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PROCESSO PENAL IV

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Fernanda Aguirre
PROCESSO PENAL IV
Aula dia 21 de fevereiro de 2019.
 
Sistema trifásico;
Tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade;
Diferença de processo e procedimento, onde residem os elementos;
O que é relação jurídica processual.
NULIDADES
Processo (CF) diferente de Procedimento (CPP e legislação esparsa).
Noções preliminares: o sistema de nulidades materializa-se sempre na relação jurídica processual: juiz acusação defesa juiz acusação...
Hipóteses de nulidade: 
Artigo 564 CPP, rol exemplificativo.
Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Parágrafo único.  Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas.
Duplo aspecto da nulidade:
	- Vício ou defeito de que padece o ato processual atípico (realizado em desconformidade com o procedimento) 
	- A invalidação do ato lhe retirando os efeitos jurídicos (tendo e vista a jurisdição, o ato surte efeitos mesmo sendo atípico, enquanto um órgão hierarquicamente superior ou o próprio juízo não lhe retirar esses efeitos).
Atos inexistentes:
	Não se consideram atos jurisdicionais, se consideram não-atos, não adentram no mundo processual (jurídico). Conforme a doutrina, dispensam declaração judicial, basta que não sejam cumpridos. 
	
Assalto ao Banco do Brasil (estadual), juiz federal pede prisão preventiva do réu. Ele não pode, não é competente, será acatado, mas o ato é NULO e não INEXISTENTE. Seria inexistente se fosse um escrivão que tivesse decretado a prisão, processo presidido por escrivão. 
Atos irregulares:
São nulidades, todavia, a forma não atendida é insignificante. Pode ser sanado rapidamente, a lei não considera essencial como pressuposto de validade. Ex: erro de grafia no nome do réu.
	Aula dia 28 de fevereiro de 2019.
	
Quando o juiz recebe a denuncia ele estabelece quais os fatos serão discutidos, bem como o rito sob o qual o processo ocorrerá. 
	Duplo aspecto da nulidade: primeiro tem que ser detectada, depois arguida e caçada.
Enquanto não for caçada, a nulidade, pois mais afrontosa que seja a decisão judicial, ocorrerá seus efeitos. Sempre depende de provimento judicial, até então produz os seus efeitos. Declarado nulo, perde a sua eficácia jurídica.
	Ato inexistente: um ato realizado por alguém que não tem jurisdição, não é nulidade, porque para nulidade precisa ter jurisdição. Ex.: estagiário que prolata uma sentença.
	Para analisar a nulidade devemos pensar, a parte tem jurisdição? A partir dessa resposta analisaremos se trata-se de nulidade ou não.
ESPÉCIES DE NULIDADE
	A diferença entre nulidade absoluta e nulidade relativa depende do grau de interesse tutelado. O interesse tutelado na nulidade absoluta é de grau publico (diz respeito a preservação do ordenamento jurídico) e o interesse tutelado pela nulidade relativa é das partes, essa nulidade não trasborda a relação jurídica processual. Já a nulidade absoluta atinge a princípios constitucionais relativos ao processo penal (esses normalmente estão no artigo 5º da CF). A diferença entre as nulidades relacionasse diretamente ao grau de interesse tutelado e quem ele atinge. A divisão de nulidade absoluta ou relativa não reside nos efeitos, ou seja, ambas podem anular todo o processo ou somente parte.
	NULIDADE ABSOLUTA
	NULIDADE RELATIVA
	Reconhecimento de ofício
	Entende-se que o defeito não é tão grave
	Atinge interesse público
	Necessita de arguição da parte prejudicada
	O prejuízo é presumido
	O prejuízo deve ser demonstrado
	Pode ser alegada e reconhecida a qualquer tempo (não há preclusão)
	O argumento utilizado é semelhante a “perda de uma chance” 
	Não há convalidação
	Ocorre a convalidação pela preclusão
Obs.: A preclusão gera coisa julgada formal, que pode virar uma coisa julgada material.
NULIDADE ABSOLUTA: 
A nulidade absoluta atinge o interesse público, que transcende o processo, atingindo o interesse público, ferindo a Constituição, de forma que pode ser reconhecido de ofício ou mesmo alegado a qualquer tempo, pois não há convalidação.
Súmula 160 - STF
É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
Aqui é o exemplo da sentença absolutória. Neste caso, se não for alegado em recurso a nulidade, não pode o desembargador, de ofício, reconhecer a nulidade. A ideia dessa súmula é que o Estado não pode falhar. 
Ex.: processo sem defensor, sentença proferida por juiz absolutamente incompetente; indeferimento de juntada de provas aos autos dentro do prazo. 
NULIDADE RELATIVA
Entende-se que o defeito não é tão grave quanto no caso anterior, aqui o interesse tutelado se restringe as partes envolvidas na relação jurídica processual, não atingido a Constituição, ou seja, o interesse público. Neste caso, é necessário arguição da nulidade pela parte interessada, ela não pode ser reconhecida de ofício, pois o prejuízo deve ser demonstrado. O argumento utilizado é semelhante a “perda de uma chance” do direito civil, que a parte da relação jurídica processual teria uma melhor posição no processo, uma vez que você foi prejudicado pela nulidade. Aqui ocorre a convalidação pela preclusão.
Artigo 571 e 572 do CPP tratam de momentos preclusivos, momentos até a quando as nulidades relativas podem ser arguidas. Regra: até as alegações finais.
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS NULIDADES
Princípio do prejuízo ou transcendência – artigo 563 CPP
Art. 563.  Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa. – Uma vez que é necessário prejuízo, esse artigo trata da nulidade relativa.
SÚMULA 523/STF
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
	Princípio do Interesse - art. 565 do CPP
Art. 565.  Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse. – Aplica-se, exclusivamente, a nulidade relativa e tem objetivo de evitar a má-fé.
Princípio de causalidade – nexo causal, art. 573, §1º e 2º do CPPOs atos processuais não são isolados, eles guardam relação om os atos anteriores. 
Art. 573.
§ 1o  A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência.
§ 2o  O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
 Quando se lê a palavra juiz, estende-se para desembargador e ministro.
A diferença entre nulidade absoluta e relativa reside nas hipóteses nos prazos e nas necessidades de formatação que a parte que se entende prejudicada deve atender ou não, porque a diferença entre as nulidades reside no grau de interesse tutelado, não na consequência da decretação de uma nulidade.
Não procede o entendimento que a nulidade absoluta anula todo o processo e a nulidade relativa anula parte do processo, essas consequências dependem da fase procedimental em que a nulidade se verificar. 
