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1 
 
 
 
 
 
Universidade Paulista – UNIP 
Curso de Graduação em Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus – Am 
2019
2 
 
 
 
 
 
 
Eliane de Souza Balieiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO CLÍNICO PACIENTE EM PROCESSO DE ABORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus-AM 
 
2019
Trabalho elaborado para 
obtenção da nota parcial da 
disciplina ESTÁGIO 
SUPERVISIONADO, solicitado 
pelo Docente: Prof. Luciana 
Barros de Lima. 
3 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 04 
 
FISIOPATOLOGIA .......................................................................................................................... 06 
 
CASO CLINICO ............................................................................................................................... 15 
 
ANAMNESE ....................................................................................................................................... 15 
 
EXAME FÍSICO ............................................................................................................................... .16 
 
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM ..................................................................................... 18 
 
EVOLUÇÃO ...................................................................................................................................... 21 
 
CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 22 
 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 23 
 
ANEXO ................................................................................................................................................ 24
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
O abortamento revela um sério problema de saúde pública, com maior 
incidência em países em desenvolvimento, sendo uma das principais causas 
de mortalidade no Brasil. É a mais comum intercorrência obstétrica 
(SANTOS,2014). 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que a metade das 
gestações é indesejada; com uma a cada nove mulheres brasileiras que se 
dirige ao abortamento para interromper uma gestação não planejada. 
 
No Brasil, o abortamento espontâneo ocorre em aproximadamente 10 a 
15%. Outros 10% são provocados pelas mais diferentes formas, bem como 
associada as desigualdades sociais brasileiras. Essa realidade, evidencia o 
impacto que este procedimento tem sobre a saúde da mulher em nosso país 
(SANTOS,2014). 
 
A atenção de qualidade é um direito da mulher, sobre tudo, quando esta 
se encontra em situação de vulnerabilidade física e emocional, independente 
de que seja um parto, um aborto espontâneo ou provocado. Entretanto, 
percebe-se que acesso, privacidade, resolutividade e integralidade são 
princípios ainda negligenciados quando se trata das mulheres em situação de 
abortamento (GESTEIRA,2016). 
 
Com relação ao aborto inseguro, uma maior parte ocorre em países 
onde as leis são mais restritivas e consideradas ilegais. Desse modo, muitas 
mulheres em situação de gravidez não desejada, buscam caminhos 
clandestinos para efetuar o aborto e, consequentemente, colocam sua vida em 
risco. O ato de incitar ou provocar o aborto ocorre com mais frequência por 
mulheres com poder aquisitivo baixo, onde procuram clinicas clandestinas de 
aborto, em algumas situações esse ato é realizado na própria residência, com 
instrumentos sem nenhum preparo estéril e ausência de técnicas assépticas 
e/ou administração da medicação mesoprostol (OLIVEIRA,2015). 
 
 
 
 
 
5 
 
As complicações do aborto são importantes fatores de risco de 
morbimortalidade, todavia, as mulheres em sua maioria, apresentam 
complicações e, em alguns casos, necessitando de hospitalização e, 
consequentemente, de assistência humanizada e de qualidade. A maioria das 
mulheres no transcorrer de um processo de abortamento busca nos serviços 
de saúde, profissionais qualificados e capazes de ouvi-los em suas queixas e 
prestar assistência de enfermagem sem julgamento (OLIVEIRA,2015). 
 
No tangente ao enfermeiro, é essencial o conhecimento aprofundado do 
código de ética, para estabelecer subsidio no exercício da profissão visando 
proporcionar uma intervenção de enfermagem ética, legal e humanizada 
(OLIVEIRA,2015). 
 
Devido ao grande avanço do percentual de abortamento, e também de 
possíveis riscos aliados a tal fato, é importante estabelecer um roteiro de ações que 
norteie a equipe de enfermagem no atendimento as mulheres vítimas de 
abortamento, estabelecendo um protocolo que defina-se o papel do enfermeiro no 
atendimento as mulheres em processo de abortamento ou aborto ilegal 
(GESTEIRA,2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 FISIOPATOLOGIA DO PROCESSO DE ABORTO 
 
