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24
UNIC - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
FACULDADE DE SORRISO - FAIS
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
AURITÂNIA BARBOSA DOS SANTOS
DAIANA CARLA KONRAD SCHMIDT
 EBETUEL LIMA DOS SANTOS
ERIK COSTA SILVA
JAMILY MACIEL CAMPELO
SONIA MARA WINKEL FERREIRA
THYARA SILVA DE SOUSA
WILBER LOPES ROSAS
TUBERCULOSE NO CENÁRIO DO BRASIL
SORRISO - MT
2017
AURITÂNIA BARBOSA DOS SANTOS
DAIANA CARLA KONRAD SCHMIDT
ERIK COSTA SILVA
EBETUEL LIMA DOS SANTOS
JAMILY MACIEL CAMPELO
SONIA MARA WINKEL FERREIRA
THYARA SILVA DE SOUSA
WILBER LOPES ROSAS
TUBERCULOSE NO CENÁRIO DO BRASIL
Trabalho apresentado como requisito de avaliação parcial do Primeiro bimestre da disciplina de: Seminário Integrador da Saúde do Adulto, sob supervisão da Docente: Monalize Zanini.
SORRISO - MT
2017
SANTOS, Auritânia Barbosa dos. et al. TUBERCULOSE NO CENÁRIO DO BRASIL 2017. 24 páginas. Trabalho para avaliação da disciplina: Seminário Integrador da Saúde do Adulto. UNIC – Universidade de Cuiabá. Mato Grosso, Sorriso, 2017.
RESUMO
De acordo com o Ministério da Saúde, (2017) A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, sendo motivo de preocupações até os dias de hoje, apesar de acompanhar a humanidade há muitos séculos. Considerando o fato de que Anualmente, são notificados cerca de 10 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas a óbito é de extrema importância ter o conhecimento sobre está doença, pois, no país a mesma já se tornou sério problema da saúde pública. Tendo esta Informação citada acima o estudo a seguir na qual será apresentado, tem por finalidade exibir e relacionar quais são as práticas e abordagens de enfermagens relativas a casos suspeitos de tuberculose e como funciona o suporte nas unidades básicas de saúde, quais são os programas de saúde que as unidades de atenção básica realizam para combater e dar o enfoque maior a esta doença já é de grande importância na sociedade, lembrando da orientação aos pacientes quanto aos cuidados e medicamentos.
Palavras – Chave: Tuberculose. Sociedade. Enfermagem. Saúde Publica. Doença.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AIDS – Síndrome da Imune Deficiência Adquirida;
BCG – Bacilo Calmette-Guérin;
CAF – Central de Abastecimento Farmacêutico;
CEME – Central de Medicamentos;
CESAF – Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica;
CGAFME – Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos;
CTNBIO – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança;
EPI – Equipamento de Proteção Individual;
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana;
MS – Ministério da Saúde;
OMS – Organização Mundial da Saúde;
PSF – Programa Saúde da Família;
SNVE – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica;
SUS – Sistema Único de Saúde;
TB – Tuberculose;
UBS – Unidade Básica de Saúde;
VE – Vigilância Epidemiológica;
VISA – Vigilância Sanitária.
SUMÁRIO
CAPÍTULO I.......................................................................................................................... 06
INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 06
CAPÍTULO II........................................................................................................................ 09
REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................. 09
2.1 Tuberculose........................................................................................................................ 09
2.2 Educação continuada voltada para prevenção da Tuberculose...........................................11
2.3 Biossegurança para os profissionais da unidade básica de saúde...................................... 12
2.4 Tuberculose no Brasil.........................................................................................................13
 2.4.1 Repasse de medicamentos e o controle da Tuberculose em Lucas do Rio Verde-MT............................................................................................................................................ 15
2.5 Tuberculose e sua etiologia................................................................................................ 17
 2.5.1 Transmissão............................................................................................................... 17
 2.5.2 Patogenia.................................................................................................................... 18
 2.5.3 Diagnóstico................................................................................................................ 18
 2.5.4 Tratamento................................................................................................................. 18
 2.5.5 Prevenção................................................................................................................... 19
2.6 Vigilância Epidemiológica................................................................................................. 19
 2.6.1 Funções da Vigilância Epidemiológica (VE)............................................................. 20
CAPÍTULO III....................................................................................................................... 21
METODOLOGIA.................................................................................................................. 21
CAPÍTULO IV....................................................................................................................... 22
CONCLUSÃO........................................................................................................................ 22
REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS................................................................................. 23
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
	Apesar de ser uma doença muito antiga, ainda é pouco conhecida pelos profissionais que atuam na área de saúde, motivo este que despertou interesse em entender como funciona na prática as abordagens de enfermagem voltadas para os casos suspeitos e notificados da tuberculose, e conhecer as iniciativas públicas existentes em relação aos casos diagnosticados, bem como para preparo das equipes que atuam nas unidades de atenção básica. 
	Com este fator, vem a necessidade de realizar um o questionamento de uma problemática se as notificações de novos casos de tuberculose requerem ações mais efetivas para promoção e prevenção de saúde, criando por sua vez hipóteses que sugerem a citar que as equipes necessitam de mais treinamento e incentivo ao aperfeiçoamento profissional para melhorar as ações de promoção e prevenção relacionada a tuberculose. 