NULIDADES EM ESPÉCIE
Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
Incompetência: divide-se absoluta e relativa 
MACETE: competência absoluta > nulidade absoluta.
		 competência relativa > nulidade relativa.
Incompetência absoluta divide-se em matéria e pessoa ou ao cargo que a pessoa ocupa (definida na Constituição).
A Incompetência relativa diz respeito ao território (definido no CPP).
Em caso de competência absoluta, a nulidade também é absoluta, isso ocorre porque seus princípios e normas estão na Constituição Federal. Se a competência é relativa, eventual nulidade é relativa, isso ocorre porque a matriz é no CPP. A nulidade absoluta não admite prorrogação, a nulidade relativa sim. O momento preclusivo para a arguição da nulidade relativa é o da exceção respectiva, que deve ocorrer junto com a resposta do réu. 
Suspeição – artigo 254 do CPP > é taxativo
A nulidade é absoluta, porque afeta a imparcialidade, que é principio constitucional inerente a atividade abjudicante. 
Em caso de impedimento – artigo 252 do CPP, não gera nulidade, porque o juiz impedido não tem JURISDIÇÃO, neste caso é ano inexistente e não nulo, uma vez que para nulidade é necessário que exista jurisdição. 
Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Suborno do juiz 
O suborno se materializa quando houver compulsão, prevaricação, corrupção passiva ou corrupção passiva; 
II - por ilegitimidade de parte;
Divide-se em duas:
-Ad causam: Diz respeito à titularidade ativa e passiva na ação penal, é irrenunciável. É nulidade absoluta. Ex: Representação (autorização). Denúncia do MP Federal, recebida pelo MP Estadual. 
-Ad processum: Sempre nulidade relativa. Encontra-se no artigo 568/CPP. 
Ex: art 44/CPP: A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
- Denúncia, queixa e representação diz respeito à forma; Ex: denúncia e queixa inepta (recebida, mas a narrativa é confusa quanto aos fatos);
- A portaria e auto de prisão em flagrante não são mais aplicados nas contravenções penais.
o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; (mais 158 e seguintes)
- A falta de exame de corpo de delito não permite que exista relação jurídica processual, porque depõe contra o artigo 395, III, além disso, também pode ocorrer no tocante à vícios na realização do exame de corpo de delito. Ex: quantidade de peritos exigida pelo CPP.
- A nulidade no tocante à não realização do exame de corpo de delito é absoluta, já no tocante à forma a nulidade é relativa. 
a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; agora 18 anos.
 - Nulidade absoluta
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
 - Absoluta quando não ocorrer a intimação do MP para a realização de um ato procedimental, de resto o MP é parte no processo.
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
 - O não atendimento das regras referentes à citação determinam nulidade absoluta;
- O direito ao silencio no interrogatório é em relação aos fatos;
- Art. 185/186/CPP, nulidade absoluta!
- Todos os aspectos do CPP que determinam que ocorra o interrogatório não sendo o mesmo realizado, a nulidade é absoluta. Principio constitucional atingido é a ampla defesa;
- Os prazos concedidos à acusação e a defesa, via de regra são nulidade absoluta;
SÚMULA 155/STF
É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha.
Se não for intimado da expedição da precatória a nulidade é absoluta!
Lida conjuntamente com:
SÚMULA 273/STJ
Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.
f) a sentença de pronúncia, o libelo (não existe mais) e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri;
- Trata do artigo 413 e §1°/CPP, fala sobre elementos da decisão de pronúncia;
- Nulidade absoluta se realizado exame aprofundado da prova; o principio constitucional atingido é o juiz natural;
- Nulidade absoluta se a pronuncia é exarada quando pendente exame de sanidade mental;
- Agravantes e majorantes, referência a elas é nulidade absoluta, fere o principio da imparcialidade.
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia;
- Nulidade absoluta.
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo (não mais em libelo, mas em momento anterior) e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;
Nulidade absoluta.
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
Nulidade absoluta.
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
- Nulidade absoluta. 
k) os quesitos e as respectivas respostas;
- Falta de realização dos quesitos na forma que o CPP estabelece.
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
- A falta de acusação e defesa é nulidade absoluta;
- Deficiência de acusação e defesa é nulidade relativa.
m) a sentença;
- No tocante à sentença, diz respeito aos defeitos, ou seja, a sentença realizada sem atender as determinações do CPP;
- Falha no relatório se houver nulidade é a relativa (JEC sempre dispensa relatório);
- A fundamentação não pode ser remissiva (dizer apenas que achou muito boa a fundamentação), a nulidade é absoluta
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
- De oficio nas sentenças concessivas de habeas corpus; 
- Se nenhuma das partes se contentar com a sentença, o tribunal tem que aplicar o recurso de ofício.
SÚMULA 160/STF
É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso;
- Nulidade absoluta.
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quórum legal para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
- Diz respeito a ato que não é inexistente, nem mera irregularidade, abarca os atos restantes.
Parágrafo único.  Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e contradição entre estas.
TRABALHO
Encaminhar até quarta. Um ponto. 
Reanalisar o voto, no tocante à preliminar, a arguição de nulidade;
Colocar em tópico cada uma das jurisprudências com a cópia da ementa.
 Aula dia 14 de março de 2019.
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Conceito: 
É um ato de parte do qual se solicita modificação total ou parcial de uma resolução judicial não transitada em julgado (se transitada é direito adquirido), que produziu um “prejuízo/ gravame” à parte;
Elementos comuns aos recursos: 
- Ato de parte, não é ato de ofício; 
- Prejuízo ou gravame;
- É exercido no mesmo processo;
- Não é uma nova relação jurídica processual;
- É uma nova fase do processo;
- Não deve ter se operado a coisa julgada; 
Situações em que o recurso acontece de ofício, em casos de exceção:
Art. 574/CPP. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz:
I - da sentença que conceder habeas corpus;
II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411.- Tacitamente revogado.
*O artigo 411 foi alterado em 2008, agora seria o artigo 415, assim o recurso cabível dessa decisão é apelação. 
Natureza jurídica dos recursos: 
Recurso não é ação processual penal, eles não instalam uma nova relação jurídica, são continuidade. É diferente de ação autônoma de impugnação (ex: mandado de segurança, habeas corpus, revisão criminal). 
Duplo grau de jurisdição:
Vedação a supressão de instância;
Art.5 §§2, 3 e 4/CF Acatado por estar previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos, e também, porque a constituição institui tribunais e suas competências;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
Classificação dos recursos:
Ordinários: permite a analise de todos os aspectos do processo, é um recurso comum, permite que seja debatida a preliminar e o mérito; 
Ele permite um reexame total do caso penal decidida em primeira instancia. Essa atividade é realizada pelo tribunal ad quem (superior, segundo grau); 
Pode ser total ou parcial dependendo da vontade da parte. Alcança matérias de fato e de direito (ex: apelação).