A fisiopatologia se refere ao sangramento que ocorre na decídua basal, 
com posterior necrose tecidual, este atua como foco irritativo levando ao 
estímulo de contrações uterinas que por sua vez determinam um maior 
descolamento de placenta. A atuação uterina está presente em quase todo o 
processo antes da expulsão do ovo já solto para fora da vagina, sendo esta 
parte realizada pelos músculos abdominais. As passagens ósseas nunca 
interferem no processo nas primeiras seis a oito semanas, comumente é 
eliminado o ovo inteiro, coberto pela decídua. Se o orifício externo oferecer 
resistência e não se dilatar, o ovo fica retido no colo distendido, o processo de 
abortamento pode tomar vários cursos durante o terceiro e quarto mês 
(RODRIGUES, 2015). 
No primeiro curso o concepto deve ser expelida totalmente, com o feto 
em um saco intacto fixado a placenta. Este é o caso de melhor prognóstico 
para a mulher, já que a hemorragia comumente é mínima, o processo é auto-
limitante e nem sempre tem a necessidade de intervenção. As membranas 
podem se romper e dar saída ao feto ou o colo pode fechar-se e reter a 
placenta. O útero mais tarde faz o segundo esforço para expulsar os restos 
placentários (RODRIGUES,2015). 
Durante o intervalo, devido parcialmente ao descolamento da placenta, a 
hemorragia pode se tornar abundante, fazendo com que seja necessária uma 
intervenção. Terceiro, a decídua capsular e o córion podem fender-se, 
permitindo que o feto que está no saco amniótico escape, o útero ainda contém 
a placenta e o córion, pode ou não ocorrer sangramento até começar o 
descolamento da placenta. No abortamento, as contrações uterinas atuam da 
mesma maneira como no trabalho de parto. A dilatação do colo também é 
produzida da mesma maneira. Após o esvaziamento do seu conteúdo, o útero 
se contrai e começa a involução. Algumas vezes aparecem dores pós- 
abortamento e pode mesmo ocorrer lactação (BRASIL,2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
FORMAS CLÍNICAS DE ABORTAMENTO SEGUNDO (MONTEIRO,2017): 
 
 
A) AMEAÇA DE ABORTAMENTO (ABORTO EVITÁVEL) 
A ameaça de abortamento refere-se á gravidez clinicamente possível 
acompanhada de cólicas ou não, sangramento vaginal de origem intra-uterina, 
decorrente, pelo geral, de hematoma subcoriônico após descolamento parcialda 
placenta. 
 
B) ABORTAMENTO INEVITÁVEL 
 
No Inevitável, o estágio se encontra avançado, neste caso não existe nenhuma 
forma de se evitar o aborto. a dor é intolerável, e a perca sanguínea é intensa 
levando a gestante a ter risco de óbito, a hemorragia é acompanhada por forte 
dor abdominal e dilatação cervical. Conforme Rezende (2008), o diagnóstico de 
abortamento inevitável é estabelecido quando o sangramento ocorre através do 
orifício interno do colo dilatado, especialmente se acompanhado de liquido 
amniótico após a ruptura das membranas. Neste caso frisa-se a importância do 
exame especular como diagnóstico. 
 
C) ABORTAMENTO INCOMPLETO 
 
Quando o aborto é incompleto, apenas parte do tecido é eliminada, neste caso 
a hemorragia não cessa e as cólicas são intensas, a hemorragia ocorre porque 
a presença de restos fetais ou embrionários no útero impede que ele se 
contraia de forma adequada. Diante de um aborto incompleto a quantidade de 
sangramento é maior que nos outros abortamentos, onde diminui com a saída 
de coágulos ou restos placentários. O colo do útero encontra-se aberto, assim 
sendo pode-se identificar o material ao exame especular. 
 
 
D) ABORTAMENTO COMPLETO 
 
O aborto completo se dá pela expulsão completa de todo o tecido presente no 
útero, neste caso o sangramento cessa conjuntamente com as cólicas, o útero 
volta ao tamanho normal e a cérvix se torna completamente ocluída. 
 
E) ABORTAMENTO RETIDO 
 
Revela morte fetal sem a sua expulsão, habitualmente com sangramento vaginal 
ausente. O chamado ovo anembrionado é tipo de abortamento retido no qual não 
 
 
 
8 
 
se identifica o embrião através do ultra-som vaginal. Segundo o Ministério da 
Saúde, neste tipo de aborto, o orifício cervical encontra-se fechado e geralmente 
não há hemorragia. O exame de ultra-sonografia revela produto da concepção 
sem vitalidade ou sua ausência. O aborto retido deve ser suspeitado quando não 
ocorre crescimento uterino, quando o BCF não é ouvido na época apropriada, ou 
quando o BCF estava presentes previamente e agora não. 
 
 
F) ABORTAMENTO HABITUAL 
 
O abortamento habitual é definido como abortos sucessivos, repetidos por três 
ou mais vezes, ocorrendo em cerca de 1% das mulheres idade reprodutiva. 
 
G) ABORTO SÉPTICO 
 
O aborto infectado geralmente ocorre com muita frequência, devido à 
manipulação inadequada da cavidade uterina em consequência das técnicas 
errôneas e inseguras. As infecções uterinas são microbianas e adquiridas por 
bactérias da flora vaginal e intestinal sendo elas Escherichia coli, Proteus 
vulgaris, Estafilococos aureos, Estreptococos hemolíticos, entre outros, os 
medicamentos prescritos neste caso são à base de antibióticos. 
 
