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Anatomia dos Tecidos Periodontais

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PERIODONTIA I 
 
 ANATOMIA DOS TECIDOS PERIODONTAIS 
 Estruturas periodontais: 
-gengiva (visível) 
-osso alveolar (em volta da raiz do dente) 
-cemento radicular (em volta da raiz do dente) 
- ligamento periodontal (em volta da raiz do dente) 
Pode ser classificado em periodonto de proteção e periodonto de suporte ou sustentação. 
Periodonto de Proteção Periodonto de Suporte 
Gengiva Osso alveolar 
 Cemento radicular 
 Ligamento periodontal 
Periodonto de proteção: revestir e proteger 
Periodonto de suporte ou sustentação: sustentar e ancorar 
Periodonto: são tecidos que revestem e sustentam o dente 
 
 ANATOMIA MACROSCÓPIA (é o que a gente vê) 
Mucosa oral pode ser dividida em: 
- mastigatória (imóvel / impermeável) ex: palato duro e gengiva 
- revestimento (móvel / permeável) ex: palato mole, mucosa alveolar e mucosa jugal 
- especializada (papilas gustativas) ex: dorso da língua 
 
 ANATOMIA MICROSCÓPIA 
Epitélio gengival 
A principal função do epitélio gengival é atuar como uma barreira contra traumas e 
microrganismos 
- Epitélio pavimentoso estratificado 
- Apresenta várias camadas de células (epitélio estratificado) denominadas: camada basal ou 
germinativa, camada espinhosa, camada granular e camada córnea; 
- Principal tipo de célula: queratinócito; 
- Outras células encontradas: células de Langherans, células de Merkel e melanócitos. 
 
 Células de Langherans 
-Tem aspecto dendrítico (irregular / estrelada) 
- São encontradas entre os queratinócitos 
- Desempenham papel importante na resposta imunológica como células apresentadoras de 
antígenos bacterianos para linfócitos. (resposta imune) 
 
 Células de Merkel 
- Estão localizadas nas camadas mais profundas do epitélio gengival, ancoradas às terminações 
nervosas (mecanoreceptor); 
- São capazes de garantir percepção tátil. 
 
Melanócitos 
-Melanina (coloração da gengiva) 
 
O epitélio gengival pode ser dividido em: 
- Epitélio externo ou oral; 
- Epitélio sulcular; 
- Epitélio juncional. 
EPITELIO NÃO TEM VASOS SANGUÍNEOS 
*Ligado ao tecido conjuntivo subjacente através de uma lamina basal. 
Epitélio externo ou oral 
- Encontrada na porção vestibular da gengiva marginal e inserida; 
-Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, podendo ser ortoqueratinizado ou 
paraqueratinizado; 
- 4 camadas: basal (germinativa), espinhosa, granular e córnea. 
 
Epitélio sulcular 
-Compõe uma das paredes do sulco gengival; 
- Epitélio pavimentoso estratificado NÃO QUERATINIZADO. Portanto, não apresenta as 
camadas granulosa e córnea; 
-Limite coronário - margem gengival, limite apical - epitélio juncional. 
 
Epitélio juncional 
- Se localiza próximo à junção esmalte-cemento = barreira contra microorganismos; 
- Epitélio pavimentoso estratificado NÃO QUERATINIZADO; 
- Devido à ausência de queratina, atua como uma barreira semipermeável, permitindo a troca 
de substâncias entre os meios interno e externo. Exemplo: células do hospedeiro, como 
neutrófilos, atravessam o epitélio juncional e atingem o sulco gengival promovendo a defesa 
do organismo contra agentes infecciosos. 
-Renovação celular - média 1 a 6 dias. 
 
