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Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde Coordenação Geral de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde Nota informativa Aspectos metodológicos do coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis O coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis mede o risco de morrer em decorrência dessas doenças em um determinado espaço geográfico e período de tempo. Contribuindo para o monitoramento do impacto das políticas públicas na prevenção e no controle das DCNT e seus fatores de risco. Conceituação: Taxa de mortalidade prematura (30 a 69 anos) pelos principais grupos de doenças crônicas não transmissíveis, sendo: doenças do aparelho circulatório, neoplasias malignas, diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas. Os quatro grupos de doenças perfizeram, em 2016, 56% do total das mortes ocorridas no Brasil na faixa etária de 30 a 69 anos. A priorização desses grupos de doenças e as atividades programáticas para prevenção e controle estão descritas no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, 2011-2022. Os códigos da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) para uso na obtenção dos dados para o cálculo do indicador são: Neoplasias: C00 - C97 Diabetes mellitus: E10 - E14 Doenças cardiovasculares: I00 - I99 Doenças respiratórias crônicas: J30 - J98 (exceto J36) Nota: o código J36 da CID-10 corresponde ao “abscesso periamigdaliano” causado por agente infeccioso. Método de cálculo: Número de óbitos (30 a 69 anos) por DCNT registrados nos códigos correspondentes, ocorridos em determinado ano e local _________________________________________________________ X 100.000 População residente (30 a 69 anos), em determinado ano e local Fonte de dados: Sistema de Informações sobre Mortalidade Periodicidade de monitoramento: O indicador é monitorado anualmente Instrumentos de gestão: O coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis é um dos indicadores pactuados no Plano Plurianual (PPA) do governo federal para o período de 2016 a 2019. Esse indicador também faz parte do Plano Estratégico para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil para o período de 2011 a 2022, que está alinhado ao Plano Global de Ações para a Prevenção e Controle das DCNT 2013-2020, da Organização Mundial da Saúde. No âmbito global, o plano prevê redução de 25% na mortalidade prematura por DCNT até 2025, a redução nesse indicador também está contemplada no objetivo 3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, para até 2030. Metas: Reduzir 2%, ao ano, o coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis. Situação do indicador: O coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis apresentou tendência de redução no Brasil no período de 2007 a 2016, passando de 320,3 óbitos por 100.000 habitantes para 307,9/100.000 hab. (Figura 1). Ressalta-se que, ao considerar os grupos de causa isoladamente, todos apresentaram tendência de redução, exceto o grupo das neoplasias que tem expressado tendência de aumento no período analisado. A redução mais acentuada ocorreu no grupo das doenças cardiovasculares (Figura 2). Nota: para municípios com população abaixo de 100.000 habitantes, a meta é, ao menos, manter o mesmo número de óbitos prematuros por doenças crônicas não transmissíveis ocorridas no ano anterior ao da análise. Vale salientar também que, apesar da tendência de declínio, o coeficiente não tem reduzido de forma constante no período conforme meta pactuada no período (2%, ao ano), observando-se, inclusive, aumento de 1,0% entre os anos de 2015 e 2016. Figura 1 - Coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis. Brasil, 2007 a 2016 Fonte: SIM/SVS- Ministério da Saúde Figura 2 - Coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis segundo grupo de causas. Brasil, 2007 a 2016 Fonte: SIM/SVS- Ministério da Saúde 320,3 305,0 307,9 0 50 100 150 200 250 300 350 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 P /1 0 0 .0 0 0 h ab . 109,6 115,7 26,4 25,5 160,0 143,7 24,3 22,9 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Neoplasias Diabetes Cardiovasculares Respiratórias Ano do óbito P /1 0 0 .0 0 0 h ab . Nos apêndices A e B estão os instrutivos para obtenção dos dados populacionais e sobre mortalidade para o cálculo do indicador. Área responsável: Vigilância epidemiológica das doenças crônicas não transmissíveis/Coordenação de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde/Departamento de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Contato: dcnt@saude.gov.br; (61) 3315-6116/ 6115 / 6118 Bibliografia Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf. Brasil. Portaria nº 116 de 2009. Regulamenta a coleta de dados, fluxo e periodicidade de envio das informações sobre óbitos e nascidos vivos para os Sistemas de Informações em Saúde sob gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2009/prt0116_11_02_2009.html. Acesso em: 27 out. de 2018. World Health Organization. World health statistics 2018: Monitoring health for the sustainable development goals. Geneva: World Health Organization; 2018. