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A CRIAÇÃO DE LEITÕES 
 
ZOOTECNIA II – SUINOCULTURA 
PROFESSOR GAUDÊNCIO DE LIMA SOBRINHO 
3° B – GRUPO 1 
 
 
 
BELO JARDIM – PE 
2018 
 
A CRIAÇÃO DE LEITÕES 
 
EMANUEL ISAQUE CORDEIRO DA SILVA 
MATEUS ANTONIO LIMA 
MATHEUS TORRES DA SILVA 
RIQUELME ALEXANDRE DA COSTA 
WELLINGTON BEZERRA CAVALCANTE 
GRUPO 1 
 
 
TÓPICOS: 
1. CONCEITUAÇÃO; 
2. NÚMEROS DE LEITÕES NASCIDOS; 
3. CUIDADOS COM OS LEITÕES RECÉM-NASCIDOS; 
4. MORTALIDADE DOS LEITÕES – DO NASCIMENTO AO DESMAME; 
5. ANEMIA FERROPRIVA OU DEFICIÊNCIA DE FERRO; 
6. CASTRAÇÃO DOS LEITÕES; 
7. ODOR SEXUAL DA CARNE DOS CACHAÇOS; 
8. GANHO DE PESO DOS LEITÕES – DO NASCIMENTO AO DESMAME; 
9. LACTAÇÃO E 
10. DESMAME. 
 
 
 
 
BELO JARDIM, PE 
2018 
 
1. CONCEITUAÇÃO 
 
Entendemos como conceito de criação de leitões, como sendo uma parte tal qual 
após a construção de uma granja suína, instalações essenciais, recebimento de 
reprodutores e de matrizes, e todo um manejo, esta estará sem dúvida, pronta para o 
sistema de reprodução suína, seja artificial ou natural, em que as matrizes recebem os 
espermatozoides do macho, essa estando em cio, ficará prenhe pois este fecundará o óvulo 
e após o período de gestação, em média 114 dias, essa porca receptora gerará em torno 
de 10 leitões em seu parto. Pós esse processo começa -se os manejos para com os leitões, 
todo um cuidado desde com o leite e temperatura, até sua saúde e nutrição. Para isso, O 
produtor deve estar com capacitados trabalhadores, para que com os leitões, possa ser 
gerada a renda da fazenda e/ou empresa. 
 
2. NÚMERO DE LEITÕES NASCIDOS 
 
Atualmente no Brasil, com os vastos avanços no melhoramento genético, e uso de 
tecnologia avançada para aumento da produção, segundo especialistas, houve um 
aumento no número de leitões nascidos por porca, esse aumento chegou à uma média de 
30%. O número de leitões nascidos por parto, depende dos manejos e cuidados com as 
matrizes, desde a cópula ou inseminação artificial. No geral, temos entre 8 à 14 leitões 
por parto, em média temos 10 e 12 leitões nascidos. Mas como falado antes, com o avanço 
genético e melhoramento de animais, hoje no país existem porcas que parem até 21 leitões 
em seu parto. A Embrapa traz uma tabela em que coloca a média de leitões nascidos por 
porca em seu parto, na faixa de 10 leitões. 
 
 
3. CUIDADOS COM OS LEITÕES RECÉM-NASCIDOS 
 
Antes de iniciar o trabalho de parto, é necessário ter à disposição os seguintes 
equipamentos, materiais e medicamentos: 
• Papel toalha ou panos limpos e desinfetados; 
• Barbante em solução desinfetante à base de iodo (iodo 5% a 7% ou iodo 
glicerinado); 
• Frasco de iodo glicerinado para desinfeção do umbigo; 
• Seringa e agulha; 
• Aparelho de desgaste ou alicate para corte de dentes; 
• Tesoura para corte do umbigo; 
• Rolo de esparadrapo largo; 
• Luvas descartáveis; 
• Dispositivo para contenção dos leitões; 
• Medicamentos (ocitocina, antitérmico, tranquilizante e antibiótico); 
• Balde plástico para lixo (papel toalha e outros); 
• Balde plástico para receber a placenta, os leitões mortos e os mumificados. 
 