Extraordinários: são aqueles de fundamentação vinculada, só permite discussão de direito previamente e expressamente previstas (ex: recurso especial, extraordinário, só pode ter esses recursos se o que pretende debater estiver expressamente previsto).
Efeitos:
- Impede que ocorra a coisa julgada; 
- Horizontal (embargos de declaração), vertical (apelação) e misto (REs);
- Devolutivo: o recurso devolve total ou parcialmente o julgamento para competência funcional ao juiz ou ao tribunal previamente definido; a devolução é limitada pela matéria impugnada ou pela natureza do recurso;
- Suspensivo: impede que surta seus efeitos antes do transito em julgado. Obs: essa é a regra das sentenças no processo penal
Regras do sistema recursal
Fungibilidade: entender o recurso errado como se fosse certo.
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro.
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível.
Erro grosseiro não significa má-fé. O recurso será aceito como se certo fosse. Ex: erro entre apelação e REs. 
Unirrecorribilidade: 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
§ 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
§4º: Da sentença cabe apelação, mesmo querendo apelar de apenas uma matéria da sentença, se esta estiver prevista nas hipóteses de RSE (recurso em sentido estrito) artigo 5818/CPP, não é possível, pois é um recurso de sentença, e a sentença não é cabível em RSE. 
A palavra sentença no caput do 581, diz respeito à decisão de pronuncia( o código chama a decisão de pronúncia também de sentença), que conforme o inciso IV, é passível de SER 
IV – que pronunciar o réu;
EX: O réu é condenado a uma pena de reclusão de dois anos, e o juiz na sentença nega suspensão condicional da pena, a defesa recorre unicamente desse aspecto. Em tese, por força do 581, IV, o recurso cabível seria SER, todavia, por força do §4º do artigo 593, deverá ser usado o recurso de apelação porque é SENTENÇA (art. 593, I) ! 
Exceção: recurso especial e recurso extraordinário, cada uma dessas cortes só julga a matéria que a constituição determinar; 
Motivação dos recursos: 
Artigo 601/CPP
Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à instância superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de trinta dias. 
A ausência de alegações finais gera nulidade absoluta, assim os tribunais tem determinado o retorno a origem dos autos, para que essas razões sejam apresentadas;
§ 1º Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou não tiverem todos apelado, caberá ao apelante promover extração do traslado dos autos, o qual deverá ser remetido à instância superior no prazo de trinta dias, contado da data da entrega das últimas razões de apelação, ou do vencimento do prazo para a apresentação das do apelado.
§ 2º As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo se o pedido for de réu pobre ou do Ministério Público.
Reformatio in mellius: 
Ainda que o réu não recorra, ocorrendo recurso só da acusação, pode o tribunal de oficio, melhorar a situação do réu.
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentença.
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave.
Aula dia 21 de março de 2019.
INTERPOSIÇÃO DOS RECURSOS
Art. 578.  O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante.
§ 1o  Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo será assinado por alguém, a seu rogo, na presença de duas testemunhas.
§ 2o  A petição de interposição de recurso, com o despacho do juiz, será, até o dia seguinte ao último do prazo, entregue ao escrivão, que certificará no termo da juntada a data da entrega.
§ 3o  Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por dez a trinta dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o dia seguinteao último do prazo.
A interposição serve para demonstrada a tempestividade
Embargos, revisão criminal, recurso especial, recurso extraordinário devem ser interpostos, no período determinado, mas obrigatoriamente já om as razões. Há hipóteses que você pode apresentar o recurso e depois as razões. Ex.: apelação – tem prazo de oito dias para apresentar as razões; Recurso em sentido estrito – tem prazo de cinco dias para apresentar as razões.
Na ação penal privada é necessário o pagamento de custas, logo, caso necessário, deve-se requerer a AJG. 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
O esse recurso é visto como o agravo do processo penal, pois todas as decisões presentes no artigo 581, que é taxativo, são de decisões interlocutórias. Quando você tem que fazer um recurso, primeiro se vê se é caso de RSE.
O recurso em sentido estrito segue para impugnar certas decisões interlocutórias proferidas no processo. Os casos de cabimento estão previamente previsto em lei, pois ele é recurso extraordinário. 
O único RSE ordinário é o da decisão de pronúncia, constante no artigo 581, IV do Código de Processo Penal, porque se permite debater ordinários, ou seja, permite que preliminares e mérito debatidos.
Para relembrar: o recurso extraordinário são aqueles que possui matéria vinculada, ou seja, pode discutir somente algumas coisas, não podendo ser discutido mérito e preliminares, são aqueles destinados aso tribunais superiores. 
Adequação para cabimento
Cabe apelação para decisão interlocutória somente das decisões não arroladas no artigo 581 do Código de Processo Penal. Isto está previsto no art6igo 593, II do Código de Processo Penal, mas ele isso é de pouca ocorrência.
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:            
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;
Art. 581.  Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
- Da decisão que recebe a denúncia e a queixa não cabe recurso. Cabe somente habeas corpus, mas o habeas não é recurso, é ação mandamental. 
- Quando o juiz não recebe a queixa ou a denúncia (hipóteses doa art. 395) o MP pode recorrer, utilizando-se o RSE. Neste caso, o réu somente vai ser citado para responder o RSE, porque uma vez tendo rejeitado a denuncia, o réu não havia sido citado no processo.
- No caso de denúncia ou queixa o processo se inicia antes mesmo da citação do réu, uma vez que seu marco inicial é o recebimento da denúncia ou da queixa.
- A mutatio libellis é uma faculdade do MP, mas caso não faça, o juiz deverá reclamar ao procurador da república. Feito o aditamento pelo MP, o juiz não está obrigado a aceitá-la, caso rejeite, o recurso cabível é o RSE. 
- Ou seja, no caso mutatio libellis - art. 344 do Código de Processo Penal, havendo aditamento da denúncia, a sua admissão no processo passa pela análise do artigo 395 do Código de Processo Penal. Assim sendo, a rejeição desse aditamento é hipótese de SER, pois o aditamento equivale a uma nova acusação.
	II - que concluir pela incompetência do juízo;
- Incompetente é o juiz que não pode exercer a jurisdição. Pode haver incompetência absoluta ou relativa.
- A palavra “concluir” esta grifada por essa decisão é aquela que o juiz de ofício reconhece. Podendo ser requerida pela parte também. 