	Levando o trabalho a ter como Objetivo geral Conhecer os programas de treinamento, incentivo, e apoio a educação oferecidos para as equipes de atenção básica, colocando e proposta os seguintes objetivos específicos:
– Constatar as atividades ou ações relacionadas ao programa tuberculose nas unidades de atenção básica à saúde.
– Conhecer ações de prevenção e promoção em saúde para o surgimento de novos casos de tuberculose.
	Além destas hipóteses e objetivos apresentados é necessário saber o impacto que a tuberculose possui no cotidiano da população. 
	A Tuberculose (TB) destaca-se por sua magnitude constituindo-se um sério problema de saúde pública no mundo atual, especialmente em países em desenvolvimento, ocupando papel de destaque entre as principais doenças infectocontagiosas, levando anualmente mais de 1 milhão de pessoas à óbito (OMS, 2017). A TB ainda é um problema social, visto que a maioria das pessoas acometidas apresenta baixa escolaridade, e condição social desfavorável que por conseqüência afeta a qualidade de vida e saúde.
	A implementação doSistema Único de Saúde (SUS), possibilitou acesso à população menos favorecida a serviços de saúde e o poder público têm investido no desenvolvimento dos profissionais visando à qualidade do serviço prestado, além de promover a descentralização das ações no controle da TB, facilitando o alcance dos objetivos e resultados esperados.
	​Entretanto, as notificações de novos casos de TB necessitam de ações de promoção e prevenção mais efetivas, visto que os erros de avaliação do problema resultam em medidas tímidas no sentindo de empregar recursos disponíveis e colocá-los ao alcance da população e de garantir seu uso efetivo. Por conseqüência, equipes de atendimento na rede básica estando bem treinadas, preparadas para assumir o tratamento do paciente acometido por tuberculose em sua totalidade, podem garantir a ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento, bem como adaptação de reformas dentro do setor de saúde.
	O diferencial de sucesso para uma instituição de saúde está nos profissionais que nela atuam. Profissionais capacitados, com desenvolvimento e aprimoramento constante de suas competências, são os que melhor cumprem sua vocação: “o melhor cuidado ao próximo”. Assim o acesso à educação continuada, dentre outros programas oferecidos pelo poder público, transforma-se em importante ferramenta de aprimoramento, evolução, e adaptação frente ao cenário atual da tuberculose, que tem preocupado as autoridades da área da saúde em todo o mundo. Portanto, a realização de campanhas de conscientização sobre a doença, acompanhamento e notificação de novos casos torna-se fundamental para o controle da Tuberculose.
	No Brasil, segundo dados corroborados pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência da Tuberculose, o surgimento da Síndrome da Imune Deficiência (AIDS) e o aparecimento de focos de Tuberculose resistente aos medicamentos agrava ainda mais esse cenário (BRASIL, 2017).
	Trazer para o centro das discussões o cenário atual da doença e mostrar como ele pode vir a impactar diretamente na qualidade de vida da sociedade, podendo criar passos decisivos para que a lógica de tratamento e acompanhamento seja revista. Discutir as conseqüências do número de casos confirmados anualmente em Lucas do Rio Verde, dificuldades e necessidades enfrentadas pelas equipes de atenção básica a saúde e suas relações com as estratégias adotadas pelo SUS, tem reflexos diretos na implantação de ações preventivas e de educação continuada dos profissionais. Assim a equipe multidisciplinar de atenção básica, pode vislumbrar um caminho de novas abordagens e estratégias de enfrentamento, sem esgotamento de recursos humanos, enquanto a sociedade se beneficia da de um atendimento de qualidade e efetividade.
	A produção científica tem como objetivo apropriar-se da realidade para melhor analisá-la e posteriormente, produzir conhecimento sobre os impactos da tuberculose na vida do indivíduo em tratamento, bem como das pessoas envolvidas indiretamente, revestem-se de importância para o meio acadêmico. Nesse contexto, a maior produção de estudos e conteúdos sobre a realidade da doença e seus impactos aos profissionais e sociedade pode ser o início de um processo de transformação que começa na graduação de Enfermagem e estende seus reflexos para a realidade social. Para o curso de Enfermagem e a área de conhecimento que envolve pesquisas e trabalhos sobre a Tuberculose são cada vez mais necessários e pertinentes.
	Para o desenvolvimento deste estudo optou-se pelo método de pesquisa Bibliográfica de caráter descritivo, utilizando o método da revisão integrativa da literatura para coleta e análise de dados, consistindo na análise ampla da literatura. Foram considerados como base nos critérios de inclusão, estudos publicados no período 2007-2017, com enfoque na assistência de enfermagem. Conseqüência, equipes de atendimento na rede básica estando bem treinadas, preparadas para assumir o tratamento do paciente acometido por tuberculose em sua totalidade, podem garantir a ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento, bem como adaptação de reformas dentro do setor de saúde.
