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RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
1 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
2 
 
INFRA-ESTRUTURA: PRINCIPAIS COMPONENTES 
 
 
Neste capítulo você conhecerá os elementos que compõem a infra-estrutura dos vagões. 
Aprenderá também como montar e desmontar seus principais componentes, além dos métodos 
usados na inspeção. 
Principais componentes 
A infra-estrutura compreende a parte inferior do vagão. É composta por: 
 Truques; 
 Timoneria do truque; 
 tirantes do truque; 
 barra de compressão; 
 alavanca de força; 
 triângulo de freio; 
 setor de graduação; 
 molas; 
 Rodeiros; 
 rodas; 
 rolamentos; 
 eixo; 
 Sapatas. 
 
TRUQUE 
 
 
 
 
 
O truque é um componente estrutural do vagão e possui as seguintes finalidades: 
 
 distribuir e transferir o peso do vagão para os trilhos; 
 absorver choques; 
 propiciar estabilidade e equilíbrio ao vagão. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
3 
 
NOTA: A FCA trabalha com dois modelos de truques – Ride-Control e Barber Stabilized. 
Componentes dos truques 
 
Laterais 
 Confeccionadas em aço fundido classe „B‟ (especificação AAR); 
 São duas laterais por truque, com guias para encaixe do triângulo de freio tipo „UNIT‟; 
 Possuem corrediças para encaixe das travessas centrais, munidas de chapas de 
desgaste substituíveis; 
 Sobre as chapas de desgaste trabalham as cunhas dos amortecedores. 
 
Travessa central 
 Confeccionada em aço fundido classe „B‟; 
 Cada truque possui uma travessa central; 
 Seu centro de pião tem 305 mm (12”) de diâmetro; 
 Existem cavidades nas extremidades para encaixe das cunhas de fricção dos 
amortecedores. 
 
Cunhas de fricção 
 Confeccionadas em aço fundido e endurecidas nas superfícies de fricção; 
 Trabalham encaixadas nas cavidades da travessa central; 
 Desempenham a função de manter a travessa central em permanente contato com as 
laterais, amortecendo variações de movimento e carga sobre elas. 
 
Molas do truque 
 Confeccionadas em aço mola ABNT 5160; 
 Altura de 9.1/16”; 
 Deflexão de 2.1/2” (tipo D3 AAR); 
 Variam em número e forma de arranjo, de acordo com o tipo de truque e de manga do 
vagão; 
 Possuem a finalidade de amortecer e tirar a rigidez do vagão. 
 
Molas das cunhas de fricção 
 Confeccionadas em aço mola; 
 Possuem uma mola para cada cunha de fricção nos truques Barber-Stabilized; 
 Para cada cunha dos truques Ride-Control existem duas molas; 
 Têm a finalidade de atuar nas cunhas de fricção. 
 
Triângulos de freio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Triângulos de freio 
Contra Sapata 
Ponteira 
Ponto Fixo 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
4 
 
 
 Confeccionados em aço fundido ou em chapas estampadas tipo „UNIT‟; 
 Cada truque possui dois triângulos de freio; 
 Possuem encaixes nas laterais e atuam nas duas rodas simultaneamente; 
 Possuem um apoio na parte central que fica em posição vertical para a montagem da 
alavanca de força; 
 Em suas extremidades existem: 
 contra-sapatas rebitadas ou soldadas; 
 chapas de desgaste renováveis, soldadas em furos providos de buchas 
cementadas com dureza de 60Hcr. 
 
Sapatas de freio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Possuem parte de atrito com a roda (feita de material não ferroso); 
 São encaixadas na contra-sapata do triângulo de freio e fixadas por chavetas de aço; 
 São quatro sapatas para cada truque; 
 Classificam-se de acordo com o sistema de freio instalado no vagão. Observe: 
 verde : alto atrito; 
 amarelo: baixo atrito. 
 
Barra de compressão 
 Barra de aço com forquilhas (palmatórias) nas extremidades; 
 Furação com bucha de aço doce, cementada com dureza de 60 Hcr; 
 Interliga e transfere força para o acionamento dos triângulos de freio; 
 Existe uma barra de compressão para cada truque. 
 
Alavancas de força 
 Confeccionas em chapas de aço de 1‟; 
 Possuem três furos com buchas cementadas com dureza de 60 Hcr; 
 São duas alavancas para cada truque; 
 Têm a função de alavanca de força para o acionamento do triângulo de freio. 
 
Setor de graduação 
 Confeccionado em chapa de aço de ½”; 
 Formato curvo; 
 Furações providas de buchas de aço doce cementado, com dureza de 60 Hcr; 
 Há um setor de graduação para cada truque; 
 Tem a finalidade de graduar a distância entre a sapata de freio e a roda, devido ao 
desgaste sofrido pela sapata. 
 
Pino da timoneria 
 Confeccionado em aço baixo carbono; 
 Cementado em profundidade de 1 mm e dureza de 60 Hcr; 
Sapatas sem 
condições de uso 
Sapatas 
boas 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
5 
 
 Tem a função de ligar os seguintes elementos: 
 
 tirantes; 
 alavancas; 
 barra de compressão; 
 setor de graduação. 
 
Timoneria do truque 
É o conjunto formado pelos seguintes elementos: 
 alavancas; 
 setor de graduação; 
 barra de compressão; 
 pinos. 
 
Seleção de pares de laterais 
 
A formação de pares laterais de truques é feita pelo método de marcação, que faz uso de botões 
e de intervalos de medida, que servem para classificar a Base Rígida Real (BRR) das laterais. 
 
Elementos para a seleção de pares laterais 
 BRN – Base Rígida Nominal: é a distância entre os centros das cadeiras de lateral, 
acompanhada de valores numéricos que representam tolerâncias permissíveis; 
 BRR – Base Rígida Real: é a distância real entre o centro das cadeiras de lateral, obtida 
por meio de medição com precisão e instrumento exigidos; 
 Botão: é o ressalto fundido ou soldado na parte externa de uma das extremidades de 
cada lateral. 
 
 
 
NOTA: A tolerância de fabricação de qualquer lateral é de mais ou menos 3/16” ou 4,8 
mm. 
 
A BRR de qualquer lateral deve ficar dentro da faixa de tolerância (Ft) de 3/8” (9,6 mm). Observe 
a fórmula: 
 
 
Ft = BRR Máx – BRR Min = 3/8” (0,375”) 
 
 
Esta faixa de tolerância de 3/8” é dividida em cinco subfaixas iguais de 0,075” (1,9 mm). A 
finalidade dessas cinco subfaixas é permitir o enquadramento de cada lateral em um 
determinado lote. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
6 
 
O enquadramento de uma lateral em uma das cinco subfaixas de tolerância é mostrado por meio 
de botões fundidos em uma de suas extremidades. 
Esses botões são fundidos na parte externa de uma das extremidades do lateral novo, em local 
bem visível. Eles são posicionados verticalmente ou obliquamente, em linha reta e igualmente 
espaçados. 
A montagem do truque deve conter laterais com o mesmo número de botões ou com diferença 
de uma unidade de botão. 
 
NOTA: A Base Rígida de lateral de dois vagões mangas “C” e “D” da FCA é de 5‟2” 
(1575mm). 
 
 
MONTAGEM DE TRUQUES 
 
Existe uma forma de montagem para cada marca de truque. Observe: 
 
Truque Ride-Control 
 
A montagem do truque Ride-Control é feita em dois estágios: 
 disposição das cunhas de fricção na travessa central; 
 disposição da travessa central nos laterais. 
 
Disposição das cunhas de fricção na travessa central 
 
 Posicione a travessa central na parte de montagem das cunhas; 
 Situe manualmente as molas e as cunhas na travessa central; 
 Prense as cunhas de fricção contra as molas, fazendo com que entrem no alojamento da 
travessa central; 
 Trave as cunhas com ferrolhos de aço; 
 Alivie a prensa; 
 Verifique a distância entre as cunhas de fricção e passe um gabarito em toda a extensão 
das cunhas. 
 
Ferrolhos de aço (pino retentor das cunhas de fricção) 
 
 
 
 
GabaritoRECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
7 
 
 
Máquina de montar cunha de fricção Ride-Control na travessa central 
 
 
 
 
 
 
Montagem da travessa central nos laterais 
 
 Posicione a travessa central na máquina de montagem do truque com as cunhas 
travadas nas bolsas; 
 Ponha os laterais e os triângulos de freio, montando as molas do truque; 
 Acione o atuador pneumático da máquina. Para isso, alivie a pressão das molas de 
fricção e retire os pinos retentores (grampos de trava); 
 Coloque a travessa em posição com os elementos de fricção previamente montados; 
 Levante a lateral de modo que a abertura larga, na parte inferior da janela, fique em 
alinhamento horizontal com as guias externas da travessa; 
 Empurre a lateral sobre a extremidade da travessa até que a linha do centro „A‟ das guias 
da travessa coincida com a linha de centro „A‟ do lateral; 
 Levante a travessa e coloque as molas do truque na bandeja do lateral. 
 
 
 
Posicionamento das laterais e da travessa central 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
8 
 
Montagem das molas do truque 
 
 
 
Após o alívio de pressão dos atuadores pneumáticos é necessário retirar os pinos retentores. 
Isso permite que as cunhas de fricção entrem em contato com o lateral. 
 
 
Truque Barber 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
9 
 
 
 Encaixe as cunhas de fricção; 
 Introduza os grampos de fixação para travar as cunhas nas respectivas bolsas; 
 Monte as extremidades da travessa central na abertura inferior de ambas as laterais; 
 Levante a travessa central, coloque as molas de suspensão do truque e a mola das 
cunhas de fricção sobre os assentos guia das laterais; 
 Desça a travessa central sobre as molas e assegure-se de que estão corretamente 
posicionadas nas guias existentes na lateral; 
 Remova os grampos de fixação das cunhas. 
 
