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24ª AAP - Recomendações Língua Portuguesa - 6º ano Ensino Fundamental

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 
EM PROCESSO 
 
 
 
Caderno do Professor 
 
6º ano 
Ensino Fundamental 
 Língua Portuguesa 
 
 
São Paulo 
3º Bimestre de 2019 
24ª edição 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
 
A Avaliação da Aprendizagem em Processo – AAP - se caracteriza como 
ação desenvolvida de modo colaborativo entre a Coordenadoria Pedagógica e a 
Coordenadoria de Informação, Tecnologia, Evidência e Matrícula. 
Iniciada em 2011, em apenas dois anos/séries, foi gradativamente sendo 
expandida e desde 2015 está abrangendo todos os alunos do Ensino 
Fundamental e Ensino Médio além de, continuamente, aprimorar seus 
instrumentos e formas de registro. 
A AAP, fundamentada no Currículo do Estado de São Paulo, propõe o 
acompanhamento da aprendizagem das turmas e alunos, de forma 
individualizada, tendo caráter diagnóstico. Tem como objetivo apoiar as 
unidades e os docentes na elaboração de estratégias adequadas, a partir da 
análise de seus resultados, que contribuam efetivamente para melhoria da 
aprendizagem e desempenho dos alunos, especialmente nas ações de 
recuperação contínua. 
As habilidades selecionadas para a AAP, em Língua Portuguesa e 
Matemática, passaram a ter como referência, a partir de 2016, a Matriz de 
Avaliação Processual elaborada pela COPED e já disponibilizada à rede. Nas 
edições de 2019 prossegue esse mesmo referencial assim como, nos Anos 
Iniciais do Ensino Fundamental permanece a articulação com as expectativas de 
aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática e com os materiais do 
Programa Ler e Escrever e Educação Matemática nos Anos Iniciais – EMAI. 
Além da formulação dos instrumentos de avaliação, na forma de 
cadernos de provas para os alunos, também foram elaborados os respectivos 
Cadernos do Professor, com orientações específicas para os docentes, contendo 
instruções para a aplicação da prova (Anos Iniciais), quadro de habilidades de 
cada prova, exemplar da prova, gabarito, orientações para correção (Anos 
Iniciais), grade de correção e recomendações pedagógicas gerais. 
Estes subsídios, agregados aos registros que o professor já possui e 
juntamente com as informações incorporadas na Plataforma Foco 
Aprendizagem, a partir dos dados inseridos pelos docentes no SARA – Sistema 
de Acompanhamento dos Resultados de Avaliações – devem auxiliar no 
planejamento, replanejamento e acompanhamento das ações pedagógicas, 
mobilizando procedimentos, atitudes e conceitos necessários para as atividades 
de sala de aula, sobretudo aquelas relacionadas aos processos de recuperação 
das aprendizagens. 
 
COORDENADORIA PEDAGÓGICA 
COPED 
COORDENADORIA DE INFORMAÇÃO, 
TECNOLOGIA, EVIDÊNCIA E MATRÍCULA - 
CITEM 
 
 
 
3 
 
Avaliação da Aprendizagem em Processo – Língua Portuguesa 
 
A Avaliação da Aprendizagem em Processo (AAP), em sua 21ª edição, 
tem o intuito de apoiar o trabalho do professor em sala de aula e de subsidiar a 
elaboração de seu plano de aula, tendo em vista os processos de recuperação 
da aprendizagem dos alunos. 
 
As provas para essa avaliação são compostas por doze questões de 
múltipla escolha, com quatro alternativas, para todos os anos do Ensino 
Fundamental (Anos Finais) e cinco alternativas para todas as séries do Ensino 
Médio. As questões foram formuladas a partir de seis habilidades constantes 
na Matriz de Avaliação Processual. 
 
O Caderno do Professor – instrumento pedagógico para o docente de 
Língua Portuguesa – traz a descrição das habilidades selecionadas de cada 
prova, o gabarito, as observações pedagógicas para as alternativas propostas 
e as referências bibliográficas, consultadas ao elaborar o material. 
 
Lembramos que, a cada aplicação, os itens são testados e avaliados 
pelos professores e pelos gestores das escolas da rede estadual. Alguns 
desses itens, provavelmente, precisarão ser modificados ou, por vezes, 
substituídos, de modo a garantir a eficácia da proposta e a reforçar seu caráter 
processual e contínuo. 
 
 
 
Equipe de Língua Portuguesa 
4 
 
 
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO 
6º ano EF – 3º bimestre/2019 – 24ª Edição 
Língua Portuguesa – Caderno do Professor 
Questão Gabarito Habilidade 
 
