançando valores recordes de US$ 8,5 bilhões em 2011. Ultrapassamos a marca de 1 milhão de toneladas, o 
que equivale a um consumo médio de 5,2 kg de veneno por habitante. Para a indústria química, o alto consumo 
é efeito colateral de um objetivo nobre: aumentar a produtividade das lavouras brasileiras. 
A literatura científica aponta vários efeitos associados à exposição crônica aos agrotóxicos, como 
infertilidade, impotência, abortos, malformações, neurotoxicidade, desregulação hormonal, efeitos sobre o 
sistema imunológico e câncer. 
 
MEDIDAS 
Há medidas muito concretas que o país poderia adotar para frear esse abuso. Por exemplo, o fim da 
pulverização aérea, já banida em quase toda a Europa por causar dispersão dessas substâncias nocivas no meio 
ambiente. Apenas uma pequena parte do agrotóxico cai na planta, a maior parte fica no solo, na água e nas 
comunidades que moram no entorno das plantações. 
Mas tanto a indústria quanto o setor da aviação agrícola argumentam que suprimir a pulverização aérea 
reduziria em até 40% a produtividade das lavouras. 
Outra medida defendida pelos ambientalistas é o fim da isenção de alguns impostos que o país a concede à 
indústria produtora de agrotóxicos. O preço de registro de novos agrotóxicos também funciona como incentivo 
ao setor. É de no máximo US$ 1 mil. Nos EUA, custa até US$ 630 mil. 
Por último, o Brasil deveria banir a comercialização de princípios ativos proibidos em outros países. Um 
dossiê de 2012 da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) aponta que, dos 50 produtos mais 
utilizados nas lavouras brasileiras, 22 são proibidos na União Europeia. 
 
LEITE MATERNO 
Outro documento, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostra que grande parte do 
estoque de produtos organofosforados banidos na China em 2007 tem sido enviados ao Brasil. 
Uma consequência cruel do alto consumo de agrotóxico no país foi muito bem documentada em 2011, 
numa pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz: até 
mesmo o leite materno pode conter resíduos de agrotóxicos. 
O estudo coletou amostras em mulheres do município de Lucas do Rio Verde (MT), um dos maiores 
produtores de soja do país. Em 100% delas foi encontrado ao menos um tipo de princípio ativo desses 
produtos. Em algumas, até seis tipos. 
Qual é a alternativa? Para a indústria, não há. Segundo ela, uma alimentação 100% orgânica levaria a uma 
inevitável queda de produtividade e não só Brasil, mas o mundo teria grande dificuldade de suprir alimento 
para a população. 
Ambientalistas, pesquisadores, produtores de orgânicos e o próprio Inca discordam. Dizem que se 
houvesse apoio de políticas públicas, crédito, pesquisa e assistência especializada seria possível construir um 
novo modelo agrícola, com alimentos livres de agrotóxico. Essa é uma bandeira deveria ser encampada pelas 
redes sociais. A saúde e o ambiente agradecem. 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2015/04/ 
1615841-residuos-de-agrotoxicos-estao-presentes-ate-no-leite-materno.shtml 
 
 
 
 
 
34
Texto 2 
 
 
 
http://boletimmstrj.mst.org.br/campanha-contra-os-agrotoxicos-ganha-nova-charge/ 
 
Escreva um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO que apresente mudanças na maneira de pensar e de 
agir dos profissionais, empresários do campo, que proporcionem melhorias para a saúde das pessoas. 
 
Na avaliação de sua redação, serão considerados: 
a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto; 
b) coesão e coerência do texto; e 
c) domínio do português padrão. 
 
Atenção: A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. 
 
Dissertação argumentativa: gênero textual baseado em estudo teórico de natureza reflexiva, que 
consiste na ordenação de ideias sobre um determinado tema. Por isso, nesse texto é importante desenvolver 
um raciocínio por meio de argumentos científicos que fundamentem posições. Logo, é necessário estabelecer 
relações de causa e consequência, dar exemplos, tirar conclusões e apresentar um texto com organização 
lógica das ideias. 
 
Indicações de leitura 
1) http://veja.abril.com.br/educacao/pais-e-professores-uma-relacao-dificil/; 
2) Filme: A Onda; 
3) Filme: Meu Nome é Radio. 
 
PUC – SEMANA 04 
 
Tema: A discussão da violência urbana entre a banalização e a consciência social 
 
Texto I 
Mãe de estudante morta ao sair de cursinho diz não ter ódio de suspeita 
 
NatháliaZucatelli foi assassinada em Goiás, na última segunda-feira (22). 
Mulher que teria atirado na jovem foi presa na noite de quinta (25) pela PM. 
Cinco dias após ter a filha assassinada em um assalto, a mãe da estudante Nathália Araújo Zucatelli falou 
pela primeira vez sobre o crime. Em entrevista ao G1 nesta sexta-feira (26), Maria José Zucatelli fez um 
desabafo sobre a mulher que foi presa, em Goiás, suspeita de ter matado a jovem de 18 anos. "Não 
conseguimos sentir ódio dela. Estamos orando por esta mulher, pois talvez ela não tenha recebido o amor que 
a nossa filha recebeu em casa", afirma. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi morta com um tiro ao sair de 
um cursinho em Goiânia. 
O crime aconteceu na noite de segunda-feira (22), quando a jovem saia de uma escola. Na noite de quinta-
feira (25), quatro dias depois, a Polícia Militar de Goiás conseguiu prender a mulher suspeita de ter matado 
Nathália. O comparsa dela continua sendo procurado. 
Após saber da prisão, a mãe de Nathália, que mora em Alvorada do Oeste (RO), falou sobre a suspeita de 
ter matado a filha dela. "No momento em que recebemos a notícia nós ficamos bastante, não vamos dizer 
alegres, mas conformados. Pois temos a certeza que esta pessoa não vai mais cometer o mesmo crime que ela 
cometeu com a minha filha", diz. 
 
Adaptado de http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2016/02/mae-de-aluna-morta-ao-sair-de-curso-fala-sobre-
suspeita-nao-tenho-odio.html acesso em 20/03/2016 
 
Tarefa Mínima 
 
 35 
Texto II 
Sem policiais nas ruas, cresce reação das vítimas a assaltos 
20/03/2016 
 
O jornal O Hoje traz neste fim de semana matéria mostrando que a 
escalada da violência em Goiás está fazendo com que as vítimas de 
assaltos reajam à ação dos criminosos. Foi o que aconteceu na semana 
passada, quando um jovem de 15 anos matou um assaltante dentro do 
Eixo Anhanguera, a caminho de Trindade. 
Em entrevista ao diário, o presidente da Comissão de Segurança 
Pública e Política Criminal da OAB Goiás, Edemundo Dias, afirmou “que 
quando a população começa a abrir mão desse pacto social é porque não 
acredita mais na capacidade do poder público.” 
Nesta semana, a OAB vai entregar um documento com recomendações em relação à segurança pública, 
que incluemaumento do efetivo de policiais e mudança na legislação. 
 
http://www.goiasreal.com.br/noticia/3056/sem-policiais-nas-ruas-cresce-reacao-das-vitimas-a-assaltos 
 
Texto III 
Comissão da Câmara aprova texto que libera porte de armas no Brasil 
 
Por iG São Paulo | 27/10/2015 18:06 - Atualizada às 27/10/2015 18:51 
 
De autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça, o Projeto de Lei 3722/2012 prevê, entre outras coisas, 
liberar o porte de armas, reduzir a idade mínima para que cidadãos possam adquiri-las e expandir a 
abrangência de autoridades que possam portá-las. Além disso, para de cobrar taxas a quem quiser portá-las e 
elimina a renovação do porte, que passa a ser vitalício – atualmente, ele é renovado a cada três anos. 
“Sabendo que se alguns cidadãos de bem estão armados, alguns bandidos serão eliminados, e é bom que 
se faça uma limpeza, porque chega da população não poder se defender”, elogiou o deputado João Rodrigues 
(PSD-SC) antes da votação. 
A aprovação do texto-base foi por 19 votos a 8 – a íntegra da proposta deve ser votada na próxima terça-
feira (3). Caso passe na íntegra pela comissão, o texto seguirá para o Plenário da Câmara antes de passar pelo 
Senado e ir para sanção presidencial. Boa parte dos integrantes do grupo votante tem relação com a indústria 
armamentista, de acordo com levantamentos do Instituto Sou da Paz. 
 