 
 
 
 
 
A folga máxima entre o lateral e a travessa central é soma das folgas A e B. Essa soma não 
deve exceder a 1.1/8‟, tanto para truques manga „C‟ quanto „D‟. 
 
ATENÇÃO: Deve-se colocar o truque já montado sobre os rodeiros, mantendo a tolerância de 
altura das rodas. 
 
TOLERÂNCIA ENTRE DIÂMETROS DE RODAS 
No mesmo rodeiro No mesmo 
truque 
Entre 
truques 
½ tape no perímetro ½" 1" 
1,59 mm no diâmetro 12,7 mm 25,4 mm 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
10 
 
 
INSPEÇÃO E RECUPERAÇÃO DE COMPONENTES DO TRUQUE 
 
Conheça passo a passo os procedimentos de inspeção dos componentes dos truques. 
 
Laterais 
 
 As chapas de desgaste da coluna do lateral devem ser substituídas quando atingirem o 
desgaste de 1/8”; 
 As soldas trincadas devem ser refeitas; 
 As chapas de desgaste devem ser soldadas no lateral, preferencialmente no plano 
horizontal, usando Eletrodo AWS-7018 e a corrente mais baixa possível; 
 A solda deve começar a 2” da extremidade da chapa de desgaste, prosseguindo até o 
final e enchendo a cratera que se formar no fim do filete; 
 Não é necessário o preaquecimento do lateral ou da chapa; 
 A solda deve ser bem acabada, homogênea, livre de bolhas de gás ou de outras 
inclusões. 
 
 
Chapa de desgaste da coluna do lateral Lide-Control 
 
O empeno da chapa não deve exceder a 0,63 mm (0,025”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
11 
 
Chapa de desgaste coluna do lateral Barber 
 
O empeno da chapa não deve exceder a 0,63 mm (0,025”). 
 
 
 
 
 
 
 Recondicione (com solda) a superfície „B‟ para reconstituir a dimensão de 5/8”, desde 
que a superfície não desgastada “D” for igual ou menor que 7”; 
 Recondicione (com solda) a superfície „C‟ para reconstituir a dimensão de 3/8”, desde a 
superfície „E‟ não esteja desgastada; 
 Esmerile as superfícies „B‟ e „C‟ até que fiquem lisas. 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
12 
 
Chapa de desgaste do pedestal para caixa de rolamento 
 
Atingirá seu limite de uso quando apresentar um desgaste de 1/8” nas superfícies de contato. 
 
 
 
 
Quando necessário o assento da chapa de desgaste deve ser preenchido com solda. As 
superfícies precisam ser esmeriladas para recompor a base plana de montagem da chapa de 
desgaste, observando-se o tipo de manga. 
 
 
 
Os pedestais devem ser recondicionados com soda nas seguintes ocasiões: 
 
 caso as dimensões „A‟ ou „B‟ forem iguais ou menores que os respectivos valores 
indicados na tabela; 
 caso a dimensão „C‟ for igual ou maior que os valores indicados na tabela. 
 
RECONSTITUIÇÃO DA LARGURA DO TETO E DAS PERNAS VERTICAIS DA 
ARMAÇÃO LATERAL 
Dimensão da manga 
Dimensão "A" ou 
menor 
Dimensão "B" ou 
menor perna interna 
ou externa 
Dimensão "C" ou 
maior 
5" x 9" 4 11/16" 3 3/16" 9 1/8" 
5 ½" x 10" 5 7/16" 3 5/16" 10 1/8" 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
13 
 
Depois de reparadas e esmeriladas, a superfície „A‟ e a dimensão „D‟ de um lado com a 
dimensão „D‟ do outro lado, não deverão diferir mais que 1/16‟, usando o gabarito. 
 
 
 
Teto de pedestal não provido de chapa de desgaste 
 
 
 
NOTA: A concavidade do teto não deve exceder a 1/16”. 
 
 
 
 
 
Caso a superfície do pedestal esteja fora de esquadro em mais de 1/16”, ela deverá ser 
comparada e conferida com o auxílio de um esquadro. O teto do pedestal pode ser reparado 
aplicando-se a chapa de desgaste, somente se a medida de desgaste vertical for igual ou menor 
que 3/16”. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
14 
 
 
 
O relevo representa o limite de desgaste permitido no teto. A reparação é feita por meio da 
esmerilhação total da superfície plana do teto do pedestal. 
 
A aplicação da chapa de desgaste deve seguir as seguintes especificações: 
 
 1/8” no mínimo; 
 3/16 no máximo. 
 
Deve-se manter a dimensão apropriada desde a chapa até o furo da chaveta retentora dos 
mancais. Após a aplicação da chapa do teto, é necessário examinar a sua dimensão até o furo 
da chaveta. 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
15 
 
 
 
 
As chapas de desgaste das guias dos triângulos da lateral devem ser substituídas nas seguintes 
situações: 
 
 quando atingirem um desgaste de 3/32 na espessura; 
 quando a abertura atingir 1.13/16”. 
 
 
 
 
 
Triângulos de freio 
 
Eles devem ser reparados quando 
apresentam: 
 
 empenos; 
 trincas; 
 desgaste; 
 falta de buchas. 
 
As chapas de desgaste das 
extremidades devem ser substituídas 
sempre que o desgaste atingir a 
3/32”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
16 
 
 
Travessa central do truque 
 
As chapas de desgaste para bolsas das cunhas de fricção Ride-Control deverão ser substituídas 
quando atingirem o desgaste de 1/8”. A solda deverá ser refeita se estiver trincada. 
 
Essas chapas são soldadas na travessa por meio de eletrodo AWS-E-7018 e a corrente elétrica 
deve ser a mais baixa possível. A solda tem que ser bem acabada, homogênea e livre de bolhas 
de gás e outras inclusões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As corrediças da travessa central Ride-Control devem ser 
recondicionadas em caso de desgaste. Portanto, deverá ser 
feito um enchimento de solda. 
 
A superfície soldada deverá ser esmerilada para recompor a 
base plena, de acordo com as medidas especificadas para 
cadamanga. 
 
 
 
 
LIMITE DE DESGASTE DAS CORREDIÇAS DA TRAVESSA CENTRAL 
RIDE-CONTROL 
DIMENSÃO 
DA MANGA 
LIMITE DE 
DESGASTE 
DIMENSÃO 
"A" 
RECONDICIONAR 
ATÉ "A" +1/8" -
1/8" 
DIMENSÃO 
"B" 
DIMENSÃO 
"C" 
5"x9" 8.1/2" 8" 1.1/2" 1.1/2" 
5.1/2"x10" 8.1/2" 8" 1.1/2" 1.1/2" 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
17 
 
Desgastes da superfície vertical da bolsa de fricção da travessa central Ride-Control devem ser 
eliminados da seguinte forma: 
 
 a superfície vertical „F‟ deve ser recondicionada com enchimento de solda; 
 a solda deve ser esmerilada e polida para permitir a aplicação da régua de conferência; 
 a superfície plana deve ser recomposta obedecendo-se as medidas especificadas. 
 
 
LIMITE DE DESGASTE DA SUPERFÍCIE VERTICAL DA BOLSA DE 
FRICÇÃO – RIDE-CONTROL 
DIMENSÃO DA MANGA 
LIMITE DE DESGASTE 
DIMENSÃO "F" 
RECONDICIONAR ATÉ 
"F" 
+1/8" -1/16" 
5"x9", 5.1/2"x10" 12.1/4" 12.13/16" 
 
 
NOTA: Atingido o limite „F‟ as superfícies serão recondicionadas. 
 
 
 
 
 
 
Bolsa da cunha de fricção da travessa central Barber sem chapa de desgaste 
 
As superfícies de fricção inclinadas devem ser recondicionadas quando a dimensão „D‟ for igual 
ou menor a 7.1/2”. Para isso, deve – se fazer um enchimento de solda. 
 
A solda tem que ser esmerilada e polida para permitir a aplicação do gabarito de conferência, 
que deverá ser apoiado na superfície „F‟, e a régua colocada sobre o assento das molas. 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
18 
 
LIMITE DE DESGASTE DAS CORREDIÇAS DA TRAVESSA CENTRAL – RIDE-
CONTROL 
DIMENSÃO 
DA MANGA 
DIMENSÃO 
"D" 
DIMENSÃO 
"E" 
DIMENSÃO 
"G" 
DIMENSÃO 
"H" 
DIMENSÃO 
"I" 
5"x9" 7.1/2" 1.1/2" 3.3/8" 1.7/16" 1.5/8" 
5.1/2"x10" 7.1/2" 1.3/4" 3.3/8" 1.7/16" 3" 
 
 
 
Superfície inclinada de fricção Barber 
 
 
 
 
 
NOTA: Quando o desgaste alcançar ¼”, ele deverá ser recondicionado com solda 
esmerilada para permitir a aplicação do gabarito. 
 
Bolsa da cunha de fricção da travessa central Barber com chapa de desgaste 
 
Caso as bolsas das cunhas de fricção da travessa central sejam providas de chapas de 
desgaste, elas deverão ser substituídas quando o desgaste atingir 1/8”. 
 
ATENÇÃO: As soldas das chapas que apresentarem trincas deverão ser trocadas. 
 