- No caso de desclassificação imprópria (aquela proferida pelo juiz ao fim da primeira faze de julgamento no procedimento do júri), acaba ocorrendo uma declaração de incompetência dos jurados. Nessa situação, em tese, seria possível o RSE, com fundamento nesse inciso. Da desclassificação própria (aquela proferida pelos jurados no procedimento do júri) não cabe RSE. 
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
- Aqui o juiz só reconhece depois de feita a exceções. 
IV – que pronunciar o réu;
- A pronúncia interlocutória mista ás vezes é nominada de sentença (é por isso a referência à sentença no caput doa artigo 581). A impronuncia é impugnável via apelação.
- O conteúdo dessa hipótese, como já referido, é ordinário, diversamente das outras que são extraordinárias.
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;          
- São todas decisões simples, tomadas pelo juiz de primeiro grau acerca doo estado de liberdade. 
- Esse inciso não tem muita utilidade pratica com o RSE. Normalmente, na prática, utiliza-se o habeas corpus nessas situações.
VI -     (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
- São os casos do artigo do artigo do Código Penal. 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
- É o contrário do inciso anterior
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
- Ordem significa a concessão liminar do habeas corpus. 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
- Ela isoladamente, não em sentença, neste caso. Este inciso é utilizado na execução penal. 
- Se tomado no curso da execução penal, o recurso é agravo de execução – Artigo 197 da Lei 7.210/84, Lei de execução penal.
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
- Neste artigo, por analogia, aplica-se o recurso e sentido estrito.
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
- Atualmente é impugnável via agravo, do artigo 197 da Lei 7.210/84, caiu em desuso. 
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
- Quando o juiz de primeiro grau o fizer, quando reconhece a afronta que devido processo legal e constata que a repetição do ato é insuficiente.
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
- Diz respeito às questões de alistamento como jurado. A lista é publicada até 10 de outubro de cada ano, podendo ser modificada ou alterada de ofício ou mediante reclamação até 10 de novembro - > É dessa decisão que cabe SER.
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
 - Denegação tem a ver com o juízo de admissibilidade. Quando faltam requisitos ao recurso.
- Recurso deserto é aquele que não tem preparo, não foram pagas as custas e despesas do processo, só ocorre em sede de ação penal privada. 
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
- São as situações do artigo 92 e ss. do Código de Processo Penal.
- É cabível tanto nas que determinam suspensão facultativa, como naquelas de suspensão obrigatória.
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
- A unificação é o tempo de pena que falta para você cumprir somada a pena da nova condenação. 
- Neste caso, não há mais aplicabilidade do RSE, aplica-se o artigo 197 da Lei 7.210/84.
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
- Neste caso, não mais há aplicabilidade do RSE, aplica-se o artigo 197 da Lei 7.210/84.
- Isso ocorre porque será uma decisão do juiz da vara de execução criminal.
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
- Neste caso, não mais há aplicabilidade do RSE, aplica-se o artigo 197 da Lei 7.210/84.
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
- Neste caso, não mais há aplicabilidade do RSE, aplica-se o artigo 197 da Lei 7.210/84.
XXII - que revogar a medida de segurança;
- Neste caso, não mais há aplicabilidade do RSE, aplica-se o artigo 197 da Lei 7.210/84.
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
- Neste caso, não mais há aplicabilidade do RSE, aplica-se o artigo 197 da Lei 7.210/84.
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
- Neste caso, aplica-seo artigo 51 do Código Penal.
Tempestividade
Art. 586.  O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único.  No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da publicação definitiva da lista de jurados.
Art. 588.  Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo.
Parágrafo único.  Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.
Na prova, lembrar-se do termo interposição. Tem que usá-lo.
Efeitos
Art. 589.  Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários.
Parágrafo único.  Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.
O efeito do RSE é misto, porque permite retratação do juízo ad quó. S e este mantiver decisão, os autos serão remetidos a segunda instância. 
Em alguns casos ele tem efeito suspensivo:
Art. 584.  Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de concessão de livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
§ 1o  Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598.
§ 2o  O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.
§ 3o  O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá unicamente o efeito de perda da metade do seu valor.
Art. 589.  
Parágrafo único.  Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.
Essas situação do artigo 589, §ú, ela se manifesta em hipótese de reconsideração do juiz nos casa do recurso com efeito misto. Neste caso, aquele que estava sendo beneficiado com a primeira decisão, deverá se manifestar informando que não concorda com a retratação do juiz. A partir dai se dará vista para contrarrazões, sendo, posteriormente, remetida a manifestação e as contra razões para o juízo de segundo grau. 
Quando o artigo diz “se couber recurso”, ela quer dizer se for hipótese de RSE.
	Trabalho
	Fazer o mesmo trabalho que antes, mas agora se deve analisar o RSE. Somente uma jurisprudência. Entregar até às 07:59 da quinta que vem por e-mail. 
Aula dia 28 de março de 2019.
APELAÇÃO
Conceito: meio de impugnação ordinário (comum), onde ocorre revisão do julgado por um órgão de jurisdição superior, prevista na mesma relação jurídica processual; trata de todo o conjunto dos atos que integram o processo;
- Debater questões de mérito e de fato; 
- Ordinária
- Total ou parcial: depende do recorrente;
- De fundamentação livre; 
- Vertical (dentro do nosso movimento);
- Voluntária;
- No tocante a adequação: pode ser interposta de duas formas: por termo (manifesta expressamente a vontade de recorrer) ou por petição;
- Tem dois momentos distintos;
Hipóteses: art. 593
	Atenção para o §4º
Art. 593/CPP caput 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:          
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; (absolvição impropria também, aquela que aplica medida de segurança, também absolvição sumária no rito do júri).
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; 
- Cláusula geral de apelação, permite recurso diante da taxatividade do SER).
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
- A pronúncia já transitou em julgado. Qualquer nulidade que ocorrer decisão de pronúncia;
- São todas as decisões de fatos ocorridos após o transito em julgado da pronuncia. Ex: jurado impedido, referências a algema ou ao silencio do acusado, documentos juntados fora de prazo;
- A nulidade deve constar na ata;
- Deve constar a descrição do fato na ata do julgamento sob pena de inexistência.
- Se provido, novo plenário/julgamento.
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;   
- Contraria a lei expressa: o juiz pode julgar contra a lei? Sim, pois o juiz pode questionar o caso concreto;
- Não fala da nulidade do júri, fala da SENTENÇA, quem dá a sentença é o juiz e dosa a pena conforme o que os jurados reconhecem;
- É a aplicação do sistema trifásico diante dos seus dispositivos legais;
- Aqui se veda que o juiz interprete a literalidade da lei;
- No tocante ao momento da incidência das circunstancias, a ordem do sistema trifásico e seu conteúdo. 