01 
 
D 
MP026 - Estabelecer relações de causa e consequência, 
entre partes e/ou elementos de um texto (conto, crônica, 
trecho de romance, notícia). 
02 C MP022 - Reconhecer os elementos da narrativa 
(personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo) 
em um texto (crônica, conto, trecho de romance). 
03 A MP029 - Identificar aspectos linguísticos (substantivo, 
adjetivo, artigo) em funcionamento em um texto (trechos 
de romance, conto, crônica, notícia). 
04 B MP024 – Localizar informação explícita em textos (conto, 
crônica, trecho de romance, notícia). 
05 B MP030 - Reconhecer o uso da pontuação, (travessão, 
aspas, dois-pontos, exclamação ou interrogação) em um 
texto (trechos de romance, conto, crônica, notícia). 
06 A MP024 – Localizar informação explícita em textos (conto, 
crônica, trecho de romance, notícia). 
07 D MP030 - Reconhecer o uso da pontuação, (travessão, 
aspas, dois-pontos, exclamação ou interrogação) em um 
texto (trechos de romance, conto, crônica, notícia). 
08 D MP026 - Estabelecer relações de causa e consequência, 
entre partes e/ou elementos de um texto (conto, crônica, 
trecho de romance, notícia). 
09 B MP029 - Identificar aspectos linguísticos (substantivo, 
adjetivo, artigo) em funcionamento em um texto (trechos 
de romance, conto, crônica, notícia). 
10 A MP025 - Inferir informação implícita em textos (conto, 
crônica, trecho de romance, notícia). 
11 C MP025 - Inferir informação implícita em textos (conto, 
crônica, trecho de romance, notícia). 
12 C MP022 - Reconhecer os elementos da narrativa 
(personagem, enredo, tempo, espaço ou foco narrativo) 
em um texto (crônica, conto, trecho de romance). 
 
 
5 
 
 
Leia o texto e responda às questões de 01 a 05. 
 
A bolsa amarela 
Lygia Bojunga Nunes 
 
[...] 
Eu estava tão ligada na carta do André que nem tinha visto o meu irmão atrás 
de mim lendo também. Ele me arrancou a carta: 
─ Quem é o André? 
─ Ninguém. O André é inventado. 
Ele me olhou com aquela cara desconfiada que eu conheço tão bem. 
─ Já vai começar, é? 
─ Palavra de honra. Eu tenho mania de juntar nome que eu gosto, sabe? E eu 
gosto um bocado de André. Aí, quando foi no outro dia, eu estava sem 
ninguém para bater papo e então inventei um garoto pro nome. Um garoto 
legal: dois anos mais velho que eu, cabelo e olho preto, e pensando assim 
igual a mim. Aí comecei a escrever pra ele. 
─ Escuta aqui: por que é que você acha que eu vou acreditar nessa história? 
─ Porque é verdade, ué. 
─ Ele é teu namorado? É aluno da escola? 
─ Que é que há? tô dizendo que ele é inventado. Invento onde é que ele vai 
escrever, invento o que é que ele vai dizer, invento tudo. 
Meu irmão fez cara de gozação: 
─ E por que é que você inventou um amigo em vez de uma amiga? 
─ Porque eu acho muito melhor ser homem do que mulher. 
─ Ele me olhou bem sério. De repente riu: 
─ No duro? 
─ É sim. Vocês podem um monte de coisas que a gente não pode. Olha lá na 
escola, quando a gente tem de escolher um chefe pras brincadeiras, ele 
sempre é um garoto. Que nem chefe de família: é sempre o homem também. 
Se eu quero jogar uma pelada, que é o tipo de jogo que eu gosto, todo mundo 
faz pouco de mim e diz que é coisa pra homem, se eu quero soltar pipa, dizem 
6 
 
logo a mesma coisa. É só a gente bobear que fica burra: todo mundo tá sempre 
dizendo que vocês é que têm que meter as caras no estudo, que vocês é que 
vão ser chefe de família, quevocês é que vão ter responsabilidade, que ─ puxa 
vida! ─ vocês é que vão ter tudo. Até pra resolver casamento ─ então eu não 
vejo? ─ a gente fica esperando vocês decidirem. A gente tá sempre esperando 
vocês resolverem as coisas pra gente. Você quer saber de uma coisa? Eu acho 
fogo ter nascido menina. 
Meu irmão nem ligou. Mas também por que é que ele ia ligar? Eu tava dizendo 
que ser homem é bom... Aí eu pensei que ele ia curtir conversar comigo, mas 
ele virou e disse: 
─ Então me conta: quem é o André? 
─ Quase caí pra trás: 
─ Mas eu já contei! 
─ Conta melhor. Eu não tô acreditando que essa transa toda é só pra ter um 
papo. 
─ Bom, só-só não. 
─ Ah!... 
─ O quê? 
─ Conta. 
─ É o seguinte: eu resolvi ser escritora, sabe? E escritora tem que viver 
inventando gente, endereço, telefone, casa, rua, um mundo de coisas. Então 
eu inventei o André. Pra já ir treinando. Só isso. 
[...] 
NUNES, Lygia Bojunga. A Bolsa Amarela. Il. Marie Louise Nery. 12. ed. Rio de Janeiro: Agir. p.15-17. 
(Coleção “4 Ventos”). (adaptado). 
 
 
7 
 
 
Habilidade 
MP026 - Estabelecer relações de causa e consequência, entre partes e/ou 
elementos de um texto (conto, crônica, trecho de romance, notícia). 
 
Questão 01 
A menina não tinha ninguém com quem conversar. Então inventou 
(A) uma discussão com o irmão. 
(B) um namorado mais velho que ela. 
(C) um livro em que publica suas histórias. 
(D) um garoto para trocar correspondência. 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) uma discussão com o irmão. 
 
Resposta incorreta. Conforme o texto, a 
discussão entre eles começou porque o irmão 
queria saber quem era o garoto (menino 
inventado) que havia mandado a carta. 
(B) um namorado mais velho que 
ela. 
 
Resposta incorreta. O irmão achou que quem 
havia mandado a carta era o namorado da irmã. 
Quanto ao fato de o André (o amigo inventado) 
ser mais velho isso está correto. 
(C) um livro em que publica suas 
histórias. 
 
Resposta incorreta. A personagem não inventou 
um livro, ela apenas manifesta o desejo de ser 
escritora. 
(D) um garoto para trocar 
correspondência. 
 