Texto IV 
 
 
fonte: http://www.pantanalbarreiro.com.br/categoria/----Armas-de-Fogo/ 
 
Texto V 
 
Marcos do Val para Gentili: “Temos que parar de falar que bandido bom é bandido morto” 
 
Marcos do Val é instrutor da S.W.A.T. [e] contra todo e qualquer preconceito que possa existir em relação 
a um brasileiro nessa função. Nas horas vogas, ele mantém uma página no Facebook que merece ser seguida 
por todos. Recentemente, protagonizou uma das melhores entrevistas feitas por Danilo Gentili no The Noite. 
Nela, falou das dificuldades de se trabalhar em outros países, mostrou alguns exercícios e desabafou sobre a 
rotina policial brasileira. Em dado momento, chamou atenção uma fala dele que merece ser ouvida pela metade 
do Brasil que concorda que “bandido bom é bandido morto”: 
 
 
 
 
36
“Uma coisa que é preciso deixar clara com a sociedade, uma coisa que eu trago há muito tempo comigo, 
que eu vejo pelos Estados Unidos e no Brasil: nós temos que parar de falar que bandido bom é bandido morto. 
Quando a gente fala isso, a gente está dando carta branca pros maus policiais agirem. E quando os maus 
policiais acabam agindo, a sociedade que falou ‘bandido bom é bandido morto’ é a mesma que critica a ação 
violenta da polícia. E quando o bandido sabe que a polícia vai chegar no intuito de matá-lo, eles vão trocar tiro, 
vai ter bala perdida, é a sociedade quem vai sofrer com isso. Então, bandido bom é um bandido preso e 
condenado.” 
Na conclusão da fala, Marcos do Val lembrou que é preciso a sociedade se concentrar nas melhorias e no 
cumprimento da lei, de forma a diminuir cada vez mais a sensação de impunidade que toma o Brasil de assalto. 
 
http://www.implicante.org/noticias/marcos-do-val-para-gentili-temos-que-parar-de-falar-que-bandido-bom-e-bandido-
morto/ 
Texto V 
 
Texto VI 
 
 
 
Texto VII 
 
*Se você está me vendo, está tendo o pior dia de sua vida 
O Abutre (Nightcrawler) 
Elenco: Jake Gyllenhaal, Bill Paxton, Rene Russo 
Direção: Dan Gilroy 
Gênero: Suspense 
Duração: 117 min. 
Distribuidora: Diamond Films 
Orçamento: R$ 25 milhões 
Estreia: 18 de Dezembro de 2014 
Sinopse: O Abutre acompanha Lou Bloom, um jovem determinado e desesperado por 
trabalho que descobre o mundo em alta velocidade do jornalismo sensacionalista em 
Los Angeles. Ao encontrar equipes de filmagem freelances à caça de acidentes, 
incêndios, assassinatos e outras desgraças, Lou entra no reino perigoso e predatório dos nightcrawlings — as 
minhocas que só saem da terra à noite. Nele, cada lamento da sirene da polícia pode significar uma tragédia 
em que as vítimas são convertidas em dinheiro. Ajudado por Nina, uma veterana do sensacionalismo 
sanguinário que se tornou a cobertura de notícias nos canais de televisão locais, Lou ultrapassa a linha entre o 
observador e o crime para se tornar a estrela de sua própria história. 
 
Tarefa Mínima 
 
 37 
Texto VIII 
 
Projeto que libera porte de armas é recordista em apoio popular na Câmara 
Nem educação, nem transporte, nem saúde. Assunto polêmico e delicado, o porte de armas de fogo e 
munições é o recordista de apoio popular pelos canais de interação da Câmara dos Deputados com a sociedade, 
como o telefone 0800 da instituição. Por ele ou por enquetes disponíveis em sua página na internet, a população 
tem interagido a favor de uma proposta que revoga o Estatudo do Desarmamento, lei federal de 2003. 
 
http://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/128011957/projeto-que-libera-porte-de-armas-e- 
recordista-em-apoio-popular-na-camara 
 
Editorial 
É sabido que o Estatuto do Desarmamento será revogado, afinal a maioria da população de forma 
conservadora aprova tal ato como aponta o Texto VII da coletânea, aguarda-se apenas a votação no plenário 
da Câmara que deve acontecer após o meio do ano. Diante dessa situação e do subsídio informativo e reflexivo 
dos textos anteriores, você no papel do editor chefe de um grande jornal de circulação regional – Correio 
Brasiliense ou O Popular, são sugestões – deverá expor as expectativas das manchetes a respeito de segurança 
pública nas publicações futuras. 
 
Crônica 
Atualmente a Crônica é um gênero textual de característica jornalística. Sendo assim, na posição de um 
cronista regional, a você é solicitado que produza um texto narrativo reflexivo sobre uma situação inerente ao 
papel do jornalismo frente às coberturas de tragédias de violência do cotidiano metropolitano de sua região. 
 
Carta Aberta 
Escreva uma Carta de Aberta direcionada a uma emissora de TV nacional posicionando-se positivamente ou 
negativamente sobre as abordagens feitas sobre casos de violência urbana. Tente construir uma imagem mais 
consistente do seu interlocutor a fim de oferecer relevância ao seu ponto de vista e às ideias que escolheu 
desenvolver. São exemplos as figuras sociais de políticos – deputados ou vereadores – policiais, delegados, 
investigadores, juízes, professores, filósofos ou, mesmo, médicos. Tudo dependerá da sua capacidade de 
estabelecer relações entre o tema e a situação sociocomunicativa. 
 
Sugestão de repertório sociocultural: obviamente assistir ao filme O Abutre, procure na internet que você 
encontra. Netflix é uma possibilidade. 
 
FUVEST – SEMANA 04 
 
TEXTO I 
O pensamento ético moderno, particularmente o dos filósofos iluministas e materialistas franceses do 
século XVIII, sustenta o direito dos homens serem felizes neste mundo, mas concebe a felicidade num plano 
abstrato, ideal, fora das condições concretas da vida social. Tais pensadores esqueciam o fundamento 
aristotélico de que o homem necessita de condições concretas para sua felicidade. Apesar, é claro, dos limites 
do conceito de felicidade imposto por Aristóteles. Até Maquiavel, que se debruçou sobre uma análise do Estado 
em seu sentido concreto e real. 
A ética do período contemporâneo, que se convencionou chamar de pós-moderna, é uma prática do culto 
ao individualismo (ou tudo para mim, ou o ‘inferno’ para todos). Uma felicidade nestes moldes é uma felicidade 
imoral. Certos indivíduos de um grupo social que somente podem encontrar a felicidade à custa da infelicidade 
dos outros. Todas as potencialidades humanas só teriam valor se estivessem voltadas para a felicidade de um 
povo ou de toda a humanidade. 
 
Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br/diretorio-academico/o-individualismo-e-o-capitalismo-
posmoderno/. Acesso em 23/05/2016. 
 
TEXTO II 
 
 
Disponível em:http://migre.me/tUHZ5. Acesso em 23/05/2016. 
 
 
 
 
 
38
TEXTO III 
 
 
Operários, de Tarsila do Amaral. Disponível em: http://migre.me/tUI56. Acesso em 23/05/2016. 
 
A partir dos textos acima e do seu repertório sociocultural, redija um texto dissertativo-argumentativo 
acerca do seguinte tema: O paradoxo entre o “eu” o “outro” na contemporaneidade. 
 
UNICAMP – SEMANA 04 
 
Introdução 
 
A prova de redação da Unicamp pauta-se em alguns princípios essenciais: solicitar a escrita a partir de uma 
situação específica de comunicação verbal, com o subsídio de textos-fonte, num gênero de texto específico. 
Isso implica situar a produção escrita quanto ao gênero, aos interlocutores, ao propósito que é necessário 
atender, à forma de circulação do texto. Esses princípios estão explicitados em documentos oficiais que 
orientam e regulam o ensino de língua portuguesa no Brasil, tais como as Orientações Curriculares para o 
Ensino Médio (OCEM, 2006) e os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa de 5a a 8a série 
(PCN, 1997). A proposta curricular desses documentos estabelece, entre outras premissas, que o trabalho de 
escrita deve estar baseado em uma concepção de língua como (inter)ação e na diversidade de gêneros do 
discurso, o que implica considerar os aspectos inerentes a qualquer tipo de interação verbal: quem são os 
interlocutores, quais as finalidades da interação, qual o gênero, etc. 
Levando tais princípios em consideração, os candidatos inscritos no vestibular Unicamp são, a cada ano, 
expostos a demandas de uso da linguagem variadas – uma vez que os próprios gêneros, interlocutores e temas 
variam. Dessa forma, são desafiados a mobilizar conhecimentos e estratégias distintas, a fim de cumprir o 
solicitado nas duas propostas da prova. A temática, antes de ser o ponto de partida da produção, como ocorre 
nas “redações sobre o tema X”, emerge desses parâmetros da situação apresentada no enunciado. 
 
A avaliação por meio da produção de determinados gêneros discursivos é importante porque possibilita aos 
candidatos o uso estratégico de seus conhecimentos sobre a linguagem e sobre as restrições que os gêneros 
impõem. O trabalho com os gêneros permite que os candidatos não fiquem presos a modelos de texto 
preestabelecidos, mas que mobilizem seus conhecimentos na elaboração de uma tarefa específica e 
detalhadamente orientada, tal como acontece nas práticas cotidianas de uso da escrita. Um exemplo disso é a 
questão das cartas de caráter argumentativo. Dependendo do propósito comunicativo, do tipo de interlocutor 
que é definido e dos textos-fonte, a carta pode atender a diferentes objetivos, possibilitando que a execução da 
tarefa ocorra de forma flexível e adaptada ao contexto de produção previsto no enunciado. Uma carta do leitor 
e uma carta-convite guardam em comum certas características formais, mas se distanciam em termos de 
propósito mais específico. É possível dizer que ambas demandam algo do interlocutor em questão e procurarão 
ser o mais persuasivas possível para alcançar os objetivos que se propõem. Nesse sentido, ambas são 
argumentativas, mas não se estruturarão da mesma forma. 
Desse modo, a semelhança de gêneros não significa que os candidatos sejam desafiados da mesma 
maneira e possam, indistintamente, aplicar conhecimentos sobre um “modelo” do que é denominado carta 
argumentativa. O treinamento exaustivo de modelos de gênero termina por deixar em segundo plano a reflexão 
fundamental sobre uma série de aspectos na escrita do candidato, tais como: 
a) o modo como o locutor (aquele que escreve, conforme o enunciado) e o interlocutor (aquele a quem se 
destina o texto escrito) estão representados na linguagem do texto; 
b) a pertinência do registro de linguagem adotado (formal, semiformal, informal) na escolha das palavras e 
expressões; 
c) o modo como o tema é abordado; 
d) as estratégias de argumentação adotadas; 
e) o uso da norma padrão e das formas de organização textual que atenderão aos tópicos anteriores 
(estrutura das sentenças, elementos de coesão, etc.). 
 