- Aqui cita a sentença citra/extra/ultra petita. Em outros termos, se está tratando do principio constitucional da correlação. 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
- Nessa situação abrange a discricionariedade em relação à quantidade de pena que é franqueada ao juiz aplicar quando no sistema trifásico;
- Trata-se de erro material
- Consequência disso no §2º
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.      
Consequências do provimento da apelação: 
§ 1o  Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.       
§ 2o  Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.       
- A medida de segurança tem prazos de 1 a 3 anos no mínimo pra ocorrer a primeira avaliação. 
§ 3o  Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. 
§ 4o  Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.   
SÚMULA 713/STF
O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição.
	Efeito devolutivo: o que o tribunal vai apreciar; 
A parte deve identificar na interposição qual é o fundamento legal do recurso, ou seja, em qual alínea ele se funda, essa situação define o critério devolutivo. 
Passo Fundo, 25 de abril 2019.
REVISÃO
O artigo 395 do Código de Processo Penal além de estabelecer o rito, estabelece qual os fatos serão debatidos em contraditório. Isso só vai acontecer se o juiz receber a denúncia ou queixa.
O sistema de nulidades é voltado para o juiz. Ato atípico é aquele realizado em desconformidade com o rito/procedimento. 
Duplo aspecto da nulidade
1º aspecto: detectação do problema – análise do processo conforme o rito – detectando o vício ou defeito que padece o ato atípico
2º aspecto: retirar os efeitos – ou o próprio juiz retira os efeitos ou o tribunal hierarquicamente superior caça os efeitos. Isso é importante porque o ato atípico vai gerar efeitos até esse momento.
Não há o que falar de nulidades de atos inexistentes, pq o agente não tem jurisdição.
As meras irregularidades são atos atípicos, gera nulidade, contudo pode ser retificado a qualquer tempo, não sendo necessário macular a relação jurídica processual. 
As características da nulidade é a forma como elas se operam
Características das nulidades relativas: 
Deve ser arguida- acontece a convalidação pela preclusão – ART. 572/Código de Processo Penal 
Características das nulidadesrelativas: 
Atenta contra princípios constitucionais;
Jamais preclui, com exceção da Súmula 160 do STF (contra o réu)
Súmula 160/ STF
É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
	Tanto a nulidade absoluta quanto a nulidade relativa podem anular todo ou somente parte do processo. Isso depende do momento de onde ela é encontrada. Se a nulidade é encontrada na faze probatória, só anula a fase postulatória, porque como ela aconteceu antes da faze decisória, não tem porque para anular essa fase. 
	Recurso é retomar o curso, é uma nova fase da mesma decisão. É como você se manifesta diante da nulidade por exemplo. O duplo grau de jurisdição é um direito fundamental incluído com a emenda constitucional 5º que acrescentou ao artigo 5º da CF todos os direitos humanos arrolados do Pacto de San José da Costa Rica. 
	Classificação dos recursos
	O recurso ordinário permite um amplo debate do processo: debate preliminar e debater mérito. Ex.: apelação. 
	O recurso extraordinário é aquele de fundamentação vinculada, o que permite que somente debata os elementos que a legislação permite. Ex.: RSE. 
	RSE equivale ao agravo, mas só é das decisões interlocutórias arroladas no art. 581 do Código de Processo Penal. 
	De sentença sempre cabe apelação, mesmo que esteja no artigo 581 – Art. 593. §4º Código de Processo Penal.
	Somente poderá recorrer por simples petição, como fala o artigo 589, §ú do Código de Processo Penal, se for hipótese de RSE. Você deve analisar a nova decisão – aquela onde o juiz se retrata, e ver se é hipótese de RSE. 
	A apelação cabe de sentença. 
A nulidade posterior à pronúncia enseja novo julgamento.
O justo ou injusto referido no §1º do art. 593 do Código de Processo Penal refere-se aos atos discricionários do juiz – dosimetria da pena.
SEGUNDA PARTE
Aula dia 09 de maio de 2019.
EMBARGOS
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE
Art. 609/CPP §único apresenta os elementos necessários para a imposição. 
Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. 
Decisão não unânime: significa que existe voto vencido, a ideia dos embargos é que ele seja novamente julgado. 
São embargos horizontais, é o mesmo tribunal, todavia, um órgão especializado do tribunal que vota; não perde o caráter de horizontalidade.
Quem julgou anteriormente pode também estar no órgão especializado, são previamente estabelecidos, só o que não pode é ser o mesmo relator.
O voto vai ser reapreciado.
Infringentes são aspectos de mérito (do código penal), e nulidade diz respeito a aspectos do código de processo penal.
É recurso exclusivo da defesa
A logica é de que o voto minoritário seja novamente apreciado; A ideia do recurso é reapreciar voto minoritário favorável ao réu.
Conceito: Art. 609, §ú, CPP. 
Na realidade são dois recursos com objetos distintos, mas o nome permanece. 
Importa que a divergência aconteça na decisão final, não na fundamentação.
Infringentes: no voto vencido há divergência de mérito, mérito é CP, o voto que quer que seja apreciado é de mérito, diz respeito ao CP, versando sob direito material.
Nulidade: o voto vencido é de questão processual/ procedimental.
Ex: condições da ação, nulidades em geral, se anula todo ou parte do processo. 
Pode o nome de embargos infringentes e de nulidade mesmo se tratando apenas de um ou de outro. 
Requisitos:
Cabimento: decisão não unânime proferida em julgamento de apelação RSE e agravo em execução penal, porque esta segue o rito do RSE. 
Decisão não unânime proferida por tribunal (não é no julgamento de qualquer recurso que cabe, este cabe apenas no tocante a votos divergentes favoráveis ao réu em julgamento de apelação e RESE, além de agravo em execução penal (197 LEP)). 
Art. 41/Lei 9099. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
Não é cabível: para julgamentos de turmas recursais do JEC, porque estes não são tribunais (tribunais são compostos para desembargadores).
Não cabe esse recurso para decisão não unânime de turmas recursais do JEC, apesar de serem órgãos do segundo grau, não são compostas por desembargadores, mas por juízes, logo não são tribunais. 
As turmas do JEC não são tribunais.
Importa haver divergência na decisão e não na fundamentação;
Não importa a fundamentação, mas a decisão final, exemplo, dois embargadores usam a prova “x” para aplicar a qualificadora, o terceiro usa a prova “y” e concorda com os outros dois, valeria se este não concordasse, a fundamentação não importa, importa a decisão. 
