Buscar

Livro Paleonto cap tempo geológico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O TEMPO GEOLÓGICO E EVOLUÇÃO DA 
VIDA 
 
José Augusto Costa de Almeida 
Alcina Magnólia Franca Barreto 
 
 
 
 Uma das jornadas mais instigantes e revolucionárias da Geologia tem sido a do 
entendimento da enorme amplitude do Tempo Geológico e a subsequente estruturação 
da Tabela do Tempo Geológico, também conhecida como Coluna ou Escala do Tempo 
Geológico e mais recentemente como Tabela Estratigráfica Internacional. Esta tabela 
corresponde ao calendário dos mais significativos eventos geológicos e biológicos 
registrados nas rochas da Terra. A tabela teve o início da sua construção na Europa e 
desde o século XIX vem unindo forças de paleontólogos, estratígrafos e 
geocronologistas de todo o mundo que, especialmente depois de 1945, vêm refinando 
suas subdivisões e estabelecendo outras, com intervalos de tempo cada vez menores. 
 
O Desenvolvimento do Conceito e a Compreensão da Amplitude do 
Tempo Geológico 
 
 O pensamento humano sobre tempo a idade do Universo e da Terra até o 
Renascimento era fundamentalmente baseado na concepção de que o ser humano 
ocupava a posição central e mais importante do mundo. Nessa ótica, cabia à Terra 
apenas a função de cenário para a existência humana e portanto sua idade deveria ser 
compatível com a história das civilizações. 
 Somente com a chegada do Iluminismo no século XVIII, que trouxe a noção de 
progresso e o conhecimento racional e crítico, os processos naturais passaram a ser 
interpretados de forma não-empírica e a janela para o longínquo passado geológico pôde 
finalmente ser aberta. 
 No ano de 1650, um arcebispo anglicano, primaz da Irlanda, chamado James 
Ussher (1581-1656), figura 6.1, fez uma cronologia dos eventos bíblicos partindo da 
Criação, passando pelo nascimento de Cristo até chegar ao século XVII e concluiu que 
o advento da Criação teria ocorrido no dia 23 de outubro de 4.004 A.C. Sua cronologia 
foi publicada na obra “Annales veteris testamenti, a prima mundi origine deducti” e 
tornou-se famosa até o começo do século XX (Brice, 1982; Barr1, 1984-85; Sarfati, 
2003). 
 
Figura 6.1 O arcebispo anglicano, primaz da Irlanda, James Ussher (1581-1656). Fonte: 
www.churchtimes.co.uk/uploads/images/James%20Usher%231%23.jpg 
 
 A Terra e a vida permaneceriam com a pequena idade de cerca de 6.000 anos, 
não fossem os curiosos e obstinados naturalistas e geólogos, que observavam a natureza 
estratificada de certas rochas e, dentro delas, bizarros restos de animais e plantas não 
mais existentes. Ficava também cada vez mais difícil conciliar a pequena idade da 
Terra com o tempo necessário para processar-se tanta deposição de materiais 
sedimentares, cujas velocidades de acumulação eram observadas diretamente nos 
ambientes da época. 
 Para explicar a ocorrência das estranhas formas de vida guardadas no interior 
das rochas, surgiu mais uma explicação bíblica, a Teoria do Dilúvio, apoiada na grande 
inundação da época de Noé. Os seres soterrados seriam aqueles que não teriam 
sobrevivido ao grande dilúvio. No entanto, esta teoria não conseguia explicar a 
progressão de formas de vida nas diferentes camadas de rochas, o que parecia clamar 
por uma contínua modificação e evolução no tempo. 
 Um grande impulso aos fervorosos defensores da Teoria do Dilúvio foi dado 
pelo geólogo e naturalista francês Georges Cuvier (1769-1832), figura 6.2. Segundo 
Cuvier, o Dilúvio de Noé teria sido apenas uma entre uma série de catástrofes (Teoria 
do Catastrofismo) que teriam ocorrido na Terra, seguidas de longos períodos de 
calmaria, quando Deus repovoava os ambientes com novas e melhoradas formas de 
vida. 
 
 
Figura 6.2 O naturalista francês Georges Cuvier (1769-1832). 
Fonte: http://victorian.lang.nagoya-u.ac.jp/victorianweb/science/cuvier.html 
 
 O problema de estabelecer idades para os estratos de onde eram extraídos os 
fósseis e atribuir uma dimensão de idade mais correta para a Terra, recebeu o impulso 
necessário a partir das idéias do geólogo escocês James Hutton (1726-1797), figura 6.3. 
Em sua “Teoria da Terra”, publicada em 1795, Hutton postulou que as forças que 
geraram e modelaram as rochas continuavam a atuar, não havendo assim uma 
separação concreta entre passado e presente, que marcasse, inclusive, a criação do 
homem por Deus. Esta teoria passou a ser um dos princípios fundamentais da geologia, 
o Uniformitarismo que estabelece que “O presente é a chave do passado”. De acordo 
com o conceito uniformitarista as leis da natureza não teriam variado e os registros 
geológicos antigos podem ser interpretados a partir da análise, por exemplo, de 
processos de deposição, sedimentos, estruturas e organismos atuais. Hoje em dia, sabe-
se que as intensidades dos processos geológicos variaram no tempo e que os dias são 
maiores hoje do que no passado geológico. Neste novo cenário o termo Atualismo tem 
sido empregado nas comparações do presente com o passado. 
 