Na medida em que os leitões forem nascendo, adotar os seguintes procedimentos: 
• Limpar e secar as narinas e a boca dos leitões; massagear os leitões na 
região lombar, amarrar o umbigo no comprimento de 4-5 cm, cortar 1 cm abaixo 
da amarração e desinfetar com iodo glicerinado; 
• Orientar os leitões nas mamadas, dando atenção especial para os menores 
que devem ser colocados nas tetas dianteiras; 
• Práticas dolorosas como o corte dos dentes e cauda dos leitões não devem 
ser realizadas durante a parição e sim após sua finalização. 
 I II III 
 As práticas demonstradas na ordem I, II, III e IV, 
respectivamente, são feitas à medida em que os leitões vão nascendo, a I o tratador ou o 
próprio produtor recebe o leitão exonerado pela mãe e o coloca sobre o forro de papel 
toalha, na II o mesmo cobre o leitão com esse forro limpando o mesmo, na III o 
trabalhador observa o umbigo do leitão que precisa ser cortado como mostra a figura IV. 
IV 
 
Como foi mostrado antes, as primeiras práticas e os primeiros cuidados com os 
leitões foram feitos à medida em que iam nascendo. Agora as práticas mais dolorosas 
para o mesmo vem pós todos nascerem que consistem no corte dos dentes e o rabo. 
Detalhemos agora sobre todo o manejo no nascimento e no pós-nascimento. 
PRÁTICAS DE MANEJO 
 
Escalonamento de Partos. A racionalização do manejo dos animais para abate, 
principalmente na maternidade e creche, está ligada a um programa de manejo 
escalonado ou em grupos. Isso possibilita, entre outras coisas, equalização de 
leitegadas, transferências cruzadas ou unilaterais, manejo por sala, “all in all out”, etc. 
Limpar e Enxugar os Leitões 
Os leitões, ao nascer, estão envoltos total ou parcialmente por membranas 
fetais. Estas, se presentes nas cavidades oral e nasais, podem determinar morte por 
asfixia. Além disso, elas proporcionam, juntamente com os líquidos, umidade 
superficial para os leitões que são inábeis em regular a temperatura corporal. A 
remoção dessas membranas e líquidos deve ser feita com material higroscópico, não 
lesivo e d e baixo custo (panos, toalhas de papel e maravalha). Após o uso esse 
material deve ser queimado. 
Corte e Desinfecção do Umbigo 
 O cordão umbilical é o elo de ligação entre a mãe e o feto. É uma 
estrutura elástica e, via de regra, em 20 a 28% dos casos aparece rompido. Quando 
isso não acontece, ele se rompe pelo esforço do leitão em alcançar o úbere. Evitar a 
tração para se obter o rompimento, pois existem evidências que associam esta prática 
ao aparecimento de hérnias umbilicais. 
 O processo de mumificação e queda do umbigo é rápido, mesmo assim ele 
pode servir de porta de entrada a germes causadores de infecções ou dar origem a 
hemorragias que podem conduzir a perda de leitões. Para diminuir esse r isco é 
recomendada a ligadura e corte do umbigo a uma distância de 3 a 5 cm da 
inserção. Usar cordão e tesoura limpos e desinfetados. Após, mergulhar o cordão 
em um vidro de boca larga com tintura de iodo a 5% para desinfetar totalmente 
a área do umbigo. Esse manejo só tem validade se for realizado imediatamente 
após o parto e deve acompanhar um programa profilático geral. 
Reanimar os leitões aparentemente mortos(paralisia da respiração, mas atividade 
cardíaca presente) 
Erguer os leitões pelos membros posteriores, e limpar completamente os líquidos 
fetais e fazer movimentos intermitentes de flexão do tórax para forçar a saída de líquido 
das vias respiratórias. Pode- se ainda comprimir manualmente o tórax com movimentos 
intercalados; Colocar o leitão em ambiente quente (32 ºC) em seguida, incentivá-lo a 
mamar; 
 
