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Fisiologia do Exercício Prof. Dr. Max Schaun Cronograma 2019/2 31.07 - Apresentação do professor e plano de ensino da disciplina. Introdução à fisiologia do exercício. 07.08 - Bioenergética I: Sistemas anaeróbios de produção de energia no exercício. 14.08 - Bioenergética II: Sistema aeróbio de produção de energia. Produção de energia em diferentes modalidades esportivas. 21.08 – Medidas de dispêndio energético, quociente respiratório, limiar de lactato e consumo de oxigênio no exercício. Cronograma 2019/2 24.08 - SEMIPRESENCIAL 1 28.08 – Medidas de dispêndio energético, quociente respiratório, limiar de lactato e consumo de oxigênio no exercício. 04.09 - Sistema respiratório, trocas gasosas e regulação da ventilação pulmonar durante a atividade física. 11.09 – Avaliação parcial 1 Cronograma 2019/2 14.09 – SEMIPRESENCIAL 2 18.09 – Feedback AP1 I. Ventilação e demandas energéticas durante o exercício, potência aeróbica, desempenho de endurance e equilíbrio ácido-base. 25.09 – Sistema cardiovascular, regulação intrínsica e extrínseca da frequência cardíaca e resposta integrativa durante o exercício. 02.10 – Sistema cardiovascular, regulação intrínsica e extrínseca da frequência cardíaca e resposta integrativa durante o exercício (aula II). 09.10 - Estrutura e Fisiologia do músculo esquelético e os tipos de fibras musculares. Cronograma 2019/2 16.10 – Organização do sistema neuromotor, inervação muscular, controle neural do movimento e proprioceptores. 23.10 – Avaliação parcial II 30.10 – Feedback APII. Sistema Endócrino | Organização e Respostas Agudas e Crônicas ao exercício físico. 06.11 - Fisiologia do treinamento nas populações especiais - diabéticos, hipertensos, idosos e crianças. Cronograma 2019/2 09.11 – SEMIPRESENCIAL 3 13.11 – Exercício físico em condições extremas (altitude, frio, calor). 20.11 – Mostra de pesquisa (pontuação extra). 27.11 – Avaliação semestral 04.12 – Feedback AS e revisão. 11.12 – Avaliação final O que é a fisiologia do exercício e por que eu preciso REALMENTE aprender? Divisão de Miofibrilas Bioenergética I: Sistemas anaeróbios de produção de energia no exercício Prof. Dr. Max Schaun dr.maxschaun@gmail.com BIOENERGÉTICA Energia... Aproximadamente, 60% a 70% da energia dos nutrientes é liberada na forma de calor. O restante é usado para atividade muscular e celular… ATPase ATP sintase ADP + Pi 16 CONTRAÇÃO MUSCULAR SECREÇÃO HORMONAL ATIVIDADE CEREBRAL ATIVAÇÃO IMUNOLÓGICA ROTAS DE SINALIZAÇÃO CELULAR REPARAÇÃO DE TECIDOS VIAS ENERGÉTICAS MOLÉCULA DE ATP Energia 19 Inter-Rotas Qual via metabólica é utilizada durante o exercício físico? Depende do tipo de exercício físico. Tipo de fibra muscular utilizada. Depende do estado absortivo. Nível de condicionamento físico. Níveis hormonais. Dogma bioquímico do treinamento físico. O ATP pode ser ressintetizado através da ligação de um fosfato inorgânico (Pi) e uma molécula de adenosina difosfato (ADP). Para tal, existe a quebra da CP pela enzima creatina cinase. Velocidade nos 100 metros rasos 22 % do valor de repouso Tempo (s) Exaustão “Margaria e col. (1960) relataram que durante o exercício físico máximo, com 10 – 15 segundos de duração, o total de energia requerido pela contração muscular pode ser suprido somente pela hidrolise de ATP e PCr. Foi concluído que somente quando os estoques de PCr são depletados a glicólise anaeróbica lática passa a contribuir significativamente na ressíntese de ATP. Atualmente, no entanto, é aceito que a hidrólise de PCr e a produção de lactato não ocorrem isoladamente...” GLICÓLISE Glicogênio Glicose Lactato Glicogenólise Glicogênese Glicólise Gliconeogênese METABOLISMO DOS CHO Sistema GLICOLÍTICO = envolve a GLICÓLISE. A glicose ou o glicogênio são degradados em ácido pirúvico pela ação de enzimas glicolíticas. Na presença de O2, o ac. pirúvico é convertido em acetil CoA (SISTEMA OXIDATIVO). Na ausência de O2, o ác. pirúvico é convertido em lactato (SISTEMA GLICOLÍTICO LÁTICO). G-6-P GLICOSE HEXOQUINASE F-6-P ATP ADP+ Pi FRUTOSE-1,6-BIFOSFATO ATP ADP+ Pi FOSFOFRUTOQUINASE (PFK) GLICERALDEÍDO-3-FOSFATO ALDOLASE 1ª FASE GLICERALDEÍDO-3-FOSFATO GLICERALDEÍDO-3-FOSFATO 1,3 DIFOSFOGLICERATO 1,3 DIFOSFOGLICERATO 3-FOSFOGLICERATO 3-FOSFOGLICERATO 2-FOSFOGLICERATO 2-FOSFOGLICERATO FOSFOENOLPIRUVATO FOSFOENOLPIRUVATO PIRUVATO PIRUVATO LACTATO LACTATO ADP + Pi ATP ADP + Pi ATP ADP + Pi ATP ADP + Pi ATP GLICERALDEÍDO-3-FOSFATO DESIDROGENASE FOSFOGLICERATO QUINASE PIRUVATO QUINASE LACTATO DESIDROGENASE NAD NADH NAD NADH 2ª FASE NADH NAD NADH NAD RESPIRAÇÃO CELULAR GLICÓLISE MITOCÔNDRIA + 2 NADH Bioenergética II: Sistema aeróbio de produção de energia. Produção de energia em diferentes modalidades esportivas. Prof. Dr. Max Schaun dr.maxschaun@gmail.com CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO (CICLO DE KREBS) Ciclo de Krebs H2O H2O H2O Ciclo do Ác. Cítrico Succinato Desidrigenase Aconitase Isocitrato Desidrigenase CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS (FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA) Ocorre na membrana mitocondrial Sistema de 4 Complexos de membrana Transporte de elétrons pelo NADH e FADH2 Consumo de O2 Bomba de H+ Produção de ATP Qual o rendimento energético da oxidação completa da glicose?? Lipólise Etapas da lipólise Mobilização dos ácidos graxos do adipócito. Transporte através da albumina e a entrada do ácido graxo para tecido muscular. Transporte para a matriz mitocondrial (lançadeira de carnitina). Oxidação do lipídeo. Lipólise: estritamente a hidrólise de triglicerídeos até ácidos graxos e glicerol. Ela é efetuada pelas lipases existentes em várias partes do organismo. RE Riegel. Bioquímica nutricional do exercício físico. São Leopoldo: Unisinos, 2005. Mobilização dos Ácidos Graxos Triglicerídeo Ác. Graxo Glicerol 42 Catecolaminas (Adrenalina/Noradrenalina) Ácido graxo Ácido graxo Ácido graxo Triglicerídeo Lipase Hormônio Sensitiva 43 O exercício físico mobiliza os depósitos de triglicerídeos à medida que leva à produção de hormônios que chegam até os adipócitos. Sua sensibilidade a esses efetores endócrinos é proporcional à eficiência da lipólise. Mobilização dos ácidos graxos é feita via humoral e não local! É possível o emagrecimento por massagens ou exercícios localizados??? Mobilização dos Ácidos Graxos Etapas da lipólise Mobilização dos ácidos graxos do adipócito. Transporte através da albumina e a entrada do ácido graxo para tecido muscular. Transporte para a matriz mitocondrial (lançadeira de carnitina). Oxidação do lipídeo. Entrada dos AGL na mitocôndria AG < 12 carbonos AG >= 12 carbonos AcetilCoA não pode refluir ao citoplasma devido à impermeabilidade da membrana mitocondrial aos derivados dessa coenzima. Se o AcetilCoA não pode sair matriz mitocondrial, o AcilCoA não pode entrar. Mas precisa ser desdobrado para que seu produto (AcetilCoA) seja oferecido ao Ciclo de Krebs. Lançadeira de Carnitina Lançadeira de Carnitina AG são covertidos em Acil-CoA por ação da enzima Acil-CoA sintetase presente na membrana EXTERNA da mitocôndria. Grupo acil se liga à L-carnitina pela ação da CPT I, liberando coenzima A. Transportada pela membrana INTERNA da mitocôndria pela ação da carnitina translocase. Após, a CPT II liga o grupo acil em nova coenzima A. Então a Acil-CoA é levada a β-oxidação e Acetil-CoA levada ao CK. Lançadeira de Carnitina Etapas da lipólise Mobilização dos ácidos graxos do adipócito. Transporte através da albumina e a entrada do ácido graxo para tecido muscular. Transporte para a matriz mitocondrial (lançadeira de carnitina). Oxidação do lipídeo (β-oxidação). β-Oxidação Constitui a via energética mais importante quantitativamente no organismo. Prepondera nos esforços de baixa intensidade e longa duração (atividades cotidianas ou em determinados esportes). Sempre dependente de oxigênio para reoxidar o NADH e FADH2. β-Oxidação Dependente de atividade enzimática para gerar produto final: acetilCoA. Apenas 4 reações enzimáticas, porém se repete várias vezes até o grupo AcilCoA desaparecer. A grande parte do acetilCoA é destinado à oxidação e uma pequena parte é destinada à biossíntese do colesterol. Ativação: - 2 ATP Equivalentes de redução (7 x 5 ATP): + 35 ATP C. Krebs (8 x 12 ATP): + 96 ATP Total = 129 ATP / Palmitato Balanço Energético 54 Proteólise Proteínas São compostos orgânicos de alto peso molecular, formados pelo encadeamento de aminoácidos através de ligações peptídicas. Representam cerca do 50 a 80% do peso seco da célula sendo. Proteínas Uma ligação peptídica é a união do grupo amino (-NH2) de um aminoácido com o grupo carboxila (-COOH) de outro aminoácido, através da formação de uma amida. Degradação das proteínas (desaminação) Revisão da Rotas O que acontece no CITOSOL (Citoplasma celular) para a produção de energia?? Citoplasma Mitocôndria 2 NADH + 2 Piruvatos 2 NADH Cadeia de Transporte de elétrons 2 Piruvatos Ciclo de Krebs E quais etapas da produção de energia acontecem na mitocôndria?? CK 2 (4 NADH + 1 FADH) Beta Oxidação (ácidos graxos) NADH + FADH AcetilCoA ATPs Qual a contribuição dos sistemas de produção de energia durante o exercício? Calorimetria Prof. Dr. Max Schaun Mensuração da produção de calor pelo corpo Calorimetria direta e indireta 1770 Antoine Lavoisier 1890, Wesleyan University, estudos dos professores W. O. Atwater (químico, 1844 – 1907) e E. B. Rosa (físico, 1861 – 1921); utilizaram o primeiro calorímetro humano. Até 13 dias na câmara Sessões de exercício de até 16 hs pedalando 10.000 kcal de gasto energético Calorimetria indireta “Todas as reações que liberam energia nos seres humanos dependem essencialmente da utilização de oxigênio...” Coeficiente Respiratório Devido a diferença na composição química dos CHO, LIP e PTN, são necessárias diferentes quantidades de O2 para oxidar cada um deles. O CO2 produzido, dividido pelo O2 consumido, representa o QR (coeficiente respiratório). QR = CO2 produzido / O2 consumido Coeficiente Respiratório Desta forma, a partir deste QR podemos saber qual a predominância do substrato que está sendo utilizado. Glicose: C6H12O6 + 6 O2 → 6 CO2 + 6 H2O QR = 6 CO2 / 6 O2 = 1 Palmitato: C16H32O2 + 23 O2 → 16 CO2 + 16 H2O QR = 16 CO2 / 23 O2 = 0,696 Coeficiente Respiratório Proteína (albumina): C72H112N2O22S + 77 O2 → 63 CO2 + 38 H2O + SO3 + 9 CO(NH2)2 QR = 63 CO2 / 77 O2 = 0,818 Exercício: Qual o dispendio energético? Expirometria em estado estável: VO2=2l/min VCO2=1,92 l/min Calcule o QR QR % Carboidratos % Gordura Kcal/l O2 por minuto 0,70 0% 100% 4,70 0,72 7% 93% 4,72 0,74 13% 87% 4,75 0,76 20% 80% 4,77 0,78 27% 73% 4,79 0,80 33% 67% 4,82 0,82 40% 60% 4,84 0,84 47% 53% 4,86 0,86 53% 47% 4,89 0,88 60% 40% 4,91 0,90 67% 33% 4,93 0,92 73% 27% 4,96 0,94 80% 20% 4,98 0,96 87% 13% 5,00 0,98 93% 7% 5,03 1,00 100% 0% 5,05 79 Exercitar Calcular demanda calórica do exercício físico por calorimetria INDIRETA. Como controlar DURANTE um exercício físico? Frequência cardíaca!!! Problema! 