Tecido conjuntivo gengival 
Responsável pela nutrição e manutenção do epitélio gengival. 
Composição: 60% fibras colágenas, 5% fibroblastos e 35% vasos nervos e matriz. 
- Células de defesa: macrófagos, plasmócitos, linfócitos, neutrófilos; 
- Elemento celular; 
- Fibroblastos síntese de colágeno; 
- Vascularização; 
- Vasos supra- periostais; 
- Vasos do ligamento periodontal; 
- Vasos do osso alveolar (plexos dentogengivais e subepiteliais) 
 
 
Fibras gengivais 
- Manter gengiva marginal ao redor do dente 
- Prover rigidez p resistir às forcas mastigatórias 
- Unir cemento a gengiva marginal livre e gengiva inserida 
Podem ser classificadas em: FIBRAS DENTOGENGIVAIS, FIBRAS DENTOPERIOSTAIS, FIBRAS 
CIRCULARES e FIBRAS TRANSSEPTAIS. 
Fibras Dentogengivais - une o cemento radicular à gengiva marginal; 
Fibras Dentoperiostais - unem o cemento radicular a gengiva inserida e periósteo do osso 
alveolar; 
Fibras Circulares - se encontram principalmente na gengiva livre e se localizam ao redor dos 
dentes; 
Fibras Transseptais - localizadas na região interproximal, unem o cemento radicular de um 
dente ao cemento radicular do dente vizinho. 
 
 PERIODONTO DE PROTEÇÃO 
Gengiva: é a parte da mucosa mastigatória que circunda a porção cervical dos dentes e cobre o 
processo alveolar. 
-Vai da margem gengival até a linha mucogengival; 
-Parte da margem gengival (arcos parabólicos), terminando em bisel na superfície do esmalte; 
-Aplicamente contínua com a mucosa alveolar; 
-Cor rosa pálida; 
- Recobre osso alveolar e raiz dental (nível coronal à junção esmalte cemento); 
- Barreira - impede penetração de agentes nocivos em tecidos profundos. 
Pode ser dividida em: 
-livre 
-interdental 
-inserida 
 
Gengiva marginal ou livre 
- Estende-se a partir da margem gengival em direção apical até a ranhura gengival livre; 
- É opaca e firme; 
- Borda da gengiva q circunda o dente 
- Sulco marginal - limite com gengiva inserida 
- Parede do sulco gengival 
- Pode ser destacada da superfície do dente (jato de ar, fio dental) 
Ranhura gengival: correspondendo à junção cemento-esmalte + Compreende partes vestibular, palatina ou lingual. 
 
Gengiva interdental 
- Compreende parte interdental “papilas interdentais” 
- Relação de contato entre os dentes; 
- Esta se apresenta mais avermelhada, tem aspecto liso e é móvel em relação ao processo 
alveolar adjacente. 
- Formato triangular (anteriores); 
- Formato trapezoidal (posteriores); 
- Col (porção do meio); 
 
 
Gengiva inserida 
- Continua com a gengiva marginal; 
-Ranhura gengival estendendo-se até a junção mucogengival; 
-É firme; 
-Aspecto pontilhado (textura de casca de laranja); 
-Está firmemente inserida no cemento subjacente e no osso alveolar. 
 
 
 
 
 
 PERIODONTO DE SUPORTE OU SUSTENTAÇÃO 
- Osso Alveolar 
- Cemento radicular 
- Ligamento Periodontal 
 
Osso Alveolar 
Processo alveolar: partes da maxila e da mandíbula que formam e dão suporte aos alvéolos 
dos dentes; 
Função: distribuir e absorver as forças geradas pela mastigação e outros contatos dentários. 
Pode ser dividido em: 
-osso compacto (denso) 
-osso medular (esponjoso) 
Lâmina dura (osso cribriforme): reveste o alvéolo e é perfurado por numerosos canais de 
Volkmann por onde passam vasos sanguíneos, linfáticos e fibras nervosas. 
Nutrição óssea: é feita pelos canais de Havers e Volkmann que são responsáveis pela irrigação 
do osso compacto. 
O contorno ósseo externo pode apresentar falhas, como as deiscências (ausência de cobertura 
óssea, em forma de V, na porção coronária) e as fenestrações (janelas ósseas). 
 