Resposta correta. O texto deixa claro isso 
quando narradora-personagem fala ao irmão 
“[...] eu estava sem ninguém para bater papo 
e então inventei um garoto [...]”. A conversa 
entre os dois era por meio de carta. 
 
8 
 
Habilidade 
MP022 - Reconhecer os elementos da narrativa (personagem, enredo, tempo, 
espaço ou foco narrativo) em um texto (crônica, conto, trecho de romance). 
Questão 02 
O texto narra 
(A) um diálogo entre irmãos que têm ideias parecidas sobre escrever cartas. 
(B) a percepção dos dois irmãos de como tudo é mais fácil para as meninas. 
(C) uma conversa que mostra a difícil convivência entre o menino e sua 
irmã. 
(D) o discurso do menino tentando convencer a irmã a parar de escrever. 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) um diálogo entre 
irmãos que têm ideias 
parecidas sobre escrever 
cartas. 
Resposta incorreta. Não há nada no texto sobre 
escrever cartas. A discussão se inicia porque o 
irmão estava lendo a carta que a menina havia 
recebido. 
(B) a percepção dos dois 
irmãos de como tudo é 
mais fácil para as 
meninas. 
Resposta incorreta. No texto, aparece apenas a 
percepção da narradora-personagem de como 
as coisas são mais fáceis para os homens; não 
para as garotas. 
(C) uma conversa que 
mostra a difícil 
convivência entre o 
menino e sua irmã. 
 
Resposta correta. O texto mostra o diálogo 
entre os dois irmãos e o conflito entre eles. O 
irmão não acredita na irmã (a narradora-
personagem) quando fala a respeito do 
André. 
(D) o discurso do menino 
tentando convencer a 
irmã a parar de escrever. 
 
Resposta incorreta. No texto, não aparece essa 
informação, ao contrário, é a garota que faz um 
discurso para tenta convencer o irmão de que o 
André é um menino inventado. 
9 
 
 
Habilidade 
MP029 - Identificar aspectos linguísticos (substantivo, adjetivo, artigo) em 
funcionamento em um texto (trechos de romance, conto, crônica, notícia). 
 
Questão 03 
Em “Um garoto legal: dois anos mais velho que eu, cabelo e olho preto, e 
pensando assim igual a mim, as palavras em destaque caracterizam seus 
substantivos e são exemplos de 
 
(A) adjetivos. 
(B) artigos. 
(C) pronomes. 
(D) verbos. 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) adjetivos. Resposta correta. Os termos, em destaque, 
são adjetivos e caracterizam os substantivos 
aos quais se ligam, legal e velho (a garoto); 
preto (a olho). 
((B) artigos. Resposta incorreta. Os artigos podem definir ou 
indefinir os substantivos que a eles se ligam. 
(C) pronomes. Resposta incorreta. Os pronomes podem 
acompanhar ou substituir substantivos. 
(D) verbos. 
 
Resposta incorreta. Os verbos possuem outra 
função dentro das classes gramaticais: indicam 
ação ou estado de alguém ou de algo, por 
exemplo. 
 
 
 
10 
 
 
Habilidade 
MP024 – Localizar informação explícita em textos (conto, crônica, trecho de 
romance, notícia). 
 
Questão 04 
 
Quando a narradora diz “Vocês podem um monte de coisas [...]”, ela se refere 
aos 
(A) chefes. 
(B) homens. 
(C) escritores. 
(D) professores. 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) chefes. Resposta incorreta. Conforme o texto, quando a 
narradora-personagem diz que os homens podem tudo, 
cita que eles podem ser chefes de brincadeiras e 
chefes de família. 
(B) homens. Resposta correta. Quando a narradora-personagem 
diz “Você podem um monte de coisas”, ela está se 
referindo aos homens, e exemplifica quais são 
essas coisas: são os homens que são chefes das 
brincadeiras, os chefe de família, que podem jogar 
futebol, que resolvem o casamento, entre outros. 
(C) escritores. 
 
Resposta incorreta. No texto, não se encontra essa 
informação. Apenas a narradora-personagem informa 
que resolveu ser escritora. 
(D) professores. Resposta incorreta. No texto, não são mencionados os 
professores. 
11 
 
Habilidade 
MP030 - Reconhecer o uso da pontuação, (travessão, aspas, dois-pontos, 
exclamação ou interrogação) em um texto (trechos de romance, conto, crônica, 
notícia). 
 
Questão 05 
 
Em “─ Que é que há? tô dizendo que ele é inventado. Invento onde é que ele 
vai escrever, invento o que é que ele vai dizer, invento tudo”, o travessão foi 
usado para indicar a 
 
(A) separação de frase. 
(B) fala da personagem. 
(C) separação de parágrafo. 
(D) explicação de algo. 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) separação de frase. Resposta incorreta. Uma das funções do 
travessão é isolar palavras ou frases num 
contexto, entretanto, não é o que acontece nesse 
caso. 
(B) fala da personagem. 
 
Resposta correta. O travessão, nesse caso, 
foi usado para indicar a fala direta de uma das 
personagens do texto. 
(B) separação de parágrafo. Resposta incorreta. Resposta incorreta. O 
travessão não apresenta essa função. 
(D) explicação de algo. Resposta incorreta. Quando o travessão for 
usado para isolar palavras ou frases, ele pode 
apresentar essa função, mas não o que ocorre na 
questão. 
 
12 
 
Leia o texto e responda às questões 06 e 07. 
 
