Buscar

Empresário e Empreendedorismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EMPRESÁRIO
PROFA. ROCHELE FIRMEZA
1 – CONCEITO
Art. 966, Considera‑se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços
 
a) profissionalmente (continuidade): sua profissão. 
b) atividade econômica: finalidade lucrativa (o empresário busca o lucro). Ela	indica	também	que	o	empresário, sobretudo em	função	do	intuito	lucrativo	de sua atividade,	é aquele	que	assume	os	riscos técnicos	e econômicos dela
c) organização empresarial: articula os fatores de produção (capital, mão de obra, insumos e tecnologia) (o exercício de empresa pressupõe, necessariamente, a organização de pessoas e meios para o alcance da finalidade almejada). 
d) produção ou circulação de bens ou serviços
2 – EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
* empresário individual: pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
* sociedade empresária: pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade cujo objeto social é a exploração de uma atividade econômica organizada
 
2.1. Empresário individual 
- é pessoa natural que sozinha desempenha atividade-fim (sem o auxilio de terceiros)
- não há separação patrimonial; responde com todos os seus bens (não há limitação da personalidade) 
- Responsabilidade direta e ilimitada
Art. 789.  O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
 
2.2. Sociedade empresária 
- os sócios não são empresários: o empresário é a própria sociedade (ente que o ordenamento jurídico confere personalidade e capacidade, sendo, portanto, sujeito de direitos)
- possui patrimônio próprio
Os bens dos sócios somente são executados por dívidas da sociedade depois de executados os bens sociais (art. 1024). 
- A responsabilidade dos sócios é subsidiária e pode ser limitada, a depender do tipo de sociedade
Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) Lei 12.441/11
 
DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.         (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.          (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração.        (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 4º ( VETADO).          (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.         (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.         (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
- peculiaridades:
a) com a lei, criou-se uma nova espécie de pessoa jurídica (art. 44, CC)
b) a doutrina entende que só pode ser constituída por pessoa natural
a) exigência de capital mínimo para a sua constituição 
STF (ADI 4637)
3 – AGENTES ECONÔMICOS EXCLUÍDOS DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO
3.1.profissionais intelectuais
Parágrafo único, art. 966:“Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.” 
- ou seja, o profissional liberal que apenas exerce a sua atividade intelectual, ainda que com o intuito lucrativo e com o auxílio de terceiros não é considerado empresário para efeitos legais, já que não há organização dos fatores de produção. 
forma empresarial ao exercício de suas atividades (impessoalizando sua atuação e passando a ostentar mais a característica de organizador da atividade desenvolvida), será considerado empresário
-“elemento de empresa”: demanda interpretação econômica, devendo ser analisada sob a égide da absorção da atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, como um dos fatores da organização empresarial. Relaciona-se com o requisito da organização dos fatores de produção.
 
3.2. sociedades simples (sociedades uniprofissionais)
- são sociedades constituídas por profissionais intelectuais cujo objeto social é a exploração da atividade intelectual dos sócios 
 
3.3. exercente de atividade econômica rural
o CC facultou o registro na Junta àqueles que desenvolvem atividade econômica rural – art. 971, CC: O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
- sendo assim, ao exercente de atividade econômica rural, o registro na Junta Comercial tem natureza constitutiva, e não meramente declaratória
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.
3.4. Sociedades cooperativas (sociedade simples)
- A cooperativa é uma sociedade de natureza civil, formada por no mínimo 20 pessoas, gerida de forma democrática e participativa, com objetivos econômicos e sociais comuns. Os próprios associados, seus líderes e representantes têm total responsabilidade pela gestão e fiscalização da cooperativa.
- Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma democrática, isto é, contan­do com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.
- o cooperado é ao mesmo tempo dono e usuário do  “empreendimento”.
- São portanto empreendimentos econômicos (distribuem seus resultados econômicos em função do capital investido pelos cooperados na cooperativa.) sem fins lucrativos, que visam a satisfação das necessidades econômicas dos trabalhadores, produtores ou consumidores, que são seus cooperados → proveito comum dos cooperados
Sociedade de pessoas: arts. 3º e 4º da lei 5.764/71
Forma e natureza jurídica e forma jurídica próprias: cooperativa é um misto de associação (com a sua estrutura societária simples) e de sociedade empresária (possibilidade de crescimento econômico e complexidade de operações). 
Mas a principal diferenciação é o papel do “proprietário” da sociedade, isto é o cooperado, que difere de todos os cotistas ou acionistas. Na cooperativa o sócio-cooperado é ao mesmo tempo “dono da sociedade” (possuidor de cotas-partes) usuário e fornecedor.
De natureza civil: não é sociedade empresária
Não sujeitas à falência;
Objetivo fundamental (prestação de serviços): arts. 3º, 4º, 7º 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-seempresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa
4. REQUISITOS PARA SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
a) pleno gozo da capacidade civil
 a.1. Incapaz : iniciar ou continuar? 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.
§ 3o  O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos:          (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011) 
I – o sócio incapaz não pode exercer a alterações contratuais de 
administração da sociedade;         (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
II – o capital social deve ser totalmente integralizado;          (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais.          (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)
b) não ter impedimento legal: 
1) Deputados e Senadores não podem ser diretores ou controladores de empresas que tenham relação com o Poder Público (art.54, II, “a”, CF);
2) Funcionários Públicos não podem ser empresários individuais, nem diretores ou controladores de sociedades empresariais, podem ser cotistas ou acionistas;
3) Membros da Magistratura e do Ministério Público não podem ser empresários individuais, nem diretores ou controladores de sociedades empresariais, podem ser cotistas ou acionistas;
4) Militares da ativa, inclusive constituindo crime militar;
5) Corretores e leiloeiros são proibidos de exercer;
6) Médicos em relação à farmácia e laboratórios;
7) Os falidos não reabilitados não podem nem ser sócios; só após o trânsito em julgado da sentença que extinguir suas obrigações civis e penais (após sua reabilitação);
8) Estrangeiros com relação à pesquisa e lavra de recursos minerais e hidráulicos, empresa jornalística de radiofusão (só pode ser sócio com, no máximo, 30% do capital social);
9) Empresários individuais e sociedades que sejam devedoras da previdência social.
10) Aqueles condenados pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade empresarial (Art. 35. Não podem ser arquivados: II - os documentos de constituição ou alteração de empresas mercantis de qualquer espécie ou modalidade em que figure como titular ou administrador pessoa que esteja condenada pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade mercantil)
11) Leiloeiro (Decreto 21.981/32, Art. 36. É proibido ao leiloeiro: a) sob pena de destituição: 1º, exercer o comércio direta ou indiretamente no seu ou alheio nome; 2º, constituir sociedade de qualquer espécie ou denominação)
Obs: O empresário falido só pode retornar a exercer a atividade empresarial após a reabilitação também decretada pelo juiz. Se a falência não foi fraudulenta (não houve crime falimentar), basta a extinção da declaração das obrigações para ser considerado reabilitado. Se houve a condenação por crime falimentar, o empresário deverá obter, após decurso do prazo legal, a declaração de extinção das obrigações e a sua reabilitação penal
LF, Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:
        I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
        II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;
        III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
        § 1o Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.
        § 2o Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado o Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para impedir novo registro em nome dos inabilitados.
Art. 973, CC. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
4.2. Empresário casado
Art. 977. Faculta‑se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória
Art. 978:. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. 
(desde que seja aquele imóvel destinado a atividade comercial)

Continue navegando