	O diferencial de sucesso para uma instituição de saúde está nos profissionais que nela atuam. Profissionais capacitados, com desenvolvimento e aprimoramento constante de suas competências, são os que melhor cumprem sua vocação: “o melhor cuidado ao próximo”.
	Assim o acesso à educação continuada, dentre outros programas oferecidos pelo poder público, transforma-se em uma importante ferramenta de aprimoramento, evolução e adaptação frente ao cenário atual da Tuberculose, que tem preocupado as autoridades da área da saúde em todo o mundo. Portanto, a realização de campanhas de conscientização sobre a doença, acompanhamento e notificação de novos casos torna-se fundamental para o controle da Tuberculose. 
CAPÍTULO II
REVISÃO DA LITERATURA
2.1 TUBERCULOSE
	Segundo Netto, (2002) A tuberculose foi introduzida no Brasil pelos portugueses e missionários jesuítas por volta do ano de 1500. No entanto a assistência a enfermidade ocorria através de organizações filantrópicas, onde cerca de um terço dos óbitos em geral se deviam a tuberculose. No decorrer da história, em meados do século 20, reconhece-se por parte das autoridades sanitárias a necessidade da atenção sobre a tuberculose, sendo instituído um plano de ação, que, contudo obteve pequeno impacto.
	Durante décadas várias iniciativas tímidas foram tomadas por parte do governo, porém apenas a partir da década de 60 começa efetivamente a utilização de esquemas terapêuticos padronizados, sendo supervisionados pela enfermagem (NETTO, 2002).
	O problema da TB no Brasil reflete o estágio de desenvolvimento social do país, onde os determinantes do estado de pobreza, as condições sanitárias precárias, as fraquezas de organização do sistema de saúde e as deficiências de gestão inibem a queda de doenças marcadas pelo contexto social. Segundo Netto, Pereira (1982), “a TB é uma doença que ultrapassa as barreiras biológicas, e antes dela ser mesmo desviou a disfuncionalidade biológica, é um problema social”.
	A Organização Mundial da Saúde assinala como principais causas para a gravidade da situação atual da tuberculose no mundo os seguintes fatos: desigualdade social, advento da AIDS, envelhecimento da população e grandes movimentos migratórios, são validos observar sobre a saúde quanto aos deveres da mesma. 
“A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário ás ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988, p. 02)”.
	Dessa forma pode-se observar que a construção da saúde não é de responsabilidade única do SUS, mas de também de tudo que cerca o indivíduo, visto que as condições de vida são fundamentais para que se garanta nível satisfatório de saúde da população. A participação da sociedade na construção de saúde é fundamental, como por exemplo, em casos onde há epidemias e surtos de doenças, a situação não afeta apenas um indivíduo, mas famílias, 
comunidades, e regiões, se não houver comprometimento da sociedade em geral com cuidados básicos do dia a dia (MONROE, et al, 2005).
	Assim as transformações ocorridas no cenário mundial, industrialização o uso de novas tecnologias, entre outras, tem contribuído para uma mudança no comportamento dos usuários de serviços que se tornam mais exigentes buscando assim serviços de qualidade e efetividade. Nesse contexto os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde precisam estar em constante adaptação, serem flexíveis e capazes de desenvolver estratégias eficazes para atender os usuários (TAVARES, 2006).
	Para viabilizar os objetivos e concretizar as atribuições os profissionais envolvidos na educação continuada devem manter-se integradosaos ambientes interno e externo, e as políticas, preocupando-se em desenvolver suas próprias competências. Além disso, é necessária a integração entre enfermeiros das unidades e realizar o estabelecimento de papéis, estrutura de poder, sistema de informação e comunicação a fim de obter consonância com as características e necessidades dos usuários (MONROE, et al, 2008).
	Nesse contexto reconhece-se que a descentralização das ações no controle da Tuberculose para o âmbito das equipes de saúde da família vem requerendo a adoção de pesquisas e metodologias que permitam avaliar o alcance dessa estratégia e o impacto dessas inovações na organização dos serviços de atenção básica de saúde. Além de monitorar a capacidade dos serviços em responder as necessidades de saúde, acompanhar os efeitos das intervenções, identificar e corrigir problemas (LINDOSO, et al, 2009).
	Percebe-se que as equipes de atenção básica não assumiram o tratamento do paciente com tuberculose em sua totalidade. Embora o tratamento seja disponibilizado pelo serviço publico de saúde, ainda representa um custo econômico para o doente (FIGUEIREDO, et al,2009).
	O controle da tuberculose ainda não foi alcançado devido à deficiência quanti-qualitativa na força de trabalho em saúde, evidenciada por falta de envolvimento, sensibilização, conscientização e habilidade técnica dos profissionais, membros das equipes no sistema de saúde e a drenagem dos profissionais com maior capacitação para os sistemas privados, são problemas enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (MONROE, et al, 2008).
	É importante refletir que no Brasil a enfermagem representa o percentual mais significativo de pessoal, chegando a atingir em alguns casos 60 % nas instituições hospitalares, nessa direção nos processos educativos é preciso pensar em interação, não apenas entre campos de saberes, mas entre os profissionais de diversas áreas de conhecimento. Nos serviços de saúde, os processos educativos visam ao desenvolvimento dos profissionais por uma série de atividades denominadas de capacitações, treinamentos e cursos estruturados e contínuos (SILVA, SEIFFERT, 2009).