Tarefa Mínima 
 
 39 
A avaliação dos aspectos mencionados depende dos parâmetros da situação de escrita, ou seja, dos 
interlocutores pressupostos, do propósito da produção e dos textos-fonte oferecidos. Nesse sentido é que a 
redação solicitada no vestibular da Unicamp deve ser vista como a reprodução de uma prática situada de 
escrita e não como mero exercício de redação. 
 
https://www.comvest.unicamp.br/vest_anteriores/2016/download/comentadas/redacao.pdf 
 
PROPOSTA 01 
 
Você integra um grupo de estudos formado por psicólogos. Periodicamente, cada membro apresenta resultados 
de leituras realizadas sobre temas diversos. Você ficou responsável por elaborar um ARTIGO DE OPINIÃO sobre 
a relação entre perfeccionismo e transtornos de ansiedade, que deverá ser escrito em registro formal. 
 
Seu texto deverá contemplar: 
a) o conceito de ansiedade; 
b) o seu ponto de vista sobre a relação entre perfeccionismo e transtornos de ansiedade, assim como as 
principais informações que sustentam esse ponto de vista; 
c) as relações possíveis entre os conceitos de perfeccionismo e ansiedade. 
 
Excerto 1: Ansiedade - O mal do Século XXI 
 
A sociedade enfrenta o novo desafio de combater este distúrbio psíquico, que se torna cada vez mais 
comum na atualidade. Em uma sociedade voltada ao consumo e o acúmulo de riquezas, em que as relações 
interpessoais se tornam cada vez mais distantes, e a pressão é um fator constante na vida das pessoas, surge 
uma nova mazela dentro da complexidade humana, a ansiedade em excesso. Uma sensação comum que 
sentimos quando temos uma grande preocupação, seja com a família, no trabalho, antes de uma festa, viagem 
e até em fatos do cotidiano, como buzinar para o carro da frente no exato segundo que o farol abriu. 
Não se contaminar pela ansiedade coletiva e vencê-la são grandes desafios, porque exigem um enorme 
esforço diário. Precisamos ficar atentos porque o século 21 é um período de transformações rápidas e 
profundas, que exigem um poder de adequação muito grande, ao custo (muitas vezes) de grandes frustrações 
profissionais e pessoais, que acarretam em grandes inseguranças e ansiedades recorrentes. 
E, se por um lado o advento da internet e toda a interatividade digital de comunicação instantânea 
tornaram possível o que antes parecia uma utopia, se comunicar com pessoas em diferentes partes do mundo 
sem mesmo conhecê-las, por outro lado, precisamos tomar cuidado para que essa agilidade não nos aprisione 
em uma tensão constante. 
É neste novo contexto que a ansiedade se torna um problema de conjectura maior, uma ameaça ao bem 
estar, que quando não tratada pode se transformar em uma doença. Ela se torna constante, pois existe uma 
ansiedade antecipatória que toma conta do indivíduo ao longo do dia, fazendo-o se privar de algumas situações 
ou mesmo fugir delas. A partir desse excessivo desconforto são desenvolvidas as fobias, medo de lugares 
fechados, abertos, medo de avião, de andar de carro, contato com outras pessoas. Durante esses eventos a 
pessoa começa a apresentar uma série de sintomas, chegando a perder o controle sobre suas próprias ações 
por alguns momentos. 
O corpo e a mente têm seus funcionamentos semelhantes ao de um computador que, quando não 
monitorados de forma adequada, podem apresentar inúmeros problemas e ter suas funcionalidades 
prejudicadas. Assim como nas demais áreas, a sobrecarga de trabalho e a necessidade de uma aprendizagem 
rápida e contínua têm levado muitos profissionais de TI ao desenvolvimento de distúrbios de ansiedade, como o 
estresse. 
Mas se engana quem pensa que a ansiedade é uma doença, pelo contrário, ela é extremamente normal e 
só vira uma ameaça quando se apresenta em graus elevados, como diz Cacilda Amorim, Especialista emPsicoterapia Comportamental. 
"A ansiedade é uma sensação comum ao nosso organismo e não é ruim, porque é necessária em muitas 
circunstâncias que exigem do nosso corpo uma reação adequada, como uma preparação maior e uma reação 
rápida, mecanismos geralmente acionados em uma pessoa ansiosa". 
Esse estado é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar 
medidas para enfrentar ameaças. O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida, enquanto a 
ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga. Segundo a psicoterapeuta, o comportamento 
ansioso sempre esteve presente na humanidade só que de formas diferentes, referindo-se às dificuldades 
enfrentadas por nossos antepassados na escala evolutiva, na busca por alimentos, disputando espaço com 
animais selvagens, até os dias atuais com desafios como a entrega de relatórios, o cumprimento de prazos e 
metas. Cacilda cita também a herança genética como sendo um dos fatores desencadeadores de sintomas de 
ansiedade aguda, que podem se manifestar ao longo da vida. (...) 
 
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/midia/ansiedade-mal-seculo-21.html 
 
 
 
 
 
40
Excerto 2: 
 
http://www.vladman.net/depressao.php 
 
Gênero artigo de opinião 
 
É um gênero jornalístico que defende um ponto de vista sobre um tema geralmente polêmico, buscando 
convencer o leitor da opinião do jornalista, autor do texto. É sempre assinado e pode ser escrito na primeira 
pessoa. 
As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade de quem o escreve, e, por este 
motivo, o jornalista deve ter cuidado com a veracidade das informações que apresenta ao longo do seu texto. 
 
Fonte:FONTANA, Niura Maria. Práticas de linguagem: gêneros discursivos e interação. Caxias do Sul, RS. 
 
PROPOSTA 02 
 
Após analisar o texto do excerto 1, faça um RESUMO sobre ele para ser publicado na revista semanal da 
Unicamp. 
 
Excerto 1: 
 
A mídia realmente tem o poder de manipular as pessoas? 
 
À primeira vista, a resposta para a pergunta que intitula este artigo parece simples e óbvia: sim, a mídia é 
um poderoso instrumento de manipulação. A ideia de que o frágil cidadão comum é onipotente frente aos 
gigantescos e poderosos conglomerados da comunicação é bastante atrativa intelectualmente. Influentes 
nomes, como Adorno e Horkheimer, os primeiros pensadores a realizar análises mais sistemáticas sobre o 
tema, concluíram que os meios de comunicação em larga escala moldavam e direcionavam as opiniões de seus 
receptores. Segundo eles, o rádio torna todos os ouvintes iguais ao sujeitá-los, autoritariamente, aos idênticos 
programas das várias estações. No livro Televisão e Consciência de Classe, Sarah Chucid Da Viá afirma que o 
vídeo apresenta um conjunto de imagens trabalhadas, cuja apreensão é momentânea, de forma a persuadir 
rápida e transitoriamente o grande público. Por sua vez, o psicólogo social Gustav Le Bon considerava que, nas 
massas, o indivíduo deixava de ser ele próprio para ser um autômato sem vontade e os juízos aceitos pelas 
multidões seriam sempre impostos e nunca discutidos. Assim, fomentou-se a concepção de que a mídia seria 
capaz de manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica. 
Todavia, como bons cidadãos céticos, devemos duvidar (ou ao menos manter certa ressalva) de 
preposições imediatistas e aparentemente fáceis. As relações entre mídia e público são demasiadamente 
complexas, vão muito além de uma simples análise behaviorista de estímulo/resposta. As mensagens 
transmitidas pelos grandes veículos de comunicação não são recebidas automaticamente e da mesma maneira 
por todos os indivíduos. Na maioria das vezes, o discurso midiático perde seu significado original na controversa 
relação emissor/receptor. Cada indivíduo está envolto em uma “bolha ideológica”, apanágio de seu próprio 
processo de individuação, que condiciona sua maneira de interpretar e agir sobre o mundo. Todos nós, ao 
entramos em contato com o mundo exterior, construímos representações sobre a realidade. Cada um de nós 
forma juízos de valor a respeito dos vários âmbitos do real, seus personagens, acontecimentos e fenômenos e, 
consequentemente, acreditamos que esses juízos correspondem à “verdade”. 
Dificilmente um sujeito de esquerda deixará de apresentar o mesmo posicionamento político após ler uma 
matéria na revista Veja, ou um direitista mudará suas ideias ao entrar em contato com publicações como 
CartaCapital e Caros Amigos. Um parâmetro de conduta hegemônico não surge apenas pela visibilidade 
midiática. Todas as ideias esboçadas nos meios de comunicação provêm de mecanismos psicológicos já 
existentes alhures. A onda de “linchamentos” ocorrida ano passado não foi consequência exclusiva dos 
programas policialescos ou dos discursos inflamados da apresentadora Rachel Sherazade, como 
equivocadamente interpretaram alguns. Nesse caso, os setores sensacionalistas da mídia somente 
reverberaram e reproduziram em larga escala preconceitos e ações que remetem aos primórdios da civilização 
(“justiça com as próprias mãos”, “olho por olho, dente por dente”) ou estão na sociedade brasileira há séculos 
(a imagem de um negro acorrentado a um poste nos faz lembrar o período escravocrata). 
 