1 MET = consumo de O2 em repouso ou 250 ml.min-1 (homens) e 200 ml.min-1 (mulheres) Exercício físico classificado a 3 METs = 3x o consumo de oxigênio em repouso. Tipicamente: MET = 3,5 ml.kg-1.min-1 Equivalentes Metabólicos (MET) A reserva da freqüência cardíaca (RFC) é a diferença entre a frequência cardíaca máxima (FCmáx) e a freqüência cardíaca de repouso (FCrep). Karvone et al (1957). Tem sido empregada para a prescrição de exercício aeróbico (ACSM). Esta equação corrige a FC através da Fcrep, o que converge para o princípio da individualidade biológica. FCT = [ (FCMmáx - FCrep) x INTENSIDADE ] + FCrep Reserva da Freqüência Cardíaca Relação RFC e VO2 Cálculo da Taxa Metabólica Basal Homens taxa de atividade x {66 + [(13,7 x Peso) + (5,0 x Altura em cm) – (6,8 x Idade)]} Mulheres taxa de atividade x {665 + [(9,6 x Peso) + (1,8 x Altura em cm) – (4,7 x Idade)]} → Taxa de atividade: Sedentários = 1.2 (pouco ou nenhum exercício) Levemente ativo = 1.375 (exercício leve 1 a 3 dias por semana) Moderadamente ativo = 1.55 (exercício moderado, faz esportes 3 a 5 dias por semana) Altamente ativo = 1.725 (exercício pesado de 5 a 6 dias por semana) Extremamente ativo = 1.9 (exercício pesado diariamente e até 2 vezes por dia) Fórmula de Katch-McArdle Formula (Gasto energético de repouso) P = 370 + (21.6 . massa magra) Massa magra (l) l = m(1 – f/100) Sistema Cardiorespiratório Prof. Dr. Max Schaun Fornecer O2 aos tecidos e eliminar CO2. Regulação conforme demanda celular. Manutenção do equilíbrio ácido-base. Possui 4 estágios: Ventilação pulmonar Respiração externa Troca e transporte de gases Respiração interna Função Sistema Respiratório Composição do ar atmosférico: Nitrogênio (N2): 79,04% Oxigênio (O2): 20,93% Dióxido de Carbono (CO2): 0,03% Pressão atmosférica ao nível do mar: 760 mmHg Pressão dos gases na composição do ar atmosférico: Nitrogênio (PN2): 600,7 mmHg Oxigênio (PO2): 159,1 mmHg Dióxido Carbono (PCO2): 0,2 mmHg Trocas Gasosas A diferença das pressões dos gases constitui a base para a troca gasosa. Trocas Gasosas Transporte do O2: O oxigênio é transportado pelo sangue através da hemoglobina dos eritrócitos. O corpo humano possui cerca de 4 a 6 bilhões de eritrócitos. Diluído no plasma sangüíneo. Proporção de transporte: 98% eritrócitos e 2% no plasma. Cada molécula de hemoglobina pode carrear 4 moléculas de O2. A ligação do O2 à hemoglobina depende da PO2 do sangue e da “afinidade” entre O2 e Hb. Transporte de Gases Mioglobina, o depósito de oxigênio nos músculos A mioglobina, uma proteína globular que contém ferro existente nas fibras musculares esqueléticas e cardíacas com afinidade cerca de 240 vezes maior para o oxigênio do que a hemoglobina, torna possível o armazenamento intramuscular de oxigênio. As fibras musculares avermelhadas apresentam alta concentração desse pigmento respiratório, enquanto as fibras deficientes em mioglobina parecem pálidas ou brancas. Mb + O2 → MbO2 Curva de Saturção da Hemoglobina Transporte do O2: Uma Hb com alto grau de saturação significa que a quantidade de oxigênio ligada a ela está em nível máximo. A medida que a PO2 sanguínea diminui, a saturação também diminui, enfraquecendo a ligação entre O2 e Hb causando a dissociação do oxigênio. Fatores que influenciam a saturação (temperatura e pH). O deslocamento da curva de saturação frente a esses fatores chama-se efeito de Bohr. Transporte de Gases Transporte do O2: O pH dos pulmões é geralmente alto por isso a Hb apresenta grande afinidade saturando de oxigênio. Em nível tecidual o pH é mais baixo, causando a dissociação do oxigênio. Com o exercício físico, a capacidade de descarregar O2 vai aumentando a medida que o pH muscular diminui. Transporte de Gases (a) pH sangüíneo (b) temperatura sangüínea Transporte de O2 na Hemoglobina Alto pH (baixa PCO2) pH normal (PCO2 normal) pH baixo (PCO2 baixa) % de saturação da hemoglobina % de saturação da hemoglobina Adaptações Respiratórias ao exercício e treinamento Quantidade de oxigênio extraído do sangue. Calculado como a diferença entre o O2 no sangue arterial e sangue venoso. A extração de O2 aumenta proporcionalmente com a intensidade do exercício físico. Equação de Fick: VO2 = DC x Difa-v O2 Diferença Artério-Venosa de O2 Hill e Lupton (1923): verificaram que o VO2 aumenta proporcional a intensidade do esforço até um platô. Robinson (1938): o primeiro a identificar o VO2máx como fator determinante para o desempenho no exercício de longa duração. Astrand (1952): a mais alta captação de oxigênio que o indivíduo pode alcançar durante um trabalho físico, respirando ao nível do mar. Watson (1986) e Denadai (1995): capacidade máxima de captação de oxigênio é o número de litros de oxigênio que um indivíduo pode consumir em um minuto de esforço máximo. Consumo Máximo de Oxigênio Limiares Ventilatórios Ventilação pulmonar (VE): resultante do produto da frequência respiratória pelo volume corrente. Fisiologicamente, durante o exercício, o incremento da VE é proporcional à produção de dióxido de carbono (VCO2). A VE durante o teste cardiopulmonar aumenta progressivamente atingindo um platô máximo, caracterizando uma maior produção de CO2. Equivalentes ventilatórios: VE/VCO2. VE/VO2 . Limiares Ventilatórios Elevação do volume corrente Espaço transitório Aumento da frequência respiratória e menor amplitude Limiar ventilatório é o ponto em que a VE aumenta desproporcionalmente em relação ao VO2. VE não se relaciona com a demanda de O2 tecidual. Maior