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INTRODUÇÃO À INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS 2 ÍNDICE 1 – CONCEITOS E FINALIDADES........................................................................................................3 1.1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................3 1.2 – CONCEITOS EM INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE .............................................................................3 1.3 – DEFINIÇÃO DAS UNIDADES...............................................................................................................4 1.2.1 – Relações Importantes ...............................................................................................................4 1.2.2 – Sistemas de Unidades ...............................................................................................................5 2 – TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA ................................................................................................7 2.1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................7 2.2 – TERMINOLOGIA ................................................................................................................................8 2.3 – IDENTIFICAÇÃO DE SÍMBOLOS E INSTRUMENTOS............................................................................12 2.4 – SÍMBOLOS TÍPICOS DE INSTRUMENTOS...........................................................................................14 2.5 – FLUXOGRAMAS DE PROCESSOS .......................................................................................................24 3 – EXERCÍCIOS.....................................................................................................................................26 4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................29 3 1 – CONCEITOS E FINALIDADES 1.1 – INTRODUÇÃO Nos últimos tempos, a necessidade do aumento de produção para atender a sempre crescente demanda e o baixo custo, a criação e fabricação de novos produtos, propiciou o aparecimento de um número cada vez maior de indústrias. Estas indústrias só puderam surgir devido ao controle automático de processos industriais, sem o qual a produção não seria de boa qualidade e mesmo alguns produtos não poderiam ser fabricados. O controle automático de processos industriais é cada vez mais empregado por aumentar a produtividade, baixar os custos, eliminar erros que seriam provocados pelo elemento humano e manter automática e continuamente o balanço energético de um processo. Para poder controlar automaticamente um processo precisamos saber como ele está se comportando para poder corrigi-lo, fornecendo ou retirando dele alguma forma de energia, como por exemplo, pressão ou calor. Essa atividade de medir e comparar grandezas é feita por equipamentos ou instrumentos que veremos a seguir. 1.2 – CONCEITOS EM INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE INSTRUMENTAÇÃO É a arte e a ciência que projeta, constrói, instala, opera e mantêm os instrumentos. INSTRUMENTO Dispositivo usado direta ou indiretamente para medir ou controlar uma variável, ou ambos. O termo inclui válvulas de controle, válvulas de alívio e dispositivos elétricos, tais como anunciadores de alarmes e botoeiras. O termo não deve ser aplicado aos componentes internos de um instrumento como foles, molas, resistores, etc. VARIÁVEIS DE PROCESSOS São fenômenos físicos que chamamos simplesmente variáveis como, por exemplo, vazão, temperatura, pressão, nível, densidade, etc. Cada sistema de instrumentos pode ser compreendido em termos do que ele faz. Por exemplo, indicar temperatura ou totalizar vazão ou registrar pressão ou controlar nível. Cada um destes termos é a base da descrição do sistema de instrumentos. PROCESSO Qualquer operação ou seqüência de operações envolvendo uma mudança de estado, de composição, de dimensão ou outras propriedades que possam ser definidas relativamente a um padrão. 