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TRABALHO DE EMPRESARIAL II

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INTRODUÇÃO
A recuperação judicial é instituto, medida e procedimento que se defere apenas em favor de empresas, ou seja, que somente pode ser requerida por empresários ou sociedades empresárias. [1: MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial brasileiro: falência e recuperação de empresas. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 123.]
Segundo os artigos 5º, inciso XIII e 170 da Constituição Federal, é permitido a criação e desenvolvimento de qualquer atividade laborativa, desde que seja atendido as qualificações previstas em lei. No entanto, não são todos os empresários que conseguem manter-se ativo, tendo em vista as diversidades do mercado econômico, podendo ocorrer por uma má administração, bem como pelo simples fato de não se estabilizar no mercado.[2: BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasil: Brasil. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. ]
Nesse andar e diante das incertezas aos empresários, o ordenamento jurídico apresentou uma forma para que todos os empreendedores possam reorganizar os seus negócios, preservando assim a empresa, bem como sua função social e estimulando às atividades econômicas, denominada de Recuperação Judicial, de acordo com a Lei 11.101/2005, especialmente no artigo 47.
A RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Inicialmente é importante ressaltar que a recuperação empresarial se divide em duas modalidades, a saber: recuperação judicial e a extrajudicial. Ambas modalidades apesar das diferenças procedimentais, visam superar as crises econômicas possibilitando a manutenção da fonte produtora e sua função social, evitando a decretação de falência.[3: MELO, George. Diferença entre recuperação judicial e extrajudicial. Disponível em: < https://jairoegeorgemeloadvogados.jusbrasil.com.br/noticias/223806568/entenda-a-diferenca-entre-recuperacao-judicial-e-extrajudicial>.]
O benefício de recuperação previsto no artigo 48 da lei 11.101/05 prevê alguns requisitos a serem cumpridos para que os empresários possam ser contemplados, in verbis: exercer regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos, bem como a) não ser falido e, se foi que estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades decorrentes; b) não ter obtido esse mesmo benefício há menos de cinco anos; c) não ter, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial, ou seja, quando tratar-se de Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) há menos de oito anos; d) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na lei nº 11.101.[4: AQUINO, Leonardo Gomes de. A EIRELI e a Lei n. 11.101/05. Disponível em: < http://estadodedireito.com.br/eireli-e-lei-n-11-1012005/>.]
Quando do preenchimento dos requisitos e da publicação da decisão judicial concedendo a Recuperação Judicial, o empresário devedor precisará apresentar o Plano de Recuperação Judicial da Empresa no tempo determinado de 60 (sessenta) dias, devendo manter-se em recuperação até o cumprimento das obrigações contidas no plano apresentada. O prazo de validade é de 2 (dois) anos, contados a partir da anuência, ou, até que a recuperação seja cancelada por descumprimento das obrigações no mesmo prazo.[5: GUIMARÃES, Márcio Souza. Recuperação Judicial: plano de recuperação judicial. Disponível: < https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/215/edicao-1/recuperacao-judicial---plano-de-recuperacao-judicial>.]
Por sua vez, a recuperação extrajudicial trata-se de negociação das dívidas empresariais por via judiciária, qual pode ser utilizada por empresários beneficiados pela lei do micro e pequeno empresário. Nessa esteira, o empresário tem a faculdade de negociar diretamente com os credores, podendo elaborar o próprio plano de recuperação, onde pode ser ou não homologado pelo juízo competente. Ainda, é possível renegociação parcial, qual envolve determinadas classes de credores, que ficam a critério do empresário devedor.[6: COSTA, Daniel Carnio. Recuperação Extrajudicial. Disponível em: < https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/212/edicao-1/recuperacao-extrajudicial>.]
PROCESSO DE RECUPERAÇÃO NAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE.
A lei 11.101/05 não descuidou das determinações constitucionais (artigos 170, IX, e 179), e legais (Lei Complementar 123/06 e artigo 970 do Código Civil) de tratamento diferenciado e favorecido para as micro e pequenas empresas. Assim, seus artigos 70 a 72 trazem regras específicas para a recuperação judicial de microempresas e empresas de pequeno porte, sejam empresários (firmas individuais), sejam sociedades empresárias (firmar sociais).[7: MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial brasileiro: falência e recuperação de empresas. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 175]
De acordo com Ulhoa (2016, p.397), as empresas qualificadas como Microempresa e Empresas de Pequeno Porte que escolherem pelo plano especial terão sua recuperação judicial viabilizada através de contorno predeterminados em lei, adotando, desse modo, um rito processual simplificado em razão da dimensão do passivo e da pouca complexidade de recuperação de microempresa ou empresa de pequeno porte em crise, a lei permite um procedimento simplificado.
 A Lei oferece as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte à possibilidade de optarem por um plano diferenciado e simplificado de recuperação, sendo que para isso necessário se faz a observação de requisitos que autorizem a sua utilização. É bastante simplificado e atinge somente os créditos quirografários, e a análise de mérito cabe ao juiz.[8: FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Nova Lei de Falência e Recuperação de Empresas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005.]
