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Direito-Trabalhistas-de-Engenheiros-Violados-2

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Disciplina: Ciências Jurídicas e Sociais
Aluna: Sirlene Santos e Robert Silva
Docente: Alexandre Montanha
Curso: Engenharia Civil
Direitos Trabalhistas de Engenheiro Violados
Art.7º, V
Engenheiros de Alagoas que recebem abaixo do piso salarial
A situação de vários engenheiros do estado de Alagoas que recebem abaixo do piso salarial, como também a retomada do desenvolvimento do setor da construção civil no Estado serão os temas discutidos na audiência pública marcada para esta segunda, às 15h, no plenário da Casa. A iniciativa da sessão é da Frente Parlamentar da Engenharia de Alagoas, que é coordenada pelo deputado Inácio Loiola (PDT).
Representantes das secretárias de Fazenda, Infraestrutura e o governador Renan Filho foram convidados para participar da discussão. De acordo com Inácio Loiola, o profissional da Engenharia precisa ter plena consciência da sua participação no desenvolvimento do Estado.“O debate vai promover a categoria e fazer com que os gestores do Governo do Estado compreendam essa necessidade de valorização. Os servidores que sempre trabalharam para o nosso Estado e quaisquer outros segmentos merecem um salário digno”, destaca.
Para o engenheiro civil e presidente do Crea-AL, Fernando Dacal, a iniciativa dessa audiência pública é de extrema importância para fortalecer ainda mais a categoria e impulsionar o desenvolvimento no setor produtivo de Alagoas. “Este é o momento onde todos os engenheiros devem se unir para debater junto ao Poder Legislativo sobre as demandas da nossa categoria”, afirma Dacal.
A pauta da audiência ainda traz assuntos como o plano de cargos e carreiras dos engenheiros, nas prefeituras e demais órgãos públicos; sobre o projeto de lei para alterar o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), que tornar crime o exercício ilegal das profissões.
O evento vai contar com a participação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-AL), do deputado federal e representante da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, Ronaldo Lessa (PDT), do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, José Carlos Lyra, do presidente do Sinduscon, Alfredo Breda,, o presidente da Ademi, Judson Uchôa e dos representantes das entidades de classe ligadas ao Sistema Confea/Crea e Mútua, como o presidente do Clube de Engenharia de Alagoas, Aloísio Ferreira, o presidente da Aprel, Geison Cavalcante, o presidente do Sintec, José Cícero Rocha da Silva, o presidente da Seagra, Fábio Leite, e o presidente do Senge, Disneys Pinto.
Ferindo a CF/88 , Art.7º,V, dos direitos trabalhistas onde diz:
Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
É uma prática rotineira por parte de muitas prefeituras, o não cumprimento com o piso salarial para a categoria. Não saberia justificar esse comportamento por parte dos municípios, mas suponho que seria pela falta de vontade da categoria de fazer valer os seus direitos, ou até mesmo por estar ocupando o cargo como forma de compensação por apoio político.
Art.7º, VI
Empresa pagará diferença de salário reduzido de engenheiro
Um engenheiro contratado pela Portinari Empreendimentos Educacionais Ltda., de Salvador, vai receber as diferenças salariais correspondentes ao período em que a empresa reduziu o seu salário sob a justificativa de que ele passou a exercer atividades de menor responsabilidade. A decisão é da Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao julgar recurso do empregado contra acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) que não viu ilegalidade no ato e lhe negou o recebimento das diferenças salariais.
A reclamação trabalhista foi ajuizada pelo engenheiro em novembro de 2001, na 32ª Vara do Trabalho de Salvador, na qual informou que começou a trabalhar na empresa em agosto de 1995, em 1996 teve o salário reduzido e, em setembro de 2001, foi despedido. A Vara e o Tribunal Regional julgaram não haver ilegalidade na redução salarial, porque o reclamante era engenheiro responsável por uma construção de grande porte e, com o fim da obra, em setembro de 1996, permaneceu na empresa exercendo outras atividades, tais como encarregado de manutenção, de reformas, da segurança, entre outras, que condizem com salário de menor valor.
Diferentemente, a Quinta Turma do TST entendeu que a irredutibilidade salarial é assegurada por preceito constitucional, que só admite exceção mediante convenção ou acordo coletivo, o que não se ajusta ao presente caso, que trata de redução salarial devido à “mudança nas atividades executadas”. A Turma considerou que, quando a obra terminou, a Portinari deveria ter dispensado o engenheiro e não tê-lo mantido em outras funções.