As chapas de desgaste deverão ser fixadas à travessa por solda eletrodo AWS-E-7018 e em 
corrente mais baixa possível. Não é necessário o preaquecimento da travessa ou da chapa. A 
solda deve ser bem acabada, homogênea e livre de bolhas de gás ou outras inclusões. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
20 
 
Cunhas de fricção 
 
 
Cunha de fricção Barber 
 
 
 
 
 
 
Cunha de fricção Ride-Control 
 
Deve ser substituída quando o desgaste atingir o rebaixo indicativo de limite de seu uso ou 
quando as superfícies inclinadas apresentarem um desgaste côncavo de 1/16” de profundidade. 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE: estas cunhas de fricção deverão ser substituídas quando o desgaste 
atingir os rebaixos indicativos do limite de uso 3/8‟ ou 1/8‟, conforme indica a ilustração: 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
21 
 
 
 
Molas do truque 
 
As molas do truque devem ser recarregadas nas seguintes situações: 
 
 quando afetadas por corrosão; 
 quebradas; 
 quando a sua altura permanente diminuir 5/8”, se comparada à altura livre especificada. 
 
As molas usadas devem ser classificadas por teste de variação de deflexão, com aplicação de 
70 libras de pressão, e identificadas por pinturas nas espiras, de acordo com os valores de 
classificação. Observe: 
 
 cor branca: deflexão até 5 mm abaixo da resistência especificada; 
 cor azul: deflexão até 10 mm abaixo da resistência especificada; 
 cor amarela: deflexão até 15 mm abaixo da resistência especificada. 
 
 A montagem do truque é feita com molas de mesma cor (mesma classificação de deflexão). As 
molas são montadas no truque conforme arranjo por tipo de truque e de manga. Observe: 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
22 
 
B C D
SELF ALLINING MOLA EXT. D2 MOLA EXT. D2
FRICÇÃO
MOLA D2
ROLAMENTO 
MOLA D3 
MOLA D2
BARBER (FNV) MOLA D3 MOLA D3
BARBER (NISHA) MOLA D3
MOLA D3
MOLAS RIDE-CONTROL
(SUMITOMO E COBRASMA)
TIPO TRUQUE
TABELA ARRANJO DAS MOLAS DE SUSPENSÃO DO TRUQUE
MANGA
 
 
Máquina de teste de mola 
 
 
Timoneira do truque 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
23 
 
A timoneira do truque leva a força da aplicação de freio até as sapatas de freio do vagão por 
meio de alavancas de força que acionam os triângulos de freio. 
 
A montagem da timoneira de freio é feita para combinar as furações entre o setor de graduação 
e a barra de compressão. Isso permite que a alavanca de força fique completamente recuada e 
as sapatas de freio fiquem próximas às rodas, de forma que, ao menor deslocamento da 
alavanca de força, as sapatas toquem as rodas e propiciem a frenagem. 
 
Alavanca de força 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
24 
 
 
Barra de compressão 
 
 
 
Setor de graduação 
 
 
 
 
Ampara balanço 
 
Uma folga transversal do vagão em relação ao truque é necessária para que os vagões tenham 
boa estabilidade sobre os trilhos e uma adequada inscrição nas curvas da via. 
 
A aferição dessa folga é feita com o vagão posicionado em linha plana. São medidas as folgas 
entre as castanhas de amparo balanço (montadas em coxins na travessa central do truque) e a 
base de apoio do vagão, situada na travessa do pião do vagão. 
 
A diferença entre as folgas somadas em diagonal deve ser menor ou igual a 3,2mm. Observe: 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
25 
 
 
A 
B 
C 
D 
A + D = X 
 
B + C = Y 
 
X - Y = 3,2 
mm 
Folga 
1 
Folga 
2 
Folga 
3 
Folga 
4 
4,0 a 6,0mm 
 
 
RODEIRO 
 
 
 
 
 
É o conjunto de duas rodas e um eixo. Pode conter engrenagens e mancais. 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
26 
 
Roda 
 
É o elemento rolante de sustentação do truque. As Rodas são fixadas ao eixo por meio de 
pressão e não é utilizado aquecimento em sua montagem. 
 
Composição das rodas 
 
 Cubo: porção central. É furado para receber o eixo; 
 Aro: porção periférica. Transmite a carga ao trilho; 
 Disco: porção intermediária. 
 
O aro é constituído pelos seguintes elementos: 
 
 Friso: é o rebordo do aro. Tem a finalidade de garantir o rolamento do rodeiro sobre os 
trilhos. 
 Passeio ou superfície de rolamento: é a superfície do aro. Mantém contato com o trilho 
durante o rolamento da roda. 
 Bandagem: face interna ou externa da superfície do aro, limitada pelas superfícies de 
rolamento e de concordância com o disco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rodas usadas na FCA 
 
 CD-29: vagões; 
 CA-30: vagões; 
 CF-36: locomotivas; 
 CA-40: locomotivas. 
 
 
 
Roda em corte Roda nova 
passeioe
m corte 
bandagem 
Friso 
disco 
cubo 
Aro 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
27 
 
TIPOS DE RODAS USADAS NA FCA 
TIPO A B C D G L N1 N2 O1 O2P R1 R2 
FURO 
MÁX. 
 
CD-29 
 
27,0 
N+1
,6 
30,2 
N+1,
6 
17,5 
N+1,
6 711,
2 
63,5 
min. 
133,
4 
i+3,
2 19,1 
min. 
25,
4 
min. 
279,
4 
i+25,
4 279,
4 
i+25,
4 168,
3 
i+6,3 
92,1 
i+6,
3 
76,2 
i+3,2 
196,9 
I-0 I-0 I-1,6 
I-
3,2 
I-0 I-0 I-6,3 
I-
6,3 
I-3,2 
1.1/
16 
+1/
16 
1.3/6 
+1/1
6 0,68
8 
+1/1
6 29.1/
4 
2.1/2 
min. 
5.1/4 
+1/
8 3/4 
min. 
1 
min. 
11 
+1 
11 
+1 
6.5/8 
+1/4 
3.5/8 
+1/
4 
3 
+1/8 
7.3/4 
I-0 I-0 -1/16 
-
1/8 
-0 -0 -1/4 
-
1/4 
-1/8 
 
CA-30 
25,4 
N+1
,6 
34,9 
N+0,
8 
14,3 
N+1,
6 
762 
63,5 
min. 
145,
3 
i+3,
2 19,1 
min. 
>N1 
282,
6 
i+25,
4 282,
6 
i+25,
4 177,
8 
i+6,3 
63,5 
i+3,2 
225,4 
I-0 I-2,4 I-1,6 
I-
3,2 
I-0 I-0 I-6,3 I-3,2 
1 
+1/
16 
1.3/8 
+1/3
2 0,56
3 
+1/1
6 
30 
2.1/2 
min. 
5.23/
32 
+1/
8 3/4 
min. 
>N1 
11.1/
8 
+1 
11.1/
8 
+1 
7 
+1/4 
2.1/2 
+1/8 
8.7/8 
I-0 
I-
3/32 
-1/16 
-
1/8 
-0 -0 -1/4 -1/8 
 
CF-36 
25,4 
N+1
,6 
29,4 
N+1,
6 
14,3 
N+1,
6 914,
4 
63,5 
min. 
139,
7 
i+3,
2 19,1 
min. 
>N1 
330,
2 
i+25,
4 330,
2 
i+25,
4 165,
1 
i+3,2 
122,2 
i+3,
2 
42,9 
f 
260,4 
-0 -0 I-1,6 
I-
3,2 
I-0 I-0 I-3,2 
I-
3,2 
f 
1,0 
+1/
16 1.5/3
2 
+1/1
6 
0,6 
+1/1
6 
36 
2.1/2 
min. 
5.1/2 
+1/
8 3/4 
min. 
>N1 13,0 
+1 
13,0 
+1 
6.1/2 
+1/8 
4.13/1
6 
+1/
8 1.11/1
6 
f 
10.1/4 
-0 I-0 -1/16 
-
1/8 
-0 -0 -1/8 
-
1/8 
f 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
28 
 
CA-40 
25,4 
N+1
,6 
29,4 
N+1,
6 
14,3 
N+1,
6 
1016 
63,5 
min. 
139,
7 
i+3,
2 25,4 
min. 
>N1 
317,
5 
i+3,2 
317,
5 
i+3,2 
165,
1 
i+3,2 
122,2 
i+3,
2 
42,9 
f 
252,4 
I-0 I-0 I-1,6 
I-
3,2 
I-3,2 I-3,2 I-3,2 
I-
3,2 
f 
1 
+1/
16 1.5/3
2 
+1/1
6 0,56
3 
+1/1
6 
40 
2.1/2 
min. 
5.1/2 
+1/
8 1 
min. 
>N1 
12.1/
2 
+1/8 
12.1/
2 
+1/8 
6.1/2 
+1/8 
4.13/1
6 
+1/
8 1.11/1
6 
f 
9.15/16 
I-0 I-0 -1/16 
-
1/8 
-1/8 -1/8 -1/8 
-
1/8 
f 
f = Sobremetal de 1/16" a 3/16" 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
29 
 
Terminologia 
 
1. Roda CD-29 
 Diâmetro: 29.1/4”; 
 Aplicação: vagões de carga de 1mm de bitola; 
 Capacidade de carga: 15 toneladas; 
 Desenvolvida pela RFFSA. 
NOTA: Substituída pala CD-30. 
 
2. RODA A-30 
 Diâmetro: 30”; 
 Aplicação: vagões de carga de 1 metro de bitola; 
 Capacidade de carga: 15 toneladas; 
 Difere da roda CD-29 nos seguintes aspectos: 
 diâmetro; 
 deslocamento do cubo frente a face do aro da roda; 
 espessura do friso 3/16” maior. 
 
3. Roda CF-36 
 Diâmetro 36”; 
 Aplicação: locomotivas U-20, MX-620, U-5, U-10, U-12, U-13; 
 Capacidade de carga: 15 toneladas. 
 