Tarefa Mínima 
 
 41 
Mídia não manipula, mas sugere pautas 
 
Por outro lado, a enxurrada de informações presentes em um telejornal, por exemplo, faz com que a 
retenção de conteúdo midiático por parte do telespectador seja muito baixa. O estudo intitulado The Attention 
Factor in Recalling Network Television News revelou que mesmo um grupo composto por pessoas de bom nível 
educacional (às quais se pediu que prestassem atenção especial ao noticiário de uma noite específica na 
televisão) não foi capaz de recordar 25% das matérias assistidas apenas alguns minutos depois de encerrada a 
emissão, o que nos leva a considerar que a maioria das informações transmitidas por um telejornal não fica 
retida na mente dos telespectadores nem por uns poucos minutos. 
Não obstante, a mídia é apenas um, entre vários quadros ou grupos de referência, aos quais um indivíduo 
recorre como argumento para formular suas opiniões. Nesse sentido, competem com os veículos de 
comunicação como quadros ou grupos de referência fatores subjetivos/psicológicos (história familiar, trajetória 
pessoal, predisposição intelectual), o contexto social (renda, sexo, idade, grau de instrução, etnia, religião) e o 
ambiente informacional (associação comunitária, trabalho, igreja). “Os vários tipos de receptor situam-se numa 
complexa rede de referências em que a comunicação interpessoal e a midiática se completam e modificam”, 
afirmou a cientista social Alessandra Aldé em seu livro A construção da política: democracia, cidadania e meios 
de comunicação de massa. Evidentemente, o peso de cada quadro de referência tende a variar de acordo com a 
realidade individual. Seguindo essa linha de raciocínio, no original estudo Muito Além do Jardim Botânico, 
Carlos Eduardo Lins da Silva constatou como telespectadores do Jornal Nacional acionam seus mecanismos de 
defesa, individuais ou coletivos, para filtrar as informações veiculadas, traduzindo-as segundo seus próprios 
valores. “A síntese e as conclusões que um telespectador vai realizar depois de assistir a um telejornal não 
podem ser antecipadas por ninguém; nem por quem produziu o telejornal, nem por quem assistiu ao mesmo 
tempo que aquele telespectador”, inferiu Carlos Eduardo. 
Recorrendo ao pensamento de Saussure, é importante ressaltar que o cidadão comum não tem o domínio 
completo da estrutura linguística. Até um analfabeto funcional não representa um alvo completamente 
vulnerável à persuasão midiática, pois suas próprias dificuldades interpretativas o impedem de replicar 
fielmente qualquer tipo de discurso ideológico que seja oriundodos meios de comunicação em larga escala. 
Como bem asseverou Muniz Sodré, a mídia não manipula, mas sugere determinadas pautas e, em última 
instância, cabe aos seus receptores aceitarem ou não. Os grandes veículos de comunicação podem até ter 
expectativas manipuladoras ou idealizar um modelo de público, mas a recepção de um enunciado sempre vai 
ser individualizada e recriada pelo sujeito. 
 
Ganhar visibilidade e ser conhecido 
 
Portanto, é extremamente reducionista afirmar categoricamente que o discurso midiático será 
automaticamente absorvido pelos seus receptores. À medida que melhoram os índices de instrução da 
população em geral e aumentam os pontos de vista alternativos ao status quo (como as redes sociais), a 
influência da mídia hegemônica tende a diminuir. Também não devemos deixar de mencionar que os trabalhos 
de Adorno e Horkheimer citados anteriormente contextualizam-se na onda de pessimismo acadêmico diante do 
êxito da propaganda ideológica nazista junto à população alemã. 
Em suma, os atuais estudos sobre recepção ou audiência substituíram as clássicas concepções dos meios de 
comunicação como todo-poderosos, que atribui os efeitos da comunicação via mídia exclusivamente à ação do 
emissor sobre o receptor, pela ênfase na capacidade interpretativa do receptor, que pode modificar o significado das 
mensagens de acordo com suas próprias contingências. Ademais, afirmar que uma pessoa absorve passivamente o 
conteúdo midiático é negligenciar o próprio processo evolutivo que, ao longo de milhões de anos, dotou o ser 
humano de um cérebro que lhe propiciou uma postura reflexiva frente à existência. 
Feitas as devidas observações sobre o tema manipulação midiática, um outro questionamento torna-se 
inevitável: ao relativizar a influência da mídia nas escolhas dos cidadãos comuns, podemos inferir que os 
conteúdos presentes nos grandes veículos de comunicação são neutros? Absolutamente, sem titubear, a 
resposta é negativa. Seria ingenuidade intelectual pensar o contrário. Não existe discurso despretensioso. 
Consequentemente, é quimérico exigir total imparcialidade para um jornalista, por exemplo. Décadas atrás, 
Bakhtin já nos alertava que todo emprego de signo é ideológico e todo recorte do real envolve julgamento. Para 
Bourdieu, um bom cidadão crítico deve considerar os jogos de poder e interesse que estão por trás dos grandes 
veículos da imprensa. A mídia influencia e também é influenciada por outros campos (política, economia, 
ciência, religião). Se, conforme o abordado anteriormente, podemos salientar que a mídia não manipula 
automaticamente o cidadão comum, isso não nos impede de asseverar que os veículos de comunicação em 
larga escala podem nortear as conversações cotidianas, contribuir para criar modismos e tendências ou alterar 
a agenda política de uma nação. Basta ressaltar que para uma determinada causa política ganhar visibilidade e 
ser do conhecimento de milhões de pessoas, deve passar, inevitavelmente, pelo prisma midiático. 
 
Mídia condiciona e é condicionada por outras áreas 
 
Em uma sociedade capitalista como a nossa o conteúdo presente nos grandes meios de comunicação 
condiz aos interesses das classes dominantes. Sendo assim, a maior parte das mensagens transmitidas é 
ideologizada pelas elites. Mensagens estas que serão mais bem sucedidas à medida que o cidadão comum não 
se dê conta de seu caráter ideológico. Em outros termos, conforme enfatizou o pensador esloveno Slavoj Žižek, 
a mediação ideológica atinge os fins colimados quando as pessoas não a percebem. 
 
 
 
 
42
Não há como negar que a mídia ocupa um papel importante na sociedade contemporânea. Entretanto, no 
Brasil, os grandes veículos de comunicação estão concentrados nas mãos de apenas onze famílias que, embora 
não tenham o mesmo poder e influência de outras épocas, ainda decidem que tipo de informação a maioria dos 
brasileiros deve receber e quais não devem, por não terem relevância jornalística ou por não atraírem o interesse 
do público consumidor. Desse modo, para que a mídia possa contemplar a pluralidade de ideias ou, como sugeriu 
Jurgen Habermas, aproximar-se de ser um mecanismo privilegiado da esfera pública que gere visibilidade para as 
demandas de diferentes grupos, é necessário que, questões como a democratização dos meios de comunicação, 
restrição de propriedades cruzadas de veículos midiáticos, regulamentação da programação e o incentivo ao 
surgimento de rádios comunitárias sejam colocadas em pauta. Por outro lado, é importante salientar que as 
mudanças no âmbito dos meios de comunicação de massa, isoladamente, não alteram a realidade. Utilizando um 
termo marxiano, a mídia não é uma infraestrutura que determina outras instâncias sociais. É inócuo pensar em 
uma melhor qualidade da programação midiática, por exemplo, sem fomentar uma organização social composta 
por cidadãos que tenham amplas possibilidades de desenvolver pensamentos críticos ou que não precisem se 
preocupar com questões básicas da existência. Portanto, levando-se em consideração que a mídia condiciona e é 
condicionada por outras áreas, não faz sentido algum falar em melhorias no sistema de comunicação em larga 
escala sem propor um projeto sólido de mudança global da sociedade. 
 
http://observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-midia-realmente-tem-o-poder-de-manipular-as-pessoas/ 
 
Gênero RESUMO 
 
O resumo tem por objetivo apresentar, com fidelidade, ideias ou fatos essenciais contidos num texto. Sua 
elaboração é complexa, já que envolve habilidades como leitura competente, análise detalhada das ideias do 
autor, discriminação e hierarquização dessas ideias e redação clara e objetiva do texto final. Em contrapartida, 
dominar a técnica de fazer resumos é de grande utilidade para qualquer atividade intelectual que envolva 
seleção e apresentação de fatos, processos, ideias, etc. 
O resumo pode se apresentar de várias formas, conforme o objetivo a que se destina. No sentido estrito, 
padrão, deve reproduzir as opiniões do autor do texto original, a ordem como essas são 
apresentadas e as articulações lógicas do texto, sem emitir comentários ou juízos de valor. Dito de 
outro modo, trata-se de reduzir o texto a uma fração da extensão original, mantendo sua estrutura e 
seus pontos essenciais. 
Uma maneira de se fazer resumo é iniciar com uma frase do tipo: "No texto ....., de ......, publicado 
em......., o autor apresenta/ discute/ analisa/ critica/ questiona ....... tal tema, posicionando-se .....". 
Esta forma tem a vantagem de dar ao leitor uma visão prévia e geral da estrutura e assunto do texto base. 
Em qualquer tipo de resumo, entretanto, dois cuidados são indispensáveis: buscar a essência do texto e 
manter-se fiel às ideias do autor. Copiar partes do texto e fazer uma "colagem", sob a alegação de buscar 
fidelidade às ideias do autor não é permitido, pois o resumo deve ser o resultado de um processo de 
"filtragem", uma (re)elaboração de quem resume. Se for conveniente utilizar excertos do original (para reforçar 
algum ponto de vista, por exemplo), esses devem ser breves e estar identificados (autor e página). É 
preferível, no entanto, fazer paráfrase. 
 
UFU – SEMANA 04 
 
Orientação geral UFU 
A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha 
aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior 
conhecimento. 
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, 
obedeça às normas do gênero selecionado. 
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação 
escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. 
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugarda assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. 
Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. 
E) Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. 
F) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 
 
Proposta: Redija um ARTIGO DE OPINIÃO sobre a relação entre a responsabilidade social e os 
resíduos urbanos no Brasil. 
 
