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aula direito penal

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Prof. Bruno França – Direito Penal – C.P. Turma Especial 
 
01) Sobre a participação em sentido estrito, é correto 
afirmar que: 
a) adota-se, no Brasil, a teoria de acessoriedade máxima. 
b) não há participação culposa em crime doloso. 
c) assume a condição de partícipe aquele que executa o crime, 
salvo quando adotada a teoria subjetiva. 
d) na teoria do domínio do fato, partícipe é a figura central do 
acontecer típico. 
e) o auxílio material é ato de participação em sentido estrito, ao 
passo em que a instigação é conduta de autor. 
 
02) Cada item a seguir apresenta uma situação 
hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada de 
acordo com o Código Penal, com a legislação penal 
extravagante e com a jurisprudência do STJ. 
Pedro, funcionário público, solicitou a Maria a quantia de R$ 
10.000 para não lavrar auto de infração decorrente de ato ilícito 
descoberto durante fiscalização fazendária. Ao perceber que 
teria que pagar uma multa de mais de R$ 20.000, Maria 
prontamente concordou com a proposta e realizou o pagamento. 
Nessa situação, Maria responderá como partícipe do delito de 
corrupção passiva, uma vez que, quanto ao concurso de 
agentes, o Código Penal adotou exclusivamente a teoria unitária 
do crime. 
 
03) Roberto, Pedro e Lucas planejaram furtar uma 
relojoaria. Para a consecução desse objetivo, eles 
passaram a vigiar a movimentação da loja durante 
algumas noites. Quando perceberam que o lugar era 
habitado pela proprietária, uma senhora de setenta 
anos de idade, que dormia, quase todos os dias, em 
um quarto nos fundos do estabelecimento, eles 
desistiram de seu plano. Certa noite depois dessa 
desistência, sem a ajuda de Roberto, quando 
passavam pela frente da loja, Pedro e Lucas 
perceberam que a proprietária não estava presente e 
decidiram, naquele momento, realizar o furto. Pedro 
ficou apenas vigiando de longe as imediações, e 
Lucas entrou na relojoaria com uma sacola, quebrou 
a máquina registradora, pegou o dinheiro ali 
depositado e alguns relógios, saiu em seguida, 
encontrou-se com Pedro e deu-lhe 10% dos valores 
que conseguiu subtrair da loja. 
Na situação hipotética descrita no texto: 
a) Pedro e Lucas serão responsabilizados pelo mesmo tipo 
penal e terão necessariamente a mesma pena. 
b) o direito penal brasileiro não distingue autor e partícipe. 
c) Pedro, partícipe, terá pena mais grave que a de Lucas, autor 
do crime. 
d) Roberto será considerado partícipe e, por isso, poderá ser 
punido em concurso de pessoas pelo crime praticado. 
e) se a atuação de Pedro for tipificada como participação de 
menor importância, a pena dele poderá ser diminuída. 
 
 
 
 
 
 
 
04) Assine a alternativa correta. 
a) Em relação à participação no concurso de pessoas, a 
legislação penal brasileira adota a teoria da acessoriedade 
mínima. 
b) Situação hipotética: José, gerente de loja, mesmo ciente de 
que um dos vendedores subtraía dinheiro do caixa, nada fez 
para impedir o crime, agindo sem liame subjetivo e intenção de 
obter vantagem econômica. Assertiva: Nessa situação, o 
gerente responderá em coautoria pelo crime de furto, com ação 
omissiva. 
c) Em se tratando de crimes plurissubjetivos, como, por 
exemplo, o crime de rixa, não há que se falar em participação, 
já que a pluralidade de agentes integra o tipo penal: todos são 
autores. 
d) Situação hipotética: O motorista João e sua mulher, Maria, 
trafegavam por uma rodovia, quando ambos, deliberadamente, 
deixaram de prestar socorro a uma pessoa gravemente ferida, 
sem que houvesse risco pessoal para qualquer um deles. João 
foi instigado por Maria, que estava no banco do carona, a não 
parar o veículo, e, por fim, em acordo de vontades com Maria, 
assim efetivamente procedeu. Assertiva: Nessa situação, João 
responderá como autor pelo crime de omissão de socorro e 
Maria será tida como inimputável. 
e) Haverá participação culposa em crime doloso na situação em 
que um médico, agindo com negligência, fornece ao enfermeiro 
substância letal para ser ministrada a um paciente, e o 
enfermeiro, embora percebendo o equívoco, decide ministrá-la 
com a intenção de matar o paciente. 
 
