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caso concreto 10- convertido

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ALUNO: Luciano Jonas da Silva MAT: 201903404381
CURSO: Direito. TURMA: 3003
PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144
Título	
Caso Concreto 10
Descrição	
1 - Na Justiça Restaurativa a questão central, em vez de versar sobre o culpado, é sobre quem foi prejudicado pela infração. Ao contrário da Justiça Tradicional, que se ocupa predominantemente com a violação da norma de conduta em si, a Justiça Restaurativa ocupa-se das conseqüências e danos produzidos pela infração. Estabelecendo um paralelo entre a Justiça Tradicional e a Justiça Restaurativa, podemos afirmar que:
I. Para a Justiça Tradicional o crime é o ato contra a sociedade; para a Justiça Restaurativa o crime é o ato que traumatiza a vítima.
II. Para a Justiça Tradicional o monopólio estatal é da Justiça Criminal participativa; para a Justiça Restaurativa o monopólio estatal é da Justiça Criminal.
III. Na Justiça Tradicional o processo decisório é compartilhado com as pessoas envolvidas; na Justiça Restaurativa o processo decisório fica a cargo das autoridades.
IV. Na Justiça Tradicional a culpabilidade do individual está voltada para o passado; na Justiça Restaurativa a responsabilidade é compartilhada coletivamente e voltada para o futuro.
V. Justiça Tradicional - uso dogmático do Direito Penal positivo; Justiça Restaurativa ? uso crítico e alternativo do Direito.
Considerando sua análise, responda:
As respostas corretas são: 
a) I e II. 
b) II, III e V. 
c) III e IV. 
d) I, IV e V. 
e) III e V.
2 - CASO
Para solucionar a questão sugerimos que o aluno assista ao filme As Neves do Kilimanjaro - Direção: Robert Guédiguian. Nacionalidade: França. Tempo de Duração: 1h 47m. Ano de Lançamento: 2012).
Um adolescente, de 14 anos de idade, foi apreendido após cometer um ato infracional análogo a furto, contra um casal de idosos.
Após cumprir medida sócio-educativa determinada pelo Juiz da Infância e Juventude, o adolescente, sua mãe e o casal de idosos participaram de um encontro, coordenado pela equipe interdisciplinar do juízo.
Nessa reunião, os idosos puderam perguntar, frente a frente, por que o adolescente teve comportamento agressivo ao furtá-los; que eles sentiram muito medo, passaram a ter dificuldade em sair de casa e que um deles teve um "pico de pressão alta", após o episódio.
A mãe do adolescente disse que estava envergonhada pelo ato praticado pelo filho e relatou que criava o jovem e mais dois filhos menores sozinhos e com muita dificuldade, não conseguindo dar a atenção necessária ao filho mais velho.
O adolescente assumiu que tinha cometido um erro grave, mostrou-se arrependido, desculpou-se com o casal e falou que não iria mais para a rua fazer mal prá ninguém.
Ao final do encontro, o casal de idosos sensibilizados com o quadro que se configurou, resolveram convidar o adolescente para que ele, voltando para a escola, passasse a fazer serviços em sua residência, duas vezes na semana, sendo remunerado para tanto. O adolescente aceitou.
O caso foi acompanhado pela equipe do juízo. Um ano depois do encontro descrito, o adolescente concluiu o ensino fundamental e matriculou-se no ensino médio. Foi apadrinhado pelo casal de idosos.
Responda às questões a seguir:
a) Se o adolescente não quisesse participar do encontro descrito no caso em tela o juiz poderia lhe aplicar uma penalidade? Justifique.
b) Faça uma análise do caso concreto, pontuando importantes mudanças de paradigma proposta pela Justiça Restaurativa.
3 - A Justiça Restaurativa é uma corrente surgida há cerca de quarenta anos nas áreas de criminologia e vitimologia. Assume-se como um novo paradigma de justiça, caracterizado essencialmente pela:
(Analista Judiciário-Psicólogo - TJ - PE/2012)
a) dificuldade encontrada pela vítima em se reequilibrar psicossocialmente após o sofrimento de qualquer tipo de crime. 
b) promoção da efetiva participação dos interessados -vítimas e infratores - na solução de cada caso concreto. 
c) obrigatoriedade da submissão do criminoso a técnicas psicoterapêuticas em conjunto com a vítima.
d) necessidade que a sociedade tem de ver punido criminalmente o criminoso violento. 
e) retirada da relação vítima-criminoso do protagonismo do processo.

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