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272596/9789241565585-eng.pdf?ua=1. Acesso em: 03 jul de 2018. Organização das Nações Unidas. Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pos2015/ods3/. Acesso em: 03 jul de 2018. Organização Mundial da Saúde. Classificação Internacional de Doenças. OMS: tradução do Centro Colaborador da OMS para classificação de doenças em português. 10ª ed. Ver. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009 World Health Organization. Noncommunicable Diseases Global Monitoring Framework: Indicator Definitions and Specifications: http://www.who.int/nmh/ncd- tools/indicators/GMF_Indicator_Definitions_Version_NOV2014.pdf. Acesso em: 03 ago de 2018. Apêndice A Instrutivo para obtenção dos dados populacionais: capitais e estados A obtenção dos dados populacionais será realizada por meio do portal do Departamento de Informática do SUS – Datasus: www.datasus.gov.br Passo 1: Na barra de menu, selecionar a opção “acesso à informação” e, na sequência, “demográficas e socioeconômicas”. Passo 2: Na tela seguinte, clicar em “população residente”. As opções existentes são: a. Censos (1980, 1991, 2000 e 2010), Contagem (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2012), segundo faixa etária, sexo e situação de domicílio; b. Estimativas de 1992 a 2016 utilizadas pelo TCU para determinação das cotas doFPM (sem sexo e faixa etária); c. Projeção da população do Brasil por sexo e idade simples: 2000-2060; d. Projeção da população das Unidades da Federação por sexo e grupos de idade: 2000-2030; e. Estimativas população: município, sexo e idade 2000-2015 RIPSA IBGE. Para obtenção dos dados populacionais dos estados e do Brasil: o De 1980 a 2000: Censos (1980, 1991, 2000 e 2010), Contagem (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2012), segundo faixa etária, sexo e situação de domicílio; o A partir do ano 2001: utilizar-se-á a opção Projeção da população das Unidades da Federação por sexo e grupos de idade: 2000-2030. Para obtenção dos dados populacionais dos municípios: observe que o ano de 2016 é o mais atual para obtenção dos dados populacionais por município (estimativas de 1992 a 2016 utilizadas pelo TCU para determinação das cotas do FPM). No entanto, nessa opção não contamos com desagregações por sexo e faixas de idade. Sendo assim, a seleção será norteada pelo objetivo da análise. No caso do indicador em tela, necessitamos da desagregação por faixa etária. Sendo assim, para obtenção dos dados populacionais dos municípios, orienta-se: o De 1980 a 2000: Censos (1980, 1991, 2000 e 2010), Contagem (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2012), segundo faixa etária, sexo e situação de domicílio; o A partir do ano 2001 até 2015: Estimativas população - município, sexo e idade 2000-2015 RIPSA IBGE. Nota: Havendo necessidade de calcular taxas de mortalidade prematura por DCNT por município para algum ano que ainda não apresente estimativas populacionais, sugere-se repetir a população do último ano disponível para compor o denominador. O numerador será composto pelo número de óbitos do ano de análise. Por exemplo: Taxa de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no município Y, no ano de 2016 Número de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis, no município Y, do ano de 2016 População da faixa etária de 30-69 anos, de residentes no município y do último ano disponível Importante salientar que há equipes municipais que possuem estimativas populacionais calculadas. Para esses casos, incentivamos o uso na rotina do monitoramento. No exemplo abaixo, serão obtidos dados populacionais de um município. Para selecionar os dados sobre abrangência geográfica, clicar na seta e marcar a opção Brasil por município. Passo 3: Seguindo o exemplo, selecionamos dados populacionais da faixa etária de 30 a 69 anos, da cidade do Recife. Linha: ano Coluna: não ativa Conteúdo: população residente Períodos disponíveis: 2006 a 2015 Seleções disponíveis Capital: Recife Faixa etária 1: 30 a 69 anos Nota: trata-se de um exemplo. As seleções devem considerar o plano de análise a ser executado Passo 4: Por fim, selecionar a opção “mostrar” para exibir a tabela. Para isso, deve-se manter o padrão de formato – tabela com bordas e clicar em mostrar, conforme ilustração abaixo. Passo 5: A tela abaixo será exibida. A parte superior (A) trata-se das seleções feitas. Para baixar a tabela em planilha eletrônica, clicar em cópia como CSV (B). A planilha em excel será exibida com o mesmo conteúdo da imagem. A B