 
Figura 6.3 O geólogo escocês James Hutton (1726-1797). 
Fonte: http://media-2.web.britannica.com/eb-media/56/10856-004-807C3B6B.jpg 
 
 Outro defensor do Uniformitarismo, o geólogo escocês Charles Lyell (1797-
1875), figura 6.4, publicou em 1830 seu primeiro volume da magnífica obra “Princípios 
de Geologia”. Este tratado ajudou a consolidar a geologia de processos e a entender que 
a Terra tinha uma idade muito maior do que se pensava. 
 
 
Figura 6.4 O escocês Charles Lyell (1797-1875). 
Fonte: http://io.uwinnipeg.ca/~simmons/16cm05/1116/lyell.jpg 
 
Depósitos sedimentares rítmicos e especialmente sazonais, como os varvitos, 
formados em lagos periglaciais, ajudaram muito a expandir a dimensão do tempo 
geológico. Os depósitos de varve resultam do suprimento de sedimentos mais finos 
vindos das morenas terminais, principalmente nos períodos de degelo. Sedimentos 
síltico-arenosos são depositados nas porções centrais de destes lagos durante a 
primavera e verão e no inverno esse suprimento diminui ou pára e a fração argilosa se 
deposita. Esse mecanismo resulta em verdadeiros relógios geológicos, tendo em vista 
que um par de varves síltico-arenosas/argilosas, com algumas variações, representa um 
ano de deposição (figura 6.5). 
 
 
 
Figura 6.5 Detalhe do depósito de varvito de Itu, Permiano da Bacia do Paraná, exibindo a estratificação 
plano-paralela rítmica de varves de textura mais grossas, mais espessas, e mais argilosas, bem delgadas. 
Fotografia cedida por Alethea Martins 
 
 
 
 
No século XIX o pensamento sobre a idade da Terra já tinha chegado a uma 
magnitude de centenas de milhões de anos (Ma), enquanto o registro mais antigo de 
vida correspondia a fósseis de cerca de 530 Ma. 
 Toda essa história da compreensão da idade da Terra foi dividida em 5 períodos 
por Harter (1998-2005), baseando-se especialmente nas obras de Dalrymple (1991) e 
Huggett (1997). 
 
 Período pré-científico (até o ano 1600). Corresponde ao período de aceitação das 
primeiras idéias dos filósofos gregos e das citações bíblicas; 
 Era das cosmogonias especulativas (entre 1600 e 1700). Período de grandes 
especulações e poucas evidências, fundamentado principalmente na explicação 
racional das feições do mundo; 
 Afastamento da ciência do livro de Genesis (entre 1700 e 1780). Período marcado 
por intensos trabalhos de geologia de campo e dominado pelas observações de 
processos; 
 Fase do debate catastrofismo-uniformitarismo (entre 1780 e 1850). Já estava claro 
que a Terra tinha uma longa história e este período foi marcado pelas idéias de que a 
Terra foi dominada por grandes catástrofes (especialmente Cuvier) e, por outro lado, 
de que as mudanças foram lentas e relativamente uniformes postuladas 
especialmentepor Hutton e Lyell; 
 Período moderno (de 1850 aos dias atuais). A vitória dos uniformitaristas foi tão 
exagerada que a importância das catástrofes foi indevidamente minimizada. Desde o 
final do século XIX tem havido crescente detalhamento no conhecimento da história 
da Terra e de seus processos. 
 
 Recentemente, a própria tabela Estratigráfica Internacional passou por 
modificações, com o abandono do termo Terciário (Período), o refinamento 
geocronológico do limite de épocas e andares, novas escolhas de localidades-tipo e 
proposições de novas subdivisões para a História da Terra. 
 Atualmente a idade da Terra é aceita como cerca de 4,56 bilhões de anos (Ba) e 
datações em zircões detríticos da Austrália e do Canadá têm revelado idades de pelo 
menos 4,5 Ba. Segundo Harrison et alii. (2008) datações em zircões detríticos 
indicariam que porções de crosta já tinham características continentais em torno de 4,35 
Ba. Já os registros mais antigos de vida (evidência geoquímica) situam-se atualmente 
em cerca de 3,8 Ba. Compreende-se como Tempo Geológico o tempo decorrido desde 
o final da fase formativa da Terra até os dias atuais. 
 
Organizando o Tempo Geológico 
 
 Originalmente o conceito de correlação foi aplicado no sentido de chamar de 
correlatas duas unidades estratigráficas equivalentes no tempo uma da outra e situadas 
em diferentes seções locais. A correlação, portanto, é o processo através do qual os 
estratígrafos e os paleontólogos estabelecem tais inter-relações cronológicas entre duas 
ou várias seções estratigráficas. 
 Ainda na Idade Média, o sábio chinês Shen Kuo (1031-1095), figura 6.6, 
elaborou uma hipótese para a formação do relevo de regiões distantes do mar a partir da 
observação de conchas fósseis de origem marinha em siltitos, antecipando de alguma 
maneira uma forma de observar a natureza estratificada do registro fossilífero somente 
desencadeada séculos depois. 
 
