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Legislação aplicável a poluição sonora

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MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
Legislações aplicáveis a poluição sonora
Profº Fernando Periard Gurgel do Amaral
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
Aspectos gerais que norteiam as legislações
As principais diferenças entre a poluição sonora e a
poluição do ar, do solo e da água são as seguintes:
• O ruído é sempre produzido em todo lugar e portanto não é
fácil controlá-lo;
• Embora o ruído produza efeitos que acumulam no
organismo, do mesmo modo que outras modalidades de
poluição, diferencia-se por não deixar resíduo no
ambiente;
• O ruído, diferente do ar e da água, é apenas percebido nas
proximidades da fonte;
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• O ruído, ao que parece, não tem mais efeitos gerais, como
acontece com certas formas de poluição do ar e da água, a
exemplo da poluição radioativa;
• Alguns problemas podem ocorrer em curto prazo, outros levam
anos para serem notados.
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O conceito legal de poluição sonora
O conceito legal de poluição sonora pode ser
encontrado na própria definição de poluição dada pela
Lei nº 6.938, da Política Nacional do Meio Ambiente, no
Artigo 3º, Inciso III.
Assim, a poluição sonora pode ser definida,
legalmente, como “a degradação da qualidade ambiental
resultante de atividades que direta ou indiretamente
lancem energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.”
Os padrões ambientais em termos de poluição sonora
podem ser encontrados em várias normas emitidas pela
ABNT, Resoluções CONAMA, Portarias CONTRAN e
legislações estaduais e municipais.
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(1) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 08 de março de 1990.
Considerando que os problemas dos níveis excessivos
de ruído estão incluídos entre os sujeitos ao Controle da
Poluição de Meio Ambiente;
Considerando que a deterioração da qualidade de
vida, causada pela poluição, está sendo continuamente
agravada nos grandes centros urbanos;
Considerando que os critérios e padrões deverão ser
abrangentes e de forma a permitir fácil aplicação em
todo o Território Nacional, O CONSELHO NACIONAL DO
MEIO AMBIENTE – CONAMA, RESOLVE:
Legislações federais aplicáveis
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
I - A emissão de ruídos, em decorrência de qualquer
atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas,
inclusive as de propaganda política. Obedecerá, no
interesse da saúde, do sossego público, aos padrões,
critérios e diretrizes estabelecidos nesta Resolução.
II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins
do item anterior aos ruídos com níveis superiores aos
considerados aceitáveis pela norma NBR 10.151 - Avaliação
do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da
comunidade, da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT.
III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas
de edificações para atividades heterogêneas, o nível de
som produzido por uma delas não poderá ultrapassar os
níveis estabelecidos pela NBR 10.152 – Avaliação de níveis
de Ruído para conforto acústico.
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IV - A emissão de ruídos produzidos por veículos automotores
e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho,
obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo
Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e pelo órgão
competente do Ministério do Trabalho.
V - As entidades e órgãos públicos (federais, estaduais e
municipais) competentes, no uso do respectivo poder de
política, disporão de acordo com o estabelecido nesta
Resolução, sobre a emissão ou proibição da emissão de
ruídos produzidos por qualquer meios ou de qualquer
espécie, considerando sempre o local, horários e a
natureza das atividades emissoras, com vistas a
compatibilizar o exercício das atividades com a
preservação da saúde e do sossego público.
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VI - Para os efeitos desta Resolução, as medições
deverão ser efetuadas de acordo com a NBR 10.151 -
Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o
conforto da comunidade, da ABNT.
VII - Todas as normas reguladoras da poluição sonora,
emitidas a partir da presente data, deverão ser
compatibilizadas com a presente Resolução.
VIII - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
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(2) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 002, de 8 de março de 1990.
Considerando que os problemas de poluição sonora
agravam-se ao longo do tempo, nas áreas urbanas, e que som
em excesso é uma séria ameaça à saúde, ao bem-estar público
e à qualidade de vida;
Considerando que o homem cada vez mais vem sendo
submetido a condições sonoras agressivas no seu meio
ambiente, e que este tem o direito garantido de conforto
ambiental;
Considerando que o crescimento demográfico
descontrolado, ocorrido nos centros urbanos, acarreta uma
concentração de diversos tipos de fontes de poluição sonora;
Considerando que é fundamental o estabelecimento de
normas, métodos e ações para controlar o ruído excessivo que
possa interferir na saúde e bem-estar da população, O
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA, RESOLVE:
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
Art. 1º Instituir em caráter nacional o Programa Nacional
de Educação e Controle da Poluição Sonora - SILÊNCIO
com os objetivos de:
a) Promover cursos técnicos para capacitar pessoal e
controlar os problemas de poluição sonora nos órgãos de
meio ambiente estaduais e municipais em todo o país;
b) Divulgar junto à população, através dos meios de
comunicação disponíveis, matéria educativa e
conscientizadora dos efeitos prejudiciais causados pelo
excesso de ruído;
c) Introduzir o tema “poluição sonora” nos cursos
secundários da rede oficial e privada de ensino, através
de um Programa de Educação Nacional;
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d) Incentivar a fabricação e uso de máquinas, motores,
equipamentos e dispositivos com menor intensidade de
ruído quando de sua utilização na indústria, veículos em
geral, construção civil, utilidades domésticas, etc.
e) Incentivar a capacitação de recursos humanos e apoio
técnico e logístico dentro da polícia civil e militar para
receber denúncias e tomar providências de combate para
receber denúncias e tomar providências de combate à
poluição sonora urbana em todo o Território Nacional;
f) Estabelecer convênios, contratos e atividades afins com
órgãos e entidades que, direta ou indiretamente, possa
contribuir para o desenvolvimento do Programa SILÊNCIO.