É a infecção do conteúdo uterino antes, durante e depois o abortamento. A 
paciente ira apresentar os sinais e sintomas específicos de infecção, sendo 
eles: Calafrios, temperatura elevada (mais de 38 ºC), septicemia e peritonite. 
Esta Infecção pode progredir para choque séptico. 
 
É característico de o aborto infectado apresentar sangramento com odor fétido, 
dores abdominais, algia na manipulação do útero e dor em órgãos pélvicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
 
 
Ultrassonografia Transvaginal 
Útero: em AVF, de contornos regulares, limites preciosos, medindo 8.6 x 5.6 
x 6.6cm, volume aumentado de 170.7 centímetros quadrados. Miométrio: 
Testura homogênea. 
Cavidade endometrial: heterogênea e irregular, medindo 15.1mm 
Anexos: 
Ovário direito: Normal 
Ovário esquerdo: Normal. 
 
 
PRESCRIÇÃO MÉDICA 
 
1- Dieta zero 
 
2- SF 0,9% 500ml EV (rápido) 
 
3- SF 0,9% 500ml EV 30gts/min 
 
4- Methergim 1 amp/IM 
 
5- Oxitocina 10UI amp/IM 6/6h 
 
6- Misoprostol 300mg (4 comprimidos de 200mg), via oral 
 
7- Observar sangramento vaginal 
 
8- Sinais Vitais. 
 
 
 
FARMACOLOGIA 
 
 De acordo com o Modelo de Bula com Informações Técnicas aos 
Profissionais de Saúde disponibilizado pela ANVISA acerca da Methergin, oxitocina 
e misoprostol (ANVISA, 2016): 
 
1- METHERGIN 
 
INDICAÇÃO 
 
Controle ativo do terceiro estágio do trabalho de parto (com a finalidade 
de promover a separação da placenta e reduzir a perda de sangue) 
Tratamento da atonia e da hemorragia uterinas que ocorrem: 
– durante e após o terceiro estágio do trabalho de parto 
– associadas com operação cesariana 
 
 
 
10 
 
– no pós-aborto 
–Tratamento da subinvolução do útero, da loquiometria e da 
hemorragia puerperal. 
 
 ADVERTÊNCIAS 
Quando a apresentação é pélvica ou em outros casos de apresentações 
anormais, Methergin não deve ser administrado antes que o nascimento da 
criança esteja finalizado e, em prenhez múltipla, somente após nascer a última 
criança. O controle ativo do terceiro estágio de parto requer supervisão 
obstétrica. As injeções intravenosas devem ser administradas lentamente por 
um período de no mínimo 60 segundos, com monitoramento cauteloso da 
pressão sangüínea. A injeção intra ou periarterial deve ser evitada. Cuidados 
devem ser tomados na presença de hipertensão leve ou moderada (Methergin 
é contra-indicado na hipertensão grave) ou em distúrbios da função hepática ou 
renal. - Gravidez e lactação O uso de Methergin na gravidez é contra-indicado 
por causa da sua potente atividade uterotônica. Tem sido demonstrado que 
Methergin pode reduzir a secreção de leite, bem como ser excretado no leite 
materno (veja “Farmacocinética”). Foram observados casos isolados de 
intoxicação em lactentes cujas mães receberam o medicamento por vários 
dias. Um ou mais dos seguintes sintomas foram observados (desaparecendo 
com a suspensão da medicação): pressão arterial elevada, bradicardia ou 
taquicardia, vômito, diarréia, inquietude e cãibras clônicas. Em virtude das 
possíveis reações adversas para a criança e pela redução da secreção do leite, 
não se recomenda usar Methergin durante a lactação. - Efeitos sobre a 
habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas Não são conhecidos. 
Entretanto, deve-se ter cautela ao dirigir veículos e/ou operar máquinas, 
especialmente durante o início do tratamento com Methergin. 
 
IINTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Methergin pode potencializar os efeitos vasoconstritores/vasopressores 
de outros medicamentos, tais como os simpatomiméticos (inclusive aqueles 
utilizados em anestesia local) ou outros alcalóides do ergot. Portanto, não se 
recomenda o uso concomitante de bromocriptina e Methergin no puerpério. 
Não são conhecidas interações adversas decorrentes da administração 
simultânea de Methergin e oxitocina. Para prevenção e tratamento da 
hemorragia uterina o uso combinado destes dois agentes uterotônicos por via 
 
 
 
11 
 
intramuscular pode ser vantajoso, uma vez que a oxitocina apresenta um 
período de latência muito curto, enquanto Methergin possui uma duração de 
ação prolongada. Anestésicos, como halotanos e metoxifluoranos, podem 
reduzir o potencial oxitócico de Methergin. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
 
Freqüências estimadas: muito comum: ≥10%; comum: ≥ 1% a < 10%; 
incomum: ≥ 0,1% a < 1%, raras: ≥ 0,01% a < 0,1%; muito raras: < 0,01%. 
 