produção de CO2 em consequencia do tamponamento do lactato. Limiares Ventilatórios O termo “limiar ventilatório” se refere ao ponto em um teste de exercício progressivo onde a acidose lática tem início. Na maioria dos indivíduos saudáveis não-treinados, o limiar anaeróbico ocorre entre 50 a 60% do VO2máx. Com o aumento da acidóse metabólica o VCO2 aumenta mais rapidamente que o VO2. Limiares Ventilatórios 71% VO2máx Treinamento dos músculos inspiratórios e expiratórios. Os atletas costumam utilizar o chamado “segundo fôlego”. No final de cada expiração, contraem os músculos intercostais internos, que abaixam as costelas e eliminam mais ar dos pulmões, aumentando a renovação. Volumes Respiratórios Aumento do controle da respiração através da maior sensibilidade quimiorreflexa. Em lugar muito alto, onde o O2 é rarefeito, a concentração de oxigênio nos alvéolos cai a valores muito baixos. Então, quimiorreceptores localizados nas artérias carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e ativam o Centro Respiratório no sentido de aumentar a ventilação pulmonar. Controle da Respiração Sistema Cardiovascular Sist. Circulatório Coração + rede tubular. Coração = bomba mecânica. Rede de tubos de vários tipos e calibres, que comunicam todas as partes do corpo. TRANSPORTE !!! Fisiologia = estudo das funções do organismo vivo incluindo suas partes componentes e interação entre elas (processos físico-químico). Anatomia = foco nas estruturas. Fisiologia = foco nos sistemas e o “movimento” das engrenagens como um todo. Não existe estudo de fisiologia sem anatomia. 121 Fisiologia = estudo das funções do organismo vivo incluindo suas partes componentes e interação entre elas (processos físico-químico). Anatomia = foco nas estruturas. Fisiologia = foco nos sistemas e o “movimento” das engrenagens como um todo. Não existe estudo de fisiologia sem anatomia. 122 Contração Músculo Cardíaco Fibra cardíaca pode ser auto-excitável 1-2%. Coração contrai como 1 única unidade. Contração muscular igual a do músculo esquelético: Potencial de ação Liberação de Ca+2 Ligação com troponina Mudança conformacional da tropomiosina Interação actina-miosina Freqüência cardíaca (FC) Volume sistólico (VS) Volume diastólico final Contratilidade Resistência imposta na ejeção do sangue Débito cardíaco (DC) = FC x VS Volume diastólico (VD) Relaxamento das fibras cardíacas Retorno venoso Fração de ejeção (FE) = VS / VD (% de sangue ejetado) Volumes Cardíacos Controle Extrínseco Coração FC padrão: 75 bpm Controle: Nó sinoatrial Sistema Simpático ↑ FC e a força contração Controle: noradrenalina Sistema parassimpático ↓ FC e a força contração Controle: acetilcolina Aumento da frequência nodal. À medida que aumenta a carga de exercício físico, a atividade simpática aumenta e ao mesmo tempo a influência do parassimpático diminui. Liberação de catecolaminas. Como aumenta a FC durante exercício? Regulação intrínseca Regulação extrínseca Sistema Nervoso Simpático: taquicardia Sistema Nervoso Parasimpático: bradicardia Freqüência cardíaca máxima Real Estimada DC = FC x VS Freqüência Cardíaca Freqüência Cardíaca Freqüência cardíaca (FC) Volume sistólico (VS) Volume diastólico final Contratilidade Resistência imposta na ejeção do sangue Débito cardíaco (DC) = FC x VS Volume diastólico (VD) Relaxamento das fibras cardíacas Retorno venoso Fração de ejeção (FE) = VS / VD Volume Cardíaco Volume Sistólico Freqüência cardíaca (FC) Volume sistólico (VS) Volume diastólico final Contratilidade Resistência imposta na ejeção do sangue Débito cardíaco (DC) = FC x VS Volume diastólico (VD) Relaxamento das fibras cardíacas Retorno venoso Fração de ejeção (FE) = VS / VD Volume Cardíaco Débito Cardíaco DC: aproximadamente 5L/min, em repouso. Aumentos são proporcionais a intensidade do exercício. Débito Cardíaco Quando a intensidade ultrapassa os 50% FCmáx, o aumento de DC é mais em decorrência da FC do que do VS. Changes in Heart Rate, Stroke Volume, and Cardiac Output Resting (supine) 55 95 5.2 Resting (standing 60 70 4.2 and sitting) Running 190 130 24.7 Cycling 185 120 22.2 Swimming 170 135 22.9 Heart rate Stroke volume Cardiac output Activity (beats/min) (ml/beat) (L/min) Atividade Freq. Cardíaca (bpm) Vol de Ejeção (ml/batimento) Débito Cardíaco (L/min) Repouso (deitado) Repouso (sentado e em pé) Correndo Pedalando Nadando Alterações na Frequência Cardíaca, Volume de Ejeção e Débito Cardíaco Adaptações Cardiovasculares ao Exercício Físico Adaptações Cardíacas do Treinamento Físico Sistema Músculo Esquelético Prof. Dr. Max Schaun Características do músculo esquelético Contração voluntária. Aspecto estriado. Ativação via impulso por motoneurônio. Dependente do estabelecimento de pontes cruzadas entre filamentos espessos e finos. Estrutura Ca+ A Contração Muscular “Muitos elementos do quebra-cabeça ainda não foram esclarecidos, porém há muitas evidências apoiando o modelo do filamento deslizante para explicar a contração muscular. Proposto há mais de 60 anos para explicar os movimentos moleculares responsáveis pela contração muscular, o modelo ainda se harmoniza magistralmente com os detalhes em constante expansão acerca da ultraestrutura e da função dos músculos estriados esqueléticos.” Teoria da Contração Muscular Sistema Endócrino e Exercício Prof. Dr. Max Schaun Funções Sistema Endócrino Integração e controle das funções corporais, mantendo o equilíbrio interno (homeostasia). Regulação do crescimento, desenvolvimento e