 
Tipos celulares: 
-Osteoblastos (forma osso) 
-Osteoclastos (destrói osso) 
 
Cemento radicular 
-Tecido mineralizado que reveste as superfícies radiculares e, ocasionalmente, pequenas 
partes da coroa; 
- Não possui vasos sanguíneos, linfáticos, inervação e não é remodelado, mas permanece em 
formação contínua ao longo da vida; 
-Porção mineral: hidroxiapatita; 
-Tem como principal função a ancoragem das fibras do ligamento periodontal 
O cemento radicular sofre três tipos de classificação: 
Quanto ao período de formação: 
• Primário (acelular): é o cemento que se forma juntamente com a dentina radicular e 
na presença da bainha epitelial, portanto, antes mesmo da erupção do dente. A 
deposição mineral e feita de maneira incremental. 
• Secundário (celular): formado durante o período pós- eruptivo e durante certas 
exigências funcionais. 
Quanto a presença de células: 
• Celular: possui cementoblastos, cementócitos e cementoclastos. Os cementoblastos 
(fibroblastos diferenciados) após a produção de matriz se encerram em lacunas 
intercomunicantes,diferenciando-se em cementócitos. Entretanto, com a progressão 
da deposição mineral, o acesso a nutrientes cessa e estas células morrem, tornando o 
cemento poroso. É um cemento mais irregular, justante por ser lacunar. É encontrado 
nas regiões apicais e em áreas de furca. 
• Acelular: também denominado de cemento primário. 
Quanto a presença de fibras: 
• Fibrilar 
• Afibrilar 
Desse modo, podemos ter 4 tipos de cemento: 
1. Acelular e afibrilar: reveste as porções coronárias, recobrindo o esmalte; 
2. Acelular e fibrilar (extrínsecas): reveste os 2/3 cervicais, sendo um cemento mais 
denso e homogeneamente mineralizado. As fibras de Sharpey são as principais; 
3. Celular Estratificado Misto: reveste o 1/3 apical e as áreas de furca. Possui os dois 
grupos de fibras, entretanto, é poroso e frágil; 
4. Celular e fibrilar (intrínsecas): sem nenhuma estrutura de ancoragem, localiza-se em 
áreas de reparo na reabsorção de raízes. 
 
Ligamento Periodontal 
-É composto por fibras colágenas que ligam os dentes ao osso alveolar. 
-É formado pelas fibras de Sharpey. 
-Comunica-se através de canais vasculares com os espaços medulares do osso alveolar próprio. 
-O ligamento recobre as superfícies radiculares e é formado por tecido conjuntivo frouxo, não 
mineralizado, ricamente vascularizado e celular. 
-Possui nervos 
-Radiograficamente lâmina dura (cortical) 
-Espaço do ligamento periodontal (radiolúcida) 
Constituída por: 
• Fibras colágenas - Constitutiva 
• Fibras elásticas - Resiliência 
• Fibras oxitalânicas - não se sabe a função, mas são encontradas na gengiva e 
ligamento periodontal. 
De acordo com a orientação ao longo eixo do dente: 
( / ) Fibras da crista alveolar: obliquas, vai do cemento supra-ósseo até a crista óssea, ajudam 
a prevenir e dificultar a extrusão, sair do alvéolo. Resistência ao movimento lateral. 
( - ) Fibras horizontais: perpendiculares, terço cervical intraósseo, resistência aos movimentos 
de torção e rotação. Transição entre as fibras da crista e obliquas. 
( \ ) Fibras obliquas: maiores em quantidade. Inserção do dente, mais abundante, resistência, 
amortecimento, estresse e tensão óssea. 
( I ) Fibras apicais (APF): dentes com ápice totalmente formado, intrusivos. Para a exodontia é 
preciso comprimir e empurrar para eliminar essas fibras e facilitar a extração. 
 