	A lógica da educação permanente é descentralizada, ascendente, multiprofissional e transdisciplinar. Envolvem mudanças nas relações, processos, produtos e principalmente nas pessoas. Dessa forma requer ações no âmbito da formação, graduação, organização do trabalho, interação com redes de gestão e serviços e no controle social (MANCIA, et al, 2015).
	A educação permanente tem evoluído em seu conceito e no contexto dos sistemas de saúde, oportuniza o aprendizado da equipe de enfermagem, com base na realidade, cotidiano do trabalho, necessidades do profissional, setor de trabalho, instituição e evolução tecnológica (SILVA; SEIFFERT, 2009)
 2.2 EDUCAÇÃO CONTINUADA VOLTADA PARA PREVENÇÃO DA TUBERCULOSE
	A tuberculose continua a merecer especial atenção dos profissionais de saúde e da sociedade como um todo. Apesar de existirem recursos tecnológicos capazes de promover seu controle, ainda não há perspectiva de obter-se sua erradicação, a não ser que novas vacinas ou tratamento sejam descobertos. O plano nacional da tuberculose, lançado pelo Ministério da Saúde em 1999, define a tuberculose como prioridade entre as políticas governamentais de saúde, estabelece diretrizes para ações e fixar metas para o alcance de seus objetivos (FUNASA, 2002). 
	A prevenção, e voltada para o controle dos contatos, todos os contatos dos doentes de Tuberculose. Quando diagnosticada a TB em crianças, a equipe deverá examinar os contatos de adultos para busca do possível caso fonte. As melhores medidas de prevenção, e de controle da são diagnóstico precoce e tratamento do paciente até a cura. Uma das primeiras medidas adotadas, é a vacinação BCG, que exerce notável poder protetor contra as manifestações graves da “primo-infecção”, como a disseminação hematogênica e a menigoencefalite , porém não evita a infecção tuberculosa, a proteção se mantém por cerca de 10 à 15 anos, um importante alerta é que a vacina BCG, não protege indivíduos já infectados pelo vírus da tuberculose (BRASIL, 1998).
	A prevenção e abrangente, incluindo a ação dos profissionais em saúde, mas não só, a este cabe uma importante parcela da ação preventiva: a decisão técnica, ação direta e parte da ação educativa. O sucesso da prevenção em termo genéricos, na sua vertente de promoção da saúde com vista a uma sociedade sadia, só parcialmente depende da ação dos especialistas. No coletivo, a ação preventiva dever começar ao nível de estruturas socioeconômicas e políticas (MEDSI, 2003).
	Os profissionais de saúde com sinais ou sintomas compatíveis com TB devem procurar auxilio medico e serem submetidos a exames laboratoriais e Raio - X de tórax. Em caso de suspeita de TB pulmonar, até o momento de confirmação de diagnóstico, seja compatível ou considerado não infectante, o profissional deve permanecer afastado de suas atividades (FUNASA, 2002).
	Os principais objetivos são impedir ou controlar a disseminação das doenças através de diferentes atividades como vacinação em massa, quimioprofilaxia de comunicantes, isolamento, tratamento dos casos, ações de educação e comunicação em saúde, saneamento ambiental (desinsetização, desratização, distribuição de hipoclorito de sódio) etc. Alem de avaliar o impacto das medidas de prevenção e controle implementadas, a avaliação das atividades desenvolvidas deve também ser capaz de identificar necessidades de pesquisa visando a aperfeiçoar as bases técnicas para as medidas de prevenção e controle (EPIDEMIOLOGIA, 2009).
 2.3 BIOSSEGURANÇA PARA OS PROFISSIONAIS DA UNIDADE BÁSICA DE SAUDE
	Assim como foi descrito em capítulos anteriores a TB, se trata de uma doença infecciosa, podendo ser transmitida através de gotículas de saliva expelidas por pessoas infectadas pela forma pulmonar da doença (conhecida como bacíferos) ao tossir. Os transmissores de maior potencial são pessoas que apresentam no exame de escarro o Epstein-Barr positivo, os doentes de TB pulmonar, os que iniciaram o tratamento recente assim como os que apresentam resposta negativa ao tratamento da TB (CAMPOS, 2006).
	As fontes de infecções estão na sua maioria em ambiente fechado, por contato íntimo e prolongado. Seguindo esse raciocínio, tendo em vista que na sua maioria temos as equipes de profissionais da saúde diante dessa situação, traz certa preocupação com relação às ações que visão proteger as condições de saúde desses profissionais (CAMPOS, 2006).
	No Brasil, as normas de Biossegurança foram estabelecidas através da lei Nº 8974 de 5 de janeiro de 1995, e acrescida e alterada através de medida provisória Nº 2,191-9 de 23 de agosto de 2001 (Brasil, 2001). Assim foi criada a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBIO (FREIRE et al. 2001).
“Art. 1º-A. Fica criada, no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBIO, instância colegiada multidisciplinar, com a finalidade de prestar apoio técnico consultivo e de assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa à OGM, bem como no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos conclusivos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados” (Brasil, 2001, p. 04).