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Art. 2º O Programa SILÊNCIO será coordenado pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA e deverá contar com a participação de
Ministérios do Poder Executivo, órgãos estaduais e
municipais de meio ambiente e demais entidades
interessadas
Art. 3º Disposições Gerais:
- Compete ao IBAMA a coordenação do Programa SILÊNCIO;
- Compete aos estados e municípios o estabelecimento e
implementação dos programas estaduais de educação e
controle da poluição sonora, em conformidade com o
estabelecido no Programa SILÊNCIO;
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- Compete aos estados e municípios a definição das sub-
regiões e áreas de implementação previstas no Programa
SILÊNCIO;
- Sempre que necessário, os limites máximos de emissão
poderão ter valores mais rígidos fixados a nível estadual
e municipal;
- Em qualquer tempo este Programa estará sujeito a
revisão, tendo em vista a necessidade de atendimento a
qualidade ambiental.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
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(3) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 272, de 14 de setembro de 2000.
Considerando que o ruído excessivo causa danos à saúde
física e mental e afeta particularmente a audição;
Considerando a necessidade de se reduzir a poluição
sonora nos centros urbanos consoante às Resoluções CONAMA
nº 1, 11/fev/1993;nº 8, 31/ago/1993; nº 17, 13/dez/1995 e
nº 252, 7/jan/1999;
Considerando que os veículos rodoviários automotores são
uma das principais fontes de ruído no meio ambiente;
Considerando que a utilização de tecnologias adequadas e
conhecidas permite atender às necessidades de controle da
poluição sonora;
Considerando os objetivos do Programa Nacional de
Educação e Controle da Poluição Sonora - “SILÊNCIO”, O
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA, RESOLVE:
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
Art. 1º Estabelecer, para os veículos automotores nacionais e
importados, fabricados a partir da data da publicação
desta Resolução, exceto motocicletas, motonetas,
ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos
assemelhados, limites máximos de ruído com os veículos
em aceleração.
§ 1º Para os veículos nacionais produzidos para o
mercado interno e veículos importados, entram em vigor
os limites máximos de ruído, com o veículo em
aceleração, definidos na Tabela constante desta
Resolução, conforme o cronograma a seguir.
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I - Veículos automotores da categoria “a”:
a) no mínimo 40% dos veículos nacionais e importados,
produzidos a partir de 1o de janeiro de 2002;
b) no mínimo 80% dos veículos, nacionais e
importados, produzidos a partir de 1o de janeiro de 2004;
c) 100% dos veículos, nacionais e importados,
produzidos a partir de 1o de janeiro de 2006.
II - Veículos automotores das categorias “b”, “c” e “d”:
a) no mínimo 40% dos veículos, nacionais e
importados, produzidos a partir de 1o de janeiro de 2005;
b) 100% dos veículos, nacionais e importados,
produzidos a partir de 1o de janeiro de 2006.
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§ 2º Eventuais impossibilidades 
de atendimento aos 
percentuais estabelecidos 
nos incisos I e II do 
parágrafo anterior serão 
avaliados pelo Instituto 
Brasileiro do Meio Ambiente 
e dos Recursos Naturais 
Renováveis - IBAMA.
§ 3º Os percentuais 
mencionados nos incisos I e 
II do § 1º são referentes ao 
volume de produção por 
fabricante ou importador.
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(4) RESOLUÇÃO CONAMA Nº 418, de 25 de novembro de 2009.
Dispõe sobre critérios para a elaboração de Planos de 
Controle de Poluição Veicular - PCPV e para a implantação 
de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em 
Uso - I/M pelos órgãos estaduais e municipais de meio 
ambiente e determina novos limites de emissão e 
procedimentos para a avaliação do estado de manutenção 
de veículos em uso. 
