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PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE DO DIREITO PENAL E PRINCÍPIO DA HUMANIDADE RELACIONADO A PSICOPATIA NO BRASIL ATUAL

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O PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE UTILIZADO PARA RESGUARDAR O 
DIREITO PENAL E O PRINCÍPIO DA HUMANIDADE (DIGNIDADE DA PESSOA 
HUMANA) EM DIVERGÊNCIA COM A PSICOPATIA 
 
 
André Felipe Carvalho Dias 
Davi Limongi Amaro 
 
 
RESUMO 
O Direito penal tem por um de seus principais objetivos a proteção da sociedade, 
assim suas normas têm fundamentação em princípios que devem também auxiliar. 
O Princípio da Fragmentariedade mostra-se unicamente para separar ao Direito 
Penal os bens jurídicos mais importantes a vida e convívio. É exposto no respectivo 
artigo a contramão do Princípio da Humanidade e o quadro de psicopatia. 
 
Palavras-chave: ​Direito Penal. Princípios. Princípio da Fragmentariedade. Princípio 
da Humanidade. Dignidade da Pessoa Humana. Psicopata. Psicopatia. 
 
Sumário: ​1.0 Introdução 1.1 Introdução ao Direito 1.2 Direito Penal e seus princípios 
2.0 Princípio da Fragmentariedade 3.0 Princípio da Humanidade (Dignidade da 
Pessoa Humana) 4.0 Psicopatia 4.1 Psicopatia e Ordenamento Jurídico 5.0 
Conclusão 6.0 Referências Bibliográficas 
 
1. INTRODUÇÃO 
Será apresentado neste artigo a necessidade do Direito Penal desde o 
fundamento e organização das primeiras sociedades. Apresentando no Direito Penal 
atual alguns princípios que o fundamentaram e o equiparam, com o Princípio da 
Fragmentariedade necessário para diferenciar o Direito Penal dos demais 
ordenamentos jurídicos, por salvaguardar apenas os mais importantes elementos ao 
indivíduo e o convívio na civilização. 
Abordará também acerca do Princípio Humanidade (Dignidade da Pessoa 
Humana), seus objetivos e efeitos no ordenamento jurídico. É de difícil conceituação 
e também é interligado a inúmeros outros princípios. 
Tratará da Psicopatia e as características do seres que têm esse transtorno, 
fazendo uma comparação com a sua periculosidade e com alguns pontos impostos 
no ordenamento jurídico sendo baseados no princípio da Humanidade, mostrando a 
grande dificuldade atual no país em lidar juridicamente com criminosos com esse 
problema. 
 
1.1 INTRODUÇÃO AO DIREITO 
 
Para entender os fundamentos dos Princípios do Direito Penal é necessário 
uma caminhada pelos primórdios do Direito. 
No princípio, assim relatado no livro de Gênesis, escrito por Moisés, onde 
ocorre o primeiro fato do Direito Penal, Deus expulsou do Paraíso Adão e Eva após 
comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, logo seus 
descendentes, como consequência da desobediência de seus pais, também 
perderam a pureza e se tornaram herdeiros do pecado. Assim, em decorrência 
deu-se o primeiro homicídio, Caim ao invejar a oferta de seu irmão Abel à Deus, o 
matou. Vivemos a consequência do pecado original, todas as gerações que viveram 
desde os primórdios ao contemporâneo enfrentam dificuldades, grande parte dessas 
em relações sociais (Greco, 2017). 
Para se tornar possível o convívio em sociedade é fundamental um mínimo 
de organização social (o Estado), pela aplicação do Direito que estabelece um 
conjunto de condiçoẽs existenciais asseguradas pelo Estado. O Direito tem o papel 
de regulamentar normas que visam melhorar a relação entre os indivíduos(Maluf, 
2017). Nader traz uma reflexão clara da necessidade do Direito: 
“​Os conflitos são fenômenos naturais à sociedade, podendo-se até dizer que 
lhe são imanentes. Quanto mais complexa a sociedade, quanto mais se 
desenvolve, mais se sujeita a novas formas de conflito e o resultado é o que 
hoje se verifica, como já se afirmou, em que “o maior desafio não é o de 
como viver e sim o da convivência”.(NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do 
Direito, 40ªed. 2017, página 25) 
 