 
 
 
Figura 6.6 O sábio chinês Shen Kuo (1031-1095). Fonte: 
http://211.147.20.24/library/att/att/20030924/speo11_01.jpg 
 
 O primeiro grande passo no sentido de organizar cronologicamente a História da 
Terra foi dado pelo médico e naturalista dinamarquês Nicolau Steno (Niels Steensen, 
1638-1686), figura 6.7. Steno foi o responsável pela introdução na Geologia dos termos 
estrato e sedimento e, além de sugerir que ambientes de deposição poderiam ser 
inferidos pelos tipos de fósseis ou minerais contidos nos sedimentos e rochas 
sedimentares, estabeleceu os três princípios que abriram caminho para a geologia de 
processos e eventos: 
 Princípio da Superposição das Camadas - estabelece que numa sequência de 
estratos, cada camada depositada sobre outra é mais nova; 
 Princípio da Horizontalidade Original - indica que as camadas sedimentares 
são depositadas geralmente de forma horizontal. Uma sequência dobrada ou 
muito inclinada deve ter sofrido esforços tectônicos; 
 Princípio da Continuidade Lateral – postula que um estrato tem sempre a 
mesma idade ao longo de toda a sua extensão. 
 
 
 
Figura 6.7 O médico e naturalista dinamarquês Nicolau Steno (Niels Steensen, 1638-1686). Fonte: 
http://1.bp.blogspot.com/_Ky957sg8EaE/SSxCr6LPWjI/AAAAAAAADAU/hPJhykvX46Y/s400/N
IELS_~1.JPG 
 
 O agrimensor inglês William Smith (1769-1839), figura 6.8, interessou-se desde 
criança pelos fósseis e prematuramente passou a realizar trabalhos de campo, 
começando logo cedo a trabalhar na escavação do canal de Somerset no sudoeste da 
Inglaterra. Esta tarefa exigiu de Smith a descrição detalhada das camadas rochosas que 
a abertura do canal cortaria, o que o levou a observar que os fósseis estavam 
distribuídos nas camadas em sequências da base para o topo dos pacotes de estratos e 
que isso se repetia em outras sequências de outras localidades. A obra mais 
extraordinária de Smith foi um detalhado “Mapa Geológico da Inglaterra, País de Gales 
e Parte da Escócia”, publicado entre 1815 e 1817. O grande mapa foi o primeiro a 
adotar os princípios de Nicolau Steno e a usar fósseis como ferramentas estratigráficas, 
além de apresentar como legenda uma coluna de unidades rochosas nomeadas da base 
para o topo com padrões gráficos coloridos usados nos domínios de rochas mapeados. 
Esta legenda, chamada por Willian Smith de explanação, viria a ser o primeiro 
protótipo da Tabela Geológica ou Tabela do Tempo Geológico. 
 Em 1816, o destemido Willian Smith publicou a Tabela Geológica de Fósseis 
Organizados, apresentando pela primeira vez na história séries de estratos com seus 
conteúdos de fósseis organizados cronologicamente. 
 A grande contribuição de William Smith foi sua capacidade de observar que as 
seqüências verticais de camadas de rochas, hoje sucessão estratigráfica, continham 
diferentes conjuntos de fósseis dispostos em seqüências das mais inferiores (mais 
antigas) para as mais superiores (mais novas). Como os conjuntos não se repetiam 
verticalmente, ele foi capaz de reconhecer estratos fossilíferos de qualquer localidade 
por comparação (correlação) com as seqüências anteriormente descritas, datando-as, 
portanto, de forma relativa. Essa sucessão geral estratigráfica dos fósseis corresponde 
ao que se conhece como sucessão faunística e florística. 
 
Figura 6.8 O agrimensor inglês William Smith (1769-1839). 
http://www.geolsoc.org.uk/webdav/site/GSL/shared/images/geoscientist/SmithPortraitColourResized.JP
G 
 
A Escala do Tempo Geológico 
 
Enquanto a História Humana é contada por valores temporais constantes como 
séculos, anos, dias e horas, a História da Terra baseia-se em intervalos de tempo 
desiguais que marcaram as mudanças do seu meio físico e da sua vida, registrado nas 
rochas e na diversidade fossilífera nelas contidas. As fases evolutivas que a Terra 
passou são contadas através de intervalos de tempo variáveis chamados Éons, Eras, 
Períodos, Épocas e Idades (Unidades Geocronológicas). 
A maior subdivisão da escala de tempo é chama de Éon (do grego aion, força 
vital) e representam grandes etapas de desenvolvimento do planeta. As maiores 
mudancas fisicas e biológicas que a Terra passou ordenaram sua história em quatro 
éons: Hadeano, Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico. Mudancas de menores 
magnitudes proporcionaram a subdivisão dos Éons em Eras (delimitadas principalmente 
por grandes mudanças ambientais e extinções), Períodos, Épocas e Andares (eventos de 
menor intensidade, delimitados por correlações fossilíferas ou bioestratigráficas). Tais 
unidades não tem duração temporal uniforme, pois dependem do intervalo decorrido 
entre os eventos, o que as diferencia do relógio, que conta a história da humanidade em 
unidades constantes. 
Para que haja padronização, uma unidade geocronológica é definida a partir de 
uma sequência de rocha que melhor represente o intervalo de tempo da história da Terra 
e recebe o nome de seção-tipo (ou estratotipo). A seção-tipo passa a ser a referência e 
é comparada com outras rochas (da mesma e idade) em várias partes do mundo. A área 
geográfica em que foi estabelecida chama-se de área-tipo. Assim, unidades 
Cronoestratigráficas têm correspondência com as unidades Geocronológicas (Tabela 1). 
 