reprodução. Aprimoramento da capacidade do corpo em lidar com o estresse físico e psicológico. Atua: Reprodução, crescimento, defesas do corpo, regulação do metabolismo, manutenção da vida, apetite, anabolismo e catabolismo. Organização Constituição básica: Glândulas endócrinas. Hormônios. Órgão alvo. Hormônios Substância química que é secretada para os líquidos corporais por uma célula ou um grupo de células que exerce efeito de controle fisiológico sobre outras células do organismo. Glândulas Hormônios Célula-alvo Ação secretam atuam desempenhando uma Regulação por Retroalimentação Retroalimentação negativa Hipotálamo Glândula Hipotálamo O hipotálamo liga o sistema nervoso ao sistema endócrino. A hipófise e o hipotálamo são estruturas intimamente relacionadas. Praticamente toda a secreção hipofisária é controlada pelo hipotálamo, que recebe informações oriundas da periferia (que vão desde a dor até pensamentos depressivos) e inibirá ou estimulará a secreção dos hormônios hipofisários, por meio de sinais hormonais ou neurais. Hormônio do Crescimento (Gh) GH No músculo estimula a captação de Aa e glicose, aumentando a glicogênese e síntese proteica. Além disso, atinge os discos hipofisiários levando ao crescimento ósseo. Gh com ação dupla: catabólica de ação direta (semelhante ao glucagon) e anabólica através do fator de crescimento semelhante a insulina (IGF-1). Parece ser a único com ação anabólica durante o exercício físico. Estimulador da Tireóide (TSH) e Tireóide (T3 e T4) T3 e T4 TMB e regulação da temperatura. Catabolismo da glicose, mobilização AGL, síntese de proteínas e de colesterol no fígado. Desenvolvimento sistema nervoso nos bebês e funcionamento normal nos adultos. Funcionamento normal do coração e músculos. Promove crescimento e maturação do esqueleto. Promove capacidade reprodutiva normal. Pâncreas – Insulina e Glucagon Insulina Glucagon Hormônio polipeptídeo produzido nas células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas. Efeito hiperglicimiante. O glucagon atua no fígado através do AMP-cíclico favorecendo a glicogenólise. Tem discreta influência lipolítica. Adreno-Corticotrófico (ACTH) Supra-renais (catecolaminas e Cortisol) ACTH Hormônio adreno-corticotrófico: ACTH. Estímulo: CRH. Indiretos: febre, hipoglicemia e estresse. Inibição: retroalimentação negativa exercida por glicocorticóides. Efeito: Córtex supra-renal promove a secreção de glicocorticóides, como o cortisol. Cortisol Cortisol (95%) Ação semelhante ao glucagon: manutenção consistente nos níveis de glicose entre as refeições. Metabolização de aminoácidos para glicose (gliconeogênese). São mais agressivos no fornecimento de Aa para gliconeogênese. Musculatura tem receptores para estes tipos de glicocorticoides e inibe a captação de glicose e Aa, reduzindo a síntese proteica. Sedentário Endurance Força Tremblay et al 2004 Sedentário Endurance Força Tremblay et al 2004 Catecolaminas Adrenalina e Noradrenalina A liberação acompanha o esforço muscular de qualquer natureza. Em um exercício de 5 seg a taxa de liberação das catecolaminas é em torno de 15x a taxa basal. Após, estabiliza os níveis e aproximando da exaustão, sobe desproporcionalmente. Em indivíduos treinados este aumento de catecolaminas em estado de exaustão é maior do que em pessoas sedentárias. BLOOD CONCENTRATION CHANGES OF EPINEPHRINE AND NOREPINEPHRINE ng/ml Semanas de treinamento Catecolaminas e Treinamento Sistema simpático: carga adrenérgica no coração Anti-Diurético (ADH) ADH Hormônio Antidiurético (ADH): vasopressina. Estímulo: impulso hipotalâmicos em resposta ao ↑ osmolalidade do sangue, ↓ do volume e da pressão sanguínea. Inibição: hidratação e álcool. Efeito: estimula as células tubulares do rim a reabsorver água. % alteração % VO2max ADH e Exercício Gônadas Testosterona Estimula o desenvolvimento das características sexuais masculinas; Afeta a distribuição dos pêlos corporais, a calvície, a voz, a pele, aumenta a velocidade de secreção de algumas glândulas sebáceas, a formação de proteínas com o desenvolvimento muscular, o crescimento ósseo com a retenção de cálcio, o metabolismo basal... Resumidamente - Respostas Agudas Respostas ao Exercício e ao Treinamento Estudo: ilustra a resposta de norepinefrina e epinefrina durante a atividade física com intensidades que variam entre 60 e 85% da capacidade aeróbica por parte de três homens adultos e seis mulheres antes e após 10 semanas de treinamento aeróbico que elevava o VO2máx em 20%. Estudo: Diferenças pré-pós nas respostas do glucagon (A) e da insulina (B) plasmáticos ao exercício antes e após 20 semanas de um programa de treinamento aeróbico. Efeitos do Treinamento para Potência Aeróbica e Anaeróbica Prof. Dr. Max Schaun Princípio da Especificidade A especificidade do treinamento físico refere-se a adaptações nas funções metabólicas e fisiológicas que dependem da intensidade, da duração, da frequência e da modalidade de sobrecarga imposta. Uma sobrecarga específica de curta duração (p. ex., treinamento de força-potência) induz adaptações específicas de força-potência; o treinamento de endurance específico induz adaptações específicas do sistema aeróbico “Isso pode ser enunciado de maneira mais simples dizendo-se que o exercício específico desencadeia adaptações específicas destinadas a promover efeitos específicos do treinamento que produzam melhoras específicas no desempenho.” Estudo Sobre Especificidade 15 homens nadaram durante 1 h/dia, 3 dias/semana, por 10 semanas. Frequência