Desta feita o empresário deverá apresentar, no prazo de 60 (sessenta dias) a contar da decisão que deferir o processo da recuperação judicial, limitando-se exclusivamente aos créditos quirografários dos decorrentes de repasse de recursos oficiais e os previstos no §3º e 4º do art. 49 da lei n. 11.101/05.[9: MACHADO, Rubens Approbato (coord.) Comentários a Nova Lei de Falências e Recuperação de Empresas. 2ª Ed. São Paulo: Quatier Latin, 2007.]
Segundo o artigo 72, da Lei n. 11.101/05 expõe que devido a simplificação para a concessão da recuperação de ME e EPP, a assembleia geral dos credores não será convocada para deliberar sobre o plano especial, cabendo sua aprovação ou rejeição exclusivamente ao juiz.
O empresário devedor deverá protocolar a petição inicial apresentando as razoes da crise e a proposta de renegociação dos passivos, assim dar-se-á início ao processo. Recebido o pedido, o juiz decidirá de imediato pela homologação da proposta apresentada, ou decretará a falência. Destaca-se que o pedido de recuperação não acarretará a suspensão do curso das prescrições das atividades e execução por créditos não abrangidos pelo plano, tendo em vista que os credores não atingindo pelo plano especial não terão seus créditos habilitados na recuperação judicial.[10: RESTIFFE, Paulo Sérgio. Recuperação de Empresas. São Paulo: Manole, 2008.]
Por fim, poderá o Juiz sentenciar a improcedência do pedido de recuperação judicial e decretar a falência do empresário devedor quando houver objeções de credores titulares de mais da metade dos quirografários. Aqueles credores interessados devem interpor suas objeções no prazo de 30 (trinta) dias, de acordo com o artigo 7º, §2º da Lei n. 11.101/05, sendo suscitadas as objeções o juiz poderá requerer a revisão da proposta, vez que o ordenamento prevê a possibilidade de ratificação do plano, quando desconforme com os parâmetros da lei, situação que não ocorre no plano de recuperação geral.[11: CRUZ, André Santa. Plano de Recuperação judicial para microempresas e empresas de pequeno porte. Disponível em: < http://genjuridico.com.br/2016/09/14/plano-especial-de-recuperacao-judicial-para-microempresas-e-empresas-de-pequeno-porte/>.]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir que o tema de recuperação de Microempresae da Empresa de Pequeno Porte é baseado no princípio da função social, tendo em vista sua força transformadora da realidade social e econômica. 
A lei de recuperação e falência a liquidação dos ativos do devedor deixou de ser o principal objetivo, buscando atualmente a preservação das atividades como forma de fomento da economia local e continuação dos pagamentos aos credores, em detrimento da utilização da via extintiva das micro e pequenas empresas.
Diante da gigantesca burocracia necessária para a concessão da recuperação judicial ordinária, assim como os custo elevados oriundos da tramitação processual o legislador atendendo as diretrizes constitucionais que pregam a simplificação de procedimentos para as micro e pequenas empresas, proporcionou uma flexibilização em algumas etapas do procedimento, assim diminuindo os custos e facilitando o processo de recuperação judicial.
O ordenamento jurídico permite através da recuperação especial ao micro e pequeno empresário a chance de apresentar as dificuldades uma chance de reorganizar seu negócio, no fito de permitir a preservação da empresa, garantido a função social, gerando desta feita um estímulo à atividade econômica.
Desta feita, é evidente que o Plano Especial objetiva a concessão de um processo simplificado, consequentemente um processo mais célere visando a recuperação do empresário, ficando a cargo da própria microempresa ou da empresa de pequeno porte analisar a conveniência da adoção do plano especial ou não.
REFERÊNCIAS 
AQUINO, Leonardo Gomes de. A EIRELI e a Lei n. 11.101/05. Disponível em: < http://estadodedireito.com.br/eireli-e-lei-n-11-1012005/>.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Brasil: Brasil. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. 
COSTA, Daniel Carnio. Recuperação Extrajudicial. Disponível em: < https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/212/edicao-1/recuperacao-extrajudicial>.
CRUZ, André Santa. Plano de Recuperação judicial para microempresas e empresas de pequeno porte. Disponível em: < http://genjuridico.com.br/2016/09/14/plano-especial-de-recuperacao-judicial-para-microempresas-e-empresas-de-pequeno-porte/>.
FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Nova Lei de Falência e Recuperação de Empresas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
GUIMARÃES, Márcio Souza. Recuperação Judicial: plano de recuperação judicial. Disponível: <https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/215/edicao-1/recuperacao-judicial---plano-de-recuperacao-judicial>.
MACHADO, Rubens Approbato (coord.) Comentários a Nova Lei de Falências e Recuperação de Empresas. 2ª Ed. São Paulo: Quatier Latin, 2007.
MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial brasileiro: falência e recuperação de empresas. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 123.
MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial brasileiro: falência e recuperação de empresas. 7ª. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 175.
MELO, George. Diferença entre recuperação judicial e extrajudicial. Disponível em:<https://jairoegeorgemeloadvogados.jusbrasil.com.br/noticias/223806568/entenda-a-diferenca-entre-recuperacao-judicial-e-extrajudicial>.
RESTIFFE, Paulo Sérgio. Recuperação de Empresas. São Paulo: Manole, 2008.

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