O Direito, para solucionar a grande demanda de conflitos é dividido em 
ramos, tendo um desses ramos como específico para proteger e salvaguardar os 
bens jurídicos considerados mais importantes, necessários, e indispensáveis ao 
convívio (sobrevivência) em sociedade, como a vida, a liberdade, segurança 
(incolumidade física), a honra e semelhantes. Seu código é composto por normas 
definidoras de crimes, normas que definem condutas ou às proíbe, ante medida de 
segurança para aqueles que são inimputáveis e sanção para os imputáveis, 
abrangendo também toda a legislação penal extravagante, segundo o entendimento 
de Professor de Rogério Greco (2017) tratando-se do Direito Penal. 
 
1.2 DIREITO PENAL E SEUS PRINCÍPIOS 
 
O Direito Penal assim como os demais ramos do Direito é fundamentado em 
Princípios, todos eles são agregados a valores, experiências, costumes, em 
aspectos sociológicos e filosóficos da evolução do Homem e consequentemente do 
Estado, visando sempre estabelecer o bem comum a todos. 
Temos uma grande demanda de princípios em nosso ordenamento jurídico, 
sendo alguns deles: Princípio da Exclusiva Proteção dos Bens Jurídicos,Princípio da 
Intervenção Mínima, Princípio da Insignificância, Princípio da Exteriorização ou 
Materialização do Fato, Princípio da Legalidade, Princípio da Lesividade, Princípio 
da Responsabilidade Pessoal, Princípio da Responsabilidade Subjetiva, Princípio da 
Culpabilidade, Princípio da Igualdade, Princípio da Presunção de Inocência, 
Princípio da Individualização da Pena, Princípio da Proporcionalidade, Princípio da 
Pessoalidade, Princípio da Adequação Social, Princípio da Fragmentariedade e 
Princípio da Humanidade, todos estes se inter relacionam de forma direta ou 
indireta, para concretizar uma das mais importantes finalidades do Direito, que é a 
aplicação da Justiça. 
Dos muitos Princípios citados no parágrafo anterior, este artigo tratará dos 
dois últimos citados, Princípio da Fragmentariedade e Princípio da Humanidade. 
 
2.0 PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE 
 
Fragmentariedade vem da palavra Fragmentar, que significa reduzir a 
pequenas partes, tem como sinônimo fracionar, e é nesse sentido que é aplicado 
esse Princípio. Entende-se que o os ramos do ordenamento jurídico são fracionados, 
e cada área corresponde a um matéria de valor para a sociedade, são esses ramos 
divididos em Públicos - Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito 
Financeiro, Direito Penal, Direito Processual, Direito Internacional Público - e Privado 
- Direito Civil, Direito do Trabalho, Direito Comercial, Direito Internacional Privado - 
além de alguns outros ramos que estão subdivididos dentro do direito. 
Ao Direito Penal é concedido o menor fragmento dentro do ordenamento 
jurídico, pois este cuida não do todo, mas do que seria a menor parte, contudo os de 
maior valor, que são os bens jurídicos tutelados por este (Prado, 2004). 
O Professor Fernando Capez ao descrever as características deste princípio, 
descreve que este “Trata-se de um gigantesco oceano de irrelevância, ponteado por 
ilhas de tipicidade, enquanto o crime é um náufrago à deriva, procurando uma 
porção de terra na qual se possa achegar”(Fernando Capez, 2003). 
Rogério Greco utiliza em sua doutrina os pensamentos de Muñoz Conde, 
pois percebeuo excelente esclarecimento que Muñoz nos deu sobre este princípio: 
“​Nem todas as ações que atacam os bens jurídicos são proibidas 
pelo Direito Penal, nem tampouco todos os bens jurídicos são 
protegidos por ele. O Direito Penal, repito mais uma vez, se limita 
somente a castigar as ações mais graves contra os bens jurídicos 
mais importantes, daí seu caráter ‘fragmentário’, pois que de toda 
gama de ações proibidas e bens jurídicos protegidos pelo 
ordenamento jurídico, o Direito Penal só se ocupa de uma parte, 
fragmentos, se bem que da maior importância.” 
“Este caráter fragmentário do direito penal aparece sob uma tríplice 
forma nas atuais legislações penais: em primeiro lugar, defendendo o 
bem jurídico somente contra ataques de especial gravidade, exigindo 
determinadas intenções e tendências excluindo a punibilidade da 
comissão imprudente em alguns casos.; em segundo lugar tipificando 
somente uma parte do que nos demais ramos do ordenamento 
jurídico se estima como antijurídico; e, por último deixando, em 
princípio, sem castigo as ações meramente imorais, como a mentira.” 
(MUÑOZ CONDE, Francisco. Introducción al derecho penal, ​p. 71-72. 
Barcelona: Bosch, 1975). 
Este princípio é a consequência de alguns outros, o Princípio da Intervenção 
Mínima e Princípio da Adequação Social e da Lesividade, é classificado por alguns 
doutrinadores como um subprincípio. 
 