4 1.3 – DEFINIÇÃO DAS UNIDADES O Sistema Internacional de Unidades, ou SI, é o sistema desenvolvido na Conferência Geral de Pesos e Medidas e é adotado em quase todas as nações industrializadas do mundo. • Metro: é o comprimento igual a 1.650.763,73 comprimentos de onda no vácuo de radiação, correspondente à transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do átomo de Criptônio-86. • Segundo: é a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de Césio- 133. • Quilograma: é a unidade de massa. • Newton: é a força que dá a um corpo de quilograma de massa a aceleração de um metro por segundo ao quadrado. • Watt: é a potência que dá origem à produção de energia na taxa de um joule por segundo. • Joule: é o trabalho realizado quando o ponto de aplicação de uma força igual a um Newton desloca-se de um metro na direção da força. 1.2.1 – RELAÇÕES IMPORTANTES ÁREA Retângulo: A = base x altura Círculo: A = π x r2 ou A = 4 2d.π , sendo r: raio e d: diâmetro Quadrado: A = L2 5 VOLUME Cilindro: V = π x r2 x h, sendo r: raio e h: altura Cubo: a3 , sendo a: aresta Paralelepípedo: V = a x b x c a, b e c: são as arestas do paralelepípedo Esfera: V = 3 3r.π 1.2.2 – SISTEMAS DE UNIDADES É todo conjunto de unidades das grandezas que intervêm no setor de ciência considerado. Existem sistemas de unidades mecânicas, termológicas, ópticas, elétricas, etc. Cada grandeza física liga-se a outras mediante uma definição ou uma Lei. Por exemplo, os sistemas CGS, MKS e FPS são bases de comprimento, massa e tempo. MKS (METRO, KILOGRAMA, SEGUNDO) – SISTEMA INTERNACIONAL - Unidades fundamentais: Comprimento: metro (m) Massa: quilograma (kg) Tempo: segundo (s) - Unidades derivadas: Velocidade: m/s Aceleração: m/s2 Gravidade normal: 9,81 m/s2 Força: kg.m/s2 Trabalho: N.m (Joule) Potência: J/s (Watt) Pressão: N/m2 (Pascal) MTS (METRO, TONELADA, SEGUNDO) - Unidades fundamentais: comprimento: metro (m) massa: tonelada (t) tempo: segundo (s) - Unidades derivadas: Velocidade, aceleração e gravidade normal são iguais ao sistema MKS. Força: t.m/s2 (Steno: sth) Trabalho: sth.m (kilojoule) Potência: kJ/s (kilowatt) Pressão: sth/m2 (Piezo) FPS (FOOT, POUND, SECOND) – SISTEMA INGLÊS 6 - Unidades fundamentais: Comprimento: pé (foot -ft) Massa: libra (pound - pd) Tempo: segundo (s) - Unidades derivadas: Velocidade: pé/s (ft/s) Aceleração: pé/s2 Gravidade normal: 32,17 pé/s2 Força: lb.pé/s2 (pdl) Trabalho: pdl.pé Potência: pdl.pé/s Pressão: pdl/pé2 CGS (CENTÍMETRO, GRAMA, SEGUNDO) - Unidades fundamentais: Comprimento: centímetro (cm) Massa: grama (g) Tempo: segundo (s) - Unidades derivadas: Velocidade: cm/s Aceleração: cm/s2 Gravidade normal: 981 cm/s2 Força: g.cm/s2 (dina) Trabalho: dina.cm (erg) Potência: erg/s Pressão: dina/cm2 7 2 – TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA 2.1 – INTRODUÇÃO De um modo geral, os elementos de controle são: ELEMENTO PRIMÁRIO Parte de uma malha ou de instrumento que primeiro sente o valor da variável de processo e que assume uma correspondência pré-determinada de estado ou sinal de saída inteligível. O elemento primário é também conhecidocomo detector ou sensor. INDICADOR Instrumento que nos fornece o valor de uma variável de processo, na forma de um ponteiro e uma escala, ou números ou bar graph (gráfico de barras), etc. REGISTRADOR Instrumento que registra o valor da variável de processo em uma carta gráfica, por meio de um traço contínuo ou pontos. TRANSMISSOR Dispositivo que detecta uma variável de processo por meio de um elemento primário e que tem uma saída cujo valor é proporcional ao valor da variável de processo. ELEMENTO FINAL DE CONTROLE Dispositivo que altera diretamente o valor da variável manipulada de uma malha de controle. CONTROLADOR Dispositivo que tem um sinal de saída que pode ser variado para manter a variável controlada dentro de um limite especificado ou para alterá-la de um valor previamente estabelecido. O controlador automático varia a sua saída