Colocar para mamar o colostro: 
Importante para conferir imunidade e a liberação de ocitocina endógena aumenta 
com o estimulo de sucção. Colocar os leitões para mamar a medida que nascem, estimula 
o nascimento dos outros leitões. Os anticorpos ou imunoglobulinas desenvolvidas pela 
porca para sua proteção, não são transferidas para os leitões através da placenta. A 
imunidade passiva do leitão se dá via colostral, sendo diretamente proporcional a ingestão 
e absorção de colostro. A permeabilidade intestinal e a produção de anticorposse reduzem 
drasticamente já nas primeiras 24 horas de vida para as principais imunoglobulinas. 
Os fetos têm baixa capacidade de produzir anticorpos por não estarem expostos a 
agentes infecciosos durante a vida intrauterina. A composição do colostro modifica-se 
rapidamente após o parto. É importante o leitão mamar o colostro o mais rápido possível, 
pois, a concentração de imunoglobulinas (conferem a imunidade ao leitão) do colostro e 
a capacidade de absorção intestinal, reduzem com o tempo. O colostro possui alto teor 
em proteína (+18%), contém 50% de globulinas, principalmente, gamaglobulinas 
(secretadas pelas glândulas mamárias), que protegem passivamente o recém-nascido 
contra diversos patógenos presentes na maternidade e que agem sobre o sistema 
respiratório e digestivo do leitão. 
A fração das gamaglobulinas que tem como origem principal o plasma sanguíneo 
da mãe, é composta por três grupos de imunoglobulinas (Ig), das quais duas - a IgM e a 
IgQ, só conseguem atravessar a parede intestinal nas primeiras horas de vida do leitão, 
proporcionando-lhe proteção através da imunização passiva. O sucesso do colostro 
depende de sua ingestão o quanto antes (máximo de 10 horas após o nascimento) devido: 
- a concentração de gamaglobulina no colostro diminuir rapidamente em função 
da maior produção de leite; 
- a capacidade de as imunoglobulinas através sarem o intestino do leitão é 
rapidamente reduzida devido à menor permeabilidade da parede intestinal. Doze horas 
após o nascimento, apenas 10% das gamaglobulinas ingeridas são absorvidas 
integralmente. 
Deve-se auxiliar, se necessário, o leitão a mamar. A quantidade de leite que o 
leitão ingere depende do seu tamanho e da produção de leite da porca. O leitão mama de 
dez a 22 vezes por dia, e essa frequência diminui à medida que o leitão cresce, devido ao 
aumento da capacidade de seu estômago. Cada mamada dura de 20 a 30 segundos, durante 
as quais ocorre a ingestão de 20 a 60g de leite. 
Colocar sob fonte de calor: 
Durante a vida intrauterina, as condições ambientais para o feto são estáveis e 
adequadas. Ao nascer o leitão está neurologicamente bem desenvolvido, porém, 
fisiologicamente ainda é considerado imaturo e sua capacidade de controlar 
eficientemente a temperatura corporal está pouco desenvolvida, não conseguindo 
compensar a intensa perda de calor logo após o nascimento. A temperatura do leitão cai 
de 1,7 a 6,7 ºC (em média 2,2 ºC) logo após o parto. O tempo que o leitão leva para 
alcançar novamente valores fisiológicos depende diretamente da temperatura em que 
começa a mamar, de seu peso corporal e do momento em que começa a mamar. A 
temperatura exigida nessa fase é de 30 a 32 ºC. A temperatura de conforto recomendadas 
nas diferentes idades para leitões em lactação, são apresentadas na tabela a seguir: 
 