3.0 PRINCÍPIO DA HUMANIDADE (DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA) 
 
Este é um princípio basilar, fundamental ao Ordenamento Jurídico Brasileiro, 
é quase que indissociável dos demais, no entanto por ter uma natureza abstrata tem 
por consequência uma grande demanda de interpretações, motivo este, que levam à 
muitos mestres do Direito o classificarem como sendo talvez o de mais difícil 
conceituação, pois a todos é classificado de maneira distinta mas ainda sim não 
deixando de ser correta. 
É um conceito histórico, presente desde o início das primeiras civilizações, 
sendo evoluído ao passar das eras crescendo de acordo com o conhecimento 
empírico filosófico e sociológico dos seres, abreviando este princípio 
preferencialmente desde a segunda metade do século XX, constata-se que teve seu 
destaque maior no período pós-guerra, mais precisamente em dez de dezembro de 
1948 passado o fim da Segunda Guerra Mundial, onde surgiu a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos. 
Conforme o entendimento do Professor Anderson Schreiber da Universidade 
Estadual do Rio de Janeiro este princípio “é um valor síntese da condição humana”, 
desta forma tende a proteger e normatizar os direitos e garantias fundamentais da 
condição do ser. Complementando com dizeres de Paulo Bonavides, veremos a 
importância deste princípio, “nenhum princípio é mais valioso para compendiar a 
unidade material da Constituição que o princípio da dignidade da pessoa 
humana”.(Bonavides. 2001.p.233). 
“A ninguém pode ser imposta pena ofensiva à dignidade da pessoa humana, 
vedando-se reprimenda indigna, cruel, desumana, ou degradante. Este mandamento 
guia o Estado na criação, aplicação e execução das leis penais.”(Sanches, 2019.p. 
136). 
Este princípio também tem por finalidade a impossibilidade da pena passar da 
pessoa do delinquente, Fernando capez faz um breve comentário acerca do que 
este princípio traz consigo: 
 
“Princípio da Humanidade: a vedação constitucional da tortura e de 
tratamento desumano ou degradante a qualquer pessoa (art. 5º, III), 
a proibição da pena de morte, da prisão perpétua, de trabalhos 
forçados, de banimento e das penas cruéis (art. 5º, XLVII), o respeito 
e proteção à figura do preso (art.5º, XLVIII, XLIX e L) e ainda normas 
disciplinadoras da prisão processual (art. 5º, LXI, LXII, LXIII, LXIV, 
LXV e LXVI), apenas para citar alguns casos, impõem ao legislador e 
ao intérprete mecanismos de controle de tipos legais.” (Capez, 
Fernando. Curso de Direito Penal parte Geral. 15ª edição. São Paulo. 
Saraiva. 2011. p. 40). 
 