automaticamente em resposta a uma entrada direta ou indireta de uma variável medida de um processo. CONVERSOR Dispositivo que recebe uma informação na forma de um sinal, altera a forma da informação e o emite como um sinal de saída. O conversor trabalha com sinais de entrada/saída padrões em instrumentação. RELÉ DE COMPUTAÇÃO Instrumento que recebe um ou mais sinais de outros instrumentos, realiza operações matemáticas, de lógica ou de seleção de sinais e envia o resultado a um instrumento. TRANSDUTOR Termo genérico aplicado ao instrumento que pode não trabalhar com sinais padrões na entrada e saída. Como é possível observar o elemento primário e o transmissor, entre outros, podem ser considerados um transdutor, porém com funções específicas. 8 2.2 – TERMINOLOGIA As definições a seguir adotadas são aceitas por todos que intervêm, direta ou indiretamente, no campo da instrumentação industrial, com o objetivo de promover uma mesma linguagem. As definições e termos empregados estão em acordo com o VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia, versão 2000. FAIXA DE MEDIDA (RANGE) Conjunto de valores da variável medida, que estão compreendidos dentro do limite superior e inferior da capacidade de medida ou de transmissão do instrumento. Expressa-se o range determinando os valores extremos. EXEMPLO: 100 – 500º C 0 – 20 PSI ALCANCE (SPAN) É a diferença algébrica entre os valores superior e inferior da faixa de medida do instrumento. Exemplo: Um instrumento com range de 100 a 500 º C tem um span de: 500 – 100 = 400 ºC ERRO É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento em relação ao valor real da variável medida. Se tivermos o processo em regime permanente, chamaremos de ERRO ESTÁTICO, que pode ser positivo ou negativo, dependendo da indicação do instrumento (que pode estar indicando a mais ou a menos). Quando tivermos a variável variando, teremos um atraso na transferência de energia do meio para o medidor. O valor medido estará geralmente atrasado em relação ao valor real da variável. Esta diferença entre o valor real e o valor medido é chamado de ERRO DINÂMICO. Quando a variável não estiver variando pode-se ter somente erro estático. Quando a variável estiver variando, pode-se ter tanto o erro dinâmico quanto o erro estático. EXATIDÃO É a aptidão de um instrumento de medição para dar respostas próximas a um valor verdadeiro convencional. A exatidão é um conceito qualitativo e normalmente é dada como um percentual do fundo de escala do instrumento. EXEMPLO: Um voltímetro com fundo de escala 10V e exatidão ± 1%. O erro máximo esperado é de 0,1V. Isto quer dizer que o instrumento mede 1V, o possível erro é de 10% deste valor. Por esta razão é uma regra importante escolher instrumentos com uma faixa apropriada para os valores a serem medidos. OBSERVAÇÃO: o termo precisão não deve ser usado como sinônimo de exatidão. CLASSE DE EXATIDÃO É a classe de instrumentos de medição que satisfazem a certas exigências metrológicas destinadas a conservar os erros dentro de limites especificados. 9 PRECISÃO A precisão é o termo que descreve o grau de liberdade a erros aleatórios, ou seja, ao nível de espalhamento de várias leituras em um mesmo ponto. A precisão é freqüentemente confundida com a exatidão. Um aparelho preciso não implica que seja exato. Uma baixa exatidão em instrumentos precisos decorre normalmente de um desvio ou tendência (bias) nas medidas, o que poderá ser corrigido por uma nova calibração. Os graus de repetitividade e de reprodutibilidade são maneiras alternativas de se expressar a precisão. Embora estes termos signifiquem praticamente a mesma coisa, eles são aplicados a contextos diferentes. A repetitividade descreve o grau de concordância entre os resultados de medições sucessivas de um mesmo mensurando efetuadas sob as mesmas condições de medição. Estas condições são denominadas condições de repetitividade e incluem o mesmo procedimento de medição, mesmo observador, mesmo instrumento de medição utilizado nas mesmas