	A Biossegurança da TB se constitui de normas e procedimentos que visam minimizar o risco de contrair-se a doença no ambiente de trabalho durante o processo laboral, considerando assim uma ferramenta essencial para qualquer área da saúde. No caso da TB, foi reconhecida pelo ministério da previdência e assistência social, como doença que pode estar relacionada ao trabalho através de resolução de Nº 10 de 23 de Dezembro de 1999, publicada no diário oficial da união (COTIAS, 2001).
	As maioriasdas literaturas trazem poucas abordagens sobre o tema da Biossegurança da TB nas UBS, tendo mais referencial relacionado às unidades de média e alta complexidade, contudo essas medidas devem ser adotadas por todas as unidades de saúde, adequando-se a cada perfil de prestação de assistência à saúde (REGO et al, apud SOUZA, 2009).
	Uma das grandes preocupações está na falta de atenção com as normas de Biossegurança no ambiente, seja essa por falta de equipamentos de proteção individual (EPI’s), engenharia precária ou até mesmo por falta de conhecimento adequado para os profissionais que mantém contato direto ou indiretamente com casos suspeitos de TB confirmados (REGO et al, apud SOUZA, 2009).
	Em relação aos EPI’s, segundo Gonçalves, (2001) as máscaras para proteção respiratória devem ser utilizadas em locais onde medidas as administrativas e de engenharia não são suficientes para impedir a inalação de partículas infectantes, sendo assim é obrigatório o seu uso em unidades onde não há estrutura adequada para o atendimento de pacientes portadores da TB.
	Os estudos recentes mostram que entre os profissionais da saúde, 26,7% apresentam positividade a prova Tuberculínica, sendo a maioria desses profissionais, trabalhadores que mantém contato direto com doentes de TB. Um fato interessante desse estudo e a constatação de que os profissionais com menos de 4 anos de exposição ao bacilo apresentavam taxas maiores de positividade a prova (OLIVEIRA, apud REGO et al, 2014).
2.4 TUBERCULOSE NO BRASIL
	O Brasil é um país de grande extensão territorial apresentando, portanto, uma significativa diversidade geográfica, socioeconômica e cultural, destacando a heterogeneidade dos espaços urbanos em um único país. Apesar das mudanças significativas que vêm ocorrendo desde décadas passadas, nos países da América Latina, as quais traduziram em reduções significantes nas taxas de mortalidade infantil, configura-se por trás desta aparente melhoria na realidade sanitária, um quadro de profundas desigualdades entre países, e no interior de cada país, entre os setores sociais, onde se estabelece uma política social caracterizada por acentuar a exclusão e a desigualdade social, gerando um maior contingente de desempregados, menores e moradores de rua, enfim, uma massa crescente de excluídos socialmente (SANCHEZ et al. 2007).
	Segundo Filho, (2001) a partir do século XVI, a doença firmou-se como a principal causa de morte entre os indígenas, o que sugere ausência de contato anterior com o bacilo. Os primeiros sacerdotes portugueses teriam vindo para o Brasil não só por motivos religiosos e profissionais, mas também para tratar da saúde comprometida. 
	Os escravos africanos que começaram a chegar, provavelmente não tuberculinizados e expostos a duras condições de vida, tornaram-se as principais vítimas da tuberculose. A chegada da família real portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 fez com que as autoridades públicas passassem a se preocupar com a situação da “fraqueza do peito” na cidade, na tentativa de controlar a tuberculose. Já no final da década de 1910, criou-se a Inspetoria de Profilaxia da Tuberculose; em 1941, foi criado o Serviço Nacional de Tuberculose, cuja função era estudar os problemas relativos à tuberculose e ao desenvolvimento de meios de ação profilática e assistencial; em 1946, instalou-se a Campanha Nacional contra a Tuberculose, cujos objetivos eram coordenar todas as atividades de controle da doença, uniformizar a orientação nacional, sugerir descentralização dos serviços e efetuar cadastramento torácico da população. Também a partir da década de 40 começa o emprego dos tuberculostáticos, com grande mudança no padrão de mortalidade (NETTO, 2002). 
	A Central de Medicamentos - CEME é criada em 1971, com a finalidade de fornecer tuberculostáticos a todos os doentes do país. A partir de 1979, passa a ser obrigatória a vacinação com BCG - id para todas as crianças menores de 1 ano. O esquema de tratamento de curta duração (6 meses) é introduzido em 1979. 
	Para esses autores, a tuberculose nunca deixou de ser um grande problema entre nós e no Terceiro Mundo em geral. Os índices de tuberculose voltaram a crescer no mundo inteiro no ano de 1985 devido a vários fatores. Dentre esses fatores destacam-se os fluxos migratórios, cada vez mais intensos, que levam pessoas de regiões que são verdadeiros reservatórios de tuberculose (Ásia, África, Américas Central e do Sul) para quaisquer outros lugares, inclusive para os países desenvolvidos. O outro fator importante é a pandemia de AIDS, considerada pelos autores como o fato histórico que determinou as mudanças de direção das curvas de prevalência da tuberculose. As pessoas que eram infectadas pela tuberculose e adquiriam a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) passaram a adoecer rapidamente por tuberculose. 
