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Farmacologia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
EVELYN JAKELINY BATISTA TAVARES 
 
 
 
 
 
 
FARMACOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITU - SP 
2019 
EVELYN JAKELINY BATISTA TAVARES- 1004200 
 
 
 
 
 
 
 
FARMACOLOGIA 
 
 
 
Trabalho apresentado como exigência 
para nota de A2 da Dependência de 
Farmacologia do Curso de Enfermagem 
do Centro Universitário Nossa Senhora 
do Patrocínio – CEUNSP. 
Orientador(a) Professora: Cassia 
Helena de Souza. 
 
 
 
 
 
 
ITU - SP 
2019 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO 04 
2 INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA 05 
2.1 Históricos e Conceitos Básicos 05 
 2.1.1 Farmacocinética 05 
 2.1.2 Farmacodinâmica 05 
 2.1.3 Farmacoterapia 05 
 2.1.4 Farmacotécnica 05 
2.2 Campos da Farmacologia 06 
2.3 Efeito Placebo e Diferença entre Alopatia e Homeopatia 06 
 2.3.1 Alopatia 06 
 2.3.2 Homeopatia 06 
2.4 Atuação dos Fármacos 07 
 2.4.1 Absorção 07 
 2.4.2 Distribuição 07 
 2.4.3 Metabolização 07 
 2.4.4 Excreção 07 
2.5 Vias de Administração de Fármacos 08 
 2.5.1 Via Parenteral 08 
 2.5.2 Via Enteral 08 
2.6 Teoria de Ação das Drogas 09 
2.7 Interação Medicamentosa 09 
2.8 Estudo de Caso 10 
 2.8.1 Caso Clínico 1 10 
 2.8.2 Caso Clínico 2 10 
3 FÁRMACOS QUE ATUAM NOS SISTEMAS ORGÂNICOS 11 
3.1 Fármacos e o Sistema Nervoso Central 11 
 3.1.1 Alguns medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central 11 
3.2 Fármacos e o Sistema Cardiovascular 12 
3.3 Fármacos e o Sistema Respiratório 12 
 3.3.1 Mecanismo de Ação 13 
3.4 Fármacos e o Sistema Gastrointestinal 13 
3.5 Fármacos e o Sistema Urinário 14 
3.6 Interação Medicamentosa 15 
3.7 Antimicrobianos 15 
3.8 Antifúngicos 16 
3.9 Antiparasitários 16 
3.10 Anti-histamínicos 17 
3.11 Corticosteroides 17 
3.12 Anti-inflamatórios Esteroidais e AINES 18 
3.13 Estudo de Caso 18 
 3.13.1 Caso Clínico 1 18 
 3.13.2 Caso Clínico 2 18 
4 APLICAÇÕES CLÍNICAS SELECIONADAS 19 
4.1 Náuseas e Vômitos 19 
 4.1.1 Causas 20 
 4.1.2 Medicamentos 20 
 4.1.3 Antiemético 21 
4.2 Drogas Oftálmicas 21 
4.3 Hipertensão 21 
 4.3.1 Anti-Hipertensivos 22 
 4.3.2 Medicamentos Anti-Hipertensivos 22 
4.4 Diabetes 23 
 4.4.1 O que é Diabetes? 23 
 4.4.2 Sintomas da Diabetes 23 
 4.4.3 Medicamentos para Diabetes 24 
4.5 Reações Alérgicas 25 
 4.5.1 O que é Alergia? 25 
 4.5.2 Tipos de Alergia 26 
4.6 Enxaquecas 27 
 4.6.1 Tratamentos e Medicamentos 27 
4.7 Toxicologia Aplicada Fármacos, Drogas de Abuso, Plantas, 
Medicamentos e Alimentos 
28 
 4.7.1 Grupos Tóxicos 28 
4.8 Estudo de Caso 30 
 4.8.1 Caso Clínico 1 30 
 
 4.8.2 Caso Clínico 2 31 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 
REFERÊNCIAS 34 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Neste trabalho será apresentado sobre categorias de medicamentos, suas 
classes, efeitos, para que são indicados, e como é a atuação da enfermagem em 
alguns casos. 
Será observado como é a farmacodinâmica do medicamento, e 
farmacocinética, onde é descoberto onde age, e o percurso feito por ele. 
Na classe de anti-hipertensivo existem vários tipos de fármacos, como os beta 
bloqueadores, os antiarrítmicos, bloqueadores de canais de sódio e cálcio. 
Quando se fala de inflamação, é importante o enfermeiro estar por dentro do 
assunto, pois ele é responsável, por classificação e avaliação de inflamação, como 
por exemplo em uma ferida, após a avaliação saberá qual tipo de cobertura 
necessária, se possui processo inflamatório. 
 
 
5 
 
2 INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA 
2.1 Histórico e Conceitos Básicos 
A Farmacologia é o estudo dos fármacos como age no organismo, o 
mecanismo, a solubilidade, a solução, dentre outros. 
Fármaco é uma estrutura química. 
Medicamento, fármaco com propriedades benéficas. 
Droga: substância que modifica a função fisiologia com ou sem intenção 
benéfica. 
Remédio: substância animal, vegetal, mineral ou sintética, ou procedimentos 
como massagens, acupuntura. 
2.1.1 Farmacocinética 
É o destino que o medicamento faz no organismo, pode se dizer que ela 
conhece as etapas que o medicamento sofre, ou seja, desde a administração até a 
excreção, como por exemplo: absorção, distribuição, biotransformação e excreção. 
2.1.2 Farmacodinâmica 
 É o mecanismo de ação que o medicamento faz, ou seja, ele estuda os efeitos 
fisiológicos que os fármacos fazem no organismo, o seu mecanismo de ação de 
acordo com o seu efeito e concentração, dizendo que ela faz o estudo da droga no 
tecido. 
2.1.3 Farmacoterapia 
 Orientação sobre o uso dos medicamentos. 
2.1.4 Farmacotécnica 
 É a ordem de preparo, e conservação dos medicamentos, ou seja, os 
farmacêuticos junto com os princípios ativos para a fabricação de medicamentos, 
nessa área estuda-se o desenvolvimento de novos produtos e sua relação com o meio 
biológico, como por exemplo técnicas de manipulação, dose, formas farmacêuticas, 
interações físicas e químicas, entre os princípios ativos. 
 
6 
 
2.2 Campos da Farmacologia 
O profissional farmacêutico visa possuir o uso correto de medicamento de 
forma conjunta com a equipe multidisciplinar dos estabelecimentos de saúde, fazendo 
com que reduza o tempo de internação do paciente, levando o conforto e o bem-estar 
ao paciente enfermo. 
O profissional atua também na gestão da farmacoterapia, revisando aspectos 
relacionados à seleção, administração e resultados terapêuticos obtidos pelos 
medicamentos. Também educa e orienta o paciente quanto à condução do 
tratamento, além de poder fazer recomendações ao médico em ajustes durante o 
tratamento. 
Além de atuar em hospitais e ambulatórios, a farmacologia clínica também 
inclui farmácias comunitárias, clínicas privadas, unidades básicas de saúde e lares de 
longa permanência. Também podendo ser exercida em qualquer local que tenha 
usuários de medicamentos expostos ao risco e as consequências de seu uso. 
2.3 Efeito Placebo e diferença entre Alopatia e Homeopatia 
 O efeito placebo é tudo aquilo que é feito com intenção benéfica para aliviar o 
sofrimento e dor, como por exemplo, fármacos, medicamento, droga, remédio. 
2.3.1 Alopatia 
 É medicina tradicional, que consiste em utilizar medicamentos que vão produzir 
no organismo da doente reação contrária aos sintomas que ele apresenta, a fim de 
diminuí-los ou neutralizá-los. Por exemplo: se o paciente tem febre, o médico receita 
um remédio que faz baixar a temperatura. 
Os medicamentos alopáticos são produzidos nas indústrias, em larga escala, 
ou em farmácias de manipulação, de acordo com a prescrição médica, que é 
personalizada. 
2.3.2 Homeopatia 
É um método científico para tratamento e prevenção de doenças agudas e 
crônicas, no qual a cura se dá por meio de medicamentos não agressivos que 
estimulam o organismo a reagir, fortalecendo seus mecanismos de defesa naturais. 
 O medicamento homeopático é preparado mediante prescrição, em um 
7 
 