A Quinta Turma julgou, então, que a decisão regional violou os artigos 7º, VI, da Constituição da República e 468 da CLT, motivo pelo qual deu provimento ao recurso de revista do empregado, para acrescer à condenação as diferenças salariais decorrentes da redução salarial, observada a prescrição parcial reconhecida na sentença de primeiro grau.
Não concordando com a decisão, a Portinari interpôs uma ação rescisória (para modificar decisão transitada em julgado), com pedido de tutela antecipada, pretendendo desconstituir a sentença sumária. A ação foi julgada improcedente pelo relator do processo na Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2), ministro Ives Gandra Martins Filho, e a decisão da Quinta Turma confirmada.
Informou o relator que, independentemente do resultado da questão prescricional, “melhor sorte não socorreria” a empresa, porque a jurisprudência do TST (Súmula nº 409) preceitua que “não procede ação rescisória calcada em violação do artigo 7º, XXIX, da Constituição, quando a questão envolve discussão sobre a espécie de prazo prescricional aplicável aos créditos trabalhistas, se total ou parcial, porque a matéria tem índole infraconstitucional, construída, na Justiça do Trabalho, no plano jurisprudencial”.
Em seu voto, o ministro Ives rejeitou as preliminares, julgou improcedente os pedidos anunciados na ação rescisória, revogou a liminar que havia sido concedida e determinou que fossem notificados com urgência o Tribunal Regional e a 32ª Vara do Trabalho de Salvador. Os demais ministros da SDI-2 votaram unanimemente em favor do acórdão do relator. (AR-173943/2006-000-00-00.9)
Em desacordo com artigo 7º, VI da CF/88 onde traz:
irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
A referida Empresa não agiu em conformidade com as leis trabalhistas, inferindo a mesma. Apesar da justificativa feita pela Portinari Empreendimentos Educacionais Ltda., acredito ter sido uma atitude irresponsável. Suponho que companhias que agem dessa forma, não seja por falta de conhecimento das leis, e sim por utilizar de brechas nas mesmas para serem favorecidas e saírem impunes de tais situações.
Art.7º, I
Anulado pedido de dispensa de engenheiro que comprovou coação
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve decisão que considerou nulo o pedido de demissão de um engenheiro da Nestlé do Brasil S.A. por ter sido demonstrado que ele foi coagido a fazê-lo. Com isso, a dispensa foi convertida para imotivada, com a condenação da empresa ao pagamento das verbas rescisórias.
O engenheiro disse que, após 26 anos de trabalho na fábrica da Nestlé em Caçapava (SP), o último como gerente de engenharia de processo, foi acusado de negligência no exercício de suas f//unções e coagido a pedir demissão, sob pena de ser demitido por justa causa. Segundo ele, todos os integrantes de um mesmo grupo de trabalho, responsável pelo chamado Projeto Sampa, que envolvia a transferência de uma fábrica de biscoitos de São Paulo para Marília (SP), foram afastados por suposta alegação de cometerem atos desidiosos, não explicitados e noticiados na mídia local.
A coação foi reconhecida pelo juízo de primeiro grau, e a sentença que converteu o pedido de demissão em dispensa imotivada foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região(Campinas). A decisão levou em conta a confirmação do preposto da Nestlé de que oito integrantes do projeto foram dispensados por justa causa e os outros tiveram a opção de pedir demissão. Uma testemunha disse que também foi coagida, porque a gerente, atribuindo-lhe “negligências técnicas”, apresentou uma carta modelo de pedido de demissão. O Regional citou ainda a situação constrangedora vivenciada pelo engenheiro, exposto em notícias no Jornal da Manhã, de Marília, sobre demissão de uma “quadrilha” na Nestlé.
No apelo ao TST, a Nestlé alegou que o gerente era responsável por controlar, fiscalizar e preservar todo ativo fixo da empresa e que sua falha gerou enorme prejuízo patrimonial para empresa, na casa de R$ 700 mil, conforme levantamento feito por auditoria interna. Segundo a empresa, diante das negligências devidamente comprovadas, ele foi avisado da dispensa por justa causa, e não houve nenhum ato de sua parte para que pedisse demissão. A conversão em dispensa imotivada, ao contrário, o favoreceu, pois evitou maior exposição e permitiu que ele continuasse a se beneficiar do plano de aposentadoria.