condições, mesmo local e repetição em curto período de tempo. A reprodutibilidade expressa o grau de concordância entre os resultados das medições de um mesmo mensurando , efetuadas sob variadas condições de medição. Para que uma expressão de reprodutibilidade seja válida, é necessário que sejam especificadas as condições alteradas, que podem incluir o princípio de medição, padrão de referência, local, condições de utilização e condições climáticas. A precisão pode ser expressa em: PORCENTAGEM DO ALCANCE (SPAN) Um instrumento possui um SPAN de 100ºC e está indicando 80ºC. Sua precisão é de 0,5%. Assim, sabemos que a temperatura estará entre 79,5ºC e 80,5ºC. DADA DIRETAMENTE EM UNIDADES DA VARIÁVEL Precisão de ± 2ºC. PORCENTAGEM DO VALOR MEDIDO Precisão de ± 1%. Para 80ºC teremos uma margem de ± 0,8ºC. PORCENTAGEM DO VALOR MÁXIMO DA ESCALA DO INSTRUMENTO Precisão de 1%. Range de 50 a 150ºC. A precisão será, então, de ± 1,5ºC. EM PORCENTAGEM DO COMPRIMENTO DA ESCALA Se o comprimento da escala de um instrumento fosse de 30 cm, com range de 50 a 150ºC e precisão de 1%, teríamos uma tolerância de ± 0,3 cm na escala do instrumento. Podemos ter a precisão variando ao longo da escala do instrumento, podendo o fabricante indicar seu valor em algumas faixas da escala do instrumento. EXEMPLO: um manômetro pode ter uma precisão de ± 1% em todo seu range e ter na faixa central de sua escala uma precisão de 0,5%. 10 INCERTEZA É um parâmetro associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos valores que podem ser fundamentalmente atribuídos a um mensurando. Este parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou múltiplo dele), ou a metade de um intervalo correspondente a um nível de confiança estabelecido. Em geral, compreende muitos componentes, incluindo aqueles resultantes de efeitos sistemáticos, como os associados com correções, distribuições, desvios padrões, assumidos com base na experiência ou em outras informações, que contribuem para a dispersão. TOLERÂNCIA É um termo muito próximo à exatidão e define o erro máximo que é esperado em um determinado valor. Embora não seja uma característica estática de instrumentos, é aqui mencionado porque a exatidão de alguns instrumentos é especificada em termos de tolerância. Quando aplicado corretamente, a tolerância de um componente manufaturado descreve o máximo desvio a um valor especificado. Por exemplo, um resistor escolhido aleatoriamente com valor nominal 1000W, de tolerância 5%, pode ter seu valor real entre 950 e 1050W. TENDÊNCIA DE UM INSTRUMENTO (BIAS) É um erro sistemático da indicação de um instrumento que ocorre em toda sua faixa de indicação. A tendênciaé normalmente estimada pela média dos erros de indicação de um número apropriado de medições repetidas e poderá ser removida através de nova calibração ou simplesmente um ajuste de zero. DISCRIÇÃO É a aptidão de um instrumento em não alterar o valor do mensurando. LINEARIDADE E NÃO-LINEARIDADE A linearidade é uma característica normalmente desejável onde a leitura de um instrumento é linearmente proporcional à grandeza sendo medida. A não-linearidade, por sua vez, é definida como o máximo desvio de qualquer uma das leituras com relação à reta obtida e é normalmente expressa como uma porcentagem do fundo de escala. RESOLUÇÃO É a menor diferença entre indicações de um dispositivo mostrador que pode ser significativamente percebida. Para um dispositivo mostrador digital, é a variação na indicação quando o dígito menos significativo varia de uma unidade. Este conceito também se aplica a um dispositivo registrador. ZONA MORTA É a máxima variação que a variável possa ter, sem que provoque variação na indicação ou sinal de saída de um instrumento ou em valores absolutos do range do mesmo. EXEMPLO: 11 SENSIBILIDADE É a razão entre a variação do valor indicado ou transmitido por um instrumento e a variação da variável que o acionou, após ter alcançado o estado de repouso. Pode ser dada em porcentagem do alcance de