Tabela 6.1 Correspondência entre as unidades Cronoestratigráficas e Geocronológicas. 
 
UNIDADES CRONOESTRATIGRÁFICAS UNIDADES GEOCRONOLÓGICAS 
Cronoestratigrafia Geocronologia 
Eonotema Éon 
Eratema Era 
Sistema Período 
Série Época 
Andar Idade 
 
As seções-tipo dos sistemas geológicos foram estabelecidas na Europa (figura 
6.9, Tabela 6.2), como legado dos pioneiros da Estratigrafia e e ainda hoje estão em 
processo de aperfeicoamento. Ao longo do tempo, várias áreas-tipo (localidades)e 
seções-tipo (afloramentos com a mais completa seção estratigráfica) foram revistas e 
modificadas, tendo até hoje alguns de seus limites em discussão. Divergências acerca de 
limites e subdivisões foram surgindo com a evolução dos trabalhos geologicos feitos 
fora da Europa, especialmente nos Estados Unidos. Hoje os sistemas geológicos podem 
ser reconhecidos em qualquer parte do mundo através dos conteúdos fossiliferos e 
litológicos das sequências. 
 
 
 
Figura 6.9 Localização, data e autores que inicialmente conceberam os primeiros Sistemas geológicos. 
Modificado de Eicher 1982. 
 
 
Tabela 6.2 Origem do nome e localidades dos primeiros Sistemas geológicos definidos. modificado de 
Eicher (1982) 
 
SISTEMA 
GEOLÓGICO 
ORIGEM DO NOME 
 
Quaternário Camadas muito jovens, inconsolidadas, depositadas acima do 
Terciário. Descrito na França. Seu limite inferior está sendo 
atualmente revisado. 
Terciário 
(atualmente em 
desuso) 
Termo cunhado por Arduíno em 1760 na Itália, para classificar as 
rochas pouco consolidadas. 
Cretáceo A partir da palavra latina para giz (calcáreo) da Bacia de Paris, França 
Jurássico Montanhas de Jura, norte da Suiça 
Triássico A partir do termo Trias, e em referência de três litologias marcantes 
(arenitos vermelhos, calcários e evaporitos), descrito no sul da 
Alemanha 
Permiano Por causa da grande espessura de calcários fossilíferos na Província de 
Perm, Rússia 
Carbonífero Devido a quantidade de carvão, dos depósitos do centro-norte da 
Inglaterra. 
Devoniano Derivado do Condado de Devonshire, sul da Inglaterra 
Siluriano 
Ordoviciano A partir dos nomes das antigas tribos Cabrians, Ordovicians e 
Silurians do País de Gales - Inglaterra. 
Cambriano 
 
O Andar é a menor unidade cronoestratigráfica reconhecida em escala 
internacional e que permite o estabelecimento de correlações. Os seus nomes derivam 
da localidade ou de uma característica geográfica da área-tipo. Ao seu nome são 
adicionadas as terminações “no” ou “iano”, como Eifeliano (base do Devoniano Médio, 
marcada pela primeira ocorrência do conodonte Polygnathus costatus partitus), tendo 
sido a área-tipo definida nos Montes Eifel, Alemanha Ocidental (50°08'58,6"N, 
6°28'17,6" E). Como outro exemplo, cita-se a localidade-tipo e seção-tipo do Estágio 
Daniano, em El Kef, Tunísia (36°09'13.2"N, 8°38'54.8"E) (figura 6.10), definidas por 
marcadores litológicos (argilito), geoquímicos (enriquecimento de Iridium e Níquel), 
isotópicos (decaimento do δ 13C, coincidindo com extinção em massa) e paleontológico 
(presença dos foraminíferos planctônicos Abatomphalus mayoroensis, Plummerita 
hantkeninoides e Guembelitria cretácea, Keller, 1995; Bensalem, 2002; Molina et alii, 
2006). O Estágio Daniano é correlacionável com várias outras localidades do mundo, 
inclusive com a seção estratigráfica da Formação Maria Farinha, Bacia Paraíba, na 
Pedreira Poty, Paulista, Pernambuco. 
 
 
 
 
 
Figura 6.10 (a, b) Localidade-tipo e seção-tipo do Estagio Daniano, Série Paleoceno, Sistema 
Paleógeno, Eratema Cenozóico, Eonotena Fanerozóico. Modificado de Molina et alii, 2006. 
 