POSOLOGIA 
Controle ativo do terceiro estágio do trabalho de parto: Administrar 0,5 a 
1 mL (= 0,1 a 0,2 mg) em injeção intravenosa lenta (veja “Precauções e 
Advertências”), após a saída do ombro anterior ou, o mais tardar, 
imediatamente após o nascimento da criança. A expulsão da placenta, que é 
normalmente separada pela primeira forte contração após a administração de 
Methergin, deverá ser auxiliada manualmente mediante manobras 
compressivassobre o fundo do útero. Em caso de parto sob anestesia geral, a 
dose recomendada é de 1 mL (0,2 mg). Tratamento da atonia/hemorragia 
uterina: 1 mL (0,2 mg) em injeção intramuscular ou 0,5 a 1 mL (0,1 a 0,2 mg) 
em injeção intravenosa lenta (veja “Precauções e Advertências”),). Pode-se 
repetir a cada 2 a 4 horas e, quando necessário, acima de 5 doses dentro de 
24 horas. Tratamento de subinvolução, loquiometria e hemorragia puerperal: 
0,125 a 0,25 mg (1 a 2 drágeas por via oral) ou 0,5 a 1 mL (0,1 a 0,2 mg) em 
injeção subcutânea ou intramuscular, até 3 vezes ao dia. 
 
 
2- OXITOCINA 
 
 INDICAÇÃO 
Antes do parto. Indução do parto por razões médicas, como por exemplo, 
em casos de gestação pós-termo, ruptura prematura das membranas, 
hipertensão induzida pela gravidez (pré-eclâmpsia); Estímulo das contrações em 
casos selecionados de inércia uterina; 
 
A Ocitocina (substância ativa) também pode ser indicada nos estágios 
iniciais da gravidez como terapia auxiliar do abortamento incompleto, inevitável 
ou retido. Pós-Parto Durante a operação cesárea, depois da retirada da 
criança; Prevenção e tratamento da atonia uterina e hemorragia pós-parto. 
 
 
 
 
 
12 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
Conhecida hipersensibilidade à Ocitocina (substância ativa) ou a 
qualquer excipiente da formulação; Hipertonia uterina, sofrimento fetal 
quando a expulsão não é iminente. Qualquer estado em que, por razões 
fetais ou maternas, se desaconselha o parto espontâneo e/ou o parto 
vaginal seja contraindicado, por exemplo: Desproporção céfalo-pélvica 
significativa; Má apresentação fetal; Placenta prévia e vasos prévios; 
Descolamento prematuro da placenta; presentação ou prolapso do 
cordão umbilical; Distensão uterina excessiva ou diminuição da 
resistência uterina à ruptura, como por exemplo, em gestações múltiplas; 
Poli-hidrâmnios; Grande multiparidade; Presença de cicatriz uterina 
resultante de intervenções cirúrgicas, inclusive da operação cesárea 
clássica. A Ocitocina (substância ativa) não deve ser administrada dentro 
de 6 horas após a administração de prostaglandinas vaginais. 
 
ADVERTÊNCIAS 
Indução do parto. 
A indução do parto por meio da Ocitocina (substância ativa) somente 
deverá ser efetuada quando estiver estritamente indicada por razões 
médicas e não por conveniência. A administração deve ser feita somente 
em condições hospitalares e sob controle médico qualificado. 
A Ocitocina (substância ativa) não deve ser usada por períodos 
prolongados em pacientes com inércia uterina resistente à Ocitocina 
(substância ativa), toxemia pré-eclâmptica grave ou distúrbios 
cardiovasculares graves. 
A Ocitocina (substância ativa) não deve ser administrada por infusão 
intravenosa em bolus, uma vez que pode causar hipotensão aguda de 
curta duração acompanhada de rubor e taquicardia reflexa. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Interações resultando em uso concomitante não recomendado 
Prostaglandinas e seus análogos; Prostaglandinas e seus análogos facilitam a 
contração do miométrio, portanto a Ocitocina (substância ativa) pode 
potencializar a ação uterina das prostaglandinas e análogos e vice-versa. 
Medicamentos que causam prolongamento do intervalo QT A Ocitocina 
(substância ativa) deve ser considerada como potencialmente arritmogênica, 
particularmente em pacientes com outros fatores de risco para torsades de 
 
 
 
13 
 
pointes, tais como medicamentos que prolongam o intervalo QT ou em 
pacientes com histórico de síndrome do QT longo. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
 
 indução do parto ou para o estímulo das contrações, a sua 
administração em doses excessivas produz um superestímulo uterino que pode 
causar sofrimento fetal, asfixia e morte, ou pode conduzir a hipertonia, tetania 
ou ruptura uterina. 
A administração intravenosa rápida em bolus de Ocitocina (substância 
ativa) em doses equivalentes a várias U.I. pode provocar uma hipotensão 
aguda de curta duração acompanhada por rubor e taquicardia reflexa. Estas 
alterações hemodinâmicas rápidas podem resultar em isquemia do miocárdio, 
particularmente em pacientes com doença cardiovascular pré-existente. 
 