A perda de calor logo após o nascimento pode ter as seguintes consequências: 
 aumento da taxa metabólica do leitão; 
 morte nas primeiras horas de vida; 
 maior suscetibilidade às infecções enterotoxigênicas (E. colie o vírus da 
Gastroenterite Transmissível); 
Para prover a temperatura exigida deve ser criado um microambiente 
(escamoteador) especifico para os leitões. Outros modelos são utilizados (campanula, 
lâmpadas em espaço aberto), mas não respondem de maneira adequada, e tem as seguintes 
vantagens: 
 fornece um microambiente no qual a temperatura em torno do leitão é 
semelhante à exigida nas diferentes idades; 
 o calor é distribuído uniformemente a toda leitegada; 
 evita o efeito das correntes de convecção e corrente de ar; 
 diminui o esmagamento de leitões, pois es tão fora do alcance da porca; 
 aquece somente o local onde os leitões dormem; 
 menor índice de mor tal idade de leitões. 
Nas primeiras horas de vida, os leitões preferem ficar o mais próximo possível do 
úbere da porca. Nesta posição, eles dormem dentro da área de perigo de esmagamento. 
Em função disso, deve-se proceder o manejo do escamoteador, que consiste em fechar os 
leitões e soltá-los somente para mamar, de hora em hora, durante as primeiras 24 horas. 
Corte dos dentes: 
O leitão nasce com oito dentes (quatro caninos e quatro pré-molares) 
extremamente pontiagudos. Até 72 horas após o nascimento cada leitão definira sua teta. 
Nessa definição as disputas pelas melhores (peitorais) levam a lesões peri-orais 
contundentes. Além disso, não tão comum quanto no caso anterior, poderão provocar 
lesões mamarias comprometendo a secreção e/ou produção láctea (causar mastite, hipo 
ou agalaxia, ficando impacientes e agitadas - pode esmagar os leitões). 
Para evitar tais circunstancias e recomendado, em criações medias e grandes, o 
corte dos dentes com um alicate 8 a 10 horas após o nascimento. Corte do terço inferior 
rente à gengiva com alicate apropriado, após os leitões terem realizado a primeira 
mamada. Deve-se ter cuidado para não lesionar a gengiva e não deixar pontas. 
Observação - já existe um aparelho apropriado para desgaste do dente do leitão, 
esse procedimento apresenta menor ocorrência de inflamação da gengiva em relação aos 
animais cujos dentes foram cortados. 
 
Corte do terço final da cauda: 
E uma pratica muito comum difundida em medias e grandes criações. Sua 
justificativa fundamenta-se na maior prevalência de canibalismo em animais não 
caudectomizados parcialmente. Muitos autores não consideram essa hipótese por 
entenderem que o canibalismo é uma síndrome que teria, como uma das muitas possíveis 
causas, a irritação provocada pela vassoura da cauda. Mas ela por si só não desencadearia 
o processo. Recomenda-se adaptar a pratica ao modelo e tamanho de exploração. 
Se o programa de manejo da granja definir como necessário fazer caudectomia 
parcial, procede-la 8 a 10 horas após o início do parto. Pode ser feito de três maneiras: 
1) corta-se o último terço de uma só vez com um alicate desinfetado - pode ser o 
mesmo que corta os dentes (desinfetar o local com uma solução de iodo); 
2) faz-se apenas o amassamento do terço final com um alicate, a isquemia 
determinara aqueda do terço final rapidamente sem hemorragias no local do corte, que 
pode debilitar o leitão, além de sujar a cela parideira. 
3) Pode-se ainda utilizar um pequeno soldador elétrico para cortar e cauterizar o 
local do corte, s em necessidade de desinfetá-lo; 
 
Pesagem: 
Para avaliação da leitegada e porca. Leitões com peso abaixo de 700g apresentam 
pouca chance de sobrevivência. O índice de mortalidade entre leitões durante o período 
de lactação, bem como seu desenvolvimento, está intimamente relacionado com o peso e 
o vigor dos leitões ao nascerem. Para que um leitão tenha uma boa possibilidade de 
desenvolvimento, s eu peso mínimo ao nascer dever ser igual ou superior a 1.200 g. No 
entanto, em criações onde s e trabalha com grupos de fêmeas, pode- se aumentar as 
chances de sobrevivência de leitões com peso entre 700 e 1.200g, através da transferência 
cruzada de leitões e da orientação das primeiras mamadas; 
A transferência de leitões é uma pratica dependente do escalonamento de partos. 
A transferência pode ser unilateral ou cruzada. A primeira ocorre em caso de morte da 
mãe, galáctica, refugo dos filhos ou pequena leitegada. A segunda, em equalização de 
leitegadas por peso, sexo ou em leitegadas numerosas. O sucesso de ambas se relaciona 
a precocidade com que são realizadas: quanto mais novos os leitões, maior é a aceitação 
pela mãe adotiva. A sobrevivência do leitão está relacionada (tabela) com o peso ao 
nascer. Perda de leitões em função do peso ao nascer. 
Característica dos leitões misturando e mantendo-os fechados por 30 minutos no 
escamoteador. Esse processo pode ser aprimorado com banho odoranteem baixa 
concentração (creolina, por exemplo). Outra forma, ou complementaria a anterior, e 
fechar os leitões por 3 horas; esse tempo sem sucção levara a replicam mamaria 
determinando dor e desconforto a mãe que aceita facilmente os leitões. 
Apesar de referência garantir que as transferências são consequentes até 72 horas, 
de preferência de 24 a 36 horas. 
A capacidade de criação de leitões pode ser equivalente ao número de glândulas 
mamárias e de tetos funcionais que a porca expõe a seus leitões durante a lactação. A 
transferência pode ser unilateral ou cruzada. Deve ser praticada quando o número de 
nascidos excede à capacidade de criação, em uma porca, recomenda- se transferir alguns 
leitões para porcas recém-paridas, visando salvar leitões e uniformizar leitegadas. Deve 
ser realizada o mais cedo possível. 
 