Texto 1: Resíduos Sólidos 
 
A preocupação com os resíduos vem sendo discutida há algumas décadas nas esferas nacional e 
internacional, devido à expansão da consciência coletiva com relação ao meio ambiente. Assim, a complexidade 
das atuais demandas ambientais, sociais e econômicas induz a um novo posicionamento dos três níveis de 
governo, da sociedade civil e da iniciativa privada. 
A aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, após vinte e um anos de discussões no 
Congresso Nacional, marcou o início de uma forte articulação institucional envolvendo os três entes federados – 
União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade em geral - na busca de soluções para os 
problemas na gestão resíduos sólidos que comprometem a qualidade de vida dos brasileiros. A aprovação da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos qualificou e deu novos rumos à discussão sobre o tema. 
Tarefa Mínima 
 
 43 
A partir de agosto de 2010, baseado no conceito de responsabilidade compartilhada, a sociedade como um todo 
– cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada – passou a ser responsável pela gestão 
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Agora o cidadão é responsável não só pela disposição correta dos 
resíduos que gera, mas também é importante que repense e reveja o seu papel como consumidor; o setor privado, 
por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua 
reincorporação na cadeia produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios socioambientais, sempre 
que possível; os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis pela elaboração e implementação dos 
planos de gestão de resíduos sólidos, assim como dos demais instrumentos previstos na PNRS. 
A busca por soluções na área de resíduos reflete a demanda da sociedade que pressiona por mudanças 
motivadas pelos elevados custos socioeconômicos e ambientais. Se manejados adequadamente, os resíduos 
sólidos adquirem valor comercial e podem ser utilizados em forma de novas matérias-primas ou novos 
insumos. A implantação de um Plano de Gestão trará reflexos positivos no âmbito social, ambiental e 
econômico, pois não só tende a diminuir o consumo dos recursos naturais, como proporciona a abertura de 
novos mercados, gera trabalho, emprego e renda, conduz à inclusão social e diminui os impactos ambientais 
provocados pela disposição inadequada dos resíduos. (...) 
 
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos 
 
Texto 2: Mesmo com política de resíduos, 41,6% do lixo tem destino inadequado 
 
Mesmo com o fim do prazo para a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em 2014, a 
situação do destino do lixo no Brasil pouco mudou. Se, em 2013, 41,7% do lixo era depositado em locais 
considerados inadequados (lixões e aterros controlados), em 2014, essa parcela foi de 41,6% – redução de 
apenas 0,1 ponto percentual. 
Nos últimos 11 anos, o aumento da geração de lixo no país foi muito maior do que o crescimento 
populacional. De 2003 a 2014, a geração de lixo cresceu 29%, enquanto a taxa de crescimento populacional foi 
de 6%. 
Mesmo com a retração econômica, o ano de 2014 registrou um aumento da produção de lixo por pessoa 
em comparação ao ano anterior. 
Cada brasileiro produziu em média 1,062 kg de resíduos sólidos por dia. Ao longo do ano, foram 387,63 kg 
de lixo per capita, aumento de 2% em relação a 2013. 
Ao todo, foram produzidos 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos no Brasil durante o ano de 2014. 
Os dados são do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2014, da Associação Brasileira das Empresas 
de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). 
 
Aumento da coleta seletiva 
Segundo o diretor-presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, as iniciativas de coleta seletiva têm 
aumentado: em 2014, 65% dos municípios brasileiros tinham alguma ação de coleta seletiva, seja pública ou 
privada. Em 2010, esse número era de 57,6%. 
No entanto, isso não tem refletido em um aumento dos índices de reciclagem, que permanecem próximos 
da estagnação desde 2009, segundo Silva Filho. 
 
 
 
 
 
44
 
 
Os índices de reciclagem disponível para alumínio e papel diminuíram entre 2009 e 2012 – último ano que 
teve os dados divulgados pela indústria – e aumentaram ligeiramente em relação ao plástico. 
 
Pouca evolução quanto aos lixões 
O panorama mostra ainda que houve pouca evolução quanto à eliminação de lixões, forma irregular de 
descarte de lixo. Em 2014, 1.559 municípios brasileiros ainda tinham lixões. 
Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa direta com 400 municípios que, ao todo, possuem 
91.764.305 habitantes. 
 
Política Nacional de Resíduos Sólidos 
A PNRS tem como prioridades a redução do volume de resíduos gerados, a ampliação da reciclagem, aliada 
a mecanismos de coleta seletiva com inclusão social de catadores e a extinção dos lixões. 
Além disso, prevê a implantação de aterros sanitários que receberão apenas dejetos, aquilo que, em última 
instância, não pode ser aproveitado. Esses aterros, por sua vez, deverão ser forrados com manta impermeável 
para evitar a contaminação do solo. 
O chorume, líquido liberado pela decomposição do lixo, deverá ser tratado. O gás metano que resulta da 
decomposição do lixo, que pode explodir, terá que ser queimado. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os instrumentos da PNRS ajudarão o país a reciclar 20% dos 
resíduos já em 2015. 
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes a 2012 e que são os 
mais recentes, apontam que só 3,1% do lixo gerado no país naquele ano foi destinado à coleta seletiva e que 
1,5% dos resíduos domiciliares e públicos foram recuperados. 
 
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/07/mesmo-com-politica 
-de-residuos-416-do-lixo-tem-destino-inadequado.html 
 
Texto 3: 
 
 
Tarefa Mínima 
 
 45 
 
PAULISTANAS – SEMANA 05 
 
Texto 01 
 
Vale tudo para obter um corpo perfeito? Os fatos indicam que não, como se pode ver por relatos publicados 
na imprensa. Não bastasse isso, os especialistas da área médica alertam constantemente para os perigos de 
cirurgias desnecessárias, de usar produtos químicos inadvertidamente, de apelar para profissionais (nem 
sempre da área médica) que fazem o serviço a preços módicos. Mesmo assim, é crescente o número de 
pessoas que se dispõem a realizar os mais variados procedimentos, em busca do corpo dos seus sonhos - ou 
daquele que a moda e os meios de comunicação apresentam como perfeito. Só para dar um exemplo, uma 
pesquisa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência mostrou que as cirurgias estéticas em 
adolescentes aumentaram 141% em quatro anos. Diante desse quadro, é o caso de se perguntar: teria o corpo 
perfeito se transformado também num objeto de consumo? O consumismo, afinal, chegou à forma física e à 
anatomia, assim como tem invadido vários outros aspectos da vida contemporânea? 
 
Texto 02 
 
Alergia, rejeição, infecção, necrose... 
 
Um jovem de 18 anos morreu na noite deste sábado (25) em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) após 
injetar hidrogel no pênis, segundo a polícia. O caso suscita muitos questionamentos. O primeiro deles são os 
potenciais graves riscos do uso inadvertido desse produto, como já ficou demonstrado no episódio envolvendo a 
modelo Andressa Urach e da morte de uma mulher em Goiânia(GO). O hidrogel é formado 98% por água e 
absorvido pelo corpo após cerca de dois anos. Em tese, quando usado por médicos e em doses recomendadas, 
é seguro, mas frequentemente temos visto várias complicações associadas ao seu uso. Entre elas, alergia, 
rejeição, infecção e necrose dos tecidos. 
[Cláudia Colucci - Folha de S. Paulo] 
 
Texto 03 
 
 
 
“O nascimento de Vênus", pintado por Sandro Botticelli, por volta de 1485 
 
Com base nos estímulos acima e em outras informações que julgar relevantes, redija uma dissertação em 
prosa sobre o tema "Forma física, corpo perfeito e consumismo", argumentando de modo a expor com 
clareza seu ponto de vista sobre o assunto. 
 
Instrução: 
A redação deverá ter, no mínimo, 25 e, no máximo, 30 linhas. Textos fora desses limites não serão corrigidos, 
recebendo, portanto, nota zero. 
 
Fontes de pesquisa para a proposta: 
http://www.lersaude.com.br/em-busca-do-corpo-ideal-cresce-o-uso-de-substancia-como-anabolizantes-suplementos-e-
termogenicos/ 
http://vejasp.abril.com.br/materia/limite-busca-corpo-perfeito/ 
http://tribunadonorte.com.br/noticia/quanto-vale-um-corpo-perfeito/171413 
Anorexia : A Ilusão da Beleza - YouTube 
 
 
 
 
 
46
 
ENEM – SEMANA 05 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo 
de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa 
sobre o tema “A IMPRENSA COMO INSTRUMENTO DE PODER”, apresentando proposta de intervenção que 
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos 
para defesa de seu ponto de vista. 
Texto I 
 
A imprensa tomou para si o papel de monitorar, fiscalizar, cobrar, enfim, manter as condições de existência 
de uma democracia. Essa responsabilidade traz consigo grande liberdade e inúmeras possibilidades que fazem 
da imprensa um império hegemônico.(...) O poder da imprensa nos faz refletir sobre o papel que os meios de 
comunicação exercem, na ordem neoliberal hegemônica, como filtro de verdades que se exibem à vista. Na 
interseção entre o jornalismo e o fato, imposto à população pela imprensa, o que se oculta é a verdade. Em 
tempos em que o dinheiro dita as regras, esta conduta é mais intensa. Os veículos funcionam como máquinas 
de propaganda a serviço do mais poderoso, revelando total falta de compromisso com a verdade e com o bem-
estar da comunidade. O que torna os fatos jornalísticos uma mercadoria é a receita liberal do sistema que é 
adotado pela nossa nação. 
 
http://www.sinpro-rio.org.br/imagens/espaco-do-professor/sala-de-aula/marcos-alexandre/o_poder.pdf 
 
Texto II 
 
Observatório da Imprensa é Entidade civil, não-governamental, não-corporativa e não-partidária que 
pretende acompanhar, junto com outras organizações da sociedade civil, o desempenho da mídia brasileira. 
(...) O Observatório da Imprensa funcionará como um fórum permanente onde os usuários da mídia – leitores, 
ouvintes, telespectadores e internautas –, organizados em associações desvinculadas do estabelecimento 
jornalístico, poderão manifestar-se e participar ativamente num processo no qual, até há pouco, 
desempenhavam o papel de agentes passivos. A Sociedade Civil deve abranger sucessivos níveis de 
monitoração e atuação, de forma a diminuir a distância entre os poderes e a cidadania, convertendo-se ela 
própria numa instância. No caso dos meios de comunicação de massa, o Observatório da Imprensa propõe-se a 
funcionar como um atento mediador entre a mídia e os mediados, preenchendo o nosso “espaço social”, até 
agora praticamente vazio. Embora pioneiro, este Observatório não pretende ser único. As suas atividades 
servem como convocação para outros grupos fazerem o mesmo. 
 
http://observatoriodaimprensa.com.br/sobre/ Acesso em 18/03/16. 
 