medida. SENSIBILIDADE À DISTÚRBIOS É a medida da extensão das alterações na medição de um instrumento sob variações nas condições ambientais. EXEMPLO: Temperatura, pressão, etc. DERIVA (DRIFT) DE ZERO Descreve como a leitura do zero de um instrumento muda com mudanças ambientais. DERIVA DE SENSIBILIDADE Define o quão a sensibilidade de um instrumento varia em função das condições ambientais. RANGEABILIDADE Razão entre o valor máximo e mínimo a ser medido, dentro de um limite de erro aceitável. HISTERESIS É o erro máximo apresentado por um instrumento, para um mesmo valor, em qualquer ponto da faixa de trabalho, quando a variável percorra toda a escala nos sentidos ascendente ou descendente. Expressa-se em porcentagem do SPAN, no instrumento. EXEMPLO: em um instrumento com range de –50ºC a 100ºC e histeresis de ±0,3%. O erro será de 0,3% de 150ºC = ± 0,45ºC. Devemos destacar que o termo “zona morta” está incluído na histeresis. 12 2.3 – IDENTIFICAÇÃO DE SÍMBOLOS E INSTRUMENTOS As normas de instrumentação estabelecem símbolos gráficos e codificação para identificação alfanumérica de instrumentos ou funções programadas, que deverão ser utilizados nos diagramas de malhas de controle de projetos de instrumentação. Para facilitar o entendimento do texto deste trabalho, mostra-se a seguir a essência da norma da ABNT NBR 8190 de outubro de 1983, que está em conformidade com a S.5.1 (Instrumentation Symbols and Identification) da Instrument Society of America (ISA). De acordo com estas normas, cada instrumento ou função programada será identificado por um conjunto de letras que os classifica funcionalmente. A tabela a seguir traz o resumo destas classificações. A identificação dos instrumentos é feita através de um conjunto de algarismos que indica a qual malha o instrumento ou a função programada pertence. 13 1º GRUPO DE LETRAS 2º GRUPO DE LETRAS Variável Medida ou Indicadora Função LETRA 1ª LETRA MODIFICADORA PASSIVA OU DE INFORMAÇÃO ATIVA OU DE SAÍDA MODIFICADORA A Análise Alarme B Chama C Condutividade Elétrica Controlador D Densidade Diferencial E Tensão Sensor (Elemento Primário) F Vazão Razão G Visão Direta H Manual Alto I Corrente Elétrica Indicador J Potência Varredura ou Seleção Manual K Tempo ou Temporização Taxa de variação com o tempo Estação de Controle L Nível Lâmpada Piloto Baixo M Umidade Instantâneo Médio ou Intermediário N O Orifício de Restrição P Pressão Conexão para Ponto de Teste Q Quantidade Integração ou Totalização R Radiação Registrador S Velocidade ou Freqüência Segurança Chave T Temperatura Transmissor U Multivariável Multifunção V Vibração ou Análise Mecânica Válvula ou Defletor (Damper ou Louver) W Peso ou Força Poço ou Ponta de Prova X Não Classificada Eixo dos X Não Classificada Não Classificada Não Classificada Y Estado, Presença ou Seqüência de Eventos Eixo dos Y Relé, Relé de Computação ou Conversor, Solenóides Z Posição ou Dimensão Eixo dos Z Acionador ou Atuador para Elemento Final de Controle não Classificado Eventualmente, para completar a identificação, poderá ser acrescido um sufixo. A figura seguinte mostra um exemplo de instrumento identificado de acordo com a norma em referência. 14 EXEMPLO DE IDENTIFICAÇÃO DE INSTRUMENTO T RC 210 2 A VARIÁVEL FUNÇÃO ÁREA DE ATIVIDADES Nº SEQUENCIAL DA MALHA S U F I X O IDENTIFICAÇÃO FUNCIONAL IDENTIFICAÇÃO DA MALHA IDENTIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS T: variável medida ou iniciadora: temperatura; R: função passiva ou de informação: registrador; C: função ativa ou de saída: controlador; 210: área de atividades, onde o instrumento ou função programada atua; 02: número seqüencial da malha; A: sufixo. 2.4 – SÍMBOLOS TÍPICOS DE INSTRUMENTOS As figuras seguintes mostram os símbolos gerais utilizados para representar instrumento ou função programada, os símbolos e funções de processamento de sinais e os símbolos utilizados para representar linhas para instrumento ou função programada, de acordo com a norma de referência. 