 
Só teremos fibras de ligamento em dentes com sua raiz totalmente formada, após a 
risogênese, que elas serão originadas. Bem como, a quantidade de fibras de inserção do 
cemento é maior, porém, o calibre das fibras é maior no osso. Como visto na gravura abaixo. 
 
 
Fibras de Sharpey: Liga o periósteo de um osso á estrutura subjacente ou próxima, ligam o 
periósteo do osso radicular até o cemento radicular. 
 
 
 
 MICROBIOLOGIA DAS DOENCAS PERIODONTAIS 
Biofilme dental 
-Comunidade microbiana diversificada, incorporada à uma matriz de polissacarídeos 
extracelulares e aderida à uma superfície dura; 
-O biofilme bacteriano dental pode apresentar mais de 700 espécies bacterianas; 
-Bactérias organizadas em biofilmes são mais resistentes que bactérias dispersas; 
-Ambiente protegido contra antimicrobianos, células de defesa e outras bactérias; 
-O biofilme dental pode ser encontrado coronalmente à margem gengival (supragengival) e/ou 
apicalmente à margem gengival (subgengival). 
Fases de formação do biofilme: 
• Formação da película adquirida; 
• Adesão inicial e fixação de bactérias; 
• Colonização e maturação do biofilme. 
A formação da película adquirida se dá através de forças físicas entre a superfície dental e 
componentes da saliva. Após formação da película adquirida, diversas espécies bacterianas 
pioneiras (principalmente cocos e bastonetes Gram-positivos aeróbios) se aderem à película 
adquirida e iniciam o processo de colonização. Posteriormente, outras bactérias se ligam às 
bactérias pioneiras através de mecanismos de adesão interbacterianos (co-agregação). Este 
mecanismo é responsável pelo espessamento e amadurecimento do biofilme (o biofilme 
maduro é composto principalmente por bactérias Gram-negativas anaeróbias). 
O biofilme dental apresenta diferentes composições de acordo com sua localização: 
Biofilme Supragengival 
• Composto principalmente por cocos e bastonetes Gram-positivos aeróbios; 
• Composto principalmente por espécies relacionadas com saúde; 
• Streptococcus mitis; 
• Streptococcus sanguinis; 
• Actinobacillus viscosus; 
• Eubacterium sp. 
Biofilme Subgengival 
• Composto principalmente por bastonetes Gram-negativos anaeróbios estritos; 
• Composto principalmente por espécies relacionadas com doença; 
• Porphyromonas gingivalis (P. gingivalis); 
• Tannerella forsythia (T.forsythia); 
• Treponema denticola (T.denticola); 
• Aggregatibacter actinomycetemcomitans (A.a); 
• Fusobacterium nucleatum (F. nucleatum). 
Adesão do biofilme na superfície dentária: 
• Adesão ao esmalte por meio de uma película orgânica (película adquirida); 
• Imbricação mecânica em irregularidades de superfície dental, como lacunas de 
reabsorção; 
• Adesão ao cemento ou irregularidades radiculares. 
• O cálculo dental, também conhecido como tártaro, é o biofilme mineralizado. 
Apresenta as seguintes características: 
 Constituído basicamente por fosfato de cálcio, carbonato de cálcio e fosfato de 
magnésio; 
 Apresenta uma superfície porosa e irregular que favorece o depósito de biofilme; 
 O cálculo dental pode ser encontrado coronalmente à margem gengival 
(supragengival) e/ou apicalmente à margem gengival (subgengival); 
 O calculo dental supragengival tem coloração branca e/ou amarela e/ou acastanhada, 
tem consistência rígida e é facilmente descolado do dente; 
 O cálculo dental subgengival tem coloração marrom ou preto-esverdeado e encontra-
se firmemente aderido ao dente. 
Complexos microbianos associados às doenças periodontais 
• Complexo amarelo, violeta, azul e verde (bactérias colonizadoras primárias); 
• Complexo laranja (bactérias colonizadoras intermediárias); 
• Complexo vermelho (bactérias colonizadoras tardias: patógenos periodontais - P. 
gingivalis, T. forsythia e T. denticola). 
Seis complexos microbianos com diferentes características atuam na formação do biofilme 
subgengival. As bactérias dos complexos azul, amarelo, verde e violeta são os colonizadores 
iniciais. Posteriormente, bactérias do complexo laranja colonizam o biofilme já existente. O 
complexo vermelho inclui bactérias que colonizam tardiamente o biofilme, e têm forte 
associação com a periodontite. 
Fatores de virulência das bactérias periodontopatogênicas 
• Fatores que promovem a colonização das bactérias na superfície dental (Ex:adesinas); 
• Toxinas e enzimas que degradam os tecidos do hospedeiro; 
• Mecanismos que protegem as bactérias do hospedeiro. 
 Fatores de virulência - Porphyromonas gingivalis 
• Fímbrias (adesão); 
• Cápsula (proteção contra fagocitose); 
• Proteases (GINGIPAÍNAS - promove inibição da migração de leucócitos) ; 
• Invasão de tecidos moles. 
 Fatores de virulência - Aggregatibacter actinomycetemcomitans 
• Lipopolissacarídeo (LPS*) - induz reabsorção óssea (considerada endotoxina); 
• Produção de leucotoxina - induz formação de poros em neutrófilos, monócitos e 
linfócitos; 
• Produção de enzimas (colagenase) - estimula reabsorção de tecido conjuntivo. 
* LPS: molécula constituída por lipídios e polissacarídeos. É um componente da membrana externa de bactérias gram negativas. 
 