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
Considerando que a Inspeção Veicular Ambiental, se
adequadamente implementada, pode ser um instrumento
eficaz para a redução das emissões de gases e partículas
poluentes e ruído pela frota circulante de veículos
automotores, no âmbito do Programa Nacional de Controle
da Qualidade do Ar - PRONAR, instituído pela Resolução
CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1989, bem como do
Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos
Automotores - PROCONVE, criado pela Resolução CONAMA
nº 18, de 6 de maio de 1986, e do Programa Nacional de
Controle de Ruído de Veículos, nos termos das Resoluções
CONAMA nº 1 e 2, de 1993;
Considerando que a falta de manutenção e a
manutenção incorreta dos veículos podem ser responsáveis
pelo aumento da emissão de poluentes e do consumo de
combustíveis;
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
Considerando a necessidade de desenvolvimento de
estratégias para a redução da poluição veicular,
especialmente em áreas urbanas com problemas de
contaminação atmosférica e poluição sonora; e
Considerando a necessidade de rever, atualizar e
sistematizar a legislação referente à inspeção veicular
ambiental, tendo em vista a evolução da tecnologia
veicular e o desenvolvimento de novos procedimentos de
inspeção, e a necessidade de desenvolvimento
sistemático de estudos de custo benefício, visando ao
aperfeiçoamento contínuo das políticas públicas de
controle da poluição do ar por veículos automotores, O
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA,
RESOLVE:
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Esta Resolução estabelece critérios para a
elaboração de Planos de Controle de Poluição
Veicular - PCPV, para a implantação de Programas
de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M
pelos órgãos estaduais e municipais de meio
ambiente, determina novos limites de emissão e
procedimentos para a avaliação do estado de
manutenção de veículos em uso.
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CAPÍTULO II 
DO PLANO DE CONTROLE DE POLUIÇÃO VEICULAR-PCPV 
Art. 3º O Plano de Controle de Poluição Veicular - PCPV
constitui instrumento de gestão da qualidade do ar
do Programa Nacional de Controle da Qualidade do
Ar -PRONAR e do Programa de Controle da Poluição
do Ar por Veículos Automotores-PROCONVE, com o
objetivo de estabelecer regras de gestão e controle
da emissão de poluentes e do consumo de
combustíveis de veículos.
.......
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CAPÍTULO III 
DO PROGRAMA DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE 
VEÍCULOS EM USO - I/M 
Seção I 
Diretrizes Gerais 
Art. 10º O Programa de Inspeção e Manutenção de
Veículos em Uso - I/M tem o objetivo de identificar
desconformidades dos veículos em uso, tendo como
referências:
I - as especificações originais dos fabricantes dos
veículos;
..........
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CAPÍTULO IV 
DOS LIMITES E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO DO ESTADO 
DE MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS EM USO 
Art. 30º O estado de manutenção dos veículos em uso será
avaliado conforme procedimentos a serem definidos por
ato do IBAMA.
§ 1º A regulamentação de que trata o caput deste
artigo deverá ser elaborada em até 120 dias após a
aprovação da presente Resolução, e deverá definir:
I - procedimentos de ensaio das emissões dos
veículos com motor do ciclo Otto, em circulação, inclusive
motociclos, para as versões e combustíveis disponíveis no
mercado;
..........
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CAPÍTULO V 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 33º Os estados e municípios que já tenham
concedido ou autorizado os serviços de inspeção
ambiental veicular deverão adequar-se, no que
couber, aos termos desta Resolução no prazo de até
24 meses a partir da sua publicação.
Art. 34º Caberá aos fabricantes, importadores e
distribuidores de veículos automotores, motociclos e
autopeças desenvolver, orientar e disseminar junto à
rede de assistência técnica a eles vinculada, os
requisitos e procedimentos relacionados com a
correta manutenção e calibração de seus veículos
quanto aos limites e procedimentos previstos nesta
Resolução.
.........
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(5) RESOLUÇÃO N° 433, DE 13 DE JULHO DE 2011.
Dispõe sobre a inclusão no Programa de Controle da Poluição 
do Ar por Veículos Automotores - PROCONVE e estabelece 
limites máximos de emissão de ruídos para máquinas 
agrícolas e rodoviárias novas.
Considerando a Lei 8.723, de 28 de outubro de 1993, que
dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos
automotores, como parte integrante da Política Nacional de
Meio Ambiente;
Considerando as prescrições do PROCONVE, instituído
pelo CONAMA através da Resolução 18, de 6 de maio de
1986, e demais resoluções complementares;
Considerando a necessidade do contínuo
desenvolvimento e atualização do PROCONVE, O CONSELHO
NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA, RESOLVE:
MONITORAMENTO DA POLUIÇÃO SONORA
Art. 1º Incluir no Programa de Controle da Poluição do Ar
por Veículos Automotores - PROCONVE e estabelecer
limites máximos de emissão de ruídos para máquinas
agrícolas e rodoviárias novas.
Art. 2º Para fins desta Resolução são utilizadas as
seguintes definições:
I - Configuração de Motor: combinação única de
família de motores,a qual pode ser descrita pelos
sistemas que afetam diretamente o controle de
emissão;
.........
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Art. 9º O equipamento, o local e o método de ensaio
utilizados para medição dos níveis de ruído das
máquinas, para fins desta Resolução, deverão estar de
acordo com a NBR-NM-ISO 6395 e suas referências
normativas.
Art. 10º Caberá ao IBAMA, através de Instrução
Normativa, estabelecer procedimentos e exigências
complementares necessárias a implementação das
determinações desta Resolução.
Art. 11º O IBAMA deverá coordenar estudos e trabalhos
relativos a qualquer revisão necessária aos limites
máximos de emissão e prazos previstos nesta
Resolução, convocando, a qualquer tempo, os órgãos e
entidades afetos ao tema devendo apresentar ao
CONAMA o relatório final com a proposta para
apreciação.
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