Zaffaroni observa nesse princípio a existência de uma “ inconstitucionalidade 
de qualquer pena ou consequência do delito que crie uma deficiência física, como 
também qualquer consequência jurídica inapagável do delito”(Zaffaroni. 1991. 
p.139). Bitencourt traz em sua doutrina uma crítica a este princípio: 
 
“O princípio de humanidade — afirma Bustos Ramirez — 
recomenda que seja reinterpretado o que se pretende com 
“reeducação e reinserção social”, uma vez que se forem 
determinados coativamente implicarão atentado contra a 
pessoa como ser social. Contudo, não se pode olvidar que o 
Direito Penal não é necessariamente assistencial e visa 
primeiramente à Justiça distributiva, responsabilizando o 
delinquente pela violação da ordem jurídica. E isso, na lição de 
Jescheck, “não pode ser conseguido sem dano e sem dor, 
especialmente nas penas privativas de liberdade, a não ser que 
se pretenda subverter a hierarquia dos valores morais e utilizar 
a prática delituosa como oportunidade para premiar, o que 
conduziria ao reino da utopia. Dentro destas fronteiras, 
impostas pela natureza de sua missão, todas as relações 
humanas reguladas pelo Direito Penal devem ser presididas 
pelo princípio de humanidade”.(BITENCOURT, César Roberto. 
Direito Penal Parte Geral,24ª ed. São Paulo, Saraiva, 2018.p.99). 
 
É colocado em confronto até em que ponto é considerado apropriado dentro 
da hierarquia de valores o uso e finalidade deste princípio, assim é exposto que é 
necessário impor certos limites a este objetivo para que o Direito Penal chegue a sua 
finalidade. Dando continuidade a este raciocínio Francesco Carrara faz uma 
complementação acerca da perpetuidade da pena, 
“O princípio de humanidade do Direito Penal é o maior 
entrave para a adoção da pena capital e da prisão perpétua. 
Esse princípio sustenta que o poder punitivo estatal não pode 
aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou 
que lesionam a constituição físico-psíquica dos condenados.”(Victor 
Roberto Prado Saldarriaga, ​Comentarios al Código Penal de 1991​, 
Lima, Alternativas, 1993, p. 33; José Miguel Zugaldía Espinar, 
Fundamentos de Derecho Penal​, Granada, Universidad de Granada, 
1990, p. 196). 
 
O pensamento trazido acima vem para colocar a análise de o que é que 
devemos esperar da chamada “reeducação” e “reinserção social” do indivíduo 
delituoso, se esses objetivos forem tratados como precípuos, então trará confronto 
com uma das finalidades do Direito Penal, que visa a Justiça Distributiva, assim ao 
ultrapassar os limites do ordenamento jurídico o criminoso possa ser 
responsabilizado devidamente a penar por seus atos. 
 
4.0 PSICOPATIA 
 
Será abordado a seguir o caráter do Psicopata dentro de estudo de 
especialistas no assunto relacionando com a maneira enxergada e tratada no 
ordenamento jurídico, não será o foco as ações cometidas por estes, se sabe que 
em graus de psicopatia o indivíduo comete inúmeros delitos, 
“​em geral eles estão envolvidos em transgressẽs sociais, como 
tráfico de drogas, corrupção, roubos, assaltosà mão armada, 
estelionatos, fraudes no sistema financeiro, agressões físicas, 
violência no trânsito etc, … Se existe uma “personalidade criminosa”, 
esta se realiza por completo no psicopata.Ninguém está tão 
habilitado a desobedecer às leis, enganar ou ser violento como 
eles.”(Barbosa Silva, Ana Beatriz. Mentes Criminosas O Psicopata 
mora ao Lado. Rio de Janeiro. Principium. 2ª edição, 2017,p.180). 
 