 Os andares internacionais são definidos por conter ricas e diversificadas 
associações de fósseis, geralmente de fácies marinha nerítica de águas quentes. Na sua 
ausência, andares locais podem ser baseados em associações de fósseis de ambientes 
continentais, contendo faunas ou floras de baixo a moderada potencial de dispersão. 
Nas bacias marginais da costa brasileira o intervalo Jurássico Superior - 
Cretáceo Inferior abrange sedimentos essencialmente continentais, depositados durante 
a sequência continental. Através do estudo e distribuição de ostracodes e palinomorfos 
(elementos continentais), esse registro sedimentar foi dividido seis andares locais 
denominados, da base para o topo de: Dom João, Rio da Serra, Aratu, Buracica, Jiquiá e 
Alagoas (Magalhães, 1994; Picarelli & Milhomem 1991, Brito et alii, 1991). A 
correlação desta seção não-marinha com a escala geocronológica internacional é até 
hoje discutida devido à falta de fósseis-guia para a correlação (Regali et alii, 1989; 
Viana et alii, 1971). 
Outro exemplo de andares locais baseia-se no estabelecimento de Idades-
Mamíferos Terrestres na América do Sul, (Begqvist et alii. 2006). Os mamíferos que se 
radiaram neste continente são endêmicos, dificultando a correlação com mamíferos de 
outros continentes. Mesmo assim, ainda o seu estudo permitiu o estabelecimento de 
uma seqüência de cerca de 20 Idades (figura 6.11). A Idade Itaboraiense (Paleoceno 
Superior) tem a sua seção-tipo descrita na Bacia de Itaboraí, Rio de Janeiro. 
 
 
 
Figura 6.11 Idades Mamíferos Terrestres da América do Sul. A idade Itaboraiense (Paleoceno 
Superior) foi estabelecida na bacia de Itaboraí, RJ. Bergqvist (2006). 
 
 O termo Pré-Cambriano não correponde a uma unidade cronoestratigráfica e 
nem geocronológica e sim a uma designação informal que caracteriza o intervalo de 
tempo contado desde o início da formação da Terra ate o Cambriano (542 Milhões de 
anos ou Ma). O Pré-Cambriano corresponde a cerca de 88% da idade da Terra, ou seja 
de 4,6 Ba até 542 Ma. 
 
A Atual Tabela do Tempo Geológico 
 
A Comissão Internacional de Estratigrafia - ICS (www.stratigraphy.org) é uma 
organização fundada em 1961 em Paris, com o objetivo de promover debates e a 
padronização global do conhecimento acerca da estratigrafia. Recebe propostas sobre 
modificações na carta do tempo, principalmente abordando os limites de intervalos, que 
quando aprovadas, são enviadas para confirmação pela União Internacional das 
Ciências Geológicas – IUGS (www.iugs.org). No ano de 2005, as comissões revisaram 
e publicaram a nova versão da Tabela Estratigráfica Internacional (figura 6.12), com 
mudanças significativas, baseadas em novas descobertas geológicas, paleontológicas e 
geocronológicas. Para o Pré-Cambriano ocorreram modificações nos limites (padrão 
global) de algumas idades (GSSA), graças a novas datações absolutas. Algumas seções-
tipo globais (GSSP) do Neo-Proterozóico e do Fanerozóico foram redefinidas. 
 
 
 
Figura 6.12 Tabela Estratigráfica Internacional, revisada pela Comissão Internacional de 
Estratigrafia (ICS) e pela União Internacional das Ciências Geológicas (IUGS) em 2005. GSSA Padrão 
Global de seções-tipo (do Ediacarano ao Presente); GSSP Idades absolutas globais (Pré-Cambriano). 
Fonte: www.stratigraphy.org. 
 
 
 
A seção-tipo do último período do Neoproterozóico passou a ser chamado de 
Ediacarano (630 e 542 Ma), descrito nas Montanhas de Ediacara, sul da Austrália, e não 
mais de Vendiano, antes descrito na Sibéria. Ele foi assim redefinido pela importância 
da fauna de Ediacara (Austrália). Pode ser encontrado em várias partes do mundo como 
no Brasil (Corumbá-Ladário), Canadá, Índia, Namíbia, e Sibéria. O Período Cambriano 
também foi modificado, sendo subdividido em quatro Séries (e não mais em três), e 
essas, em dez estágios, que atualmente estão em análise e por isso ainda sem nomes. 
Uma significativa alteração ocorreu com o Carbonífero, que passou a ter duas 
grandes subdivisões antes somente reconhecidas nas tabelas da América do Norte, 
sendo a inferior o Mississipiano e a superior o Pensilvaniano, que assim entram para o 
vocabulário internacional. 
O antigo Período (Sistema) Terciário da Era Cenozóica foi suprimido da nova 
Tabela Estratigráfica Internacional. Referências à antiga e famosa passagem Cretáceo-
Terciário devem ser substituídas por passagem Cretáceo-Paleógeno ou Cretáceo-
Paleoceno (K-P). O uso do último andar do Cretáceo e do primeiro do Paleoceno pode 
sera forma mais precisa de se referir à transição Mesozóico-Cenozóico: passagem 
Maastrichtiano-Daniano. 
Outra mudança importante é relativa ao Período (Sistema) Quaternário, (Era 
Cenozóica) formado pelos subsistemas ou series (épocas) Pleistoceno e Holoceno, que 
foi mantido como unidade cronoestratigráfica formal na carta estratigráfica 
internacional, teve seu limite inferior ampliado para 2,6 Ma. Isso incluiu o Estágio 
Gelasiano, que antes fazia parte do final do Plioceno. Essa mudança ocorreu porque 
estudos recentes mostraram que foi no Gelasiano que se iniciou a primeira glaciação em 
escala global do tipo Quaternário, ou seja, com padrão cíclico de glaciações (com cerca 
de 100 mil anos de duração) e períodos inter-glaciais (com duração de 10–12 mil anos). 
 