processo que consiste na diluição sucessiva da substância, devendo seguir todas as 
normas sanitárias e os cuidados para o seu uso, como qualquer outro medicamento. 
2.4 Atuação dos Fármacos 
 Divididos em formas de ação, como absorção, distribuição, metabolização e 
excreção. 
2.4.1 Absorção 
 Os fármacos precisam chegar à corrente sanguínea para que possa fazer 
efeito, e é através da absorção que acontece esse efeito através de via oral, cutânea, 
subcutânea, muscular, respiratória e retal. A forma mais comum de absorção é no 
intestino delgado. 
2.4.2 DistribuiçãoA distribuição é quando acontece a mudança do medicamento da corrente 
sanguínea para o tecido, o medicamento se liga a proteína transportadora para que 
dobre de tamanho e não circule pelos vasos capilares. 
2.4.3 Metabolização 
 Essa parte ocorre quando o fármaco é transformado em outra substância, e 
através da ação de enzimas o processo ocorre no fígado, rins, pulmões e tecidos 
nervosos. Essa fase acontece para que a substância seja eliminada logo após, pelo 
organismo. 
2.4.4 Excreção 
 Essa fase ocorre quando o fármaco já pode ser liberado pelo organismo. É a 
saída do medicamento por diversas vias, o mais comum é os rins eliminarem, mais 
podem ser excretadas pelos pulmões, fezes, lagrimas, suor, saliva e suco biliar. 
 
8 
 
2.5 Vias de Administração de Fármacos 
 As vias de administração são aquelas que o medicamento é passado. As vias 
de medicação ela é escolhida de acordo com a necessidade que o medicamento 
precisa ser absorvido. 
2.5.1 Via Parenteral 
 É dada à administração da droga por injeção, liberando-a diretamente no 
líquido tecidual ou no sangue, sem atravessar a mucosa intestinal. A ação é mais 
rápida e segura, não provocando irritação gástrica nem vômito. 
Divididas em Intramuscular (IM), deposita a medicação profundamente em 
tecidos musculares esqueléticos como o deltoide, o tríceps, glúteo máximo etc. A 
absorção é mais rápida por ser muito vascularizado, sendo menos dolorosa devido os 
músculos possuírem poucos nervos sensoriais. 
Intravenosa (IV): deve ser administrado lentamente durante várias horas em 
uma das veias superficiais e com monitorização das reações do paciente. O fármaco 
alcança diretamente a corrente sanguínea e os efeitos são produzidos imediatamente. 
Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo. Constitui a via mais 
perigosa e, os órgãos vitais, como o coração, o cérebro, etc., são expostos a altas 
concentrações da droga. 
Subcutânea (SC): A absorção é mais lenta, pois a droga é depositada no tecido 
subcutâneo que é menos vascularizado, mas ricamente suprido por nervos (por isso, 
as drogas irritantes não podem ser administradas por essa via). 
2.5.2 Via Enteral 
 Oral, mais seguro e econômico, por não ser invasiva, e na maioria das vezes 
indolor, é apresentada em forma sólida como cápsula, comprimido, drágeas, e as 
formulações liquidas como xaropes, elixires, emulsões. O ponto negativo dessa via é 
que pode haver reação a mucosa gástrica provocando náuseas e vômitos fazendo 
com que a absorção do medicamento seja interrompida. 
 Sublingual, são quando os medicamentos são colocados debaixo da língua, e 
são absorvidos por pequenos vasos sanguíneos, as drogas só podem ser 
9 
 
administradas por essa via se caso forem lipossolúveis e não irritantes, a absorção é 
rápida, e a principal função é omitir a passagem pelo fígado. 
 Retal, esse método é utilizado quando o paciente apresenta náuseas e vômitos 
ou inconsciente, sendo assim é uma absorção lenta, irregular, ela é administrada 
através de supositórios. 
2.6 Teoria de Ação das Drogas 
 O conceito original de receptor foi introduzido independentemente por Langley 
(1852-1926) e Ehrlich (1854-1915). Para Langley que estava interessado no sistema 
nervoso autônomo, “havia uma combinação química entre a droga e um constituinte 
da célula a substância receptora”. Ehrlich estava interessado em corantes celulares e 
na resposta imune contra bactérias e contra venenos de serpentes. Ele postulava que 
atividades específicas da célula poderiam ser intermediadas por “cadeias laterais” ou 
“receptores” ao qual o grupo haptofórico da droga ou toxina iria atacar e que a droga 
ou toxina também possuíam um grupo toxofílico. 
 Existem propriedades dos receptores, a sensibilidade 
Muitas drogas produzem efeitos marcantes em concentrações bastante baixas, ou em 
pequenas doses. A energia para a resposta não é suprida pela droga ou sua 
combinação com o receptor. 
 Seletividade são respostas envolvendo um dado tipo de receptor são somente 
elicitadas por uma pequena gama de substâncias químicas com grupos estruturais e 
propriedades elétricas semelhantes. Seletividade é maior com agonistas (drogas que 
produzem uma resposta) do que com antagonistas (drogas que bloqueiam respostas 
aos agonistas). 
 Especificidade é a resposta das células a qualquer dado tipo de agonista agindo 
no mesmo conjunto de receptores é sempre a mesma, sendo determinada pelas 
propriedades das células. 
2.7 Interação Medicamentosa 
 A interação medicamentosa é um evento indesejado que pode ocorrer entre 
medicamentos, ou medicamento e alimento, ou medicamento e drogas. É necessário 
sempre perguntar ao médico se o medicamento prescrito possui alguma restrição, se 
10 
 
faz algum uso de medicação é necessário falar, assim será através disso que terá o 
sucesso ou não do tratamento. 
Quando dois ou mais medicamentos são usados em associação, eles podem 
agir de forma independente, sem que um interfira na ação do outro, mas também 
podem interagir entre si, com aumento ou diminuição do efeito terapêutico ou tóxico 
de um deles ou de ambos. Interações podem acontecer entre dois ou mais 
medicamentos, e pode existir interação de medicamentos com alguns alimentos e de 
medicamentos com bebidas alcoólicas. 
Outro dado interessante é que o leite pode prejudicar a absorção de alguns 
medicamentos. Um exemplo é a interação com antibióticos que se ligam às proteínas 
do leite e formam aglomerados do cálcio presente nesse alimento. Por isso, sempre 
orientamos a ingestão de quaisquer medicamentos com água. 
2.8 Estudo de Caso 
2.8.1 Caso Clínico 1 
Paciente A. C, 30 anos, dá entrada no hospital devido a uma infecção causada 
pelo Clamídia e foi receitado o TETRACICLINA VO, 6,625-12,5 mg/Kg de 6 em 6 
horas. Porém por ser uma droga que apresenta caráter ácido poderá causar grande 
ardência epigástrica e por isso é pedido que tome com leite, ou um antiácido. O seu 
pedido é negado, por quê? 
Resolução: A tetraciclina apresenta caráter ácido, assim o leite ou um antiácido é 
caráter básico. Dessa forma haverá uma interação, ocorrendo uma ionização da 
Tetraciclina diminuindo a sua absorção, pois os medicamentos são absorvidos na sua 
forma não ionizadas, além da formação de compostos insolúveis (quelatos). O Uso do 
leite pode ser permitido apenas entre 1-3 horas após a sua administração e o antiácido 
deve ser evitado. 
 2.8.2 Caso Clínico 2 
 Paciente J.P, 36 anos dá entrada ao hospital devido a uma infecção bactericida 
causada pela mycobacterium leprae (Hanseníase), e lhe é receitado DAPSONA VO, 
100 mg/dia + 600 mg/dia de RIFAMICINA, durante 2 anos (recomendado também o 
uso da DAPSONA durante 10 anos). Devido a intensidade do medicamento é 
recomendado que a administre o medicamento com alimentos. Por quê? 
11 
 