DIA DO FOLCLORE - Escola realiza concurso de pipas 
Adriana Ito - Reportagem Local 
 
Empinar uma pipa e vê-la ganhar o céu ao sabor do vento é uma das 
lembranças mais deliciosas que se guarda da infância. O Colégio EstadualProfessora Rina Maria de Jesus Francovig (Zona Sul de Londrina) ajudou seus 
alunos de 1ª a 8ª série a formar essa lembrança, oferecendo uma atividade 
multidisciplinar que envolveu toda a escola. 
Através de um concurso de pipas, os alunos celebraram o Dia do Folclore, 
comemorado ontem, adquiriram novos conhecimentos e, principalmente, se 
divertiram. ''Com este tipo de atividade, os alunos entendem melhor a ação da 
gravidade e a geometria, aprendem a não usar cerol e ainda aprendem a 
respeitar o trabalho do outro. [...]'', explicou a pedagoga da escola, Neila Alves 
Teixeira. 
Os alunos participaram de uma oficina de confecção dos papagaios, 
concorreram aos prêmios de pipa maior, menor e mais criativa, e lançaram 
suas criações ao ar. “[...] quando você promove uma atividade ao ar livre, há 
uma interação maior entre eles, com os professores e funcionários. Isso é 
ótimo'', avaliou a professora de matemática Bernadete Urbanski, que 
aproveitou a oportunidade para empinar uma pipa também. 
[...] 
A atividade também contribuiu para conscientizar os estudantes sobre os riscos 
do uso do cerol (cola com vidro moído) nas linhas. Vários alunos confessaram 
que já utilizaram a mistura, mas garantiram que aprenderam a lição. ''É 
perigoso. Se passa um motoqueiro, a linha pode cortá-lo. Também a gente fica 
chateado se alguém 'taiar' a nossa pipa. Eu já não usava muito cerol, agora é 
que não vou usar mesmo'', afirmou Cristiane Larissa Alexandre, 13 anos, que 
diz soltar pipa ''que nem moleque'' com suas amigas. 
Pelo jeito, o uso do cerol é comum no bairro onde fica a escola, no Jardim 
Campos Elíseos. Quando os alunos começaram a empinar suas pipas, logo 
várias crianças de fora da escola também puseram no ar as delas, com o claro 
13 
 
intuito de talhar1 as concorrentes. Foi só os estudantes descerem as suas 
(pipas) que a movimentação no bairro também cessou - o que mostra que essa 
conscientização era realmente necessária. Nesse contexto, Wellington David 
Pereira Toneti, 11 anos, que levou o prêmio de menor pipa com um exemplar 
de cerca de 5 cm, é um exemplo a ser seguido. ''Eu nunca usei cerol. Quando 
chego em casa, meu pai sempre confere a linha. Meu colega já 'taiou' a minha 
pipa uma vez, deu raiva. Mas não é por isso que eu vou usar cerol também'', 
ensinou. 
 
Disponível em: <https://www.folhadelondrina.com.br/cidades/dia-do-folclore---escola-realiza-concurso-de-
pipas-652087.html>. Acesso em: 24 jun. 2019. (adaptado) 
 
 
Habilidade 
MP024 – Localizar informação explícita em textos (conto, crônica, trecho de 
romance, notícia). 
 
 
Questão 06 
Segundo o texto, o concurso de pipas foi importante para a 
(A) conscientização dos alunos sobre riscos do uso do cerol. 
(B) montagem de uma oficina para a confecção de pipa. 
(C) união da escola com os moradores do bairro. 
(D) arrecadação de dinheiro para a escola. 
 
 
1 Talhar: fazer um corte, um talho. Golpear. 
. 
14 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) conscientização dos 
riscos do uso do cerol. 
 
Resposta correta. O concurso foi importante 
por vários motivos, um deles foi o da 
conscientização sobre os perigos do uso do 
cerol. 
(B) montagem de uma 
oficina para a 
confecção de pipa. 
 
Resposta incorreta. O texto traz a informação 
de que os alunos participaram de oficina de 
confecção de pipas, mas não há a informação 
de que a escola montou uma oficina. 
(C) união da escola com 
os moradores do bairro. 
 
Resposta incorreta. O texto não traz essa 
informação, apenas a de que no bairro, onde 
fica a escola, é comum o uso do cerol. 
(D) arrecadação de 
dinheiro para a escola. 
Resposta incorreta. O texto não traz essa 
informação. 
 
Habilidade 
MP030 - Reconhecer o uso da pontuação, (travessão, aspas, dois-pontos, 
exclamação ou interrogação) em um texto (trechos de romance, conto, crônica, 
notícia). 
Questão 07 
 
O uso de aspas em ''É perigoso. Se passa um motoqueiro, a linha pode cortá-
lo. Também a gente fica chateado se alguém 'taiar' a nossa pipa. Eu já não 
usava muito cerol, agora é que não vou usar mesmo'' tem a função de 
 
(A) enfatizar a importância de respeitar o trabalho do outro. 
(B) informar sobre a necessidade de fazer o uso correto do cerol. 
(C) realçar sobre as vantagens de cada um construir sua própria pipa. 
(D) destacar a fala da aluna em relação ao perigo de se usar o cerol. 
15 
 
 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) enfatizar a importância de 
respeitar o trabalho do outro. 
 
Resposta incorreta. Uma das funções das 
aspas é a de destacar algo no texto, mas 
não é o que acontece nesse trecho. 
(B) informar sobre a 
necessidade de fazer o uso 
correto do cerol. 
 