Interposto por petição com razões inclusas;
Prazo 10 dias;
Não há preparo, é gratuito;
Recurso exclusivo da defesa; 
Recuso horizontal
Na justiça estadual são julgados pelos grupos criminais, na justiça federal são julgados sela seção criminal.
São desembargadores previamente estabelecidos para compor as turmas por normas de organização dos tribunais. É vedado que seja o mesmo relator. 
Os embargos interrompem o prazo de qualquer outro recurso;
Cabe a extensão do artigo 580/CPP (no caso de concurso de agentes, os demais serão beneficiados). 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Ou embargos declaratórios. É voltado para a decisão, não reside exclusivamente em sentença. Busca coerência, exaustividade, compreensão, qualidade na decisão.
Para o juiz singular estão no artigo 382/CPP no prazo de dois dias, para os acórdãos estão nos artigos 619 e 620/CPP, para o JEC, artigo 83/Lei 9099, tendo prazo de cinco dias.
Art. 382.  Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, contradição ou omissão.
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.
Art. 620.  Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
§ 1o  O requerimento será apresentado pelo relator e julgado, independentemente de revisão, na primeira sessão.
§ 2o  Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator indeferirá desde logo o requerimento.
Lei 9099. Art. 83.  Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão.                           
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.
§ 2º Quando opostos contra sentença, os embargos de declaração suspenderão o prazo para o recurso. 
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício.
Interrompem o prazo para interposição de qualquer recurso, o prazo é devolvido por inteiro.
O efeito é regressivo, o mesmo prolator se manifesta sobre esse embargo. 
Tem omissão, contradição, obscuridade, e pré-questionamento.
CF: Art. 102 e 105: Ambos de fundamentação vinculada, de viés extraordinário.
SÚMULA 7/STJ: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
SÚMULA 279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 
SÚMULA 281/STF: É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.
Quando cabível qualquer recurso, não pode se dirigir ao STJe STF, deve-se exaurir as vias ordinárias
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL
 
Art. 197/LEP. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
Conceito: trata de um titulo executivo, e que as decisões tomadas pela Vara de Execução Penal são sempre interlocutórias.
A execução é permeada por incidentes Ex: concessão do livramento condicional, regressão de regime, remição, saídas temporárias, progressão de regime, não há o rol taxativo do RSE. Todas as decisões da VEC são enfrentadas por agravo. O mais próximo do agravo é o recurso em sentido estrito. 
Efeito misto também cabe no agravo, não tem efeito suspensivo (pois fala de pessoa que está cumprindo a pena, pois já está preso).
Pesquisar 1pt: jurisprudência de embargos infringentes e de nulidade. 
RECURSO ESPECIAL
Ambos são recursos ordinários, ou seja, de fundamentação vinculada.
O recurso especial e o recurso ordinário pressupõem o exaurimento das vias ordinárias. Aqui pressupõe que todos os recursos possíveis do Código de Processo Penal já tenham sido superados.
Hipóteses de recurso especiais – art. 105, III da Constituição Federal.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
Eles partem do tribunal de justiça, seja porque você fez recurso e não concorda com a decisão do acórdão ou porque o processo começa em segunda instância.
	
SÚMULA 203/TST
Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.
Essa súmula segue a mesma lógica de vedação dos embargos infringentes e de nulidade para decisões de turmas recursais do JEC (art. 41§1º da Lei 9.099/95) – as turmas recursais do JEC são compostas por juízes e não por desembargadores.
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
Aqui são tratados internacionais que não versam sobre de direitos humanos e fundamentais, dessa forma, devem ser julgados pelo STJ. Negar aplicação à norma (lei federal e tratado), ou interpretar a norma.
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
Essa alínea não é importante para essa matéria
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
Lei federal e tratados.
SÚMULA 13/ STJ
A divergência entre julgados do mesmo tribunal não enseja recurso especial.
Ou seja, quando há divergência de jurisprudência entre o TJ de um estado e algum TRF de alguma região. Ex.: o TJ/RS entende A e o TRF-4 entende B.
Não se trata de divergência interna, do mesmo tribunal, mas de tribunais diferentes.
SÚMULA 83/STJ
Não se conhece do recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida.
Não pode alegar divergência interna, mas sobre decisões dos tribunais.
Art. 1.029/CPC. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
A não consideração desse parágrafo leva ao não acolhimento do recurso. Não basta alegar a divergência, os anexos e documentos devem ser analisados. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ambos são recursos ordinários, ou seja, de fundamentação vinculada.
O recurso especial e o recurso ordinário pressupõem o exaurimento das vias ordinárias. Aqui pressupõe que todos os recursos possíveis do Código de Processo Penal já tenham sido superados.
SÚMULA 640/STF
É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.
Art. 102/CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
Atenção à exceção do princípio da unirrecorribilidade: se no mesmo julgado for afrontado matéria de competência do STF e matéria de competência do STJ, pretendendo-se recurso especial ou extraordinário, os dois devem ser manejados simultaneamente. 
Aqui está a exceção ao princípio da unirrecorribilidade, pois se de um acordão sair uma questão de nulidade e algo que ofenda o código de processo civil, por exemplo, deverá ser feito um recurso especial para tratar da ofensa ao Código de Processo Penal e em relação à nulidade, deverá ser feito um recurso extraordinário.
Art. 1.031/CPC. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial.
Vai se apreciar primeiro a matéria de STJ e depois de STF. O próprio STJ remeterá posteriormente ao STF. Isso ocorre porque o processo pode acabar no STJ, garantindo a economia processual neste caso.
a) contrariar dispositivo desta Constituição; - a correta interpretação da constituição é a que o STF entende como correta em determinado momento histórico.
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; - Aqui são os tratados que versam sobre direitos humanos e fundamentais. A emenda constitucional de 45/2005 e parágrafo terceiro do art. 5º da CF. 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
§ 1º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. 
Esse recurso é interposto por petição, com as razões no prazo de 15 dias. Ação penal privada tem preparo, ambos de viés extraordinário, ambos têm legitimidade. O pré-questionamento também é elemento comum, necessário tanto no embargo especial quanto no extraordinário. 
Aula dia 16 de maio de 2019.
06/06/2019 2° prova;
13/06/2019 semana acadêmica;
20/06/2019 feriado;
27/06/2019 3° prova;
04/07/2019 exame.
Requisitos Recursais: 
São requisitos comuns ao recurso especial e extraordinário.
Interposto por petição, 15 dias, na ação penal privada tem preparo, de fundamentação vinculada.Pré-questionamento: impõe que o tribunal local tenha pré-questionado a matéria antes de ir para o STJ e STF, é analise preliminar das hipóteses de recurso especial e extraordinário. 