Resolução: o pH gástrico é de suma importância na absorção do medicamento, com 
a refeição á uma alteração (aumento) desse pH favorecendo o medicamento de 
caráter básico. Alimentos como leite, além de melhorar a tolerância aos fármacos, 
favorece a absorção básicos pois não permite ou diminui a sua ionização. 
3 FÁRMACOS QUE ATUAM NOS SISTEMAS ORGÂNICOS 
3.1 Fármacos e o Sistema Nervoso Central 
Esses medicamentos que atuam no sistema nervoso central tem um grande 
valor terapêutico. Podendo trazer resolutividade para problemas fisiológicos e 
psicológicos, como alívio de dor, redução de temperatura, inibição do vômito e apetite. 
Alguns medicamentos podem ser usados para tratar a ansiedade, depressão, 
mania, sem alterar estado de consciência do cliente. Mas causam dependência física 
e efeitos colaterais. 
Em primeiro lugar, é evidenteque quase todos os fármacos com efeitos sobre 
o SNC atuam em receptores específicos, que modula a transmissão sinápticas, 
embora alguns agentes, como anestésicos gerais e ao álcool, possam exercer ações 
inespecíficas nas membranas, até mesmo essas ações não medidas por receptores 
resultam em alterações demonstráveis na transmissão sináptica. (KATZUNG, 2017). 
 Praticamente todos os fármacos que atuam no SNC produzem seus efeitos ao 
modificar algumas etapas da transmissão sináptica química. Essas ações 
dependentes do transmissor podem ser divididas em categorias pré-sinápticas e pós-
sinápticas. (HEINECK, 2006). 
 Os fármacos que atuam na síntese, no armazenamento, no metabolismo e na 
liberação de neurotransmissor estão incluídos na categoria pré-sináptica. A 
transmissão sináptica pode ser deprimida pelo bloqueio da síntese ou pelo 
armazenamento transmissor. 
3.1.1 Alguns Medicamentos que agem no SNC 
 
 Anfetaminas e derivados, são fármacos usados para tratamento de obesidade, 
pois é inibidora de apetite, e provocam dependência química, em alguns casos são 
usados em rebites, pois é estimulante. 
12 
 
 Metilxantinas e derivados, são fármacos derivados de cafeína, teofilina, 
encontrados em alguns alimentos, como café, chocolate, e são absorvidos 
rapidamente pelo organismo. São grupos de medicamentos antagonistas. 
 Estimulantes Bulbares, são medicamentos que atuam no bulbo, normalmente 
relacionado a sistema respiratório, elevando a ventilação pulmonar. 
 Estimulantes Medulares, são medicamentos que atuam na medula espinhal, 
um deles é a estricnina que age de forma indireta, inibindo a neurotransmissão, 
aumentando a atividade neuronal, aumentando a atividade neuronal em todo SNC. 
Além disso, em doses elevadas, a estricnina é também um inibidor da liberação do 
GABA, que é um dos principais neurotransmissores inibitórios do SNC. 
 
3.2 Fármacos e o Sistema Cardiovascular 
 
 O sistema cardiovascular é composto por coração e vasos sanguíneos, que 
distribuem sangue para todo o corpo e tecido. Assim os medicamentos possuem 
grande importância em tudo. Existem algumas patologias, um exemplo é hipertensão 
que consiste no aumento da Pressão Arterial, aumentando o risco de acidentes 
vasculares cerebrais, coronariopatias e insuficiência renal, além de ser o maior 
causador de morte. 
 Os medicamentos da classe anti-hipertensiva, são os simpatolíticos, inibidores 
do SRA, vasodilatadores, diuréticos, cardiotônicos e antiarrítmicos. 
 Existem assim tratamentos não farmacológicos, como reeducação alimentar, 
diminuir ingesta de sódio, realizar atividade física. 
 
3.3 Fármacos e o Sistema Respiratório 
 
 O sistema respiratório é composto por fossas nasais, boca, faringe, laringe, 
traqueia, laringe, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. 
 Descongestionante, atuam como vasoconstrição nas mucosas nasais e assim 
escoamento das secreções nasais, as quais, causadas por patologias do sistema 
respiratório, quando ocorrem, causam uma vasodilatação nasal e hiper secreção da 
mucosa. Exemplos: nafazolina, cloreto de benzalcônio, oximetazolina, cloreto de 
sódio. 
13 
 
 Mucoliticos ou expectorantes atuam facilitando a expectoração do muco 
(secreções respiratórias), por alterações físicos- químicas. - Quebra/lise de ligações 
das cadeias peptídicas das proteínas que constituem o muco, assim sendo liberado 
com mais facilidade o muco, por ser menos viscoso e facilitando a eliminação. - 
Auxiliam o sistema mucociliar. Exemplos de fármacos expectorantes: Acetilcisteina, 
Clor. De ambroxol, Carbocisteína. 
Antitussígenos ou Sedativos Da Tosse, os opioides eles atuam no centro da tosse, no 
sistema nervoso central. Exemplos: codeína Ação: alívio da tosse Efeitos adversos: 
descoordenação motora, anestesia parcial. Uso: na tosse não produtiva. 
 Os não opioides atuam nos brônquios, diminuindo a tosse. Exemplos: 
clobutinol, dropropizina. Ação: alívio da tosse Uso: na tosse não produtiva. 
 Os broncodilatadores atuam promovendo dilatação dos brônquios, através do 
relaxamento da musculatura brônquica, assim com dilatação das vias aéreas, ocorre 
melhora nas funções respiratórias. Usos: crise asmática, bronquite, enfisema 
pulmonar e DPOC. Administração: oral e E.V em casos de emergência 
 
 3.3.1 Mecanismo de Ação 
 
B2 agonista – broncodilatadores, atuam abrindo canais de potássio; são de 
longa duração. Ex. de fármacos: formoterol, salbutamol, terbutalina, fenoterol, 
brometo de ipratropio e bambuterol (24 horas de ação). XANTINAS- broncodilatador, 
com efeito inferior aos agonistas, porém muito usada. 
 
3.4 Fármacos e o Sistema Gastrointestinal 
 
 O sistema digestivo, que se estende da boca ao ânus, é responsável por 
receber os alimentos, decompô-los em nutrientes (um processo chamado digestão), 
absorver os nutrientes e liberá-los na corrente sanguínea, além de eliminar do corpo 
as partes não digeríveis dos alimentos. O trato digestivo é composto por boca, 
garganta e esôfago, estomago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Além 
de incluir também pâncreas, fígado e vesícula biliar. 
O sistema digestivo às vezes é chamado de sistema gastrointestinal, mas 
nenhum nome descreve totalmente as funções ou componentes do sistema. Os 
órgãos do sistema digestivo também produzem fatores de coagulação sanguínea e 
14 
 
hormônios não relacionados à digestão, ajudam a remover as substâncias tóxicas 
do sangue e alteram quimicamente (metabolizam) os medicamentos. 
A Secreção de ácido gástrico, complexo e controlado por fatores, neuronais, 
parácrinos e endócrinos. 
 Os fármacos que atuam são os antiácidos, antieméticos, antiobesidade, 
gastrocinéticos, inibidores de bomba de protões, e laxantes. 
 