	O ressurgimento da tuberculose tem sido atribuído, na maioria dos países desenvolvidos, à infecção pelo HIV, ao aumento da pobreza e da imigração, à desestruturação dos programas de controle e à baixa aderência ao tratamento. Tendo aparecido no início da década de 1980, a AIDS continua sendo um importante problema de saúde pública até os dias atuais, tendo contribuído largamente para aumentar a incidência e a prevalência dos casos de tuberculose. A partir de 1997, com a introdução da terapia de medicamentos anti-retrovirais observou-se queda entre 30% e 46% de casos de tuberculose em pacientes com HIV atendidos nos grandes centros urbanos (MUNIZ; COLS, 2006).
	Uma parte dos casos novos de tuberculose apresenta positividade para o teste HIV. No Estado de São Paulo, houve aumento da realização do teste HIV entre os anos de 1998 e 2005, para os pacientes notificados. A positividade observada foi de 16% em 1998 e de 13% em 2005. O Brasil continua entre os 22 países com a maior carga de tuberculose no mundo (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2007). 
	Segundo Netto e Pereira, (1982) o problema da TB no Brasil reflete o estágio de desenvolvimento social do país, onde os determinantes do estado de pobreza, as condições sanitárias precárias, as fraquezas de organização do sistema de saúde e as deficiências de gestão inibem a queda de doenças marcadas pelo contexto social. A Tuberculose é uma doença que ultrapassa as barreiras biológicas, e antes dela ser mesmo desvio ou disfuncionalidade biológica, é um problema social.
	Com está abrangência da tuberculose no Brasil definiu-se uma limitação especifica para a região do Mato grosso no que se compete à cidade de Lucas do Rio Verde bem como no que se trata referente ao repasse de medicamentos e tratamentos oferecidos para a população.
 2.4.1 Repasse de medicamentos e o controle da Tuberculose em Lucas Do Rio Verde – MT.
	Em dialogo informal realizada com o secretario de saúde da cidade de Lucas do Rio Verde foram constatados fatores importantes sobre a distribuição de medicamentos e controle da tuberculose na cidade.
	O Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica - CESAF destina-se a garantia do acesso equitativo a medicamentos e insumos, para prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de doenças e agravos de perfil endêmico, com importância epidemiológica, impacto socioeconômico ou que acometem populações vulneráveis, contemplados em programas estratégicos de Saúde do SUS. Os medicamentos e insumos são financiados e adquiridos pelo Ministério da Saúde - MS, sendo distribuídos aos estados e Distrito Federal. Cabem a esses, o armazenamento e a distribuição aos Municípios, a gestão no nível federal desse componente é realizada pela Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos Estratégicos - CGAFME. 
	Através dos Programas Estratégicos, Lucas do Rio Verde–MT, pertence ao polo regional de Sinop - MT, onde em conjunto entre a Gerente da Assistência Farmacêutica e responsável pela Central de Abastecimento Farmacêutico - CAF e a Coordenadora da Vigilância Sanitária - VISA, solicitam os medicamentos, após ser feito o fechamento mensal que ocorre todo dia vinte (20) de cada mês.O esquema de fechamento ou mapa de controle tem por objetivo manter o controle de todos os pacientes que fazem uso dos medicamentos de TB, (pacientes em uso e abandono), o saldo da medicação que tenha em estoque, número de pacientes atendidos, com isso fechar o número de usuários.
	A farmácia Municipal e responsável exclusivamente pelo armazenamento e entrega dos medicamentos aos pacientes com TB, (centralizada) mas todas as informações estão interligadas entre os profissionais da saúde da Rede Municipal, todas as retiradas ficam registradas no prontuário online do paciente, juntamente com todas as informações necessárias do paciente sobre a doença, como: exames, medicamentos, e todo o acompanhamento são lançados. Com isso o controle e a troca de informações entre os profissionais são constantes, facilitando o controle e a eficácia do tratamento. Além disso, a Farmácia possui uma lista atualizada com todos os pacientes que estão em uso do medicamento, onde são agendadas todas as retiradas de medicamentos, a qual é encaminhada diariamente à Vigilância Sanitária - VISA, onde são verificados os pacientes faltosos, fazendo busca ativa dos mesmos nas Unidades de Saúde a qual são pertencentes.
	Para manter um rigoroso trabalho de controle sobre as retiradas dos medicamentos, foi criada uma tabela com todos os nomes dos pacientes em uso dos medicamentos de TB. No qual é lançado todas as retiradas mensais desses pacientes, tendo este controle é possível saber se o paciente retirou ou não o medicamento e também pode-se saber o dia certo de sua próxima retirada. Quando o paciente não retira o medicamento no dia certo, a Farmacêutica entra em contato com a VISA, e a mesma em conjunto com o PSF correspondente realiza a busca ativa desse paciente, para saber o motivo pelo qual não retirou o medicamento, principais fatores (mudança de cidade, nova medicação prescrita pelo médico ou recusa ao tratamento), a VISA envia esses dados à Farmácia Municipal do dia 30 ao dia 05 do mês seguinte, com esse feedback e informações interligadas e atualizadas, o tratamento e acompanhamento desses pacientes tornam-se mais eficazes. Quando o paciente termina o tratamento, ele vai para lista dos encerrados.