4. Roda E-40 
 Diâmetro: 40”; 
 Aplicação: locomotivas GM, G-12, G-8, GT; DDM; 
 Capacidade de carga: 15 toneladas. 
 
Terminologia das partes da roda 
 
 
 
 
 
 Cubo: porção central perfurada para receber o eixo; 
 Aro: porção periférica que transmite as cargas ao trilho; 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
30 
 
 Disco: porção intermediária limitada pelo arco e pelo cubo; 
 Superfície de rolamento: superfície do aro que mantém contato com o trilho durante o 
rolamento da roda; 
 Friso: rebordo do aro destinado a garantir o rolamento do rodeiro sobre os trilhos; 
 Face externa da roda: face oposta ao friso; 
 Face interna da roda: face adjacente ao friso; 
 Furo da roda: parte vazada do cubo. O furo pode ser: 
 bruto: como sai da fundição; 
 debastado: com usinagem de ¼” de sobremetal para medida semi-acabada; 
 acabado: usinado com medida fina para montagem no eixo. 
 
 Face do cubo: superfície na parte externa ou interna da roda; 
 Altura do friso: segmento de reta compreendido pela linha base e pela linha paralela 
tangente à geratriz do friso; 
 Espessura do friso: segmento da linha base compreendido pelas intercessões com a 
linha vertical de referência e a geratriz do aro; 
 Diâmetro da roda: medido a partir de uma distância determinada em relação à linha 
vertical de referência; 
 Projeção do cubo: afastamento dos planos que contém as faces internas do aro e do 
cubo; 
 Tape: unidade de variação da circunferência correspondente ao cumprimento de 1/8”. O 
tape “0” corresponde à circunferência de 84”; 
 Marcação: número de identificação da roda com os dados de fabricação. Observe o 
esquema: 
 
 
 
 
 
 
 Número seqüencial; 
 Mês e ano de fabricação; 
 Duas letras identificando o fabricante; 
 Classe de material conforme a norma 
AAR; 
 Tipo de roda; 
 Tape. 
 
 
Eixo – vagão 
 
É a parte em que são fixados as rodas e rolamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
31 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
32 
 
 
TABELA DIMENSIONAL DOS PRINCIPAIS EIXOS DE VAGÕES UTILIZADOS NA FCA 
 
Classificação 
A B1 B2 C D E F G H I J K L M N O P R T U V 
Cargas 
admissíveis 
Dimensão da 
manga 
Por 
eixo 
Total 
sobre 
trilhos 
 
C 
127,0X228,6 
12,
7 
100 134,9 36,5 
193
,7 
38,
1 
115,
9 
Má
x. 
119,
16 
149,
22 177,
8 
157,
1 
136,
5 
768,
3 
1155
,7 
1498
,6 
1724 
112,
7 
38,1 22,2 
1228,
7 
47,6 
14.50
0 
64000 
4.69
15" 
5.87
5" 
5X9" 
1/2
" 
3.15/
16" 
5.5/1
6" 
1.7/1
6" 
7.5/
8" 
1.1/
2" 
4.9/1
6 
Mi
n. 
119,
14 
149,
12 
7" 
6.3/1
6 
5.3/8
" 
30.1/
4" 
45.1/
2" 
59" 
67.7/
8" 
4.7/1
6" 
1.1/2" 
7/8" 
(9 
FIOS) 
48.3/
8" 
1.7/8
" 4.69
05" 
5.87
1" 
 
D 
139,7X254,0 
12,
7 
103,2 139,7 44,4 
193
,7 
76,
2 
128,
6 
Má
x. 
131,
86 
161,
92 192,
1 
171,
4 
149,
2 
768,
3 
1155
,7 
1524 
1755
,8 
115,
9 
44,4 22,2 
1244,
6 
47,6 
18.20
0 
80000 
5.19
15" 
6.37
5" 
5.1/2X10" 
1/2
" 
4.1/1
6" 
5.1/2" 1.3/4" 
7.5/
8" 
3" 
5.1/1
6" 
Mi
n. 
131,
84 
161,
88 7.9/
16 
6.3/4
" 
5.7/8
" 
30.1/
4" 
45.1/
2" 
60" 
69.1/
8" 
4.9/1
6" 
1.3/4" 
7/8" 
(9 
FIOS) 
49" 
1.7/8
" 5.19
05" 
6.37
1 
 
E 152,4X279,4 
12,
7 
114,3 150,8 46 
193
,7 
76,
2 
141,
3 
Má
x. 
144,
56 
177,
8 
177,
8 
185,
7 
163,
5 
768,
3 
1155
,7 
1549
,4 
1803
,4 
127 49,2 25,4 
1247,
8 
50,8 
22.70
0 
100000 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
33 
 
5691
5" 
7000
" 
6X11" 
1/2
" 
4.1/2" 
5.15/
16" 
1.13/
16" 
7.5/
8" 
3" 
5.9/1
6" 
Mi
n. 
144,
54 
177,
7 8.1/
4" 
7.5/1
6" 
6.7/1
6" 
30.1/
4" 
45.1/
2" 
61" 71" 5" 
1.15/
16" 
1" 
(8 
FIOS) 
49.1/
8" 
2" 
5690
5" 
6.99
6" 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões34 
 
Terminologia das partes do eixo do vagão 
 
 
 
COTA DESCRIÇÃO 
J maior diâmetro da parte cônica 
I diâmetro da sede da roda 
H diâmetro da sede do guarda pó 
G diâmetro da manga 
F diâmetro da flange/rebaixo topo eixo 
E metade parte cilíndrica centro eixo 
D sede da roda 
C sede do guarda pó 
B1 e B2 manga do eixo 
A rebaixamento topo eixo 
V 
comprimento furo fixação tampa 
rolamento 
U comprimento entre sedes dos guarda-pós 
T 
diâmetro furo fixação da tampa do 
rolamento 
R raios de concordância 
P 
comprimento centro da manga ao topo do 
eixo 
O comprimento total do eixo 
N comprimento entre centros de mangas 
M comprimento entre sedes das rodas 
L comprimento central 
K diâmetro da seção cilíndrica central 
 
Eixos – locomotiva 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
35 
 
 
Terminologia das partes do eixo de locomotivas 
 
COTA DESCRIÇÃO COTA DESCRIÇÃO 
R rebaixo cilíndrico ou tronco cônico 
comprimento entre o topo e a sede da 
coroa 
Q controle de usinagem 
assento do mancal de suspensão mot. 
tração 
P Topo diâmetro da sede da engrenagem 
O comprimento total do eixo ß sede da engrenagem 
N comprimento entre centros das mangas 
comprimento entre topo e assento prot. 
contra água 
L comprimento central R5 raio da coroa com a sede da roda 
K Diâmetro da seção cilíndrica central R4 raio menor da manga 
I Diâmetro da sede da roda R3 raio maior da manga 
H Diâmetro da proteção contra água R2 raio do assento de prot. contra água 
G Diâmetro da manga R1 raio parte central 
F Diâmetro do topo ET eixo transversal 
D sede da roda EL eixo longitudinal 
C 
comprimento do assento de proteção 
contra água 
 
Comprimento do assento do mancal de 
suspensão 
B Manga 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
36 
 
TABELA DIMENSIONAL DOS PRINCIPAIS EIXOS DE LOCOMOTIVAS UTILIZADOS NA FCA 
 
Tipo de 
locomotiva 
B C F G H I K L N O R1 R2 R3 R4 R5 
 
U-5B 
144,56x277,81 46,04 141,29 Máx. 
144,56 
177,8 Máx. 
206,38 
184,15 727,87 1625,6 Máx. 
1880,00 
19,05 19,05 38,1 1,59 19,05 323,85 Máx. 
209,55 
Máx. 
184,1754 
Máx. 
500,45874 
228,6 
5,6915 8,125 74,02 8,250 7,251 19,703 
6X11" 1.13/16 5.9/16" Min. 
144,54 
7" Min. 
206,35 
7.1/4 28.21/32 64 Min. 
1879,20 
 3/4 3/4 1.1/2" 1/16 3/4 12.3/4 Min. 
209,52 
Min. 
184,1246 
Min. 
499,66372 
9 
5,6905 8,124 73,98 8,249 7,249 19,672 
 
U-10 
144,56x277,81 46,04 141,29 Máx. 
144,56 
177,8 Máx. 
206,38 
184,15 727,87 1625,6 Máx. 
1880,00 
19,05 19,05 38,1 1,59 19,05 323,85 Máx. 
209,55 
Máx. 
184,1754 
Máx. 
500,45874 
228,6 
5,6915 8,125 74,02 8,250 7,251 19,703 
6X11" 1.13/16 5.9/16" Min. 
144,54 
7" Min. 
206,35 
7.1/4 28.21/32 64 Min. 
1879,20 
 3/4 3/4 1.1/2" 1/16 3/4 12.3/4 Min. 
209,52 
Min. 
184,1246 
Min. 
499,66372 
9 
5,6905 8,124 73,98 8,249 7,249 19,672 
 279,4 
U-12B 
139,77X217,49 53,98 138,1 Máx. 
139,8016 
170,25 Máx. 
206,4004 
184,15 727,87 1590,67 Máx. 1812,9 38,1 25,4 38,1 1,59 6,35 288,9 Máx. 
209,58 
Máx. 
184,1754 
Máx. 
493,776 
215,9 
5,504 8,126 8,251 7,251 19,440 
5.1/2x10 2.1/8 5.7/16" Min. 
139,7762 
6,702 Min. 
206,375 
7.1/4 28.21/32 62.5/8 Min. 71,37 1.1/2 1 1.1/2 1/16 1/4 11.3/8 Min. 
209,55 
Min. 
184,1246 
Min. 
493,014 
8.1/2 
5,503 8,125 8,250 7,249 19,410 
 346,075 330,2 15,88 
U-13 
157,26X298,45 47,62 154,25 Máx. 
157,28 
190,5 Máx. 
206,38 
184,15 727,87 Máx. 
1860,60 
38,01 38,01 38,1 1,59 25,4 346,075 Máx. 
209,55 
Máx. 
184,1754 
Máx. 492,125 215,0364 
6,192 8,125 73,25 8,250 7,251 
6.1/2X12" 1.7/8 6,073 Min. 
157,23 
7.1/2" Min. 
206,35 
7.1/4 28.21/32 Min. 
1860,50 
1.1/2 1.1/2 1.1/2" 1/16 1 13.5/8 Min. 
209,52 
Min. 
184,15 
Min. 19,375 8,466 
6,19 8,124 73,25 8,249 7,250 
 