Relator do recurso, o ministro Alexandre Agra Belmonte explicou que o Regional, examinando fatos e provas, sobretudo a testemunhal, concluiu que houve coação. Para entender em sentido contrário, seria necessário reexaminar fatos e provas, procedimento vedado no Tribunal pela Súmula 126.
A decisão foi unânime.
Em desacordo com inciso primeiro artigo sétimo da CF/88, que diz:
Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos.
A Empresa supracitada, quis se beneficiar usando de subterfúgios para fazer a dispensa do engenheiro e demais funcionários. Inclusive utilizando de meio de comunicação para que os colaboradores não viessem a ter credibilidade perante a sociedade, tornando-se mais difícil de se defenderem.
Atitude que considero digna de repúdio.
Art.7º,XVII CF/88 e Art.29 CLT
Engenheiro da Siemens sem carteira de trabalho e sem férias consegue vínculo de emprego.
Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a rescisão indireta (também conhecida como "justa causa do empregador") a um engenheiro eletrônico e de telecomunicações que comprovou que a Siemens Ltda. deixou de cumprir várias obrigações trabalhistas durante os seis anos de contratação, a começar pela falta de registro na carteira de trabalho e previdência social (CTPS) e pelos quatro anos ininterruptos sem férias. O detalhe, no caso, é que o vínculo de emprego só foi reconhecido em juízo.
Em decisão anterior, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) registrou que o engenheiro foi contratado para prestar serviços à Siemens por "várias cooperativas que eram meras intermediadoras de mão-de-obra", e que "a prova produzida não deixa dúvida quanto ao trabalho do engenheiro como empregado, pois ele trabalhava de forma subordinada, pessoal, onerosa e não eventual". Por isso, manteve a sentença quanto ao reconhecimento de vínculo de maio de 2005 a agosto de 2011, para prestar serviços técnicos especializados na área de medição de energia, água e gás e atuar como engenheiro de vendas.
Quanto ao pedido de rescisão indireta, no entanto, o TRT entendeu que a não quitação de direitos por todo o período de trabalho, o que motivou a condenação da empresa ao seu pagamento durante o período contratual não seriam graves o suficiente para justificar a medida, "mesmo porque foram suportadas pelo trabalhador por cerca de seis anos".
Ao examinar o recurso de revista do trabalhador, a desembargadora convocada Cilene Ferreira Amaro Santos, relatora, destacou que, de acordo com a jurisprudência do TST, não há obstáculo ao reconhecimento da rescisão indireta pelo fato de o vínculo de emprego ter sido declarado em juízo. Para ela, a decisão do TRT, ao rejeitar a rescisão indireta do contrato de trabalho, violou o artigo 483, alínea "d", da CLT. Isso porque, segundo a magistrada, o próprio Regional registrou que a empresa deixou de cumprir, de forma reiterada e contínua, diversas obrigações oriundas do contrato de trabalho.
Deixando de respeitar as leis trabalhistas, tanto da CF/88 como CLT que:
Art.7º,XVII da CF - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal.
ART.29 da CLT - A Carteira do Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para anotar, especificadamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
É de se surpreender como instituições de grande porte se comportem de tal forma perante as leis trabalhistas como as do Brasil, que prezam pelos direitos dos seus cidadãos, fazendo com que tais direitos não sejam violados.
Algo de muito orgulho é a forma como a justiça do trabalho no Brasil promove a consolidação das leis do trabalho.
Não podendo deixar de comentar que infelizmente esse direito estar sendo ameaçado por um governo inconseqüente.
Referências
<https://www.correiodosmunicipios-al.com.br/2018/06/cumprimento-do-piso-salarial-dos-engenheiros-sera-discutido-em-audiencia-publica/>Acesso em: 25 de Set. 2019.
<https://noticias.cers.com.br/noticia/empresa-pagar-diferena-de-salrio-reduzido-de-engenheiro/> Acesso em: 25 de Set. 2019.
<https://www.direitonet.com.br/noticias/exibir/18696/Anulado-pedido-de-dispensa-de-engenheiro-que-comprovou-coacao>Acesso em: 25 de Set. 2019.
<http://www.advocaciacarrillo.com.br/Siemens-engenheiro-sem-CTPS-consegue-vinculo.asp> Acesso em: 26 de Set. 2019.

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