	Mesmo a Farmácia Municipal sendo exclusivamente a responsável pela entrega de medicamentos aos pacientes, os PSF que entenderem a necessidade de fazer a entrega na Unidade de Saúde, podem solicitar o envio dos medicamentos dos seus pacientes diretamente para o seu PSF. A entrega é feita semanal no fluxo normal da entrega de medicamentos e materiais, cabendo ao PSF registrar as retiradas e as saídas no sistema online, repassar as informações das retiradas à VISA e a Farmácia Municipal, a qual continua fazendo pedido ao polo SINOP-MT.
	Em Lucas do Rio Verde, temos o exemplo de três dos dezesseis PSF, que optaram em retirar os medicamos dos pacientes, para poder intensificar o trabalho de acompanhamento, com visitas domiciliares semanais, pelo Médico ou Enfermeira da Unidade, pois nessas localidades alguns pacientes acabavam não aderindo e abandonando o tratamento, havia forte resistência ao uso regular dos medicamentos (efeitos colaterais). Onde antes havia casos de desistências, hoje não há nem um caso, comprovando que onde há acompanhamento dos pacientes em tratamento a não desistência e a cura da TB será mais eficaz.
	Somente os Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos tem acesso ao prontuário online do paciente, sendo o Médico exclusivo a prescrever a medicação de TB ao paciente, o Enfermeiro pode transcrever o medicamento dentro do Protocolo do Município, desde que não haja intercorrências.
2.5 TUBERCULOSE E SUA ETIOLOGIA
	O agente etiológico da tuberculose humana pertence à ordem Actinomycetales, família Mycobacteriaceae, gênero Mycobacterium. O complexo M. tuberculosis é constituído por cinco espécies de micro bactérias intimamente relacionadas: M. tuberculosis, M.bovis, M.africanum, M.microti e M.Canetti. Tuberculosis é um bacilo delgado ligeiramente encurvado de 1,0 a 4,0 mm de comprimento e de 0,3 a 0,6 mm de diâmetro, aeróbico estrito, intracelular facultativo, não produtor de toxinas. Apresenta crescimento lento, cerca de 4 a 8 semanas para formar colônias visíveis mesmo em meios de cultura especiais (FERREIRA et al. 2005).
2.5.1 Transmissão
“A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa através do ar, pela inalação de gotículas expelidas por indivíduo com a forma pulmonar ou laríngea da doença. Somente os núcleos secos das gotículas (núcleo de Wells), partículas de 1 a 5 mm de diâmetro que contém 2 a 3 bacilos conseguem atingir os alvéolos pulmonares e dar início à multiplicação” (FUNASA, p. 826).
	De acordo com Almeida et al. (2005), a TB é uma doença altamente contagiosa, transmitida de pessoa a pessoa. O contagio propriamente dito, depende basicamente da fonte de infecção (indivíduo contaminado) e da pessoa susceptível a esta contaminação
	Existem outras formas mais raras de transmissão da TB, tais como o contagio por meio de broncoscópios contaminados, o contato com as lesões cutâneas ou partes moles (abscesso) ou, ainda, de tecidos contaminados durante necropsia. Pode ocorrer também ingestão de leite oriundo de vacas tuberculosas, ocasionando a tuberculose intestinal (causada por M. bovis), atualmente mais rara, devido á pasteurização do leite (ALMEIDA et al., 2005).
2.5.2 Patogenia
	Após a inalação, os bacilos são fagocitados pelos macrófagos alveolares através de receptores de complemento (CR1, CR2, e CR3), receptores de manose, outras moléculas receptoras de superfície celular como a fibronectina, receptores para fração de imunoglobulinas e mais recentemente pelos receptores “Tolllikereceptors” (AILY, et al. 2003).
2.5.3 Diagnóstico
	 De acordo com Ferreira et al. (2005), o diagnóstico presuntivo da TB pulmonar faz-se através de dados da história clínica e achados radiológicos; a confirmação do diagnóstico é obtida através da baciloscopia e/ou cultura. Por ser a TB pulmonar a forma mais freqüente da doença. O principal material biológico investigado é o escarro de sintomáticos respiratórios (pessoas com tosse e expectoração por três semanas ou mais), grupo de grande interesse, pois oferece maior rendimento na descoberta de casos (NOGUEIRA et al. 2000).
2.5.4 Tratamento
	No Brasil, o tratamento da TB é padronizado, sendo as drogas distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento inicial de escolha é o chamado Esquema I e inclui três drogas (esquema tríplice): isoniazida, rifampicina e pirazinamida. Este tratamento torna o paciente rapidamente não infectante, desde que os bacilos da TB sejam suscetíveis às drogas. Em bacilos sensíveis, a eficácia é de 98%, sem os óbitos (de 7%) e de 89% com estes incluídos. A efetividade, entretanto, cai para 83%, considerando a taxa de abandono de 12% (SPITZNAGEL, 2002; FILHO et al., 2004; ALMEIDA et al. 2005).