 ETIOPATOGENIA DA DOENCAS PERIODONTAIS 
ETIOLOGIA: representa a causa (fator causador ou agente etiológico). 
PATOGÊNESE: mecanismo pelo qual as doenças se desenvolvem. 
 
Fator etiológico principal das doenças periodontais: BIOFILME DENTAL 
 
Sua patogênese resposta infecto-inflamatória do hospedeiro, podendo gerar uma destruição 
no periodonto de proteção(gengivite) e no periodonto de sustentação (periodontite). O 
biofilme dental é responsável pelo início, desenvolvimento e manutenção da doença 
periodontal. 
 
BARREIRA EPITELIAL (estrutura anatômica que protege o periodonto contra invasão 
bacteriana) 
• Epitélio juncional e sulcular; 
• Células epiteliais e células dendríticas (Langerhans); 
• Produção de DEFENSINAS E MEDIADORES QUÍMICOS PRÓ-INFLAMATÓRIOS; 
• Início da inflamação que pode se estender para o tecido conjuntivo. 
 
CÉLULAS DE DEFESA DO HOSPEDEIRO 
• Neutrófilos; 
• Macrógfagos; 
• Células dendríticas (Langerhans); 
• Linfócitos T e B; 
• Plasmócitos. 
As células do epitélio juncional (células sentinelas que ativam o sistema imunológico) são 
acionadas quando entram em contato com o biofilme bacteriano. As células do epitélio 
juncional liberam substâncias chamadas de citocinas (mediadores inflamatórios) que recrutam, 
inicialmente, NEUTRÓFILOS e MACRÓFAGOS (imunidade inata). Em um segundo momento há 
o recrutamento de linfócitos T, B e plasmócitos (imunidade adaptativa). 
 
IMUNIDADE INATA: neutrófilos e macrófagos 
• Identificam microrganismos; 
• Ingerem os microrganismos; 
• Destroem os microrganismos; 
• Liberam enzimas. 
As principais células que participam deste processo são os neutrófilos e os macrófagos 
(também conhecidos como fagócitos).Durante o processo de infecção, sinais químicos atraem 
os fagócitos para os locais onde os agentes patogênicos estão presentes. Os fagócitos movem-
se através de um fenômeno denominado de quimiotaxia e, ossinais químicos quimiotáticos, 
podem ser provenientes de bactérias ou de outros fagócitos pré-existentes. Quando uma 
bactéria entra em contato com um fagócito, ela se liga à receptores de membrana dos 
fagócitos e, posteriormente, são degradadas através de um ataque químico chamado de 
fagocitose. Os fagócitos são fundamentais na luta contra as infecções, bem como na 
manutenção da saúde tecidual. 
 