Apêndice B Instrutivo para obtenção dos dados sobre mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis É importante a articulação com às equipes responsáveis pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade/vigilância do óbito. Nesse instrutivo, será considerado o uso do TabWin para a análise dos dados sobre mortalidade. Esse programa é um tabulador de dados do Departamento de Informática do SUS que facilita a construção de indicadores de produção de serviços, de características epidemiológicas (incidência de doenças, agravos e mortalidade). Para baixar o TabWin, acesse este link: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060805&item=3. Cabe ressaltar que a base de dados disponibilizada pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade pode ser utilizada nos diversos programas de análise disponíveis (R, EpiInfo por exemplo). Exemplo: Obter o número de mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil no período de 2012 a 2016 e calcular o coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil no mesmo período. Passo 1: Identificar o atalho do Tabwin (A). Em seguida, selecionar a opção “executar tabulação” (B). Para iniciar a análise no TabWin, faz-se necessária a obtenção dos arquivos de conversão (CNV) e definição (DEF). Esses arquivos também podem ser acessados por meio da equipe gestora do Sistema de Informações sobre Mortalidade da Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde. A B Passo 2: Ao clicar em executar tabulação, surge a tela abaixo. Primeiramente, selecionar o diretório e a pasta onde está salvo o arquivo de definição (DEF) (A). Na sequência, selecionar o arquivo DEF que será utilizado. No exemplo, foi selecionado o arquivo OBITO3.def (B). Por fim, clicar em abre DEF (C). A B C Passo 3: Nessa etapa, serão selecionadas as bases de dados e as variáveis que serão utilizadas na análise. Para isso, primeiramente, deve-se selecionar as bases de dados clicando na imagem da pasta (A) no quadro (1) abaixo. Surgirá o quadro ilustrado abaixo com o número 1. Nesse quadro, deve-se: (B): escolher o diretório onde estão pastas/arquivos das bases de dados (C): selecionar a pasta/arquivos das bases de dados. Os arquivos aparecerão no espaço (D) (D): clicar em “OK” Após os procedimentos acima, a tela 1 volta a surgir. Será o momento de selecionar as variáveis do estudo. Para esse exemplo, tivemos como objetivo obter o número de mortes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil no período de 2012 a 2016. As seleções foram: (E): coluna - ano do óbito Dica: caso insira informações na linha e na coluna, deixar na coluna a variável com maior número de categorias (F): Linha - nesse exemplo, deixaremos não ativa (G): Seleções disponíveis - na caixa “seleções disponíveis” estão todas as variáveis presentes na base de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Para selecionar as de interesse, basta clicar a primeira letra do nome da variável – dentro da caixa. Ao achá-la, clicar em “incluir”. Na caixa H, aparecerão as categorias da variável selecionada. Basta selecionar as que devem ser inseridas na análise. Abaixo, o rol mínimo de variáveis a ser selecionado e respectivas categorias: Quadro – Variáveis e respectivas categorias para seleções no TabWin Variáveis Categoriais DCNT_PRE Neoplasias Diabetes Doenças do aparelho circulatório Doenças crônicas do aparelho respiratório Faixa etária_13 30 a 69 anos Ano do óbito 2012-2016 Tipo de óbito Não fetal (I): ao final das seleções, clicar em “ѵExecutar. 1 2 A B C D E F G H I A depender do tipo de arquivo, digitar a expressão: *.DBF ou *.DBC Passo 4: Após a execução da tabulação, surgirá o log. Trata-se de uma janela contendo todas as seleções feitas. Esse arquivo pode ser copiado em “copiar para clipboard” (A) e colado em um artigo de texto ou planilhaeletrônica para consultas futuras. Para sair do log, basta clicar em “fechar” (B). Passo 5: A tabela está na tela. Para copiá-la, clicar em “copiar para clipboard” e colar numa planilha eletrônica. A B Passo 6: calcular o coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis utilizando planilha eletrônica. Lembrando o método de cálculo do coeficiente de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis: Número de óbitos (de 30 a 69 anos) por DCNT registrados nos códigos correspondentes, ocorridos em determinado ano e local _________________________________________________________ X 100.000 População residente (de 30 a 69 anos), em determinado ano e local Na planilha eletrônica (imagem abaixo), tem-se: Coluna C: total de óbitos Coluna D: população residente* A coluna E será preenchida após a inclusão da seguinte fórmula: (C4/D4)*100000 Para repetir o procedimento em todas as células, dê um duplo clique no quadrado verde na ponta do retângulo (A). A
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