POSOLOGIA 
 
Como usar? 
Ocitocina spray nasal: A dose usual é de uma nebulização, que 
corresponde a 1 dose graduada de 4 UI de ocitocina, administrada 2 a 5 minutos 
antes de amamentar o bebê ou de retirar o leite com a bomba de sucção. Uma 
melhor aplicação do spray é obtida com a mulher sentada. Para usar o spray, 
este deve-se destampar, mantendo o frasco em posição vertical, introduzir na 
narina e inalar suavemente, enquanto se aperta firmemente o frasco. Ocitocina 
injetável: A sua administração só deve ser realizada em condições hospitalares e 
com supervisão médica qualificada. 
 
3- MISOPROSTOL 
 
INDICAÇÃO 
É indicado no tratamento e prevenção de úlceras no estômago e 
duodeno, em adultos. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 
Misoprostol está contraindicado para mulheres grávidas ou 
pretendendo engravidar e para pacientes com alergia ás prostaglandinas 
ou a algum dos componentes da fórmula. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
ADVERTÊNCIAS 
 
Antes de usar, deverá falar com o seu médico se tiver menos de 18 
anos, estiver grávida ou amamentando, tiver historial de pressão alta ou baixa, 
doença vascular cerebral ou coronariopatia, tiver doenças no aparelho 
gastrointestinal superior, doença de circulação de sangue ou nos vasos 
sanguíneos, doença inflamatória do intestino ou cerebrovascular ou se estiver a 
tomar outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. 
Durante o tratamento com Misoprostol deve tomar especial cuidado ao dirigir 
veículos ou máquinas, pois este medicamento pode causar tonturas. 
O tratamento com Misoprostol nunca deve ser interrompido sem 
conhecimento do seu médico e os horários, as doses e duração do tratamento 
devem ser rigorosamente respeitados. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 
Segundo vários estudos clínicos, não há evidências de interações entre 
misoprostol e drogas que exerçam sua ação no coração, pulmão ou sistema 
nervoso central. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
 
Os efeitos secundários, descritos durante o uso do misoprostol e outras 
prostaglandinas, são: dor abdominal discreta na maioria dos pacientes, diarreia 
(dose-dependente), flatulência, náuseas, vômitos, fadiga, cefaleia, febre, 
calafrios, sangramento prolongado e abundante que depende da idade 
gestacional, sendo mais frequente na apresentação de 200mcg. Estes efeitos 
tendem a diminuir nas primeiras horas após a eliminação do feto, podendo se 
prolongar por 24 a 48 horas. Entretanto, a administração de dose tão baixa 
como a contida na apresentação (25mcg), e aplicada por via vaginal, é muito 
bem tolerada e raras vezes provoca os efeitos descritos acima. 
 
POSOLOGIA 
 
Como usar? 
 
Tratamento de úlceras no estômago e duodeno. Geralmente a dose 
recomendada diária é de 800 mcg, equivalente a 4 comprimidos administrados 
em 2 ou 4 tomadas ao longo do dia, de acordo com indicação médica. Tratamento 
preventivo de ulceras geralmente a dose recomendada diária varia de 400 a 800 
mcg, equivalente a 1 comprimido administrado 2, 3 ou 4 tomadas ao longo do dia, 
 
 
 
15 
 
de acordo com indicação médica. Os comprimidos de Misoprostol devem ser 
engolidos inteiros, juntamente com um copo de água e com alimentos. 
 