G-12 
139,77X223,84 50,8 138,11 Máx. 
139,8016 
170,25 Máx. 
234,467 
203 765,17 Máx. 
1854,2 
38,01 25,4 38,1 3,10 250,83 Máx. 
234,975 
Máx. 
203,25 
484,19 244,5 
5,504 9,231 73 9,251 8,002 
5.1/2X10 2 5.7/16" Min. 
139,7762 
6,702 Min. 
234,442 
8 30,124803 Min. 
1853,41 
1.1/2 1 1.1/2" 1/8 9,8751969 Min. 
234,95 
Min. 
203,15 
19,063 9,6259843 
5,503 9,230 72,968898 9,250 7,998 
 
GT (Pista) 
139,77X223,84 50,8 138,11 Máx. 
139,8016 
170,25 Máx. 
234,467 
203 765,17 Máx. 
1854,2 
38,01 25,4 38,1 3,10 250,83 Máx. 
234,975 
Máx. 
203,25 
484,19 244,5 
5,504 9,231 73 9,251 8,002 
5.1/2X10 2 5.7/16" Min. 139,7762 6,702 Min. 234,442 8 30,124803 Min. 1853,41 1.1/2 1 1.1/2" 1/8 9,8751969 Min. 234,95 Min. 203,15 19,063 9,6259843 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de Vagões 
 
37 
 
5,503 9,230 72,968898 9,250 7,998 
 
GT (Rol.) 
157,264X298,4 50,8 138,11 Máx. 
157,26 
170,25 Máx. 
234,467 
203 765,17 Máx. 
1854,2 
38,01 25,4 38,1 3,10 250,83 Máx. 
234,975 
Máx. 
203,25 
484,19 244,5 
6,192 9,231 73 9,251 8,002 
6.1/2X12" 2 5.7/16" Min. 
157,24 
6,702 Min. 
234,442 
8 30,124803 Min. 
1853,41 
1.1/2 1 1.1/2" 1/8 9,8751969 Min. 
234,95 
Min. 
203,15 
19,063 9,6259843 
6,1905 9,230 72,968898 9,250 7,998 
 6,0590551 
U-20 
157,264X298,4 46,04 153,9 Máx. 
157,26 
191,313 Máx. 
206,375 
184,15 727,87 1597 Máx. 
1895,9 
38,1 38,1 38,1 3,10 6,35 364,8 Máx. 
209,55 
Máx. 
184,1754 
Máx. 
506,4 
215,9 
6,192 8,125 74,641732 8,250 7,251 19,937 
6.1/2X12" 1.13/16 6.1/16" Min. 
157,24 
7.17/32" Min. 
206,3496 
7.1/4 28.21/32 Min. 
1894,9 
1.1/2" 1.1/2" 1.1/2" 1/8" 1/4" 14,362205 Min. 
209,5246 
Min. 
184,1246 
Min. 
 
8,5 
6,1905 8,124 74,602362 8,249 7,249 
 78/25,4 
MX-620 
157,264X298,4 78 154,12 Máx. 
157,26 
191,313 Máx. 
206,375 
184,15 727,87 1635,5 Máx. 
1934,9 
38,1 25,4 38,1 3,10 6,35 376,4 Máx. 
209,55 
Máx. 
184,1754 
Máx. 
525,5 
215,9 
6,192 8,125 76,177165 8,250 7,251 20,689 
6.1/2X12" 3.1/16" 6,067 Min. 
157,24 
7.17/32" Min. 
206,3496 
7.1/4 28.21/32 Min. 
1933,9 
1.1/2" 1" 1.1/2" 1/8" 1/4" 14,818898 Min. 
209,5246 
Min. 
184,1246 
Min. 
 
8,5 
6,1905 8,124 76,137795 8,249 7,249 
 
DDM 
165,2X271 61,55 160 Máx. 
165,2 
200,025 Máx. 
234,46994 
203,2 765,15 Máx. 
1898,65 
35 30 30 1,59 0 332,55 Máx. 
234,97032 
Máx. 
203,2 
476,55 211,10 
6,503937 9,2311 74,75 9,251 8,000 
6.1/2"X12" 2,423" 6,30" Min. 
165,175 
7,875 Min. 
234,44454 
8 30,12 Min. 
1897,85 
1.3/8" 1.3/16" 1.3/16" 1/16 0 13,092" Min. 
234,94492 
Min. 
203,1492 
18,761" 8 
6,5029528 9,2301 74,718504 9,250 7,998 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
38 
 
Marcação 
 
Todo eixo deve ser identificado com as informações da sua fabricação. Devem constar: 
 
 controle de qualidade do fabricante; 
 seqüencial numérico do eixo; 
 fabricante; 
 mês e ano de fabricação; 
 inspeção por ultra-som (fabricante); 
 grau do eixo (F – temperado e duplamente normalizado); 
 número da corrida do aço; 
 data da corrida; 
 especificação do fabricante do aço. 
 
 
 
 
Engrenagem (coroa e pião) 
 
Rodeiros de locomotivas têmengrenagens que transferem o torque do motor de tração 
para a roda dentada, montada no eixo do rodeiro, e para o pião montado no eixo de motor 
de tração. 
 
Na FCA são utilizados quatro modelos de engrenagens identificados pelo número de 
dentes e pela locomotiva de aplicação. Observe: 
 
LOCOMOTIVA QUANTIDADE DE DENTES 
U-13 94 
U-20, MX-620, U-5, U-8, U-10, U-
12 
93 
G-12, G-8, GT, DDM 63 
G-12, G-8, GT, DDM 64 
 
NOTA: Os dentes de engrenagens são inspecionados quanto ao desgaste e o 
desvio de perfil. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
39 
 
Inspeção nos dentes da engrenagem 
 
 
 
PASSO DIAMETRAL DA 
ENGRENAGEM 
LIMITES DE 
CONDENAÇÃO 
A B 
50,8 (2") ou mais grosso 1,58 (1/16") 3,175 (1/8") 
57,15 (2.1/4") 1,58 (1/16") 3,175 (1/8") 
63,5 (2.1/2") 1,58 (1/16") 3,175 (1/8") 
76,2 (3") 0,794 (1/32") 1,58 (1/16") 
88,9 (3.1/2") 0,794 (1/32") 1,58 (1/16") 
101,6 (4") ou mais fino 0,794 (1/32") 0,794 (1/32") 
 
 
Mancais 
Tipos de fricção 
 Trabalham diretamente na manga do eixo; 
 Têm lubrificação constante por meio de estopas embebidas em óleo; 
 São feitos de bronze e revestidos internamente com metal antifricção; 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
40 
 
 
Estão em desuso para aplicação em rodeiros pelos seguintes motivos: 
 alto índice de manutenção; 
 intervalos menores entre manutenções; 
 baixa velocidade de transporte; 
 risco de incêndio; 
 baixa confiabilidade; 
 sistema arcaico em relação aos mancais de rolamento. 
NOTA: Os poucos mancais com esse tipo de mancal estão sendo modernizados com a 
instalação de mancais de rolamento. 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
41 
 
Tipo de caixa 
 
Adaptação dos mancais europeus para manga AAR. Características: 
 
 dois rolamentos autocompensadores de rolos; 
 diâmetro interno especial para adaptar-se à manga AAR; 
 alojados em carcaça de ferro ou de aço fundido; 
 vedação por anel de labirinto ou labirinto combinado com feltro; 
 possui um apoio de carga adequado para truques de pedestal. 
 
 
 
 
 
Tipo de cartucho 
 
Os cartuchos são constituídos pelos seguintes elementos: 
 um rolamento de duas carreiras de rolos cônicos; 
 um anel externo (capa) de grande largura; 
 dois anéis internos. 
 
São vedados por dois retentores, e a transmissão de carga da lateral 
do truque para o anel externo é feita por um adaptador de ferro 
fundido nodular. Esse anel externo fica exposto (apoiado no 
adaptador) no arco da região da carga. 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
42 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
43 
 