15 As abreviações seguintes são sugeridas para especificar o tipo de alimentação. Esta notação também pode ser aplicada para alimentação do fluido de purga. 16 AS: ar de alimentação IA: ar de instrumento PA: ar da planta ES: alimentação elétrica GS: alimentação de gás HS: alimentação hidráulica NS: alimentação de nitrogênio SS: alimentação de vapor WS: alimentação de água OBSERVAÇÕES: • O nível de alimentação pode ser adicionado na linha de alimentação do instrumento. Exemplo: AS-100 ou AR Alimentação Elétrica de 24 Volts Contínua. • O símbolo de sinal pneumático aplica-se a qualquer gás de médio sinal. Se um outro gás é usado, este pode ser identificado por uma nota no símbolo do sinal ou de outra maneira. • Fenômeno eletromagnético inclui aquecimento, ondas de rádio, radiação nuclear e luz. Alguns símbolos de acordo com a ABNT: Válvula de controle globo, gaveta ou outros tipos iguais que não tenham simbologia própria Borboleta Atuador tipo diafragma com mola oposta que tem sinal elétrico na entrada Atuador tipo diafragma com mola oposta equipado com válvula piloto (solenóide) que pressuriza o diafragma quando atuada Atuador manual 17 Atuador solenóide Válvula auto-reguladora e indicadora de vazão Rotâmetro com válvula manual integrada a montante ou a jusante Válvula de controle manual Regulador de nível do tipo bóia com sistema mecânico de atuação RS: reservatório Válvula auto-reguladora de impulso interno para redução de pressão Válvula dealívio ou de segurança acionada por mola, peso ou piloto 18 Válvula auto-reguladora de temperatura do tipo capilar Purgador (exceto os de drenagem contínua do tipo bóia) Purgador de drenagem contínua do tipo bóia com conexão de equalização Lâmpada piloto Terminal de conexão montado no painel Exemplo: Terminal nº 2 Purga ou dispositivo de purga (este símbolo pode ser substituído por um desenho completo do sistema de purga) Selo químico Intertravamento lógico de sistema indefinido ou complexo 19 Transmissor de dupla análise (oxigênio e concentração de combustível) Detetor de chama com indicador analógico de intensidade de chama Detetor de chama tipo transmissor/receptor de TV Célula de condutividade conectada a um ponto do registrador multiponto de condutividade Transmissor de densidade tipo pressão diferencial conectado externamente 20 Chave de tensão do motor da bomba que aciona um alarme Placa de orifício com tomada de pressão na própria flange de medição Placa de orifício com tomada de pressão no flange de medição ligadas a um indicador de vazão do tipo pressão diferencial Tubo pitot Tubo venturi ou bocal Calha de medição 21 Vertedor Elemento primário tipo hélice ou turbina Indicador de vazão tipo rotâmetro Elemento primário qualquer de sinal elétrico conectado ao controlador de vazão Ex.: magnético, vazão, laminar, etc. Transmissor de vazão qualquer montado na linha do processo Ex.: transmissor tipo vortex Visor de fluxo Chave elétrica manual Corrente do motor elétrico medida por transformador de corrente 22 Wattímetro medindo a potência do motor elétrico que aciona uma bomba Visor de nível montado externamente ao reservatório Indicador de nível tipo: - Magnético - Bóia - Deslocamento - Outros Transmissor de nível tipo pressão diferencial com tomada inferior montada diretamente ao reservatório Indicador de pressão, montagem direta Indicador de pressão protegido por um separador químico (selo) 23 Elemento de temperatura (sem poço) Elemento de temperatura (com poço) Bulbo de resistência (RTD) conectado a um indicador local de temperatura Termopar simples conectado a um indicador multiponto de temperatura com comutador para permitir registro num registrador multiponto de temperatura Indicador controlador de temperatura Controle em cascata: O controlador de vazão tem o seu ponto de controle fixado por um controlador de nível 24 Tomada de amostra ligada ao transmissor de concentração de butano através de válvula própria para seleção de amostras Sinal de corrente elétrica que aciona válvula de controle pneumática através de um conversor eletro-pneumático montado separadamente Sinal de corrente elétrica que aciona válvula de controle pneumática através de um conversor eletro-pneumático montado na válvula 2.5 – FLUXOGRAMAS DE PROCESSOS Fluxogramas são as representações simbólicas do processo para fins de localização, identificação e análise do funcionamento de seus componentes. Os fluxogramas são desenhos esquemáticos sem escala que mostram toda a rede de tubulações e os diversos vasos, bombas, instrumentos e todo equipamento pertencente ao processo. 