Resposta incorreta. Essa informação não é 
condizente ao conteúdo do texto, além de 
não justificar o uso das aspas. 
(C) realçar sobre as 
vantagens de cada um 
construir sua própria pipa. 
 
Resposta incorreta. A informação não está 
presente no texto e não justifica o uso das 
aspas. 
(D) destacar a fala da aluna 
em relação ao perigo de se 
usar o cerol. 
 
Resposta correta. A presença das aspas 
marca, destaca a fala da aluna Cristiane 
Larissa Alexandre. Trata-se de uma 
citação direta do que ela fala. 
 
Leia o texto e responda à questão 08. 
 
Notícias falsas na internet afetam adolescentes e crianças? 
Você reconhece uma notícia falsa postada em uma rede social? Ao que tudo indica, 
muitas pessoas têm dificuldade em separar o certo do errado – especialmente os mais 
jovens 
Por: Laura Navajas - 3 anos atrás 
 
16 
 
 
Shutterstock 
Todo mundo conhece aquele primo ou aquela tia que compartilham tudo o que 
veem nas redes sociais, sem questionar a fonte. Além de chato, isso pode 
estar se tornando um problema, especialmente para crianças e adolescentes 
que têm acesso fácil às redes, muitas vezes com perfil próprio (apesar de isso 
somente ser permitido a partir de certa idade). 
O The Wall Street Journal publicou ontem os resultados de um estudo da 
Universidade de Stanford que mostram dados preocupantes. Segundo a 
pesquisa, 82% dos estudantes não conseguiam distinguir uma nota marcada 
como “patrocinada” e uma notícia verdadeira. A ideia foi avaliar, em entrevistas 
com mais de 7800 estudantes desde a escola até a faculdade, como eles 
avaliam as informações recebidas na internet. 
De acordo com a matéria, muitos estudantes julgam a credibilidade de um post 
baseado literalmente na quantidade de informações fornecidas: mais palavras 
ou linhas, mais confiável a notícia. Um dos motivos para tanto, ainda de acordo 
com a notícia do The Wall Street Journal, é que o desenvolvimento da 
habilidade de pesquisar vem sendo deixado de lado – as escolas optam por 
focar em matérias como leitura e matemática. 
E o que os pais podem fazer para evitar que seus filhos saiam acreditando em 
tudo aquilo que veem ou leem por aí? O que nunca deviam ter parado de fazer: 
ensinar um pouco de ceticismo2. Duvidar de algumas informações e pesquisar 
em mais de uma fonte pode ser um bom começo. 
Com informações do The Wall Street Journal. 
Disponível em: <https://www.consumidormoderno.com.br/2016/11/23/noticias-falsas-adolescentes-
criancas/>. Acesso em: 26 jun. 2019. 
 
2 Ceticismo: não acreditar em algo, descrença, dúvida 
17 
 
 
Habilidade 
MP026 - Estabelecer relações de causa e consequência, entre partes e/ou 
elementos de um texto (conto, crônica,trecho de romance, notícia). 
Questão 08 
 
Conforme o texto, não desenvolver a habilidade de pesquisar, leva os 
estudantes a 
 
(A) ficarem céticos e duvidar de tudo do que leem. 
(B) distinguirem a notícia “patrocinada” e a verdadeira. 
(C) dedicarem-se mais à leitura do que à matemática. 
(D) confiarem em post pela quantidade de palavras. 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) ficarem céticos e 
duvidar de tudo do 
que leem. 
 
Resposta incorreta. Conforme o texto, acontece o 
contrário, quando a habilidade de pesquisar é 
deixada de lado, a tendência é de se acreditar em 
tudo o que lê. 
(B) distinguirem a 
notícia “patrocinada” e 
a verdadeira. 
 
Resposta incorreta. Segundo o texto, quando a 
habilidade de pesquisar não é desenvolvida, fica 
difícil de os estudantes distinguirem uma notícia 
“patrocinada” de uma notícia verdadeira. Com 82% 
de estudantes entrevistados aconteceu isso. 
(C) dedicarem-se mais 
à leitura do que à 
matemática. 
 
Resposta incorreta. O texto não traz essa informação, 
mas que as escolas optam em focar os estudos em 
leitura e matemática e deixam de lado o ensino da 
pesquisa. 
(D) confiarem em post 
pela quantidade de 
palavras. 
 
Resposta correta. Segundo o texto, a falta da 
habilidade em pesquisar, leva os estudantes a 
acreditarem em tudo o que leem e a credibilidade 
aumenta pela quantidade de palavras ou de linhas 
contidas num post. 
18 
 
Leia o texto e responda às questões 09 e 10. 
 
A mãe que perdeu 2 filhos para o sarampo por acreditar em 'fake news' 
sobre vacinas 
 
21 junho 2019 
 
As Filipinas vivem um surto de sarampo. Mais de 35 mil pessoas foram infectadas e 
quase 500 morreram desde o começo do ano. 
 