Texto III 
 
 
INSTRUÇÕES: 
� O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
� O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
� A redação que apresentar cópia dos textos coletânea terá o número de linhas copiadas desconsiderado 
para efeito de correção. 
Receberá nota zero em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
� tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
� fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
� apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. 
� apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
 
Tarefa Mínima 
 
 47 
 
IME/ITA – SEMANA 05 
 
A dissertação: O texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo persuadir e convencer, ou seja, levar o 
leitor a concordar com a tese defendida. É expressa uma opinião crítica acerca de um assunto, sendo essa 
defendida através de uma defendida através de uma argumentação clara e objetiva, fundamentada em fatos 
verídicos e dados concretos. 
 
Proposta: Observe a foto abaixo. A partir dela redija uma dissertação em prosa, na folha a ela 
destinada,argumentando em favor de um ponto de vista sobre o tema. A redação deve ser feita com caneta 
azul ou preta. Na avaliação de sua redação, serão considerados: 
a) clareza e consistência dos argumentos em defesa de um ponto de vista sobre o assunto; 
b) coesão e coerência do texto; e 
c) domínio do portugue ̂s padrão. 
 
Atenc ̧ão: A Banca Examinadora aceitará qualquer posicionamento ideológico do candidato. 
 
 
 
Fonte: ONU Brasil, 2016. 
 
LEITURAS COMPLEMENTARES: 
Documentário: Ilha das Flores (disponível no Youtube) 
 
UNB – SEMANA 05 
 
TEXTO I 
 
Disponível em: http://e-preciso-sonhar.blogspot.com.br/. Acessado em 13/04/2014. 
 
TEXTO II 
Nas eleições, os mesmos atores políticos que aparecem na forma de cassetete da PM durante o mandato 
circulam entre os moradores, beijam crianças, comem pastel de feira e, é claro, alimentam a esperança de que 
aquelas pessoas podem ter alguma dignidade no futuro. No futuro. A esperança é capaz de anular qualquer 
poder de ação política, já que retira o sujeito do presente. O presente, a miséria da rotina, vai sendo 
naturalizada em nome de um futuro digno. 
Mas e se um sujeito resolve interromper o aparente fluxo natural das coisas? E se um sujeito não achar tão 
natural assim a desigualdade de oportunidades e condições? E se um sujeito resolve ocupar um terreno 
abandonado há anos para construir uma casa ou unicamente para reafirmar a sua existência e a existência de 
um problema que, de tão naturalizado, parece nem ser mais um problema: algumas pessoas não têm onde 
morar? 
 
 
 
 
48
A resposta está no ciclo da violência: qualquer interrupção no fluxo aparentemente natural das coisas 
precisa ser neutralizada por uma violência constante, que às vezes é chamada de pacificação. A pacificação 
nada mais é do que a autorização do uso permanente da violência para – veja só! – garantir a paz. Mas a 
pergunta é: a paz de quem? Dos moradores da Zona Sul? Dos turistas? Para quem o governador e o prefeito 
estão trabalhando? 
Em ano de eleição, é bom repetir a frase da moradora: “foi aqui que eles pegaram mais voto”. 
 
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/para-quem-o-governo-governa-4449.html. Acessado em 
13/04/2014. 
 
TEXTO III 
Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas 
comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de 
pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização do homem. 
A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, 
marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, 
sempreforam alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas. 
A literatura clássica e a história do homem refletem esse pensar discriminatório, pois é mais fácil prestar 
atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas. 
 
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392000000200008&script=sci_arttext. Acessado em 
13/04/2014. 
 
TEXTO IV 
 
(...) Os reacionários de sofá são aqueles que, preguiçosamente, no conforto de suas residências, absorvem 
passivamente as opiniões vociferadas pela grande mídia contra toda e qualquer posição política que possa 
implicar uma mudança positiva para um grupo com o qual ele não se identifica. Outras vezes, eles não 
precisam nem mesmo recorrer à mídia para terem uma opinião qualquer sobre um assunto com o qual ele não 
tem o mínimo de contato: basta recorrer aos preconceitos que lhe foram incutidos na infância. 
São quase sempre individualistas, pois não conseguem cogitar a defesa de um interesse qualquer que não 
seja o seu próprio. Também gostam de pautar os seus discursos por alarmismos apocalípticos, derivando 
consequências genéricas gravíssimas de medidas que muitas vezes têm um escopo bastante restrito. 
Ressentem-se ferozmente de terem nascido no Brasil e odeiam os brasileiros, a quem, do sofá de suas casas ou 
da cadeira de suas escrivaninhas, taxam de passivos, indolentes, comodistas e estúpidos.” 
 
Disponível em: http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=15254. Acessado em 13/04/2014. 
 
Considerando os fragmentos de texto acima como motivadores e utilizando a língua padrão, redija um 
texto dissertativo posicionando-se acerca do seguinte tema: 
 
Inclusão X exclusão social: consequências de um mundo individualista. 
 
PUC – SEMANA 05 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
Há, a seguir, duas propostas de produção de texto escrito, a partir da concepção de gêneros textuais. 
Escolha uma delas e desenvolva o seu texto, em prosa, observando atentamente as orientações que 
acompanham cada proposta. Você deverá se valer das ideias presentes na coletânea desta Prova de Redação 
(mas sem fazer cópia), bem como de seu conhecimento de mundo e dos fatos da atualidade. 
 
Observe que cada proposta se direciona para um gênero específico de texto (artigo de opinião e carta de 
leitor). 
•  Sua Prova de Redação deverá ter no máximo 30 linhas. 
•  Se a sua redação não corresponder ao gênero textual exigido, ela será penalizada. 
Tarefa Mínima 
 
 49 
•  Você pode utilizar o espaço destinado para rascunho, mas, ao final, deve transcrever o texto para a 
folha definitiva da Prova de Redação em Língua Portuguesa no local apropriado, pois não serão 
avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. 
 
ATENÇÃO 
Esta prova receberá pontuação ZERO caso a redação apresente: 
•  Fuga ao tema; 
•  Extensão inferior a sete linhas (incluindo o título); 
•  Transcrição para a folha definitiva a lápis; 
•  Letra ilegível/incompreensível; 
•  Problemas sistemáticos e graves de domínio da norma padrão ou total comprometimento na produção 
de sentido do texto; 
•  Sinais inequívocos de que seja cópia da coletânea apresentada ou de outros textos, exceto se usados 
como recurso de intertextualidade; 
•  Outra identificação do candidato, senão a codificada, previamente impressa na prova; Presença de 
marcas ou sinais que possam levar à identificação do candidato: nome; prenome; sobrenome; 
denominação genérica (O Editor, Leitor, Seu fã etc.); apelido; pseudônimo; codinome; rubrica; 
patronímico; heterônimo; alcunha; epíteto; vulgo; vocatório; cognome; agnome; siglas e/ou formas 
gráficas de sinalização: números; letras; símbolos; cores; manchas, etc 
 
TEXTO 1 
 
A pauta na capa: a mídia corporativa como porta-voz do controle e da ordem social na cidade do Rio de 
Janeiro 
Marcio Castilho e Tatiana Lima 
Nos moldes de uma sociedade contemporânea regida pela mídia, as narrativas jornalísticas passam a 
alterar condutas sociais, a percepção de realidade e projetar o medo, produzindo uma representação de 
vitimização virtual [...], além de influenciar o debate público. Na prática, as notícias de crime causam uma 
sensação do cotidiano na sociedade como de perpétua violência e insegurança que horroriza e ao mesmo tempo 
entretém os brasileiros, gerando assim um problema maior do que a própria sensação de insegurança: a 
percepção de desorganização de toda a sociedade. Na relação de controle social e violência criminal, o que se 
vê é um retrocesso, ou seja, uma busca por soluções já ultrapassadas, comprovadamente ineficazes, que são 
legitimadas pela manutenção da retórica midiática e da ideia do risco. Essa relação possui particularidades que 
podem ser abordadas em diferentes contextos e esferas do cotidiano. [...] Como mediadora “autoassumida dos 
desejos” da sociedade, a mídia tenta identificar indicações do cotidiano e eventuais alternâncias que podem 
incidir em predisposições consensuais ao consumo, seja de mercadorias, seja de representações do real pelo 
capital. [...]. 
 
(CASTILHO, Marcio; LIMA, Tatiana. A pauta na capa: a mídia corporativa como porta-voz do controle e ordem social 
na cidade do Rio de Janeiro. Revista Ibict. v. 10, n. 1, 2014. Disponível em: http://revista.ibict.br/liinc/index. 
php/liinc/article/view/678/469. Acesso em: 18 fev. 2015. Adaptado.) 
 
TEXTO 2 
 
A mídia tem um papel de formadora ou deformadora de corações e mentes 
Vito Giannotti 
 
Não é de agora que se fala que a mídia está em crise. Perda de credibilidade, sensacionalismo, 
espetacularização dos conteúdos e incitação ao consumo são apenas alguns dos adjetivos vinculados à atuação 
dos veículos de comunicação, não só no Brasil, mas também em nível global. Mas não se pode negar o poder 
que representam as empresas de mídia, que, não por acaso, atendem interesses de setores da sociedade. 
“Toda a mídia tem dono. Dono tem interesse de classe”, sintetiza o escritor Vito Giannotti, especialista em 
comunicação alternativa, que concedeu a entrevista abaixo. Confira. 
NOVO GARRA – Há mais de trinta anos o senhor vem desenvolvendo um trabalho voltado para a 
comunicação, sobretudo a contra-hegemônica. Qual é a avaliação que o senhor faz hoje da mídia empresarial? 
VITO – A mídia empresarial está, cada dia mais, consciente de seu papel na construção e manutenção da 
sociedade da forma como ela está organizada. A mídia, hoje, atua como o verdadeiro partido da burguesia. O 
partido do sistema. A situação é, então, mais grave do que antes, porque o peso da mídia aumentou muito. Há 
cem anos, o peso da comunicação quase se resumia a jornais, revistas e livros. Era infinitamente menor do que 
é hoje, quando podemos dizer que não há poder sem a mídia, que assume um peso cada dia maior como 
formadora ou deformadora de corações e mentes. É através dela que o sistema firma e espalha suas ideias. É a 
mídia que consolida os valores desta sociedade, uma sociedade injusta e opressora para a maioria da 
população. 
 