Marcos Geológicos e Paleontológicos da Terra 
 
 Hadeano - éon mais antigo que começou há cerca de 4,6 bilhões de anos (Ba), 
com a formação do sistema solar e os planetas, terminado há cerca de 4,0 Ba, 
quando a Terra passa a ter registro de rochas preservadas mais significativo. 
Deve ter havido intensa queda de asteróides e meteoros na superficie da Terra 
nesse tempo. O nome Hadeano foi cunhado em 1972 pelo geólogo Preston 
Cloud e vem do grego hades, que significa inferno. Tem-se pouca ou nenhuma 
informação geológica para esse tempo e por isso não é aceito formalmente como 
um éon pela Comissão Internacional de Estratigrafia. No Hadeano, tem-se o 
registro de minerais mais antigos há 4,4 Ba (metaconglomerados que tiveram 
zircões detríticos datados, do Cráton Yilgarn, Austrália). A rocha mais antiga 
datada foi encontrada no norte do Canadá (Acasta gnaisse) com 4,2 Ba (Iizuka et 
alii, 2007). Há cerca de 4,2 Ba. iniciou-se formação dos primeiros oceanos da 
Terra. 
 
 
 
Figura 6.13 Marcos geológicos e biológicos da História da Terra. Modificado da Universidade de 
Wisconsin, EUA(2008). 
 
 
 
 
Figura 6.14 Mudanças físicas da Terra ao longo do tempo. Adaptado de: 
www.eps.mcgill.ca/~hofmann/Geonscale.html 
 
 
Figura 6.15 Alguns marcos da Evolução biológica, glaciações, eventos tectônicos /magmáticos e 
paleogeografia da Terra. Tz, Tranzamazônico; CV Cariris Velhos; B, Brasiliano. (Modificado de 
Paes, 2008). 
 
 Arqueano (antes chamado Arqueozóico ou Arcáico) - compreendido entre 4,0 e 
2,5 Ba. É subdividido em quatro eras Eoarqueano (4,0–3,6 Ba), 
Paleoarqueano (3,6–3,2 Ba), Mesoarqueano (3,2–2,8 Ba), Neoarqueano (2,8–
2,5 Ba). O meio fisico da Terra foi marcado por grande atividade tectônica, 
fluxo de calor três vezes maior que o atual, velocidade de rotação da Terra era 
cerca de 5a 6 vezes mais rápida do que hoje e iniciou-se a formação de 
protocontinentes. O dia no Eoarqueano tinha duração de cerca de 4 horas 
(Wicander & Monroe, 1993) e a atmosfera era anóxica. Pelo menos uma 
glaciação é reconhecida durante o Arqueano. A vida provavelmente esteve 
presente por todo o Arqueano, mas o seu registro é limitado a organismos 
simples unicelulares não nucleados, as bactérias procariontes, e as construções 
algálicas de cianobactérias (estromatólitos). A mais antiga evidência 
Geoquímica de vida (quimiofósseis) tem aproximadamente 3,8 Ba e há cerca de 
3,5 Ba estão documentados os primeiros vestígios de microorganismos e 
estromatólitos (Procariontes) mais antigos na Terra, encontrados na Austrália e 
África do Sul. Não se conhecem fósseis de eucariontes, apesar de que eles 
devem ter evoluído durante o Arqueano e simplesmente não ter deixado 
quaisquer fósseis. 
 
 Proterozóico - do latim primeira vida, durou entre 2,5 Ba e 542 milhões de 
anos (Ma), e divide-se nas eras: Paleoproterozóico (2,5–1,6 Ba), 
Meosproterozóico (1,6-1,0 Ba) e Neoproterozóico (1,0–542 Ma). Foi marcado 
por grandes transformações e interacões entre o meio fisico e biótico. O 
Paleoproterozoico experimentou o início do oxigênio livre na atmosfera 
(formação da camada de Ozônio) e também nas águas marinhas, gerado pela 
fotossíntese das cyanobactérias (Reino Monera, Filo Cianophyta), e o 
surgimento dos primeiros eucariontes (Reino Protista). 
No Proterozóico houve a colisão de microcontinentes e a formação dos 
continentes Ur (2,2 Ba), Atlântica (2,0–1.8 Ba), Columbia (1,6–1,3 Ba) e 
Rodínia (1.0 Ba–750 Ma). Importantes mudanças climáticas no Neoproterozóico 
promoveram glaciações seguidas de aquecimento do clima da Terra (Teoria 
Snow Ball Earth) que interferiu no curso da evolução dos seres vivos, levando a 
extições, adaptações e surgimento de novos grupos mais complexos. Como 
resposta biologica a Terra passou por notavel momento de diversificação, 
quando surgiu os primeiros seres macroscopicos (metazoários) e também alguns 
animais começaram a produzir biomineralizações, surgindo o esqueleto. 
 