Arlyn B. Calos perdeu dois filhos por causa da doença, no intervalo de uma 
semana, no ano passado. 
Ela conta que não vacinou as crianças porque havia lido notícias falsas dizendo 
que a vacina fazia muito mal. 
"Sinto raiva, porque eu não deveria ter dado ouvidos à TV e ao Facebook. 
Deveria ter protegido meus filhos, assim eles não teriam pegado sarampo", 
desabafa. 
Há uma vacina segura e efetiva disponível. Mas controvérsias3 a respeito de 
uma nova vacina contra a dengue, chamada Dengvaxia, espalharam 
informações incorretas e sensacionalistas. 
"Nas notícias e até no Facebook diziam que muitas crianças morreram. Por 
isso, eu tinha medo de vaciná-los. Hoje, eu sei que nenhuma vacina causa a 
morte de crianças, nem a do sarampo, nem a da dengue”. 
Embora haja investigações em curso sobre a Dengxavia, não foi comprovada a 
relação entre a vacina e mortes de crianças. 
Apesar disso, alguns pais ainda ignoram as campanhas de vacinação. 
"Foi muito difícil perder dois filhos, mas estou me recuperando. Quando tiver 
filhos novamente, não vou hesitar em vaciná-los para que fiquem seguros”, diz 
Arlyn. 
 
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-48726373>. Acesso em: 26 jun. 2019. 
(adaptado) 
 
 
3 Controvérsias: discussão, disputa de opiniões diferentes sobre um assunto. 
19 
 
Habilidade 
MP029 - Identificar aspectos linguísticos (substantivo, adjetivo, artigo) em 
funcionamento em um texto (trechos de romance, conto, crônica, notícia). 
 
Questão 09 
Em “Mas controvérsias a respeito de uma nova vacina contra a dengue, 
chamada Dengvaxia, espalharam informações incorretas e sensacionalistas”, o 
substantivo “vacina” ganha uma característica que é do 
 
(A) substantivo “Dengvaxia”. 
(B) adjetivo “nova”. 
(C) artigo indefinido “uma”. 
(D) substantivo “dengue”. 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) substantivo 
“Dengvaxia”. 
 
Resposta incorreta. O substantivo “Dengvaxia” é o nome da 
vacina contra a dengue. 
 
(B) adjetivo 
“nova”. 
 
Resposta correta. A palavra “nova”, nesse contexto, é um 
adjetivo e está caracterizando o substantivo vacina. 
(C) artigo indefinido 
“uma”. 
Resposta incorreta. Os artigos indefinidos, como o próprio nome 
diz, tem a função de indefinir o substantivo. 
(D) substantivo 
“dengue”. 
Resposta incorreta. O substantivo “dengue” é o nome da 
doença para a qual a vacina foi criada. 
 
 
 
20 
 
Habilidade 
MP025 - Inferir informação implícita em textos (conto, crônica, trecho de 
romance, notícia). 
Questão 10 
 
O texto mostra que 
(A) as fake news sobre perigo das vacinas contra o sarampo levaram 
duas crianças à morte. 
(B) o surto de sarampo, que matou pessoas nas Filipinas, aconteceu devido 
às fake news. 
(C) as discussões a respeito da vacina Dengvaxia revelam os responsáveis 
pelo surto de sarampo. 
(D) a nova vacina Dengvaxia produzida contra a dengue foi a responsável 
pela morte das crianças. 
 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) as fake news sobre perigo 
das vacinas contra o sarampo 
levaram duas crianças à morte. 
 
Resposta correta. Conforme o texto, apesar 
de haver uma vacina segura e efetível contra 
o sarampo, as fake News, ao relatarem o mal 
que a vacina causava, levaram uma mãe a não 
vacinar seus filhos, causando a morte deles. 
B) o surto de sarampo, que matou 
pessoas nas Filipinas, aconteceu 
devido às fake news. 
 
Resposta incorreta. O texto não dá condições de 
inferir se o surto de sarampo registrado nas 
Filipinas aconteceu devido às fake news. A 
informação trazida é de que uma mãe perdeu 
dois filhos por terem contraído o sarampo e ela 
não os tinha vacinado por acreditar nas notícias 
falsas. 
21 
 
(C) as discussões a respeito da 
vacina Dengvaxia revelam os 
responsáveis pelo surto de 
sarampo. 
Resposta incorreta. Não há essa informação no 
texto, mas que “[...] controvérsias a respeito de 
uma nova vacina contra a dengue, chamada 
Dengvaxia, espalharam informações incorretas e 
sensacionalistas”. 
(D) a nova vacina Dengvaxia 
produzida contra a dengue foi a 
responsável pela morte das 
crianças. 
Resposta incorreta. Não há nenhuma informação 
no texto para que se possa inferir o fato trazido 
na alternativa (D). 
 
Leia o texto e responda à questão 11. 
 
Perguntas cretinas 
Diléa Frate 
 
Existe um festival de perguntas cretinas que rondam a vida de uma criança. 
Uma das principais é: “De quem você gosta mais: do papai ou da mamãe?”. 
Toda vez que ouvia isso, Rô respondia com outra pergunta cretina: “E você, do 
que gosta mais, da mão ou do pé?”. E as pessoas riam da sua gracinha, mas 
continuavam perguntando as mesmas besteiras. Um dia, depois de ouvir essas 
perguntas estúpidas que todo adulto faz: “Quantos anos você tem?”; Você 
sabia que é a cara da mamãe?”; Você já está na escola?”; Quem é melhor no 
jogo: você ou seu irmão?”; “Já tem namorada?”, e mais o clássico: O que você 
vai ser quando crescer”, Rô pensou bem e respondeu sem vacilar4: “Vou ser 
mudo”. 
 
FRATE, Diléa. Perguntas Cretinas. In: Histórias para Acordar. Il. Eva Furnari. São Paulo: Companhia 
das Letrinhas, 1996. p.7. 
 
 
4 Vacilar: não estar firme, estar sem certeza. 
22 
 
Habilidade 
MP025 - Inferir informação implícita em textos (conto, crônica, trecho de 
romance, notícia). 
 