(GIANNOTTI, Vito. “A mídia tem um papel de formadora ou deformadora de corações e mentes”. [entrevista]. 
Disponível em: http://www.piratininga.org.br/images/ entrevista-vito.pdf. Acesso em: 18 fev. 2015. Adaptado.) 
 
 
 
 
 
50
TEXTO 3 
 
A mídia como formadora de opiniões 
Vários autores 
De uma maneira geral, é através do que se divulga na imprensa que temos acesso às manifestações 
“macro” da violência. A maioria das pessoas não tem um contato direto com a violência do tráfico de drogas, ou 
com a guerra em Israel (o que não significa que não sofra as consequências desses acontecimentos). Isso faz 
com que as pessoas dependam do que se divulga na mídia, para que formem opiniões a respeito desses 
acontecimentos. Muitas vezes, a maneira como as notícias sobre violência aparecem na TV, nasrádios, nos 
jornais e nas revistas pode criar uma falsa realidade que será utilizada como base para nossas escolhas, das 
mais simples (até que horas posso andar na rua com segurança, qual é o bairro mais seguro de minha cidade) 
até as mais complexas (em quem vou votar para prefeito, de acordo com o que eu acredito ser um plano de 
governo eficaz para a solução da violência). O grande problema apontado pela pesquisa é que 80% das 
reportagens são construídas a partir dos BOs – boletins de ocorrência das delegacias –, ou seja, construídas 
com o que os jornalistas têm facilmente à mão. Nessas reportagens constata-se ausência de pré-histórico, e 
pós – solução. Raramente é cobrada a presença do Poder Público, ou denunciada a ausência de políticas 
públicas. O fato violento é visto apenas como descrição do delito, desfocado da conflitualidade que o gerou. 
Além disso, os BOs, que são apenas o registro inicial para a abertura de um processo, aparecem como a 
verdade e, frequentemente, reduzidos nas reportagens, como se fossem sentenças judiciais. Exatos 96% das 
reportagens são estritamente informativas, e apenas 3,1% são estritamente opinativas, o que significa que, 
apesar de ser assunto prioritário, a reflexão opinativa (aquela em que os jornais tomam posição em assuntos 
que consideram de relevância nacional) corresponde a 3,1% das matérias analisadas. Apenas 5,2% das 
reportagens pesquisadas trabalham soluções possíveis para os problemas descritos; 2,5% fazem menção à 
ordem legislativa e 0,8% citam a Constituição e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
 
(Vários autores. A mídia como formadora de opiniões. Disponível em: http://www.naoviolencia.org.br/sobre-a- -
midia-como-formadora-de-opinioes.htm. Acesso em: 18 fev. 2015. Adaptado.) 
 
TEXTO 4 
 
O impacto da mídia na construção dos valores sociais 
Ana Beatriz Manhas Vieira 
A informação isoladamente não representa grande importância no universo da comunicação. Volatiliza-se 
rapidamente dada sua quantidade e fugacidade. Canalizada e organizada, entretanto, transforma-se em 
conhecimento, que na atualidade se tornou fator de superação de desigualdades, de inserção dos excluídos e 
de distribuição de riquezas, o que significa, em última análise, que informação é poder. O homem, animal 
inteligente, criou armas e utensílios indispensáveis à sua sobrevivência. Sendo um ser social, encontrou na 
comunicação sua melhor arma. Conforme as civilizações se espalhavam ocupando áreas cada vez mais 
dispersas geograficamente, a comunicação a longa distância se tornava cada vez mais uma necessidade e um 
desafio. Desde o advento do telégrafo, inaugurou-se o desenvolvimento da comunicação por meio de sinais 
elétricos, dando origem aos sistemas que conhecemos atualmente. Agora, com as novas tecnologias 
conquistadas, esmerou-se ao máximo, sofisticou-se de tal modo a forma de se comunicar, que o homem vê 
completamente transformados seus hábitos e costumes. Em pouco tempo, a grande teia mundial modificou 
comportamentos, inovou a maneira de praticar o comércio, gerou uma nova cultura, redefiniu conceitos 
clássicos, e, acima de tudo, desenhou uma nova sociedade na qual o papel do Estado assume outra 
característica e imposição. Inexorável em seu processo, a nova Sociedade do Conhecimento, surgida com o 
fenômeno da globalização, encontra-se em processo de rápida expansão. Frente à dinâmica e à velocidade com 
que se expande, a sociedade contemporânea está inserida num processo de mudanças em que as novas 
tecnologias são as principais responsáveis, identificando-se um novo paradigma em formação de uma 
sociedade que se baseia num bem precioso, chamado informação. Dentro desse novo paradigma, a organização 
das sociedades se assenta num modo de desenvolvimento social e econômico, em que a informação, como 
meio de produção de conhecimento, tem como pressuposto a produção de riqueza e a contribuição para o bem-
estar e a qualidade de vida das pessoas. Eis a nova fronteira daquela que talvez seja a maior conquista 
humana, fruto de sua insaciável curiosidade: ter o poder da informação. 
 
(VIEIRA, Ana Beatriz Manhas. O impacto da mídia na construção dos valores sociais. 
Disponível em: http:// www.epm.tjsp.jus.br/Sociedade/ArtigosView. Acesso em 18 fev. 2015. Adaptado.) 
 
TEXTO 5 
 
O impacto e a influência da mídia sobre a produção da subjetividade 
Ellen Fernanda Gomes da Silva Suely Emilia de Barros Santos 
A mídia é chamada e considerada o Quarto Poder, ou seja, o quarto maior segmento econômico do mundo, 
sendo a maior fonte de informação e entretenimento que a população possui. O poder de manipulação da mídia 
pode atuar como uma espécie de controle social, que contribui para o processo de massificação da sociedade, 
resultando num contingente de pessoas que caminham sem opinião própria. Subliminarmente, através da 
televisão, das novelas, dos jornais e da internet, é transmitido um discurso ideológico que cria modelos a serem 
seguidos e homogeneiza estilos de vida. Diante disso, surgem questões a se pensar: onde está o sujeito e sua 
subjetividade? Será que em prateleiras midiáticas estão sendo ofertados modos de ser, de pensar e agir? 
Tarefa Mínima 
 
 51 
Interessante apontar, aqui, que o fato de a mídia ser apresentada, muitas vezes, como uma maneira de 
comunicação de massa, preocupa-nos sua utilização para a massificação, colocando os humanos no lugar do 
indivíduo, dificultando ou até mesmo, impossibilitando o reconhecimento do sujeito de direito e o assumir do 
exercício de cidadania, uma vez que ela incentiva e provoca atitudes reificadas. 
 
(SILVA, Ellen Fernanda Gomes da e SANTOS, Suely Emilia de Barros. O impacto e a influência da mídia 
sobre a produção da subjetividade. Revista Abrapso. Disponível em: http://www.abrapso.org.br/ 
siteprincipal/images/ Anais. Acesso em: 18 fev. 2015. Adaptado.) TEXTO 6 
 
A mídia em nossas vidas: informação ou manipulação? 
Christiane Lima 
Quando ouvimos falar que a mídia representa “o Quarto Poder” em uma nação, é preciso avaliar como isso 
é verdade e o quanto estamos sujeitos a ela e a todas as suas variáveis. A mídia influencia as pessoas no modo 
de agir, de pensar e até no modo de se vestir. Ela cria as demandas, orienta os costumes e hábitos da 
sociedade, além de definir estilos, bordões e discussões sociais. [...] A produção da indústria cultural é 
direcionada para o retorno de lucros, tendo como base padrões de imagem cultural preestabelecidos e capazes 
de conquistar o interesse das massas sem trabalhar o caráter crítico do espectador. Os adolescentes são 
bombardeados com produções e marcas internacionais e as crianças estão à mercê dos desenhos infantis. 
Dessa forma, seria impossível a escola, ou os pais das crianças ignorarem os robôs que falam, as naves 
espaciais que a todos fascinam, a capacidade de voar e de se transformar, de transformar coisas, a magia, o 
poder e o terror trazidos pelos monstros e vampiros; as lutas do bem contra o mal nos desenhos animados, a 
violência mostrada nos noticiários. Alguns dos programas de TV apresentam constantemente valores 
questionáveis. Essas mensagens irão determinar como nossos filhos serão? Irão determinar sua honestidade, 
solidariedade, respeito e outros valores? Segundo Marilena Chauí: “A produção ideológica da ilusão social tem 
como finalidade fazer que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, 
normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há 
uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias”. Contudo, além de não 
podermos subestimar o poder da influência da mídia na vida das pessoas, também não podemos ignorar a 
importância desta, caso seja utilizada de forma mais ética e consciente. Quero dizer que o poder que os 
veículos de comunicação têm para mobilizaras pessoas é muito grande e pode ser usado para o bem ou para o 
mal. Campanhas de doação de sangue, de vacinação, de incentivo à reciclagem, para economizar água, pela 
paz, para ajudar pessoas, e muitas outras, quando divulgadas e incentivadas pela mídia, ganham proporções 
enormes e trazem resultados muito além do esperado. Os meios de comunicação em massa devem contribuir 
para a valorização da diversidade cultural, a promoção dos direitos humanos, no combate a todo tipo de 
violência, no acesso à informação, entre outros. Essa deveria ser sua função primordial. 
 