COMPARAÇÃO ENTRE ROLAMENTOS 
TÓPICOS CARTUCHO CAIXA DE GRAXA 
TECNOLOGIA 
Rolamento duplo cônico; 
Aço de cementação; 
Montagem em "O"; 
Lubrificação inicial p/ 
800000Km. 
Rolamento autocompensador 
de duas carreiras de rolos 
montado aos pares em caixas 
de graxa; 
Não permite ajuste de folgas. 
PERFORMANCE 
Cargas axiais e radiais; 
Vida útil de1500000Km; 
Baixa manutenção; 
Velocidades medianas. 
Cargas radiais; 
Aptidão para velocidades 
elevadas; 
Vida útil de1600000Km; 
Manutenções periódicas. 
MANUTENÇÃO DE LINHA 
Inspeção visual (quebras e 
vazamentos); 
Analise de distribuição de 
cargas (capa); 
Analise de anel de encosto; 
Análise de tato girando 
rolamento (avaria interna). 
Inspeção visual (vazamentos 
e avarias na caixa de graxa); 
Análise de desgaste do 
pedestal da caixa de graxa); 
Análise de tato girando caixa 
de graxa (avaria rolamento). 
CASA DE RODAS 
Alta produtividade na 
montagem ou desmontagem 
do rodeiro; Desmontagem 
total facilitando limpeza das 
peças de relubrificação sem 
contato manual. 
Baixa produtividade devido 
ao grande número de 
operações manuais; 
Gera alto índice de sujeira no 
local de desmontagem dos 
mancais; 
Baixa produtividade; 
Risco contaminação dos 
rolamentos e graxa. 
SEGURANÇA 
Menores riscos de acidente 
devido a poucas atividades 
manuais; Menor número de 
máquinas; 
Local único para montagem. 
Maior risco de acidente 
devido ao maior número de 
atividade pesadas, manuais, 
em mais de um local, sendo 
necessário deslocamentos 
com material pesado. 
RECONDICIONAMENTO 
Aceita substituição de partes 
e recondicionamento parcial 
Não permite substituição de 
partes; 
Ainda não foi desenvolvido o 
recondicionamento. 
CONSUMO DE GRAXA 
Grandes intervalos de 
relubrificação (apenas na 
desmontagem do rodeiro); 
Baixo consumo de graxa 
(70% menor em relação à 
caixa de graxa). 
Necessita relubrificação em 
linha (repor quantidade 
vazada e ou retirada para 
exame teste de ultra-som do 
eixo 
ECOLÓGICO 
Pouca graxa para 
reprocessamento; 
Menor risco de vazamentos. 
muita graxa para 
reprocessamento; Manuseio 
e maior indicie de 
vazamentos 
PESO/VOLUME 
Otimizados (menor número 
de componentes e menor 
volume); 
 60 Kg (rolamento e 
Maior número de 
componentes; 
Maior volume; 
Peso 110 Kg. 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
44 
 
adaptador). 
RESISTÊNCIA A ACIDENTES 
Baixa; 
Por estar exposto, em 
qualquer descarrilamento o 
rolamento sofre impacto com 
trilho e quebra, ou solta anel 
retentor. 
Alta resistência devido à 
robustez da caixa de graxa 
que protege os rolamentos. 
DURABILIDADE 10 anos Acima de 20 anos 
CUSTO 
1/3 do valor do conjunto de 
caixa de graxa completo. 
Três vezes o valor de um 
conjunto de rolamento do 
cartucho completo (rolamento 
e adaptador). 
 
 
MONTAGEM DO RODEIRO 
 
Agora você irá aprender os procedimentos que deverão ser seguidos no momento da 
montagem do eixo. 
Inspeção do eixo 
 No torno horizontal, preso pelo furo de centro; 
 Limpeza feita por raspadores e estopas humedecidas com solventes. 
 
Verificação 
 Concentricidade das mangas do eixo por meio de relógio comparador; 
 Os eixos com empenos no sentido longitudinal devem ser descartados para a 
aplicação na manga em que se encontram; 
 Podem ser rebaixados através de nova usinagem para perfil de eixo de manga 
inferior; 
 A excentricidade do eixo em toda sua extensão não deve exceder a 0,13mm 
(0,005”). 
 
Imperfeição superficial 
 O eixo deverá ser rejeitado se apresentar marca de pancada, fissura ou arranhão 
na parte central ou entre a manga do eixo e a sede de eixamento; 
 Esses pontos podem provocar fadiga do eixo por causa das características cíclicas 
de seu trabalho; 
 Imperfeições na sede de eixamento devem ser esmeriladas para que saiam as 
partes salientes. Não de realizar medição para verificar se houve perda de medida; 
 Se a profundidade das imperfeições for maior que 1/8”, será admitida a usinagem 
das sedes de eixamento, a fim de se criar uma medida especial para a montagem 
das rodas. 
 
Ovalação na manga do eixo 
As mangas do eixo são medidas em nove pontos diferentes: 
 três pontos na extremidade; 
 três pontos no centro; 
 três pontos no final da manga. 
 
Ensaio por ultra-som em eixos ferroviários 
 Detecta a descontinuidade interna do eixo através da emissão de som; 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
45 
 
 Como o eixo tem solicitação cíclica, ou seja, gira junto com a roda, os pontos de 
solicitação estão sempre se alterando, exigindo que o eixo tenha uniformidade 
estrutural, física e química. 
 
 
 
 
 IMPORTANTESABER! 
 
Eixos de locomotiva são retificados por rolamento nas sedes do mancal de suspensão do 
motor de tração com acabamento superficial de Ra = 0,8mm. 
 
Usinagem das rodas 
 
A usinagem do furo do cubo da roda deve estar de acordo com as medidas da sede do 
eixo e obedecer à interferência mínima de 0,001” e à máxima de 0,0015”, para cada 
polegada de diâmetro da manga do eixo. 
 
O acabamento superficial do furo do cubo da roda deverá ser de 250 a 300 
micropolegadas. As rodas de locomotiva de bitola de 1m recebem usinagem no cubo para 
montagem da caixa de graxa de engrenagem. 
 
USINAGEM DE RODAS DA LOCOMOTIVA (ASSENTO CAIXA DE GRAXA) 
RODA 
DIÂMETRO "A" DIÂMETRO 
"B" 
COTA "C" COTA "D" 
Mínimo Máximo 
 
A-40 
LOCOS - G8, G12 
234,06 234,14 328,61 31,75 15,88 
9,215" 9,218" 12.15/16" 1.1/4" 0,625" 
 
A-40 
LOCO - GT 
234,06 234,14 328,61 31,75 19,05 
9,215" 9,218" 12.15/16" 1.1/4" 0,75" 
 
CF-36 
LOCOS - U-20 e MX-620 
206,02 206,1 273,05 28,58 15,88 
8,111" 8,114" 10.3/4" 1.1/8" 0,625" 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
46 
 
Eixamento das rodas 
 
O eixamento das rodas é feito por meio de interferência. As rodas são montadas com 
prensamento a frio. Observe a faixa de pressão recomendada: 
 
 vagões manga “C” – Rodas CD-29 e CA-30: entre 70 e 100 toneladas; 
 vagões manga “D” – Rodas CD-29 e CA-30: entre 75 e 125 toneladas; 
 locomotivas rodas CF-36: entre 80 e 130 toneladas; 
 locomotivas rodas E-40: entre 90 e 140 toneladas; 
 engrenagem locomotiva: entre 40 e 60 toneladas; 
 evolução crescente, gradual e uniforme em ângulo de 45º; 
 evolução horizontal (pressão constante em relação ao deslocamento) ou evolução 
vertical (pressão maior que o deslocamento). 
 
Devem ser usados lubrificantes no furo do cubo da roda para diminuir os atritos com o eixo 
e evitar grimpamento. Esse lubrificante é constituído pelos seguintes elementos: 
 mistura à base de alvaiade de chumbo com óleo de linhaça; 
 graxa à base de bissulfeto de molibdênio. 
 
As rodas de um mesmo rodeiro devem ter no máximo ½ tape de diferença no diâmetro. 
 
NOTA: Cada tape representa aproximadamente 3 mm do diâmetro da roda. 
 
São utilizados gabaritos para montagem eqüidistante e centralizada das rodas do eixo. A 
distância da face interna do aro entre as rodas (bitola de eixamento) é: 
 rodas CD-29 / CF-36 / E-40: 913 a 920mm; 
 rodas CA-30: 911 a 913mm. 
 
Os rodeiros devem ter a bitola de eixamento preservada para evitar problemas de 
circulação, estabilidade e impacto com os cruzamentos (jacarés). 
 
A bitola de eixamento é definida pelos seguintes elementos: 
 frisos das rodas; 
 bitola da via; 
 passeio. 
 
 
Os valores de bitola de eixamento aplicados são: 
 
 rodas de 29.1/4” (CD-29): 914 a 920mm; 
 rodas de 30” (CA-30): 911 a 913mm. 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
47 
 
Rolamento de cartucho 
 
O rolamento de cartucho é montado a frio por meio de prensa hidráulica, com acessórios 
para cada medida de manga de eixo. A interferência do diâmetro interno dos cones de 
rolamento com a manga de eixo é de 0,051mm a 0,101mm (0,002” a 0,004”) de aperto. 
Deve-se passar uma camada de óleo mineral grosso na manga do eixo antes de aplicar o 
rolamento. Depois é necessário aplicar uma camada de material antiferruginoso (de 
secagem rápida) na parte do eixo que vai do raio de encosto do labirinto ao cubo da roda. 
Os rolamentos são montados com pressão de 40 a 60 toneladas. Na montagem de fixação 
do eixo é preciso colocar placa de trava nos parafusos. 
 
É necessário apertar os parafusos com torquímetro, conforme a relação de torque e aperto. 
Observe: 
 
TORQUE DE APERTO DOS PARAFUSOS DA TAMPA 
Diâmetro do parafuso Torque em Cm-Kg Torque em Pés-Lbs 
3/4" 1530-1670 110-120 
3/4" alta resistência 2780-3060 200-220 
7/8" 1950-2100 140-150 
7/8" alta resistência 5000-5420 360-390 
1" 3480-3750 250-270 
1.1/8" 5000-5420 360-390 
1.1/4" 5980-6400 430-460 
 
É necessário verificar a folga lateral do rolamento em condições de trabalho. Para isso, 
deve-se utilizar o relógio comparador fixado na capa e na haste do rolamento, na cabeça 
do parafuso de fixação da tampa. É preciso forçar a cabeça do parafuso para frente e para 
traz no sentido axial do eixo. A folga limite recomendada pelo fabricante deve estar entre 
0,025mm (0,001”) e 0,51mm (0,020”). 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
48 
 
Rolamentos autocompensadores 
 
 São montados na manga do eixo através de dilatação por aquecimento; 
 Aquecidos em máquina indutora de calor a seco e labirintos à temperatura de 120º 
C; 
 Monte primeiro os seguintes elementos: 
 
 labirinto; 
 rolamento; 
 anel separador; 
 segundo rolamento. 
 
 Faça um ajuste com pancada seca na pista interna do rolamento para forçar e 
garantir o encosto dos rolamentos no anel separador. 
 