 Fanerozóico - O termo vem do grego: phaneros, visível; oikos, vida (de 542 Ma 
aos dias atuais) e compreende apenas 12% da idade da Terra e é marcado pela 
diversificação e explosão da vida macroscópica, muitos organismos com 
esqueleto e a reprodução sexuada. 
 No inicio do Fanerozóico existiram seis massas continentais que, ao longo do 
tempo, criaram mudanças no panorama dos continentes e das bacias oceânicas 
afetando os padrões de circulação oceânica e atmosférica, resultando em novos 
ambientes para habitação da biota que se diversificou rapidamente. 
Transgressões e regressões marinhas provocadas por atividade tectônica e por 
glaciações causaram grandes transformações na vida. 
Com a aglutinação de microcontinentes, formou-se o supercontinente Pangea 
(Laurásia + Gondwana) no Carbonífero Superior que iniciou nova fragmentação 
no Triássico, promovendo separação e colisão de placas até a configuração 
geográfica dos dias atuais. O paleocontinente da Laurásia situava-se no hemisfério 
norte e era constituído, em parte, pela América do Norte, Escócia, Irlanda do Norte, 
Groenlândia centro-norte da Europa. Gondwana, situado no hemisfério sul era formado 
principalmente pela América do Sul, África, Austrália, Antártida e Índia. 
O Fanerozóico também é caracterizado pela ocorrência de extinções em massa, 
sendo que as mais importantes estabeleceram a sua divisão nas eras Paleozóica, 
Mesozóica e Cenozóica. A Era Paleozóica (542 até 251 Ma) teve a 
predominância de Pteridófitas e invertebrados marinhos, já na Era Mesozóica 
(251 até 65,5 Ma), provavelmente devido ao clima quente que predominou na 
Terra, as Gimnospermas e os Répteis se diversificaram e dominaram os 
ambientes continentais e marinhos. Na Era Cenozóica (65 Ma até o Presente), 
tem-se a diversificação e domínio de Angiospermas, mamíferos e insetos. 
 
 
Principais eventos geológicos /biológicos da Terra 
(em quadro cinza) 
 
Idade Evento 
+ 5.100 anos AP. Última transgressão marinha na costa brasileira 
+ 160 mil anos Surgimento do Homo sapiens 
+ 2,5 Ma Surgimento do gênero Homo 
+ 2,5 Ma Ligação América do Norte – América do Sul. 
Eoceno Primeiras Baleias 
Eoceno Início da elevação das cadeias de montanhas 
atuais 
Paleoceno (58,3-57 Ma) No Brasil: Idade Itaboraiense 
Paleoceno Diversificação dos mamíferos e das angiospermas 
65 Ma (Cretáceo/Paleoceno) Extinção dos amonóides e dinossauros 
90 Ma (Cretáceo Inferior) Final da separação América do Sul e África 
Cretáceo Idade do petróleo brasileiro 
Cretáceo Inferior Início da fragmentação do Gondwana 
Jurássico Início da separação do Pangea 
Jurássico Primeiros organismos planctônicos 
Jurássico Primeiras angiospermas 
Triássico Primeiros dinossauros, mamíferos e aves 
245 Ma. Extinção de cerca de 50% da vida marinha 
Carbonífero Superior Estabelecimento do Pangea 
Carbonífero Primeiras gimnospermas 
Carbonífero Primeiros répteisDevoniano Primeiros anfíbios 
Siluriano Primeiras plantas e animais terrestres 
Ordoviciano Primeiros vertebrados – Agnatas 
Cambriano Máximo de diversificação dos trilobitas 
Cambriano Estabelecimento dos principais filos atuais de 
invertebrados 
650 – 550 Ma 
Neoproterozóico/Cambriano 
No Brasil: Evento Tectônico Magmático 
Brasiliano 
580 Ma Neoproterozóico Surgimento do esqueleto - primeiras conchas 
600 Ma Neoproterozóico Primeiros Metazoários fósseis: Fauna de Ediacara 
680 Ma Neoproterozóico Primeiros icnofósseis 
750 – 540 Ma Neoproterozóico Glaciações do tipo Snow Ball Earth 
980 – 920 Ma Neoproterozóico No Brasil: Evento Tectônico Magmático Cariris 
Velhos 
+ 1,0 Ba Mesoproterozóico Formação do Supercontinente - Rodínia 
+ 1,0 Ba Mesoproterozóico Auge de abundância e diversidade dos 
Estromatólitos 
2,2 - 2.0 Ba Paleoproterozóico No Brasil: Evento Tectônico Magmático 
Transamazônico 
+ 2,5 Ba 
Neoarqueano/Paleoproterozóico 
Atmosfera da Terra passa de redutora para 
oxidante 
+ 2,5 Ba. 
Neoarqueano/Paleoproterozóico 
Primeiros eucariontes 
+ 3,5 Ba Eoarqueano Microfósseis e estromatólitos mais antigos 
+ 3,8 Ba Epoarqueano Mais antiga evidência geoquímica de vida 
Eoarqueano Dia com duração de cerca de 4 horas 
+ 4.2 Ba Hadeano Primeiros oceanos 
+4.4 Ba Hadeano Rocha mais antiga conhecida na Terra 
 