(LIMA, Christiane. A mídia em nossas vidas: informação ou manipulação? 
Disponível em: http//elo. com.br/portal/colunistas/ver/230989/a-midia-emnossas-vidas- 
informacao-ou-manipulacao-.html. Acesso em 18 fev. 2015. Adaptado.) 
 
PROPOSTA 1 – ARTIGO DE OPINIÃO 
Artigo de opinião é um gênero do discurso argumentativo em que o autor expressa a sua opinião sobre 
determinado tema, deixando bem marcada uma argumentação que sustente a defesa do ponto de vista 
apresentado. Imagine que você é um jornalista que acabou de se formar e foi convidado por uma revista 
alternativa para escrever um artigo de opinião em que discuta o seguinte tema: O papel da mídia como formadora 
de opinião. Escreva, então, esse artigo, utilizando argumentos convincentes. Não se identifique no texto 
 
PROPOSTA 2 – CARTA DE LEITOR 
Carta de leitor é um gênero discursivo em que o autor do texto dirige-se a um interlocutor específico ou ao 
editor da mídia jornalística com o objetivo de defender sua opinião sobre um tema. Apresenta informações, 
fatos e argumentos que caracterizam um ponto de vista sobre determinada questão. Você deverá fazer uma 
análise das opiniões presentes na coletânea, bem como de outras leituras prévias e, em seguida, escrever uma 
carta de leitor dirigida à autora do texto 4, Ana Beatriz Manhas Vieira, posicionando-se em relação ao tema: O 
papel da mídia como formadora de opinião. Expresse o seu ponto de vista com argumentos convincentes. 
Considere as marcas de interlocução peculiares ao gênero carta na construção do seu texto e apresente 
argumentos convincentes. Utilize a coletânea e seus conhecimentos prévios sobre o tema. Não identifique o 
remetente da carta 
 
FUVEST – SEMANA 05 
 
Texto 1 
 
A sociedade neoliberal e informacional provocou transformações nas relações humanas da mesma forma 
que a sociedadeindustrial, acelerando o processo de desigualdades sociais e o empobrecimento. A tecnologia se 
transforma hoje num instrumento que viabiliza a exclusão social, na medida em que o acesso às novas técnicas 
é ditado pelas condições materiais dos indivíduos agravadas por sua vez pelo monopólio dos meios de 
comunicação exercido pelas grandes empresas internacionais. 
 
(Maria de los Dolores Jimenez Peñaet al. Educação, tecnologia e humanização. www.mackenzie.br.) 
 
 
 
 
 
52
Texto 2 
 
O desenvolvimento científico-tecnológico tem levado muitas organizações a buscar de forma desenfreada o 
lucro econômico-financeiroà custa da necessária valorização real do homem, notadamente dos indivíduos que 
nelas trabalham. Paradoxalmente, até mesmo organizações cujo lucro visado não é econômico-financeiro 
resvalam nisso. 
A cultura predominante nessas instituições caracteriza-se por considerar as pessoas meros recursos que 
devem contribuir parao alcance dos objetivos organizacionais. Relegam a abordagem sistêmica, que estuda o 
homem como uma totalidade e não apenas como profissional cuja vida deveria se restringir ao ambiente de 
trabalho. O relacionamento interpessoal saudável, por exemplo, às vezes não encontra guarida no âmbito 
organizacional, gerando os mais diversos conflitos e, portanto, “desumanizando” as organizações. A 
desconsideração dos valores humanos e da ética também são exemplos de realidades “desumanizadoras”. 
 
(Wellington Soares da Costa. Humanização, relacionamento interpessoal e ética. www.ead.fea.usp.br. Adaptado.) 
 
Texto 3 
 
Humanizar o desenvolvimento do mundo significa a introdução de valores da dignidade humana e da 
sustentabilidade ecológicapara dentro do processo de desenvolvimento. Nesta visão, o processo de 
desenvolvimento não é puramente um processo econômico. É também um processo social, ecológico e ético – 
um processo multidimensional e sistêmico. Os atores primários do desenvolvimento são instituições da 
sociedade civil, baseadas em parentescos, na vizinhança ou em interesses comuns. 
Porque as pessoas são diferentes e os lugares onde vivem são diferentes, nós podemos esperar que o 
desenvolvimento produzadiversidade cultural de todos os tipos. Para Fritjof Capra (2005), o processo por onde 
isso ocorrerá será muito diferente do atual sistema de comércio global. Será baseado na mobilização de 
recursos locais para satisfazer necessidades locais e será alimentado pela dignidade humana e pela 
sustentabilidade ecológica. 
(Samuel PotmaGarcias Gonçalves et al. Humanização do desenvolvimento econômico mundial: 
a proposta de Fritjof Capra para o processo civilizatório corrente. www.pg.cefetpr.br.) 
 
Com base na leitura dos textos, redija uma dissertação em prosa, lançando mão de argumentos e informações 
que deem consistência a seu ponto de vista sobre o tema: 
 
A tecnologia e o fácil acesso à informação no século XXI podem tornar as relações interpessoais 
mais humanas? 
 
UFU – SEMANA 05 
 
Orientação geral UFU 
A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha 
aquela com que você tenha maior afinidade ou a que trata de assunto sobre o qual você tenha maior 
conhecimento. 
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale sua opção no alto da folha de resposta e, ao redigir seu texto, 
obedeça às normas do gênero selecionado. 
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação 
escolhida que você pretende abordar. Escreva o título no lugar apropriado na folha de prova. 
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura: JOSÉ OU JOSEFA. 
Em hipótese alguma escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova. 
E) Utilize trechos dos textos motivadores (da situação que você selecionou) e parafraseie-os. 
F) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação. 
 
Leia atentamente os textos que seguem. 
 
PARTO NORMAL 
Conceitualmente, o "parto normal" é o tradicional parto vaginal assistido em ambiente hospitalar, no qual 
são utilizados todos os procedimentos e intervenções protocolados como "de rotina". 
Entre estes procedimentos estão: a raspagem sistemática dos pelos pubianos (tricotomia), uso da sonda 
vesical para esvaziar a bexiga, jejum completo de pelo menos seis horas, lavagem intestinal pré-parto 
(enema), punção venosa permanente, intervencionismo na assistência durante todo o trabalho de parto - tanto 
na administração mais liberal de recursos medicamentosos (analgésicos, anestésicos, sedativos, ocitócicos para 
estimular, por vezes, indevidamente as contrações) quanto nos toques vaginais repetitivos, rotura antecipada e 
artificial da bolsa das águas (amniotomia), episiotomia (corte no períneo) ou até mesmo a aplicação do fórceps 
rotineiro desnecessário. 
A parturiente em geral permanece deitada de barriga para cima no leito ou sobre a mesa de parto, com as 
pernas elevadas e apoiadas nas perneiras, sem poder caminhar ou adotar posições que lhe pareçam mais 
confortáveis e facilitadoras para o parto. Ademais, o ambiente cirúrgico sob ar condicionado e excesso de 
iluminação, a ausência de um acompanhante e a falta de privacidade, "esteriliza" o clima emocional adequado 
àquele tão significativo momento. 
Tarefa Mínima 
 
 53 
No período mais avançado do trabalho de parto, mesmo estando hoje absolutamente contraindicada,ainda 
se faz uso da Manobra de Kristeller, quando um dos membros da equipe faz compressão intensa do fundo 
uterino, na intenção de "auxiliar" a contração uterina. Sua aplicação cria sérios riscos, podendo causar rotura 
de órgãos como útero e fígado da parturiente. 
Assim, o chamado "parto normal" deixa de ser um evento fisiológico e ocorre sob grande número de 
interferências como as acima mencionadas, embora muitas delas já sejam reconhecidas como desnecessárias 
ou mesmo prejudiciais pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 
 
PARTO HUMANIZADO 
"Humanizar o parto é um conjunto de condutas e procedimentos que promovem o parto e o nascimento 
saudáveis, pois respeita o processo natural e evita condutas desnecessárias ou de risco para a mãe e o bebê". 
(OMS, 2000) 
É no início da década de 70, com a divulgação dos princípios preconizados por Frederick Leboyer, médico 
francês da Clínica Obstétrica de Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, na sua obra Por um 
Nascimento Sem Violência que se passou a questionar o excesso de intervenção médica em um momento 
existencial que deveria ser natural, o parto e o nascimento. Através dessa nova visão e atitude mais atenciosa 
com o bebê na cerimônia do nascimento, lançou-se um novo olhar para a mulher que estava vivenciando tão 
intensa e complexa experiência. Neste momento surge o conceito do parto humanizado. 
De acordo com o Manual Técnico de Assistência Pré-natal do Ministério da Saúde do Brasil- 2000, "a 
humanização da assistência ao parto pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde 
estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição" e envolve conceitos como considerar a 
naturalidade do parto - que não requer condutas intervencionistas -, levar em conta as necessidades, os 
valores individuais e os sentimentos da parturiente, reconhecendo o seu protagonismo durante toda a 
gestação, parto e nascimento. 
Ainda conforme o manual, seria "direito da mulher a escolha do local do nascimento e o apoio para a 
presença de um acompanhante que a mesma deseje, e também promover o bem estar físico e emocional 
durante todo o processo, desde a gestação até o nascimento, bem como aceitar a sua recusa a certas condutas 
que lhe causem dor ou constrangimento". 
"Humanizar o parto é respeitar e criar condições para que todas as dimensões do ser humano sejam 
atendidas: espirituais, psicológicas, biológicas e sociais." (Largura, M.L. - 1998). 
 
http://www.minhavida.com.br/familia/materias/20279-qual-a- 
diferenca-entre-o-parto-normal-e-o-humanizado Acesso em 12 dez 2016. 
 
Redija um EDITORIAL, posicionando-se em relação ao artigo publicado pelo site www.minhavida.com. 
 
 
 
 
 
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