2.5.5 Prevenção
	No Brasil, é disponibilizada à população uma vacina micobacteriana viva, conhecida como BCG ou Bacilo de Colmette-Guérin. Consiste de uma amostra bovina do bacilo da TB que perdeu sua virulência durante um período prolongado de cultivo in vitro. A BCG é utilizada em regiões do mundo onde a TB é endêmica e outras medidas preventivas, de modo geral, não estão disponíveis (SPITZNAGEL, 2002).
2.6 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA
	Assim como em outros países, no Brasil a vigilância epidemiológica teve como percussor os casos de doenças transmissíveis surgiu no final do século XIX, com o desenvolvimento da microbiologia tinha como foco as doenças pestilências como a varíola e a febre amarela. O termo Vigilância era vinculado aos conceitos de isolamento ou quarentena. A década de 60 foi o período que a Vigilância se consolidou internacionalmente definindo seus propósitos, funções, atividades, sistemas e modalidades operacionais (ALBUQUERQUE, 2002).
	 De acordo com Brasil, (1990) com a criação do Sistema único de saúde - SUS através Da lei n. 8.080 a vigilância epidemiológica teve sua importância consolidada, e seu conceito definidocomo:
“[...] um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (BRASIL, 2009, p. 18).
	No Brasil no ano de 1902 em conseqüência da peste no rio de janeiro, foi instituída a notificação obrigatória dos casos de Tifo, Cólera, Febre Amarela peste, varíola, Difteria, Febre Tifóide, Tuberculose e Lepra. Caso não fossem notificadas as doenças pelas pessoas, estas sofreriam penalidades de acordo com o código penal, que iam desde pagamento de multas até prisão (ALBUQUERQUE, 2002).
	Na Vigilância Epidemiológica as atividades abrangem varias etapas que necessita da participação de toda a equipe; embora os papéis sejam diferenciados, todos têm a responsabilidade de dar conta das tarefas com a eficiência de quem vigia e zela pela saúde de toda a coletividade (CERQUEIRA, 2003).
	 No ano de 1975, foi instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE). Ocorre então a incorporação das doenças transmissíveis de maior relevância no controle epidemiológico sancionada pela Lei n. 6.259/75 (BRASIL, 1975) regulamentada pelo Decreto n. 78.231/76 (BRASIL, 1976). Atualmente os agravos de notificação Nacional obedecem à Portaria Ministerial n. 104, de 25 de janeiro de 2011 (BRASIL, 2011).
2.6.1 Funções da Vigilância Epidemiológica (VE)
	Segundo Brasil, (2009) a operacionalização da vigilância epidemiológica compreende um ciclo de funções específicas e Intercomplementares. São funções da vigilância epidemiológica: 
• Coleta de dados;
• Processamento de dados coletados;
• Análise e interpretação dos dados processados;
• Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas;
• Promoção das ações de prevenção e controle indicadas;
• Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
• Divulgação de informações pertinentes.
CAPITULO III
METODOLOGIA
A metodologia é considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte, a metodologia tem como objetivo captar e avaliar as características dos vários métodos que são indispensáveis no processo além destes, a metodologia objetiva também por avaliar as suas capacidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização.
Segundo Rodrigues, (2007) a metodologia é um conjunto de abordagens técnicas e processos que são utilizados pela ciência com o alvo de formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira sistemática.
Para a fundamentação teórica deste estudo utilizou-se o tipo de pesquisa bibliográfica onde a coleta de informações é realizada através de artigos eletrônicos sobre o assunto que é abordado, identificando e selecionando os de maior utilidade em questão, dando assim o devido crédito ao autor realizando citações de forma direta e indireta sem mudar a idéia do mesmo. Foram selecionados em torno de 70 artigos nos principais sites acadêmicos (Scielo, Google Acadêmico) entre outros portais de educação e saúde como, por exemplo, ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) e OMS (Organização Mundial da Saúde), dentre os 70 artigos selecionados utilizou-se 25 para o desenvolvimento deste estudo, tendo como período de consulta que se estabelece de 1982 a 2017.
CAPÍTULO IV
CONCLUSÃO
Através da revisão de literatura notou-se que os enfermeiros percebem a importância e necessidade da educação continuada, através das exigências cada vez maiores do mercado de trabalho, pressupondo uma reorientação permanente da ação, que implica em um processo de planejamento dinâmico.
Entende-se que, a aquisição de competências e habilidades não se completa com a formatura, mas deve ser um processo permanente e contínuo na vida profissional, permitindo que os profissionais atuem de acordo com o contexto epidemiológico e as necessidades do cenário de saúde em sua área de atuação.
Os resultados mostram que no último ano não ocorreu atividade específica de capacitação para a equipe de enfermagem da rede de atenção básica do município de Lucas do Rio Verde – MT. Apenas alguns treinamentos locais foram realizados, utilizando abordagens gerais do trabalho. A coordenação de saúde e profissionais destacam seu interesse por processos de educação permanente, além de mencionar as dificuldades apresentadas pelas equipes de atenção básica, junto ao programa de controle da Tuberculose.
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