CASO CLÍNICO 
 
ANAMNESE 
 
E.M.C, 27 anos, sexo feminino, nascida no dia 23/12/90, parda, natural 
de Manaus, casada, possui ensino médio incompleto, dona do lar. Reside em 
rua São Marcos, n◦.68, bairro Novo Israel, em Manaus-Am. E.M.C, está em seu 
primeiro dia de internação hospitalar, vinda de sua residênciaacompanhada de 
seu esposo, onde foi admitida nesta unidade hospitalar, no dia 26/08/19 ás 
08:00h da manhã, queixando dores na região da pélvica e sangramento 
vaginal. A mesma relata que nesse mesmo dia, por volta das 06:00h foi varrer 
o banheiro, perdeu o equilíbrio e caiu, não teve perda de consciência, porém, 
sentia dores; foi quando seu esposo chegou do trabalho e, assim então 
seguiram para o Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu, ao chegar, a 
mesma passou por uma avaliação medica, no qual foi solicitado alguns exames 
laboratoriais e uma ultrassonografia transvaginal, diante disso, foi 
diagnosticado, pelo médico, abortamento incompleto. A paciente encontra-se 
internada aguardando procedimento de curetagem uterina; por conta disso 
apresenta-se bastante ansiosa. A paciente nega diabetes, alergias alimentares 
e medicamentosas, doenças pulmonares. Nascida de parto normal, a termo, 
com gestação tranquila e sem complicações. Menarca aos 13 anos, primeiro 
coito aos 15 anos. No decorrer de sua vida teve 2 (dois) parceiros sexuais, 
casada, 2 filhos, todos de parto normal; possui uma boa relação afetiva com a 
familiares. Atualmente reside em casa própria, de alvenaria, com seu esposo, 
dois filhos, sogro e sogra; com cinco cômodos, contendo três quartos, sala, 
cozinha e banheiro, com agua encanada, energia elétrica regularizada e 
saneamento básico satisfatório. Possui hábitos alimentares ricos em 
carboidratos; se alimenta de peixe, frango, carnes, legumes, verduras, frutas... 
entre outros e, que não realiza as três principais refeições. No momento não 
pratica nenhum tipo de atividade física, passa a maior parte do tempo em casa. 
Relata ainda que tinha a profissão de doméstica e que hoje não trabalha mais 
porque o marido não permite. Não faz e nunca fez uso de cigarros e nem 
bebidas alcoólicas. Relata que seu pai era tabagista e veio a óbito por cauda 
desconhecida; sua mãe hipertensa, sua avó materna diabética. Diz ainda 
 
 
 
16 
 
desconhecer qualquer outro tipo de doença provenientes de outros membros 
da família. 
 
EXAME FÍSICO 
 
P.A= 120x70 
 
F.C= 78bpm 
 
T= 36◦ 
 
F.R=20rpm 
 
PESO=52kg 
 
ALTURA=1.50 
 
Sat. O2= 98% 
 
Paciente encontra-se deitada, comunicativa, coperativa, ativa no leito, 
sem dores no momento, hidratada, normocorada, eupnéica, normotensa, 
afebril, expressão facial sem alterações. 
 
CABEÇA: Crânio simétrico, com ausência de deformidades, nódulos, sujidade, 
cicatrizes, lesões, tumores, pediculoses, seborreia no couro cabeludo, indolor a 
palpação. Cabelo bem distribuído, higiene satisfatória. Olhos; acuidade visual 
normal, não faz uso de óculos, ausência de processos inflamatórios, exoftalmia 
e ptose palpebral. Pupilas isocóricas e fotoreagentes, ausência de lesões na 
conjutiva, na esclera e na córnea. Globo ocular; hidratado e corado, ausência 
de secreção hemorrágica e pterígio. Região superciliar simétricas com pelos 
bem distribuídos. Ouvidos; simétricos em relação ao crânio, audição sem 
alteração, ausência de deformações congênitas ou adquiridas, canal auditivo 
com pouca quantidade de cerúmen, ausência de processos inflamatórios, 
infecciosos ou corpo estranho, pavilhão auricular sem sujidade. Nariz; fossa 
nasal de tamanho e forma simétrica, sem alterações de aeromegalias, 
traumatismo, tumores, ausências de lesões, epistaxe, coriza, sujidade, 
presença de vibricias (pelos), mucosa integra. Seios paranasais sem sinal de 
hipersensibilidade á palpação. Boca; lábios corados e hidratados, ausência de 
edemas, lesões, sangramentos, deformidades, queilite e querlose. Cavidade 
oral; gengivas com ausência de gengivites, mucosa corada, arcada, dentição 
completa, (não faz uso de próteses dentárias), ausência de tártaro e cárie, 
lesões sialorreia, língua integra, tonsilas paliativas pequenas sem sinais de 
processos inflamatórios ou infecciosos, sem edema. Higiene corporal 
satisfatória e sem mau h. PESCOÇO; simétrico, sem alterações na postura, 
 
 
 