Fagocitose 
 
IMUNIDADE ADAPTATIVA: Linfócitos T , B e plasmócitos 
• Resposta específica; 
• Linfócitos T – produção de citocinas; 
• Linfócitos B – produção de imunoglobulinas (anticorpos) 
• Plasmócitos – células B expostasa antígenos que secretam grandes quantidades de 
anticorpos. 
O sistema imunológico adaptativo possui células de memória que quando entram em contato 
com determinados patógenos, em um segundo momento, adquirem mecanismos de defesa de 
forma mais rápida e eficiente. 
 
FLUIDO CREVICULAR GENGIVAL 
• Veículo (exsudato) que facilita a atividade das células de defesa; 
• Mecanismo de proteção do periodonto; 
• Possui anticorpos, neutrófilos, componentes do sistema complemento e citocinas; 
• “Lavagem mecânica” - fluxo positivo do tecido para o sulco. 
O fluido crevicular gengival é um exsudato, onde as células de defesa se mesclam com 
moléculas do soro em um fluxo contínuo direcionado ao sulco gengival. 
 
A passagem do estado de gengivite para periodontite gera mudanças histopatológicas nos 
tecidos periodontais. A sequência dessas alterações pode ser descrita em 4 estágios: 
LESÃO INICIAL (tecido periodontal clinicamente saudável): 1-4 dias de acúmulo de biofilme 
• Pouco biofilme dental; 
• Gengivite subclínica; 
• Migração de neutrófilos, monócitos/macrófagos e linfócitos; 
• Epitélio juncional não edentado; 
• Poucos neutrófilos no plexo subepitelial; 
• Tecido conjuntivo intacto; 
• Não há perda óssea. 
 
LESÃO PRECOCE (gengivite precoce): 4-7 dias de acúmulo de biofilme 
• Maior quantidade de biofilme dental; 
• Eritema gengival; 
• Maior migração de neutrófilos, monócitos/macrófagos e linfócitos; 
• Surgimentos de proteínas do sistema complemento; 
• Vasos sanguíneos dilatados; 
• Proliferação lateral do epitélio juncional; 
• Não há perda óssea. 
 
LESÃO ESTABELECIDA (gengivite estabelecida): 2-3 semanas de acúmulo de biofilme 
• Início da formação da bolsa periodontal; 
• Predomínio de plasmócitos no tecido conjuntivo; 
• Aumento do exudato no sulco gengival; 
• Proteínas do sistema complemento; 
• Vasos sanguíneos dilatados; 
• Maior proliferação lateral do epitélio juncional; 
• O sulco gengival começa a se tornar bolsa ou pseudobolsa; 
• Não há perda óssea. 
 
LESÃO AVANÇADA (periodontite) 
• Bolsa periodontal verdadeira; 
• Ulceração do epitélio da bolsa; 
• Migração apical do epitélio juncional; 
• Predomínio de plasmócitos no tecido conjuntivo e neutrófilos nos epitélios do sulco e 
juncional; 
• Produção de anticorpos e linfocinas; 
• Perda de inserção (óssea). 
 
A RESPOSTA INFLAMATÓRIA CAUSA DANOS AOS PRÓPRIOS TECIDOS. As células da inflamação 
como os macrófagos, neutrófilos e células de Langherans estão reunidas para formar um 
mecanismo de defesa. Estas células protetoras possuem a capacidade de liberar mediadores 
inflamatórios que protegem, mas, também, estimulam a liberação de enzimas que degradam o 
colágeno (ex., colagenase) e induzem a reabsorção óssea (ex. hidrolaze). Cada indivíduo possui 
um equilíbrio entre os mecanismos de PROTEÇÃO E DESTRUIÇÃO, o que resulta em perda lenta 
ou rápida de inserção (periodontite) ou restrição da inflamação somente no tecido gengival 
(gengivite). 
 