05) A co-autoria é impossível nos crimes: 
a) Comissivos. 
b) Omissivos. 
c) Próprios. 
d) De mão própria. 
e) Culposos. 
 
06) Assinale a opção correta de acordo com a 
jurisprudência do STJ. 
a) Diz-se tentado o latrocínio quando não se realiza 
plenamente a subtração da coisa, mas ocorre a morte da 
vítima. 
b) Tendo o CP adotado a teoria monista, não há como punir 
diferentemente todos quantos participem direta ou 
indiretamente para a produção do resultado danoso. 
c) É impossível o concurso de pessoas nos crimes culposos, 
ante a ausência de vínculo subjetivo entre os agentes na 
produção do resultado danoso. 
d) O crime de latrocínio não admite forma preterdolosa, 
considerando a exigência do animus necandi na conduta do 
agente. 
e) No crime de roubo praticado com pluralidade de agentes, se 
apenas um deles usar arma de fogo e os demais tiverem 
ciência desse fato, todos responderão, em regra, pelo 
resultado morte, caso este ocorra, pois este se acha dentro do 
desdobramento normal da conduta. 
 
07) Assinale a alternativa INCORRETA. Para que se 
configure o concurso de pessoas na esfera penal 
faz-se mister: 
a) a presença de dois ou mais agentes e haver nexo de 
causalidade material entre as condutas realizadas. 
b) a vontade de obtenção do resultado (vínculo de natureza 
psicológica). 
c) o reconhecimento da prática do mesmo delito para todos os 
agentes sendo que se antijuridicidade atingir um dos co-autores, 
se estenderá para os demais. 
d) o ajuste prévio entre os agentes. 
 
 
 
 
 
 
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08) A respeito do concurso de pessoas, assinale a 
opção CORRETA. 
a) As circunstâncias objetivas se comunicam, mesmo que o 
partícipe delas não tenha conhecimento. 
b) Em se tratando de peculato, crime próprio de funcionário 
público, não é possível a coautoria de um particular, dada a 
absoluta incomunicabilidade da circunstância elementar do 
crime. 
c) A determinação, o ajuste ou instigação e o auxílio não são 
puníveis. 
d) Tratando-se de crimes contra a vida, se a participação for de 
menor importância, a pena aplicada poderá ser diminuída de 
um sexto a um terço. Gabarito D 
e) No caso de um dos concorrentes optar por participar de 
crime menos grave, a ele será aplicada a pena referente a este 
crime, que deverá ser aumentada mesmo na hipótese de não 
ter sido previsível o resultado mais grave. 
 
09) A respeito do direito penal, julgue o item a seguir. 
 
Idealizada por Welzel e Roxin e considerada objetivo-subjetiva, 
a teoria do domínio do fato diferencia autoria de participação 
em função da prática dos atos executórios do delito. 
 
10) Acerca do concurso de pessoas e dos princípios 
de direito penal, julgue o item seguinte. 
 
No concurso de pessoas, o auxílio prestado ao agente, quando 
não iniciada a execução do crime, é passível de punição. 
 
11) Com relação ao concurso de pessoas, na 
dogmática penal brasileira: 
a) adota-se a teoria da participação integrada, que exige que o 
partícipe tenha apenas envolvimento objetivo com o 
resultado ocorrido. 
b) adota-se a teoria da acessoriedade limitada. 
c) é preciso que todos os elementos da teoria tripartite estejam 
presentes para a punição do partícipe. 
d) em aparatos organizados de poder não pode existir 
coautoria. 
e) a teoria do domínio do fato dispensa a identificação de 
provas de autoria. 
 
 
GABARITO: 01)B 02)VERDADEIRO 03)E 04)C 05)D 
06)E 07)D 08)D 09)FALSO 10)FALSO 11)*****

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