3.5 Fármacos e o Sistema Urinário 
 
 A formação da urina é uma das fases mais importantes tendo a excreção 
renal, filtração, reabsorção, secreção. 
 Os rins funcionam com néfrons que são pequenos filtros designados de 
glomérulos, que filtram o sangue um líquido composto por água, sais e materiais 
residuais. 
 As proteínas e os glóbulos vermelhos permanecem no sangue. O líquido 
filtrado é transportado por pequenos glomérulos. 
 Então as células tubulares as quais levam sais como sódio, magnésio e água 
voltam para o sangue e o que permanece é excretado pela urina. 
 Os medicamentos consistem em diuréticos que atuam nos rins provocando o 
aumento da eliminação de água e sais minerais, reduzindo assim líquidos retidos no 
organismo. São classificados em diuréticos de alça, diuréticos tiazídicos, diuréticos 
poupadores de potássio e diuréticos osmóticos. 
 Os diuréticos de alça, agem na alça de Henle e são os mais potentes do grupo, 
sendo Furosemida, Bumetanida. São indicados para tratamentos de hipertensão 
associadas a outro medicamento, edema pulmonar, edema relacionado a insuficiência 
cardíaca, cirrose hepática, doença renal e edema devido a queimaduras. 
 Diuréticos Tiazídicos são medicamentos que agem no túbulo contorcido distal, 
os medicamentos são o hidroclorotiazida, clortalidona e são indicados para edemas 
associados a insuficiência cardíaca, cirrose hepática e doença renal e hipertensão. 
 Diuréticos poupadores de potássio, são medicamentos que agem no túbulo 
distal, terminal e no ducto coletor que são as principais locais de excreção de potássio. 
Exemplo espirolactona e amilorida. 
 Diuréticos Osmóticos são medicamentos que agem no túbulo proximal, e na 
alça de Henle. São agentes livremente filtrado no glomérulo e atuam como solutos 
15 
 
não reabsorvidos. Exemplo manitol. Indicado para cirurgia cardíaca aberta vascular, 
hipertensão ocular, edema cerebral e Insuficiência Renal Aguda.3.6 Interação Medicamentosa 
 
Um evento clínico que pode ocorrer entre medicamento-medicamento, 
medicamento-alimento ou medicamento-drogas (álcool, cigarro e drogas ilícitas). 
Caracteriza-se pela interferência de um medicamento, alimento, ou droga na 
absorção, ação ou eliminação de outro medicamento. Por isso quando você receber 
uma nova receita deve informar ao profissional de saúde se já está utilizando algum 
outro medicamento, pois um pode interferir nos efeitos do outro, tanto aumentando 
quanto diminuindo-os. 
Os antiácidos são exemplos de medicamentos que interagem com diversos 
outros, podendo alterar as taxas de dissolução e absorção de medicamentos como os 
hormônios tireoidianos, antifúngicos imidazóis, antibióticos como a tetraciclina e os 
anti-inflamatórios como a aspirina, diclofenaco e ibuprofeno. 
Anticoagulantes, como a varfarina, podem apresentar um risco maior de causar 
hemorragia se utilizados com alguns anti-inflamatórios. Vale ressaltar, que no caso da 
varfarina é indispensável o acompanhamento de um profissional de saúde para avaliar 
e monitorar o risco do uso combinado a outros medicamentos e alimentos. 
3.7 Antimicrobianos 
Os antimicrobianos são substâncias naturais (antibióticos) ou sintéticas 
(quimioterápicos) que agem sobre microorganismos inibindo o seu crescimento ou 
causando a sua destruição (SÁEZ-LLORENS, 2000). Dos tipos de antimicrobianos os 
antibióticos são as classes de medicamentos mais utilizados e mais prescritos tanto 
para uso intra-hospitalar quanto para a automedicação. Podem ser classificados como 
bactericidas, quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando 
promovem a inibição do crescimento microbiano (WALSH, 2003). 
Os antibióticos foram inicialmente definidos como substâncias químicas 
sintetizadas por várias espécies de microrganismos, vegetais e animais, que dificultam 
o crescimento de outros. O advento da indústria farmacêutica facilitou a produção de 
16 
 
antibióticos de origem semi-sintética e sintética. Eles são diferentes um dos outros 
quanto às propriedades químicas, seus espectros e mecanismos de ação e são 
classificados quimicamente como: derivados de aminoácidos, de açúcares, de 
acetatos, propionatos, entre outros (TAVARES, 1990). 
3.8 Antifúngicos 
 Um antifúngico ou antimicótico é uma medicação fungicida, utilizado para tratar 
e prevenir micoses como pé de atleta, dermatofitoses, candidíase, infecções 
sistêmicas como meningite. Tais drogas são obtidas normalmente através de 
prescrição médica, mas algumas estão disponíveis como medicamentos de venda 
livre. 
Um polieno é uma molécula com diversas ligações duplas conjugadas. Um 
antifúngico poliênico é um polieno macrocíclico com uma região altamente hidroxilada 
no anel oposto ao sistema conjugado. Isso faz dos antifúngicos poliénicos anfifílicos. 
Os agentes poliênicos ligam-se a esteróis na membrana celular de fungos, 
principalmente ao ergosterol. Isso muda a temperatura de transição (Tg) da 
membrana, deixando-a em um estado menos fluido, mas cristalino. Certos conteúdo 
da célula, como íons (K+, Na+, H+, e Cl−), e pequenas moléculas orgânicas fluem 
livremente em relação ao meio externo, sendo esse o meio primário de morte celular. 
 As células animais contém colesterol no lugar de ergosterol, sendo bem menos 
susceptíveis aos efeitos. Contudo, mesmo em doses terapêuticas, algumas moléculas 
de anfotericina B, por exemplo, podem ligar-se ao colesterol de membrana, 
aumentando o risco de toxicidade. A anfotericina B é nefrotóxica quando 
administrada intravenosamente. 
Anfotericina B, Candicidina, Hamicina, Natamicna, Nistatina, Rimocidina. 
 
3.9 Antiparasitários 
 A função dos antiparasitários é reduzir ou eliminar o número de ovos nas fezes 
animais, eliminar os helmintos, promover a migração dos vermes dentro do 
hospedeiro para órgãos onde possam ser destruídos por fagocitose. 
 O Benzimidazol é medicamento altamente eficaz contra ascaríase, 
enterobíase, infeções únicas ou mistas. Sendo contra larvas e vermes adultos. 
17 
 
 Inibe a captação de glicose produzindo redução na formação de ATP 
(Adenosina tri-fosfato) necessário para a sobrevivência e reprodução, ocasionando 
paralisia e morte do verme. Apresenta como toxicidade: anorexia, náuseas, vômito, 
dor abdominal, diarreia, alucinações, convulsões, embriotoxicidade e 
teratogenicidade. 
Outros antiparasitários são: Piperazina, Flubendazol, Cambendazol, 
Tiabendazol, Albendazol e Mebendazol. 
3.10 Anti-histamínicos 
 
 Os anti-histamínicos, também conhecidos como anti-alérgicos, são remédios 
utilizados para tratar reações alérgicas, como urticária, coriza, rinite alergia ou 
conjuntivite, por exemplo, reduzindo os sintomas de coceira, inchaço, vermelhidão ou 
corrimento nasal. 
São classificados em: 
Clássicos ou de Primeira geração: foram os primeiros a ser introduzidos no 
mercado e têm mais efeitos colaterais, como sonolência acentuada, sedação, fadiga, 
alterações nas funções cognitivas e na memória, porque atravessam o sistema 
nervoso central. Além disso, são também mais difíceis de eliminar e, por estas razões 
devem ser evitados. 
Exemplos destes remédios são a Hidroxizina e a Clemastina; 
Não clássicos ou de Segunda geração: são medicamentos que têm maior 
afinidade para os receptores periféricos, penetram em menor quantidade no sistema 
nervoso central e são eliminados mais rapidamente, apresentando, por isso, menos 
efeitos colaterais. 
Exemplos destes remédios são a cetirizina, desloratadina ou bilastina. 
 