Questão 11 
Conforme o texto, a personagem disse que queria ser muda, pois assim 
evitaria 
(A) dizer se gosta mais do pai ou da mãe. 
(B) revelar o nome de sua namorada. 
(C) responder às perguntas feitas pelos adultos. 
(D) participar de um festival de perguntas cretinas. 
 
GRADE DE CORREÇÃOALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) dizer se gosta mais do pai 
ou da mãe. 
 
Resposta incorreta. Conforme o texto, essa é uma 
pergunta que o garoto considera cretina, mas não 
foi exatamente ela que o levou ao desejo de ser 
mudo. 
(B) revelar o nome de sua 
namorada. 
 
Resposta incorreta. Também essa pergunta é 
considerada cretina pelo garoto, entretanto não foi a 
que o levou ao desejo de ser mudo. 
(C) responder às perguntas 
feitas pelos adultos. 
 
Resposta correta. O garoto estava tão cansado 
de ouvir e ter de responder às perguntas 
cretinas que lhe faziam que, ao lhe dirigirem a 
mais clássica dentre todas (“O que você vai ser 
quando crescer?”) respondeu: “Vou ser mudo”. 
(D) participar de um festival de 
perguntas cretinas. 
Resposta incorreta. Não há nada, no texto, que 
permita fazer essa inferência. 
 
23 
 
Leia o texto e responda à questão 12. 
 
A partida 
Paulo Leminski 
 O garoto vinha caminhando pela estrada quando viu o velho na ponte 
que separava a floresta, onde ia buscar lenha, da aldeia onde moravam seus 
pais. 
 A ponte ficava em cima de um rio, desses que são enormes no verão e 
quase desaparecem no inverno. 
 Era um velho absolutamente comum. A única coisa de especial é que 
ele estava ali, naquele momento. 
 Feixe de lenha nas costas, quando o menino ia passando pela ponte, o 
velho tirou a sandália do pé direito e a atirou lá embaixo nas pedras à beira do 
rio. 
 ─ Vá apanhar minha sandália. 
 O garoto parou. Arriou5 o feixe e, em dois pulos, desceu e apanhou a 
sandália. 
 ─ Você sabe das coisas ─ o velho falou. ─ Quer aprender a arte da 
guerra? 
 O menino ficou tonto. Era apenas o filho de um lenhador, a arte da 
guerra era uma arte superior, a arte dos que moravam nos castelos no alto das 
montanhas. 
 Sem esperar resposta, o velho disse: 
 ─ Então, esteja aqui amanhã, quando a cor da água do rio passar da cor 
da asa do estorninho para a cor do nenúfar. 
 O garoto foi para a casa pensando: amanhã. 
 “Estorninho? Nenúfar? Nunca ouvi essas palavras. Estorninho deve ser 
um passarinho, já que tem asa. Mas borboletas também têm, nem por isso são 
passarinhos. Nenúfar parece nome de comida, um doce, daqueles que a velha, 
 
5 Arriar: abaixar, deixar no chão alguma coisa. 
24 
 
mãe da minha mãe, faz na entrada do Ano-Novo. Aqui tem coisa. Esse velho 
deve ser louco [...]. Estorninho, nenúfar, vou perguntar ao meu pai. [...]. 
 Estorninho, o pai sabia o que era: um pássaro, que só cantava de 
manhã bem cedo. Quanto à cor da asa, o pai perguntou: do lado de dentro ou 
do lado de fora? 
─ O-o ve-ve-lho não-não di-disse ─ o menino respondeu (ele sempre 
gaguejava ao falar com o pai). 
─ Velho, que velho, está maluco? ─ o pai quis saber, quase bravo. 
─ O-o ve-e-lho da po-ponte. 
─ De qual ponte? ─ o pai e a mãe perguntaram, ao mesmo tempo, em 
pânico. 
─ A-a-quela que-que vai pa-para a flo-flor-floresta ─ o menino se 
encolheu. 
A mãe deixou cair o pote de leite no chão. O pai levou a mão aos poucos 
cabelos. 
─ Aquilo não é um velho, garoto idiota ─ o pai berrou. ─ É um tengu, um 
espírito da floresta. Ele não tinha um nariz comprido? 
─ Nã-não. E-era ape-penas um ve-velho. Um ve-velho qual-qual-quer, 
igu-igual a qual-qual-quer ou-outro. 
─ É o pior tipo de tengu ─ o pai continuou gritando. ─ Os tengu6 tomam 
a forma que quiserem. Fique longe dele. Ele quer devorar tua alma. 
[...] 
LEMINSKI. Paulo. A partida. In: Guerra dentro da gente. 8. ed. São Paulo: Scipione, 1997. p.7-9. (Série 
diálogo). (adaptado) 
 
 
6 Tengu: ser místico das florestas e montanhas. É encontrado no folclore japonês, na arte no teatro e 
literatura. “Os seus poderes sobrenaturais incluem mudar sua aparência em humanos ou animais, a 
habilidade para falar com humanos sem mover a sua boca ou ventriloquismo, teletransporte e a 
habilidade singular de penetrar no sonho dos mortais e de pregar peças em padres budistas e guerreiros 
Samurai castigando esses que voluntariosamente abusam do conhecimento e autoridade para ganhar 
fama ou posição. Disponível em: <https://www.uwbk.com.br/cultura/64-lendas-densetsu/362-tengu>. 
Acesso em: 03 jul. 2019. 
25 
 
Habilidade 
MP022 - Reconhecer os elementos da narrativa (personagem, enredo, tempo, 
espaço ou foco narrativo) em um texto (crônica, conto, trecho de romance). 
 