cardíaca de treinamento entre 85 e 95% do máximo (FCmáx). O Vo2máx foi medido durante a corrida em esteira ergométrica e a natação estática, antes e depois do período de treinamento. Potência Aeróbica Especificidade das Alterações Locais (treinamento aeróbico) “A sobrecarga imposta a grupos musculares específicos com o treinamento de endurance aprimora o desempenho e a potência aeróbica por facilitar o transporte de oxigênio e a utilização de oxigênio ao nível local dos músculos treinados.” Tolerância ao Exercício com Cargas Progressivas Metabolismo das Gorduras “O catabolismo acelerado das gorduras torna-se evidente para a mesma carga de trabalho absoluta submáxima sem relação com o influxo de substrato energético (no estado alimentado ou de jejum) e o efeito ocorre em 2 semanas de treinamento. Aumentos impressionantes ocorrem também na capacidade do músculo treinado em utilizar os triacilgliceróis intramusculares como fonte primária para a oxidação dos ácidos graxos.” Fatores Determinantes do Aumento da Lipólise Maior fluxo sanguíneo no músculo treinado. Mais enzimas para a mobilização e o metabolismo das gorduras. Capacidade respiratória aprimorada das mitocôndrias musculares. Menor liberação de catecolaminas para a mesma produção absoluta de potência. TREINAMENTO: CONTÍNUO X INTERVALADO Método Contínuo Alto volume de trabalho sem interrupções. É dominante durante a fase preparatória. Pode ter a intensidade da sessão variável ou invariável. 228 TREINAMENTO INTERVALADO TIROS DE CURTA E LONGA DURAÇÃO alternados com períodos de recuperação: Ativa (exercícios de baixa intensidade) Passiva (repouso) ALTA INTENSIDADE Igual ou maior que a intensidade correspondente ao Limiar Anaeróbio Billat, 2001 Caráter da pausa/descanso Recuperação mais rápida e substancial da capacidade de trabalho assegurada pelo descanso ativo; Descanso ativo: outros grupos de músculos que não estavam envolvidos na atividade OU mesmo tipo de trabalho com intensidade menor; Lactato acumulado no sangue eliminado mais rapidamente, pois 70% do lactato é eliminado no processo oxidativo; Bioenergética pós-exercício: Pagamento da Dívida (EPOC) Não ocorre nenhum acúmulo apreciável de lactato sanguíneo sob condições metabólicas de estado estável... Foureaux G. Rev Bras Med Esporte; 2006, Vol. 12. Produção de lactato acima da capacidade de remoção instantânea no exercício... Foureaux G. Rev Bras Med Esporte; 2006, Vol. 12. O déficit de oxigênio expressa quantitativamente a diferença entre o consumo total de oxigênio durante o exercício e a quantidade total que teria sido consumida se o consumo de oxigênio em ritmo (estado) estável tivesse sido alcançado desde o início... Em termos práticos, o que significa o EPOC? Ressíntese de ATP e PCr Ressíntese de do glicogênio a partir do lactato Oxidação do lactato no metabolismo oxidativo Restauração do oxigênio na mioglobina e no sangue Efeitos termogênicos das catecolaminas Efeitos da frequência cardíaca elevada, da ventilação e de outras funções fisiológicas Efeitos do trienamento de Força e Potência Anaeróbica As “máquinas de força e exercício” do fim do século 19, popularizadas pelo médico sueco Gustav Zander (1835–1920). As máquinas serviam tanto para o desenvolvimento da força em geral quanto para os “tratamentos com ginástica mecânica”, aplicados em caso de distúrbios mórbidos e de doenças cardíacas, nervosas, respiratórias, dos órgãos abdominais, além de obesidade, gota e reumatismo das articulações e questões posturais. Os muitos tratamentos clínicos de sucesso do Dr. Zander, proporcionaram nova visão e atitude acerca do aprimoramento pessoal por meio de exercícios, visando aptidão e saúde. OBJETIVOS DO TREINAMENTO DE FORÇA O desenvolvimento da força por meio do treinamento de força aplica-se a seis áreas principais: Competições de levantamento básico de peso e de levantamento de potência. Fisiculturismo a fim de maximizar o desenvolvimento muscular com objetivos estéticos. Treinamento de força em geral para aptidão e melhora da saúde. Fisioterapia de reabilitação em virtude de ferimentos ou doenças. Treinamento de resistência específico para cada esporte a fim de maximizar o desempenho na modalidade treinada. Fisiologia muscular, a fim de compreender a estrutura, a função, as adaptações e as aplicações práticas. Fatores que influenciam a força Relação Força Comprimento Tipos de Fibras Miosina Atleta de endurance Atleta de força % Fibra Tipo I Hipertrofia Hiperplasia Adaptações ao Treinamento Força Adaptações Neurais ↑ Coordenação ↑ Frequência de disparo ↓ Ativação dos Antagonistas ↑ Recrutamento das Unidades Motoras Adaptações Morfológicas Hipertrofia ↑ Área Secção Transversa Anatômica ↑ Área Secção Transversa Fisiológica ↑ nº e tamanho miofibrilas ≠ no Tipo de Fibra ≠ Arquitetura Muscular “Crescimento” é devido a adição de novas miofibrilas com aumento do tamanho das fibras musculares existentes McDougall, JD. In Human Muscle Power, 1985 Divisão Miofibrilar: Secção Transversa da Fibra Via do IGF Glicogênio AMP Transcrição proteica Treinamento Físico e Populações Especiais Prof. Dr. Max Schaun Treinamento Físico e Envelhecimento Quais as Consequências Fisiológicas do Envelhecimento? Cerca de 10% no número de fibras até os 50 anos e de 50% até os 80. Cerca de 10% na área muscular até os 50 anos e de 50% até os 80. Por que ocorre a perda na capacidade aeróbica? Redução na capacidade oxidativa das células. Aumento de gordura corporal e redução da massa muscular esquelética. Redução no débito cardíaco e na diferença a-Vo2. Homem sedentário de 74 anos Triatleta de 74 anos Tecido Adiposo Quadríceps É possível prevenir ou reverter esse quadro com o treinamento de força?? 