3.11 Corticosteroides 
Os corticoides, também conhecidos como corticosteroides ou cortisona, são 
hormônios produzidos pelas glândulas suprarrenais que possuem uma potente ação 
anti-inflamatória, sendo, por isso, muito utilizados no tratamento de problemas 
crônicos como asma, alergias, artrite reumatoide, lúpus, casos de transplante de rim 
ou problemas dermatológicos, por exemplo. 
18 
 
Existem corticoides tópicos, spray nasal, orais, injetáveis, inalatórios e em 
forma de colírios. 
3.12 Anti-inflamatórios esteroidais e AINES. 
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES): São chamados não esteroidais pois 
não são análogos dos esteroides produzidos pelo organismo, diferente dos anti-
inflamatórios esteroidais. Anti-inflamatórios esteroidais, corticoides ou 
corticosteroides: 
Os anti-inflamatórios esteroidais ou chamados corticosteroide são análogos 
sintéticos dos glicocorticoides e mineralocorticoides naturais. Estes são produzidos e 
secretados pelo córtex da suprarrenal a partir do colesterol e constituem compostos 
de 21 átomos de carbono com um núcleo pentano peridrofenantreno (esteroide). 
Diversas ações fisiológicas são mediadas pelos corticosteroides no organismo e como 
os anti-inflamatórios esteroidais são análogos pode-se observar influência em 
diversos processos fisiológicos durante a terapia com os corticosteroides sintéticos, 
tais como influências no metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas, equilíbrio 
hidroeletrolítico, sistema cardiovascular e nervoso. 
3.13 Estudo de Caso 
3.13.1 Caso Clínico 1 
J.A.B, Hipertensa há 20 anos, sob uso regular de 3 drogas; tuberculose 
pulmonar aos 26 anos, angina estável há 10 anos, em tratamento clínico. Sem história 
de tabagismo ou comprometimento de outros sistemas orgânicos como edema nos 
MMII, Teste de Cacifo 4+/4+. Relatava informação de processo infeccioso de vias 
aéreas superiores há 1 mês, quando fez uso de ampicilina por 10 dias. Qual o 
medicamento indicado para J.A.B? 
Resolução: o medicamento mais indicado, é o diurético Furosemida associado 
com algum medicamento anti-hipertensivo, paraque seja feita e eliminação de água 
e sais diminuindo a retenção de líquidos e edema. 
3.13.2 Caso Clínico 2 
Paciente refere que aproximadamente há duas semanas começou com tosse, 
de início seca, mas que logo foi acompanhada por expectoração amarelada. A tosse 
19 
 
não tinha horário preferencial, vinha na forma de “ataques” principalmente após a 
respiração profunda e melhorava quando ele chupava balas de hortelã. No início do 
quadro também sentiu dor em pontada, localizada na base do pulmão direito, de fraca 
intensidade, que também piorava com a inspiração. Acompanhava o quadro sensação 
de mal-estar generalizado e calafrios, o que o obrigou a ficar de cama por pelo menos 
três dias. Iniciou então “tratamento” com dipirona gotas quatro vezes ao dia, tendo 
melhorado dos calafrios e da dor torácica. Contudo, a tosse persistiu e há quatro dias 
notou manchas de sangue no meio do catarro expectorado. Há três dias apresentou 
uma crise de tosse muita intensa, que durou uns dez minutos, tendo expectorado 
volume grande de secreção amareloesverdeada e de cheiro pútrido. Nessa ocasião 
ouviu chiado no peito e sentiu sensação de falta de ar “angustiosa”, mas agora não 
tem mais esses sintomas. No momento ainda com tosse produtiva, com expectoração 
esverdeada, às vezes com laivos de sangue. Estima que o volume de expectoração 
chegue a encher pouco mais de meio copo americano ao dia. Acredita que perdeu 
peso desde o início da doença, mas não sabe quantificar um valor. 
a- Qual possível diagnóstico? 
b- Quais os medicamentos seriam indicados para esse diagnóstico? 
Resolução: o possível diagnóstico DPOC. Os medicamentos indicados seriam os 
broncodilatadores sendo o Fenoterol e brometo de Ipratrópio. 
4 APLICAÇÕES CLÍNICAS SELECIONADAS 
4.1 Náuseas e Vômitos 
A náusea e o vômito são sintomas bem comuns que podem ser causados por 
diversos fatores, eles são reflexos incontroláveis que expele conteúdos do estomago 
para boca. A náusea é um termo usado para descrever a sensação de vomitar, não 
significa que você vá vomitar. 
Normalmente o vômito é inofensivo, mas pode ser um sinal de uma doença 
mais grave. Alguns exemplos de doenças graves que podem resultar em náusea ou 
vômito incluem infarto agudo do miocárdio, contusões, meningite, obstrução 
intestinal, apendicite e tumores cerebrais. 
 
20 
 
4.1.1 Causas 
Certos cheiros trazem a sensação de náusea e esta reação pode estar 
exacerbada durante o primeiro trimestre da gravidez, embora também possa ocorrer 
em pessoas que não estão grávidas. A náusea que é induzida pela gravidez 
geralmente desaparece no segundo trimestre. 
4.1.2 Medicamentos 
Por ser um problema acarretado por diversos fatores, existem diversos 
medicamentos para que possa realizar o tratamento, pois varia muito do problema. 
Portanto apenas o especialista saberá qual o medicamento correto, bem como a 
dosagem, e a duração do tratamento. Segue abaixo uma lista de medicamentos que 
são disponibilizados. 
• Amplictil; 
• Bromoprida; 
• Buscopan; 
• Buscopan Composto; 
• Cinarizina; 
• Clonazepam; 
• Digesam; 
• Domperidona; 
• Dramin; 
• Dramin B6; 
• Dramin B6 DL; 
• Digestil; 
• Engov; 
• Epocler; 
• Fenergan; 
• Haldol; 
• Haloperidol; 
• Hixizine; 
• Miclin; 
• Metoclopramida; 
21 
 
• Rivotril. 
4.1.3 Antiemético 
Os antieméticos compõem uma classe de fármacos que apresentam como 
principal característica o alívio dos sintomas associados ao enjoo, náuseas e vômitos 
(êmese). 
 A êmese prolongada leva à exaustão, desidratação, hiponatremia, 
hipocloremia e, quando severa, até mesmo alcalose, devido à perda exacerbada 
do ácido clorídrico gástrico. Nesses casos, faz-se necessário o uso de antieméticos, 
que podem agir tanto localmente, diminuindo a irritação gástrica, como no sistema 
nervoso central (SNC). 
4.2 Drogas Oftálmicas 
As doenças oculares são problemas oftalmológicos provocados por inúmeros 
motivos, desde causas genéticas, estilo de vida, higiene. Algumas coisas podem 
provocar baixa visão como também a cegueira. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde 285 milhões de pessoas no mundo 
possuem visão prejudicada, sendo que cerca de 60-80% dos casos poderiam ser 
evitados. No Brasil é mais ou menos 35 milhões com algum grau de dificuldade visual. 
Por se tratar de um sentido muito importante para a vivência, e além de ser alto 
complexidade pois a visão processa cerca de 85% de informações cerebrais. 
Algumas doenças são: catarata, glaucoma, conjuntivite, retinopatia diabética, 
degeneração macular relacionada a idade, erros de refração (miopia, hipermetropia, 
astigmatismo, presbiopia, ou vista cansada). 
As drogas são chamadas de drogas ciclopégicos ou midriáticos, eles são de 
uso criteriosos. Os medicamentos são: Ciclopentaloto, fenilefrina, Homatropina, 
Sulfato de Atropina, Tropicamida. 
4.3 Hipertensão 
A hipertensão arterial é considerada um dos maiores fatores de risco para desenvolver 
doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, a doença é dada pelo aumento da 
pressão arterial sistólica, sendo 135mmHg, e a pressão arterial diastólica de 85 
22 
 
