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Aplicabilidade prática das teorias de Enfermagem

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho é sobre a Aplicabilidade das Teorias de Enfermagem na Prática, visa esclarecer o que é uma teoria de enfermagem e como são aplicadas na prática dos processos de enfermagem. Tendo como parâmetro as seguintes teorias: Teoria Ambientalista de Florence Nightingale; Teoria do Déficit de Autocuidado de Dorothea Orem e Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta.
DESENVOLVIMENTO
O que é uma teoria de enfermagem?
Toda área do conhecimento para se caracterizar como ciência precisa ser regida por teorias; com a enfermagem não foi diferente, ela só conseguiu se consolidar como ciência e arte porque produziu uma linguagem específica que atribuiu significado aos elementos fundamentais da profissão. Esta linguagem específica pode ser representada pelas teorias de enfermagem.
As teorias são definidas como um conjunto de conceitos integrados que contem aspectos da realidade e proporcionam uma relação e descrição de fenômenos, permitindo uma ação (cuidado) de prevenção e/ou tratamento. Em linhas gerais, as teorias vieram mostrar que se deve direcionar as ações de enfermagem, de forma que os profissionais possam responsabilizar-se pelos cuidados que irão prestar aos clientes, isto para que os mesmos sejam realizados, não de forma empírica, mas embasados em uma estrutura teórica e científica.
A Enfermagem dispõe de várias teorias que podem ser aplicadas de acordo com um cliente específico ou setor com determinadas características. No geral, cada teoria de enfermagem possui três peças fundamentais:
Contexto: cenário onde é realizada a assistência de enfermagem;
Conteúdo: sobre o que fala a teoria;
Processo: método utilizado pela enfermagem.
As teorias quando aplicadas à prática do cuidado dão origem ao Processo de Enfermagem (PE). Logo, para se construir o PE, inicialmente deverão ser avaliadas quais as características dos clientes que irão ser prestados a assistência e o cenário em que os mesmos se encontram.
Teorias de enfermagem e suas aplicabilidades
Como citado anteriormente, serão destacadas três teorias para a correlação com a prática assistencial de enfermagem. A escolha de uma teoria é de suma importância na atuação do cuidado no âmbito da enfermagem, pois são elas que permitem a estruturação de um PE, bem como se consegue estabelecer um conhecimento científico e crítico nas ações de enfermagem. 
Teoria Ambientalista de Florence Nightingale
A Teoria Ambientalista (1859), desenvolvida por Florence Nightingale apresenta como foco principal o meio ambiente, interpretado como todas as condições e influências externas que afetam a vida e o desenvolvimento de um organismo, capazes de prevenir, suprimir ou contribuir para a doença e a morte (MEDEIROS; ENDERS; LIRA, 2015). 
No artigo “As tecnologias de cuidado de enfermagem obstétrica fundamentadas pela teoria ambientalista de Florence Nightingale”, Macedo et al. (2008) perceberam que, no contexto da mulher em trabalho de parto, era possível aplicar a teoria ambientalista. Os autores apontaram que a teórica se preocupava com a descaracterização da enfermagem devida à inserção da profissão dentro de um modelo tecnocrata e impessoal. Desta forma, o cuidado prestado à mulher pela enfermagem, que utiliza as tecnologias de cuidado, visa dar-lhes poder de decisão e ajudá-la a passar da melhor forma e sem intervenções desnecessárias pelos processos naturais. Florence Nightingale ressaltou, ainda, que é necessário prestar um cuidado humanizado e que o paciente é um ser dotado de cultura e espiritualidade. Aponta que o ambiente acolhedor visa aproximar ao máximo o ambiente muitas vezes impessoal das maternidades ao ambiente doméstico da parturiente.
Teoria do Déficit de Autocuidado de Dorothea Orem
Essa teoria consiste na ideia de que os indivíduos devem cuidar de si mesmos, quando há a incapacidade, esse processo de cuidar passa para o enfermeiro. Segundo ALCANTARA et al (apud MOREIRA et al, 2017, p.4), Orem propôs um sistema de ajuda para autocuidado, quando o paciente apresenta um déficit de autocuidado ou não possui condições de realizá-lo, sendo importantes as intervenções de enfermagem relacionadas à educação em saúde, com o propósito de tornar o paciente independente. No artigo “Reflexões sobre a prevenção e o controle da hipertensão arterial em adolescentes e a teoria do autocuidado”, Requião, Pires e Camargo (2007) utilizaram essa teoria com uma abordagem voltada à saúde numa visão integralizada, constituindo-se em habilidades para a prática do autocuidado que, quando realizada de forma efetiva, tem por intuito estimular o desenvolvimento do ser humano. Tendo o adolescente hipertensivo como foco, afirma que orientá-los para o cuidado com o seu próprio corpo pode ser uma das metas da enfermagem contemporânea.
Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta
A Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, fundamentada na Teoria da Motivação Humana de Abraham Maslow que propõe uma divisão hierárquica das necessidades humanas representadas por uma pirâmide, na qual as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Embasada nisso, Wanda Horta propõe uma metodologia para o processo de enfermagem focando o ser humano integral, na busca do equilíbrio e afirma que “É fundamental que o enfermeiro entenda o ser humano como um todo: corpo, mente e espírito. Quando o corpo ou a mente sofre, a pessoa é afetada em sua totalidade. ”
No artigo “Pacientes com derivações urinárias: uma abordagem sobre as necessidades humanas básicas afetadas”, Ramos et al. (2013) realizou um levantamento de necessidades afetadas e suas repercussões no cotidiano dos pacientes com derivações urinárias. Constatou-se que as necessidades humanas básicas são afetadas em pacientes urostomizados e, geralmente, quando uma se desequilibra, todas as outras são comprometidas com maior ou menor intensidade repercutindo em diversos níveis biopsicossociais.
CONCLUSÃO
Neste trabalho foi abordado a Aplicabilidade das Teorias de Enfermagem na prática, conclui-se que as teorias de enfermagem são de suma importância para a assistência de enfermagem e é indispensável que o enfermeiro conheça as teorias de enfermagem, uma vez que fornecem um subsídio teórico para o desenvolvimento do processo de enfermagem tendo em vista a qualidade do desempenho profissional, bem como na produção de conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCANTARA, Marcos Roberto de. Teorias de enfermagem: a importância para a implementação da SAE. [S. l.], 20 ago. 2012. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/teorias-de-enfermagem-a-importancia-para-a-implementacao-da-sae/15883. Acesso em: 24 maio 2019.
DIAS, D. S.; MOREIRA, L. A. Braga; FERNANDES, P. K. R. de Sousa. Aplicabilidade das teorias de enfermagem na assistência de enfermagem. Conexão FAMETRO 2017: Arte e Conhecimento: V Encontro de Monitoria e Iniciação Científica, 2017 - Fortaleza (CE).
KVIATKOVSKI, Adriene. Wanda de Aguiar Horta. [S. l.], 11 ago. 2015. Disponível em: https://pt.slideshare.net/brunafreitas543908/wanda-de-aguiar-horta. Acesso em: 23 jun. 2019.
VILLARINHO, P. R. Louzada. Aplicabilidade prática das teorias de enfermagem. 8 jun. 2014. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/aplicabilidade-pratica-das-teorias-de-enfermagem/57182. Acesso em: 24 maio 2019.

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