Marcação / identificação: 
Criações para a produção de matrizes e reprodutores (opcional por lotes ou dias 
de nascimento) devem identificar os animais. 
Podem usar brincos numerados e de cores diferentes (colocados com alicate 
especial, na orelha dos suínos; tatuagens, feitas com alicates (tatuadores) onde 
identificamos cada animal com o número do lote, e ou com o dia do nascimento e usar 
ainda o sistema australiano, que consiste numa associação de furos e piques nas bordas 
das orelhas (mossa). 
Este tipo de identificação e usado por granjas de produtores de material genético 
(venda de matrizes e reprodutores) e é o sistema recomendado pela ABCS (Associação 
Brasileira de Criadores de Suínos). Pelo método e possível alcançar o número máximo de 
1599. 
A marcação de suínos pelo sistema australiano e feita mediante mossas aplicadas 
nas orelhas. Cada mossa tem um valor convencional. Além das mossas nas bordas das 
orelhas, são usados furos no centro, que representam: o furo na orelha direita representa 
400; o furo na orelha esquerda representa 800. 
Orelha direita: Cada pique embaixo da orelha corresponde a 1, em cima a 3, e na 
ponta 100, e o furo no centro a 400. 
Orelha esquerda: Cada pique embaixo da orelha corresponde a 10, em cima a 30, 
e na ponta 200, e o furo no centro a 800. 
O ideal e que a marcação seja feita ao nascer, ou no máximo quando os leitões 
tiverem12 dias de idade. 
Observações: 
 Os piques podem ser usados na seguinte frequência máxima: piques e furos: 
800 - 400- 200 - 100; só podem ser usados uma vez. 
 Os piques 10 - 1; podem ser usados no máximo duas vezes. 
 Os piques 30 - 3, podem ser usados no máximo 3 vezes. 
 Não fazer mais que três piques em cada borda da orelha, e não fazer nenhum 
pique na outra borda da mesma orelha. 
 
 
4. ANEMIA FERROPRIVA/ CASTRAÇÃO E ODOR DA CARNE DOS 
CACHAÇOS 
 
Prevenção a Anemia Ferropriva - O leitão neonato é um ser anêmico. Nasce com 
reservas hepáticas de ferro de 50 mg, das quais apenas 15 são mobilizáveis. As 
necessidades diárias são de 5 - 10 mg de Fe, média de 7 mg/dia até 24-28 dias deidade 
(momento em que o bom consumo voluntario de alimento solido supre as necessidades). 
O leite materno tem 1- 2 mg/Fe/litro e a ingestão diária individual de leite é de 0,4 litro, 
supre apenas 10 a 20% das necessidades reais do leitão. Como consequência desse 
quadro, o leitão terá sinais de anemia (menos de 9 g/100mL de sangue) nos primeiros dias 
de vida. Isso pode provocar maior sensibilidade ao meio ambiente, aos microrganismos, 
aos parasitos e atrasa o início do consumo de ração pré-inicial. 
A não administração de Fe pode levar ao quadro de anemia no início da segunda 
semana. Como medida preventiva, tem-se como alternativas: 
 pincelamento das tetas da porca com solução de sulfato ferroso; 
 fornecer terra ferruginos a na gaiola; 
 administrar via intramuscular, na região cervical lateral anterior 150 a 200 mg 
de Fe dextrano. 
 Suínos em sistema SISCAL não necessitam da administração de ferro, pois o 
retiram do ambiente. 
 administração oral de ferro em forma de pó, pastas ou comprimidos; 
Castração 
Neutralização sexual de animais, eliminação de parte do aparelho reprodutor. 
Reconhecidamente machos inteiros tem melhor performance, pré e pós abate que machos 
castrados. 
 