mmHg, os limites não devem ultrapassar os valores citados, pois assim apresentará 
riscos. Os estudos comprovam que é uma doença causado por diversos fatores, 
causando alterações em vasos sanguíneos e tecidos (Ministério da Saúde, 2011). 
 As doenças cardiovasculares são infarto, Acidente Vascular Encefálico, 
aneurisma, doença renal crônica. 
 Ela é conhecida popularmente como pressão alta, pois aumenta o nível de 
pressão nas artérias, fazendo que o coração tenha que exercer uma força maior do 
que o normal, para mandar sangue em outros tecidos (BRASIL, 2019). 
4.3.1 Anti-hipertensivos 
A ação dos anti-hipertensivos ocorre por seus efeitos sob a resistência 
periférica e/ou débito cardíaco, ou seja, há aqueles que inibem a contratilidade (força 
extrema do músculo) do miocárdio ou reduzem a pressão do ventrículo do coração.
 O mecanismo de ação dos anti-hipertensivos irá depender da classe à qual 
pertencem. 
Diuréticos: Aumentam o volume e o grau do fluxo da urina. 
Bloqueadores beta adrenérgicos: Antagonizam os receptores beta da 
noradrenalina. 
Bloqueadores do canal de cálcio: São capazes de reduzir a excitabilidade cardíaca 
e a frequência, promovendo o relaxamento da musculatura lisa arterial e redução da 
resistência vascular periférica. 
Vasodilatadores: Produzem vasodilatação e reduzem a resistência periférica. 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina II: Atuam bloqueando a 
produção de angiotensina II que é um vasoconstritor. 
 4.3.2 Medicamentos Anti-hipertensivo 
Alguns dos medicamentos disponibilizados pelo SUS são: furosemida, 
hidroclorotiazida, espirolactona, metildopa, enalapril, captopril, losartana, proponolol 
entre outros (BRASIL, 2019). 
 
23 
 
4.4 Diabetes 
 4.4.1 O que é Diabetes? 
 Segundo o Ministério da Saúde, a diabetes é uma doença causada pela 
insuficiência ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e 
garante energia no organismo. 
 A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose, 
transformando-as em energia para a manutenção das células do organismo. A 
diabetes alta pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos e 
nos nervos. Em casos graves a diabetes pode levar a cegueira, e à morte. A melhor 
forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma 
alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas. 
 Existem dois tipos de diabetes a 1 e 2, a 1 geralmente acontece na infância 
ouna adolescência mais em adultos também pode ser diagnosticado, por exemplos 
familiares que possui membros que tem diabetes na família deverá realizar exames 
sempre. Dependendo da gravidade poderá ser controlada com atividades físicas e 
alimentação regulada, mas senão houver soluções é necessário o uso de alguns 
medicamentos como a insulina. 
 A diabetes tipo 2, ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a 
insulina do corpo, normalmente em adultos e está diretamente relacionada com 
sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos, hipertensão e hábitos alimentares 
inadequados. 
 4.4.2 Sintomas da diabetes. 
• Fome frequente; 
• Sede constante; 
• Vontade de urinar diversas vezes ao dia; 
• Perda de peso; 
• Fraqueza; 
• Fadiga; 
• Mudanças de humor; 
• Náusea e vômito. 
24 
 
4.4.3 Medicamentos para Diabetes 
Título: Medicamentos para Diabetes Tipo 1 
Tipos de 
insulina 
Nomes 
genéricos 
Como é utilizada 
Insulina de 
ação 
rápida 
Regular, 
Asparte, 
Lispro, 
Glulisina 
Normalmente é usada antes das refeições ou 
logo após comer para manter os níveis de 
glicose regulados após a alimentação, 
impedindo que a glicose se acumule no sangue. 
Insulina 
lenta 
NPH, Detemir, 
Glargina 
Geralmente é utilizada apenas de 1 a 2 vezes 
por dia, pois a sua ação dura de 12 a 24 horas, 
chegando alguma a atingir 30 horas, mantendo 
os níveis de açúcar estáveis durante todo o dia. 
Fonte: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-tipo-2/006-Diretrizes-SBD-
Medicamentos-Orais-pg48.pdf 
 Título: Medicamentos para Diabetes tipo 2 
Lista de 
medicamentos 
Classe 
terapêutica 
Como funciona Efeitos 
colaterais 
mais comuns 
Metformina Biguanidas Diminui a produção 
de glicose pelo 
fígado, melhora a 
utilização de glicose 
pelo corpo 
Enjoo e diarreia 
Glibenclamida, 
Glimepirida, 
Glipizida, 
Gliclazida 
Sulfonilureias Estimula e 
aumenta a produção 
de insulina pelo 
pâncreas 
Hipoglicemia, 
ganho de peso 
Acarbose, 
Miglitol 
Inibidores da alfa-
glicosidase 
Diminui a absorção 
da glicose dos 
alimentos pelo 
intestino 
Aumento de 
gases 
intestinais, 
diarreia 
Rosiglitazona, 
Pioglitazona 
Tiazolidinedionas Melhora a utilização 
da glicose pelo 
corpo 
Aumento de 
peso, inchaço, 
piora da 
insuficiência 
cardíaca 
25 
 
Exenatida, 
Liraglutida 
Agonistas do 
GLP-1 
Aumenta a liberação 
de insulina, diminui 
a glicose, aumenta 
a saciedade 
e facilita o 
emagrecimento 
Náuseas, 
diminuição do 
apetite 
Saxagliptina, 
Sitagliptina, 
Linagliptina 
Inibidores da 
DPP-4 
Diminui a glicose 
após as refeições, 
aumentando a 
produção de 
insulina 
Náuseas 
Dapagliflozina, 
Empagliflozina, 
Canagliflozina 
Inibidor da 
SGLT2 
Aumenta a 
eliminação de 
glicose pela urina e 
facilita o 
emagrecimento 
Maior risco de 
infecção 
urinária 
Fonte: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-tipo-2/006-Diretrizes-SBD-
Medicamentos-Orais-pg48.pdf 
 4.5 Reações Alérgicas 
 4.5.1 O que é Alergia? 
 Alergia ou reação de hipersensibilidade, é uma resposta exagerada do sistema 
imunológico após a exposição a uma série de agentes, em indivíduos predispostos 
geneticamente. 
A herança genética é a base para se ter alergia, entretanto ela só será 
desencadeada com a exposição a fatores ambientais. Pode acometer indivíduos em 
qualquer faixa etária, sendo atualmente considerada um problema de saúde pública 
por acometer cerca de 10% a 20% da população mundial, comprometendo de forma 
significativa a qualidade de vida de adultos e crianças. 
A gravidade das alergias varia de pessoa para pessoa e pode causar desde 
uma irritação menor a anafilaxia - uma emergência potencialmente fatal. Embora a 
maioria das alergias não possa ser curada, os tratamentos podem ajudar a aliviar os 
sintomas da alergia. 
 