 
 
 
O rodeiro é colocado em sala fechada para diminuir o risco de contaminação da graxa e 
dos rolamentos por poeira e umidade. Quando os rolamentos estiverem frios deve-se 
aplicar a graxa nos rolamentos e nos espaços adjacentes, manualmente ou com auxílio de 
equipamento apropriado. 
 
NOTA: É necessário pressionar a graxa para que ela penetre nos espaços vazios 
dos rolamentos. 
 
A folga interna do rolamento é conferida com um calibrador de lâminas para que se tenha 
certeza de que não foi alterada após a aplicação do rolamento na manga do eixo. O valor 
máximo dessa folga é de 0,35mm. 
 
O guarda-pó (bipartido) envolve o labirinto e deve proporcionar giro livre do rolamento 
sobre o labirinto. A caixa de graxa envolve os rolamentos e é fixada com parafusos (estojo) 
no guarda-pó. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
49 
 
Depois de completada a montagem da caixa de graxa é preciso verificar se há giro livre. O 
travamento pode ocorrer pelos seguintes motivos: 
 
 pressão de eixo na pista interna; 
 montagem justa da caixa de graxa sobre a pista externa do rolamento; 
 componentes com pouca folga de montagem (guarda-pó e labirinto). 
 
É necessário verificar o deslocamento da caixa de graxa no sentido axial. Para isso deve-
se empurrá-la para dentro e trazê-la para fora. A folga deve ser no máximo de 1 mm. 
 
DESMONTAGEM DO RODEIRO 
 
Os rodeiros devem ser desmontados quando for necessário substituir a roda ou o eixo, 
pelas seguintes razões: 
 a roda atingir o limite de utilização; 
 avarias diversas na roda. Por exemplo: trinca ou quebra; 
 pancadas no eixo; 
 descontinuidade detectada no exame por ultra-som; 
 empeno ou grimpamento de manga ou sede de labirinto; 
 ruptura do eixo; 
 medida da manga abaixo do mínimo recomendado (manga fraca). 
 
Primeiro, deve-se remover os mancais e limpá-los com raspadores e panos embebidos em 
solventes. Depois, é preciso remover a caixa de graxa manualmente, tomando-se o 
cuidado de recolhe-la e acondicioná-la em tambores, para que não seja reutilizada nos 
rolamentos. 
 
As caixas de desgaste devem ser inspecionadas quanto aos seguintes inconvenientes: 
 desgaste; 
 pancadas; 
 quebra; 
 avalização interna; 
 parafuso ou estojo espanado. 
 
A base de contato com pedestal do lateral é a região que mais sofre desgaste na caixa de 
graxa. Por isso, é preciso soldar uma nova chapa de desgaste. 
 
Com um relógio comparador, é preciso verificar se o diâmetro interno da caixa da graxa 
está ovalado. Caso essa condição seja comprovada, a graxa deverá ser rejeitada. 
 
A retirada dos rolamentos da manga do rodeiro é feita com o auxílio deuma prensa 
hidráulica. Isso vale tanto para rolamentos de cartucho como para rolamentos 
autocompensadores. 
 
Os rolamentos devem ser lavados em máquinas com desengraxante e ser enxutos com 
panos limpos. Naqueles que apresentarem início de corrosão na parte externa da pista, 
devem ser utilizadas lixas “roda grão 80”. 
 
Os rodeiros sem mancais devem ter as cordas cortadas (sangria) com maçarico, no 
sentido radial do friso, até o cubo da roda. O corte alivia a pressão entre a roda e o eixo. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
50 
 
O eixo deve ser inspecionado e montado com novas rodas para constituir um novo rodeiro. 
Sem o corte, o eixo pode ser danificado, dada a força exercida sobre o topo para a retirada 
da roda (até 350 toneladas). 
 
 
 
MANUTENÇÃO DOS ROLAMENTOS 
 
A inspeção dos rolamentos é feita com lupa na pista de contato e nos roletes. Se 
detectados pontos de fadiga, os rolamentos deverão ser rejeitados. 
 
Observe as condições dos rolamentos que deverão ser consideradas: 
 
 rolamentos sem defeitos visuais deverão ter as folgas radiais conferidas com calibre 
de lâmina; 
 rolamento autocompensador para manga “C”: folga de 0,26mm; 
 rolamento autocompensador para manga “D”: folga de 0,30mm; 
 rolamentos tipo cartucho devem ter as folgas axiais conferidas na faixa de 0,025 a 
0,51mm. Então, deverão ser engraxados, desmontados e aplicados nas mangas 
dos rodeiros. 
 
NOTA: Os rolamentos autocompensadores devem ser engraxados na montagem da 
caixa de graxa. 
 
 
 
USINAGEM DOS RODEIROS 
 
Os rodeiros devem ser usinados quando apresentarem as seguintes características: 
 avarias na pista de rolamento; 
 desgaste excessivo; 
 deformação do perfil da roda. 
 
O perfil original da roda nova deve ser refeito com a retirada de massa existente no aro, 
diminuindo o diâmetro da roda. O processo de reperfilamento do rodeiro é feito em torno 
horizontal, dotado de copiador, para que seja igual ao perfil de todas as rodas. 
 
NOTA: A velocidade do corte é de, no máximo, 60m/s e o avanço é controlado 
manualmente. As duas rodas devem ser usinadas ao mesmo tempo. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
51 
 
Torneamento econômico 
Tem como objetivo um maior aproveitamento da roda. O torneamento econômico consiste 
em retira–la para reperfilamento do friso quando ela atingir a medida de 15/16” (24mm). 
Não se pode esperar que chegue ao limite de ¾” (19mm). 
Nota: Esse procedimento é normatizado pela AAR. 
 
Vantagens 
 Retira-se menos material do aro para recompor o friso; 
 O tempo de rodagem da roda com um perfil próximo ao original é maior; 
 Diminuem os atritos e os desgastes. 
 
Torneamento alternativo 
Esse procedimento é realizado para que se obtenha um melhor aproveitamento da roda 
em sua última vida, quando não oferecer mais condições de ser restaurado conforme o 
perfil original. 
 
 
 
INSPEÇÃO DE RODEIROS 
 
Este procedimento tem o objetivo de orientar os mecânicos quanto à verificação da 
qualidade destes equipamentos, sendo utilizada como referência às normas da AAR e as 
da Casa de Rodas DA EFVM. 
 
A inspeção de rodeiros é dividida da seguinte forma: 
 
 inspeção em rolamentos tipo caixa de graxa; 
 inspeção em rolamentos tipo cartucho; 
 inspeção em rodas; 
 inspeção em eixos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
52 
 
 
Inspeção em rolamentos tipo caixa de graxa 
 
 
 
Deve-se retirar o rodeiro se durante a inspeção em rolamentos do tipo caixa de graxa for 
detectado algum dos seguintes defeitos: 
 
Vazamento de graxa 
 
O rodeiro que tiver com graxa em excesso na caixa ou no disco parabólico da roda está 
apresentando vazamento. 
 
 
 
Rolamento grimpado 
 
A caixa que, ao ser girada com a mão, estiver travada ou agarrada. 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
53 
 
 
 
Caixa da graxa sem bujão 
 
 
 
 
Pedestal com desgaste acentuado 
 
Podem ser ocasionados desgastes pela lateral do truque. 
 
 
 
 
Caixa de graxa faltando uma ou mais porcas 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
54 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caixa de graxa com marcas ou trincas 
 
 
 
Código de cores já vencidos pintados na caixa 
 
 
 
 
Ruído anormal 
 
Se a caixa, ao ser girada com a mão, apresentar qualquer tipo de ruído, será constatado 
que há falha no rolamento. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
55 
 
Inspeção em rolamentos do tipo cartucho 
 
 
 
 
O rodeiro deverá ser retirado se, durante a inspeção em rolamentos do tipo cartucho, for 
detectado algum dos seguintes defeitos: 
 
Capa trincada ou quebrada 
 
Por menor que seja a trinca ou a quebra na capa, isso pode ser comprometedor para o 
rolamento. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
56 
 
 
 
Vazamento de graxa 
 
Será detectado vazamento se o rodeiro apresentar excesso de graxa nos seguintes 
elementos: 
 
 capa; 
 anel de vedação; 
 tampa; 
 anel de encosto. 
 
 
 
Rolamento grimpado 
 
Se a capa ou o rolamento, ao serem girados com as mãos, se mostrarem travadas ou 
agarrando, o rolamento estará grimpado. 
 
 
 
Anel de encosto roletado ou folgado 
 
Será constatada essa situação se, ao se girar o rolamento com a mão, o anel de encosto 
também for “carregado”. 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
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Ruído anormal 
 
Se ao se girar o rolamento for detectado qualquer tipo de ruído, será caracterizado que há 
falha do rolamento. 
 
Folga axial 
 
O rolamento que, ao ser manuseado, apresentar folga no sentido perpendicular à própria 
folga deverá ter os parafusos retorqueados ou retirados. 
 
Retorquemento: 
 
 6” x 11” (classe E) : retorquear com 290 Ft/Lbs; 
 5.1/2” x 10” (classe D): retorquear com 150 Ft/Lbs. 
 
 
 
Retentor amassado ou quebrado 
 
 
 
 
 
Falta de um ou mais parafusos 
 
 
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Vagões 
 
58 
 
 
 
Destravamento de um ou mais parafusos 
 
 
 
 
 
 
 
Código de cores pintados nos parafusos vencido 
 
 
 
 
Capa desgastada 
 
Se os rolamentos estiverem com a capa desgastada/espelhada será sinal de que houve 
desgaste do adaptador. 
 
 
Adaptador fora da posição original 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
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Inspeção de rodas 
 
O rodeiro deverá ser retirado se, durante a inspeção, nas rodas forem detectados os 
seguintes defeitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Friso fino 
 
O friso da roda não deve ser menor que 19mm (padrão Vale). 
 