 ETIOLOGIA DAS DOENCAS PERIODONTAIS 
 É o estudo das causas e interações dos múltiplos fatores relacionados ao desenvolvimento das 
doenças periodontais. 
 
Fatores etiológicos relacionados às doenças periodontais: 
• Fator determinante - Determina (tem que ter) 
• Fatores predisponentes - Predispõe (possibilita o surgimento) 
• Fatores modificadores - Modifica 
 
Fator determinante 
• Biofilme dental; 
• Associação do biofilme com o cálculo dental. 
O fator determinante é aquele responsável pelo início, desenvolvimento e manutenção da 
doença periodontal. Embora o biofilme seja o principal fator etiológico, ele não é suficiente 
para causar a doença. Os conceitos atuais sobre etiopatogenia também levam em 
consideração a resposta imunológica e alguns fatores ambientais. 
 
Fatores predisponentes 
• Anatomia dental; 
• Má posição do(s) dente(s) no(s) arco(s); 
• Contato anormal das ameias; 
• Restaurações defeituosas (fatores iatrogênicos); 
• Complicações associadas ao tratamento ortodôntico; 
• Hábitos e lesões auto induzidas; 
• Lesões de cárie. 
Os fatores predisponentes são aqueles que predispõem a instalação da doença, seja por 
favorecer o acúmulo de biofilme dental ou por dificultar a sua remoção. Os fatores 
iatrogênicos são aqueles relacionados com alguma deficiência que comprometa a qualidade 
das restaurações ou próteses (excesso ou falta de material). 
 
Fatores modificadores 
• Diabetes Mellitus; 
• Tabagismo; 
• Estresse; 
• Nutrição; 
• Contatos oclusais excessivos; 
• Hábitos parafuncionais; 
• Alterações hormonais. 
Os fatores modificadores alteram ou modificam o curso das doenças periodontais. 
 
 INSTRUMENTAL 
Requisitos do instrumental: 
• Ser delicado, confortável e de forma adequada; 
• Rígido, sem ser grosseiro; 
• Facilidade na afiação. 
 
Partes: 
CABO 
Variações: Tamanho, forma, textura e estrutura 
Diâmetro do cabo: empunhadura confortável 
Textura do cabo: Liso 
 Estriado - seguro 
Estrutura do cabo: Maciço 
 Oco – confortável e leve 
 
HASTE 
Mais fina que o cabo 
Localização: entre cabo e extremidade ativa 
Acesso: difícil (longa); fácil (curta) 
Reta e curta (para dentes anteriores) 
Curva, longa e angulada (para dentes posteriores) 
 
EXTREMIDADE ATIVA (Parte do instrumento que remove o cálculo) 
Número de extremidades ativas: 
Instrumento simples: 1 extremidade ativa 
Instrumento duplo: 2 extremidades ativas 
 
Tipos de curetas 
CURETA ESPECÍFICA: Cada uma é desenhada para determinada área ou face de um dente; 
somente um ângulo de corte de cada lâmina é utilizado. Ex: Gracey 
Identificaçãodas curetas gracey 
Nº 3 - 4 (Dentes anteriores) 
Nº 9 - 10 (Dentes posteriores - V e L) 
Nº 11 - 12 (Dentes posteriores - mesial) 
Nº 13 - 14 (Dentes posteriores - distal) 
 
CURETA UNIVERSAL: Adapta-se a todas as superfícies; ambos os bordos da lâmina são 
cortantes; utilizados para raspagem. Não realiza raspagem subgengival. Ex: McCall 
Identificação das curetas McCall 
Nº 17 - 18 (Dentes posteriores)

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