 
26 
 
4.5.2 Tipos de Alergia 
As alergias respiratórias são doenças inflamatórias crônicas que acometem as 
vias respiratórias, sendo a asma e a rinite alérgica as doenças mais comuns. 
Asma: A asma se manifesta clinicamente por crises de falta de ar ou cansaço, 
chiado no peito e sensação de aperto no peito, geralmente acompanhada de tosse. 
Cerca de 80% dos pacientes que tem asma, apresentam também rinite. 
Os principais fatores desencadeantes das crises de asma são: a exposição aos 
alérgenos inalantes como ácaros da poeira de casa, fungos (mofo), pelos de animais, 
baratas, pólens e fatores irritantes 
As doenças alérgicas de pele, também atingem indivíduos que tenham 
tendência hereditária (genética). As principais manifestações são: dermatite atópica, 
dermatite de contato, urticária, angioedema e estrófulo (alergia a picadas de 
mosquitos e pulgas). 
A maioria dos casos de reações adversas aos alimentos são de origem não 
alérgica, como é o caso das reações tóxicas (diarreia após ingestão de alimentos com 
toxinas bacterianas) e as intolerâncias alimentares (por dificuldade de digestão do 
alimento, como nos casos de intolerância a lactose). Em se tratando de alergia 
alimentar, é necessário o envolvimento do sistema imunológico que responde de 
forma exagerada e anormal contra constituintes dos alimentos independentemente da 
quantidade ingerida, e constituem ainda um grande desafio quanto ao diagnóstico e 
tratamento. 
As principais manifestações de alergia alimentar são: dermatológicas (urticária, 
angioedema, dermatite atópica), gastrointestinais (vômitos e diarreia) e anafilaxia. 
Reação adversa a medicamento segundo a Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA) é qualquer efeito nocivo, não intencional e indesejado de uma 
droga, observado nas doses terapêuticas habituais em seres humanos para fins 
terapêuticos, profiláticos ou diagnósticos. As reações adversas a medicamentos 
classificam-se em previsíveis e imprevisíveis. 
A alergia medicamentosa ocorre quando há envolvimento do sistema 
imunológico, que interpreta o medicamento como uma substância que causará algum 
27 
 
dano ao corpo e o ataca. Na primeira vez que isso ocorre, um anticorpo específico é 
acionado, a partir da segunda exposição haverá uma manifestação clínica. 
A conjuntivite alérgica é causada por reação de hipersensibilidade tipo I e 
relaciona-se intimamente com exposição direta ao alérgeno. É a forma mais comum 
de alergia ocular. 
4.6 Enxaquecas 
 A enxaqueca, é dos tipos de cefaleias, popularmente conhecida como dores de 
cabeça. 
 Cerca de 15% da população apresenta enxaqueca, e a idade em que mais 
ocorre é dos 20 aos 40 anos, as mulheres são as principais vítimas normalmente a 
dor é localizada em um lado da cabeça, mais pode ser bilateral e a dor por variar de 
4 a 72 horas. Os fatores mais comuns que podem influenciar a enxaqueca, alimentos 
e bebidas, estresse e fatores emocionais, menstruação e fatores hormonais. 
 4.6.1 Tratamentos e Medicamentos 
O tratamento é feito através da prescrição médica que após uma consulta ele 
saberá qual o melhor medicamento a ser tomado. 
 Analgésicos ou anti-inflamatórios, como o paracetamol, ibuprofeno ou aspirina, 
que ajudam a aliviar a dor em algumas pessoas; 
• Triptanos, como o Zomig, Naramig ou Sumax, que causam constrição 
dos vasos sanguíneos e bloqueiam a dor; 
• Ergotamina, presente em medicamentos como o Cefaliv ou Cefalium, por 
exemplo, que são menos eficazes que os triptanos; 
• Antieméticos, como a metoclopramida por exemplo, que são usados 
para a náusea causada pela enxaqueca e geralmente são combinados com 
outros medicamentos; 
• Opioides, como a codeína, que são geralmente usados em pessoas que 
não podem tomar triptanos ou ergotamina;• Corticoides, como a prednisona ou a dexametasona, que podem ser 
usados em combinação com outros medicamentos. 
 
28 
 
4.7 Toxicologia aplicada à fármacos, drogas de abuso, plantas medicinais e 
alimentos 
Conjunto de efeitos nocivos representados por manifestações clínicas ou 
laboratoriais que revelam o desequilíbrio orgânico produzido pela interação de um ou 
mais agentes tóxicos com o sistema biológico. 
4.7.1 Grupos Tóxicos 
Medicamento – Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com 
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. É uma forma 
farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com 
adjuvantes farmacotécnicos. Incluem-se os medicamentos fitoterápicos e os 
medicamentos homeopáticos. Excluem-se os chás e as ervas medicinais. 
 Agrotóxico agrícola – São os produtos e os agentes de processos físicos, 
químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no 
armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção 
de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de 
ambientes urbanos, 21 hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição 
da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos 
considerados nocivos. Podem ser encontrados na seguinte classificação: acaricidas, 
desfolhantes, estimuladores de crescimento, fumegantes, fungicidas, herbicidas, 
inibidores de crescimento, inseticidas, moluscicidas e nematicidas. 
 Agrotóxico de uso doméstico - São os produtos e os agentes de processos 
físicos, químicos ou biológicos, destinados à aplicação em domicílio e suas áreas 
comuns, em edifícios e ambientes afins para controle de insetos e outros animais 
incômodos e nocivos à saúde. Incluem-se produtos de tratamento para piolhos em 
humanos. 
Raticida são substâncias destinadas ao combate a ratos, camundongos e outros 
roedores, em domicílios, embarcações, recintos e lugares de uso público, contendo 
substâncias ativas, isoladas ou em associação, que não ofereçam risco à vida ou à 
saúde humana e dos animais úteis de sangue quente, quando aplicados em 
conformidade com as recomendações contidas em sua apresentação. 
29 
 
Produto de uso veterinário - Toda substância química, biológica, biotecnológica 
ou preparação manufaturada cuja administração seja aplicada de forma individual ou 
coletiva, direta ou misturada com os alimentos, destinada à prevenção, ao diagnóstico, 
à cura ou ao tratamento das doenças dos animais, incluindo os aditivos, suprimentos 
promotores, melhoradores da produção animal, medicamentos, vacinas, 
antissépticos, desinfetantes de uso ambiental ou equipamentos, pesticidas e todos os 
produtos que, utilizados nos animais ou no seu habitat, protejam, restaurem ou 
modifiquem suas funções orgânicas e fisiológicas, bem como os produtos destinados 
ao embelezamento dos animais. 
 Produto de uso domiciliar (saneantes domissanitários) - Substâncias ou 
preparações destinadas à higienização, desinfecção, desinfestação, desodorização, 
odorização, de ambientes domiciliares, coletivos e/ou públicos, para utilização por 
qualquer pessoa, para fins domésticos, para aplicação ou manipulação por pessoas 
ou entidades especializadas, para fins profissionais. Ex: Produtos para limpeza 
doméstica (detergente, desinfetantes, alvejantes, álcool, querosene, e etc.), gás de 
cozinha, produtos para reparos domésticos (colas, tintas, solventes, e etc.), material 
de uso escolar (corretivos, tintas de uso escolar, massa de modelar, giz de cera e etc.) 
e brinquedos. 
Cosmético/Higiene pessoal - Produtos para uso externo, destinados à proteção 
ou ao embelezamento das diferentes partes do corpo, tais como pós-faciais, talcos, 
cremes de beleza, creme para as mãos e similares, máscaras faciais, loções de 
beleza, soluções leitosas, cremosas e adstringentes, loções para as mãos, bases de 
maquilagem e óleos cosméticos, ruges, "blushes", batons, lápis labiais, preparados 
anti- solares, bronzeadores e simulatórios, rímeis, sombras, delineadores, tinturas 
capilares, agentes clareadores de cabelos, preparados para ondular e para alisar 
cabelos, fixadores de cabelos, laquês, brilhantinas e similares, loções capilares, 
depilatórios e epilatórios, preparados para unhas, antissépticos ou não, destinados ao 
asseio ou à desinfecção corporal, compreendendo os sabonetes, xampus, dentifrícios, 
enxagua tórios bucais, antitranspirantes, desodorantes, produtos para barbear e após 
o barbear, estípticos e outros. 
 Produto químico de uso industrial – Uma substância consistindo em dois ou mais 
elementos combinados ou ligados de modo que seus elementos constituintes estejam 
sempre presentes nas mesmas proporções. Essas substâncias podem ser 
30 
 