Para ser ter a consciência da importância do assunto pode-se observar 
pesquisas que comprovam o percentual de 4% das pessoas apresentam essa 
personalidade em graus diferentes (Hare, 1993; Barbosa Silva, 2017). 
Primeiramente é preciso esclarecer que há divergência de nomenclaturas e 
seus significados aos estudos de Psicologia e Psiquiatria que se direcionam a este 
termo, há confusão até mesmo entre especialistas ao relacionarem outros termos - 
sociopatia; transtorno de personalidade antissocial; condutopatia; transtorno de 
personalidade dissocial; - como sinônimos de Psicopatia. Na mente e fala dos 
populares a confusão é ainda maior, ao relacionarem como sendo semelhante o 
louco, o insano, ​o psicótico, o serial killer, por esse motivo, neste artigo será utilizado 
somente o termo Psicopata/Psicopatia para referenciar o indivíduo dentro desse 
quadro. 
A confusão começa logo com a palavra ​psicopatia​, pois em seu sentido literal 
quer dizer “doença mental” (​psique ​quer dizer “mente” e ​pathos ​quer dizer “doença”). 
É possível encontrar esse significado ainda presente em alguns dicionários. A 
verdade é que esse termo vem sendo empregado de maneira errônea na fala de 
populares, porém médicos psiquiatras em seus conhecimentos sabem que a 
psicopatia vai contra a visão tradicional da doença mental. São características de 
algumas doenças mentais os delírios, as alucinações, angústia intensa, 
desorientação, sofrimento mental intenso, dentre uma série de sintomas, mas esses 
sintomas não se enquadram dentro da psicopatia. Os psicopatas são seres 
conscientes, racionais e tem total entendimento de seus atos, a parte cognitiva ou 
racional de seu cérebro é de perfeito funcionamento, então sabem quando estão 
infringindo regras sociais, e até mesmo leis, pois praticam seus atos precipuamente 
para satisfazer seu ego, ou seja seu a seu bel-prazer, sabem porque agem de tal 
maneira, assim muito bem colocado por um dos maiores especialistas do assunto 
Robert Hare (1993). 
O Psiquiatra Guido Arturo Palomba utiliza de uma metáfora esclarecedora 
para descrever esses seres “por analogia é como se tivéssemos de um lado a noite; 
do outro, o dia; e no meio a aurora, tal qual de um lado está a doença mental, do 
outro, a normalidade e entre ambas encontra-se a psicopatia”(Palomba. 2016. 
p.197). Também a descreve de maneira mais clínica: 
“Psicopatia é uma perturbação da saúde mental que se caracteriza 
por transtornos de conduta, ou seja a deformidade do indivíduo está 
no comportamento anormal. A Psicopatia não é propriamente doença 
mental pois está pressupõe ruptura com a realidade, mas também 
não é normalidade mental. Fica portanto na zona fronteiriça entre 
ambas.”(PALOMBA, Guido Arturo. Perícia na Psiquiatria 
Forense.São Paulo. Saraiva. 2016. p.197). 
 
Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, psiquiatra e escritora do assunto faz uma 
dura mas realística abordagem desses indivíduos: 
“Seus atos criminosos não provêm de uma mente adoecida, mas sim 
de um raciocínio frio e calculista combinado com uma total 
incapacidade de tratar as outras pessoas como seres humanos 
pensantes e com sentimentos.”(Barbosa Silva, Ana Beatriz. Mentes 
Criminosas O Psicopata mora ao Lado. Rio de Janeiro. Principium. 2ª 
edição, 2017,p.42) 
 
Segundo entendimento da Dra. Ana Maria os psicopatas se diferenciam do 
restante da população por serem em geral: 
 
“indivíduos frios, calculistas, inescrupulosos, dissimulados, 
mentirosos, sedutores, e que visam apenas o próprio benefício. São 
incapazes de estabelecer vínculos afetivos ou de se colocarem no 
lugar do outro. São desprovidos de culpa e remorso, e muitas vezes 
revelam-se agressivos e violentos. Em maior o menor nível de 
gravidade, e com formas diferentes de manifestar os seus atos 
transgressores, os psicopatas são verdadeiros predadores sociais, 
em cujas veias e artérias corre um sangue gélido.(Barbosa Silva, Ana 
Beatriz. Mentes Criminosas O Psicopata mora ao Lado. Rio de 
Janeiro. Principium. 2ª edição, 2017,p.43) 
 
