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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE DIREITO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) de 2018 Métodos alternativos de solução de conflitos CAMPINAS/SP 2018 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE DIREITO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) de 2018 Métodos alternativos de solução de conflitos Atividade Prática Supervisionada (APS) apresentada como exigência para a avaliação do 8º semestre, do curso de Direito da Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre. CAMPINAS/SP 2018 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE DIREITO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) de 2018 Pesquisa, análise e redação. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA ___________________________ _______/_______/_______ Prof. _________________________________ Universidade Paulista – UNIP ___________________________ _______/_______/_______ Prof. _________________________________ Universidade Paulista – UNIP ___________________________ _______/_______/_______ Prof. _________________________________ Universidade Paulista – UNIP SUMÁRIO 1. Atividade prática supervisionada .................................................................. 4 2. Bibliografia .................................................................................................... 6 4 1. Atividade prática supervisionada A mediação e a conciliação são métodos autocompositivos de solução de conflitos em que as próprias partes chegam à sua solução. A mediação é mais indicada para conflitos em que há relacionamento anterior entre as partes, o mediador procura reestabelecer o diálogo que existia antes do conflito, para que elas consigam compreender suas posições e por si só alcançar a solução que se compatibiliza aos seus interesses e necessidades. Por sua vez, a conciliação é indicada para conflitos menos complexos, que tenham natureza objetiva. Nesses conflitos há uma controvérsia pontual entre as partes, sem fundo emocional e o conciliador tem uma atitude mais propositiva na busca da solução. Nesse contexto, para utilizar o método mais adequado deve-se levar em consideração as características da disputa, tais como custo, celeridade, manutenção de relacionamentos, custos emocionais, entre outros. O caso em questão trata-se de uma relação de consumo com milhares de demandas judiciais em andamento, dessarte busca-se maior celeridade, redução de custos, sem preocupações emocionais, ou seja, os requisitos são objetivos, técnicos. Isto posto, o método mais adequado a solução do conflito apresentado é a conciliação, que se trata de um processo autocompositivos breve, no qual as partes são auxiliadas por um conciliador, sem interesse na causa, que será proativo, podendo propor soluções e, assim, ajudar as partes a alcançá-las mais rapidamente. É, também, a mais indicada para esse tipo de conflito porque ele possui natureza objetiva, em que há uma controvérsia pontual entre as partes. Além do que a disputa advém de uma relação de consumo e não há necessidade de preservação de relacionamento entre as partes, sem enlace emocional, por isso a conciliação é mais célere e solucionará o problema em menos sessões, o que gera diminuição de custos e menos tempo para a resolução do problema. Sem deixar de priorizar a privacidade dos interessados, pois para conciliação também se aplica o princípio da confidencialidade previsto no art. 30 da Lei 13.140 de 26/06/2015: Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente decidirem de 5 forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação. E, também, no Código de Ética da Resolução 125 de 29/11/2010 do CNJ: Art. 1º São princípios fundamentais que regem a atuação de conciliadores e mediadores judiciais: confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade, independência e autonomia, respeito à ordem pública e às leis vigentes, empoderamento e validação. I – Confidencialidade - dever de manter sigilo sobre todas as informações obtidas na sessão, salvo autorização expressa das partes, violação à ordem pública ou às leis vigentes, não podendo ser testemunha do caso, nem atuar como advogado dos envolvidos, em qualquer hipótese; Assim, a conciliação assegura o sigilo dos acordos, entretanto, essa confidencialidade não é absoluta, pois ela não pode, de modo algum, ser utilizada para proteger comportamentos abusivos e protelatórios que violariam aos princípios da boa-fé e cooperação. Além disso, as informações poderão se tornar públicas por expressa autorização das partes, ou quando a lei exigir a sua divulgação, ou ainda, quando forem necessárias para cumprimento do acordo obtido, ou, por fim, quando houver ocorrência de crimes de ação pública. Sem se esquecer que o sigilo não afasta o dever das partes de prestar informações à administração tributária. Diante do exposto, a conciliação atende de forma mais eficiente aos interesses da empresa de telefonia celular, possuindo maior celeridade, objetividade, menor custo, além de garantir o sigilo almejado pela empresa. 6 2. BIBLIOGRAFIA Scavone Jr., Luiz Antônio. Manual de Arbitragem, Conciliação e Mediação. 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2018. Guilherme, Luiz Fernando do Vale de Almeida. Manual de Arbitragem e Mediação. Conciliação e Negociação. 3ª ed. São Paulo: SaraivaJur, 2017. Tartuce, Fernanda. Mediação nos Conflitos Civis. 4ª ed. São Paulo: Método, 2017. Cahali, Francisco Jose. Curso de Arbitragem. Mediação. Conciliação. Tribunal Multiportas. 7ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2018. Brasil. Conselho Nacional de Justiça. Guia de Conciliação e Mediação Judicial: orientação para instalação de CEJUSC. Brasília/DF, 2015 Brasil. Resolução nº 125, de 29 de novembro de 2010. Dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. Brasília/DF, 2010. Brasil. Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015. Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Brasília/DF, 2015.
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