O problema do abate de machos inteiros se refere ao odor sexual. Esse odor só 
está presente em animais maduros sexualmente (+ 85 kg e + 5 meses). Alguns países 
como a Inglaterra, Espanha, Irlanda e Dinamarca permitem o abate dessa categoria 
amparados em legislação e técnicas pós-abate de avaliação hormonal. 
No Brasil o MAARAV, através do RIISPOA, impede o abate. Frente a isso, recomenda-
se a castração entre o 7° e 12° dia de vida. Cuidado para não intervir em leitões 
subnutridos e/ou com diarreias. Animais com hérnia escrotal devem ser castrados através 
de técnica especifica. 
Torna o animal mais dócil. Facilita o manejo (impossível manter muitos leitões 
machos juntos). Melhora a qualidade da carne (odor/sabor) por eliminar o “odor sexual” 
dos machos. Some 60 a 70 dias após castração. 
Obs.: A carne do macho inteiro é aceitável (gosto) no máximo até 4 a 4,5 meses; 
a partir daí o gosto e cheiro se tornam mais fortes. 
A idade da castração depende da finalidade da produção: 
 Produção de cevados - ideal fase de aleitamento (14 ao 21º dia) 
 Produção de reprodutores - castrar os excedentes e não selecionados aos quatro 
meses 
As vantagens da castração na fase de aleitamento 
 Prejudica (stress) menos o animal 
 Sente pouco ou nada a cirurgia 
 Cicatrização rápida 
 Operação é muito simples 
 Dispensa cuidados pós-operatórios 
 Pequeno risco de perda de animais 
Sequencia recomendada para castração: 
I) macho 
1. Um auxiliar segura o leitão na tábua de castração ou o leitão é imobilizado 
usando equipamento apropriado; 
2. Desinfetar a região do exterior da bolsa escrotal com pano embebido no 
desinfetante; 
3. Fazer um corte no sentido longitudinal da porção mediana da bolsa escrotal 
4. Exteriorizar os testículos 
5. Eliminar os testículos cortando o cordão testicular 
6. Fazer uma desinfecção interna (cicatrizante, desinfetante, repelente de mosca, 
etc...). 
*Animais acima de quatro meses (passos da castração) – Aplicar antibiótico antes: 
1. Muito bem contido (amarrado) 
2. Idem 
3. Fazer dois cortes bem grandes para depois da extração facilitar o arejamento 
4. *cortes bem baixos (até na parte ventral) 
5. Idem 
6. Amarrar o cordão testicular antes de cortá-lo, para evitar hemorragia. 
7. Idem 
8. Fazer todos os dias desinfecção interna 
9. Deixá-lo em lugar fresco, limpo, mais em repouso. 
Obs.: se após uma semana persistir a febre 
*Castração de leitões com hérnia escrotal (herniados) pelo método inguinal. Este 
método exige treinamento antes de colocá-lo em prática. 
a) Uma pessoa deve segurar o leitão pelas pernas traseiras com a barriga voltada 
para o castrador; 
b) Desinfetar a região inguinal e fazer um corte de mais ou menos 2 cm entre o 
último par de tetas. Em machos a incisão deve ser feita um pouco afastada da linha média 
apara não atingir o pênis. 
c) Introduzir o dedo minguinho no corte, forçar para liberar o testículo e tracioná-
lo envolto na capa; 
d) Tracionar bem o testículo, verificar se o intestino desceu e dar 2 voltas; 
e) Amarrar com barbante desinfetado; 
f) Cortar o testículo, desinfetar o local e liberar o leitão. 
II) fêmeas 
1. Não é recomendado tecnicamente 
2. Fêmeas “inteiras” se desenvolvem muito melhor 
3. A operação é muito delicada – alto risco perda de animais 
4. As fêmeas são naturalmente dóceis 
A castração de fêmeas no meio rural justifica-se pela necessidade de controle de 
cobertura em fêmeas soltas juntas com machos inteiros. 
No porco tipo-banha, a fêmeacastrada apresenta maior camada de toucinho. A 
carne da fêmea não castrada é de ótima qualidade, não havendo contra indicação alguma. 
 