25 Nos fluxogramas de processo deve estar contido o seguinte: - As tubulações principais com indicação do fluido contido e do sentido do fluxo. - As principais válvulas de bloqueio, regulagem, controle, segurança, alívio, etc. - Todos os vasos (tanques, tambores, vasos, reatores) com indicação das características básicas, como tipo, dimensões principais, temperatura e pressão de trabalho, número de bandejas, etc. - Todos os equipamentos importantes (bombas, compressores, ejetores, filtros, trocadores de calor, etc) com indicação das características básicas como vazão, temperatura, pressão, carga térmica, etc. - Todos os instrumentos principais deverão estar indicados por sua simbologia e nomenclatura. Para todos os tipos usuais de válvulas, vasos, equipamentos, instrumentos, etc, existem convenções de desenho, geralmente de acordo com as convenções da Instruments Society of America – ISA – e podem ser encontradas nas documentações distribuídas por esta. 26 3 – EXERCÍCIOS 1 – Quais os objetivos dos instrumentos de medição e controle? 2 – Como era o controle de processo no princípio da era industrial? 3 – O que foi possível com a centralização das variáveis de processo? 4 - Como são divididos os processos industriais? 5 – Defina o sistema de controle. 6 – Quais são as três partes necessárias para uma malha de controle fechada? 7 – Defina o que é instrumentação. 8 – Defina e exemplifique os seguintes termos: a) Range b) Span (Alcance) c) Erro d) Exatidão e) Precisão f) Indicador g) Registrador h) Transmissor i) Transdutor j) Controlador k) Elemento final de controle 9 – Diga qual a função de cada um dos instrumentos abaixo de acordo com a sua identificação. a) WT b) FIC c) TI d) PIT e) LR f) TSL g) PSLL h) TJR i) TT j) PIC k) FR l) LT m) FSHH n) LSH o) FY 10 – Defina a localização dos equipamentos e tipos de sinais de transmissão de cada malha de controle, além da sua função (equipamento). 27 11 – A sigla M.K.S. define qual tipo de sistema de medida? 12 – A sigla C.G.S. define qual tipo de sistema de medida? 13 – A sigla M.T.S. define qual tipo de sistema de medida? 14 – Calcule o valor pedido: Exemplo: 50% do sinal de 3 a 15 PSI a) 70% de 3 a 15 PSI b) 80% de 3 a 15 PSI c) 10% de 0,2 a 1,0 kgf/cm2 d) 30% de 0,2 a 1,0 kgf/cm2 e) 45% de 20 a 100 kPa f) 55% de 20 a 100 kPa g) 65% de 4 a 20mA h) 75% de 4 a 20maA i) 37% de 1 a 5V 28 j) 73% de 1 a 5V 23 – Calcule o valor pedido: Exemplo: 9 PSI representa qual porcentagem da faixa de 3 a 15 PSI? a) 12 PSI representa qual porcentagem da faixa de 3 a 15 PSI b) 6 PSI representa qual porcentagem da faixa de 3 a 15 PSI c) 0,4 kgf/cm2 representa qual porcentagem da faixa de 0,2 a 1,0 kgf/cm2 d) 0,6 kgf/cm2 representa qual porcentagem da faixa de 0,2 a 1,0 kgf/cm2 e) 90 kPa representa qual porcentagem da faixa de 20 a 100 kPa f) 70 kPa representa qual porcentagem da faixa de 20 a 100 kPa g) 9 mA representa qual porcentagem da faixa de 4 a 20 mA h) 13 mA representaqual porcentagem da faixa de 4 a 20 mA i) 1,5 V representa qual porcentagem da faixa de 1 a 5 V j) 4,5 V representa qual porcentagem da faixa de 1 a 5 V 29 5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Simbologia de Instrumentação, Norma NBR 8190, Out/1983, ABNT. 2. Instrumentação e Controle, PROCEL – Programa de Conservação em Energia Elétrica, Eletrobrás. 3. VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia, versão 2000, Portaria Inmetro 029 de 1995.
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