271 Sallam, N. et al; Oxidative Medicine and Cellular Longevity; 2016 ENVELHECIMENTO OBESIDADE DESACOPLAMENTO MITOCONDRIAL SARCOPENIA EXERCÍCIO EXERCÍCIO EXERCÍCIO INFLAMAÇÃO ESTRESSE OXIDATIVO DANO A LIPÍDIOS, PROTEÍNAS E DNA EXERCÍCIO EXERCÍCIO EXERCÍCIO ENVELHECIMENTO ? Treinamento Físico, Resistência à Insulina e Diabetes Resistência insulínica Quando o Hormônio não produz o efeito biológico esperado. Diminuição na expressão e/ou atividade das proteínas da cascata insulínica. Diminuição na expressão e/ou atividade das proteínas em vias alternativas. Diminuição do GLUT4 nos estoques intracelulares. Diabetes Tipo 2 É uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose (hiperglicemia) e dos níveis de insulina (hiperinsulinemia) no sangue. SBD - http://www.diabetes.org.br/ Transportador de glicose - GLUT Fatores transcricionais do GLUT4 Densidade dos receptores de Insulina Translocação do GLUT4 GLUT4 nas vesículas Expressão de GLUT4 na Membrana Captação de glicose insulino-mediada Beneficiando a homeostase glicêmica tecidual e plasmática Efeito com duração de 24 a 48h Treinamento Físico e Obesidade Wilmore e Costill – 2001. Obesidade x Sedentarismo 42 adolescentes (13 a 17 anos) obesos (IMC = 34,48―3,88 kg/m2). Intervenção multidisciplinar por 12 semanas. 2 grupos experimentais: treinamento de alta intensidade (TAI) (n=20) –limiar anaeróbio (LA); e treinamento de baixa intensidade (TBI) (n=22) - 20% abaixo do LVI. Efeito do treinamento físico Aumento de calorias usadas para energia. Aumento da TMB durante a recuperação. Aumento na mobilização de lípedes. Maior controle sobre apetite. Fortalecimento articular. Aumento de massa magra. Treinamento X Obesidade Hipertensão HAS – visão atual “É uma doença crônico-degenerativa de natureza multifatorial, na grande maioria dos casos, assintomática, que compromete fundamentalmente o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e vasoconstrictores que mantém o tônus vasomotor, levando a uma redução da luz dos vasos e danos aos órgãos por eles irrigados.” ng/ml Semanas de treinamento Catecolaminas e Treinamento Sistema simpático: carga adrenérgica no coração Dezesseis mulheres hipertensas (56 ± 3 anos) sob tratamento farmacológico regular foram submetidas a 4 meses de um programa de exercícios aeróbios e de alongamento (3 sessões/semana, 90 min/sessão, 60% de VO2max.) Projeto Hipertensão – focado em pessoas hipertensas, pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) - SP Principais efeitos do treinamento físico atividade simpática Bradicardia de repouso excreção urinária de sódio atividade da renina plasmática densidade capilar espessura parede vasos síntese ON Hipertensão Arterial Sistêmica O exercício físico especificamente como tratamento e prevenção da HAS, garante benefício hipotensor mediante algumas adaptações fisiológicas, tais como:…… Esses mecanismos foram estudados primariamente através de pesquisas experimentais, tanto por questões éticas (procedimentos invasivos), mas também por se ter um mairo controle sobre a intervenção e também não se pode descartar o custo das pesquisas com animais, que são baixos em relação à humanos. Um dos modelos animais mais propício para se trabalhar com HAS é o SHR, por se tratar de um modelo que mimetiza a HAS dos humanos com bastante precisão, principalmente no seu desenvolvimento que ocorre de forma espontânea e sistêmica. VO2max 85 80 75 70 65 55 45 35 28 22 12 VO2Máx VO2Máx Plan1 Tipo de Atividade VO2Máx Esqui Cross Country 85 Corredores de Fundo 80 Patinadores de Fundo 75 Ciclistas de Estrada 70 Remadores 65 Nadadores de Fundo 55 Halterofilistas 45 Sedentarios Saudaveis 35 Sedentarios Descapacitados 28 Paciente Pós Infarto 22 Paciente Imediatamente Pós Infarto 12 ATP-CP 100 100 86 45 84 25 82 18 81 13 78 8 60 5 30 3 ATP CP Tempo (s) % do valor de repouso atp-cp dados ATP CP 0 100 100 2 86 45 4 84 25 6 82 18 8 81 13 10 78 8 12 60 5 14 30 3 Ph 7.45 7.4 7.55 7.36 7.4 7.35 7.38 7.3 7.4 7.38 7.35 7.33 7.35 7.38 7.33 7.31 7.3 7.3 7.32 7.25 7.28 7.25 7.22 7.16 7.13 7.16 7.22 7.2 7.26 7.18 7.12 7.15 7.12 6.98 7.11 7.15 7 7.1 7.12 7.07 7.08 6.98 6.97 6.92 7 6.9 6.9 6.87 6.9 6.89 6.85 6.8 6.88 6.85 6.83 6.82 6.8 [LA] (mmol/l) pH sangüíneo Plan2 1 7.45 1.5 7.4 1.2 7.55 1.6 7.36 1.3 7.4 2 7.35 3 7.38 4 7.3 5 7.4 6 7.38 7 7.35 8 7.33 7 7.35 8 7.38 9 7.33 10 7.31 9 7.3 10 7.3 11 7.32 12 7.25 13 7.28 13 7.25 14 7.22 15 7.16 16 7.13 17 7.16 14 7.22 15 7.2 16 7.26 17 7.18 18 7.12 19 7.15 18 7.12 19 6.98 20 7.11 21 7.15 22 7 20 7.1 21 7.12 22 7.07 23 7.08 24 6.98 25 6.97 26 6.92 24 7 25 6.9 26 6.9 27 6.87 28 6.9 29 6.89 30 6.85 31 6.8 31 6.88 30 6.85 31 6.83 32 6.82 33 6.8 PFK 22.5 24.4 31 50.7 71.6 88.3 96.4 100 100 pH sangüíneo % atividade PFK Plan4 6.7 22.5 6.8 24.4 6.9 31 7 50.7 7.1 71.6 7.2 88.3 7.3 96.4 7.4 100 7.5 100 100m 0 14 25.3 34.5 40 40 40 40 34.4 29.6 24.8 Distância (m) Velocidade (Km/h) Plan5 0 0 10 14 20 25.3 30 34.5 40 40 50 40 60 40 70 40 80 34.4 90 29.6 100 24.8 Gráfico1 60 40.3 0 25 65 10 12.5 62.5 25 6 50 44 2 23 75 2 10.5 87.5 2 4.2 95 CP Anaeróbio Lático Aeróbio Distância (m) % de ressíntese de ATP Plan1 100 2 60 40.3 0 200 2.3010299957 25 65 10 400 2.6020599913 12.5 62.5 25 800 2.903089987 6 50 44 1500 3.1760912591 2 23 75 5000 3.6989700043 2 10.5 87.5 10000 4 2 