 
 
 
 
 
5. GANHO DE PESO DOS LEITÕES – DO NASCIMENTO AO 
DESMAME 
 
 
Na tabela acima, vemos que o peso entre o nascimento, correspondido por 0 dias 
e o desmame correspondido por 35 dias, há um ganho de peso de 7 kg por leitão, isto é, 
um aumento significativo em parcialmente um mês. 
 
6. LACTAÇÃO 
Durante a lactação, as porcas precisam receber rações balanceadas, ricas em 
hidratos de carbono, proteínas e sais minerais. A carência desses elementos pode acarretar 
sérios problemas de saúde às porcas, fazendo com que se tornem frágeis. 
A fragilidade física prejudica seriamente o aleitamento, em consequência das 
avitaminoses, descalcificações e paralisias. 
Embora seja possível o aleitamento artificial, o que se recomenda é que ele seja 
feito de forma natural. 
De modo geral, uma criadeira pode amamentar, em boas condições, uma ninhada 
de até 8 leitões. 
Ao final do aleitamento, deve-se oferecer aos leitões ração especial, balanceada. 
Eles podem, também, receber outros tipos de alimentos, como leite desnatado, misturado 
à farinha de carne, de arroz e fubá. 
Devem-se evitar restos de comida, porque podem se deteriorar e provocar 
distúrbios intestinais aos leitões. 
O período de amamentação dura, em geral, por dois meses, podendo-se estender, 
em alguns casos, por três meses. 
 
7. DESMAME 
 
O desmame é um período de muito “stress” para o leitão: afetiva (separação da 
mãe), nutricional (mudança de alimentação), mudança de baia, contato com outros leitões 
(quebra de hierarquia) e imunológica. Desta forma, devem ser evitadas práticas como 
vacinação, castração à época do desmame, com a final idade de redução do “stress”. 
Outro cuidado importante é a retirada da porca da cela parideira primeiro, 
permanecendo os leitões por mais um tempo na maternidade e posterior mudança para a 
creche. O sucesso da desmama condiciona os resultados técnicos econômicos de qualquer 
criação. 
As criações brasileiras com fins comerciais desmamam os leitões com idades que 
variam de 21 a 35 dias. É usual, quanto mais tecnificada a criação, menor o tempo de 
lactação. A tabela abaixo mostra diferentes parâmetros com diferentes idades de 
desmama, segundo diversos autores, os melhores resultados foram com idades de 20 a 28 
dias. 
 
A tabela acima mostra, corroborando com a anterior, que os melhores 
desempenhos foram obtidos com desmamas entre 21 e 28 dias. O que está ratificando a 
tabela é que o intervalo desmama é inversamente proporcional ao tempo de lactação. 
Frente a essa circunstância, sugere-se adequar a idade de desmama (21 a 28 dias) as 
condições de manejo e de sanidade da criação. 
As granjas modernas de suínos estão adotando o desmame precoce devido as 
seguintes vantagens: 
a) produzir leitões mais uniformes 
b) maior número de partos /porca/ano e 
c) redução no consumo de alimento pela porca. Por outro lado, o desmame precoce 
exige rações mais caras, instalações e equipamentos adequados e maior controle sanitário. 
Assim, o desmame proposto deve ser adequado ao nível tecnológico do produtor. 
Os maiores cuidados durante esta fase são relativos à formação de lotes uniformes, 
evitar superlotação, manutenção do aquecimento, número correto de espaço nos 
comedouros e cuidados com a limpeza. Os primeiros dias após o desmame representam 
uma das fases mais difíceis do leitão. 
Um dos sinais clínicos que evidenciam a desarmonizado momento é a diarreia que 
tem, principalmente, nas variações da temperatura ambiental a maior causa. Recomenda-
se fazer a desmama nas quintas-feiras para que as cobrições não ocorram nos finais de 
semana; Após a desmama, a porca deverá ser levada para baias próximas do macho e ser 
cobertas logo no aparecimento do primeiro cio, o qual deverá ocorrer por volta de 3 ou 5 
dias;

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