 A deficiência apresentada pelos psicopatas se encontra no Campo afetivo das 
emoções, para ser claro esses indivíduos não gozam da capacidade de empatia, 
não conseguem sentir culpa ou remorso por seus maus atos, quando assemelham 
demonstrar qualquer sentimento não passa de mera atuação, se sentem algo em 
relação aos atos delituosos cometidos está associado ao prejuízo e consequências 
que caíram sobre si, e não arrependimento pelo dano causado (Hare, 2013). 
“Estudos revelam que a taxa de reincidência criminal (a capacidade 
de cometer novos crimes) dos psicopatas é cerca de duas vezes 
maior que a dos demais criminosos. E quando se trata de crimes 
assemelhados a violência a reincidência cresce para três vezes mais. 
No sistema carcerário brasileiro não existe um procedimento de 
diagnóstico para a psicopatia, quando há solicitação de benefícios ou 
redução de penas ou para julgar se o preso está apto a cumprir sua 
pena em regime semi aberto. Se tais procedimentos fossem 
utilizados dentro dos presídios brasileiros, com toda a certeza os 
psicopatas ficariam presos por muito mais tempo e as taxas de 
reincidência de crimes de violência diminuiriam significativamente. No 
país onde a escala de Hare (PCL) foi aplicada com essa finalidade, 
constatou-se uma redução de dois terços das taxas de reincidência 
nos crimes mais graves e violentos.”(Silva, Ana Beatriz Barbosa. 
Mentes Criminosas O Psicopata mora ao Lado. Rio de Janeiro. 
Principium. 2ª edição, 2017,p.188). 
 
Se existisse preocupação do governo, em buscar meios para reduzir o índice 
de violência no país, casos como o de Ângela de Souza Silva diminuiriam 
consideravelmente. Ângela aos seus 34 anos foi morta por Francisco Costa Rocha o 
“chico picadinho”, na época do crime (1976), Francisco já havia sido preso e 
condenado a 18 anos de reclusão por homicídio qualificado e mais 2 anos por 
destruição de cadáver. 
Se instrumentos de diagnóstico, como a ​Psychopathy Checklist ​(Avaliação de 
Psicopatia) criada por Robert Hare, fossem implementadas nos exames psicológicos 
dos criminosos ao adentrarem as prisões já causaria um grande impacto na 
segurança da sociedade. 
 
 
4.1 PSICOPATIA E ORDENAMENTO JURÍDICO 
 
Uma das primeiras dúvidas a surgir é se a psicopatia será considerada 
doença mental ou não. 
Guido Palomba psiquiatra forense abrange três possíveis formas ao elaborar 
o diagnóstico do criminoso, 
“Psicopatia (condutopatia)é uma perturbação da saúde mental. 
Portanto, via de regra, nos casos criminais de verificação, de 
imputabilidade penal, deve o perito opinar pela semi-imputabilidade, 
excepcionalmente pela imputabilidade ou pela inimputabilidade. Na 
primeira exceção, quando não houver significativo comprometimento 
da capacidade de determinação, de acordo com a capacidade de 
entendimento totalmente íntegra. Na segunda quando, os distúrbios 
de comportamento forem exacerbados, com quadro clínico geral 
bastante alterado e houver elementos sobejos que convençam que à 
época do fato, o criminoso, embora com bom entendimento (se for 
condutopata o distúrbio não é de entendimento), era ​totalmente 
incapaz de determinar-se ​de acordo, com nexo causal entre patologia 
e o ato-delituoso. No plano cível,tudo dependerá do tipo de ação 
judicial e do grau de manifestações comportamentais, em matéria de 
psicopatia não existem regras fixas. (Palomba, Guido Arturo.Perícia 
na Psiquiatria Forense. São Paulo. Saraiva. 2016. p.199). 
 