No requerimento pede que o pré-questionamento seja analisado no tribunal.
Quando houver o pré-questionamento, estará apto a pretender um recurso especial extraordinário. 
Os embargos de declaração podem ser usados para efeito de pré-questionamento, quando a hipótese de recurso especial ou de recurso extraordinário ocorrer no julgamento do tribunal, e essa possibilidade não foi possível porque em primeiro grau não ocorreram às hipóteses. 
Pré-questionamento explícito: o SFT exige pré-questionamento explicito, o STF aceita o implícito. 
Repercussão geral: só para recurso extraordinário.
Art. 1.035/CPC. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
Se não fizer repercussão geral, não passará no STF. É requisito obrigatório, requisito formal necessário. Já começar falando da repercussão geral. 
Existem as teses de repercussão geral já firmadas, podem ser já invocadas essas teses já reconhecidas pelo STF. 
HABEAS CORPUS
	- Ação autônoma de impugnação, não é recurso, de status constitucional, busca defender contra a ilegalidade em relação à prisão; 
- Possui procedimento sumário e de cognição limitada (não existe instrução probatória, fase de produção de provas e manifestação acerca desta, as provas são documentais ou apresentação da própria pessoa para que a mesma se manifeste para que o juiz veja o caso concreto).
	- Existe possibilidade de medida liminar (o que se busca no habeas é exatamente a medida liminar) de natureza cautelar; 
	- Cabe contra autoridade pública e contra ato de particular; 
	- Pode ser liberatório (quando a pessoa já está com a liberdade restrita) ou preventivo (salvo conduto), são os efeitos buscados através do habeas corpus;
	OBJETO: Art. 647/CPP: Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
	Art. 5° LXVIII / CF: LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
O 647 fala da iminência de sofrer, o LXVIII fala de ameaça de sofrer; iminência é período de tempo mais curto do que ameaça. 
Para que possa trancar IP, ação penal em andamento, é usado o inciso LXVIII, o individuo tem mandado de prisão contra ele e a próxima vez que a polícia acha-lo na rua irá prender. 
Para pretender usar o habeas para trancamento do IP ou da ação usa a palavra ameaça.
O artigo 647 tem que ser analisado conjuntamente com o inciso da CF.
A punição disciplinar tem mais caráter administrativo, as pessoas achavam que tinha relações especiais de poder, essa punição disciplinar era atividade administrativa. 
O abuso de poder da CF fala de punição disciplinas, mas de forma mais ampla. 
O habeas tem similaridade com o mandado de segurança.
O impetrante é sempre aquele que assina, o paciente é quem sofre restrição à liberdade de locomoção.
HIPÓTESES: 
SÚMULA 693 STF
Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.
SÚMULA 695 STF
Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.
Essas súmulas devem afetar diretamente a liberdade de ir e vir, isso deve ser demonstrado no processo. 
Art. 648 não deve ser analisado isoladamente, analisa as hipóteses + “afetar liberdade de locomoção”.
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: + LIBERDADE
I - quando não houver justa causa; 
Hipótese é justa causa indícios de autoria e prova de materialidade + falta de suporte jurídico que a legitima, ou seja, sem amparo legal. Ex falta de elementos do artigo 312 e 313 CPP, ou quando alguém for detido meramente para averiguação (não existe mais isso).
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
Quando alguém esta preso por mais tempo do que deveria é porque algo não está de acordo. Todos têm direito de ser julgado no prazo razoável.
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
Competência jurisdição. A prisão só pode ser decretada por ordem judicial de juiz competente e juiz natural. Verificar as competências relativas à CF, CPP, quantidade de delito, delito mais grave, todas as gamas de competência que envolve a decretação de prisão. 
 
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
Cessado o suporte fático, está encerrado o motivo. Ex: se a pessoa está presa por ameaçar testemunhas, e se, lendo o fundamento da prisão preventiva se verifique que esse é o fundamento, cessada a instrução, também cessa o motivo pelo qual a pessoa foi presa, a possibilidade de manutenção da prisão. 
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
Possibilidade de fiança, estabelecida em lei, o fato é que quando a lei admite que alguém deve prestar fiança, esse direito deve ser franqueado. 
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
Visa conhecer a nulidade e seus efeitos, a nulidade deve ser evidente, inequívoca, sem sombra de dúvidas. Ex: falta de intimação. 
Efeito: Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo, este será renovado.
VII - quando extinta a punibilidade.
Hipóteses do artigo 107/CP 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Habeas corpus Contrato de particular: pessoa física ou jurídica. Ex: hospitais, hotéis.
Habeas corpus contra internação compulsória: 
Não se tem admitido habeas corpus nesse caso, tendo em vista que o procedimento deste é de cognição sumária, e o procedimento da internação pressupõe um amplo contraditório. Assim, a via do habeas é estreita para sua aplicação nesse caso. Todavia, quando são verificadas condições degradantes, desumanas, e que oferecem risco à integridade, tem-se admitido o habeas corpus. E: violência, condições de saúde, higiene.
Habeas corpus preventivo: o interesse surge de um perigo de dano, de uma ameaça, analisa-se a verossimilhança. Nesse caso, se emite um salvo conduto, dirigido à autoridade apontado como autora. Ex: CPI’s, onde as pessoas iam depor, chegavam lá e se reservavam o direito ao silencio e eram presas, isso não é possível, as pessoas costumavam pedir habeas corpus buscando salvo conduto. 
COMPETÊNCIA: 
Quando pode ser interposto: pra quem é postulado? Perante autoridade judiciária superior à autoridade que emanou o ato, com poder para desconstituí-lo. A pessoa tem que ter uma competência para desfazer o ato praticado pela autoridade inferior, deve haver hierarquia e competência territorial. 
Art. 649/CPP. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a autoridade coatora.
Está ligada a princípios territoriais e de hierarquia. 
LEGITIMIDADE: qualquer pessoa. Impetrante é quem assina o ato/peça
Art. 654/CPP. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem,bem como pelo Ministério Público.
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
Pode expedir de ofício, sem provocação.
Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do art. 654, § 1o, o presidente, se necessário, requisitará da autoridade indicada como coatora informações por escrito. Faltando, porém, qualquer daqueles requisitos, o presidente mandará preenchê-lo, logo que lhe for apresentada a petição.
Não significa contraditório, são apenas informações. 
Faltando qualquer requisito do artigo 654 §1°, não refuta, manda preencher.
Art. 654, § 1°/CPP. A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências. 
Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se julgar necessário, e estiver preso o paciente, mandará que este lhe seja imediatamente apresentado em dia e hora que designar.
Essa diligencia é para atos de juiz, não é para o tribunal.
No tocante à liminar não há previsão de intervenção do MP
PROCEDIMENTO: 
FAZER: 
1 Jurisprudência de habeas : releitura de análise de voto
2 Teses de repercussão geral (essas só copiar e colar)
Aula dia 23 de maio de 2019.
REVISÃO CRIMINAL
A revisão criminal ataca a imutabilidade da coisa julgada (segurança da justiça) em nome da justiça
Objeto da revisão criminal
Sentença ou acórdão condenatório 
Sentença ou acórdão absolutório impróprio
Art. 621 – rol taxativo
Art. 621.  A revisão dos processos findos será admitida:
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos; 
Texto expresso na lei penal: aqui é qualquer ato normativo que verse sobre direito penal e processual penal e os ditames penais e processuais penais constantes na constituição penal – Aqui é o princípio da legalidade sendo aplicado e princípio da lei processual penal mista. Ex.: nulidade absoluta.
À evidência dos autos: aqui é o antagonismo entre a decisão condenatória e o contexto probatório. Aqui a decisão é divorciada dos elementos do processo. 
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; 
Aqui a decisão é contaminada por vícios de natureza penal (quando foram obtidas de forma criminosa. Ex.: depoimento falso). 
Nessa hipótese, os tribunais requerem prova pré-constituída. Ou seja, antes de chegar ao tribunal, você deve ter prova da falsidade constituída e essas provas devem ter sido apreciadas. 
Prova pré-constituída significa que a dilação probatória é feita nos autos de primeiro grau, mas a análise do mérito é feita pelos tribunais, por meio de uma ação de justificação, que é cível, mas tramita em uma vara criminal. Esse procedimento serve para angariar provas, sejam elas testemunhais, documentais ou periciais. Esses elementos serão anexados à petição de revisão criminal e serão apreciados pelo tribunal. 
Primeiro você deve demonstrar que houve a falsidade, depois que essa prova foi utilizada contra o réu, porque é necessário que tenha nexo de causalidade entre a prova falsa e o fundamento da decisão (absolvição/ condenação ou aplicação de majorante/ agravante/ qualificadora).
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. 
Aqui se utiliza o que foi dito sobre prova pré-constituída. São provas desconhecidas que surgem após o processo. Não necessita produzir absolvição, podendo influir na dosagem da pena. 
Art. 622.  A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após.
Parágrafo único.  Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas.
O inciso primeiro e segundo do artigo anterior podem ser usados somente uma vez, contudo, o inciso terceiro poderá ser intentado sempre que surgirem novas provas, mesmo após o cumprimento da pena. 
Art. 623.  A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. – O Ministério Público aqui também tem legitimidade para postular.
 
COMPETÊNCIA E JULGAMENTO
Art. 624.  As revisões criminais serão processadas e julgadas: - é de competência originária dos Tribunais     
 I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele proferidas;
II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos demais casos. Aqui é o pelo STJ
§ 1o  No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e julgamento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento interno.
§ 2o  Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas câmaras ou turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso contrário, pelo tribunal pleno.
§ 3o  Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais, poderão ser constituídos dois ou mais grupos de câmaras ou turmas para o julgamento de revisão, obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento interno.         
Competência: o STF e STJ somente farão a revisão dos próprios julgados nas decisões de competência originária. O fato de existir recurso especial e recurso extraordinário, não enseja o julgamento por esses órgãos, somente se for de competência ordinária desses Tribunais.
Art. 625.  O requerimento será distribuído a um relator e a um revisor, devendo funcionar como relator um desembargador que não tenha pronunciado decisão em qualquer fase do processo. Aqui é juiz de primeiro ou segundo grau.
§ 1o  O requerimento será instruído com a certidão de haver passado em julgado a sentença condenatória e com as peças necessárias à comprovação dos fatos arguidos.
§ 2o  O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não advier dificuldade à execução normal da sentença.
Art. 626.  Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo. Aqui são as possibilidades do tribunal ao julgar procedente. Assim, é possível que ocorra uma decisão ultra petita. 
Parágrafo único.  De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta pela decisão revista.
Art. 630.  O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.
§ 1o  Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça.
§ 2o  A indenização não será devida:
a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder; - Ação penal privada.
b) se a acusação houver sido meramente privada.
MANDADO DE SEGURANÇA EM MATÉRIA CRIMINAL – ART. 5º LXIX
É um instrumento processual (ação), que visa resguardar os interesses do cidadão, diante de ilegalidade praticada por agente público. Situa-se em uma lacuna do habeas corpus, protege direito líquido e certo, quando não houver a restrição de locomoção, o objeto é por exclusão. Ex.: apreensão de veículo em operação policial. 
Ele protege direito de pessoa física ou jurídica. Possui rito e sistema recursal especial, sendo ele do processo civil, tendo custa e valor da causa. Admite liminar. 
A ilegalidade deve ser manifesta, igualmente no habeas corpus, apurável sem necessidade de dilação probatória. 
Direitolíquido e certo: é aquele apto a ser exercido, evidente e que pode ser demonstrado documentalmente.
A prova deve ser pré-constituída. Se os documentos estiverem na posse da propriedade coautora, poderá ser requerido na inicial.
Aqui quando a parte for intimada para prestar informações, devem narrar o acontecido, devendo as informações ser claras e objetivas. 
O MP tem oitiva obrigatória em mandado de segurança. 
ART. 5º LXIX, regulamentado pela lei 12.036.
Aula dia 30 de maio de 2019.
REVI
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS EM SENTIDO ESTRITO
E DAS APELAÇÕES, NOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO (e julgamento de agravo em execução penal).
	Embargos infringentes e de nulidade:
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.
Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
CARTA TESTEMUNHAL
Serve para levar ao conhecimento doo tribunal, decisão de primeiro grau que denega recurso, ou lhe nega seguimento. 
O recorrente chama-se testemunhante e o recorrido chama-se testemunhado (é a parte contrária), que pode ser o acusado ou o MP. 
Hipóteses: Art. 639/CPP: Ambas as hipóteses são de cunho procedimental. 
Art. 639.  Dar-se-á carta testemunhável:
I - da decisão que denegar o recurso;
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem.
Atualmente fica restrita a decisão que nega o RSE e a que nega agravo em execução. 
Tempestividade: 48hs, mas na prática tem sido dois dias.
Art. 640.  A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas.
Procedimento: Art. 640 e seguintes. Efeito devolutivo 
Substituído normalmente por mandado de segurança.

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