 
Referências 
 
 
BARR, J. 1984–85. "Why the World Was Created in 4004 BC: Archbishop Ussher and 
Biblical Chronology", Bulletin of the John Rylands University Library of 
Manchester 67:575–608. 
BERGQVIST, L.P.; MOREIRA, A.L.; PINTO, D.R. 2006. Bacia de São José de 
Itaboraí: 75 anos de História. Rio de Janeiro: Serviço Geológico do Brasil – 
CPRM, 84 p. 
BERRY, W.B. 1987. Growth of a prehistoric timescale based on organic evolution. 
Edição revisada. Blackwell Scientific Publications, Palo Alto, 202p. 
BENSALEM, H. 2002. The Cretaceous-Paleogene transition in Tunisia: general 
overview. Paleogeography, Paleoclimatology, Palaeoecology 178:139-143. 
BRICE, W.R. 1982. "Bishop Ussher, John Lightfoot and the Age of Creation", Journal 
of Geological Education 30:18–24. 
BRITO, H. S.; VIANA, C. F. & PRAÇA, U. M. 1984. Atlas dos ostracodes não 
marinhos (Neojurássico/Eocretáceo) do Brasil. PETROBRAS /CENPES /DIVEX/ 
SEBIPE, Rio de Janeiro, 2 vols. 
DALRYMPLE, G. B. 1991. The age of the Earth. Stanford University Press, California, 
492 p. 
EICHER, D.L. 1982. Tempo Geológico. Série de Textos básicos de Geociências. São 
Paulo. Ed. Edgard Blucher Ltda. 173 p. 
HARRISON, T.M., SCHMITT, A.K., MCCULLOCH, M.T., LOVERA, O.M. 2008. 
Early (≥ 4.5 Ga) formation of terrestrial crust: Lu–Hf, δ18O, and Ti thermometry 
results for Hadean zircons. Earth and Planetary Science Letters, 268(3-4):476-486. 
HARTER, R. (1998-2005). Changing views of the history of the Earth. The Talk 
Origins Archive. Exploring the Cration/Evolution Controversy. Disponível em: 
www.talkorigins.org/faqs/geohist.html. Acesso em: 17 de agosto de 2008. 
HUGGETT, R. (1997). Catastrophism. Asteroids, Comets, and Other Dynamic Events 
in Earth History. Verso, London & New York, 262 p. 
LIZUKA, T., KOMIYA, T., UENO, Y., KATAYAMA, I., UEHARA, I., UEHARA, Y., 
MARUYAMA, S., HIRATA, T., JOHNSON, S.P., DUNKLEY, D.J. 2007. Geology 
and zircon geochronology of the Acasta Gneiss Complex, northwestern Canada: 
New constraints on its tectonothermal history. Precambrian Research, 153:179-208. 
KELLER, G., LI, L., & MACLEOD, N., 1995. The Cretaceous/Tertiary boundary 
stratotype section at El Kef, Tunisia: how catastrophic was the mass extinction? 
Paleogeography, Paleoclimatology, Palaeoecology, 119:221-254. 
MAGALHÃES, M. R. C. 1994. Refinamento bioestratigráfico e paleogeografia do 
Andar Rio da Serra médio das sub-bacias do Recôncavo Nordeste e Tucano Sul. 
Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dissertação de Mestrado 
150 p., 4 estampas. 
MOLINA, E., ALEGRET, L., ARENILLAS, I., ARZ, J.A., GALLALA, N., 
HARDENBOL, J., VON SALIS, K., STEURBAUT, E., VANDENBERGHE, N, 
AND ZAGHBIB-TURKI, D. 2006. The Global Boundary Stratotype Section and 
Point for the base of the Danian Stage (Paleocene, Paleogene, "Tertiary", Cenozoic) 
at El Kef, Tunisia: original definition and revision. Episodes, 29/4:263-278. 
PAES, J. 2008 Centro de Estudos Geológicos da Faculdade de Ciências e Tecnologia, 
Portugal acesso no site: www.geopor.pt/GPnov/gnpara.html 
PICARELLI, A. T. & MILHOMEM, P. S. 1991. Reconcavona mirangaensis - um novo 
fóssil-guia para o Andar Aratu da bacia do Recôncavo - Subzona NRT 005.3A. In: 
Congresso Brasileiro de Paleontologia, 12, São Paulo, 1991, Boletim de resumos, 21 
pp. 
REGALI, M. S. P. & VIANA, C. F. 1989: Sedimentos do Neojurássico - Eocretáceo do 
Brasil: idade e correlação com a Escala Internacional. PETROBRÁS/CENPES, 
Relatório interno, 95 pp. 
SARFATI, J. 2003. Archbishop’s achievement: James Ussher’s great work Annals of 
the World is now available in English (interview with editors of above). Creation 
26(1):24–27. 
UNIVERSIDADE DE WISCONSIN, EUA. 2008. Disponível no site 
www.news.wisc.edu/15317. 
VIANA, C. F; GAMA JR., E. G.; SIMÕES, I. A.; MOURA, J. A.; FONSECA, J. R. & 
ALVES, R. J. 1971. Revisão estratigráfica da Bacia do Recôncavo/Tucano. Boletim 
Técnico da Petrobrás, 14 (3/4): 157-192. 
WICANDER, R. & MONROE, J.S. 1993. Historical Geology: Evolution of the Earth 
and Life Through Time. 3
a
 ed. New York. West Publishing Company. 640 p. 
www.iugs.org. website oficial da União Internacional das Ciências Geológicas. 
www.stratigraphy.org. website oficial da Comissão Internacional de Estratigrafia.

Continue navegando