Ou seja, na maioria dos casos em que o criminoso recebe o diagnóstico de 
semi-imputabilidade o criminoso recebe a pena corporal ou medida de segurança, 
assim o juiz toma toma como entendimento que o tal necessita de tratamento ao o 
assemelhar ao doente mental e comina medida de segurança ao equipará-lo com o 
criminoso comum aplicando-lhe pena privativa de liberdade (Palomba, 2016). 
A verdade é que não existe tratamento, ou cura para a psicopatia, são 
considerados seres irrecuperáveis, seja por terapia, tratamento farmacológico e até 
mesmo intervenções cirúrgicas no cérebro não causaram mudança significativa 
deste quadro, assim Robert Hare destaca alguns pontos do porque os psicopatas 
não são candidatos apropriados a terapia: 
“.Os psicopatas não são indivíduos “frágeis”. O que eles pensam e 
fazem são extensões de uma estrutura de personalidade sólida como 
uma rocha, extremamente resistente à influência externa. Quando 
concordam em participar de um programa de tratamento, suas 
atitudes e padrões comportamentais já estão tão fortalecidos, que é 
difícil fazê-los ceder mesmo nas melhores circunstâncias. 
.Muitos psicopatas são protegidos das consequências dos próprios 
atos por familiares ou amigos bem-intencionados; o comportamento 
deles permanece relativamente sem controle e sem punição. Outros 
são tão hábeis que conseguem traçar o próprio caminho na vida sem 
muita inconveniência pessoal. E inclusive aqueles que são pegos e 
punidos por suas transgressões, geralmente culpam o sistema, os 
outros, o destino - com exceção a si mesmo - pelo próprio apuro. 
Muitos simplesmente gostam do estilo de vida que levam. 
Diferentemente de outros indivíduos, os psicopatas não buscam 
ajuda por conta própria. Em vez disso, são empurrados para terapia 
pela família desesperada ou então aceitam se tratar para cumprir 
uma ordem judicial ou como prelúdio do pedido de liberdade 
condicional. 
Quando estão em terapia, em geral fazem pouco mais do que fingir. 
São incapazes de desenvolver a intimidade emocional e de fazer as 
buscas profundas que a maioria das terapias se empenha em 
estimular. As relações interpessoais cruciais para o sucesso, não têm 
valor intrínseco para o psicopata. 
A maioria dos programas de terapia faz pouco mais do que fornecer 
ao psicopata novas desculpas e racionalizações para seu 
comportamento e novos modos de compreensão da vulnerabilidade 
humana. Eles aprendem novos e melhores modos de manipular as 
outras pessoas, mas fazem pouco esforço para mudar suas próprias 
visões e atitudes ou para entender que os outros têm necessidades, 
sentimentos e direitos. Em especial, tentativas de ensinar aos 
psicopatas como “de fato sentir” remorso ou empatia estão fadadas 
ao fracasso. 
Como observei antes, os psicopatas frequentemente dominam as 
sessões de terapia individual e em grupo, impõe seus próprios 
pontos de vista e interpretações aos outros participantes, Por 
exemplo, o líder de um grupo de terapia do programa prisional disse 
o seguinte a respeito de um preso com pontuação muito alta na 
Psychopathy checklist ​(Avaliação de Psicopatia): “Ele se recusou a 
falar sobre coisas que não foram introduzidas por ele mesmo, não 
gosta de ser confrontado ou questionado a respeito do próprio 
comportamento… Recusa-se a reconhecer que bloqueia a 
comunicação e domina o grupo de terapia com seus monólogos 
intermináveis, que tentam contornar a discussão sobre seu próprio 
comportamento.” Ainda sim, logo depois desse trecho, o psiquiatra 
escreveu: “Eu tenho certeza de que ele melhorou. Ele assume a 
responsabilidade por seus atos”. E um psicólogo escreveu: “Ele tem 
feito bons progressos. Parece que está mais preocupado com os 
outros e que perdeu muito do seu comportamento criminoso”. Dois 
anos depois dessas declarações otimistas a seu respeito, o preso foi 
entrevistado por uma aluna de graduação de um dos meus projetos 
de pesquisa. A estudante disse que aquele era o infrator mais terrível 
que já tinha encontrado e que ele havia se gabado abertamente de 
ter enganado os funcionários da prisão, fazendo-os pensar que 
estava seguindo os caminhos da reabilitação.”Eu nem acredito que 
esses caras existem”, disse ele. “Quem é que deu a eles a credencial 
para trabalhar? Eu não deixaria nem meu cachorro fazer terapia com 
eles! Ele ia enganar todo mundo, como eu fiz.” 
.Em um Estudo,os psicopatas não se motivaram, abandonaram o 
tratamento logo no início e obtiveram pouco benefício em função do 
programa. Em seguida a liberação da prisão, eles apresentaram taxa 
de retornos mais alta do que a dos demais pacientes.”(Hare, Robert 
D. Sem Consciência O Mundo Perturbador dos psicopatas que vivem 
entre nós. São Paulo. Artmed. 2013. páginas 201, 202, 203, 204). 
 