Questão 12 
Pelo contexto, a personagem que se revela diferente é 
(A) o menino, pois apesar de ser criança, conhecia a arte da guerra. 
(B) o pai que, por ser lenhador, nada conhecia a respeito da floresta. 
(C) o velho que encontrou o menino e lhe propôs ensinar a arte da 
guerra. 
(D) a mãe que sabia cozinhar e conhecia os doces estorninho e nenúfar7. 
 
 
7 Nenúfar: Planta aquática, com flores em formato esférico e sementes comestíveis; lótus. Conforme 
Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/nenufar/>. Acesso em: 03 jul. 
2019. 
26 
 
GRADE DE CORREÇÃO 
ALTERNATIVAS OBSERVAÇÕES 
(A) o menino, pois apesar de 
ser criança, conhecia a arte da 
guerra. 
Resposta incorreta. No texto, há a informação de 
que era o velho que conhecia a arte da guerra e se 
propôs ensiná-la ao menino. 
(B) o pai que, por ser 
lenhador, nada conhecia a 
respeito da floresta. 
 
Resposta incorreta. O pai do menino era, sim, um 
lenhador, e, de acordo com o texto, pressupõe-se 
que ele conhecia muitas coisas a respeito da 
floresta, sabia o que significava “estorninho”, 
pássaro “que só cantava de manhã bem cedo” e até 
detalhes da cor da asa desse pássaro. 
(C) o velho que encontrou o 
menino e lhe propôs ensinar 
a arte da guerra. 
 
Resposta correta. Conforme o trecho do texto, é 
o velho que, apesar de ser descrito como “[...] 
velho absolutamente comum”, revela-se 
diferente das outras personagens por suas 
atitudes inesperadas como: aparecer na ponte, 
em frente ao menino, quase que do nada; atirar 
a sandália de cima da ponte e ordenar ao garoto 
que fosse buscá-la; enxergar no garoto o saber 
“das coisas”; propor ensinar a arte da guerra, 
uma arte superior, “a arte dos que moravam nos 
castelos no alto das montanhas (ele, um velho 
que parecia ser comum); empregar palavras 
incomuns para situações corriqueiras e, além 
disso, os pais do menino suspeitarem de que, 
na verdade, se tratava de um tengu, espírito da 
floresta. 
(D) a mãe que sabia 
cozinhar e conhecia os 
doces estorninho e nenúfar. 
 
Resposta incorreta. Segundo o texto, é a avó do 
menino que fazia os doces na entrada do Ano-
Novo. E estorninho e nenúfar não eram doces. O 
menino, ao refletir sobre o significado dessas 
palavras, infere (corretamente) o sentido de 
estorninho e acha que nenúfar pode ser um doce. 
27 
 
Referências Bibliográficas 
 
FRATE, Diléa. Perguntas Cretinas. In: Histórias para Acordar. Il. Eva Furnari. 
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996. p.7. 
 
LEMINSKI. Paulo. A partida. In: Guerra dentro da gente. 8. ed. São Paulo: 
Scipione, 1997. p.7-9. (Série diálogo). (adaptado) 
 
NUNES, Lygia Bojunga. A Bolsa Amarela. Il. Marie Louise Nery. 12. ed. Rio 
de Janeiro: Agir. p.15-17. (Coleção “4 Ventos”). (adaptado). 
 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São 
Paulo: Linguagens, códigos e suas tecnologias / Secretaria da Educação; 
coordenação geral Maria Inês Fini, coordenação de área Alice Vieira. – São 
Paulo: SE, 2010. 
 
 
Sites Pesquisados<https://www.folhadelondrina.com.br/cidades/dia-do-folclore---escola-realiza-
concurso-de-pipas-652087.html>. Acesso em: 24 jun. 2019. (adaptado) 
 
<https://www.consumidormoderno.com.br/2016/11/23/noticias-falsas-
adolescentes-criancas/>. Acesso em: 26 jun. 2019. 
 
<https://www.bbc.com/portuguese/internacional-48726373>. Acesso em: 26 
jun. 2019. (adaptado) 
 
<https://www.uwbk.com.br/cultura/64-lendas-densetsu/362-tengu>. Acesso em: 
03 jul. 2019. 
 
<https://www.dicio.com.br/nenufar/>. Acesso em: 03 jul. 2019. 
 
28 
 
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO 
 
COORDENADORIAS 
Coordenadoria Pedagógica - COPED 
Coordenador: Caetano Pansani Siqueira 
 
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Autoria do material de Língua Portuguesa 
Mara Lucia David – 6º ano EF; Katia Regina Pessoa - 7º ano EF; Daniel Carvalho Nhani – 8º ano EF; 
Teônia de Abreu Ferreira - 9º ano EF; Rodrigo César Gonçalves e Lidiane Maximo Feitosa - 1ª série EM; 
Danubia Fernandes Sobreira Tasca e Alessandra Junqueira Vieira Figueiredo - 2ª série EM; 
Igor Rodrigo Valério Matias e Shirlei Pio Pereira Fernandes - 3ª EM. 
 
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Leitura crítica e validação do material 
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Luiz Fernando Vagliengo, Mirna Leia Violin Brandt 
 
Departamento de Avaliação Educacional - DAVED 
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Centro de Planejamento e Análise de Avaliações - CEPAV 
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Representantes do CAPE 
 Leitura crítica, validação e adaptação do material para os deficientes visuais 
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