17 
 
ausência de cicatrizes, lesões e nódulos, cadeia de linfonodos sem alterações, 
não apresenta aumento das glândulas parótidas, veias jugulares levemente 
distendidas, artérias carótidas pulsantes, tireoide móvel a palpação, ausência 
de dispositivos. TÓRAX; plano, simétrico sem anomalias, pele íntegra, 
hidratada, ausência de cicatrizes, lesões, escoriações e nódulos. PULMÃO; em 
ritmo regular, expansibilidade preservada e simétrica, frêmitos presentes, 
murmúrios vesiculares presentes, som claro pulmonar. MAMAS; simétricas, 
pequenos mamilos protuso, ausência de dor, retrações e abaulamentos, 
secreções e nódulos, sensibilidade preservada, ausência de contratura ou 
atrofia muscular. CORAÇÃO; ictus cordis palpável no 5 espaço intercostal 
esquerdo, rítmico, BNF S/S, RCP/2T, ausência frêmitos, atritos, estadilos e 
sons de galope. ABDOME; distendido com sinais de flatulência, pele integra, 
hidratada, corada, ausência de cateteres, lesões, presença de estria, cicatriz 
umbilical sem sujidade, ausência de hérnia e abaulamentos. Ruídos 
hidroaéreos em todos os quadrantes, ausência de sopros, som timpânico 
presente no QIE e QID, som maciço no QSE e QSD, sem presença de massas 
ou anomalias nos órgãos. GENITÁLIA; pelos pubianos presentes em pouca 
quantidade, ausência de parasitas, pele sem escoriações, vermelhidão, lesões, 
nódulos e massas. Diurese presente, fazendo uso de absorventes, reto e anus 
sem anatômicas, ausência de lesões, edemas, hemorroidas, evacuações 
presentes em dias alternados (SIC). MMSS; pele hidratada, corada, sem 
presença de lesões, AVP em curso MSE, perfusão tissular periférica até (2s), 
força motora preservada, extremidades frias, por conta do ambiente, ausência 
de amputações, edema parestesia, paresia e plegia, unhas pequenas, bem 
higienizadas, sem inflamações e fungos. MMII; pele hidratada, com presença 
de varizes em ambos os lados, ausência de lesões, edemas, cicatrizes, 
hematomas, amputações, indolor a palpação, força muscular preservada. 
PELOS; ausência de alopecia e hipertricose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Diagnóstico de Enfermagem (Nanda, 2015-2017): 
 
 
DIAGNÓSTICO 1; 
 
Risco de infecção: Relacionado a Aborto séptico ou concepção incompleta, 
ruptura de vaso sanguíneos uterinos, dilatação do colo uterino; 
 
PLANEJAMENTO; 
 
Participar ativamente na manutenção dos cuidados com a saúde. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM; 
 
 Verificar e registrar os sinais vitais a cada quatro horas, afim de evitar 
infecções; 
 Observar e registrar o sangramento vaginal e a eliminação de 
coágulos (quanto a coloração e volume); 
 Monitorar temperatura e frequência respiratoria investigar dúvidas 
familiares sobre a dor da pessoa e discutir os efeitos disso sobre a dor 
do cliente e sobre o relacionamento; 
 Incentivar a família a dar atenção também quando não houver dor; 
 
DIAGNÓSTICO 2; 
 
Dor Aguda Relacionada a contrações uterinas, intervenção cirúrgica; 
 
PLANEJAMENTO; 
 
Controlar a dor e promover conforto. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM; 
 
 Avaliar características, intensidade e local da dor 
 Aplicar escala numérica de dor ou outra escala pertinente 
 Considerar escore de dor relatado pelo paciente 
 Avaliar alterações de sinais vitais. 
 
 
 
 
19 
 
 Administrar analgésicos conforme prescrição médica 
 Reavaliar dor após administração da medicação. 
 
DIAGNÓSTICO 3; 
 
Conforto prejudicado relacionado com a atual situação evidenciado pelo choro, 
incapacidade de relaxar e inquietação. 
 
PLANEJAMENTO; 
 
Cliente deverá relatar melhora após medidas satisfatórias de alívio.CUIDADOS DE ENFERMAGEM; 
 
 Oferecer métodos alternativos de alívio da dor, coerentes com as metas da 
paciente, como por exemplo, a massagem. 
 Ajudar a cliente a colocar-se em posição confortável e usar travesseiros 
para imobilizar ou apoiar as regiões doloridas, quando for necessário, 
para reduzir a tensão ou o espasmo muscular e redistribuir a pressão 
sobre as áreas do corpo; 
 Investigar dúvidas familiares sobre a dor da pessoa e discutir os 
efeitos disso sobre a dor do cliente e sobre o relacionamento; 
 Incentivar a família a dar atenção também quando não houver dor; 
 
DIAGNÓSTICO 4; 
 
Risco de síndrome pós-trauma: Relacionado a trauma psicológico do aborto 
 
PLANEJAMENTO; 
 
O indivíduo deverá assimilar a experiência como um todo significativo 
e prosseguir sua vida, como evidenciado pelo estabelecimento de 
metas. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM; 
 
 Um ambiente seguro, terapêutico, onde a pessoa possa 
readquirir controle. 
 Permanecer com a pessoa e oferecer apoio durante um episódio de alta 
ansiedade. 
 Auxiliar a pessoa a reconhecer o evento traumático e começar a superar 
o trauma falando sobre a experiência e expressando sentimentos como 
medo, raiva e auxiliar o indivíduo a fazer contato com apoio e os recursos 
de acordo com as próprias necessidades. 
 Encorajar a pessoa a retomar as antigas atividades e iniciar algumas 
novas. 
 Auxiliar a família e as pessoas próximas a compreenderem o que 
está acontecendo (com a vítima). 
 