 
FRISO
FINO
FRISO
FINO
 
 
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60 
 
FRISO NORMAL
FRISO NORMAL
 
 
Marcação na roda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Friso trincado ou quebrado 
 
 
 
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61 
 
 
 
Friso alto 
 
O friso é considerado alto se tocar no calibre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bandagem quebrada 
 
 
 
 
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62 
 
Marcas na roda 
 
Quando o disco parabólico (interno/externo) está marcado, geralmente por causa de 
impacto. 
 
 
Escoamento 
 
Algumas vezes há excesso de escoamento de aço do passeio na bandagem quandoela 
toca o calibre. 
 
 
 
Trincas térmicas 
 
Algumas rodas apresentam ranhuras na extensão do friso. 
 
 
 
Calo 
 
Algumas rodas apresentam calo maior que 2” (comprimento) ou dois calos adjacentes 
maiores que 1.1/2”. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
63 
 
 
 
Escamação 
 
Algumas rodas apresentam crateras maiores que ¾” no comprimento e na largura na 
extensão do passeio. 
 
 
 
 
 
Inspeção em eixos 
 
O rodeiro deverá ser retirado se durante a inspeção dos eixos forem detectados os 
seguintes defeitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ranhura na parte central ou endentações 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
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Corrosão em excesso 
 
Alguns rodeiros que transportam sal-GHD apresentam alta corrosão. 
 
Casos especiais 
 
O rodeiro deve ser retirado quando: 
 
 é proveniente de acidente; 
 ficou imerso em qualquer produto, inclusive água; 
 houve contato direto com solda ou maçarico; 
 tenha atuado Hot-BOX; 
 atuou pelo detector de impacto; 
 houve descarrilamento. 
 
 
 
Cuidados básicos no manuseio de rodeiro 
 
 Não dar pancadas, especialmente nos rolamentos e caixas; 
 Não soldar sem aterro; 
 Evitar transportar rodeiros em vagões que não sejam PNBs; 
 Evitar contato com calor proveniente de maçaricos. 
 
 
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Código de cores 
 
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Vagões 
 
66 
 
 
PARA VOCÊ RELEMBRAR 
 
1. A infra-estrutura compreende a parte inferior do vagão. Encontre no caça-palavras 
seus principais elementos. 
 
A S C M O L A S I T V S D F G H S A V A 
U T O E D F H J Ç I O P P O V P E U C L 
L R X U P Ç K H N M L U U A C K T L D A 
P I Ç O Y I A X U O T B B R D L O P R V 
U A Ç O Y I A X U N I N N O R Ç R U E A 
B N E D F H J Ç E E R A A D E A D B I N 
N G X V Y T P O L I A U U A I S E N O C 
E U R O D E I R O R N L L S O X G A V A 
I L A X C B M O P A T V S D F G R U F D 
X O O E D F H J Ç D E X U P Ç K A L V E 
O D X U P Ç K H N O D W I T R S D Ç C F 
V E P Y S Ç O Y I T O Ç O Y I A U Ç D O 
C F U T A A S F T R U Q U E O P A Ç R R 
D R B G P P E S V U A S H G U P Ç Ç E Ç 
R E N F A O D O G Q V S D F G H A Ç I A 
E I A H T U S U B U O E D F H J O Ç O 
I O U B A R R A D E C O M P R E S S A O 
O E D F H J Ç O Y I A X U P Ç K H N D A 
V S D F G H R O L A M E N T O A S E C V 
F W T E O I P Ç J K S X C V W E F R Y T 
 
 
2. O truque é um componente estrutural do vagão. Com base nesta informação, 
determine (V) para verdadeiro ou (F) para falso. 
( ) Faz parte das finalidades dos truques distribuir e transferir o peso do vagão para os 
trilhos. 
( ) O truque não absorve choques. 
( ) Não faz parte das atribuições do truque estabilizar e equilibrar o vagão. 
( ) O truque é um dos elementos que compõem a superestrutura dos vagões. 
 
3. A seguir você encontrará os elementos que compõem um truque. Correlacione as 
colunas de acordo com as características informadas para cada componente. 
(1) Laterais 
(2) Travessa central 
(3) Cunhas de fricção 
(4) Molas do truque 
(5) Molas da cunha de fricção 
(6) Triângulos de freio 
(7) Sapatas de freio 
(8) Barras de compressão 
(9) Alavancas de força 
(10) Setor de graduação 
(11) Pino da timoneira 
(12) Timoneira do truque 
 
( ) Classificam-se de acordo com o sistema de freio instalado no vagão. Sua classificação 
obedece um sistema de cores. 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
67 
 
( ) Existem cavidades em suas extremidades para o encaixe das cunhas de fricção dos 
amortecedores. 
( ) Tem a função de ligar alguns elementos, como: tirantes, alavancas, barra de 
compressão e setor de graduação. 
( ) Desempenham a função de manter a travessa central em permanente contato com as 
laterais, amortecendo variações de movimento e carga sobre elas. 
( ) Interliga e transfere força para o acionamento dos triângulos de freio. 
 
( ) É o conjunto formado pelos seguintes elementos: alavancas, setor de graduação, barra 
de compressão e pinos. 
( ) Possuem corrediças para encaixe das travessas centrais, munidas de chapas de 
desgaste substituíveis. 
( ) Possuem um apoio na parte central, que fica em posição vertical para a montagem da 
alavanca de força. 
( ) Têm a função de ________ para o acionamento do triângulo de freio. 
( ) Tem a finalidade de graduar a distância entre a sapata de freio e a roda, devido ao 
desgaste sofrido pela sapata. 
( ) Têm a finalidade de atuar as cunhas de fricção. 
( ) Possuem a finalidade de amortecer e tirar a rigidez do vagão. 
 
4. Existe uma forma de montagem para o truque Ride-Control e outra para o truque 
Barber. Baseado nesta informação, ordene numericamente as etapas de montagem 
de cada um destes truques. 
 
Ride-Control 
 
 
Barber 
 
Disposição das cunhas na travessa central 
( ) Prensar as cunhas de fricção contra as 
molas, fazendo com que entrem no 
alojamento da travessa central. 
( ) Verificar a distância entre as cunhas de 
fricção, passando um gabarito em toda a 
extensão das cunhas. 
( ) Posicionar a travessa central na parte de 
montagem das cunhas. 
( ) Aliviar a prensa. 
( ) Situar manualmente as molas e as 
cunhas na travessa central. 
( ) Travar as cunhas com ferrolhos de aço. 
Montagem da travessa central nos laterais 
( ) Pôr os laterais e os triângulos de freio, 
montando as molas do truque. 
( ) Levantar a lateral, de modo que a 
abertura larga, na parte inferior da janela, 
fique em alinhamento horizontal com as 
guias externas da travessa. 
( ) Colocar a travessa em posição, com os 
( ) Levantar a travessa central e colocar as 
molas de suspensão do truque e a mola das 
cunhas de fricção sobre os assentos guia 
das laterais. 
( ) Introduzir os grampos de fixação para 
travar as cunhas nas respectivas bolsas. 
( ) Remover os grampos de fixação das 
cunhas. 
( ) Encaixar as cunhas de fricção. 
( ) Montar as extremidades da travessa 
central na abertura inferior de ambas as 
laterais. 
( ) Descer a travessa central sobre as 
molas, assegurando-se de que estão 
corretamente posicionadas nas guias 
existentes na lateral. 
 
 
RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
68 
 
elementos de fricção previamente 
montados. 
( ) Posicionar a travessa central na 
máquina de montagem do truque com as 
cunhas travadas nas bolsas. 
( ) Levantar a travessa e colocar as molas 
do truque na bandeja do lateral. 
( ) Empurrar a lateral sobre a extremidade 
da travessa até que a linha do centro „A‟ das 
guias da travessa coincida com a linha de 
centro „A‟ do lateral. 
( ) Acionar o atuador pneumático da 
máquina, aliviando a pressão das molas de 
fricção e retirando os pinos retentores 
(grampos de trava). 
 
 
5. Rodeiro é o conjunto de duas rodas e um eixo. No quadro a seguir constam 
elementos que compõem os rodeiros. Com base nestas informações, complete as 
lacunas. 
 
roda – eixo – engrenagem - mancais 
 
a. Os ____________ trabalham diretamente na manga do eixo e têm lubrificação constante 
por meio de estopas embebidas em óleo. 
 
b. __________ é a parte em que são fixados as rodas e rolamentos. 
 
c. _________ é o elemento rolante de sustentação do truque. 
 
d. Rodeiros de locomotivas têm _________ que transfere o torque do motor de tração para 
a roda dentada montada no eixo do rodeiro e para o pião montado no eixo de motor de 
tração. 
 
6. Para efetuar a montagem do rodeiro é preciso seguir alguns passos. Complete o 
jogo de palavras cruzadas com as suas etapas de montagem.RECUPERAÇÃO DE RODEIROS E RECUPERAÇÃO DE TRUQUES- Manutenção de 
Vagões 
 
69 
 
 
 
 
Horizontal 
 
1. São montados na manga do eixo através de dilatação por aquecimento. 
3. Detecta a descontinuidade interna do eixo através da emissão de som. 
4. O ______ das rodas é feito por meio de interferência e as rodas são montadas através 
de prensamento a frio. 
5. Nessa etapa é preciso observar a limpeza, que é feita por raspadores e estopas 
humedecidas com solventes. 
6. É montado a frio por meio de prensa hidráulica, com acessórios para cada medida de 
manga de eixo. 
 
Vertical 
2. As mangas do eixo são medidas em nove pontos diferentes. 
3. A ____ do furo do cubo da roda deve estar de acordo com as medidas da sede do eixo.

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