empregadas em processos industriais que podem ser utilizados em ambientes de 
trabalho ou domésticos, aplicados por profissionais. 
 Metal Genericamente toda substância mineral que se apresenta em estado 
sólido à temperatura ambiente — com a única exceção do mercúrio — e que se 
caracteriza por brilho característico, opacidade, dureza, ductilidade (que permite que 
o material seja esticado em arames finos) e maleabilidade (que possibilita sua redução 
a lâminas delgadas). Incluem-se nessa definição tanto os metais propriamente ditos 
(ouro, prata, ferro, mercúrio, chumbo etc.), como algumas ligas (bronze e latão, por 
exemplo). 
Drogas de abuso - substâncias ou produtos capazes de causar dependência, 
assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo 
Poder Executivo da União. 
 Planta tóxica – Plantas que apresentam substâncias bi disponíveis que possuem 
a capacidade de causar alterações metabólicas, que podem resultar desde uma 
intoxicação, que em alguns casos sérios transtornos e até mesmo o óbito. 
 Alimento e bebida, produto destinado para alimentação humana. Incluem- -se 
produtos in natura ou processados, aditivos alimentares ou alimento/bebida que 
sofreram algum processamento que possa causar qualquer efeito nocivo no 
organismo quando ingeridos. Incluir chás e outras infusões a base de ervas. 
Outro, qualquer outro produto que não se enquadre em nenhuma definição de 
agente tóxico da ficha. 
4.8 Estudo de Caso 
4.8.1 Caso Clinico 1 
HMR, sexo masculino, 2 anos, acompanhado de sua mãe MMR, procurou 
atendimento apresentando queixa de coceira e manchas vermelhas há um dia, em 
todo o corpo. A mãe refere que a criança ingeriu dipirona no dia do aparecimento das 
lesões na pele por apresentar leve coriza. Paciente em bom estado geral; vigil; lúcido 
e orientado no tempo e espaço; sem agitação psicomotora; fácies hipocrática; 
anictérico; hidratado; normocorado; acianótico; boa perfusão capilar periférica, 
orofaringe hiperemiada, apresentando leve coriza. FC: 100 bpm FR: 20 irpm PA: 120 
x 70mmHg Temperatura: 36,5 ºC. Pele e fâneros: placas eritematosas, edemaciadas, 
31 
 
de variados tamanhos de 1 a 7cm de diâmetro, localizadas em face, tronco anterior e 
posterior e membros superiores e inferiores. 
Responda: 
• Pela história e exame clínico, qual a Hipótese diagnóstica? 
• Qual a escolha terapêutica? 
 
Diante da história do paciente, a hipótese diagnóstica é a reação alérgica 
medicamentosa, neste caso devido ao uso de dipirona pela primeira vez. 
 Como diagnóstico diferencial, temos as Infecções bacterianas, exantemas virais, 
alergia alimentar, hipóteses que foram descartadas mediante história clínica, exame 
físico e exame complementar. 
 A escolha terapêutica para o paciente foi o uso de Anti-histamínico oral e 
prednisolona oral. 
4.8.2 Caso Clínico 2 
C. S.R. .Idade:78 anos Sexo: feminino, negra, pensionista e solteira ,possui o 
ensino primário natural do município de Niterói, Possui HAS e DM há 10 anos, faz uso 
de Ácido Acetifico (infantil )100mg- 1cp no almoço, Atenolol 25mg,Captopril 25mg- 
Carbonato de Cálcio 500mg + Vitamina Cloridrato de Metformina 850,Plasil . Nega 
cirurgias prévias, menopausa aos 53 anos, não se recorda a última vez que realizou 
exame preventivo de câncer de colo de útero. Mãe cardiopata, faleceu há dez 
anos. O pai faleceu há mais de 30 anos, não sabe referir a causa. Tabagista há 53 
anos, fuma 8 cigarros por dia. Refere ter parado de fumar há 1 mês. Nega etilismo. 
 Paciente católica gosta de ler a bíblia, recebe visitas diárias, sedentária, gosta 
de assistir novela e diz que sua vida social está estagnada pois não sai sozinha, chora 
ao falar da solidão 
Consegue dormir bem, boa higiene física e bucal, Refere boca seca, durante esta 
entrevista demonstrou desinteresse faz várias pausa para alimentar se e relatou que 
suas eliminações gastrointestinais estão em dia . Também diz não conseguir se 
adaptar a dieta para DM e HAS apresentando descontrole das glicemias. 
32 
 
Resposta: Instrua o paciente a tomar a medicação exatamente conforme 
recomendado e a não interromper o tratamento, sem o conhecimento do médico, 
ainda que alcance melhora. 
Informar ao paciente as reações adversas mais frequentemente relacionadas 
ao uso da medicação e que, diante da ocorrência de qualquer uma delas, o médico 
deverá ser comunicado imediatamente. 
Durante a terapia observar se o paciente apresenta reações extrapiramidais, e 
diante dessas reações, comunicar imediatamente ao médico. 
Pode causar tontura ou sonolência infundir lentamente além de 2-3min; diluir 
em soro glicosado 5% ou fisiológico 0,9% e infundir em 15 minutos 
Ácido acetilsalicílico 100 mg. Excipiente q.s.p. 1 comp. Contém: vanilina, 
sacarina1 sódica, lactose monoidratada, dióxido de silício, amido de milho, corante 
amarelo nº5, corante amarelo nº6. 
 
 
 
 
 
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5 CONSIDERAÇÃO FINAIS 
Concluo que é de extrema importância a enfermagem estar ciente de todos os 
tipos de fármacos existentes como antimicrobiano, anti-hipertensivo, anti-inflamatório, 
medicamentos que atuam no Sistema Nervoso. 
Muitas vezes o paciente quando descobre alguma patologia como por exemplo 
a hipertensão, é de importância grande a enfermagem saber qual o efeito do 
medicamento receitado pelo médico, além de mostrar a necessidade de fazer o uso 
correto do fármaco, a interação medicamentosa. Explicar as condições de vida, como 
evitar o sedentarismo, praticando atividades físicas regulares, diminuir a ingesta de 
sódio, e comidas gorduras. Ingerir alimentos ricos em vitaminas, de teor calórico baixo. 
O enfermeiro, é responsável por avaliar graus de inflamação, feridas 
ocasionadas por patologias ou até mesmo, por algum tipo de acidente. É de extrema 
importância a enfermagem observar sinais flogisticos como dor, rubor, temperatura do 
leito da cicatriz, para a checagem de alguma inflamação. 
Em caso de uso de antibiótico, sempre alertar o paciente para que ele faça o 
uso corretamente, quanto a dose e a posologia, para que não potencialize a bactéria 
a tornando resistente aos antibióticos. 
É necessário realizar sempre avaliações psíquicas quando, o paciente fizer uso 
de anfetaminas ou medicamentos que agem no Sistema Nervosa, observar se o 
paciente tem algum sinal adverso. 
Farmacologia possui seu grau de dificuldade, e se seguir corretamente a 
prescrição e o uso dela, o índice e a margem de erro será sempre mínima. 
É necessário que o profissional, esteja sempre atento para a preparação de um 
medicamento quanto a validade, a dose, e o armazenamento, quando obtiver dúvidas 
procurar sempre esclarecer, pois uma dose administrada incorretamente poderá ser 
letal. 
 
34 
 
REFERÊNCIAS 
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Koogan, 2006; 
 
 
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estudante. 6ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007. 
 
 
Tratado de Fisiologia Médica, Nona Edição, 1999 Guyton/Hall

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