DIAGNÓSTICO 5; 
 
Risco de déficit do volume hídrico devido ao sangramento materno; 
 
PLANEJAMENTO; 
 
Manter o equilíbrio eletrolítico da paciente durante a internação. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
 Monitorar SSVV; 
 Oferece terapia endovenosa; 
 Controlar e monitorar volume hídrico (balanço hídrico); 
 Observar sinais de sangramentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 EVOLUÇÃO 
 
Paciente, apresenta-se 26.08.19 ás 11:00hs, DIH. E.M 27 anos 9 
semanas de gestação, HD de aborto incompleto,calmo, consciente, 
comunicativo, acamada, normocorado, pele desidratada,afebril, normocardio, 
eupneico, normotenso com pressão : 120x70mmhg. Ao exame físico, crânio 
simétrico, sem deformidades, com presença de seborreia,sem alterações, boa 
acuidade visual, sem processos infecciosos, pupilas isocóricas; ausculta 
pulmonar com presença de murmúrios vesiculares, sem ruídos adventícios, 
auscultar cardíaca com bulhas hipofoneticas, RCR/2t, sem frêmito, com 
ausência de sopros; abdômen gravídico, perfusão tissular periférica (até 2s), 
com eliminações fisiológicas presentes. Acesso venoso em periférico em 
membro superior esquerdo. A mesma refere dor pélvica. Segue sendo 
administrado medicações prescritas é SCE, segue aos cuidados da equipe de 
enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 CONCLUSÃO 
 
O estudo de caso suscita alguns aspectos importantes e necessários 
quanto a necessidade dos profissionais de saúde terem um novo olhar, uma 
visão diferente em relação ao cuidado das mulheres em situação de 
abortamento.Este estudo nos mostrou uma nova concepção do cuidado das 
mulheres que se encontram nessa situação. Priorizar o atendimento diante do 
quadro clínico de abortamento, para evitar a exposição da mulher aos 
constrangimentos e sofrimento inerentes a essa vivência é fundamental quando 
o profissional almeja cuidar de forma integral e humanizada. 
São valorizadas pelas mulheres, as relações estabelecidas com os 
enfermeiros como uma aproximação mais humana, promovendo assim o apoio, 
acolhimento, carinho, diálogo, atenção, fazendo com que a paciente sinta-se 
segura durante o atendimento. 
É de responsabilidade de o enfermeiro preservar os aspectos 
emocionais da mulher em processo abortivo, deixá-la separada daquelas 
mulheres que estão em trabalho de parto ou que já se encontram em processo 
de aleitamento no pós-parto, essas medidas seguramente evitarão um 
constrangimento maior e uma recuperação mais branda e menos sofrida para a 
mulher que passa por este problema. 
 
As ações de cuidado devem ser direcionadas ao perfil de cada mulher, 
pois as expressões são singulares, especiais e completas de significados. São 
estes significados que devem ser levados em consideração no momento de 
avaliar a situação e tomar decisões para o planejamento das ações referentes 
ao cuidado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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PROFISSIONAIS DE SAÚDE. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=2
2113222016&pIdAnexo=3835767. Acesso em: 05 de agosto de 2019. 
ANVISA. Methergin. MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE. Disponível em: 
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ANVISA. Mesoprostol. MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS 
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Diagnostico de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017. 
SANTOS, A. L. D.; ROSENBURG, C. P.; BURALI, K. O. Histórias de perdas fetais 
contadas por mulheres: estudo de análise qualitativa. Revista de Saúde Pública, 
São Paulo, v. 38, n. 2, p. 268-276, 2014. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Atenção 
humanizada ao abortamento: norma técnica. Brasília, DF, 2015. 
RODRIGUES, M. M. L.; HOGA, L. A. K. Homens e abortamento espontâneo: 
narrativas das experiências compartilhadas. Revista da Escola de Enfermagem 
USP, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 258-267, 2015. 
GESTEIRA, S. M. A.; BARBOSA, V. L.; ENDO, P. C. O luto no processo de 
aborto provocado. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 19, n. 4, p. 462-
467, 2016. 
MONTEIRO, M. F. G.; ADESSE, L. Magnitude do aborto no Brasil: uma análise 
dos resultados de pesquisa. Rio de Janeiro: Instituto de Medicina Social, 2017. 
Disponível em: <http://www.ims.uerj.br/downloads/ipas_ims_seminario_aborto.pdf 
Acesso em: 25 Agos. 2017. 
OLIVEIRA, E. M. et al. Atendimento às mulheres vítimas de violência sexual: 
um estudo qualitativo. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 376-
382, 2015. 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
 
 ROTEIRO SAE 
 
 ROTEIRO SAE 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
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