É perceptível o atraso no ordenamento jurídico brasileiro em ainda abrir 
hipóteses para considerar esses seres tratáveis. Compactuando dos Pensamentos 
de Robert Hare, Dra. Ana Maria Barbosa Silva também reconhece o psicopata como 
lúcido e com total raciocínio de seus atos, então é inconcebível caracterizá-lo como 
portador de doença mental e submetê-lo a medidas de segurança. 
No Código Penal Brasileiro é declarado que “O tempo de cumprimento de 
cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) 
anos.”Art.75 C.P., sendo derivado da Constituição Federal, “ Não haverá penas: b) 
de caráter perpétuo;”Art.5°, XLVII, b. C.R./88. Artigo estes bases também no 
Princípio da Humanidade. 
Fica claro em que há um atraso em nosso ordenamento jurídico em não 
reconhecer a periculosidade do psicopata e a sua irrecuperabilidade. 
Já houve uma tentativa de mudança no que se trata da perícia psicológica do 
criminoso ao adentrar a prisão, tentando inserir a ​Psychopathy Checklist ​utilizada em 
países de maior avanço cientĩfcoque o nosso, porém o projeto de lei não foi 
aprovado. 
“A psiquiatra forense Hilda Morana, responsável pela tradução, 
adaptação e validação do PCL para o Brasil, além de tentar aplicar o 
teste para identificação de psicopatas nos presídios, lutou para 
convencer deputados a criar prisões especiais para eles. A idéia 
virou um projeto de lei que, lamentavelmente, não foi 
aprovado.”((Barbosa Silva, Ana Beatriz. Mentes Criminosas O 
Psicopata mora ao Lado. Rio de Janeiro. Principium. 2ª edição, 
2017,p.188, 189). 
 
A criminóloga Ilana Casoy especialista brasileira em assassinos em séries e 
psicopatas também comentando o caso de “chico picadinho”, relata como a falta de 
uma legislação específica a esse assunto pode trazer confusão, 
“Existe discussão entre o conceito jurídico e psiquiatra da doença 
mental. O Diagnóstico de personalidade psicopata ou transtorno de 
personalidade anti social implica na semi-imputabilidade, na qual 
inclusive o preso tem direito à diminuição da pena sem ser 
obrigatoriamente internado, já que não é considerado doente mental. 
O problema é que, apesar de o portador desse transtorno entender o 
caráter e seus atos, ele não consegue controlar sua vontade. Dessa 
forma, a probabilidade de reincidir é extremamente alta, e sua 
periculosidade, indiscutível. 
Quando em 1994, houve mudança na lei, ficou impossível aplicar 
para um mesmo preso, medida de segurança e pena - o sistema 
denominado duplo binário. Todos os condenados assim passaram a 
cumpir apenas pena restritiva de liberdade, o que significa ficar por 
no máximo trinta anos em instituição prisional. 
A curiosidade jurídica, nesse caso, é que a Justiça Civil, e não a 
Criminal, é quem está impedindo a liberação de Chico Picadinho.” 
(Casoy, Ilana. ​Made in Brazil. ​Rio de Janeiro. ​Darkside.​2017. 461). 
 
5.0 CONCLUSÃO 
 
Conclui-se no referido artigo a importância do Direito Penal em toda a 
sociedade, com o precípuo objetivo de proteger os cidadão dela pertencente, foi 
observado que nosso ordenamento jurídico é respaldado e fundamentado em 
princípios. Princípios estes que visam o bem comum a todos, buscando implementar 
direitos e garantias fundamentais. 
Porém, algumas vezes, como no caso exposto, eles podem ser utilizados de 
forma errada, sendo utilizado para defender e até impedir criminosos de grande 
periculosidade sejam perpetuamente separados da sociedade, para proteger a 
mesma, tornando mais forte a impunibilidade do transgressor e diminuindo a 
segurança do povo. 
É necessário um pensamento e análise mais profundo da Psicopatia pelo 
poder Legislativo, averiguando-se de proteger com “braços fortes” a sociedade num 
todo, e não utilizar de princípios para prejudicá-la. 
 
6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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