4.2 95 Plan2 Plan3 Molécula Repouso Fadiga (mmol/Kg peso úmido) CP 24,0 3,0 ATP 5,0 4,5 ADP 0,05 0,5 Creatina 4,0 25,0 Pi 3,0 24,0 H+ 1,0(10-4 4(10-3 Lactato 1,0 25,0 Glicogênio 200,0 75,0 Gráfico1 65.4 84 98 115 130 148 164 172.8 180 185 Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico2 70 87.7 100 115 130 145 145.6 141 139 137 Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Plan1 0 65.4 70 5 84 87.7 7 98 100 9 115 115 11 130 130 13 148 145 15 164 145.6 17 172.8 141 19 180 139 21 185 137 Plan2 Plan3 Gráfico1 65.4 84 98 115 130 148 164 172.8 180 185 Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico2 70 87.7 100 115 130 145 145.6 141 139 137 Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Gráfico3 4.578 7.3668 9.8 13.225 16.9 21.46 23.8784 24.3648 25.02 25.345 Velocidade (Km/h) Q (l/min) Gráfico4 65.4 60 84 75 98 89 115 103 130 117 148 131 164 145 172.8 159 180 167 185 175.5 23 185 FC Controle FC Treinado Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico5 70 80 87.7 97 100 110 115 125 130 140 145 155 145.6 156 141 150 139 149 137 148 23 147 VS Controle VS Treinado Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Gráfico6 4.578 4.8 7.3668 7.275 9.8 9.79 13.225 12.875 16.9 16.38 21.46 20.305 23.8784 22.62 24.3648 23.85 25.02 24.883 25.345 25.974 23 27.195 Q Controle Q Treinado Velocidade (Km/h) Q (l/min) Plan1 FC Controle VS Controle Q Controle FC Treinado VS Treinado Q Treinado 0 65.4 70 4.58 60 80 4.8 5 84 87.7 7.37 75 97 7.275 7 98 100 9.80 89 110 9.79 9 115 115 13.22 103 125 12.875 11 130 130 16.90 117 140 16.38 13 148 145 21.46 131 155 20.305 15 164 145.6 23.88 145 156 22.62 17 172.8 141 24.36 159 150 23.85 19 180 139 25.02 167 149 24.883 21 185 137 25.34 175.5 148 25.974 23 185 147 27.195 Plan2 Plan3 Gráfico1 65.4 84 98 115 130 148 164 172.8 180 185 Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico2 70 87.7 100 115 130 145 145.6 141 139 137 Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Plan1 0 65.4 70 5 84 87.7 7 98 100 9 115 115 11 130 130 13 148 145 15 164 145.6 17 172.8 141 19 180 139 21 185 137 Plan2 Plan3 Gráfico1 65.4 84 98 115 130 148 164 172.8 180 185 Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico2 70 87.7 100 115 130 145 145.6 141 139 137 Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Gráfico3 4.578 7.3668 9.8 13.225 16.9 21.46 23.8784 24.3648 25.02 25.345 Velocidade (Km/h) Q (l/min) Gráfico4 65.4 60 84 75 98 89 115 103 130 117 148 131 164 145 172.8 159 180 167 185 175.5 23 185 FC Controle FC Treinado Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico5 70 80 87.7 97 100 110 115 125 130 140 145 155 145.6 156 141 150 139 149 137 148 23 147 VS Controle VS Treinado Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Plan1 FC Controle VS Controle Q Controle FC Treinado VS Treinado Q Treinado 0 65.4 70 4.58 60 80 4.8 5 84 87.7 7.37 75 97 7.275 7 98 100 9.80 89 110 9.79 9 115 115 13.22 103 125 12.875 11 130 130 16.90 117 140 16.38 13 148 145 21.46 131 155 20.305 15 164 145.6 23.88 145 156 22.62 17 172.8 141 24.36 159 150 23.85 19 180 139 25.02 167 149 24.883 21 185 137 25.34 175.5 148 25.974 23 185 147 27.195 Plan2 Plan3 Gráfico1 65.4 84 98 115 130 148 164 172.8 180 185 Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico2 70 87.7 100 115 130 145 145.6 141 139 137 Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Gráfico3 4.578 7.3668 9.8 13.225 16.9 21.46 23.8784 24.3648 25.02 25.345 Velocidade (Km/h) Q (l/min) Plan1 0 65.4 70 4.58 5 84 87.7 7.37 7 98 100 9.80 9 115 115 13.22 11 130 130 16.90 13 148 145 21.46 15 164 145.6 23.88 17 172.8 141 24.36 19 180 139 25.02 21 185 137 25.34 Plan2 Plan3 Gráfico1 65.4 84 98 115 130 148 164 172.8 180 185 Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico2 70 87.7 100 115 130 145 145.6 141 139 137 Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Gráfico3 4.578 7.3668 9.8 13.225 16.9 21.46 23.8784 24.3648 25.02 25.345 Velocidade (Km/h) Q (l/min) Gráfico4 65.4 60 84 75 98 89 115 103 130 117 148 131 164 145 172.8 159 180 167 185 175.5 23 185 FC Controle FC Treinado Velocidade (Km/h) FC (bpm) Gráfico5 70 80 87.7 97 100 110 115 125 130 140 145 155 145.6 156 141 150 139 149 137 148 23 147 VS Controle VS Treinado Velocidade (Km/h) VS (ml/síst) Gráfico6 4.578 4.8 7.3668 7.275 9.8 9.79 13.225 12.875 16.9 16.38 21.46 20.305 23.8784 22.62 24.3648 23.85 25.02 24.883 25.345 25.974 23 27.195 Q Controle Q Treinado Velocidade (Km/h) Q (l/min) Plan1 FC Controle VS Controle Q Controle FC Treinado VS Treinado Q Treinado 0 65.4 70 4.58 60 80 4.8 5 84 87.7 7.37 75 97 7.275 7 98 100 9.80 89 110 9.79 9 115 115 13.22 103 125 12.875 11 130 130 16.90 117 140 16.38 13 148 145 21.46 131 155 20.305 15 164 145.6 23.88 145 156 22.62 17 172.8 141 24.36 159 150 23.85 19 180 139 25.02 167 149 24.883 21 185 137 25.34 175.5 148 25.974 23 185 147 27.195 Plan2 Plan3 Gráfico1 28 22.2 15 10 3 8 4 6 12 9 5 9 38 8 11 14 10 12 14 9 5 10 8 19 27.7 Exercício Horas GH (ng/mL) Plan1 0 28 1 22.2 2.2 15 3 10 4 3 5 8 6 4 7 6 8 12 9 9 10 5 11 9 12 38 13 8 14 11 15 14 16 10 17 12 18 14 19 9 20 5 21 10 22 8 23 19 24 27.7 Gráfico2 100 110 125 160 219 245 219 181 130 100 75 60 50 48 55 65 80 103 126 143 144 126 104 100 100 100 Exercício Tempo (Hs) T3 (ng/dL) Plan2 0 100 0.2 110 0.4 125 0.6 160 0.8 219 1 245 1.28 219 1.4 181 1.6 130 1.8 100 2 75 2.2 60 2.4 50 2.6 48 2.8 55 3 65 3.2 80 3.4 103 3.6 126 3.8 143 4 144 4.2 126 4.4 104 4.6 100 4.8 100 5 100 Plan3
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